STJ SUSPENDE LIMINAR QUE IMPACTAVA REGRAS DE ATRACAÇÃO EM ITAQUI
Publicado em 03/16/2021 as
07:00 PM
Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021

Arquivo/Divulgação
Em recurso no Superior Tribunal de Justiça, Emap alegou que efeitos de ação obtida por empresa privada vinham interferindo nas normas administrativas do porto e em suas regras para recepção de navios.
Uma decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a liminar que, segundo a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), vinha interferindo nas normas administrativas do Porto de Itaqui, em São Luís (MA), e em suas regras de atracação de navios. A autoridade portuária questionou uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) que estendeu os efeitos de uma determinação judicial, a qual suspendeu um dispositivo da portaria Emap 63/2017, para as portarias 205/2020 e 221/2020, que tratam da regulamentação das regras de atracação de navios e à instituição de previsões de prioridade e preferência no porto organizado. Na decisão, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, determinou a suspensão dos efeitos da decisão tomada na primeira instância, restabelecendo os efeitos das portarias 205 e 221 até o trânsito em julgado.
O ministro relator destacou que a decisão que suspendeu os efeitos das duas portarias interfere, de forma decisiva, na regulação de atracações dos portos organizados e, por isso, é potencialmente violadora da ordem pública, da segurança e da economia públicas, já que restringe a administração do porto daquele que tem competência legal para decidir seus procedimentos de melhor organização e otimização, bem como os procedimentos de eficiência nas operações portuárias. “Não se deve admitir que a Emap seja proibida de exercer as funções de administração do porto, que decorrem diretamente de lei, na condição de delegatária da União”, considerou.
O impasse teve início em ação apresentada por uma empresa privada para anular a redação do inciso II, do artigo 10, da portaria 63/2017 da Emap. A liminar requerida não foi concedida, e a empresa recorreu ao TJ-MA com agravo de instrumento, mas também não obteve sucesso. Posteriormente, nos embargos de declaração opostos por um terceiro interessado, foi concedida uma cautelar estendendo para as portarias 205 e 221 os efeitos da determinação judicial que suspendeu o dispositivo da portaria 63. A Emap argumentou ao STJ que, em junho de 2020, iniciou processo de atualização da portaria 63/2017, com o objetivo de adaptar suas normas de atracação às necessidades do setor portuário internacional.
A Data Operações alegou que, em junho de 2020, a Emap iniciou processo para atualização da portaria 63/2017, com o objetivo principal de adaptar a sua norma de atracação de acordo com as necessidades do setor portuário e em alinhamento com as normas e usos e costumes internacionais. A empresa argumentou que a decisão que suspendeu os efeitos das portarias interfere nas normas de atracação dos portos organizados, estando ‘na contramão do interesse público’, além de potencializar a caracterização de grave lesão à ordem, à segurança, à saúde e à economia pública. Segundo a Data, a decisão judicial não promoveu qualquer análise do impacto que a suspensão da norma portuária iria gerar para a gestão portuária e tampouco o reflexo financeiro para a Emap ou para terceiros.
O ministro do STJ entendeu que cabe à Emap administrar os trabalhos do Porto de Itaqui, sendo a obrigação legal da empresa pública garantir o pleno funcionamento do local, ordenando os procedimentos necessários. O relator salientou que foi no exercício da sua competência legal que a autoridade portuária editou as portarias, que tratam apenas da administração do porto e das regras de atracação. "Esses atos administrativos devem prevalecer, já que dotados da presunção de legalidade, até que a questão seja decidida, no mérito e definitivamente, pelo Poder Judiciário", declarou.
Martins ressaltou que não é possível admitir que a Emap seja proibida de exercer as funções de administração do porto, que decorrem diretamente de lei, na condição de delegatária da União. O relator salientou que foi no exercício da sua competência legal que a autoridade portuária editou as portarias, que tratam apenas da administração do porto e das regras de atracação. "Esses atos administrativos devem prevalecer, já que dotados da presunção de legalidade, até que a questão seja decidida, no mérito e definitivamente, pelo Poder Judiciário", declarou.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 16/03/2021
WILSON SONS ESPERA ANO MELHOR PARA DIVISÃO DE ESTALEIROS
Publicado em 03/16/2021 as
07:00 PM
Por Danilo Oliveira INDÚSTRIA NAVAL 15 Março 2021

Arquivo/Divulgação
Grupo construirá seis rebocadores a partir de abril e tem perspectiva de novas docagens. Estaleiro, em parceria com a Damen, concorre com consórcio com presença do estaleiro do Jurong e outro com a ICN na concorrência do navio polar.
A Wilson Sons acredita que 2021 será um ano com mais demanda por serviços e projetos para sua área de estaleiros. A avaliação é baseada, principalmente, na construção de seis rebocadores para o grupo e no incremento das docagens, inclusive para terceiros. A empresa também aguarda o resultado da concorrência da Marinha que escolherá o construtor do navio de apoio Antártico (NApAnt), esperado para ser anunciado pela força naval ainda este ano. Nesse processo, o estaleiro do grupo, localizado no Guarujá (SP) e seu parceiro projetista, a Damen Shipyards, concorrem com um consórcio com a presença do Estaleiro Jurong Aracruz (ES) e outro com a ICN (RJ).
“2021 está parecendo ser um ano mais favorável”, comentou o diretor-executivo dos estaleiros da Wilson Sons, Adalberto Souza, em entrevista à Portos e Navios. Souza contou que, no começo da pandemia, houve uma flexibilização por parte das autoridades, em alguns meses, das docagens obrigatórias de cinco anos. O estaleiro percebeu uma retomada dos serviços de reparo a partir do último trimestre de 2020. Além das embarcações do grupo, há clientes como a Saam Towage e outros armadores com quem o estaleiro negocia. No segmento de apoio marítimo, existem alguns projetos de adaptação e/ou conversão de embarcações que estão sendo avaliados.
Já a construção dos seis rebocadores para operação na divisão de apoio portuário do grupo está prevista para ocorrer no segundo trimestre deste ano, provavelmente a partir de abril. Com as seis novas unidades, o efetivo do estaleiro ficará na faixa de 200 colaboradores, ante os cerca de 150 que atualmente fazem parte das atividades. Os rebocadores terão 80 toneladas de tração estática, 25 metros de comprimento e 13 metros de boca, com notação de classe Escort Tug.
Caso a empresa saia vencedora na concorrência para construção do navio polar, a expectativa é que sejam gerados 400 a 500 postos de trabalho, somando mão de obra direta e indireta. A Wilson Sons espera que haja uma grande disputa entre as três propostas da fase final do NapAnt. A empresa vê como diferencial a expertise de seu parceiro projetista, que já entregou um navio polar de maior porte para a marinha australiana. Souza explicou que, em caso de êxito, o projeto básico seria adaptado conforme as especificações da Marinha do Brasil.
Outros dois consórcios disputarão a fase final da concorrência para a obtenção do NApAnt. Além da Wilson Sons Estaleiros/Damen Shipyards, a Diretoria de Gestão de Programas da Marinha do Brasil (DGePM) escolheu para a ‘short list’ as propostas do Estaleiro Jurong Aracruz Ltda/Sembcorp Marine Specialised Shipbuilding PTE Ltda; e Itaguaí Construções Navais S/A (ICN) e Kership S.A.S (joint venture entre as francesas Piriou e Naval Group). O anúncio ocorreu no final de fevereiro.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 16/03/2021
‘MINISTÉRIO DEFENDE ACORDOS BILATERAIS DESDE 2015’, AFIRMA DINO
Publicado em 03/16/2021 as
07:00 PM
Por Danilo Oliveira NAVEGAÇÃO 16 Março 2021

Arquivo/Divulgação
Diretor do Minfra disse que governo recebeu muitas demandas de usuários da navegação defendendo encerramento de acordos no Mercosul. Para Abac, existe um risco de trocar as empresas brasileiras por estrangeiras e deixar de arrecadar impostos no Brasil, sem a real garantia de que o usuário será bem atendido.
O diretor do departamento de navegação e hidrovias do Ministério da Infraestrutura, Dino Batista, disse, nesta terça-feira (16) que, desde 2015, a pasta tem defendido a manutenção de acordos bilaterais de navegação, de forma a permitir uma regularidade dos serviços, a qual considera fundamental para a logística. Ele disse que o Ministério da Infraestrutura, desde quando Ministério dos Transportes, sempre foi contrário à extinção dos acordos bilaterais, porém existe um debate com outras pastas dentro do governo.
Batista falou que o governo recebeu muitas demandas de usuários da navegação. “Acho que aqui talvez tenha sido o ponto mais relevante das discussões: quando os principais usuários dessa grande cabotagem explicitam para o governo que querem o fim desses acordos bilaterais”, ressaltou. O entendimento do ministério é que os acordos bilaterais vinham atendendo os objetivos principais de aumentar a conectividade que o Brasil tem com alguns mercados da América do Sul.
Segundo Batista, houve pouco tempo para uma avaliação dos efeitos do encerramento do acordo comercial entre Brasil e Chile, em janeiro de 2020. “Ainda não temos dados estatísticos suficientes para mostrar o impacto que a extinção do acordo pode ter trazido para navegação Brasil-Chile”, comentou. Ele explicou que a navegação possui ciclos de sete a 10 anos, além de uma volatilidade muito grande intra-ciclo, que fazem oscilar os preços dos fretes.
O diretor do Minfra acrescentou que a pandemia trouxe um momento de incertezas sobre movimentos deste mercado e que é difícil utilizar 2020 como ponto de comparação. Batista observa um aumento do transit time entre Brasil e Chile, provavelmente com redução de frequências. "Acreditamos que uma possível extinção dos acordos Brasil-Argentina e Brasil-Uruguai venha a acontecer", afirmou durante o evento ‘29ª ASPEN - Acordos Bilaterais Marítimos: Brasil-Argentina e Brasil-Uruguai’, promovido pelo Instituto Besc
"Espero que o Brasil esteja tomando a decisão mais acertada, não para navegação, mas para os usuários da navegação e que, no futuro, possamos voltar a esses debates e ver o que acontece (...) Se estivermos errando a mão, teremos efeito difícil de voltar atrás. Vemos claramente com o que aconteceu na Austrália, com liberalização e agora tentativa de retorno ao controle maior dos fretes marítimos, o que ela não tem conseguido fazer", analisou.
A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) considera que a denúncia do acordo do Brasil com a Argentina é ruim para a cabotagem e que a abertura para as empresas estrangeiras incentiva o capital de outros países a não vir para o Brasil. "Estamos tomando decisão contrária às empresas investidas no Brasil, que participam da cabotagem para atender economia doméstica e esta grande cabotagem”, frisou o vice-presidente executivo da Abac, Luis Fernando Resano. Ele acrescentou que faltam estudos técnicos bem embasados para fazer esse tipo de denúncia.
De acordo com a Abac, de toda a movimentação de contêineres feita pelas empresas brasileiras de navegação (EBNs), 20% são do Mercosul. Resano disse que é incoerente estimular a atividade com o BR do mar e, por outro lado, cortar 20% dela é incoerente. Ele defendeu que é preciso atacar os custos tributários e de mão de obra da EBN para que ela possa concorrer de forma mais competitiva com navios registrados em países como Libéria. Na visão da Abac, existe um risco de trocar as empresas brasileiras por estrangeiras e deixar de arrecadar impostos no Brasil, sem a real garantia de que o usuário será bem atendido.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 16/03/2021
HUAWEI BATE RECORDE DE NOVAS PATENTES
Publicado em 03/16/2021 as
07:00 PM
Empresa prevê royalties de R$ 14 por celulares 5G
Painel S.A. - Jornalista, Joana Cunha
SÃO PAULO - Protagonista na disputa pela infraestrutura do 5G, a chinesa Huawei diz ter atingido 100 mil patentes ativas no fim de 2020. Segundo a empresa, foram 15 mil novos registros só no ano passado, maior volume anual já adicionado pela companhia.
Depois de perder mercado nos Estados Unidos após as restrições impostas pelo governo Donald Trump, a empresa diz que espera um faturamento de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,8 bilhões) a partir do licenciamento de suas inovações entre 2019 e 2021. Na venda de celulares com 5G, a Huawei vai cobrar US$ 2,50 (R$ 14) de royalties por unidade vendida com a tecnologia da empresa.
Em 2019, a Huawei foi a principal solicitante de patentes na China. Também se destacou na Europa, na segunda posição, e nos Estados Unidos, na décima, segundo critérios da World Intellectual Property Organization (Organização Internacional de Propriedade Intelectual).
Fonte: Folha de São Paulo - SP
Data : 16/03/2021
PREÇOS DE MERCADO PARA COMBUSTÍVEIS VÃO PREVALECER, DIZ DIRETOR-GERAL DA ANP
Publicado em 03/16/2021 as
06:59 PM
Para almirante indicado por Bolsonaro, competição gerada por venda de refinarias da Petrobras vai beneficiar consumidor
Por Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO - O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), almirante Rodolfo Saboia, avalia que as regras de mercado para definição de preços dos combustíveis vão prevalecer, apesar do descontentamento até do próprio governo com os valores cobrados pela Petrobras.
No comando da agência desde janeiro, ele diz que um dos principais desafios do órgão é definir como será regulado o mercado de refino do país após a venda de ativos da Petrobras, que quer se desfazer de 8 de suas 11 refinarias.
Esse processo, defende, trará competição ao setor e benefícios ao consumidor, reduzindo o preço final dos combustíveis. "Mas é importante a compreensão de que o preço do petróleo vai continuar oscilando", afirmou, em entrevista à Folha.

Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) - Rafael Wallace/Divulgação
Como o sr. vê o cenário atual de preços dos combustíveis? Os preços atuais são justos? Não tem resposta simples. Primeiro porque brasileiro está acostumado com uma prática que vigorou durante muitos anos, dos preços dos combustíveis serem administrados pelo governo. Só a partir de 2002 os preços passaram a ser livres, oscilando de acordo com o mercado como os demais preços.
O preço do petróleo oscila muito e, além de tudo, temos o componente do câmbio, outra variável que afeta muito os combustíveis. Mas isso é o custo do produto. O preço final tem outras variáveis, como impostos e margens e, se o governo achar que determinada classe ou categoria deve pagar menos, isso é objeto de política pública, que escapa da atribuição da agência.
A gente espera que, com a evolução do programa de desinvestimentos da Petrobras, com a entrada de novos agentes, isso tudo impacte positivamente a competição, de modo a favorecer o custo final para o consumidor.
A atração desse investimento não pode ser prejudicada por esse debate sobre os preços? Na ANP, a gente trabalha com as premissas de que as regras de mercado vão prevalecer. Nós trabalhamos para fazer a regulação necessária para que esse mercado que vai surgir a partir do desinvestimento funcione. O consumidor vai acabar se beneficiando e enxergando esse benefício na hora que tiver a concorrência. Mas é importante a compreensão de que o preço do petróleo vai continuar oscilando.
A ANP vinha estudando medidas para tentar ampliar a competição e reduzir os preços, como a venda direta de etanol ou liberar os postos para comprar combustíveis de outras marcas. Como estão os estudos? Os dois itens estão na agenda regulatória da ANP. No caso do etanol, um complicador é a questão fiscal, que está além da competência da agência. Não podemos fazer regulamentação que implique em redução da arrecadação. O processo está sendo construído a partir de uma figura nova, que é o distribuidor vinculado ao produtor [que recolheria parcela dos impostos que é hoje recolhida por distribuidoras].
Na questão da bandeira, é importante observar que 45% dos postos de revenda de combustíveis hoje são bandeirados. Os outros 55% não são bandeirados. Ou seja, a regra já está presente para 55% dos postos. É um mercado bastante robusto que funciona desvinculado do distribuidor. Mas a lei de defesa do consumidor tem que ser levada em consideração. [A venda de produtos de outras marcas] pode significar violação da lei de defesa do consumidor. Não é antecipação do resultado [dos estudos], mas aspectos que têm que ser levados em consideração.
Alguma outra medida em estudo para o setor de combustíveis? Adequar regulamentação ao desinvestimento da Petrobras do setor de refino, que vai exigir uma capacidade de monitoramento de estoques muito maior do que temos hoje. Estamos estudando como nos antecipar a qualquer eventual ameaça de desabastecimento quando esse mercado novo estiver em funcionamento. E precisamos que não só a ANP, mas pelo Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], garantam que a venda de ativos possa compor um arranjo que favoreça a competição e não o contrário.
E como garantir que, sem a Petrobras, regiões mais distantes do país, principalmente na Amazônia, continuem sendo atendidas? A preocupação é pertinente, mas confiamos ainda que distribuidores menores e regionais vão ter esse interesse –isso tudo está no radar desse grupo. O Brasil é um país continental, mas não só isso, de grandes desigualdades em termos logísticos. Confiamos em distribuidores regionais, mas vamos acompanhar como esse arranjo vai se configurar.
Há dois anos, o ministro Paulo Guedes (Economia) anunciou o "choque de energia barata" a partir da abertura do mercado de gás, mas até agora não houve efeito. Quando virá? Difícil fazer previsão em termos de tempo. Mesmo nos locais mais desenvolvidos do mundo, mercados mais consolidados levaram tempo [para se reorganizar]. Precisa ter um cenário bem claro e definido de que regulação vai funcionar. É Importante que o projeto de lei do gás natural [hoje na Câmara dos Deputados] seja aprovado para mobilizar atores a investirem nesse mercado e aumentar a competição. Já há movimentações de agentes interessados em empreender nesse ramo, mas difícil dizer quanto tempo vai levar.
Existe a expectativa de algum leilão de concessões no pré-sal em 2021? Já temos a 17ª rodada de licitações [com blocos fora do pré-sal] prevista para 7 de outubro. Além disso, mais um ciclo da oferta permanente [de áreas devolvidas ou sem interessados em outros leilões], dependendo da manifestações de interesse. E também aguardamos o encerramento das negociações entre PPSA [Pré-Sal Petróleo SA] e Petrobras para realizar mais um leilão do excedente da cessão onerosa, com as áreas que não saíram no leilão anterior. Ao fim das negociações, teremos um cenário mais claro sobre as condições da compensação à Petrobras para medir o apetite dos interessados.
Mas dá para fazer um leilão na pandemia, com restrições à circulação de pessoas? Está marcado para outubro e até o momento está mantido, temos confiança de que vamos conseguir realizar. É importante que haja calendário previsível de leilões, para manter a indústria com planejamento, em atividade, movimentando todo o setor voltado à exploração e produção.
Em leilões da oferta permanente, há casos de empresas que pagaram bem mais barato por áreas vizinhas às adquiridas em leilões normais. Isso não é ruim para o contribuinte? Olhamos a oferta como um modelo bastante promissor. Ele inverte a lógica, porque é movido pelo interesse do produtor. Na medida em que tivermos áreas mais promissoras, vamos ter propostas mais promissoras. Se tiver área boa, não vai ser o modelo que vai atrapalhar a oferta do produtor. O interesse está na qualidade da área.
Mas, obviamente, tem que se considerar as condições em que o leilão se dá, o cenário prospectivo, as cotações das commodities, isso varia muito e pesa na decisão. Por isso, é importante considerar que há um processo de transição energética em andamento e ele não vai esperar aqueles que ficarem esperando o preço do petróleo subir.
Petroleiras com concessões na região da foz do rio Amazonas têm encontrado dificuldades para obter licença ambiental. A ANP ainda acredita que aquela bacia terá exploração? Toda atividade humana implica em impactos ambientais, e a exploração de petróleo não é diferente. Tem que ser feita com todo cuidado porque os impactos são muito severos. Então, a sociedade elege os riscos que está disposta a aceitar, por meio da legislação. E os órgãos de competência ambiental, a partir desse balizamento legal, fazem a sua normatização. Os pedidos de licença foram encaminhados ao Ibama, que por enquanto não liberou em nenhum. Mas acho que este assunto não está encerrado.
RAIO-X
Rodolfo Saboia é diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Formado em Ciências Navais pela Escola Naval (1978), é mestre no Curso de Comando e Estado-Maior e doutor em Política e Estratégia Marítimas pela Escola de Guerra Naval. Seu último cargo na Marinha foi de superintendente de Meio Ambiente da Diretoria de Portos e Costas.?
Fonte: Folha de São Paulo - SP
Data : 16/03/2021
BALANÇA COMERCIAL REGISTRA SUPERÁVIT DE US$ 719,2 MILHÕES NA SEGUNDA SEMANA DE MARÇO
Publicado em 03/16/2021 as
06:59 PM
Na segunda semana do mês as exportações somaram US$ 5,367 bilhões e as importações US$ 4,648 bilhões. No acumulado de março, saldo positivo é de US$ 207,6 milhões.
Por Laís Lis, G1 — Brasília
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 719,2 milhões na segunda semana de março, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Ministério da Economia.
O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.
Na segunda semana do mês as exportações somaram US$ 5,367 bilhões e as importações US$ 4,648 bilhões. Quando se considera o valor médio por dia útil, as exportações apresentaram um aumento de 28,7% em relação a março de 2020. Já a alta nas importações foi de 40,9%.
No acumulado das duas primeiras semanas de março, o saldo positivo é de US$ 207,6 milhões, com as exportações somando US$ 10,882 bilhões e as importações US$ 10,674 bilhões.
Exportações
Até a segunda semana do mês, o aumento das exportações foi impulsionado pelo crescimento de 94,1% nas vendas da indústria extrativa, puxada principalmente pelo minério de ferro e de cobre.
As vendas da agropecuária aumentaram 22%, puxada por café não torrado, soja e algodão. As vendas da indústria de transformação cresceram 11%.
Importações
O Ministério da Economia destacou o crescimento de 66,8% nas importações de produtos da indústria de transformação, e de 10,1% de agropecuária. As importações da indústria extrativa recuaram 38,8%.
A alta das importações no mês é influenciada, principalmente, pela entrada de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 16/03/2021
MORAES, DO STF, SUSPENDE REDUÇÃO DE PARQUE PARA OBRA DA FERROGRÃO
Publicado em 03/16/2021 as
06:59 PM
Decisão será levada ao plenário virtual do Supremo e atendeu pedido do Psol
Por Isadora Peron — De Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a lei que altera os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, e os processos relacionados à concessão da ferrovia EF-170, a Ferrogrão, projeto com 933 quilômetros de extensão que deve ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA).
A decisão cautelar de Moraes será levada ao plenário virtual do STF - em que os ministros depositam seus votos no sistema eletrônico - a partir de sexta-feira.
A ação foi movida pelo Psol. O partido argumentou que não se poderia excluir hectares de área de preservação ambiental por medida provisória. Também afirmou que as mudanças realizadas no Parque Nacional do Jamanxim afetam os povos indígenas da região.
Para Moraes, “considerada a aparente redução do patamar de proteção ambiental decorrente da exclusão de cerca de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, bem como o fato de que a edição de medidas provisórias não satisfaz a exigência de lei em sentido formal para a alteração ou modificação de matéria que a Constituição Federal submeteu a regime mais rígido e estável, afigura-se necessário reconhecer a plausibilidade do risco de que a Medida Provisória 758/2016, convertida na Lei 13.452/2017, venha a produzir efeitos irreversíveis”.
Em manifestação enviada ao Supremo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, havia se manifestado contra o pedido do Psol. “A redução de 0,054% da área do parque para a construção de ferrovia destinada ao escoamento de produção agrícola, além de diminuir a emissão de poluentes por caminhões de transporte de cargas, ajusta-se com fidelidade ao princípio constitucional do desenvolvimento sustentável”, defendeu.
Prioridade na carteira do Ministério da Infraestrutura, a Ferrogrão tem investimento estimado em R$ 8,4 bilhões. O governo pretende fazer o leilão no fim deste ano. O edital está em análise no Tribunal de Contas da União.
O ministério afirmou que ainda não foi ouvido e aguarda notificação para que possa se manifestar, mas se disse confiante em seus argumentos. A pasta informou que o balanço da lei é positiva, pois inclui na unidade de conservação área maior do que a “desafetada” para viabilizar a Ferrogrão.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 16/03/2021
MAIOR CLIENTE DE FERROVIA NA BAHIA É ALVO DE POLÊMICAS
Publicado em 03/16/2021 as
06:58 PM
Especialistas criticam projetos para escoar minério da região
Por André Guilherme Vieira — De São Paul
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/V/6/STBSC4SsAbGUoK0xJPFg/foto16bra-101-mina-a6.jpg)
Vista da região da mina de minério de ferro pertencente à Bamin: projeto de linha férrea e porto afetará áreas que abrigam um santuário ecológico, com florestas, manguezais e áreas de estuário na Bahia — Foto: Markus Mauthe/Divulgação
Com licitação conduzida a toque de caixa pelo governo Jair Bolsonaro, o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) terá como usuário quase exclusivo a Bahia Mineração S.A (Bamin). A ela pertence a mina Pedra de Ferro e projeto de terminal portuário para escoar o minério, operações que geram reação da população local e ambientalistas.
A Bamin é subsidiária brasileira do Eurasian Resources Group (ERG), do Cazaquistão, investigado por corrupção no Reino Unido e alvo do Departamento de Justiça americano (DoJ na sigla em inglês) e do FBI (ver Dona de subsidiária brasileira é investigada nos EUA). Tais problemas, por ora, não entraram no rol de preocupações de autoridades brasileiras responsáveis pela liberação dos projetos e concessões.
Em todas as etapas, o projeto da Fiol contempla 1.527 km de extensão e liga um futuro porto em Ilhéus a Figueirópolis, no Tocantins, ponto de possível conexão à ferrovia Norte-Sul (ver mapa acima). O primeiro trecho, único qualificado até agora para subconcessão, com prazo de 35 anos, tem licitação marcada para 8 de abril na B3, em São Paulo. Será uma concorrência com participação internacional e vence quem oferecer o maior valor de outorga fixa. O lance mínimo é R$ 32,7 milhões e o vencedor fará pagamentos trimestrais de outorga variável dentro do prazo contratual de 3,43% da receita operacional bruta da ferrovia.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/n/Z/datfJ9TI6Cs2dPia7riw/arte16bra-102-mina-a6.jpg)
O segundo trecho, entre Caetité e Barreiras, ainda não licitado, tem 485 km e cerca de 36% das obras executadas pelo governo e depois abandonadas. O investimento previsto pelo governo nas obras dos trechos 1 e 2 da Fiol é R$ 6,4 bilhões e mais R$ 3,3 bilhões para conclusão de obras remanescentes e outros investimentos da operação do trecho I.
A porção final da via férrea, com 505 km de Barreiras a Figueirópolis, ainda está em fase de análises e não se sabe se sairá do papel.
Os estudos para construção da Fiol começaram no governo Lula, em 2008, e ganharam impulso na gestão Dilma. As obras tiveram início em 2011, sob comando da Valec. A maior parte da ferrovia cruza território da Bahia, cujos governadores foram os grandes incentivadores da empreitada. O Estado está nas mãos do PT desde 2007, com dois mandatos de Jaques Wagner e Rui Costa em sua segunda gestão.
A carga a ser transportada no primeiro trecho da ferrovia é o minério de ferro extraído das regiões de Caetité e Tanhaçu. Será levado para os terminais do Complexo Portuário Porto Sul, na região de Aritaguá, em Ilhéus. Segundo o projeto, a estrutura terá área de retroporto de 12,2 km quadrados, uma ponte de acesso marítimo e píer com quebra-mar a ser instalado a 3,5 km da costa.
A Bamin, concessionária do porto, depende dele e da ferrovia para viabilizar a exploração de sua mina. Mas o projeto de um corredor para exportar o minério da Pedra de Ferro é controverso. Desde a concepção tem sido alvo de críticas de ambientalistas, que há anos alertam para o potencial desastroso de um porto em área costeira habitada por diversificadas e frágeis espécies animais.
O problema não é só o porto. A via férrea passará por uma região conhecida por abrigar um santuário ecológico. Ao longo de mais de 30 km ao norte de Ilhéus, se estendem florestas, manguezais e áreas de estuário. É também onde fica a Lagoa Encantada, espelho d’água de 15 km quadrados que abriga ilhas flutuantes que se deslocam de acordo com a intensidade do vento, cachoeiras e quatro grutas engastadas em área de Mata Atlântica até agora inteiramente preservada.
Projeto de mineração é contestado por ambientalistas, produtores rurais e moradores da região
Para dar escala à extração do ferro, será preciso construir uma barragem de rejeitos no município de Caetité (BA). Ela ficará acima de Guanambi, que conta 84.928 habitantes, e da represa de Ceraíma, que abastece a cidade e Caetité - município que contava 51.081 habitantes em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ameaça ambiental no sul da Bahia, 12 fotos link abaixo
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/03/16/maior-cliente-de-ferrovia-na-bahia-e-alvo-de-polemicas.ghtml
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/U/E/sN8D9ySeSGeXvrtSvnQg/7.jpg)
Projeto de mineração é contestado por ambientalistas, produtores rurais e moradores da região
Para dar escala à extração do ferro, será preciso construir uma barragem de rejeitos no município de Caetité (BA). Ela ficará acima de Guanambi, que conta 84.928 habitantes, e da represa de Ceraíma, que abastece a cidade e Caetité - município que contava 51.081 habitantes em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A barragem será cinco vezes maior que a do Fundão, que se rompeu em Mariana, e terá ao menos 12 vezes o tamanho da represa do Córrego do Feijão, que arrebentou em Brumadinho. O reservatório poderá armazenar até 180 milhões de metros cúbicos de água.
Desde que a Bamin iniciou o trabalho na região da jazida, entre os municípios de Caetité e Pindaí, lideranças comunitárias passaram a denunciar supostas irregularidades praticadas pela mineradora. Entre elas, a de que a Bamin teria se apropriado de áreas de uso comum em Caetité e avançado sobre os municípios de Pindaí e Licínio de Almeida - a empresa nega. Moradores alegam que o eventual rompimento da barragem os afetará e à represa de Ceraíma e ao rio São Francisco.
A mina de Caetité iniciou sua operação comercial em janeiro e tem escoado o minério até Minas Gerais pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), através do terminal da Bamin em Licínio de Almeida (BA). Mas o projeto ganhará outra dimensão com o corredor ferroviário para o Porto Sul, em Ilhéus, onde conta com apoio do governo da Bahia. Um investimento de US$ 800 milhões que deve levar dois anos e só terá início quando a construção do trecho da linha férrea tiver começado.
Será criada uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) da qual o governo baiano será sócio minoritário, com 2%. Os dois terminais do complexo portuário estarão unificados sob promessa de aumentar a eficiência operacional do Porto Sul com uso compartilhado, pela mineradora e pelo Estado, das estruturas marítimas e terrestres do equipamento. A expectativa é de armazenamento e transporte de até 41,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, segundo o governo da Bahia. A Bamin é responsável pela construção, operação e exploração do Terminal de Utilização Privada (TUP) do Estado da Bahia no Porto Sul, investimento superior a R$ 2,5 bilhões, de acordo com a empresa.
A mineradora obteve as licenças de operação da mina e do terminal portuário. A autorização de exploração minerária foi emitida em 2014. Três licenças de supressão vegetal (desmatamento) foram concedidas em 2017, venceram no ano passado, mas foram prorrogadas até março de 2025. Elas autorizam a construção de adutora, barragem de rejeitos, pilha de estéril e a cava da mina.
Em maio de 2020, para agilizar a licitação do trecho da Fiol no Tribunal de Contas da União (TCU), o relator do processo na Corte, Aroldo Cedraz, reuniu-se com os ministros de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O edital de licitação tinha ficado parado por mais de oito meses no TCU até o encontro. O projeto portuário ficou por 12 anos na gaveta do governo baiano. A licença prévia para a implantação do Porto Sul foi emitida em novembro de 2012 pelo Ibama. A autorização estadual foi concedida na gestão Jaques Wagner.
Procurada, a Bamin disse que está no Brasil há mais de 15 anos e que seus empreendimentos “possuem todas as licenças necessárias para implementação e operação de suas atividades e seguem todo o rito de licenciamento ambiental vigente”.
A Bamin afirmou também que “cumpre todas as condicionantes acordadas” e que a implantação e operação “estão estruturadas nas melhores práticas”, com padrões internacionais de gestão, eficiência, excelência e sustentabilidade”.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a mina fará da Bahia “o ºterceiro maior produtor de minério de ferro do país” e a solução logística de modais mistos “será âncora para outros depósitos minerais na região por viabilizar a criação de um novo corredor logístico de exportação de minérios e produtos agrícolas”.
Já o tema do impacto ambiental “cabe às autoridades ambientais e ao Ministério Público”, disse a pasta.
“Atinente aos riscos da atividade de mineração, como a mencionada lagoa de rejeitos, estas, além das autoridades ambientais, passam também pelo crivo da Agência Nacional de Mineração”, afirmou. Para o órgão, o Brasil passou a ter “uma das legislações mais rigorosas sobre o assunto” em setembro, com a edição da lei que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens.
O Ministério de Infraestrutura disse que o processo da Fiol “atendeu todas as exigências legais e passou pela avaliação dos órgãos ambientais e de controle”, estando apto para o leilão de 8 de abril.
A pasta afirmou ainda que os projetos de concessão de ferrovias seguem “diretrizes socioambientais e parâmetros exigidos por organização internacional que certifica iniciativas sustentáveis”. E que a Fiol “está elegível para obter ‘selo verde’, o que dependerá ainda da iniciativa do futuro concessionário, com possibilidade de acessar financiamento no mercado global de green bonds”.
Para garantir “maior competitividade”, o Minfra disse estar assegurando a disponibilização de área para que, “caso deseje, o eventual vencedor do certame possa instalar seu próprio terminal de uso privado”.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 16/03/2021
EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO CRESCERAM 2,8% EM FEVEREIRO E SOMARAM US$ 6,5 BILHÕES
Publicado em 03/16/2021 as
06:58 PM
Embarques de soja caíram 33% no mês passado, mas oleaginosa seguiu como principal item da pauta exportadora do setor
Por Rafael Walendorff, Valor — Brasília
As exportações do agronegócio somaram US$ 6,5 bilhões em fevereiro, alta de 2,8% em relação a fevereiro de 2020, segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O superávit comercial do setor no mês passado foi de US$ 5,2 bilhões. No acumulado de janeiro e fevereiro, as vendas externas foram de US$ 12,1 bilhões.
A soja segue como principal produto da pauta exportadora. Em fevereiro, a oleaginosa teve participação de 17,5% na receita total das vendas que renderam US$ 1,1 bilhão, mesmo com queda de 33,1% em relação ao mesmo mês de 2020.
O segundo principal item nas exportações de fevereiro foi a carne de frango in natura, que caiu quase 7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O volume dos embarques teve pouca variação, "o que indica que a alta do dólar no mês beneficiou o exportador brasileiro", diz a CNA, em nota.
Os aumentos mais expressivos nos embarques brasileiros na comparação com fevereiro de 2020 foram do milho (+158,2%), que passou de US$ 66,6 milhões para US$ 172 milhões em 2021, e do açúcar refinado (+95%), cuja receita cresceu de US$ 68,6 milhões para US$ 133,8 milhões.
Com liderança folgada da China, que respondeu por 26% da pauta comercial do agronegócio brasileiro em fevereiro, os destaques para o crescimento das exportações na comparação com 2020 foram a Indonésia, com alta de 110,9%, e a Turquia (+44,1%).
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 16/03/2021
COMPASS ESPERA QUE TERMINAL DE REGÁS DE SP SEJA CONCLUÍDO AO FIM DE 2022
Publicado em 03/16/2021 as
06:58 PM
Companhia negocia com a francesa Total um contrato de suprimento de GNL, segundo Nelson Gomes Neto
Por André Ramalho e Gabriela Ruddy, Valor — Rio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/O/v/2XL5YbSSCBJs9Ypjy6rw/10emp-100-cosan-b4-img01.jpg)
— Foto: Claudio Belli/Valor
O diretor-presidente da Compass, Nelson Gomes Neto, disse nesta terça-feira, em teleconferência com analistas, que o terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) que a empresa do grupo Cosan espera construir em São Paulo deve ser concluído até o fim do ano que vem.
Segundo ele, a companhia negocia com a francesa Total um contrato de suprimento de GNL, “com volumes fixos e flutuantes”. O objetivo da Compass, com o projeto, é tem acesso a moléculas de gás “flexíveis a competitivas”.
Gomes afirmou que a companhia está em “negociações avançadas” com potenciais clientes do mercado livre. Do lado da oferta, a empresa, segundo o executivo, continua a negociar com supridores bolivianos e nacionais contratos para ainda este ano. “Essa Nova Lei do Gás pode destravar o mercado”, afirmou Gomes, durante teleconferência com investidores.
Gomes disse também que não espera uma mudança nos rumos dos desinvestimentos da Petrobras com a mudança no comando da estatal.
“Esse programa de venda de ativos foi algo patrocinado pelo Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], pela ANP [ Agência Nacional de Petróleo] e pela própria Petrobras. Não acredito que uma mudança na administração [da Petrobras] promoveria qualquer mudança nesse programa no longo prazo”, afirmou o executivo.
A Compass espera concluir a aquisição da fatia de 51% da Petrobras na Gaspetro no primeiro semestre de 2022, se for bem-sucedida na compra do ativo – que reúne as participações da estatal nas distribuidoras estaduais de gás canalizado.
O negócio está, hoje, na fase vinculante, na fase de negociação do acordo de compra da Gaspetro. “Se tivermos sucesso, esperamos submeter o acordo às autoridades nos próximos meses”, disse Gomes. O fechamento financeiro da operação, segundo ele, deve ficar para o primeiro semestre do ano que vem.
Ele afirmou ainda que a Compass já recebeu o aval do Cade para continuar as negociações com a Petrobras e que acredita na obtenção da aprovação da aquisição, pelo órgão antitruste, no momento oportuno.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 16/03/2021
KLABIN É A ÚNICA BRASILEIRA EM GRUPO DA COP26
Publicado em 03/16/2021 as
06:57 PM
Companhia foi convidada a integrar o grupo formado por dez executivos da iniciativa privada, o COP26 Business Leaders
Por Stella Fontes — De São Paulo
Maior fabricante e exportadora de embalagens em papel do país, a Klabin conquistou lugar de honra nos debates em preparação à próxima Conferência Climática da Organização das Nações Unidas, a COP26, que ocorre em novembro. A companhia foi a única brasileira convidada a integrar o grupo formado por dez executivos da iniciativa privada – o COP26 Business Leaders – e é responsável por difundir as metas da economia de baixo carbono na América Latina.
Ao mesmo tempo, a Klabin assumiu a missão de engajar empresas e governos no programa global “Race to Zero”, cujo objetivo é zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2050. Para engrossar esse movimento, a companhia lança hoje, Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, uma campanha para alcançar novas adesões no país à meta de descarbonização.
“Queremos que mais pessoas, empresas e governos participem desse debate. Nosso compromisso é trazer toda a sociedade para a discussão”, diz o diretor-geral da Klabin, Cristiano Teixeira. Isso implica atrair também entes públicos às discussões. “A despeito das diferentes agendas, o que está em curso é uma campanha global”, acrescenta. Isso quer dizer, conforme o executivo, que eventuais descumprimentos à legislação ambiental brasileira, que é rigorosa, também devem ser abordados. “O debate deve ser amplo e focar na legislação que é boa e está posta”, afirma.
O convite da COP, conta Teixeira, eleito em 2020 presidente do ano no 12º PPI Awards, da Fastmarkets RISI, reconhece os esforços empreendidos pela companhia na área ambiental, muitas vezes pioneiros. A adesão à SBTi (do inglês Science Based Target Initiative), de pautar suas metas relacionadas à redução de emissões pela ciência do clima -, teve peso relevante para esse reconhecimento da COP. Desde o fim do ano passado, o grupo de líderes da iniciativa privada tem encontros periódicos para trocar informações sobre a promoção da agenda ambiental em cada país.
Como outras empresas de base florestal, a Klabin tem hoje um estoque líquido elevado de carbono – são 4,7 milhões de toneladas de carbono equivalente -, que no futuro contribuirão para que outras empresas cumpram metas de descarbonização ao mesmo tempo em que trarão ganhos econômicos. Em outras frentes, reduziu em 45%, desde 2004, o consumo específico de água e mais de 90% da energia que consome é de fonte renovável.
Neste primeiro momento, os esforços de divulgação do programa global estão voltados a clientes, fornecedores e dez associações com as quais a companhia tem algum relacionamento – são entidades como Empapel (embalagens em papel) e ABRE (de embalagens) até a Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 16/03/2021
PARA GUEDES, ECONOMIA ESTÁ ‘DECOLANDO’ E ARRECADAÇÃO EM JANEIRO DEVE SER RECORDE
Publicado em 03/16/2021 as
06:57 PM
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 16, que o resultado da arrecadação federal de janeiro deve ser recorde para o mês, assim como aconteceu com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “As primeiras conversas que eu tive com o secretário Tostes, ele me dizia que é possível que tenhamos um resultado recorde de arrecadação”, disse, em referência ao chefe da Receita Federal, José Tostes.
O resultado da arrecadação não tem data definida para ser divulgado, mas Guedes disse que pode ser nesta semana.
“Então, há sinais por toda parte, seja no Índice de Atividade do Banco Central IBC-Br, seja no Caged, seja na arrecadação da Receita Federal, de que a economia brasileira está de novo decolando”, destacou o ministro.
O IBC-Br subiu 1,04% em janeiro, o dobro da mediana de 0,50% da pesquisa do Projeções Broadcast. “Foi o dobro do esperado.”
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 16/03/2021
PRESIDENTE DO SENADO VAI DISCUTIR COM PAULO GUEDES AUMENTO DE PREÇOS DO COMÉRCIO
Publicado em 03/16/2021 as
06:56 PM
População não pode ficar refém de ‘oportunistas’ altas, como de alimentos e material de construção, disse Rodrigo Pacheco
Por Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

Alta dos preços tem incomodado o mundo político e agora Guedes terá que dar explicações. Foto: Dida Sampaio/Estadão
BRASÍLIA – Após apoiar a aprovação da PEC do auxílio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cobrou do ministro da Economia, Paulo Guedes, medidas concretas para os brasileiros não ficarem reféns de “oportunistas” altas de preços, como de alimentos e material de construção.
Pacheco vai se reunir com Guedes para discutir o avanço dos preços. Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deverão ser convidados para uma videoconferência para falar sobre o assunto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
A pressão do presidente do Senado ocorreu ontem, na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), que deve aprovar amanhã uma alta da taxa Selic, os juros básicos da economia, para enfrentar a aceleração da inflação no Brasil.
Após a sua eleição para a presidência do Senado, Pacheco também puxou a pressão pela aprovação do auxílio emergencial rapidamente. Mas também ajudou Guedes ao fechar um acordo para que o benefício fosse incluído numa PEC com medidas fiscais.
O presidente do Senado quer também que a CAE se reúna rapidamente para discutir o problema, inclusive a falta de insumos no mercado que ameaçam a produção e encarecem os preços dos produtos no País.
O presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), informou que vai discutir com Pacheco como fazer esse debate. Ao Estadão, Alencar informou que deve organizar a videoconferência, mas argumentou que o problema da alta de preços depende da política pública do Executivo e que está relacionado, sobretudo, à elevação do dólar ante o real. “Por que o dólar está subindo? Um dos componentes é a insegurança jurídica, as crises políticas recorrentes, a maioria delas gestadas dentro do Palácio do Planalto”, criticou o senador baiano.
O presidente da CAE chamou a atenção para o problema também de falta de reposição de peças de máquinas, que deve afetar a colheita agrícola e a produção nacional. Esse é outro ponto que deverá ser debatido com Guedes. “Estão com dificuldade para repor as peças para a colheita que será muito boa”, disse, reconhecendo a dificuldade de fazer uma audiência pública virtual.
A alta dos preços tem incomodado o mundo político e sido alvo de comentários dos parlamentares em sessões. Na semana passada, ao falar sobre o aumento de preços de insumos da construção civil, Pacheco comentou sobre a necessidade de providências “mais radicais” serem tomadas em relação a esses aumentos, especialmente de insumos na construção. Não deu detalhes.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 16/03/2021
CORTE DE SALÁRIO E JORNADA E SUSPENSÃO DE CONTRATOS DEVERÃO ATINGIR 3 MILHÕES
Publicado em 03/16/2021 as
06:56 PM
Governo prepara uma revisão no programa do seguro-desemprego para tentar obter recursos para o pagamento do agora batizado ‘Bolsa Emergencial’, que deve ter um custo entre R$ 5,8 bi e R$ 6,5 bi, segundo estima o Ministério da Economia
Por Felipe Frazão e Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – A nova rodada do programa que permite às empresas cortarem jornada e salário e suspender contratos de trabalho deve ter custo total entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões para o governo, responsável por pagar um benefício emergencial aos trabalhadores. A estimativa considera que 2,7 milhões a 3,0 milhões de acordos serão firmados entre patrões e empregados nas duas modalidades, segundo documento obtido pelo Estadão/Broadcast.
Os dados constam em nota técnica produzida pela Subsecretaria de Políticas Públicas de Trabalho do Ministério da Economia em 9 de março de 2021. Os técnicos ainda podem refinar os números, sobretudo se o quadro de agravamento da pandemia de covid-19 indicar maior demanda pelo programa.
Como revelou o Estadão, o governo prepara reformulação no seguro-desemprego para poupar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e conseguir direcioná-los ao benefício emergencial (BEm). O programa que permite os acordos para proteger empregos e aliviar o caixa das empresas deve ter duração de quatro meses.
Um desenho inicial do BEm previa que o governo bancaria com recursos públicos os primeiros dois meses de benefício, e os outros dois seriam uma antecipação do seguro-desemprego. No entanto, o governo mudou a estratégia e decidiu bancar integralmente os benefícios de quem tiver jornada e salário reduzido ou contrato suspenso, sem interferir no seguro-desemprego desse trabalhador, que manterá o direito de forma integral caso seja demitido após o fim do acordo.
O dinheiro do BEm sairá todo do FAT, mas sem necessidade de aportes adicionais pelo Tesouro Nacional. Com o aumento substancial da dívida pública em 2020, a equipe econômica tem buscado soluções para combater a crise da covid-19 que dependam menos de recursos obtidos via emissão de dívida pública. A economia obtida com a reformulação do seguro-desemprego abrirá espaço dentro do fundo para essas despesas.
Cenários
Os técnicos traçaram três cenários para o pagamento do BEm, agora chamado de “Bolsa Emergencial”. No cenário-base, que na visão do governo é o que tem mais chances de ocorrer, haveria 1,16 milhão de acordos de suspensão de contrato e 1,69 milhão de acordos de redução de jornada e salário (total de 2,85 milhões). Considerando o gasto médio esperado com cada trabalhador, o custo do programa ficaria em R$ 6,14 bilhões.
Na redução de jornada e salário, os acordos podem ser firmados com cortes de 25%, 50% ou 70%, nos mesmos moldes da primeira rodada do programa em 2020.
No cenário conservador, menos contratos são alvo de acordo, 1,1 milhão em suspensão e 1,6 milhão em redução de jornada e salário. A despesa ficaria em R$ 5,82 bilhões. Já no cenário agressivo, haveria 1,2 milhões de suspensões de contrato e 1,8 milhões de acordos de redução de jornada e salário, com custo de R$ 6,46 bilhões.
As projeções levaram em conta as adesões ao BEm no período de setembro a dezembro de 2020. Os técnicos usaram esse período, e não o do pico de acordos logo no início do programa, porque consideram que houve uma acomodação no número de empresas que precisam do instrumento para seguir operando sem prejuízos e sem precisar demitir seus funcionários.
No início da pandemia, ainda sem grandes informações sobre o modo de dispersão da doença, muitos Estados decretaram o fechamento geral de atividades, inclusive industriais, o que gerou forte demanda pelos acordos. Hoje, muitos governadores já atuam sob protocolos preestabelecidos, segundo os quais as restrições são mais severas para os setores de comércio e serviços e mais brandas na indústria, onde há mais condições de se manter protocolos de distanciamento.
Por isso, o período de setembro a dezembro de 2020 é considerado uma amostra mais fiel ao que deve suceder agora, em 2021, com o relançamento do programa. O governo tem recebido informações de que o maior demandante do novo BEm será o setor de serviços.
Os cálculos também levaram em conta projeções de qual deve ser a duração dos acordos por faixa de renda. Na nota, essa metodologia é defendida sob o argumento de proporcionar estimativas “mais ajustadas”. No ano passado, o governo destinou R$ 51,55 bilhões ao programa, mas foram utilizados R$ 33,5 bilhões.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 16/03/2021
EXECUTIVOS DA AMÉRICA LATINA COMEÇAM A ENXERGAR LUCRO NA AGENDA AMBIENTAL E SOCIAL, APONTA PESQUISA
Publicado em 03/16/2021 as
06:56 PM
Segundo levantamento feito na Argentina, Brasil, Colômbia e México, 60% dos 455 executivos entrevistados acreditam que a pauta ESG pode trazer ganhos reais para as empresas
Por Matheus Piovesana, O Estado de S.Paulo
Na América Latina, a percepção de que sustentabilidade não traz retorno financeiro parece estar ficando no passado. Um estudo realizado pela SAP, empresa de softwares de gestão, em parceria com a CIO Research e a Seekment, obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast, mostra que para 60% dos executivos de quatro grandes economias da região, inclusive o Brasil, a sustentabilidade, seja ela ambiental, social ou de governança, pode trazer ganhos reais.

Amazonia - Dos quatro países consultados (Argentina, Brasil, Colômbia e México), o Brasil é o que tem a menor quantidade de empresas com uma estratégia de sustentabilidade em andamento Foto: Tiago Queiroz/Estadão
"Antigamente era uma troca, e ainda tem muito dessa percepção. Mas não necessariamente fazer o correto significa pagar mais caro", afirma Cristina Palmaka, presidente da SAP para América Latina e Caribe. "Há os custos indiretos, de reputação. Quando você consegue valorizar o produto como sustentável para o cliente final, tem um ganho de percepção de marca muito maior."
Realizado com 455 CEOs e executivos da América Latina, entre outubro e novembro do ano passado, o levantamento mapeia a tomada de decisão sobre temas delicados em um momento de estresse para as operações das companhias, em plena pandemia da covid-19. Entre os ouvidos para a pesquisa, 47% são executivos de empresas produtoras de bens, como petroleiras, mineradoras e a agroindústria.
O levantamento aponta que 46% das companhias têm estratégias de sustentabilidade e que 22% devem implementá-las em breve. Apenas 9% das empresas não consideram o tema importante para seus negócios. Entre as produtoras de bens, entretanto, o porcentual das que já têm políticas em andamento (35%) foi menor que entre as prestadoras de serviços (49%).
Dos quatro países consultados (Argentina, Brasil, Colômbia e México), o Brasil é o que tem a menor quantidade de empresas com uma estratégia de sustentabilidade em andamento. Dos executivos ouvidos no País, 42% afirmaram que o conjunto de regras já existe. Na Argentina, o porcentual é de 51%; n México, de 43%.
Cristina acredita que essa diferença diz mais sobre as complexidades do ambiente de negócios brasileiro do que sobre a preocupação local com os princípios que guiam a agenda ESG (de sustentabilidade ambiental, social e de governança, na sigla em inglês). "Uma leitura é a da nossa complexidade como país, com temas fiscais, de reformas. Esse composto ainda é muito impactante quando comparado com países vizinhos", diz. Para a executiva, que já liderou a SAP brasileira, ainda assim há uma evolução de mentalidade.
Considerada toda a região, 41% dos executivos afirmaram que suas empresas elaboram relatórios de sustentabilidade, uma maneira de medir os progressos nesse quesito. Adicionalmente, 46% deles consideraram que o tema é importante para os clientes - mais do que os 44% que viram a solidez financeira como um ponto fundamental.
Liderança do gênero
Ao analisar com quais aspectos de sustentabilidade as empresas em que trabalham se identificam mais, 60% dos executivos citaram a igualdade de gênero, o maior porcentual em um grupo que inclui profissionais do futuro (54%) e mudanças climáticas (43%).
Cristina atribui a centralidade do tema às discussões que acontecem do lado de fora, mas também dentro das empresas, dada a realidade da região. "Conseguimos mostrar que na América Latina, que historicamente tem um viés mais machista, as mulheres estão ganhando um espaço incrível", comenta. Dos 20 executivos que se reportam a ela, nove são mulheres. Sua sucessora no Brasil, Adriana Aroulho, é uma delas.
A pesquisa também captou que, para muitas companhias, a sustentabilidade na cadeia de fornecedores ainda não é um tema importante. Para 51% dos executivos da região, o ponto não é decisivo ao escolher um fornecedor. No Brasil, esse total é de 48%. Por outro lado, o porcentual de profissionais do País que consideram os esforços de fornecedores ao estabelecer contratos (27%) ficou acima da média regional (18%).
Ainda que estejam longe de ser maioria, os executivos que levam a sustentabilidade em consideração podem ajudar a influenciar os demais, especialmente em um contexto em que grandes investidores se movimentam para monitorar a "pegada" ambiental dos produtos das empresas em que aportam recursos.
"O tema se tornou urgente. E quando isso afeta a competitividade, muito mais fornecedores que aderem à causa passam a estar presentes", afirma Cristina. "Em uma empresa de alimentos, por exemplo, que toma a decisão de ter a rastreabilidade da cadeia, cortar grandes contratos porque o fornecedor não cumpriu as exigências manda uma mensagem muito forte."
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 16/03/2021
‘A MELHOR POLÍTICA FISCAL É VACINAR RÁPIDO A POPULAÇÃO’, DIZ SECRETÁRIO DO TESOURO
Publicado em 03/16/2021 as
06:56 PM
Para Bruno Funchal, PEC que libera o auxílio emergencial abre caminho para que dez estados adotem medidas de controle de gastos, com economia de R$ 13,5 bi
Por Manoel Ventura e Marcello Corrêa

Bruno Funchal, secretário do Tesouro Nacional Foto Foto: Edu Andrade / Ministério da Economia
BRASÍLIA — Promulgada na segunda-feira pelo Congresso, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza a volta do auxílio emergencial e prevê medidas de controle das contas públicas não tinha o objetivo de compensar os gastos com o benefício, mas sim rever regras fiscais no país. A avaliação é do secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal.
Em entrevista ao GLOBO, ele destaca o efeito do texto nos governos locais. Nas contas do Tesouro, dez estados — inclusive o Rio — se enquadrariam nas regras que permitem adotar ações como o congelamento de salários. A economia estimada é de R$ 13,5 bilhões.
O secretário afirma que o debate sobre reduzir gastos com o funcionalismo pode voltar durante a tramitação da reforma administrativa. Funchal destaca que o melhor pacote fiscal hoje é a vacinação rápida contra a Covid-19.
A PEC foi avaliada por especialistas como tímida para o ajuste fiscal. Ela é suficiente?
A PEC é um dos maiores avanços desde a Lei de Responsabilidade Fiscal. O coração da PEC é lidar com a questão do teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior). E a gente ampliou isso para todos os prefeitos e governadores que, até então, não tinham instrumentos de controle de despesa obrigatória. A PEC ainda deixa mais claro o processo de calamidade.
No ano passado, a crise estava vindo e estávamos muito limitados para tomar ações porque tinha algo muito incipiente. Outro ponto foi um plano para reduzir o gasto tributário, com uma meta de reduzir para 2% do PIB em oito anos (hoje são 4% para isenções).
Também tiramos da Constituição a obrigação da União de criar uma linha para pagar precatórios (dívida reconhecida por decisão da Justiça) dos estados. E a liberação do superávit financeiro para os fundos vai liberar R$ 160 bilhões para melhorar a gestão da dívida.
O objetivo da PEC não era economia no curto prazo?
O objetivo dessa PEC não era fazer uma economia que compensasse os R$ 44 bilhões do auxílio emergencial. As pessoas se apegaram muito a isso, mas esse não era o objetivo. O objetivo era: a gente precisa de uma contrapartida que mostre que estamos num processo de consolidação fiscal, que mostre credibilidade no médio e longo prazo.
O principal ponto que ficou de fora da PEC foi a autorização para corte de jornada e salário de servidores. Ainda há espaço para negociar ou essa discussão está superada?
Não acho superada. O ganho não foi apenas a PEC, teve um ganho de debate, teve um amadurecimento. A proposta original era que voltasse na Constituição. Não foi suficiente, mas não acho que fechou a porta. Redução e otimização de despesa de pessoal podem vir de uma forma mais estruturada na reforma administrativa, que casa isso com modernização do Estado.
E é a próxima pauta da Câmara. Não acho que venha nesse sentido, de redução de jornada e vencimento, mas acho que venha em forma de otimização do gasto de pessoal, que vai trazer ganho fiscal de médio e longo prazo.
O limite de R$ 44 bilhões para o auxílio é suficiente?
Foi muito importante para trazer previsibilidade especificar os R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial. A gente tem quatro meses para acelerar a vacinação e vai estar rolando o auxílio emergencial. Então, a melhor política fiscal é vacinar rápido a população. Dependendo dessa velocidade, a gente não vai precisar de uma nova rodada (de auxílio).
Agora, se ficar lento, eu acho que, no último mês, pode ser discutida uma coisa pontual até o processo de vacinação estar mais disseminado. O mais importante do fiscal é a retomada econômica, crescimento e redução de gastos; é a economia voltando à normalidade. Hoje, para a política fiscal, econômica, sanitária, o melhor instrumento é um: a vacinação acelerada.
Qual o impacto da PEC para os estados e municípios?
Se o estado ou município tiver uma despesa corrente acima de 95% da receita corrente, ele pode aplicar a série de medidas que controlam a despesa obrigatória. (Para fazer a conta), a gente pegou 2020 e tirou da receita a transferência da Lei Complementar 173 (que destinou recursos para estados).
Qual seria a economia se esses que estão acima dos 95% acionassem os gatilhos (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Maranhão e Acre)?
Numa situação de normalidade, sem essas transferências, seriam R$ 13,5 bilhões para estados e R$ 11,2 bilhões para municípios. Só que também poderia usar os gatilhos acima de 85% (com autorização do Legislativo local).
Nesse caso, chega a R$ 93 bilhões para estados e R$ 54 bilhões para os municípios. Esse é o ganho máximo se todos implementassem os gatilhos para fazer com que as despesas se enquadrem dentro de 85% da receita.
O acionamento do gatilho não é obrigatório para os estados e municípios. Como fazer para eles acionarem?
Se você fizer o ajuste e usar o gatilho, mantém os seus benefícios de ter aval do Tesouro para operação de crédito e qualquer repactuação futura de crédito. Faria sentido continuar concedendo garantia para quem não faz o seu dever de casa e pode empurrar depois a conta para a União?
Não faz sentido. Por isso, a gente incorporou a vedação ao aval da União em operações de crédito e à repactuação da dívida.
Quando a União irá acionar os gatilhos e congelar despesas?
Na medida em que a despesa obrigatória volte a crescer, em situações normais, sem dar reajuste a servidor, esse engatilhamento seria entre 2024 e 2025. Agora, pode vir antes, dependendo de decisões de criação de despesa obrigatória. O importante é que temos uma regra clara.
Qual a economia para a União?
Especificamente com pessoal é algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões (por ano), dependendo do cenário do reajuste que aconteceria se não tivesse engatilhado.
Com inflação mais alta, aumenta o limite de despesas da União previsto no teto de gastos. Haverá reajuste para os servidores no próximo ano?
Uma coisa que a gente precisa deixar claro para todos os tomadores de decisão é que vai ter esse espaço durante um ano, mas que esse espaço vai ser consumido ao longo do tempo pelo crescimento das despesas obrigatórias porque são indexadas. Vai existir um espaço para decisão de Orçamento e vai precisar tomar uma decisão.
Quero investir mais? Quero aumentar o Bolsa Família? Quero dar reajuste? Isso tudo tem que estar na mesa e tomar uma decisão. É legítimo que o reajuste seja colocado na mesa. Mas um reajuste tem efeito permanente. É como se deixasse de investir “X” bilhões de reais por ano todos os anos.
Essa é a escolha que vai estar sendo feita. O mais importante é a gente ter a real noção das consequências. Se for para fazer investimento, quanto que vai ter de espaço? Se for reajuste, quanto tem e qual é a repercussão? Se for para rever programas de renda, como se faz e qual é a repercussão? Tudo isso está competindo por espaço.
Espaço maior no teto não aumenta a pressão por gastos, ainda mais em ano eleitoral?
Pressão por gasto tem todo ano. O mais importante é ficar claro que esse gasto compete entre si. A gente tem que ter claro que se for ter reajuste, ele vai estar reduzindo investimento ou espaço para programa de transferência de renda. Aí é decidir qual o mais relevante. É legítimo que seja discutido (o reajuste)? É legítimo. Agora, tem os dois lados.
Nota da redação: Na versão original, o texto informava que o Ceará era um dos dez estados em condições de acionar medidas de controle fiscal, por ter mais de 95% das receitas comprometidas com despesas correntes. A informação estava incorreta e foi corrigida. O Sergipe, que não estava na lista originalmente, foi incluído.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 16/03/2021
TSE E UNIÃO ASSINAM ACORDO PARA CADASTRAR BIOMETRIA DE MAIS 100 MILHÕES BRASILEIROS E CRIAR IDENTIDADE DIGITAL
Publicado em 03/16/2021 as
06:55 PM
O objetivo é facilitar a identificação com segurança em diversas situações
Por Stephanie Tondo

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinaram acordo para disponibilizar a identidade digital para os brasileiros Foto: Agência Brasil
RIO - O governo federal pretende fazer o cadastro biométrico de mais 100 milhões de brasileiros, como parte da implementação do programa de Identificação Civil Nacional (ICN). Um dos objetivos da iniciativa é a criação da carteira de identidade digital.
Na segunda-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, assinaram um acordo de cooperação técnica para colocar em prática o projeto.
Criada por uma lei de 2017, a ICN está sob a responsabilidade do TSE. O objetivo é cadastrar os brasileiros para que sejam identificados com segurança e facilidade em diversas situações, como no embarque em viagens nacionais utilizando a validação biométrica e prova de vida para beneficiários do INSS, por exemplo.
— A ICN vai facilitar a vida dos 111 milhões de brasileiros que já possuem o cadastro biométrico e os outros 100 milhões que ainda faltam. Além disso, com a conferência dessas informações com a base de dados do TSE, a ideia é eliminar ainda mais as fraudes tanto em instituições privadas quanto nas públicas — explicou Barroso.
Dentro do programa de identificação nacional, está a prevista a criação do Documento Nacional de Identificação (DNI) com a expectativa de, no futuro, ser o principal documento a ser utilizado pelo cidadão brasileiro. A Identidade Digital utilizará dados biométricos, garantindo mais segurança.
A implementação do DNI depende, ainda, da elaboração de um cronograma específico que levará em conta a atualização do cadastro biométrico em todo o país, uma vez que o cidadão terá de fazer um pré-cadastro no aplicativo e buscar um posto de atendimento para validar seus dados.
Pelos termos do acordo, o TSE, a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério da Economia deverão especificar e implementar a prestação do serviço de conferência da Base de Dados da Identificação Civil Nacional (BDICN), junto à plataforma gov.br.
Assim, a ICN será o meio preferencial de validação dos usuários dos serviços públicos digitais ofertados pelos portais oficiais do Governo Federal. Ou seja, a partir da validação dos dados biométricos do cidadão na base da ICN, será possível usufruir de serviços públicos antes disponíveis apenas no atendimento presencial de órgãos públicos federais, como o INSS e a Receita Federal.
Na avaliação do ministro Onyx Lorenzoni, a ideia é que tanto as plataformas do Poder Executivo quanto do TSE possam conversar e cooperar entre si.
— O objetivo aqui é a união de esforços entre Poder Judiciário e Poder Executivo. Vamos servir mais e melhor a todos os cidadãos do Brasil.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a ICN é uma excelente iniciativa do TSE que deu os primeiros passos nessa grande base de dados biométricos.
— Nós, desde que entramos em 2019, começamos a trabalhar juntos, de um lado a base de dados biométricos, do outro o nosso trabalho de digitalização de 38 milhões de 'invisíveis' que sequer tinham um CPF. Por isso, acredito que a ICN também é fundamental tanto para a qualidade de políticas públicas quanto para a segurança das transações financeiras — pontuou Guedes.
Ainda segundo o ministro da Economia, a iniciativa é a promessa de um futuro cada vez melhor, com um governo cada vez mais eficiente, que entrega cada vez melhor, mais barato e com mais qualidade para o cidadão brasileiro.
O acordo assinado hoje prevê também a gestão sobre investimentos de recursos do Fundo da Identificação Civil Nacional (FICN) em consonância com as diretrizes editadas pelo Comitê Gestor da Identificação Civil Nacional (CGICN), entre outros.
O Comitê é composto por representantes do Poder Executivo Federal, do TSE, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Conselho Nacional de Justiça.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 16/03/2021
GOVERNO INCLUI ELETROBRAS EM PROGRAMA DE PRIVATIZAÇÃO E PREVÊ FINALIZAR O PROCESSO EM FEVEREIRO DE 2022
Publicado em 03/16/2021 as
06:55 PM
Anúncio foi feito após reunião do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), que teve a presença do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes
Por Gabriel Shinohara e Manoel Ventura

Para que a Eletrobras seja privatizada, o Congresso Nacional precisa aprovar a Medida Provisória enviada pelo governo Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
BRASÍLIA — O governo deu o primeiro passo para a privatização da Eletrobras nesta terça-feira ao incluí-la no Programa Nacional de Desestatização (PND). A expectativa é que todo o processo esteja finalizado fevereiro de 2022.
O anúncio foi feito após reunião do Programa de Parceira de Investimentos (PPI), que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de outros membros do governo.
Essa é apenas a primeira fase do processo de privatização da estatal, que ainda precisa que o Congresso Nacional aprove a Medida Provisória (MP) enviada pelo governo no fim de fevereiro. A expectativa do governo é que a aprovação seja até junho deste ano.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) ressaltou que o objetivo da privatização é aumentar a capacidade de investimento da empresa, "gerando mais emprego e renda para o país” e espera que o processo vai trazer mais competitividade para a empresa.
A secretária especial do PPI, Martha Seillier, destacou que o poder público não tem capacidade para fazer investimentos na empresa que são necessários para ganhar competitividade.
— O que nós esperamos é aumento dos investimentos nos setor de energia, geração de emprego e renda, criação de um ambiente atrativo para investidores, aumentando a competitividade do setor, reduzindo a volatilidade de preços na tarifa da energia elétrica — disse a secretária.
EBC
Na mesma reunião, o governo também incluiu a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no PND, dando o primeiro passo para a privatização da estatal. Na semana passada, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, já tinha anunciado que tentaria viabilizar a privatização da empresa.
No estudo apresentado na reunião, o governo avalia que somente a venda de imóveis da EBC poderia levantar mais de R$ 300 milhões. Além disso, ressalta que a privatização tiraria aproximadamente R$ 400 milhões das despesas do Orçamento da União atualmente voltadas para a empresa.
De acordo com o governo, a ideia é que a inclusão da estatal no PND possa permitir a avaliação de “alternativas mais eficientes” para a política pública.
“Converge com o propósito de reordenar a posição estratégica do Estado na economia, contribuindo para a reestruturação econômica do setor público, permitindo que a Administração Pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental”.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 16/03/2021
ERASMO BATTISTELLA, PRESIDENTE DO ECB GROUP
Publicado em 03/16/2021 as
06:55 PM
Por epbr - 16 de março de 2021 - Em Combustíveis, Transição energética, Vídeos
Erasmo Battistella é CEO do ECB Group, controlador da BSBios, e presidente da Aprobio – Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil. Na pauta, política e mercado de combustíveis e regulação dos biocombustíveis avançados.
Além do controle da BSBios, produtora nacional de biocombustíveis, o ECB Group investe na produção de biocombustíveis avançados no Paraguai por meio do projeto Omega Green.
Recentemente, fechou contratos com petroleiras europeias para fornecimento de combustíveis. As obras estão previstas para começar este ano.
Assista a entrevista no canal da epbr no Youtube, ou nas nossas páginas no Facebook e LinkedIn.
https://www.youtube.com/watch?v=B6viY-QS_w4
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 16/03/2021
MOBILIDADE ELÉTRICA VAI DEMANDAR NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS NO BRASIL
Publicado em 03/16/2021 as
06:54 PM
Por Nayara Machado - 16 de março de 2021 - Em Diálogos da Transição, Transição energética
Editada por Nayara Machado
nayara.machado@epbr.com.br
A mobilidade elétrica vai demandar novos modelos de negócios, com empresas costurando articulações e parcerias para mitigar riscos e compartilhar investimentos.
A constatação faz parte do primeiro Anuário Brasileiro de Mobilidade Elétrica, lançado nesta segunda (15) pela Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME).
Edgar Barassa, da consultoria BCC, explica que modelos de negócios mais tradicionais, com investimento de uma única organização, são mais frágeis no caso da mobilidade elétrica, que demanda por investimentos maiores de aquisição.
“O que nós temos visto é que a melhor forma de contornar esse investimento inicial elevado para fazer aplicações de frota elétrica tem sido por meio de parcerias”, diz.
Segundo Edgar, as empresas estão deixando de desenhar planos de negócios de forma individual.
“Você tem a empresa que é uma boa integradora, o player do setor elétrico e a startup que faz a plataforma de gestão com inteligência. Tudo isso é sustentado por uma tríplice do olhar da tecnologia, do olhar financeiro e do olhar sustentável. Os três se complementam. Por isso a necessidade desses novos arranjos que rompem com o modelo de negócio mais tradicional”, completa.
Mesmo com números bem abaixo em relação aos países líderes, em 2019, o Brasil observou um crescimento três vezes maior, comparado com 2018, no registro de veículos elétricos leves de passageiros e comerciais.
De 3.418 veículos, a frota subiu para 11.205 unidades, de acordo com dados do Ministério da Infraestrutura (2020).
Considerando 2007, ano de início dos registros, o levantamento mostra que houve um aumento maior entre 2014 e 2016, chegando a 1.303 unidades e, 2017 e 2018, com patamar similar.
Efeito Covid nos investimentos
Ações de incentivo à mobilidade elétrica no Brasil podem encarar dificuldades em função dos efeitos da pandemia sobre a economia.
“Vimos que praticamente todos os modais foram afetados de forma negativa, considerando o estancamento de novos investimentos e desengajamento ante a iniciativas e atividades já prenunciadas”, alerta o anuário.
Segundo a análise, a depreciação do real frente ao dólar aumentou o já elevado preço de aquisição dos veículos elétricos importados, trazendo barreiras adicionais.
Contudo, o documento também indica que existem oportunidades para alavancar esse setor, com as cidades e os investidores repensando a configuração e os modelos de negócio empreendidos pelo transporte público.
Outra oportunidade indicada é o programa de P&D da Aneel, que desde 2010 engloba projetos e investimentos ligados à mobilidade elétrica.
Lançada em 2018, a Chamada 22 da Aneel trouxe um recorte específico para a mobilidade elétrica, com 30 projetos aprovados, totalizando mais de R$ 463 milhões em investimentos na área.
“De fato, se o ano de 2020 foi complexo do ponto de vista dos investimentos relacionados à mobilidade por conta da Covid-19, pode-se afirmar que a Chamada 22 é a grande responsável pela continuidade dos novos projetos de mobilidade elétrica”, relata o anuário.
Um exemplo do funcionamento desses novos modelos de negócios, a Chamada 22 estimula parcerias entre empresas, academia, startups, consultorias e outros agentes de mercado.
Adaptação ao contexto brasileiro
Para Flávia Consoni, pesquisadora da Unicamp, também é preciso considerar que o contexto brasileiro exige soluções diferentes do que vem sendo feito em países europeus.
“Nós estudamos a Noruega para aprender as políticas, principalmente de estímulo ao consumo. A gente aprende muito com isso, mas a gente não consegue trazer essa experiência para cá, porque a nossa realidade é outra”, diz.
Ela aposta em uma transição para mobilidade elétrica com a combinação de diferentes modais e tecnologias híbridas, com o uso de etanol, por exemplo.
“Eu vejo o veículo particular como aquele que vai ter essa transição mais lenta e a gente vai contar muito com a tecnologia híbrida. Nosso mercado está crescendo puxado pela tecnologia do veículo elétrico híbrido que combina o etanol”, aponta Flávia.
Projeto Zebra
O programa Zero Emission Bus Rapid-deployment Accelerator (ZEBRA) quer acelerar a implantação de ônibus elétricos nas cidades de São Paulo (Brasil), Medellín (Colômbia), Santiago (Chile) e Cidade do México (México).
As metrópoles fazem parte do C40 Cities e têm compromissos para a descarbonização do transporte público.
Com foco no design de novos meios de financiamento e modelo de negócios para a operação do transporte público, o programa busca a formação de parcerias com instituições financeiras regionais para investimento de US$ 1 bilhão em tecnologia de propulsão elétrica e de zero emissão na América Latina até 2021.
Liderado pelo C40 Cities e pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT, em inglês), o ZEBRA também atua do lado da oferta, ao obter compromissos dos principais fabricantes de ônibus e motores em apoiar o crescimento dos elétricos na América Latina.
A colaboração inclui definição de estratégias de carregamento e execução de projetos-piloto, entre outros pontos.
Curtas
Orçamento para Meio Ambiente. Cinco ex-ministros da Fazenda enviaram uma carta ao relator-geral do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), pedindo que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA) seja recomposto, de modo que não sofra os cortes sugeridos pela proposta do Executivo…
…O PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) enviado ao Congresso pelo governo federal propõe o menor orçamento dos últimos 21 anos para o MMA, R$1,72 bilhão. Folha
O BID assinou, no final de fevereiro, um acordo de cooperação com o BNDES para criar um sistema de validação e aumento da emissão de títulos verdes no Brasil. A ideia é estabelecer uma espécie de marco normativo para validar projetos aptos a captar recursos por meio desse tipo de emissão. epbr
A ANP autuou as 35 distribuidoras que descumpriram suas metas de compra de Créditos de Descarbonização (CBios) no ano passado, como previsto no programa federal RenovaBio. Todas elas são de pequeno a médio porte…
…A lei do RenovaBio prevê multa equivalente à quantidade de CBios que a distribuidora não comprovou multiplicada pela maior média mensal de preços de CBios na B3 no ano do descumprimento. Em 2020, outubro foi o mês com a maior média mensal, de R$ 50,47. Valor
A área agrícola com tecnologias sustentáveis e financiadas pelo Programa ABC superou 750 mil hectares no período de julho a dezembro de 2020. A área equivale a cinco vezes a da cidade de São Paulo. Segundo o Ministério da Agricultura, o valor contratado pela linha de crédito alcançou cerca de R$ 1,958 bilhão. Broadcast Agro
RSB e Bioledger avaliam o potencial de um banco de dados de blockchain para apoiar a rastreabilidade de biocombustíveis e suas matérias-primas. Estudo de caso traz recomendações para construção de um banco completo a ser usado pela indústria para melhorar a transparência e o controle em cadeias de abastecimento. RSB
A exploração madeireira aumentou 60% em Mato Grosso entre os anos de 2018 e 2019 e 37% desse número foi explorado de forma ilegal. É o que apontou um estudo recém-publicado pelo Instituto Centro de Vida (ICV). Foram 457 mil hectares de florestas nativas exploradas no estado no período, que vai de agosto de 2017 a julho de 2019. G1
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 16/03/2021
GUEDES CITA “COEFICIENTE DE 70%” DE APROVAÇÃO DE REFORMAS NO CONGRESSO
Publicado em 03/16/2021 as
06:54 PM
Por Reuters

Paulo Guedes - Questionado sobre a reforma tributária, o ministro pontuou que ela é “um pouco mais complexa” (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que o governo calcula ter obtido um “coeficiente de 70%” na aprovação de medidas econômicas enviadas ao Congresso Nacional e mencionou que a reforma administrativa está pronta para ser aprovada pelos parlamentares, classificando-a como “leve, suave”.
Em entrevista gravada à CNN, Guedes mencionou a economia fiscal que a reforma vai gerar em âmbito federal, de 300 bilhões de reais, além da economia em torno de 140 bilhões de reais a 150 bilhões de reais em salários nos três níveis da Federação.
Questionado sobre a reforma tributária, o ministro pontuou que ela é “um pouco mais complexa”. Guedes afirmou que o governo não queria “cair na armadilha que estava preparada” de elevação de tributos em meio a uma recessão econômica. “Você não deve aumentar impostos no meio de uma recessão. Se não, você agudiza a recessão”, reiterou.
Vacinação em massa
Mais uma vez, o titular da pasta econômica reforçou a necessidade de se garantir imunização em larga escala à população, afirmando que economia e saúde são “indissociáveis”. “A vacinação em massa é um passo indispensável, porque ela permite que haja uma redução dramática do desemprego informal”, completou.
Em seus comentários, Guedes, de 71 anos, disse que gostaria de já ter sido vacinado. “Eu acho ótimo. Sou candidato a tomar a vacina, quero me vacinar.” Residente de Brasília, Distrito Federal, o ministro, por ora, ainda não foi contemplado no processo de imunização da população pelo governo local.
O Distrito Federal está vacinando, no momento, pessoas de 74 anos ou mais, além de integrantes de outros grupos prioritários.
Fonte: Moneytimesoip
Data : 16/03/2021
CÂMARA COMEÇA ANÁLISE DA MP QUE CONCEDE ISENÇÃO DE TARIFA DE ENERGIA NO AMAPÁ
Publicado em 03/16/2021 as
06:54 PM
A Câmara dos Deputados começou sessão deliberativa virtual para analisar projetos da bancada feminina e outras matérias, como a Medida Provisória 1010/20, que está em debate no momento.
A MP concede isenção de tarifa de energia elétrica no período de 26 de outubro a 24 de novembro para os consumidores atingidos pelo apagão no estado do Amapá.
Em seu relatório, o deputado Acácio Favacho (Pros-AP) incluiu desconto de 50% da fatura de energia elétrica referente aos 30 dias posteriores à isenção (25 de novembro a 24 de dezembro) para os consumidores residenciais dos municípios atingidos.

(Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Os deputados devem entrar na fase de votação do projeto de lei de conversão e dos destaques apresentados ao texto.
Histórico
No dia 3 de novembro de 2020, uma explosão em um transformador de uma subestação de energia em Macapá deixou 13 das 16 cidades do estado sem energia por dois dias seguidos e em rodízio de fornecimento por mais 22 dias. Dos dois transformadores adicionais, um foi avariado e outro, que seria reserva, estava fora de operação por defeito.?
Fonte: Moneytimesoip
Data : 16/03/2021
PREÇOS DA CELULOSE VÃO SE SUSTENTAR COM ESTOQUES APERTADOS ATÉ 3º TRIMESTRE
Publicado em 03/16/2021 as
06:54 PM
Por Diana Cheng

A Suzano é a principal escolha da Ágora Investimentos no setor de papel e celulose (Imagem: Reprodução/Suzano)
Os estoques do mercado de celulose devem ficar apertados pelo menos até o terceiro trimestre de 2021, afirmou a Ágora Investimentos, em relatório divulgado nesta segunda-feira (15).
Analistas do Bradesco BBI realizaram na semana passada um estudo sobre a produção e o consumo de papel na Ásia. Para produtores de papel e celulose, traders, consultores e macroeconomistas, o mercado está em um estágio saudável na China, com fatores como atividade industrial, e-commerce, eventos públicos e materiais escolares sustentando a demanda.
Segundo a Ágora, o cartão Ivory continua sendo o mercado mais aquecido. Os produtores de papel gráfico também estão conseguindo aumentar os preços, enquanto os produtores de tecidos sofrem com o repasse mais lento.
A Ágora destacou que os fabricantes de papel de pequeno/médio porte estão operando com baixos níveis de estoque de celulose, enquanto os estoques dos grandes fabricantes de papel podem entrar em uma situação mais apertada no segundo trimestre.
Dessa forma, os preços da celulose devem continuar em patamares elevados ao longo do ano, para recuar em 2022 com a entrada em operação de novas capacidades.
Os produtores de celulose de fibra longa anunciaram preços de US$ 980 a US$ 1 mil a tonelada na China. A Ágora acredita que os produtores de celulose de fibra curta vão acompanhar o movimento, com preços a US$ 780-800/tonelada para abril.
A Suzano (SUZB3) continua sendo a principal escolha da corretora no setor, seguida por Klabin (KLBN11). A corretora tem recomendação de compra para ambas as empresas.
Fonte: Moneytimesoip
Data : 16/03/2021
BCB PREPARA AUMENTO DE TAXAS DE JUROS EM PLENO MARASMO SANITÁRIO E ECONÔMICO
Publicado em 03/16/2021 as
06:53 PM
Por AFP

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto (Crédito: AFP)
O Banco Central do Brasil (BCB) se prepara para elevar na quarta-feira sua taxa básica de juros pela primeira vez desde 2015, esperando frear uma aceleração da inflação, embora isso fragilize uma economia castigada pela onda mais letal da pandemia, preveem os analistas.
Segundo a estimativa média do mercado, a taxa Selic subirá 0,5 ponto percentual, a 2,5%, depois de ser mantida em seu mínimo histórico de 2% desde agosto de 2020. E no fim de 2021, deve chegar a 4,5%, de acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BCB.
Uma situação inversa à da maioria dos países, que preveem um aumento da inflação quando a economia se normalizar, com a população vacinada contra a covid-19.
No Brasil, os preços estão subindo em um momento em que a pandemia mata pela primeira vez mais de 2.000 pessoas por dia, com um balanço total de quase 280.000 mortos, e uma vacinação em câmera lenta.
O aumento dos preços em dose meses chegou em fevereiro a 5,20%, um máximo desde janeiro de 2017.
Esse resultado supera o centro da meta inflacionária do BCB para 2021 (3,75%) e está prestes a estourar seu teto (5,25%). A previsão do mercado, de 4,6%, aumenta há dez semanas.
– Um “choque de juros” –
A inflação em dose meses foi pressionada pelo aumento da gasolina (9%) e sobretudo pela alimentação (15%), com altas absurdas do arroz (70%), do feijão (52%) e da carne (29,5%).
A disparada se deveu à demanda mundial de produtos agrícolas, à forte desvalorização do real frente ao dólar e a piora do quadro fiscal, com uma economia que encolheu 4,1% em 2020.
Para Mauro Rochlin, professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o BCB, formalmente autônomo desde fevereiro, deveria se decidir a aplicar “um choque de juros”, aumentando na quarta-feira a Selic a 2,75%, para sufocar a inflação.
Um aumento fraco da Selic “vai levantar especulações sobre a leniência do BC com a inflação mais alta ou com a pressão política”, adverte.
O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Fonseca, acredita, ao contrário, que “não é o momento” de aumentar os juros, visto que as medidas de confinamento contra a covid vão impactar o consumo.
“A política de aumento de juros é para reduzir a demanda para reduzir a inflação. A gente não vê a necessidade porque estamos em um processo de arrefecimento da demanda” devido às medidas restritivas, disse Fonseca à AFP.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 16/03/2021
GUEDES: INTERFERIR NA PETROBRAS TEM UM CUSTO ECONÔMICO PESADO
Publicado em 03/16/2021 as
06:53 PM
Da redação
https://cdn-istoedinheiro-ssl.akamaized.net/wp-content/uploads/sites/17/2021/03/paulo-guedes-agencia-brasil-1-e1615921681577.jpg
Ministro disse que avisou ao presidente que a interferência na Petrobras causaria um custo econômico pesado e que o impacto ainda é uma questão em aberto (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)
[O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (16) que a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras causou um custo econômico pesado e que o impacto ainda é uma questão em aberto.
Segundo a CNN Brasil, o ministro disse que avisou ao presidente que a interferência teria um custo econômico pesado. “O que nós dissemos ao presidente é que isto tem um custo econômico pesado. Então, resultado: se o objetivo era baixar o preço do combustível, o que aconteceu com isso [a troca do presidente da Petrobras] foi que os mercados começaram a subir o câmbio, a Petrobras perdeu valor, e o presidente mesmo falou: ‘Mas, peraí, eu quero fazer isso organizadamente’. Aí, mostrou-se ao presidente que tem contratos, e o presidente, o CEO da Petrobras, na verdade, que é o Castello Branco, não terá seu contrato renovado. Por quê? Quer se mexer nessa governança? Isso é uma questão em aberto aí para o futuro. Vamos ver como esse novo presidente da Petrobras vai enfrentar esse problema ali na frente.”
Depois de várias reclamações contra os reajustes nos preços dos combustíveis, Bolsonaro pediu, em fevereiro, a saída do presidente da estatal, indicando em seu lugar o general Joaquim Silva e Luna.
Segundo a Folha de S.Paulo, nos dias seguintes à interferência, indicadores do País se deterioraram e o valor de marcado da Petrobras chegou a cair R$ 100 bilhões.
Uma assembleia geral de acionistas da estatal está marcada para o dia 12 de abril para debater a aprovação do nome de Silva e Luna e outros indicados pelo governo para o conselho de administração.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 16/03/2021
NOVO MINISTRO DA SAÚDE DESCARTA LOCKDOWN COMO POLÍTICA CONTRA COVID
Publicado em 03/16/2021 as
06:53 PM
Da Redação

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à CNN Brasil que lockdowns são utilizados em situações extremas, mas que não podem ser “política de governo”. Questionado pela CNN Brasil sobre o lockdown, Queiroga afirmou: “esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”.
O novo ministro avaliou ainda que, “quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia”. Por fim, ele também falou sobre vacinas e sobre pedidos do presidente quanto a questão: “O presidente quer que questões operacionais sejam colocadas de maneira clara, de tal sorte que o conceito de que o Brasil sabe vacinar se repita, e a gente consiga vacinar a população, que é a maneira mais eficiente de prevenir a doença”.
Repercussão
A escolha de Queiroga para o comando do Ministério da Saúde não foi bem recebida por integrantes da base aliada de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. A matéria informa que sugestões feitas pelo bloco do centrão foram ignoradas por Bolsonaro em favor da indicação de um nome próximo ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 16/03/2021
OAB DISCUTIRÁ O TRANSPORTE MULTIMODAL DE CARGAS NO BRASIL
Publicado em 03/16/2021 as
06:53 PM
Informação: OAB (16 de março de 2021 )
A OAB Nacional, através da Comissão Especial de Direito Marítimo e Portuário, promoverá um evento virtual sobre o “Transporte Multimodal de Cargas no Brasil”, no próximo dia 22 de março, a partir das 16h30. O evento ocorrerá em plataforma digital e será transmitido ao vivo pelo canal oficial da OAB Nacional no YouTube.
O debate contará com a participação de autoridades e representantes de agências reguladoras da área de transportes. Participam das palestras, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Infraestrutura, Diogo Piloni e Silva; a superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rosimeire Lima de Freitas; e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Eduardo Nery Machado Filho.
A mediação dos debates será feita pelo presidente da Comissão Especial de Direito Marítimo e Portuário da OAB Nacional, Godofredo Mendes Vianna. Não será necessário realizar inscrição para acompanhar as palestras, basta acessar o canal da OAB no YouTube no dia e horário do evento.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 16/03/2021
LEON ATRACA NO PORTO DO RECIFE PARA DESCARGA DE BARRILHA
Publicado em 03/16/2021 as
06:53 PM
Informação: Porto de Recife (16 de março de 2021)
Nesta segunda-feira (15/03) o Leon, navio das Ilhas Marshall, atracou no terminal da capital pernambucana. Com 189,99 metros de comprimento, a embarcação veio descarregar toneladas de barrilha.
Vindo diretamente da Bahia, o Leon já iniciou a descarrega de 6.001 toneladas de barrilha a granel americana, no cais dois do Porto do Recife. A previsão é que a embarcação conclua a descarga nesta quarta-feira (17/03).
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 16/03/2021
MAIS MODERNO TERMINAL DE FERTILIZANTES DA AL COMEÇA A OPERAR NO PORTO DO ITAQUI
Publicado em 03/16/2021 as
06:52 PM
Informação: EMAP - Porto do Itaqui (16 de março de 2021 )
O novo terminal da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI) iniciou as operações comerciais no Porto do Itaqui neste mês. O sistema possibilita um aumento de até três vezes na produtividade do berço 101, por meio de guindastes móveis, moega e correias transportadoras que conectam o armazém ao berço, com capacidade para movimentar até 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano (cerca de 1.250 toneladas/hora).
O empreendimento possui armazenagem estática para 70 mil toneladas de carga a granel dividida em 10 boxes. E para a expedição, um sistema com capacidade de até 700 toneladas/hora possibilita o envio da carga em caminhões direto aos clientes, mesmo em dias de chuva. A infraestrutura também permite operação em recinto alfandegado para granéis de importação, por meio da modalidade de entreposto aduaneiro, além das operações usuais no modelo de consumo e de descarga direta com despacho antecipado.
“O novo terminal da COPI é um sinal claro do fortalecimento dessa cadeia produtiva e da confiança do setor privado para investir no porto público do Maranhão. Estamos trabalhando para atender à grande demanda do mercado internacional e ao mesmo tempo consolidar o Itaqui como o porto do Arco Norte do Brasil”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
O investimento total da companhia no corredor Centro Norte de fertilizantes está estimado em R$ 260 milhões, sendo R$ 110 milhões já aplicados na primeira etapa do projeto, e R$ 150 milhões adicionais previstos para a construção da expedição ferroviária do terminal no Porto do Itaqui e no futuro terminal multimodal dedicado ao transbordo e logística de interior a partir de Palmeirante, região central do Tocantins.
“Temos aqui o mais moderno terminal de fertilizantes da América Latina e estamos oferecendo aos clientes e ao mercado do centro norte do país uma solução logística diferenciada que possibilita a integração completa da cadeia de exportação de grãos com a de importação de fertilizantes”, destaca o diretor presidente da COPI, Guilherme Eloy.
Primeiros testes
Logo após a conclusão das obras, no último trimestre do ano passado, foram iniciados os testes de comissionamento e de lá para cá foram descarregadas aproximadamente 50 mil toneladas de fertilizantes. O último comissionamento foi realizado em fevereiro deste ano, com o navio MV Bulk Trader, que descarregou no Itaqui cerca de 19 mil toneladas de cloreto (KCL), sendo 10 mil toneladas direcionadas para o novo terminal. Esse tipo de operação, que levaria em torno de 63 horas, com a descarga mecanizada do berço 101 foi concluída em 28 horas.
Essa operação de descarga foi feita simultaneamente de forma convencional e mecanizada, com produtividade média próxima a 1.000 toneladas/hora. Com esse índice as operações de descarga de fertilizantes no Porto do Itaqui oferecem melhores condições para afretamento em razão de um giro maior na escala de navios fundeados, o que impacta diretamente na qualidade dos produtos. Quanto menor tempo na área de fundeio, menor índice de compactação na carga.
Próxima etapa
A segunda etapa do projeto prevê, a partir do 1º semestre de 2022, a integração da cadeia logística de importação de fertilizantes do Porto do Itaqui para o interior do Brasil pelo modal ferroviário. Está prevista uma oferta diária de até 40 vagões (3,7 mil t) com destino ao terminal de transbordo em Palmeirante.
De acordo com Eloy, o novo sistema garantirá ao mercado uma capacidade constante de expedição ferroviária com valores competitivos. Considerando os diferenciais de localização geográfica privilegiada, conexão ferroviária e produtividade, a companhia estima que o novo corredor logístico será o canalizador do crescimento da demanda centro-norte de fertilizantes do país nos próximos anos.
Além de consolidar o Porto do Itaqui como solução logística multimodal do Arco Norte, esses investimentos devem gerar cerca de 200 postos de trabalho diretos e indiretos em São Luís e pelos menos 150 postos na unidade em Palmeirante.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 16/03/2021
SIMULADO DE COMBATE A DERRAMAMENTO DE ÓLEO
Publicado em 03/16/2021 as
06:52 PM
Informaçâo: CODESA (16 de março de 2021 )

Na próxima quarta-feira (17), o Porto de Vitória realizará simulado prático de verão de combate a derramamento de óleo na baía de Vitória. O treinamento será em conjunto com a empresa contratada Brasbunker. Um dia antes (16), será dado treinamento teórico sobre a definição de cenários possíveis de acidentes ambientais. O exercício está sendo organizado pela Coordenação de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho (COMAST) da CODESA.
De acordo com o engenheiro da Comast, Márcio Suzuki, a CODESA está preparada para atuar em casos de emergência com equipamentos, mão de obra preparada e constante revisão dos protocolos de segurança. “Temos contrato junto à Brasbunker para acionamento e combate de emergências ambientais, sendo que duas vezes por ano são realizados simulados para verificar se os protocolos são eficientes e o nível de preparo das equipes”, explica.
Em caso de acidente, a resposta rápida e eficaz causa menos danos ambiental. No Porto de Vitória, segundo Suzuki, em situações emergências a equipe tem que chegar ao local em até 30 minutos e com o tempo máximo de até duas horas, após o acionamento, para adoção de medidas. A Brasbunker conta com uma base na Enseada do Suá, próximo à Capitania dos Portos de Vitória, com embarcações e equipes em regime de prontidão. Além disso, contêineres com os materiais utilizados nas emergências estão dispostos no Cais Comercial de Vitória.
A CODESA possui equipamentos próprios para uso em caso de necessidade: 01 motobomba, 01 recolhedor de óleo, 750m de barreiras de contenção, 750m de barreiras absorventes, 1500 mantas de absorção de óleo, 100 kg de material absorvente etc. O contrato com a Brasbunker prevê a disponibilização ao Porto de Vitória dos mesmos tipos de materiais, dobrando assim a capacidade de atendimento.
A gerente do contrato da CODESA com a Brasbunker é a técnica portuária Jéssica Broetto Zambaldi. O coordenador da COMAST é Eduardo Baldessin Barbosa.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 16/03/2021
CODESA – ÁREA 4 DISPONÍVEL PARA ARRENDAMENTO
Publicado em 03/16/2021 as
06:52 PM
Informaçâo: CODESA (16 de março de 2021 )

O edital simplificado para a Escolha de Arrendatários Transitórios da CODESA, disponibiliza mais uma instalação para contratação temporária. A chamada área 4 é referente ao armazém ou silo horizontal, localizado em Capuaba, Vila Velha. O local tem área de 5.000m² dedicados à armazenagem de fertilizante.
O processo seletivo atende aos termos dos artigos 46 e 47 da Resolução Normativa nº 07/2016 da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq).
Veja o edital:clique aqui.
https://www.sopesp.com.br/2021/03/16/coronavirus-casos-na-alemanha-disparam-exponencialmente/
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 16/03/2021
LANÇAMENTO ONLINE DO SUDESTE EXPORT 2021 REÚNE AUTORIDADES E APRESENTA AGENDA PERMANENTE VOLTADA PARA O DIÁLOGO E A MULTIPLICAÇÃO DE RELACIONAMENTOS
Publicado em 03/16/2021 as
06:51 PM
A região Sudeste tem valor estratégico para o desenvolvimento econômico e para o adequado abastecimento do Brasil. Grandes indústrias, portos, condomínios logísticos e corredores de escoamento de cargas estão instalados nessa próspera região. São vários os ativos de infraestrutura localizados nos quatro estados do Sudeste sendo trabalhados dentro da agenda do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para 2021, entre eles os processos de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), do Porto de Santos e do Porto de São Sebastião, além da concessão de importantes rodovias, como a movimentadíssima e essencial Nova Dutra. Diante desse cenário desafiador, o Brasil Export realizou o lançamento online do fórum regional Sudeste Export 2021 nesta segunda-feira, 15 de março, e ressaltou o objetivo de atuar como organismo facilitador de debates, troca de conhecimentos e multiplicador de relacionamentos.
O CEO do Brasil Export, Fabricio Julião, celebrou a construção de uma agenda permanente para todo o ano de 2021, com a participação de aproximadamente 250 conselheiros nos níveis regional, nacional e internacional. Na agenda constam reuniões de trabalho, webinários, fóruns presenciais e missões internacionais a Portugal, Singapura e Emirados Árabes Unidos, contando com o apoio institucional do Ministério da Infraestrutura e a colaboração de órgãos de governo como a Antaq e a Apex-Brasil.
O fórum regional Sudeste Export será realizado nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, tendo a companhia docas local como a Autoridade Portuária anfitriã. Julião explicou que o evento aconteceria, inicialmente, no mês de maio, mas a organização optou pela transferência de data por precaução e compromisso com os protocolos de distanciamento exigidos pela pandemia de Covid-19, que hoje causa o momento mais agudo para a população brasileira. “Até lá faremos os lançamentos exclusivamente online. Mesmo os eventos [do segundo semestre] serão realizados no modelo híbrido, com autoridades, conselheiros e patrocinadores autorizados a participar presencialmente e a grande massa de público online. Gosto de usar o exemplo do Centro-Oeste Export no ano passado. Nosso DNA é de porto, mas resolvemos olhar para a eficiência do escoamento do nosso agronegócio. Foi um sucesso, tivemos 504 pessoas acompanhando online”.
O presidente do Conselho do Sudeste Export e diretor de Gestão Portuária da CDRJ, Mario Povia, relacionou os grandes desafios impostos pela dimensão continental do Brasil no sentido de aperfeiçoar a eficiência do escoamento de cargas e das operações portuárias. O avanço da competitividade brasileira, destacou, depende da união de esforços entre os diferentes agentes que atuam no universo logístico. O Brasil Export e seus fóruns regionais, enfatizou Povia, viabilizam o melhor ambiente possível para debater os desafios do setor de infraestrutura, estão alinhados e são apoiados pelo Governo Federal.
O crescimento de 8,6% na movimentação de cargas nos portos administrados pela CDRJ e um salto de 30% no faturamento da Companhia em 2020 foram comemorados pelo diretor-presidente Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira. Os índices, observou, foram alcançados devido à valorização do minério de ferro e aos ajustes realizados no formato dos contratos firmados junto aos operadores portuários, agora com remuneração variável proporcional ao valor FOB das mercadorias movimentadas. “Com apenas um ano o Brasil Export já se posicionou como um fórum fundamental para a troca de ideias e soluções para melhoria contínua do setor. É uma honra sermos os anfitriões do Sudeste Export 2021“.
Após um 2020 muito difícil e desafiador, analisou o diretor-presidente da Companhia Docas do Espírito Santo, Julio Castigloni, o setor portuário tem a responsabilidade de continuar avançando e garantir maior competitividade ao Brasil. Ele disse estar “animado” neste ano de 2021, mesmo compreendendo as restrições impostas pela crise sanitária. “Fico animado porque este Fórum tem compromisso com a realidade e com o resultado. É um Fórum muito qualificado, com gente que tem protagonismo no setor logístico”. Participar das atividades do Brasil Export, enfatizou, tem sido uma experiência enriquecedora e vem proporcionado muitos conhecimentos que têm sido aplicados na administração da Companhia.
O diretor de Relações Internacionais da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Valter Luís de Souza, falou que a entidade vem trabalhando para ampliar sua atuação para “muito além do transporte rodoviário”. O objetivo da direção da CNT, segundo ele, é estar integrada ao setor portuário e aquaviário. “Portanto, o [convite do Fórum] foi importante, pois faz parte de nossa linha de atuação junto à integração dos modais do transporte. Pessoalmente, recebi o convite para fazer parte do Conselho do Sudeste Export com muita honra, principalmente por causa das pessoas que participam e do comando do Mario Povia, que conhecia quando ele ainda estava na Antaq”.
A “equipe de vencedores” formada por lideranças, autoridades e profissionais que atuam nos conselhos do Fórum será o trunfo para o sucesso em 2021, opinou o presidente do Conselho Nacional, José Roberto Campos. Ele frisou a necessidade de o Brasil acertar no desenvolvimento dos modelos de desestatização das autoridades portuárias e na regulação das operações em todos os modais.
Fonte: Fórum Brasil Export
Data : 16/03/2021
DIFERENÇAS DA CABOTAGEM POR CARGA MERECEM OLHARES DISTINTOS NA APLICAÇÃO DO BR DO MAR, DIZ ABAC
Publicado em 03/16/2021 as
06:51 PM

Com o objetivo de impulsionar o crescimento da cabotagem no país, o Projeto de Lei (PL 4199/2020), BR do Mar estabelece novas regras para o uso do modal. No entanto, conforme afirmou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Luis Fernando Resano, cada tipo de cabotagem (contêiner, granel), possui realidades e demandas específicas no Brasil. Portanto, segundo ele, tais diferenças em função da carga merecem também olhares distintos para a aplicação do projeto.
Entretanto, ele afirmou que ainda é cedo para dizer o que acontecerá a respeito do tratamento dado à cabotagem, pois muitos aspectos relevantes ainda estão sendo discutido no Senado Federal. De acordo com ele, questões como afretamento a casco nu sem lastro, que propõe abertura sem garantia de concorrência igualitária; o quantitativo de tripulantes brasileiros nos navios afretados a tempo no BR do Mar; contratos de longo prazo e operações especiais é que indicarão se haverá distorções em cada segmento da cabotagem e o peso dessas distorções.
Resano afirmou que apesar da pandemia, a cabotagem apresentou crescimento em 2020. O que puxou esta alta foi a cabotagem de alívio de plataformas que, mesmo com a crise sanitária, houve crescimento da produção de petróleo para consumo doméstico e exportação. A cabotagem de contêiner, por ser mais sensível à economia doméstica teve ligeira redução em relação ao ano anterior, o que em um momento de retração da economia pode ser considerado como resultado positivo.
Ele disse ainda que não seja possível deixar de considerar que durantes os períodos de crise da pandemia houve paralisação da produção da Zona Franca de Manaus, o que gerou redução de cargas. Já a cabotagem de granel funciona de acordo com a demanda da indústria e da economia nacional e se manteve estável para pequena redução.
Por esta razão, ano passado, o segmento não apresentou crescimento na casa dos dois dígitos como vem acontecendo anualmente. Mesmo sem o PL, a cabotagem vem crescendo em média 10% ao ano, impulsionada, sobretudo pela chamada ‘puro sangue’. A cabotagem feeder (que atende portos menores) sofreu queda mais acentuada em 2020. Atualmente existem 43 empresas atuando com cabotagem no país, sendo 13 atuando mais intensamente na navegação puro sangue.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 16/03/2021
EMPREGADOS DO PORTO PÚBLICO DE PORTO VELHO FAZEM EXAMES MÉDICOS PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS
Publicado em 03/16/2021 as
06:51 PM
Por Rafaela Schuindt
Atendendo ao cronograma do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) realizou na manhã desta terça-feira, 16 a etapa dos exames laboratoriais nos empregados do Porto Público de Porto Velho.
Na semana anterior, os empregados realizaram o exame de acuidade visual e segundo a diretoria executiva da empresa, ambos servirão para apresentar uma avaliação clínica dos empregados a fim de monitorar a saúde física dos trabalhadores.
“O exame médico periódico visa trazer segurança aos funcionários bem como ao empregador, de forma que a avaliação realizada tenha condições de verificar os riscos da atividade exercida e a periodicidade garante que eventuais lesões, em decorrência da atividade funcional, não passem despercebidas”, afirmou a diretora financeira Elissandra Brasil do Carmo e reforçou “a realização dos exames periódicos pela empresa, não exclui a necessidade do próprio empregado de realizar check-ups para monitorar a saúde”.
Ainda segundo a diretora, parte dessa conscientização é feita conforme a agenda de campanhas, promovendo o autocuidado e o respeito à saúde ocupacional, tais como Setembro Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 16/03/2021
SEMINÁRIO VIRTUAL SOBRE EXPERIÊNCIAS EM SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS - AMAZÔNIA
Publicado em 03/16/2021 as
06:51 PM
Redação Portogente
Entre os dias 23 e 25 de março, a Embrapa promoverá um seminário remoto com o objetivo de difundir o conhecimento, compartilhar experiências e promover o debate a respeito de serviços ecossistêmicos no bioma Amazônia. As apresentações e os debates ocorrerão nos formatos de painel e de mesas-redondas e contarão com representantes de instituições públicas, da sociedade civil organizada e de especialistas no tema. O evento será transmitido pelo canal da Embrapa no Youtube. Para participar, basta clicar aqui e preencher o formulário. Os serviços ecossistêmicos são os benefícios para a sociedade gerados pelos ecossistemas.
https://portogente.com.br/images/PG_Banner_Emprapa_MAR21.jpeg
PG Banner Emprapa - MAR21
No primeiro dia, a programação contará com o painel “Políticas públicas e a pesquisa como fomento à ampliação dos serviços ecossistêmicos”, com a participação do pesquisador Sérgio Gomes Tôsto, líder do Projeto ASEAM, da pesquisadora Rachel Bardy Prado, líder do Portfólio de Projetos sobre Serviços Ambientais da Embrapa e Parceiros, e de Joaquim Álvaro Pereira Leite, secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, do Ministério do Meio Ambiente. Líder do portfólio, Rachel apresentará como está organizada a pesquisa da Embrapa no tema. Por sua vez, o secretário mostrará a estrutura do Programa Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais Floresta+.
Os outros dias serão marcados por discussões em mesas-redondas. Experiências com pagamentos de serviços ecossistêmicos no País serão apresentadas por representantes de fundações e de prefeituras no dia 24. No último dia as palestras abordarão experiências sobre serviços ecossistêmicos com diferentes protagonistas em Unidades de Conservação e experiências em Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal.
O seminário está sendo realizado no âmbito das atividades do projeto “ASEAM: Construção do conhecimento e sistematização de experiências sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais no contexto da agricultura familiar amazônica”. O projeto é coordenado pela equipe da Embrapa Territorial, localizada em Campinas, SP, e é um dos 19 estudos componentes do Projeto Integrado do Bioma Amazônia (PIAmz), um conjunto de pesquisas lideradas pela Embrapa para o bioma com recursos do Fundo Amazônia.
Organizador do evento, o pesquisador Lauro Nogueira, da Embrapa Territorial, acredita que, além do rico debate, um encontro como este será importante para aproximar instituições e atores envolvidos, fortalecer as equipes da Embrapa e parceiros, potencializar trabalhos em conjunto, propiciar o intercâmbio de conhecimentos, bem como identificar melhorias na quantificação e valoração de serviços ecossistêmicos na Amazônia.
As experiências apresentadas, as discussões e as conclusões finais deste encontro serão sistematizadas em uma publicação e também ficarão disponíveis no canal da Embrapa no YouTube.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 16/03/2021
ANTAQ APROVA ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES PARA ARRENDAMENTO NO PORTO DE MACEIÓ
Publicado em 03/16/2021 as
06:50 PM
Terminal a ser licitado movimentará carga geral, especialmente cavaco de madeira
AANTAQ aprovou a análise das contribuições para a Audiência Pública nº 20/2020 relativa ao certame licitatório do arrendamento do terminal portuário destinado à movimentação e armazenagem de carga geral, especialmente cavaco de madeira, localizado no Porto Organizado de Maceió (AL), denominado área MAC14.
Agora, os autos serão encaminhados ao Ministério da Infraestrutura para realização dos ajustes necessários nos estudos e nas minutas de Edital e de Contrato de Arrendamento, mediante os resultados obtidos das análises das contribuições recebidas, com posterior remessa ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Os autos serão encaminhados também para a Comissão Permanente de Licitação de Arrendamentos Portuários (CPLA) da Agência para consolidação dos documentos pertinentes e adoção das providências subsequentes.
A expectativa é que o edital seja publicado em setembro. O leilão deverá acontecer em janeiro de 2021.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 16/03/2021
ANTAQ REALIZA NESTA QUINTA-FEIRA (18) AUDIÊNCIA PÚBLICA VIRTUAL SOBRE PADRONIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE SERVIÇOS BÁSICOS DOS TERMINAIS DE CONTÊINERES
Publicado em 03/16/2021 as
06:50 PM
A audiência virtual tem por finalidade debater e tirar dúvidas sobre os documentos técnicos e jurídicos de proposta de norma da Agência para a matéria

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ realizará nesta quinta-feira (18), a partir da 15h, a audiência pública virtual nº 04/202, com o intuito de obter contribuições, subsídios e sugestões para a proposta de norma sobre padronização da estrutura de serviços básicos prestados pelos terminais de contêineres e definição de diretrizes acerca dos serviços inerentes, acessórios ou complementares.
A audiência virtual tem por finalidade debater e tirar dúvidas sobre os documentos técnicos e jurídicos relativos à essa proposta de norma que está em consulta pública no portal da Agência (www.gov.br/antaq/pt/br). As minutas jurídicas e os documentos técnicos objeto dessa consulta e audiência pública estão disponíveis no endereço eletrônico: https://www.gov.br/antaq/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/participacao-social/.
Como participar
Os interessados em se manifestar na audiência virtual deverão se inscrever apenas pelo WhatsApp (61) 2029-6940, no período das 10h às 14h desta quinta-feira (18).
Poderão ainda enviar suas contribuições em formato de texto, áudio e/ou vídeo utilizando o WhatsApp (61) 2029-6940, ou entrar na sala de reunião criada no aplicativo “Zoom”. A audiência será transmitida por meio do link: https://youtu.be/iQwpKlJeuWw
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 16/03/2021
MARCELO SAMMARCO: COLOCANDO A FIPS NOS TRILHOS
Publicado em 03/16/2021 as
06:50 PM
Novo modelo de gestão da malha ferroviária do Porto de Santos prevê, ainda, a formação de uma sociedade de propósito específico
Por Marcelo Sammarco

Marcelo Sammarco: Colocando a FIPS nos trilhos (Ilustração: Padron)
No dia 10 de fevereiro, foi realizada a sessão telepresencial da consulta pública sobre o novo modelo de exploração da Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS), com o objetivo de se discutir o novo contrato para exploração da malha interna do Porto, com previsão de investimentos da ordem de R$ 2 bilhões para a expansão da capacidade ferroviária.
Algo visto com bons olhos, uma vez que o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) da Autoridade Portuária de Santos (APS), aprovado em junho de 2020, prevê um aumento na movimentação de cargas ferroviárias para 86 milhões de toneladas até 2040 – um crescimento superior a 130%, se comparados com os 37 milhões de toneladas movimentados em 2020.
O novo modelo de gestão da malha ferroviária do Porto de Santos prevê, ainda, a formação de uma sociedade de propósito específico (SPE) que será responsável pela FIPS. Com uma modelagem cooperativa, ela será formada por operadores ferroviários e, a cada dois anos, deve ser aberta para chamada de novos operadores, desde que estes cumpram os requisitos e entrem no rateio dos custos e de parte dos investimentos feitos e previstos.
A divisão desses custos proposta no contrato foi motivo de alerta das concessionárias que operam atualmente, que disseram que vão sugerir alterações, alegando que o formato proposto pode levar a problemas concorrenciais. Mas não vamos entrar nesse mérito.
Fato é que a atual proposta deixa de fora parte da malha ferroviária federal responsável por fazer a conexão com as ferrovias serra acima, a chamada ferradura de Santos. Atualmente, a ferradura é operada pela MRS mediante contrato com vencimento em 2026 e que, desde 2019, está em consulta pública para que seja renovado por mais 30 anos.
A discussão é antiga. Para se ter uma ideia, a ferradura já foi motivo de debates na modelagem da concessão original da malha ferroviária do complexo marítimo, ainda na década de 1990, entre operadores do Porto e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), então responsável pela modelagem.
Durante a consulta pública, ficou clara a insatisfação dos presentes com o fato de que a não inclusão da ferradura na concessão da FIPS poderá se transformar num gargalo no futuro. Como realizar investimentos em apenas parte e não em toda a malha ferroviária?
Houve ainda reclamações sobre a falta de cumprimento de investimentos por parte da MRS nesse trecho, o que o representante da concessionária no evento negou, afirmando que não permitirá que a área se torne um gargalo.
Em estudo para desestatização, a Autoridade Portuária de Santos não tem poder de gestão sobre a ferradura de acesso à FIPS, vez que a área está fora da poligonal. Uma saída, no entanto, seria incluir a ferradura e a malha ferroviária no projeto de concessão da SPA, de modo a garantir uma efetiva integração do modal ferroviário à malha interna do porto.
Existe um provérbio chinês que diz: “por causa do prego perdeu a ferradura. Por causa da ferradura, perdeu o cavalo”. Antes que se perca a guerra, é necessário que se encontre uma solução viável a longo prazo. O tempo urge.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 16/03/2021
EPL CONCLUI ESTUDOS PARA LEILÃO DO STS11
Publicado em 03/16/2021 as
06:49 PM
Ministério da Infraestrutura planeja realizar a concessão desse terminal graneleiro do Porto de Santos no próximo ano
Da Redação

EPL conclui estudos para leilão do STS11 (Foto: Carlos Nogueira/AT)
Empresa de Planejamento e Logística (EPL) concluiu e enviou, ao Ministério da Infraestrutura, os estudos para o arrendamento do STS11, no Paquetá, na Margem Direita do Porto de Santos. O terminal, que deve ser leiloado no ano que vem, será destinado ao transporte e à armazenagem de granéis sólidos vegetais.
A área tem 114.700 metros quadrados e capacidade de armazenagem estática de 397 mil toneladas de grãos. As principais demandas do STS11 são o embarque de soja, farelo de soja, milho, açúcar para exportação, além do desembarque de trigo.
Com o contrato de 25 anos, a estimativa da EPL é de que o arrendamento do terminal gere investimentos de R$ 541 milhões, a serem feitos durante o período da concessão. O valor deve ser utilizado para a construção de armazéns, acessos rodoviários, ferroviários e na aquisição de novos equipamentos para a operação das cargas.
O trabalho da EPL, para a realização dos estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) dos empreendimentos, apresenta o potencial de demanda de cada terminal e as soluções de engenharia necessárias para sua implantação, além de sua modelagem econômica financeira.
Esses estudos foram realizados com base em visitas técnicas ao cais santista, onde foram feitas avaliações sobre as estruturas existentes, demandas de mercado e as características ambientais da região.
Após a análise desse material pela equipe técnica do Ministério da Infraestrutura, o projeto segue para etapa de audiência pública, que é conduzida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, o órgão regulador do setor). Depois, ainda há a necessidade de um aval do Tribunal de Contas da União (TCU).
Leilão
Em dezembro, o STS11 foi qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND). A previsão é de que o Governo Federal publique o edital do leilão no terceiro trimestre deste ano. O novo arrendatário arcará com o valor mensal de R$ 2,4 milhões pelo arrendamento. E haverá a taxa de R$ 5,00 por tonelada de carga movimentada na unidade.
No ano passado, o Porto de Santos foi responsável pela movimentação de 64,1 milhões de toneladas de granéis sólidos vegetais. Segundo o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais santista, elaborado pela Autoridade Portuária de Santos, a previsão é de que, em 2040, o complexo marítimo atinja a marca de 95,3 milhões de toneladas de grãos.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 16/03/2021
PORTO DE ANTONINA PREVÊ CRESCIMENTO DE 50% EM 2021
Publicado em 03/15/2021 as
07:19 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021
O Porto de Antonina, localizado no Litoral do Paraná, prevê um crescimento de 50% em suas operações neste ano de 2021 e ganhos de produtividade superiores a 40% para os exportadores, especialmente no que diz respeito a movimentação de cargas fracionadas.
O TPPF - Terminais Portuários da Ponta do Félix tem sido o destino escolhido por produtores e indústria, devido à possibilidade de armazenamento de 100% da carga em recinto alfandegado. Outra vantagem é que a produtividade na operação tem seus custos reduzidos com a proximidade dos armazéns com o cais.
"A proximidade dos armazéns com o cais nos possibilita uma maior agilidade na operação e, com isso, economia para o exportador com o custo do frete marítimo. Atualmente, o terminal consegue oferecer ganhos de produtividade superiores a 40% neste contexto", explica o diretor-presidente do TPPF, Gilberto Birkhan.
Em uma nova operação, que será realizada em abril, o TPPF vai receber 13 mil toneladas em produtos alimentícios, tais como fubá, arepa de milho, açúcar, arroz, óleo e creme vegetal fabricados no Brasil e que serão exportados para a Venezuela.
O terminal receberá a carga em suas embalagens originais — que é segregada por produto e por fornecedor nos armazéns alfandegados do TPPF — entre três e quatro semanas antes da chegada do navio. Todos os produtos são envasados em big bags e armazenados no local para exportação. O lote é diferenciado por ser tratar de carga ensacada.
O terminal tem recebido cargas como o farelo de soja não transgênico, fertilizantes e novos produtos como madeira, cavaco, grãos orgânicos e cargas de projeto.
O presidente do TPPF explica que a conjuntura econômica para 2021 é favorável ao agronegócio brasileiro, que inclui o dólar elevado, o preço das commodities em alta e a demanda crescente por alimentos em todo o mundo, somada aos investimentos em melhorias da estrutura marítima.
Em 2020, o TPPF garantiu a movimentação de quase um milhão de toneladas, mesmo em um ano atípico de pandemia. O total de 950.626 toneladas de produtos movimentados em 2020, entre granel, fertilizante, farelo de soja, cargas geral e açúcar, representa um acréscimo de 5% se comparado ao ano de 2019, quando a movimentação atingiu a marca de 908 mil toneladas.
O TPPF conta, atualmente, com mais de 60 mil metros quadrados de infraestrutura de armazenagem, com capacidade estimada de 200 mil toneladas estática e está com as obras de expansão em andamento.
O projeto de expansão prevê a construção de silos para cereais e um novo armazém para fertilizantes, com capacidade para 120 mil toneladas de produto em área 17 mil metros quadrados.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
CODEBA REGISTRA CRESCIMENTO DE 28,17% EM FEVEREIRO
Publicado em 03/15/2021 as
07:18 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 14 Março 2021

Os Portos da Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) alcançaram a marca de 958.681 toneladas movimentadas em fevereiro. O desempenho representa aumento de 28,17%, em relação ao mesmo período de 2020, quando a companhia movimentou 747.991 toneladas. Foi o melhor mês de fevereiro da história da Codeba.
Os números foram puxados, principalmente, pelo desempenho do Porto de Aratu-Candeias, com forte alta de 58,79%, em relação a fevereiro de 2020, movimentando 501.170 toneladas, contra 315.626 toneladas no mesmo período do ano anterior.
Contribuiu para a alta a movimentação de granéis líquidos, com crescimento de 49,27%, e granéis sólidos, com crescimento de 138,18%. Os principais produtos movimentados foram a nafta (205.166 toneladas), rocha fosfática (32.999 toneladas) e o concentrado de cobre (22.739 toneladas).
A retomada das atividades, após a reativação da linha de importação do Terminal de Granéis Sólidos do Porto de Aratu-Candeias, em janeiro, foi determinante para o desempenho positivo no período.
Pelo Porto de Salvador foram movimentadas 436.919 toneladas, apresentando crescimento de 7,02%, em relação ao mês de fevereiro de 2020, quando foram movimentadas 408.253 toneladas. Contribuiu para a alta a movimentação de granéis sólidos, com crescimento de 37,45%, e contêineres, com crescimento 4,68%, em toneladas. Os principais destaques na movimentação do cais público foram a exportação de minério de manganês (32.108 toneladas) e a importação de trigo (41.263 toneladas).
O Porto de Ilhéus movimentou 20.592 toneladas, em fevereiro. Saíram do país pelo porto organizado do sul da Bahia 9.931 toneladas de níquel e entraram 10.661 toneladas de cacau.
A Codeba registra, pelo sexto mês consecutivo, alta continuada na movimentação de cargas, quando comparada aos meses do ano anterior. Em janeiro deste ano, os portos da companhia alcançaram a marca de 1.095.335 toneladas movimentadas, o que representou aumento de 36,16%, em relação ao mesmo período de 2020. Foi o melhor mês de janeiro da história e, pela primeira vez, foram movimentadas mais de um milhão de toneladas em um mês.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
WILSON SONS INVESTE EM STARTUP PARA MEDIR PROFUNDIDADE DE NAVEGAÇÃO EM PORTOS
Publicado em 03/15/2021 as
07:18 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021

A Wilson Sons adquiriu uma participação minoritária na startup israelense Docktech, juntamente com um acordo de exclusividade comercial para usar a tecnologia marítima da empresa para monitorar o cais e a profundidade da hidrovia nos portos.
Com a tecnologia dupla digital desenvolvida pela Docktech e, por meio dos dados coletados por sua frota de 80 rebocadores, o operador logístico portuário e marítimo brasileiro poderá entender o comportamento do assoreamento nas áreas portuárias, prevendo como determinados fatores afetam as condições de navegação e segurança.
A tecnologia já está em funcionamento nos portos de Santos e Rio Grande. Os portos do Rio de Janeiro, Açu e Vitória serão os próximos.
No sistema, os rebocadores irão coletar e processar dados batimétricos dos portos onde operam e, por meio do algoritmo Docktech, monitorar em tempo real a profundidade dos berços e dos acessos hidroviários.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
TERMINAL DE FERTILIZANTES COMEÇA A OPERAR NO PORTO DO ITAQUI
Publicado em 03/15/2021 as
07:18 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021

O novo terminal da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi) iniciou as operações comerciais no Porto do Itaqui neste mês. O sistema possibilita um aumento de até três vezes a produtividade do berço 101, por meio de guindastes móveis, moega e correias transportadoras que conectam o armazém ao berço, com capacidade para movimentar até 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano (cerca de 1.250 toneladas/hora).
O empreendimento possui armazenagem estática para 70 mil toneladas de carga a granel dividida em 10 boxes. E para a expedição, um sistema com capacidade de até 700 toneladas/hora possibilita o envio da carga em caminhões direto aos clientes, mesmo em dias de chuva. A infraestrutura também permite operação em recinto alfandegado para granéis de importação, por meio da modalidade de entreposto aduaneiro, além das operações usuais no modelo de consumo e de descarga direta com despacho antecipado.
“O novo terminal da Copi é um sinal claro do fortalecimento dessa cadeia produtiva e da confiança do setor privado para investir no porto público do Maranhão. Estamos trabalhando para atender à grande demanda do mercado internacional e ao mesmo tempo consolidar o Itaqui como o porto do Arco Norte do Brasil”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
O investimento total da companhia no corredor Centro Norte de fertilizantes está estimado em R$ 260 milhões, sendo R$ 110 milhões já aplicados na primeira etapa do projeto, e R$ 150 milhões adicionais previstos para a construção da expedição ferroviária do terminal no Porto do Itaqui e no futuro terminal multimodal dedicado ao transbordo e logística de interior a partir de Palmeirante, região central do Tocantins.
“Temos aqui o mais moderno terminal de fertilizantes da América Latina e estamos oferecendo aos clientes e ao mercado do centro norte do país uma solução logística diferenciada que possibilita a integração completa da cadeia de exportação de grãos com a de importação de fertilizantes”, destaca o diretor presidente da COPI, Guilherme Eloy.
Primeiros testes
Logo após a conclusão das obras, no último trimestre do ano passado, foram iniciados os testes de comissionamento e de lá para cá foram descarregadas aproximadamente 50 mil toneladas de fertilizantes. O último comissionamento foi realizado em fevereiro deste ano, com o navio MV Bulk Trader, que descarregou no Itaqui cerca de 19 mil toneladas de cloreto (KCL), sendo 10 mil toneladas direcionadas para o novo terminal. Esse tipo de operação, que levaria em torno de 63 horas, com a descarga mecanizada do berço 101 foi concluída em 28 horas.
Essa operação de descarga foi feita simultaneamente de forma convencional e mecanizada, com produtividade média próxima a 1.000 toneladas/hora. Com esse índice as operações de descarga de fertilizantes no Porto do Itaqui oferecem melhores condições para afretamento em razão de um giro maior na escala de navios fundeados, o que impacta diretamente na qualidade dos produtos. Quanto menor tempo na área de fundeio, menor índice de compactação na carga.
Próxima etapa
A segunda etapa do projeto prevê, a partir do 1º semestre de 2022, a integração da cadeia logística de importação de fertilizantes do Porto do Itaqui para o interior do Brasil pelo modal ferroviário. Está prevista uma oferta diária de até 40 vagões (3,7 mil t) com destino ao terminal de transbordo em Palmeirante.
De acordo com Eloy, o novo sistema garantirá ao mercado uma capacidade constante de expedição ferroviária com valores competitivos. Considerando os diferenciais de localização geográfica privilegiada, conexão ferroviária e produtividade, a companhia estima que o novo corredor logístico será o canalizador do crescimento da demanda centro-norte de fertilizantes do país nos próximos anos.
Além de consolidar o Porto do Itaqui como solução logística multimodal do Arco Norte, esses investimentos devem gerar cerca de 200 postos de trabalho diretos e indiretos em São Luís e pelos menos 150 postos na unidade em Palmeirante.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
PROJETO DE ECODRAGA TEM POTENCIAL PARA LIMPAR LIXO FLUTUANTE DA BAÍA DE GUANABARA
Publicado em 03/15/2021 as
07:18 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 15 Março 2021

Proposta foi desenvolvida por estudantes da Escola Firjan Senai Sesi São Gonçalo. ?Projeto é um dos finalistas da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que começa hoje, segunda-feira (15/3), pela Plataforma FEBRACE Virtual.
A poluição da Baía Guanabara não é novidade para os cariocas. O ‘novo’ diante dessa situação crônica é que a proposta de uma solução para o problema tenha partido de três estudantes do ensino técnico da Escola Firjan Senai Sesi São Gonçalo, do Rio de Janeiro: Carlos Eduardo Veras Keller, Daniel Caruso Melo Roquette Couto e Rafaela Pessanha de Freitas. O projeto é um dos finalistas da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE 2021), que acontece entre 15 de 26 de março pela Plataforma Febrace Virtual.
Com o auxílio de um engenheiro, eles desenvolveram um projeto de embarcação, movida a energia solar, que seria usada para recolher o lixo flutuante do mar. A embarcação, com 14 x 7 metros de tamanho, pode navegar por até sete horas em cada operação. Nela ficariam um reservatório para o lixo e uma esteira na parte frontal, capaz de recolher e armazenar mais de 300 garrafas pets grandes por operação.
"Com várias ecodragas em funcionamento, seria possível minimizar o impacto ambiental do descarte de lixo na baía", acredita Keller. Os estudantes já fizeram o protótipo da embarcação; agora estão atrás de empresas e de autoridades do governo para tentar tirá-lo do papel.
Na Febrace, esse projeto é um dos 345 finalistas, desenvolvidos por 716 estudantes de 295 escolas do ensino fundamental, médio e técnico de todo o País, com a participação de 482 professores. Os projetos serão julgados e premiados pela criatividade e rigor científico. A cerimônia de premiação será no dia 27 de março com transmissão pelo Youtube.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
DOCAS DO RIO ADQUIRE CÂMERAS DE VTMIS PARA MONITORAMENTO DO TRÁFEGO AQUAVIÁRIO
Publicado em 03/15/2021 as
07:18 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021

A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) recebeu, na última sexta-feira (5), os primeiros equipamentos necessários à implantação de Local Port Services (LPS) nos portos do Rio de Janeiro, Niterói e Itaguaí. A autoridade portuária pretende implementar LPS nesses portos até o final do 3º trimestre deste ano, dentro da 1ª fase dos Projetos dos VTMIS (sigla inglesa para "Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações").
Foram importados dois conjuntos de câmeras acopladas (duas câmeras ópticas e duas câmeras térmicas), a serem instalados na futura torre autoportante da Estação Remota do VTMIS no Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ), localizado na Ilha do Governador. A compra foi realizada por meio da empresa Hensoldt do Reino Unido, que também proverá treinamento de pessoal e suporte à instalação dos equipamentos. O primeiro lote de equipamentos, composto de câmeras ópticas convencionais, já foi formalmente entregue nas dependências da CDRJ, sendo que a entrega das câmeras térmicas está prevista para ocorrer até o final deste mês de março.
O gestor de VTMIS do Porto do Rio de Janeiro, Marcelo Villas-Bôas, que conduziu todo o processo, explica que “a implementação do VTMIS visa melhorar a segurança da navegação, salvaguardar a vida humana no mar, elevar a eficiência do tráfego marítimo, ajudar na prevenção da poluição marinha, além do cumprimento de padrões marítimos internacionais”. Segundo ele, “a instalação de câmeras ópticas e térmicas na torre do radar Sharp Eye SBS 800-2 da Marinha do Brasil no CTMRJ, que integrará o VTMIS dos Portos do Rio de Janeiro e Niterói, irá dotar a CDRJ de ferramentas modernas de gerenciamento da infraestrutura aquaviária, com reflexo direto sobre a eficiência operacional dos portos".
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
LARANJEIRA DESTACA IMPACTO PARA CDRJ COM DESESTATIZAÇÃO DE PORTOS DO SUDESTE
Publicado em 03/15/2021 as
07:17 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021

Arquivo
Para ele, a desestatização irá aumentar ainda mais a assimetria de competição entre os portos da região.
O diretor-presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Almirante Francisco Laranjeira, avaliou, durante lançamento do Brasil Export, nesta segunda-feira (15), que a privatização dos portos de Vitória, Santos e São Sebastião poderá impactar diretamente a companhia. Segundo ele, o processo irá alterar de forma significativa o cenário competitivo para os portos da região, com potencial de promover assimetria entre eles.
Laranjeira frisou ainda que, diante desse contexto, seja indispensável que o poder concedente esteja ciente do potencial de impacto para a CDRJ do projeto de desestatização, e que aponte ao mercado um horizonte de planejamento. Ele destacou ainda a necessidade de elevar o grau de competição dos portos públicos num quadro de concorrência com os Terminais de Uso Privado (TUPs), em especial no Rio de Janeiro. De acordo com o diretor, na região alguns TUPs vêm se mostrando muito bem sucedidos, a exemplo dos portos Sudeste e Porto do Açu.
“Sem amarras típicas da administração pública esses terminais têm mais agilidade para investir em infraestrutura e modernização de processos atraindo cada vez mais cargas”, disse Laranjeira. No entanto, ele pontuou que, se de um lado isso representa uma ameaça aos portos públicos, de outro pode ser mais um incentivo para que se persiga a maior agilidade, elevando a competitividade.
Ele citou as restrições na regulação dos portos como sendo uma das principais amarras para os portos públicos. Alguns dos exemplos da burocracia portuária são os processos de novos arrendamentos de área e as renovações dos contratos em vigor.
Apesar disso, o Almirante afirmou que a companhia vem apresentando bons resultados. Em 2020, houve um crescimento de 8,6% na movimentação de cargas, pouco maior que a média nacional Ele disse também que a CDRJ teve um salto de 30% no faturamento ano passado. No primeiro mês do ano, o aumento foi de 33% em relação ao mesmo mês de 2020, em função, sobretudo da valorização do minério de ferro no porto.
A parceria que a Autoridade Portuária firmou com arrendatários também contribuiu para esse resultado, segundo ele. Os terminais vêm realizando obras nos canais de acesso, sinalização, o que permitiu, inclusive, a navegação noturna no Porto do Rio de Janeiro.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
COMPLEXO PORTUÁRIO DE ITAJAÍ E NAVEGANTES RECEBE NOVA DRAGA
Publicado em 03/15/2021 as
07:17 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 15 Março 2021
Chegou ao Complexo Portuário de Itajaí e de Navegantes nesta segunda-feira (15) a nova draga hopper para reforçar as atividades de dragagem na região. A embarcação estava operando no Porto de São Francisco do Sul (SC).
Trata-se da Draga Hopper "Lelystad", do tipo TSHD (trailing Suction Hopper Dredger), que opera succionando sedimentos no fundo do rio através de dois tubos, um de cada bordo. Sua origem de fabricação é holandesa.

Capacidade de movimentar sedimentos chega a 10 mil metros cúbicos
Construída em 1986, possui 136,97 metros de comprimento por 26,07 de boca (largura). Com um peso bruto de 13.200 toneladas. Conta com dois motores diesel Wartsila de 9 cilindros cada. Pode dragar 10 mil metros cúbicos em cada viagem.
Os serviços de dragagem fazem parte de um plano contratual entre autoridade portuária e a Van Oord, empresa responsável pela manutenção do calado operacional do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, através de um contrato ativo de cinco anos (2019/2024). O calado operacional é de até 14 metros de profundidade.
Além da "Lelystad", o complexo portuário também conta com as atividades da draga de fabricação alemã “NJörd”. Vinda da Alemanha em 21 de fevereiro, em 3 de março iniciou seus trabalhos. É uma draga de injeção de água e possui três vezes mais potência que a draga "Odin", que estava atuando no complexo e foi substituída pela "NJörd". Não há previsão de sua saída e diariamente atua na manutenção do canal.
A Draga hopper "Lelystad" fará todos os serviços de dragagem ao longo do canal de acesso ao complexo portuário até a saída dos molhes, também em frente à área da bacia de evolução 01 (nas áreas da APMT, cais público e Portonave), e ainda na região norte na área da nova bacia de evolução (bacia 02).
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
A EXCELÊNCIA DO TRIBUNAL MARÍTIMO E A SUA IMPORTÂNCIA NOS PROCESSOS JUDICIAIS
Publicado em 03/15/2021 as
07:17 PM
Por Luciana Vaz Pacheco de Castro OPINIÃO 14 Março 2021
Não é segredo que a Cidade de Santos abriga o maior porto da América Latina. Em decorrência disso, são bastante comuns as discussões jurídicas que permeiam o Poder Judiciário local envolvendo o Direito Marítimo e Portuário, em suas diversas nuances. Embora a Comarca de Santos não tenha Varas especializadas na matéria, sequer em direito empresarial, como ocorre em outras localidades, os magistrados santistas apresentam elogiável expertise na solução dos conflitos, fruto de esforço e estudo constantes.
Em paralelo, muitas dessas mesmas demandas são julgadas também pelo Tribunal Marítimo. Com sede no Rio de Janeiro, o Tribunal Marítimo é um órgão autônomo, administrativo, vinculado ao Ministério da Marinha, com jurisdição em todo o território nacional, conforme dispõe a Lei 2.180, de 5 de fevereiro de 1954, da era Getúlio Vargas. Sua composição é de excelência. Denominados igualmente juízes, todos os sete integrantes têm formação de ponta e conhecimento técnico de sobra, muitos com históricos de carreiras na Marinha do Brasil ou qualificação em Direito Marítimo e Internacional, o que contribui, inquestionavelmente, para julgamentos extremamente especializados. A galeria de seus componentes é verdadeiramente ilustre e nela destacam-se duas incríveis mulheres, Vera Lúcia de Souza Coutinho e Maria Cristina de Oliveira Padilha, esta última atuante até os dias de hoje.
Cabe ao Tribunal Marítimo, dentre outras atribuições previstas na lei, julgar os acidentes e fatos da navegação, definindo a natureza e determinando as causas, circunstâncias e extensão, indicando os responsáveis a fim de aplicar as penas estabelecidas nesta Lei 2.180/54, como multa e suspensão do tráfego marítimo, além de propor as medidas preventivas e de segurança da navegação.
Nesse propósito, prestigiando as garantias constitucionais do processo judicial, como contraditório e ampla defesa, os julgamentos do Tribunal Marítimo devem também ser fundamentados, e o são com maestria. Não é a toa que as decisões do TM, quanto aos acidentes e fatos da navegação, têm, como não poderia deixar de ser, significativo valor probatório. Por tudo isso, o Tribunal Marítimo se destaca como um auxiliar inquestionável do Poder Judiciário. É bem verdade que, embora as decisões proferidas pelo TM possam ser revistas pelo Poder Judiciário, nos termos do artigo 18 da aludida Lei 2.180/54, as mesmas se presumem certas e têm forte valor probatório. Isso por diversas razões.
Primeiro porque, na apuração das responsabilidades, cabe ao Tribunal Marítimo investigar quaisquer pessoas supostamente causadoras do fato ou acidente da navegação, dentre elas, mas não somente, o capitão, o prático e todos os membros da tripulação, para aplicação das penalidades administrativas, o que significa que, na esfera judicial, haverá prova idônea contra ou a favor daquele que produziu o dano, para efeito de reparação civil.
Segundo porque a decisão proferida pelo TM é oriunda de inquérito instaurado pela Capitania dos Portos competente, de acordo com a sua jurisdição. No inquérito, a autoridade encarregada deve seguir alguns elementos essenciais como o relatório do capitão ou mestre da embarcação, depoimento do capitão ou mestre, do prático e das pessoas da tripulação que tenham conhecimento do acidente ou fato da navegação a ser apurado, depoimento de testemunhas idôneas, inclusive com possível acareação, cópias autênticas dos lançamentos diários de navegação e máquina, referentes ao acidente ou fato a ser apurado, e a um período de pelo menos vinte e quatro horas anteriores a tal acidente ou fato, exame pericial, dentre outros necessários para o esclarecimento da matéria investigada.
E, mais, todas essas providências são realizadas de forma bastante ágil. Não raras vezes os depoimentos são colhidos no dia após o ocorrido, o que assegura o seu retrato de forma fidedigna. Considerando que a prova testemunhal pode levar anos para ser colhida no processo judicial, pode-se imaginar a importância da prova feita com brevidade no inquérito. Ademais disso, não se pode perder de vista a dificuldade concreta que alguns magistrados encontram para nomear expert nos casos que demandam perícias técnicas, por ausência de profissionais habilitados e especializados.
Encerrado o inquérito, o encarregado direciona o caso com urgência ao Tribunal Marítimo para que o processo seja iniciado por determinação da Procuradoria ou da parte interessada, ou ainda por decisão do próprio Tribunal, seguindo-se todos os trâmites da Lei. Oportuno mencionar que, instaurado o processo, há citação, defesa e produção de todas as espécies de provas reconhecidas em direito, sendo esse mais um motivo para o Poder Judiciário acatar esse conjunto probatório, até porque não é demais reforçar que a todo o momento a Lei 2.180/54, que dispõe sobre o Tribunal Marítimo, garante a observância das regras processuais vigentes (artigos 62, 64 e 155). Daí porque exsurge a importância na contratação de advogados nesse processo administrativo.
Assim, cumpre enfatizar também que “Sempre que se discutir em juízo uma questão decorrente de matéria da competência do Tribunal Marítimo, cuja parte técnica ou técnico-administrativa couber nas suas atribuições, deverá ser juntada aos autos a sua decisão definitiva.” (artigo 19, Lei 2.180/54) e “Não corre a prescrição contra qualquer dos interessados na apuração e nas consequências dos acidentes e fatos da navegação por água enquanto não houver decisão definitiva do Tribunal Marítimo.” (artigo 20, Lei 2.180/54)
Por tudo isso, é recomendável que, por força da relevante prova produzida no âmbito do Tribunal Marítimo, seguindo o contraditório e a ampla defesa, além da extrema tecnicidade, o processo judicial deve ser suspenso até que haja decisão definitiva do TM, conforme, aliás, preconiza expressamente o disposto no artigo 313, inciso VII do Código de Processo Civil. Essa foi, diga-se de passagem, uma importante inovação legislativa do código de 2015. O que antes era uma discricionariedade do magistrado passou a ser um preceito de observância obrigatória no atual contexto processual.
Nessa linha, embora em princípio possa parecer que não, ganha-se economia e celeridade processual, evitando-se a repetição das mesmas provas e a perda da contemporaneidade na sua produção.
Inegável, assim, a importância do Tribunal Marítimo, não só como meio de contribuir para a segurança da navegação, mas igualmente como meio eficaz de produção de prova para a devida apuração dos responsáveis pelos danos causados no processo judicial juntamente com a matéria de direito pertinente.

Luciana Vaz Pacheco de Castro é membro do Comitê Executivo da Wista Brazil Women's International Shipping & Trading Association; membro da Comissão de Direito Marítimo da OAB de Santos/SP; membro da ABDM – Associação Brasileira de Direito Marítimo; e sócia da Advocacia Pacheco de Castro Sociedade de Advogados
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 15/03/2021
SHELL DOBROU LUCROS COM COMERCIALIZAÇÃO DE PETRÓLEO EM 2020, PARA US$ 2,6 BI
Publicado em 03/15/2021 as
07:17 PM
A petroleira Royal Dutch Shell viu seus lucros com a comercialização de petróleo e produtos refinados dobrar em 2020 ante o ano anterior, para US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões), ajudando a compensar uma forte queda na demanda por combustíveis devido à pandemia do coronavírus.
As operações de "trading" da Shell responderam por 43% dos ganhos totais da divisão de Produtos de Petróleo da Shell, de US$ 5,995 bilhões (R$ 33,4 bilhões) em 2020.
O resultado com a comercialização havia somado US$ 1,3 bilhão (R$ 7,2 bilhões) em 2019, segundo o relatório anual da Shell, publicado na quinta-feira (11).
A contribuição acima do normal das operações de trading ajudou a Shell a lidar com um dos anos mais duros da história do setor de petróleo, em que o consumo de energia entrou em colapso durante a pandemia.
A Shell, líder em comercialização de energia no mundo, viu uma queda de 28% nas vendas de petróleo no ano passado, para 4,71 milhões de barris por dia em média, segundo o relatório.
O lucro da companhia em 2020 recuou ao menor nível em quase duas décadas.
Os dados da Shell sobre as operações de trading não incluem gás natural, gás natural liquefeito, energia elétrica e renováveis. A companhia também é a maior negociadora global de gás natural liquefeito.
A rival BP lucrou quase US$ 4 bilhões (R$ 22,3 bilhões) em sua divisão de trading em 2020, segundo apresentação da companhia vista pela Reuters, quase igualando o recorde anual da unidade em 2019.
As empresas podem obter grandes lucros mesmo durante tempos de baixa demanda por commodities ao armazenar produtos como petróleo na costa ou no mar. As vastas operações de refino, trading e varejo da Shell também permitem a ela tomar vantagem de mudanças de curto prazo na oferta e demanda ao redor do mundo.
Fonte: Folha de São Paulo - SP
Data : 15/03/2021
BOLSONARO ASSINA DECRETO QUE PREVÊ MODERNIZAÇÃO DE RODOVIAS FEDERAIS
Publicado em 03/15/2021 as
07:16 PM

A Política de Modernização da Infraestrutura Federal de Transporte Rodoviário %u2013 Inov@BR %u2013 prevê estratégias para elevar nível de segurança e fluidez das rodovias federais. Foto: ppi.gov.br
O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta sexta-feira (12), o decreto que cria a Política de Modernização da Infraestrutura Federal de Transporte Rodoviário, batizada de Inov@BR. A norma, que será publicada na edição do Diário Oficial da União da próxima segunda-feira (15), prevê estratégias para elevar o nível de segurança e fluidez das rodovias federais, além do incremento no nível de tecnologia empregada e da elaboração de estudos para aprimoramento regulatório do setor.
A edição do decreto, segundo o governo, foi uma recomendação do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI).
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os impactos socioeconômicos dos acidentes de transporte no Brasil geram, em média, cerca de R$ 130,66 bilhões em dispêndios públicos.
"Com base nesses estudos, soluções serão implementadas nas rodovias para torná-las mais seguras, amigáveis e até mesmo mais tolerantes aos erros dos condutores, com ganhos imediatos na redução de vítimas hospitalizadas", informou, em nota, o Ministério da Economia.
Um dos eixos da Ino@BR trata de tecnologia. A ideia é estimular a adoção técnicas e materiais mais modernos, sustentáveis e de maior eficiência, além do uso de aparelhos para monitoramento contínuo e serviços de conectividade nas rodovias.
As ações do programa serão coordenadas pelo Ministério da Infraestrutura e envolverão a articulação de vários órgãos, em especial a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
"Estima-se que a política tenha potencial de investimento acima de R$ 10 bilhões em rodovias concedidas. E, nos trechos sob gestão pública, dependerá para sua consecução apenas dos recursos orçamentários já regularmente previstos", acrescentou a pasta.
Fonte: Diário de Pernambuco - PE
Data : 14/03/2021
LIRA E PACHECO DÃO SINALIZAÇÃO FAVORÁVEL À CAPITALIZAÇÃO DA ELETROBRAS
Publicado em 03/15/2021 as
07:16 PM
Presidentes da Câmara e do Senado falaram sobre Medida Provisória no evento online “E Agora, Brasil?”, realizado pelo Valor e O Globo
Por Vandson Lima, Marcelo Ribeiro e Cristiane Agostine, Valor — Brasília e São Paulo
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizaram nesta segunda-feira ser favoráveis à proposta de capitalização da Eletrobras, contida em Medida Provisória encaminhada pelo governo.
“O modelo agora é de manutenção do ativo e permissão da capitalização da Eletrobras. Acho uma medida tolerável”, afirmou Pacheco. Lira disse acreditar na capitalização como uma boa medida e que a Câmara fará modificações no texto, mas que avançará com a MP da capitalização da Eletrobras e entregará o texto para que o Senado tenha "pelo menos 20 dias para tratar do assunto". Lira e Pacheco participam na tarde de hoje do evento “E Agora, Brasil? As propostas dos novos chefes do Legislativo para os atuais desafios do país”, realizado pelo Valor e O Globo.
Pacheco complementou, dizendo que o governo melhorou o modelo em relação a uma privatização pura e simples. “Sou a favor das privatizações como conceito. Sou contra o chamado estado mínimo. Brasil não pode se dar ao luxo de estado mínimo com tantos déficits sociais e educacionais que temos. O governo abriu mão da iniciativa pura e simples de privatização. O modelo agora é de manutenção do ativo e permissão da capitalização da Eletrobras, de lançar ações no mercado e redução da participação societária da União para cerca de 45%”.
Durante o evento, o presidente da Câmara voltou a defender a desvinculação das receitas do Orçamento da União. Na avaliação de Lira, o modelo atual do Orçamento "não é o melhor modelo". Ele acredita que esse debate deve ser retomado futuramente. “Vamos chegar num modelo desse, talvez daqui a alguns anos.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 15/03/2021
FERROGRÃO TEM VIABILIDADE QUESTIONADA POR ECONOMISTAS
Publicado em 03/15/2021 as
07:16 PM
Além das questões socioambiental e financeira, há crítica à criação de uma “conta vinculada” de R$ 2,2 bilhões para minimizar custos para atrair investidores
Por Daniel Rittner — De Brasília
A divergência Ministério da Infraestrutura-Rumo -, ou Tarcísio Freitas-Rubens Ometto se houver a necessidade de personificá-la – em torno da extensão da Malha Norte precisa ser interpretada à luz de outra ferrovia igualmente bilionária: a Ferrogrão, projeto com 933 quilômetros entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), que o governo pretende leiloar no fim deste ano.
Uma das maiores prioridades de Tarcísio é atrair investidores para tirar do papel a Ferrogrão, que exigirá investimentos de R$ 8,4 bilhões, numa estimativa do ministério frequentemente tida como conservadora no mercado.
Para ele, ao fomentar o escoamento de grãos (principalmente soja e milho) do Mato Grosso pelo chamado Arco Norte, a ferrovia reforçará uma alternativa logística ainda subexplorada, possibilitando um efeito cascata: concorrência maior entre operadores, barateamento dos fretes, ganho de competitividade aos produtores agrícolas. De Miritituba, a carga poderá seguir por hidrovia até portos como Vila do Conde (PA).
Para viabilizar o sucesso do leilão, a equipe de Tarcísio montou até um mecanismo inovador para os potenciais interessados na Ferrogrão. Pretende criar uma “conta vinculada” com R$ 2,2 bilhões em recursos que estão sendo pagos pela Vale a título de outorga pela renovação antecipada da concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) até 2057. Para o ministério, essa modelagem atenuará a percepção de risco dos investidores.
O dinheiro poderia ser usado, por exemplo, em uma eventual escalada de custos com desapropriações ou compensações socioambientais não detectadas nos estudos. Para os críticos, trata-se de um subsídio disfarçado e uso contestável de dinheiro da União.
À Rumo, interessa chegar – se possível antes da Ferrogrão – ao coração agrícola do Mato Grosso, evitando o risco de perder a atual preferência dos produtores rurais pelo “combo” caminhão até Rondonópolis-trem-porto de Santos.
Economistas renomados, no entanto, questionam a viabilidade da Ferrogrão. “É altamente questionável, não apenas do ponto de vista socioambiental, mas – igualmente importante – do ponto de vista financeiro. Pelo menos neste momento e com as premissas corretas, ela não fica em pé”, disse Claudio Frischtak, presidente da consultoria Inter. B, em debate organizado pelo Insper Global na semana passada.
Juliano Assunção, professor do Departamento de Economia da PUC-Rio e diretor-executivo do Climate Policy Initiative (CPI), afirmou que o desmatamento associado à Ferrogrão pode ser de 2 mil km quadrados. “Não é o desflorestamento da obra em si, mas vinculado ao impacto sobre a matriz de transporte e ao aumento da produção agrícola. Tem um lado bom, de maior produção e efeito sobre geração de renda, mas também demanda por novas áreas em municípios com florestas relevantes, que hoje em dia não são tão viáveis para a agricultura. Esse desmatamento indireto é muito relevante.”
Frischtak avalia que, combinada com um projeto ambiental de referência, a concessão por 30 anos da BR-163 é uma saída melhor. A rodovia tem traçado paralelo ao da Ferrogrão e terminou de ser asfaltada em 2020.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 15/03/2021
NOVO MARCO REGULATÓRIO DO SETOR DEVE VOLTAR AO SENADO
Publicado em 03/15/2021 as
07:15 PM
Governo federal resolveu fazer uma série de sugestões ao relator da matéria, senador Jean Paul Prates (PT-RN); no todo, são nove propostas de mudança no texto
Por Renan Truffi e Daniel Rittner — De Brasília
Previsto para ser apreciado pelo Senado Federal, o marco legal das ferrovias deve voltar à mesa de negociações na Casa. O motivo é que o governo federal resolveu fazer uma série de sugestões ao relator da matéria, senador Jean Paul Prates (PT-RN). Ao todo, são nove propostas de mudança no texto, que devem suscitar, inclusive, discussões sobre a possibilidade de migração entre os regimes de concessão e autorização, algo que o Ministério da Infraestrutura rechaçava a princípio. O objetivo do governo é tentar aprovar a matéria ainda neste mês de março.
Entre as recomendações feitas pela equipe de Tarcísio de Freitas está um artigo que permite a migração do regime de concessão para o de autorização, mas apenas em casos excepcionais, quando há as chamadas “assimetrias regulatórias”. Na prática, valeria somente se algum ente privado construir uma linha férrea, sob o regime de autorização, que fosse comprovadamente concorrente à concessionária — que corresse em paralelo à via já existente.
“A proposta que trata dessa migração fala de ferrovias muito semelhantes, cuja única diferença é o regime regulatório. Um fica com peso regulatório de um lado e o outro não”, explicou Jean Paul. Comprovado esse prejuízo à concessionária, o Estado poderia permitir que esta migrasse para um modelo de autorização.
O próprio relator havia sugerido essa possibilidade no início das discussões, em 2019, mas decidiu voltar atrás devido à reação negativa tanto do governo como por parte do setor ferroviário.
Apesar disso, Jean Paul afirmou que ainda não sabe se vai incorporar a proposta da maneira que o governo sugeriu. Ele tende a concordar com essa possibilidade, mas não quer que isso sirva de “brecha” para uma perda de patrimônio público. Isso porque, no regime de concessão, é o Estado quem constrói a ferrovia antes de oferecer à iniciativa privada. Por isso, as linhas se tornam bens da União.
O regime de autorização é uma das principais novidades do marco das ferrovias. Neste novo modelo, investidores constroem novas linhas por sua conta e risco, sem a necessidade de um leilão, mas têm mais liberdade para operar e os bens não são reversíveis à União após o período contratual. Ainda não há uma previsão de quando a matéria será votada, mas o governo tenta construir consenso para que o projeto seja levado ao plenário a partir do dia 22 de março.
Outra alteração possível é a inclusão de um dispositivo “genérico” que trate de garantir investimentos no corredor Centro-Leste – que sai de Goiás, passa por Minas Gerais e chega no porto de Vitória (ES) – como parte da renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O relator concordou com essa mudança para resolver um conflito entre governo e as bancadas de MG, GO e ES.
O Ministério da Infraestrutura já recebeu pelo menos cinco grandes projetos de ferrovias pelo novo regime de autorização. Como esse marco legal ainda está em tramitação, nenhum dos projetos pôde ser formalmente protocolado. No entanto, investidores já estiveram com autoridades da pasta e prometeram tirá-los do papel quando possível.
Uma das principais apostas é o ramal ferroviário Pirapora (MG)-Unaí (MG)-Luziânia (GO). Ele teria grande potencial de escoamento de grãos e se conectaria à malha da VLI Logística, responsável pela apresentação do projeto.
Também foram levados à pasta duas novas ferrovias associadas a terminais portuários privados (TUPs) que estão em processo de licenciamento ambiental e equacionamento financeiro: um trecho de 220 quilômetros de Alcântara (MA), perto da base aeroespacial para lançamento de satélites, até a Estrada de Ferro Carajás (EFC); e um trecho de 553 quilômetros entre São Mateus (ES) e o futuro porto batizado de Petrocity, em Sete Lagoas (MG).
Outros dois projetos abrangem ramais que, saindo do papel, se conectarão a malhas com necessidade de revitalização. Um é o trecho Foz do Iguaçu-Cascavel, no Paraná, ligando-se à Ferroeste; outro é Maracaju-Dourados, em Mato Grosso do Sul.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 15/03/2021
EXTENSÃO DE FERROVIA NO MT OPÕE RUMO E MINISTRO TARCÍSIO
Publicado em 03/15/2021 as
07:14 PM
Governo e operadora de logística de Rubens Ometto, do grupo Cosan, divergem sobre modelo legal para ‘esticar’ a Malha Norte (antiga Ferronorte)
Por Daniel Rittner e Renan Truffi — De Brasília
O Ministério da Infraestrutura e a Rumo, operadora de ferrovias controlada pelo empresário Rubens Ometto, divergem sobre os caminhos legais para a extensão da Malha Norte em cerca de 600 quilômetros. O projeto consiste no prolongamento da estrada de ferro que hoje termina em Rondonópolis, localizado no sul de Mato Grosso e onde a companhia tem um grande terminal de cargas, até Lucas do Rio Verde, bem no “coração” agrícola do Estado.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/6/m/I3bDioQgAhUNAvwDnSnw/foto15emp-102-rumo-b4.jpg)
Para o Minfra, é inviável construir trecho tão extenso sem fazer nova licitação — Foto: Ricardo Botelho/Minfra/Divulgação
Na semana passada, Ometto e o ministro Tarcísio Freitas voltaram a conversar sobre o projeto – mas ainda guardam diferenças frontais sobre a opção preferencial para viabilizá-lo. O “plano A” da Rumo é fazer um aditivo contratual à concessão da Malha Norte, que tem validade até 2079, com base em pedido apresentado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e sem avanços palpáveis em sua tramitação.
Tarcísio rejeita esse caminho legal. Para o ministro, é inviável construir um trecho ferroviário tão extenso sem fazer nova licitação. Ele acredita que um aditivo seria contestado no Tribunal de Contas da União (TCU) e possivelmente judicializado por empresas interessadas na operação.
A Lei 13.448, de 2017, dá suporte para que concessões de ferrovias tenham novos trechos ou ramais “com a extensão necessária para atender polos geradores de carga”. No entanto, há um adendo que pode gerar contestações judiciais em casos como o da Malha Norte: a concessionária “deverá demonstrar, em relação ao novo trecho, a inexiquibilidade econômica de sua exploração segregada do contrato de parceria”. Em um projeto como esse, o entendimento do ministério é que não faltariam investidores para esse segmento “segregado”.
A Ferronorte (depois rebatizada como Malha Norte pela Rumo), construída pelo empresário Olacyr de Moraes (1931-2015), tem hoje 755 quilômetros em bitola larga. À época, o maior produtor individual de soja do planeta, Olacyr dedicou-se à implantação dos 500 quilômetros iniciais da ferrovia nos anos 1990, entre Santa Fé do Sul (SP) e Alto Araguaia (MT).
Depois, nos governos Lula e Dilma Rousseff, o contrato original foi renegociado. A ALL, então dona da malha, fez a extensão até Rondonópolis. Esse corredor ferroviário se une à Malha Paulista, que teve sua concessão recém-prorrogada em troca de investimentos bilionários no aumento da capacidade, e deságua no Porto de Santos (SP). Cada trem cheio de grãos tira até 240 caminhões das rodovias.
Apesar das objeções ao aditivo contratual da Malha Norte, como concessão, Tarcísio apoia o projeto e oferece uma alternativa para tirá-lo do papel. Ele prometeu a Ometto que, se o novo marco legal das ferrovias (PLS 261) for aprovado no Congresso, a Rumo receberá dele o primeiro ato de autorização do governo para ferrovias operando sob esse regime.
O projeto de lei nº 261, apresentado por José Serra (PSDB-SP) em 2018, está em reta final de tramitação no Senado. Ele prevê que, à semelhança das regras em vigência no setor portuário, novas ferrovias possam ser construídas mediante autorização – por conta e risco do investidor, com regulação bem mais suave do que o sistema de concessões.
Na avaliação do ministro, o prolongamento da Malha Norte se encaixa perfeitamente para o trajeto Rondonópolis-Lucas do Rio Verde. Fontes próximas à Rumo manifestam contrariedade. Para esses interlocutores da empresa, a convivência de dois sistemas em um mesmo corredor pode gerar insegurança dos investidores. Além disso, temem que haja dificuldade em levantar o capital necessário no mercado financeiro para bancar as obras, já que outros ramais poderão ser construídos no futuro na mesma área de influência – também pelo regime de autorização – e “roubar” carga da Malha Norte.
Por meio de suas assessorias, os dois lados confirmaram suas preferências para viabilizar as obras da extensão ferroviária. “O Ministério da Infraestrutura entende como estratégica e oportuna a expansão da linha da Ferronorte até Lucas do Rio Verde e deve trabalhar em favor de viabilizar sua execução, compreendendo que a extensão pela autorização, nos termos do PLS 261/18, é o caminho mais célere e seguro para sua implantação imediata”, disse a pasta, por meio de nota.
Procurada pelo Valor, a assessoria da Rumo respondeu: “A Ferronorte é a única ferrovia greenfield [feita do zero] do Brasil, construída integralmente pela iniciativa privada. Por isso, a construção de novos segmentos ferroviários dentro de sua área de influência é uma previsão explícita contida em seu objeto contratual. Do ponto de vista jurídico e regulatório, a extensão pode ser feita dentro do arcabouço vigente através do contrato original, havendo inclusive precedentes claros no setor, aplicados a contratos mais restritivos que o da Ferronorte”.
“Não obstante, é sabido que está em curso a discussão de novo arcabouço […] que visa instituir as autorizações no setor”, completou a assessoria da empresa. “A Rumo não vê óbices na introdução dessa modalidade, que pode vir a ser um instituto moderno, com potencial para reduzir o fardo regulatório sobre as operações, caso o arcabouço seja bem construído. Bem como considera, caso venha de fato a existir a nova modalidade, utilizá-la para realizar seus projetos.”
Apesar do conflito sobre o projeto na Malha Norte, que alguns chegam a avaliar em até R$ 10 bilhões, Tarcísio e Ometto mantêm relação bastante cordial – em público e em privado. No dia 4, em cerimônia de inauguração de um trecho da Norte-Sul, o ministro disse que o empresário já “entrou para a história” e o comparou a outros grandes empreendedores ferroviários, como o Barão de Mauá.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 15/03/2021
DECRETO INSTITUI POLÍTICA DE MODERNIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DE RODOVIAS FEDERAIS
Publicado em 03/15/2021 as
07:14 PM
Por Luci Ribeiro - Brasília

A inov@BR será coordenada pelo Ministério da Infraestrutura, que deverá apresentar, anualmente, os resultados das ações da iniciativa
O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 15, publica decreto presidencial que institui a Política de Modernização da Infraestrutura Federal de Transporte Rodoviário (inov@BR) e a qualifica no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência (PPI).
“Constituem objeto da inov@BR os principais trechos de rodovias federais sob gestão pública e sob regime de concessão ao parceiro privado”, cita o decreto.
De acordo com o ato, são objetivos da inov@BR: elevar o padrão de segurança viária nas rodovias federais, melhorar a fluidez das rodovias federais para proporcionar eficiência logística, modernizar as principais rodovias federais e aprimorar processos, procedimentos, instrumentos regulatórios e recursos técnicos.
A inov@BR será coordenada pelo Ministério da Infraestrutura, que deverá apresentar, anualmente, os resultados das ações da iniciativa, “de forma a acompanhar, por meio de metas e indicadores, a sua efetividade e propor alterações para o seu aperfeiçoamento”.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 15/03/2021
CONGRESSO PROMULGA PEC QUE DESTRAVA NOVA RODADA DE AUXÍLIO EMERGENCIAL
Publicado em 03/15/2021 as
07:13 PM
Com isso, o governo está pronto para editar a medida provisória com os critérios para o pagamento do benefício, que deve ter mais quatro parcelas, variando de R$ 150 a R$ 375
Por Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Congresso Nacional promulgou nesta segunda-feira, 15, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, que destrava uma nova rodada do auxílio emergencial. O ato foi assinado pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante sessão solene do Legislativo.
A proposta autoriza o governo federal a pagar uma nova rodada do auxílio emergencial, limitada a R$ 44 bilhões, por meio de crédito extraordinário, ou seja, fora das "amarras" das regras fiscais. A liberação do benefício depende de operacionalização do Executivo. Por ser uma PEC, o texto não depende de sanção do Executivo e passa a valer assim que promulgado pelo Congresso.
A partir da conclusão da votação da PEC e sua promulgação, o governo está pronto para editar a medida provisória com os critérios para o pagamento da nova rodada do auxílio. O desenho prevê quatro parcelas mensais de R$ 150 para famílias de uma pessoa só, R$ 250 para a média das famílias e R$ 375 para mulheres que são únicas provedoras da família. O governo prevê contemplar cerca de 46 milhões de pessoas e o início do pagamento deve ficar para abril.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, na sessão de promulgação da PEC emergencial. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Os cálculos foram feitos de acordo com o limite de R$ 44 bilhões e há hoje “pouca gordura” para fazer qualquer alteração no valor dos benefícios, como mostrou o Estadão/Broadcast.
O texto da MP deve conter um artigo que permitirá a prorrogação do período de quatro meses de pagamento do auxílio. No entanto, segundo apurou o Estadão/Broadcast, o limite de R$ 44 bilhões impede o acionamento dessa extensão.
Na área econômica, a avaliação é de que ainda é muito cedo para saber se o governo precisará ou não lançar uma nova rodada do auxílio para além dos quatro meses que já estão nos planos atuais. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, a doença precisa ser monitorada diante dos sinais de piora em indicadores de casos e óbitos por covid-19, mas “não dá para ser oportunista”.
Além disso, a área econômica conta com um avanço mais significativo no calendário de vacinação, sobretudo com a promessa da Pfizer de tentar antecipar doses do imunizante para o Brasil.
Caso sejam necessárias mais parcelas do benefício, haveria dois caminhos: nova mudança na Constituição, para elevar o limite de R$ 44 bilhões, ou decretação de calamidade, uma vez que a PEC já estará promulgada com o novo protocolo para crises agudas.
O limite foi criticado pela oposição, pois representa uma média de parcelas menor do que o repasse feito para trabalhadores informais e desempregados no ano passado. Outros líderes partidários, porém, defenderam o teto para não dar um "cheque em branco" ao Executivo.
"É necessário e urgente que retomemos o pagamento do auxílio emergencial por mais algum tempo, na esperança de que a situação se normalize o mais rapidamente possível, mas esse pagamento não pode se dar de forma irresponsável, sem que olhemos para as contas públicas, que, apesar do muito que já foi feito, ainda não estão equilibradas como gostaríamos", afirmou Rodrigo Pacheco durante a sessão de promulgação.
Arthur Lira afirmou que a emenda permitirá o pagamento do auxílio "sem aventuras fiscais". "A emenda constitucional é mais uma sinalização de que o Congresso Nacional não está parado, mas atua de maneira resoluta em diálogo permanente com os demais Poderes e entes federados na luta contra a pandemia, no apoio aos brasileiros e no esforço de fazer avançar a pauta de reformas que o Brasil tanto necessita."
Contrapartidas fiscais
Como contrapartida, a proposta prevê mecanismos para contenção de gastos no futuro na União, nos Estados e nos municípios em momentos de crise. Para o governo federal, os gatilhos - entre eles o congelamento de reajustes salariais - serão automaticamente acionados quando as despesas obrigatórias atingirem 95% do total. Esse cenário, porém, só deve ocorrer em 2024 ou 2025, conforme projeções do Tesouro Nacional.
Na reta final da votação, o presidente Jair Bolsonaro agiu para desidratar a proposta e liberar a possibilidade de o governo conceder progressões e promoções a funcionários públicos, mesmo em período de crise fiscal. A medida foi um aceno a profissionais de segurança pública. No caso de Estados e municípios, os gatilhos são opcionais e podem ser acionados quando o patamar das despesas correntes atingir 95% da arrecadação.
Com a promulgação, Bolsonaro terá de encaminhar ao Congresso até setembro um plano emergencial para reduzir as renúncias fiscais da União em 10% no primeiro ano e limitar os subsídios a 2% do PIB em um prazo de oito anos - hoje, eles chegam a 4,25%. No final desse período, o governo poderá ser obrigado a cortar até R$ 150 bilhões em benefícios, aponta projeção da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Conforme o Estadão/Broadcast publicou, porém, parlamentares e técnicos colocam dúvidas na viabilidade política dessa redução.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 15/03/2021
BOLSONARO DIZ QUE PEDIU PRA LIRA PAUTAR PROJETO DO ‘ÁLCOOL DESDE A REFINARIA’
Publicado em 03/15/2021 as
07:13 PM
Por Pedro Caramuru, Camila Turtelli e Matheus de Souza - São Paulo e Brasília
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 15, a apoiadores que tem conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que seja pautado o projeto de lei que trata do “álcool desde a refinaria”. Sob pressão de caminhoneiros e apoiadores que reclamam da alta dos derivados de petróleo, Bolsonaro tem movimentado aliados políticos para encontrar uma solução para a questão.
Em novembro de 2019, a Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou relatório que permite aos produtores de etanol vender o combustível diretamente para os postos de combustível, sem que passe por empresa distribuidora.
Atualmente, a venda direta das usinas é vedada por resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O texto está parado desde fevereiro de 2020 aguardando designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
No período da manhã, o presidente relatou que Lira deve colocar um texto sobre a questão em voto e afirmou que “está brigando” sobre o assunto desde que chegou ao poder. “Eu diminuí o imposto do gás de cozinha e do diesel e 19 governadores aumentaram o ICMS”, afirmou.
“Dezenove governadores querem que vocês continuem pagando alto o diesel e o gás de cozinha”, disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 15/03/2021
BRITÂNICA BP AVANÇA EM RENOVÁVEIS COM CONTRATO DE LONGO PRAZO COM A CASA DOS VENTOS
Publicado em 03/15/2021 as
07:13 PM
Por Mariana Barbosa
A britânica BP firmou um contrato de longo prazo para o fornecimento de energia renovável com a Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de projetos de geração de energias renováveis do país e que está construindo um dos maiores parques eólicos do mundo no Rio Grande do Norte.
O contrato de fornecimento de energia é mais um passo no ambicioso plano de transição energética da BP, que tem como meta atingir uma capacidade de produção de renováveis de 50 gigawatts (GW) até 2030.

Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos VentosLucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos | Marcos Hermes / Divulgação
O contrato tem duração de 15 anos e foi celebrado com a BP Comercializadora de Energia, divisão da BP que atua no mercado livre e iniciou operações no Brasil há um ano.
Este é o primeiro contrato firmado pela Casa dos Ventos para a segunda fase do seu Complexo Rio do Vento. Quando estiver em plena operação, o Rio do Vento terá capacidade instalada superior a 1,038 gigawatts (GW).
— A região oferece ventos unidirecionais em velocidade alta e constante, o que em larga escala permite gerar energia a preços bastante competitivos — explica Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos.
A primeira fase do complexo, de 504 megawatts (MW), entra em operação no início de 2022 e já foi toda comercializada em contratos que variam de 12 a 20 anos. Os clientes são Anglo American, Braskem, Baterias Moura, Tivit e Vulcabras e todos têm a opção de se tornarem sócios do empreendimento e portanto autoprodutores, reduzindo encargos setoriais.
A segunda fase do Rio do Vento já está com as máquinas compradas. A previsão é de entrar em operação em 2023.
— Temos uma empresa de óleo e gás viabilizando um empreendimento de geração de renováveis com um contrato de longo prazo para atender seus clientes com energia limpa — diz Araripe. — É um momento de mudança em que empresas estão cada vez mais conscientes e engajadas com a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que as fontes renováveis já se apresentam como as mais competitivas economicamente, criando um cenário ideal para essa transição.
Os projetos atualmente operados ou em construção pela Casa dos Ventos somam R$ 7 bilhões em investimentos, dos quais R$ 2,5 bilhões já foram realizados.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 13/03/2021
CVM CONDUZ QUATRO PROCESSOS PARA APURAR IRREGULARIDADES NA PETROBRAS
Publicado em 03/15/2021 as
07:12 PM
Demissão de Roberto Castello Branco, currículo de general e operações ilegais na B3 são alvo de órgão regulador
Por Bruno Rosa
RIO - A crise gerada na Petrobras pela intervenção do presidente Jair Bolsonaro, e que resultou na demissão de Roberto Castello Branco e forte queda das ações da estatal na Bolsa de Valores, gerou a abertura de quatro processos administrativos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais no Brasil.
Em um dos processos, será analisada a declaração de Bolsonaro de que "algo vai acontecer" na estatal após a companhia reajustar os preços no dia 19 de fevereiro. Nesse caso, o processo, aberto no dia seguinte, vai verificar "o cumprimento dos deveres de divulgação de informações pelos acionistas controladores, administradores e demais pessoas relacionadas à Petrobras".
Segundo a CVM, dois processos envolvem a mudança no comando da estatal. Em um dos processos, aberto no dia 23 de fevereiro, a CVM quer analisar a conduta da União no caso envolvendo a divulgação de notícias sobre a destituição do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Já no dia 01 de março, a CVM abriu o terceiro processo contra a estatal para verificar "o enquadramento do currículo do General Silva e Luna aos requisitos previstos na Lei das Estatais, para sua investidura no cargo de presidente da companhia". O Comitê de Pessoas da Petrobras analisa o nome do general nesta terça-feia.
A mudança envolvendo a direção da Petrobras ocorreu por conta do aumento de preços praticada pela estatal. No ano, os preços acumulam avanço superior a 50%. Esse movimento desagradou Bolsonaro e ocorreu em meio às pressões de uma greve dos caminhoneiros.
Um quarto processo, aberto no dia 2 de março, "trata da análise de indícios de eventual prática do ilícito de uso de informação privilegiada nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2021", conforme revelado pela colunista do GLOBO Malu Gaspar.
A demissão de Castello Branco gerou uma mudança no Conselho de Administração da estatal. Há duas semanas, parte dos conselheiros anunciou que não iria permanecer na estatal após Bolsonaro mudar o comando da estatal por conta dos aumentos nos preços nos combustíveis.
E a União indicou novos nomes. Todos precisam passar pelo aval de uma assembleia de acionistas, marcada para o dia 12 de abril. Até lá, Castello Branco e os diretores deve continuar de forma interina nos cargos.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 15/03/2021
AUXÍLIO EMERGENCIAL: CONGRESSO PROMULGA PEC QUE PERMITIRÁ PAGAMENTO DO BENEFÍCIO EM 2021
Publicado em 03/15/2021 as
07:12 PM
Governo poderá gastar R$ 44 bilhões com nova rodada, sem que sejam contabilizados dentro do teto de gastos
Por Paulo Cappelli

PEC emergencial: para cumprir, governo pode ter que acabar com deduções do IR e incentivo ao MEI Foto: Agência O Globo
BRASÍLIA — O Congresso Nacional promulgou na manhã desta segunda-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao governo federal pagar, em 2021, um novo auxílio emergencial à população mais vulnerável.
O limite de gastos com o benefício é de R$ 44 bilhões, que não serão contabilizados para fins de teto de gastos. Por se tratar de PEC, que enseja em promulgação, a medida não precisa ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor.
Com a promulgação, os repasses devem começar no início de abril, três meses após o fim da rodada de 2020, encerrada em 31 de dezembro. O plano do governo é iniciar os pagamentos para pessoas que estão fora do Bolsa Família, por meio de crédito na poupança digital, de acordo com o mês de nascimento. Quem faz parte do programa social deve receber a partir de 16 de abril.
O benefício deve ser pago a apenas um membro da família, no valor de R$ 250, por quatro meses. Mulheres com filhos terão direito a uma cota mais alta, de R$ 375, e pessoas que moram só receberão um valor menor, de R$ 150.
A Caixa Econômica Federal tem um esquema pronto para operacionalizar os pagamentos. A expectativa é que cerca de 700 agências funcionem em horário especial e algumas unidades abram aos sábados, das 8h às 12h. O crédito em conta poupança para os trabalhadores informais ocorrerá todos os dias, inclusive aos domingos.
— A PEC estabelece compromisso com equilíbrio das finanças do país olhando para todos os entes da federação. Com responsabilidade fiscal e social o Brasil atrairá investimentos. Além de permitir nova rodada de auxílio emergencial para brasileiros, a PEC estabelece regras claras e previsíveis para momentos de crise fiscal e calamidade pública — disse o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado.
Bezerra ressaltou que o texto também impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.
— A PEC permitirá que o Estado pague novo auxílio emergencial sem aventuras fisicais. Sem comprometer as finanças públicas e a moeda nacional. Cria-se a figura do estado de calamidade no âmbito nacional, com ferramentas para que o governo possa reagir de modo rápido em situações de elevada gravidade — afrimou Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, citando gatilhos de restrições de despesas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 15/03/2021
E AGORA, BRASIL?: PACHECO DIZ QUE ERROS DURANTE A PANDEMIA 'TERÃO DE SER INVESTIGADOS' FUTURAMENTE, 'INCLUSIVE POR MEIO DE CPI'
Publicado em 03/15/2021 as
07:12 PM
Em seminário on-line organizado por O GLOBO e 'Valor Econômico', presidente do Senado diz que momento atual é de 'buscar soluções'. Arthur Lira diz que escolha do ministro da Saúde 'cabe ao presidente' da República
Por O Globo
RIO — No seminário on-line "E agora, Brasil", realizado pelos jornais O GLOBO e "Valor Econômico" nesta segunda-feira, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmaram que o Congresso Nacional está comprometido no momento em buscar soluções, em vez de fazer um "apontamento insistente de culpados" pelos problemas do Brasil no combate à Covid-19. Pacheco, no entanto, declarou que erros ocorridos na gestão da pandemia "terão de ser investigados futuramente", sem descartar uma eventual instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) — os pedidos apresentados no Senado, por ora, não foram apreciados.
O seminário, com mediação dos jornalistas Míriam Leitão, colunista do GLOBO, e Cristiano Romero, diretor adjunto de redação e colunista do "Valor Econômico", tem patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas Federações, e está sendo transmitido pelos perfis no Facebook, LinkedIN e Youtube de ambos os jornais.
— Tudo isso que está acontecendo em todos os estados, em alguns com maior gravidade, será apurado. Haverá julgamentos jurídicos, políticos e morais. Mas, nesse instante, com média de duas mil mortes diárias e uma escala de vacinação que não chegou ao ideal, podemos nos permitir esse apontamento insistente de culpados sobre o que aconteceu, ou é melhor buscar soluções para os problemas? Porque os erros ainda não terminaram. Certamente haverá outros que terão de ser investigados, inclusive através de CPI — disse Pacheco.
Para o presidente do Senado, no entanto, já é possível identificar após um ano de pandemia que houve erros na gestão de diferentes instâncias de governo.
— Não me parece que seja racional um lockdown absoluto no país neste exato momento. Assim como não se pode negar a necessidade de tomadas de medidas caso a caso. É evidente que temos a constatação de que houve erros. Depois de um ano, não era para estarmos em um momento de carência de leitos de UTI. Era preciso ter previsibilidade de que uma nova onda poderia sugerir, de que uma mutação poderia acontecer. Tínhamos que ter acelerado o processo de vacinação. Toda a solução do problema está irremediavelmente no aumento da escala de vacinação, este tem que ser o foco absoluto do Congresso — declarou Pacheco.
O presidente do Senado evitou tecer críticas ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e afirmou que é preciso acompanharas as ações da pasta ao longo deste mês para saber se o cronograma de vacinações será cumprido e, a partir daí, fazer as cobranças necessárias.
Lira, que chegou a defender neste domingo em uma rede social os atributos da médica Ludhmila Hajjar, cotada para substituir Pazuello, disse que a escolha do ministro da Saúde é "atribuição do presidente" da República. Para o presidente da Câmara, é preciso chegar a um perfil no cargo de diálogo, respeito à ciência e "caminhos abertos com os Poderes", seja com ou sem Pazuello. O nome de Ludhmila foi descartado nesta segunda-feira após desavenças envolvendo aliados de Bolsonaro.
— Quando consultado sobre a possibilidade da doutora Ludhmila, coloquei o que penso dela: uma pessoa eficaz, humana, sensível, que reúne todos os preceitos. Mas a indicação de qualquer ministro é prerrogativa do presidente, apenas falei sobre um perfil que acho necessário. Poderá vir a procura por outros nomes ou até manter o ministro Pazuello, sob outra ótica — disse Lira. -- Sempre coloquei de forma clara que os extremos não contribuem. Independentemente de escolhas pessoais, políticas, de aptidão, o Brasil encontrará o melhor caminho. Meu papel, como presidente da Câmara, é ajudar no sentido de diminuir as diferenças.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 15/03/2021
O PRÓXIMO PASSO PARA OS COMPROMISSOS CLIMÁTICOS DAS COMPANHIAS
Publicado em 03/15/2021 as
07:11 PM
Por epbr - 15 de março de 2021 - Em Clima, Colunas e opinião, Estratégia ESG
Por Antonio Augusto Rebello Reis, Adriana Moura Mattos da Silva e Gabriela Trovões Cabral*
O ano de 2021 iniciou-se com uma tendência de aprofundamento dos compromissos firmados em 2020 em direção à pauta ESG (Environmental, Social and Governance). Dentre os temas que despontaram nos grandes fóruns do mercado nesses primeiros meses, as mudanças climáticas continuam impulsionando o movimento, agora com foco não apenas em firmar acordos de combate aos efeitos do aumento da temperatura global, mas também nas formas de concretizá-los e, principalmente, comunicá-los.
Em sua recém-lançada carta de 2021, Larry Fink, CEO da BlackRock, destaca a relevância que as mudanças climáticas tiveram para a alteração de comportamento do mercado financeiro em 2020: de janeiro a novembro, os investidores em fundos mútuos e ETFs (Exchange Traded Funds) investiram US$ 288 bilhões globalmente em ativos sustentáveis, um aumento de 96% em relação a 2019.
Embora os números evidenciem um cenário de entusiasmo quanto ao efetivo crescimento dos investimentos sustentáveis face a investimentos tradicionais, Fink vai além e propõe uma discussão aprofundada para a sustentabilidade empresarial, em busca da neutralidade de carbono. Para isso, alinha-se expressamente com os compromissos firmados no Acordo de Paris e o disclosure de informações climáticas conforme a Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês).
Essa reflexão repercutiu também na divulgação do BlackRock Investment Stewardship (BIS), documento que reafirma a necessidade de engajamento do setor privado em direção a uma economia carbono neutra e preza por políticas claras e planos de ação para gestão de riscos ambientais por parte das companhias, exigindo seu alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (notadamente ODS8, ODS9, ODS12, ODS13 e ODS17), comprometimento com as metas do Acordo de Paris e com as respectivas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e estimulando a transição energética para fontes renováveis, inclusive da cadeia de valor.
O BIS também sinaliza a necessidade de fixação de objetivos rigorosos, considerando curto, médio e longo prazo, que devem ser reportados de forma acessível, a fim de permitir a investidores e stakeholders o acompanhamento dos progressos da companhia na integração dos riscos climáticos em suas estratégias e na capacidade de realizar a transição para uma economia de baixo carbono.
Espera-se, ainda, que esse planejamento compreenda um verdadeiro plano de adaptação do modelo de negócio a esta realidade, integrado ao planejamento estratégico da companhia não apenas com os objetivos, mas também com as metas claras, a fim de engajar ativamente os gestores na mitigação de riscos, na capitalização de eficiência, na promoção da inovação e na identificação de oportunidades.
Há grande destaque, portanto, quanto ao papel do disclosure das informações empresariais. Para além do TCFD e do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), a existência de metodologias diversas, como a Global Reporting Initiative (GRI), o Relato Integrado e mesmo métodos locais, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE-B3), permitem práticas não uniformes de divulgação de resultados e impactos das companhias, dificultando o acesso a essas informações e criando ruídos de comunicação significativos com a sociedade e os investidores.
Em paralelo, nos últimos anos, foram criados diversos índices e rankings ESG que avaliam o desempenho das companhias de acordo com critérios próprios, trazendo assimetrias importantes aos resultados obtidos, a exemplo do S&P 500 ESG Index, MSCI ESG Indexes, dentre outros.
Fica clara, portanto, para além da urgência de aprofundamento dos compromissos quanto às mudanças climáticas, a necessidade de transparência e comunicação, especialmente a divulgação, de forma consistente e metodológica, de como as companhias realizam a integração dos planos negócio, em direção a um padrão global que permita a identificação precisa das companhias que endereçam de forma adequada os temas climáticos.
* Sócio e advogadas do Escritório Mattos Filho
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 15/03/2021
BID E BNDES FIRMAM ACORDO PARA AUMENTAR EMISSÃO DE TÍTULOS VERDES
Publicado em 03/15/2021 as
07:11 PM
Por Bete Nogueira, da Alter Conteúdo Relevante - Em Estratégia ESG, Transição energética
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) assinou, no final de fevereiro, um acordo de cooperação com o BNDES para criar um sistema de validação e aumento da emissão de títulos verdes no Brasil.
A ideia é estabelecer uma espécie de marco normativo para validar projetos aptos a captar recursos por meio desse tipo de emissão.
Amazônia, Pantanal e semiárido do Nordeste foram elencados como locais estratégicos para as iniciativas sociais e de sustentabilidade que serão apoiadas no biênio 2021-2022 – áreas que têm chamado a atenção de parceiros privados e bancos multilaterais de desenvolvimento, de acordo com diretor de Crédito e Garantia do BNDES, Petrônio Cançado.
O objetivo é estimular o crescimento dessa modalidade de financiamento no Brasil, apesar de não haver previsão no curto prazo de emissão desse tipo de título no mercado nacional por fruto da parceria.
O BNDES também pretende estimular o mercado voluntário de crédito de carbono, para garantir que as ofertas desses ativos encontrem demanda no mercado brasileiro.
O banco destaca o projeto Mais Luz Amazônia, trabalho em cooperação com o Ministério de Minas e Energia (MME) para captação de recursos internacionais, que deverá beneficiar 82 mil famílias sem acesso à eletricidade em áreas remotas da Região Norte.
“Especialmente em momentos de crise econômica como essa por causa da covid-19, é nosso papel, como banco público de desenvolvimento, assumir a função anticíclica e gerar iniciativas positivas, que possam propiciar a retomada do crescimento em bases mais sustentáveis”, diz Petrônio.
Infraestrutura de olho nos green bonds
Os títulos verdes (ou green bonds) são emissões de dívida para financiamento de projetos com benefícios ambientais mensuráveis, auditados por organizações ou empresas independentes.
Em 2019, o mercado brasileiro de títulos verdes movimentou US$ 1,2 bilhão, quase seis vezes mais que o registrado no ano anterior (US$ 209 milhões), de acordo com monitoramento da Climate Bonds Initiative (CBI).
Ministério da Infraestrutura quer enquadrar portos e aeroportos para emissão de green bonds
As apostas estão na infraestrutura e no agronegócio.
Este ano, o Ministério da Infraestrutura planeja realizar o leilão da Ferrogrão e do primeiro trecho da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) com a possibilidade de emitir green bonds para captar financiamento no mercado.
A certificação das ferrovias é o primeiro resultado do acordo firmado, em 2019, entre o governo e o CBI, que monitora o mercado e atua na criação de regras.
A pasta também espera enquadrar como verdes os projetos de concessão de portos e aeroportos.
No agronegócio, a FS Agrisolutions, maior produtora de etanol de milho do país, captou US$ 550 milhões por meio de títulos verdes, na primeira emissão de dívida da empresa no mercado internacional. A operação foi anunciada em dezembro do ano passado.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 15/03/2021
CAPITALIZAÇÃO DA ELETROBRAS É MANEIRA MAIS BRANDA DE TOCAR ASSUNTO, DIZ LIRA
Publicado em 03/15/2021 as
07:11 PM
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a capitalização da Eletrobras é a maneira mais branda de dar andamento ao processo de privatização da companhia. A redução da fatia da União no controle na empresa foi o modelo escolhido pelo governo na Medida Provisória de desestatização da estatal.
Lira disse que a Câmara deve entregar rapidamente um texto “negociado e discutido” sobre a MP de privatização da Eletrobras e sobre o projeto de lei de modernização dos Correios.
Lira adiantou que “dificilmente” textos de MPs saem do Congresso da mesma forma como foram enviados pelo Executivo e lembrou que a proposta para a Eletrobras, diferentemente da maioria das MPs, não tem força de lei na data de sua publicação, mas apenas autoriza a contratação de estudos pelo BNDES sobre a companhia. “Se a MP da Eletrobras não for aprovada, não terá validade como outras MPs”, disse.
Ainda nesta semana, ele disse que vai designar o deputado Gil Cutrim (PDT-MA) como relator do projeto que abre possibilidade para privatizar os Correios.
Lira voltou a dizer ser contra o lockdown geral como medida de combate à pandemia da covid-19 e afirmou ser favorável a um equilíbrio que considere a realidade de cada região.
“Lockdown de 100% é loucura, mas lockdown zero é irracionalidade”, afirmou o presidente da Câmara. “Defender lockdown geral e misturar com processo político é errado.”
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 15/03/2021
PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS É IDEIA QUE EXIGE RIGOR TÉCNICO E POLÍTICO, DIZ PACHECO
Publicado em 03/15/2021 as
07:11 PM
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a privatização da Petrobras é uma ideia que ainda precisa ser discutida com muito rigor técnico e político. Para ele, a pauta de privatizações neste momento está concentrada na Eletrobras e nos Correios, com base em propostas encaminhadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso.
“A ordem do dia é Correios e Eletrobras. A Petrobras é uma ideia forjada nesse momento de discussão com vocês, pode eventualmente pode ser evoluída, mas é preciso ter muito rigor técnico, político de conveniência mesmo, de oportunidade para se evoluir”, afirmou o presidente do Senado durante evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.
Para Pacheco, a discussão sobre a estatal petrolífera precisa considerar a estratégia de mercado e o interesse popular.
No mesmo evento, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou com a possibilidade de apoiar um processo de privatização da Petrobras no mesmo modelo proposto pelo governo para a Eletrobras.
O Executivo assinou uma medida provisória incluindo a estatal do setor elétrico e suas subsidiárias no Programa Nacional de Desestatização (PND) e condicionando a capitalização à aprovação da MP.
Lira afirmou que toda empresa estatal deve ser avaliada “sem preconceitos” e que o Congresso é o local para isso.
Ao falar da Petrobras, o deputado citou a Operação Lava Jato e apontou que o “grande erro” da operação de investigação foi colocar a responsabilização na empresa e não no “CPF” dos culpados pelos desvios denunciados.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 15/03/2021
EM UM MESMO DIA, SANTOS BRASIL RECEBE TRÊS ESCALAS EXTRAS NO TECON SANTOS
Publicado em 03/15/2021 as
07:10 PM
Informação: Guia Marítimo (15 de março de 2021 )
O Tecon Santos, maior terminal de contêineres da América do Sul, administrado pela Santos Brasil, recebeu em um mesmo dia, na semana passada, três escalas extraordinárias de diferentes armadores. As embarcações das empresas Hapag-Lloyd, Cosco e MSC atracaram na quarta-feira, dia 3, para a movimentação de 3.946 contêineres, dos quais 2.746 eram de contêineres de importação cheios, que foram descarregadas no terminal.
As extra calls, como são chamadas as escalas extraordinárias ou que não estão previstas no planejamento do terminal, reforçam a capacidade do Tecon Santos de atender demandas inesperadas e acima do projetado sempre que se faça necessário. São também um sinal de recuperação e de força da economia do país nesse momento.
“Este feito reafirma a imensa capacidade operacional e flexibilidade comercial por parte da Santos Brasil em buscar, oferecer e entregar soluções logísticas com agilidade aos seus clientes, sejam elas de curto, médio e longo prazo, ou mesmo, em caráter super extraordinário como ocorreu nesta semana”, afirma Danilo Ramos, diretor comercial de operações portuárias da Santos Brasil.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 15/03/2021
EPL FINALIZA ESTUDOS DE ARRENDAMENTO DO STS11, NO PORTO DE SANTOS
Publicado em 03/15/2021 as
07:09 PM
Informação: Ministério da Infraestrutura (15 de março de 2021 )
A estimativa é de que sejam investidos R$ 541 milhões em melhorias na armazenagem e movimentação de cargas
A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) enviou ao Ministério da Infraestrutura os estudos para o arrendamento do terminal portuário STS11, no Porto de Santos (SP). Destinado ao transporte e armazenagem de granéis sólidos vegetais, o terminal é um dos maiores em movimentação de grãos no país.
Com o contrato de 25 anos, a estimativa é de que o arrendamento do terminal gere investimentos de R$ 541 milhões. Os estudos realizados pela empresa indicam que esse valor deve ser utilizado para a construção de armazéns, acessos rodoviários, ferroviários e na aquisição de novos equipamentos.
Em 2020, o Porto de Santos foi responsável pela movimentação de 64,19 milhões de toneladas de granéis sólidos vegetais. As principais demandas do terminal STS11 são o embarque para a exportação de soja, farelo de soja, milho, açúcar e desembarque de trigo.
O trabalho da EPL para a realização dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) apresenta o potencial de demanda de cada terminal e as soluções de engenharia necessárias para o empreendimento, além da modelagem econômica financeira. Os estudos foram realizados com base em visitas técnicas da equipe da EPL ao porto, onde foram feitas avaliações sobre as estruturas existentes, questões mercadológicas e das características ambientais da região.
Após a análise dos estudos pelo MInfra, o projeto segue para etapa de audiência pública, que é conduzida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 15/03/2021
DISTRITO PORTUÁRIO AMEAÇA A CIDADE E O PORTO DE SANTOS
Publicado em 03/15/2021 as
07:09 PM
Editorial Portogente
O risco sempre está associado à chance de acontecer um evento indesejado. O risco sempre pode ser gerenciado.
Persiste a negligência com a fiscalização da segurança do Distrito Industrial e Portuário da Alemoa, encravado entre o Porto de Santos e a cidade. No local são operadas e armazenadas mercadorias perigosas suficientes para exterminar milhares de vida da população local. Há muito, Portogente vem denunciando e debatendo essa situação, que ameaça se agravar.

Ultracargo Pg
Situado na principal entrada da cidade, nele em 2015 ocorreu o maior incêndio da história portuária do Brasil, e que ainda não se apagou em muitas memórias. O terminal da Ultracargo em chamas, por descumprimento de normas da sua segurança, ameaçou o distrito da Alemoa e prejudicou o acesso ao porto durante uma semana. Pior, causou prejuízos sociais e ecológicos terríveis.
Nesta área de 3 milhões de metros quadrados operam terminais de porte, com infraestrutura inadequada. Sem entrar no mérito da causa dessa situação que responsabiliza o Município, o Estado e a Autoridade Portuária, este caos não pode, certamente, continuar sem compromisso com a implantação de um projeto de engenharia que assegure mobilidade e rota de fuga seguras, em caso de acidente.
O projeto portuário sustentável deve ser comprometido com sua força de trabalho e com a comunidade que ele afeta. Conceitos de sustentabilidade e governança exigem uma nova cultura operacional em que segurança, saúde e proteção estão no topo da lista de prioridades. Por isso, é imperativo deter a intenção rentista de ampliar, com puxadinho, a atual capacidade de operação do distrito industrial de Alemoa.
Nesse distrito operam empresas cujas marcas mundiais exigem e estão atreladas à conformidade com leis e regulamentos. Com esse horizonte, é preciso debater, colocar luz e cobrar responsabilidade sobre fatos inaceitáveis, que ameaçam à vida e apequenam o futuro.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 15/03/2021
BAIXADA PRETERIDA DO PLANEJAMENTO DE EXPANSÃO DO PORTO DE SANTOS
Publicado em 03/15/2021 as
07:09 PM
Assessoria de Comunicação
SPA admitiu durante audiência pública realizada ontem na Câmara Municipal de Santos que tem relatórios ambientais do novo PDZ, sem nunca os ter apresentado
Confrontados com a surpreendente revelação de que a Santos Port Authority, antiga Codesp, administradora do Porto de Santos, possui pareceres da Sabesp e do Ibama que avaliaram os impactos ambientais da aplicação do novo PDZ (Plano de Desenvolvimento e Zoneamento), a Comissão de Segurança Ambiental da Câmara Municipal de Santos e integrantes do Fórum da Cidadania da Baixada Santista estudam agora ingressar com uma ação, com base na Lei de Acesso à Informação, para ter acesso a estes documentos e analisar seu conteúdo. Os impactos de partículas suspensas provocados principalmente pela manipulação de granéis vegetais em áreas do porto contíguas a ocupação urbana e a pretendida expansão do ramal ferroviário têm preocupado e revoltado extensos setores da população santista.
A informação de que a SPA possui os pareceres da Cetesb e do Ibama foi revelada pelo diretor de desenvolvimento de negócios do órgão federal, Bruno Stupello, no início da noite desta quarta-feira, 10/3, em audiência pública virtual convocada pelo vereador Chico Nogueira (PT), também presidente do Settaport, um dos mais importantes sindicatos de trabalhadores portuários. No encontro, que reuniu políticos, acadêmicos e empresários da cidade, foi manifestada a preocupação com a intenção da Autoridade Portuária e do Ministério da InfraEstrutura de não só em aumentar a manipulação de granéis vegetais, com intenso impacto na população, mas também em criar um terminal de fertilizantes e de cargas instáveis na região de Outeirinhos e Macuco, onde além da população que habita no entorno, estão instalados diversos campus universitários, incluindo-se o da Universidade Federal de São Paulo.

Porto Santos AGO2018
“É difícil acreditar que duas das mais renomadas agências ambientais brasileiras, a Cetesb (estadual) e o Ibama (Federal), tenham aprovado um plano de expansão de atividades no porto, que já provoca tanto desconforto e prejuízo a saúde da população santista”, reagiu o vereador Chico Nogueira. Os estudos ambientais também deveriam prever medidas de mitigação dos impactos no meio ambiente. “Queremos ver o que foi recomendado”, acrescentou.
Outro tema discutido na audiência pública foi a questão da ampliação de cargas instáveis, como o nitrato de amônia, responsável pelo recente acidente no porto de Beirute que provocou a morte de mais de três mil pessoas e mais de 100 mil desabrigados. A Santos Port Authority insiste que, apesar da previsão de manipulação de mais de 35 mil toneladas da substância química, fundamental na produção de fertilizantes, (dez vezes maior do que a do Líbano), a operação é segura. O professor Jeffer Castelo Branco, especialista em análise ambiental integrada, questionou esta segurança e cobrou a apresentação de um estudo científico de garantia. O professor José Marques Carrizzo, especialista em ordenamento territorial e plano diretor, que também participou da audiência, questionou qualquer estudo de impacto de vizinhança, que possa a ser feito. “Como estabelecer uma contrapartida para uma explosão? Não há como mensurar. Não será com alguns metros de mangueira contra incêndio”.
Também foi discutida a implantação de uma usina de regaseificação, com a ancoragem de um navio junto a Ilha de Bagres, dentro do estuário, e a construção de um gasoduto para subir a Serra do Mar, até a localidade de Piratininga no Município de São Paulo. A SPA insiste que se trata da mais moderna tecnologia. Mas Jeffer Castelo Branco lembra que em todo mundo esta operação se dá em Alto Mar, pelo menos 10 quilômetros distante da Orla.
A implantação do novo PDZ do Porto de Santos prevê mudanças profundas na relação com as cidades da Baixada Santista. A SPA diz que realizou mais de 150 horas de consultas públicas. A Sociedade Organizada e as Câmaras Municipais da região contestam esta informação. “Fomos chamados para uma exposição de intenções. Não foi aplicado nenhum estudo de impacto econômico ou ambiental e em nenhum momento foi dada oportunidade para que a população opinasse, sugerisse ou contestasse estas intenções” – disse o professor e advogado Douglas Martins.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 15/03/2021
AUDIÊNCIA PÚBLICA VIRTUAL Nº 05/2021: LINK DE TRANSMISSÃO
Publicado em 03/15/2021 as
07:08 PM
Audiência Pública nº 05/2021 - Obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos tendentes à realização de certame licitatório referente ao arrendamento de área e infraestrutura pública destinada à movimentação e armazenagem de granéis vegetais, granéis minerais e carga geral, localizado no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros / Porto de Suape/PE, denominada área SUA07.
Link de Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=1TpBNFTPnNs
Início da Transmissão: 15h
Forma de Inscrição: Os interessados em se manifestar na audiência deverão se inscrever pelo aplicativo de mensagens “WhatsApp”, no número (61) 2029-6940
Formas de Contribuição: vídeo, áudio ou via aplicativo "WhatsApp"
A participação pode ser também realizada entrando na sala de reunião criada no aplicativo “Zoom”. Para isso, no ato de inscrição, o interessado deverá se manifestar nesse sentido e encaminhar seu endereço eletrônico de login no “Zoom” para ser convidado a entrar na sala na sua vez.
Em caso de problemas computacionais para utilização da ferramenta “Zoom”, será disponibilizada uma segunda conexão ao final de todas as contribuições. O ideal é que o interessado encaminhe sua contribuição via“WhatsApp”.
IMPORTANTE: Toda a sessão virtual será transmitida via streaming, gravada e disponibilizada no canal do YouTube da ANTAQ
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 15/03/2021
COMUNICADO - INFORMAÇÕES SOBRE A COVID-19
Publicado em 03/15/2021 as
07:08 PM
Informamos que devido à pandemia pelo novo coronavírus alguns Estados e Municípios proibiram o transporte interestadual de passageiros por meio de Decretos, o que afetou algumas empresas de navegação autorizadas pela ANTAQ.
A ANTAQ orienta, caso você precise viajar para as regiões em que o transporte interestadual de passageiros esteja suspenso, recomendamos a obtenção de autorização prévia junto ao poder executivo estadual ou municipal de destino.
As empresas de navegação aptas a realizar a viagem deverão seguir todas as determinações e orientações da ANTAQ e autoridades sanitárias.
Informações adicionais, fale com a ANTAQ:
??0800 644 5001
?? ouvidoria@antaq.gov.br
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 15/03/2021
MARINHA BATE RECORDE DE FISCALIZAÇÕES E AMPLIA AÇÕES NA BAIXADA SANTISTA
Publicado em 03/15/2021 as
07:08 PM
Mesmo com o fim do Verão, na semana que vem, a Capitania dos Portos de São Paulo prevê manter abordagens no mar
Por Fernanda Balbino

Capitania viu um crescimento de 15% nas abordagens durante o verão na Baixada Santista (Foto: Carlos Nogueira/AT)
A Operação Verão da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) bateu recorde de abordagens e apreensões de embarcações no mar. De 14 de dezembro até agora, foram realizadas 2.042 vistorias, um aumento de quase 15% em relação à ação do ano passado. Já o número de barcos que foram apreendidos cresceu 257,6%, chegando a 93 no período. Mesmo com o fim da estação na semana que vem, a Autoridade Marítima garante que a fiscalização não será interrompida.
A informação é do capitão de mar e guerra Marcelo de Oliveira Sá, comandante da CPSP. Segundo o oficial, o plano é postergar a permanência dos cerca de 190 homens deslocados para Santos durante o Verão.
“Em 2019, fizemos 3.126 abordagens, em 2020 fizemos 3.856. Só neste ano já foram 1.727, ou seja, nós já quase que alcançamos metade das abordagens que fizemos no ano passado”, explicou o comandante.
De acordo com o oficial, o número de apreensões feitas na Operação Verão quase se igualou ao verificado em todo o ano passado. E a pandemia de covid-19 é apontada como o principal motivo para que isto tenha acontecido.
Isto porque, com as regras de isolamento social, as pessoas têm buscado o mar como uma opção de lazer. Esse refúgio tem sido verificado desde setembro do ano passado e ganhou atenção especial da Autoridade Marítima. “A Marinha incentiva uma mentalidade marítima, que tenhamos atividade náutica, mas com responsabilidade”.
Entre as principais infrações cometidas, estão a falta documentação, que inclui habilitação do condutor e registros da embarcação, além da falta de materiais de salvatagem, como coletes salva-vidas e extintores de incêndio. Navegar fora das áreas delimitadas e próximo aos banhistas também são problemas identificados pela Marinha.
Porém, há ainda casos mais graves, como conduzir embarcações embriagado. Neste caso, o infrator é conduzido às autoridades policiais. “A embarcação é apreendida quando a gente identifica que não tem nenhum condutor habilitado para conduzir a embarcação, que tenha graves comprometimentos a questão do material de salvatagem ou das manutenções. Pode ter um sério risco de um emborcamento, por exemplo. Nesses casos, nós apreendemos a embarcação por questões de segurança”.
Abordagens
Além do aumento do efetivo de oficiais durante o Verão, a Marinha firmou convênios com várias prefeituras, que também ficam responsáveis pelas abordagens. É o caso de Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande.
“Não é transferir a responsabilidade para o município, é compartilhar as capacidades de fiscalização. E, com isso, garantir a segurança dos banhistas, dos amantes dos esportes náuticos para que eles, quando forem ao mar, se sintam seguros”, explicou o capitão dos portos.
Em todos os casos, o autor da irregularidade pode se defender junto à Autoridade Marítima. “No ato da fiscalização, é emitida uma notificação. Ela é encaminhada à pessoa que a cometeu, que tem sete dias para uma defesa prévia. A gente avalia e depois é transformado ou não em um auto de infração. Depois, ainda tem outra possibilidade para se defender”.
O capitão alertou que todos podem contribuir para a segurança no mar através de denúncias. Os telefones são: 3221-3456 e 3221-3459. Há ainda a opção do 185 (emergências náuticas).
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 13/03/2021
USUÁRIOS DO PORTO DE SANTOS PEDEM COMPENSAÇÃO EM TARIFAS
Publicado em 03/15/2021 as
07:05 PM
Representantes de agentes de navegação e armadores destacam que amarração deixou de ser feita pelo Porto, mas ainda é cobrada
Por Fernanda Balbino

Autoridade Portuária aguarda resposta da Antaq sobre pedido de reajuste tarifário (Carlos Nogueira/AT)
Usuários do Porto de Santos pedem uma compensação tarifária no complexo santista. O motivo é que o serviço de amarração e desamarração de navios deixou de ser realizado em alguns berços a medida causa custos extras à iniciativa privada.
Em abril do ano passado, a Autoridade Portuária de Santos (APS) decidiu que a amarração e a desamarração das embarcações que operam no complexo marítimo poderiam ser realizadas, a critério do armador, diretamente pelo terminal portuário. Na ocasião, o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar) iniciou uma negociação para a obtenção de descontos na tarifa, diante do aumento das despesas.
“Começamos a discutir essa questão em abril do ano passado. Em agosto, enviamos carta com as faturas de cobranças, algumas com valores de até R$ 7,4 mil. As conversas continuaram, inclusive, através de videoconferência”, explicou o diretor-executivo do Sindamar, José Roque.
Agora, o assunto passou a ser discutido também pela Associação Comercial de Santos (ACS). De acordo com o secretário da Câmara de Navegação da entidade, Johne Silva, outro ofício foi enviado à Autoridade Portuária na semana passada.
“Em conjunto com o Sindamar, estamos pleiteando a redução na tarifa. Os armadores arcam com o custo de um serviço que a APS deixou de prestar. Então, estamos solicitando um desconto para que compense o custo que O armador está tendo com o serviço de amarração”, destacou Silva.
Atualmente, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) avalia a viabilidade técnica e jurídica de um pedido de revisão de valores das tarifas do Porto de Santos. Além do reajuste, o pedido tem o objetivo de garantir a adequação do sistema tarifário aos novos padrões do órgão regulador.
As tarifas do Porto foram reajustadas pela última vez em 2018. Na ocasião, a Companhia Docas do Estado de São Paulo, atual Autoridade Portuária de Santos, pediu autorização para aumentar as taxas em 54,4%, Mas o índice aprovado pela Antaq foi de 16,67%.
Sustentabilidade
Os integrantes da Câmara de Navegação também reivindicam à Autoridade Portuária a redução de tarifa para navios sustentáveis – cuja operação tem menor impacto no meio ambiente. Eles pedem que a estatal tome como exemplo iniciativas de portos nacionais e internacionais.
O Porto do Pecém (CE) passará a oferecer desconto de até 10% sobre a tarifa de utilização das instalações de acostagem para navios sustentáveis. “Com o incentivo desse programa, conhecido como Porto Verde, identificamos a melhoria na visibilidade (de Pecém) como um porto sustentável, uma melhor relação Porto-Cidade e o aprimoramento do Índice de Desempenho Ambiental (IDA) da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), sobretudo nos indicadores Internalização dos custos ambientais no orçamento e Poluentes atmosféricos (gases e particulados)”, explicou Johne Silva.
Autoridade Portuária
Procurada, a Autoridade Portuária informou que os pleitos em relação a descontos tarifários do Porto de Santos estão sendo analisados internamente pela estatal e que a solução dada será divulgada oportunamente.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 14/03/2021
EMENDA SUGERE MUDANÇA EM REGRA SOBRE AFRETAMENTO E LASTRO
Publicado em 03/12/2021 as
07:16 PM
Por Danilo Oliveira NAVEGAÇÃO 11 Março 2021

Arquivo
Proposta do senador Marcos Rogério (DEM-RO), com base em pleito da Abac, alerta para risco de volatilidade na prestação de serviços, caso PL da cabotagem não exija propriedade de embarcações.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) propôs uma alteração no dispositivo do projeto de lei 4199/2020 (BR do Mar) que trata da mudança na redação de um artigo da Lei 9432/1997 sobre regras de afretamento e lastro de embarcações. A justificativa da emenda é que, ao alterar o artigo 10 do marco da navegação, o PL da cabotagem oferece risco ao Estado brasileiro e aos usuários. O argumento é que permitir que companhias de navegação operem na cabotagem sem terem embarcações próprias não leva em consideração que tais empresas que fazem apenas afretamentos são muito voláteis em preço e em oferta de navios, sendo pouco focadas no investimento a longo prazo num mesmo país.
A avaliação é que as empresas, provavelmente, irão operar somente em trechos mais atrativos no Brasil, podendo retirar seus navios a qualquer momento, fragilizando e até mesmo inviabilizando rotas regulares de cabotagem, que hoje crescem de forma acelerada e integram diferentes regiões. Rogério destacou em sua proposição que a volatilidade na prestação dos serviços compromete seriamente a logística das empresas que cada dia mais migram para a cabotagem, o que provavelmente as fará repensar no uso do modal.
"Mais grave que a volatilidade do serviço é seu custo, que acompanha o mercado de afretamento internacional sem nenhum comprometimento com a economia do país, enquanto as empresas que possuem frota permanente no Brasil são comprometidas com o mercado local, e não usam estes navios, exceto em casos excepcionais, em navegação de longo curso", salienta um trechos da emenda. O parlamentar mencionou que a ideia inicial do PL foi de aumentar o número de players do mercado e que, dessa forma, esse objetivo não guarda relação em adição de empresas que não façam investimentos na frota brasileira.
Ele apontou que o prazo proposto no PL 4199/2020 não é compatível, tampouco dá a segurança necessária a novos investimentos. A avaliação considerou que o custo de investimento em uma embarcação é de cerca de US$ 30 milhões, tendo uma vida útil de 25 anos, e que a idade média da frota brasileira é de 10 anos, para que esta abertura seja proporcionalmente adequada aos investimentos já realizados. Para o senador, a abertura completa, ainda que não a considere o ideal para o país, necessitaria de 15 anos para ocorrer de maneira compatível com os investimentos na frota existente.
"Tal medida seria, de igual modo, uma forma de se guardar alguma oportunidade para a indústria naval brasileira. Entendemos que se deve evitar a abertura repentina, pois isto sim é a certeza de que não teremos mais encomendas nesta indústria", sustentou Rogério. Ele acrescentou em sua emenda que existe um risco adicional de, com o passar do tempo, a tendência será de que as empresas operem apenas com embarcações afretadas, comprometendo a segurança nacional pela falta de frota brasileira.
A leitura é que embarcações afretadas poderiam partir para outros mercados, a pedido de seu proprietário estrangeiro. Além disso, acarreteria risco comercial, uma vez que a frota tenderia a ficar no controle integral de transportadores marítimos estrangeiros, que poderão atuar por seus interesses, dificultando as relações comerciais. O senador destacou que a emenda foi apresentada para atender pleito da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac).
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 12/03/2021
DIFERENÇAS DA CABOTAGEM POR CARGA MERECEM OLHARES DISTINTOS NA APLICAÇÃO DO BR DO MAR, DIZ ABAC
Publicado em 03/12/2021 as
07:16 PM
Por Dérika Virgulino NAVEGAÇÃO 12 Março 2021

Arquivo
Apesar da pandemia, de modo geral, a cabotagem apresentou crescimento ano passado.
Com o objetivo de impulsionar o crescimento da cabotagem no país, o Projeto de Lei (PL 4199/2020), BR do Mar estabelece novas regras para o uso do modal. No entanto, conforme afirmou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Amadores de Cabotagem (Abac), Luis Fernando Resano, cada tipo de cabotagem (contêiner, granel), possui realidades e demandas específicas no Brasil. Portanto, segundo ele, tais diferenças em função da carga merecem também olhares distintos para a aplicação do projeto.
Entretanto, ele afirmou que ainda é cedo para dizer o que acontecerá a respeito do tratamento dado à cabotagem, pois muitos aspectos relevantes ainda estão sendo discutido no Senado Federal. De acordo com ele, questões como afretamento a casco nu sem lastro, que propõe abertura sem garantia de concorrência igualitária; o quantitativo de tripulantes brasileiros nos navios afretados a tempo no BR do Mar; contratos de longo prazo e operações especiais é que indicarão se haverá distorções em cada segmento da cabotagem e o peso dessas distorções.
Resano afirmou que apesar da pandemia, a cabotagem apresentou crescimento em 2020. O que puxou esta alta foi a cabotagem de alívio de plataformas que, mesmo com a crise sanitária, houve crescimento da produção de petróleo para consumo doméstico e exportação. A cabotagem de contêiner, por ser mais sensível à economia doméstica teve ligeira redução em relação ao ano anterior, o que em um momento de retração da economia pode ser considerado como resultado positivo.
Ele disse ainda que não seja possível deixar de considerar que durantes os períodos de crise da pandemia houve paralisação da produção da Zona Franca de Manaus, o que gerou redução de cargas. Já a cabotagem de granel funciona de acordo com a demanda da indústria e da economia nacional e se manteve de estável para pequena redução.
Por esta razão, ano passado, o segmento não apresentou crescimento na casa dos dois dígitos como vem acontecendo anualmente. Mesmo sem o PL, a cabotagem vem crescendo em média 10% ao ano, impulsionada, sobretudo pela chamada ‘puro sangue’. A cabotagem feeder (que atende portos menores) sofreu queda mais acentuada em 2020. Atualmente existem 43 empresas atuando com cabotagem no país, sendo 13 atuando mais na intensamente na navegação puro sangue.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 12/03/2021
COM HOSPITAIS LOTADOS, MINISTÉRIO DA SAÚDE AUTORIZA FINANCIAMENTO DE 3.965 LEITOS DE UTI EM 21 ESTADOS
Publicado em 03/12/2021 as
07:15 PM
Medida ocorre após decisões judiciais determinarem que o governo federal criasse leitos de UTIs nos estados.
Por Paloma Rodrigues, TV Globo — Brasília
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/I/W/iGJWg2RtqFi2CIjTGBAg/microsoftteams-image-1-.png)
Apresentação do Ministério da Saúde sobre leitos de UTI — Foto: Reprodução
O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (12) em edição extra do "Diário Oficial da União" portaria que libera um total de R$ 188,2 milhões para o financiamento de 3.965 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em municípios de 21 estados — os leitos temporários serão custeados por 90 dias, com possibilidade de renovação posterior.
Em 2 de março, o ministério havia liberado R$ 153,6 milhões para o financiamento de 3.201 novos leitos.
Veja a lista das cidades que receberão os recursos
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-431-de-11-de-marco-de-2021-308028567
No pior momento da pandemia de Covid-19, em que hospitais encontram-se superlotados, estados e municípios vinham se queixando da suspensão do repasse de recursos do governo federal para financiar leitos de UTI.
Nos últimos dias, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo federal reativasse e financiasse leitos de UTI em São Paulo, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul e Piauí.
Em dezembro, o Ministério da Saúde financiava o custo de 60% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse percentual caiu pela metade em janeiro e, em fevereiro, para 15%.
O motivo foi o término, em 31 de dezembro, da vigência do decreto de estado de calamidade, que permitia a transferência de recursos extraorçamentários.
O valor de R$ 188,2 milhões previsto na portaria publicada nesta terça-feira se refere ao custo total mensal caso todos os leitos se mantenham abertos por pelo menos 90 dias. O custo médio diário de um leito de UTI é de R$ 1,6 mil.
Os municípios que fizeram o pedido de autorização de leitos até o último dia de cada mês recebem o dinheiro no mês seguinte. "As solicitações de autorizações de leitos realizadas até o último dia de cada mês, terão seus recursos de custeio transferidos no mês subsequente", diz o texto da portaria.
A portaria prevê repasses retroativos à manutenção de leitos de UTI referentes a janeiro e fevereiro, a fim de ressarcir os estados que, nesses dois meses, tiveram de utilizar exclusivamente recursos próprios para abrir novos leitos de UTI.
Em relação a janeiro, a portaria autorizou o financiamento de 1.135 leitos em cidades de 16 estados com pagamento retroativo de R$ 54,48 milhões por mês.
Em relação a fevereiro, foi autorizado o financiamento de 2.025 leitos adultos e 41 leitos pediátricos em cidades de 22 estados, com custo total de R$ 99,16 milhões ao mês.
A portaria também definiu as regras para que outras cidades façam pedidos para habilitação de novos leitos com custeio federal.
Na semana passada, o governo publicou uma medida provisória liberando R$ 2,8 bilhões para custeio de leitos de UTI.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 12/03/2021
ANVISA OFICIALIZA REGRA QUE PERMITE A ESTADOS, MUNICÍPIOS E O SETOR PRIVADO IMPORTAREM VACINAS
Publicado em 03/12/2021 as
07:14 PM
Medida foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Por G1
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (10) uma resolução que oficializa as regras para que estados, o Distrito Federal, municípios e o setor privado possam importar medicamentos e vacinas contra a Covid-19, mesmo aqueles que não tenham aprovação para uso no Brasil. A medida foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (veja a nota da Anvisa mais abaixo).
Contra Covid, governadores defendem pacto entre os três poderes e aceleração da vacinação
Pazuello diz que Brasil não terá colapso na Saúde e reduz pela quinta vez previsão de vacinas para março
Os medicamentos e vacinas importados devem ter indicação específica para tratamento ou prevenção da Covid-19 aprovada pela respectiva autoridade sanitária estrangeira. Além disso, eles precisam ter, pelo menos, estudos clínicos de fase 3 concluídos ou com resultados provisórios.
A Anvisa explica também que os medicamentos e vacinas precisam ser registrados ou autorizados para uso emergencial por, no mínimo, uma das seguintes autoridades sanitárias estrangeiras e autorizados à distribuição em seus respectivos países: Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Rússia, Índia, Coreia, Canadá, Austrália, Argentina e outras autoridades sanitárias estrangeiras com reconhecimento internacional e certificadas.
A diretoria também oficializou o novo prazo para avaliar o pedido de uso emergencial dos imunizantes contra a Covid-19. A Anvisa tem até sete dias para analisar o pedido de uma vacina que tenha sido aprovada por uma agência reguladora entre uma lista das principais do mundo. Se as informações fornecidas pela agência não estiverem completas, o prazo aumenta para 30 dias.
Prazo prorrogado
Também nesta quarta-feira, a Anvisa anunciou que prorrogou o prazo para o Butantan apresentar os resultados dos estudos de imunogenicidade da CoronaVac. "Esses estudos complementarão o conhecimento quanto à imunidade conferida aos voluntários que receberam a vacina na etapa clínica dos ensaios fase III", disse a agência.
O prazo foi estendido até o dia 30 de abril. Com a prorrogação, o Butantan deve continuar os estudos, gerando os dados necessários que possam subsidiar o pedido de registro sanitário na Anvisa.
Nota da Anvisa
A Diretoria Colegiada aprovou nesta quarta-feira, em reunião extraordinária, uma Resolução de Diretoria Colegiada (RDC), que regulamenta a autorização excepcional e temporária para a importação por Estados, Municípios e Distrito Federal de medicamentos e vacinas para Covid-19 que não possuam registro sanitário ou autorização para uso emergencial no Brasil, para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do surto do novo coronavírus (SARS-CoV-2), nos termos da Lei nº 14.124/2021.
Os medicamentos e vacinas importados devem ter indicação específica para tratamento ou prevenção da Covid-19 aprovada pela respectiva autoridade sanitárias estrangeiras e precisam ter, pelo menos, estudos clínicos de fase 3 concluídos ou com resultados provisórios.
Além disso, precisam ser registrados ou autorizados para uso emergencial por, no mínimo, uma das seguintes autoridades sanitárias estrangeiras e autorizados à distribuição em seus respectivos países: Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Rússia, Índia, Coreia, Canadá, Austrália, Argentina e outras autoridades sanitárias estrangeiras com reconhecimento internacional e certificadas, com nível de maturidade IV, pela Organização Mundial de Saúde ou pelo Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Registro de Medicamentos de Uso Humano e pelo Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica.
Nesses casos, a Diretoria Colegiada da Anvisa poderá conceder autorização excepcional e temporária para a importação de medicamentos e vacinas para Covid-19 que sejam considerados essenciais para auxiliar no combate à pandemia.
Responsabilidades
O importador será responsável pela qualidade, eficácia e segurança do medicamento ou vacina a ser importado, assim como pelo monitoramento das condições de transporte, visando garantir as condições gerais e a manutenção da qualidade dos produtos importados, além do seu adequado armazenamento.
Também cabe ao importador prestar orientações aos serviços de saúde sobre uso e cuidados de conservação dos produtos importados, assim como aos pacientes sobre como notificar as queixas técnicas e eventos adversos a eles relacionados. A criação de mecanismos para a realização do monitoramento pós-distribuição e pós-uso dos produtos importados também cabe ao importador.
Assim, a proposta normativa isenta os referidos medicamentos e vacinas para Covid-19 de registro sanitário e autorização temporária de uso emergencial emitidos pela Anvisa, considerando as etapas regulatórias cumpridas para autorização de uso emergencial ou registro concedidos pelas autoridades sanitárias internacionais definidas pela Lei 14.124/2021.
Nesse sentido, os medicamentos e vacinas para Covid-19 devem ter qualidade, segurança e eficácia atestadas por meio da comprovação do registro ou autorização de uso emergencial pelas respectivas autoridades internacionais.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 12/03/2021
ECORODOVIAS ESTÁ CONFIANTE NA RENOVAÇÃO DA ECOVIAS, DIZ DIRETOR
Publicado em 03/12/2021 as
07:14 PM
A concessão Ecovias administra as rodovias do sistema Anchieta-Imigrantes, ligando a capital paulista à Baixada Santista, e vence em 2025
Por Allan Ravagnani, Valor — São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/3/B/0pAxJHRS6OzVcuxUAJ5g/trecho-de-serra-do-sistema-anchieta-imigrantes-que-liga-a-capital-paulista-a-baixada-santista-divulgacao-ecovias.jpg)
Foto : Divulgação_Ecovias
A Ecorodovias está confiante na renovação de sua concessão Ecovias, que administra as rodovias do sistema Anchieta-Imigrantes, ligando a capital paulista à Baixada Santista. A concessão vence em 2025 e está com a companhia desde 1998.
“A discussão sobre a Ecovias está avançando. Ela é muito técnica, tem muitos detalhes contratuais, de aditivos, detalhes técnicos. Enfim, é uma discussão complexa que envolve vários itens e leva tempo, mas estamos confiantes em um bom desfecho”, disse Marcello Guidotti, diretor financeiro da companhia, em teleconferência de resultados nesta quinta-feira (11).
Há ainda uma discussão com o governo do Estado de São Paulo a respeito do reajuste do pedágio da rodovia, que só pode aplicar o aumento de 1,9%, referente ao repasse do IPCA, mas a companhia pleiteia uma correção de 10,9%, que seria uma média entre os índices IGP-M e IPCA.
A respeito de uma oferta subsequente de ações (follow on), a Ecorodovias acredita que, até o mês de setembro, irá concluir as etapas necessárias e o momento certo para realizar a oferta.
Ecoporto
Sobre o Ecoporto, Guidotti afirmou que a companhia está discutindo a possibilidade de uma arbitragem para os contratos da concessão. “Entendemos que temos que aguardar o ‘ok’ do poder concedente para iniciar a arbitragem, o que também leva tempo, e a forma de liquidação não está definida. Por enquanto estamos focados na arbitragem”, disse.
O contrato de arrendamento do Ecoporto tem vigência original de 25 anos e encerra em junho de 2023. A companhia tentou renovar antecipadamente, mas, em fevereiro de 2021, a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) indeferiu esta prorrogação.
Com base nos investimentos já realizados, a Ecorodovias realizou uma baixa contábil de R$ 616 milhões no quarto trimestre de 2020 no valor de seus ativos. Deste total, R$ 382,5 milhões foram contabilizados em outras despesas operacionais e R$ 233,5 milhões contabilizados na rubrica de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Diferido.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/03/2021
FILA DE NAVIOS NOS PORTOS PARA EXPORTAR SOJA É RECORDE
Publicado em 03/12/2021 as
07:13 PM
Espera chega a dez dias, em média; advogado prevê disputa entre tradings e compradores
Por Fernanda Pressinott, Valor — São Paulo
Uma junção de problemas faz com que a fila de navios aguardando atracação nos portos brasileiros seja uma das maiores da história neste momento, com 277 embarcações até esta quinta-feira. A espera chega a dez dias em média.
Entre as principais causas para esse gargalo está o atraso na colheita de soja e a pouca disponibilidade de navios graneleiros, explica Larry Carvalho, advogado da Rabb Carvalho, especialista em conflitos ligados ao comércio exterior.
Segundo ele, o frio intenso nos Estados Unidos fez o país aumentar suas importações de carvão, o que concentrou muitos navios graneleiros na região em janeiro e fevereiro. Afora isso, a colheita atrasada de soja no Brasil acentuou a necessidade de embarcações para março.
“Além disso, a covid-19 tem causado atrasos nas operações internacionais por causa de restrições de atracação em alguns lugares e demora na repatriação de tripulantes. E não podemos esquecer que a China tem impedido a entrada no país de minério de ferro da Austrália em meio a disputas políticas. Tudo isso retirou tonelagem do mercado”, conta.
No Arco Norte, região onde o escritório Rabb Carvalho mais atua, chuvas também impediram qualquer movimentação nos portos. Nas estradas de acesso a Miritituba (PA), entre as rodovias BR-163 e BR-230, houve filas com mais de 3 mil caminhões no mês passado.
Nesse contexto, o custo do transporte marítimo para a soja subiu. Em dezembro, o frete de Santos para a China, por exemplo, custava US$ 32 a tonelada. Em fevereiro, ele subiu 43,7%, para US$ 46.
“Estamos prevendo disputas sobre demurrage e de qualidade da soja”, diz Carvalho. Em geral, afirma, quando o carregamento chega à China depois de dias na chuva, há perdas de qualidade do grão. Mesmo com as tradings dando desconto, os recebedores chineses abrem claims”, afirma o advogado, que representa diversos players na área de logística, transporte e agronegócio.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/03/2021
STF DECIDE SOBRE TRIBUTAÇÃO DE SERVIÇOS PORTUÁRIOS
Publicado em 03/12/2021 as
07:13 PM
Se o desfecho da discussão no Supremo for contrário ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre o assunto, pode gerar perdas de cerca de R$ 12 bilhões para a União
Por Joice Bacelo, Valor — Rio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/D/W/jUFWhMSm2O4LvTRpLg9A/fux02.jpg)
Fonto : Pablo Jacob/Agência O Globo
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a decidir, nesta sexta-feira, sobre a tributação de despesas com descarga, manuseio e conferência de mercadorias em portos e aeroportos — a chamada capatazia. O tema é julgado por meio de recurso apresentado pela fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo, do Rio Grande do Sul.
Para as empresas, o efeito prático do julgamento é sobre a carga tributária. E não só no Imposto de Importação. Advogados dizem que pode alcançar outras situações. Isso porque o valor aduaneiro serve como base de cálculo também para o IPI, PIS e Cofins - Importação e ICMS
Se o desfecho da discussão no Supremo for contrário ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pode gerar perdas de cerca de R$ 12 bilhões para a União — levando em conta a devolução do que foi pago pelos contribuintes nos últimos cinco anos.
Há um ano, o STJ decidiu que esses custos estão inseridos na composição do valor aduaneiro e, consequentemente, devem ser incluídos na base de cálculo do Imposto de Importação. A decisão foi proferida pela 1ª Seção em caráter repetitivo. Significa que deve ser seguida pela primeira e segunda instâncias da Justiça e também pelos ministros das duas turmas que julgam as questões de direito público na Corte.
Votos
O julgamento no STF ocorre no Plenário Virtual (ARE 1298840). Ele foi aberto nesta sexta-feira com o voto do relator, o ministro Luiz Fux. Se o entendimento dele prevalecer, não vai favorecer os contribuintes. Para Fux, trata-se de questão infraconstitucional e, por esse motivo, não cabe à Corte se posicionar sobre o tema. Assim, o STJ ficaria com a palavra final.
“O acolhimento da pretensão da parte agravante demandaria a análise de legislação infraconstitucional pertinente, o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário”, afirma Fux em um voto curto, de só duas páginas.
No Plenário Virtual, os ministros têm até uma semana para emitir os seus votos. Se não houver pedido de vista nem de destaque, que suspenderiam as discussões, a conclusão se dará até a meia-noite do dia 19.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/03/2021
AMÉRICA DO SUL DEVE REGISTRAR O MAIOR CRESCIMENTO DE MERCADO DA STELLANTIS
Publicado em 03/12/2021 as
07:11 PM
Segundo presidente da 4ª maior montadora do mundo, nascida da fusão entre Fiat e Peugeot, a região, que tem o Brasil como maior mercado, deve ter avanço de 20% nos negócios este ano; País foi responsável em 2020 por 8% das vendas globais do grupo
Por Cleide Silva, O Estado de S.Paulo
A América de Sul é a região que deve registrar maior crescimento de mercado este ano para a recém-criada Stellantis, empresa que nasceu da união entre Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e mais dez marcas desses grupos. A companhia, quarta maior montadora do mundo, prevê um aumento de 20% nos negócios da região, onde o Brasil é o principal mercado.
O crescimento esperado pelo grupo na Europa é de 10%, na América do Norte de 8%, na Índia e Pacífico de 5% e na África de 3%. O presidente mundial da Stellantis, Carlos Tavares, disse estar otimista com a recuperação da região, que normalmente é mais volátil que as demais. Ele ressaltou, contudo, que essa melhora depende do aumento da taxa de vacinação contra a covid-19 – para que o consumidor se sinta tranquilo em consumir – e outras questões ligadas à logística e macroeconômicas.
O Brasil foi responsável no ano passado por 8% das vendas globais do grupo, quando somados os resultados das quatro marcas que se uniram em janeiro. Juntas, elas contabilizam participação de 23,5% das vendas de automóveis e comerciais leves no País e terá três lançamentos importantes neste ano. O executivo não citou quais, mas é certo que um deles é o primeiro SUV da marca Fiat fabricado no Brasil. O segmento é que mais cresce em vendas nos últimos anos.

Carlos Tavares
Tavares ressaltou importância da vacinação para consumidor se sentir seguro. Foto: Stellantis
Em visita de três dias ao País, a primeira desde que assumiu o posto, Tavares inaugurou na quarta-feira a fábrica de motores de quatro cilindros turbo no complexo de Betim (MG). A planta tem capacidade inicial de produção de 100 mil unidades por ano e recebeu investimento de R$ 400 milhões.
Ainda neste ano ela será expandida para produzir também motores de três cilindros turbo, com aporte adicional de R$ 100 milhões. O executivo afirmou que os motores vão equipar veículos das quatro marcas produzidas no País. Disse também que as três fábricas locais – a da Fiat em Betim, da Jeep em Goiana (PE) e da Peugeot e Citroën em Porto Real (RJ) poderão produzir qualquer modelo das 14 marcas do grupo.
“Não há ligação entre marcas e fábricas; todas poderão fazer qualquer tipo de produto, desde que haja lógica industrial e técnica para isso”, afirmou. Tavares confirmou que não há intenção de fechar unidades no Brasil nem em outras regiões.
Elétricos acessíveis. Em conversa online com um pequeno grupo de jornalistas no início da tarde de ontem, antes de deixar o País, o executivo português disse não descartar, no futuro, a produção de carros elétricos no Brasil. Ressaltou que o grupo tem a tecnologia para isso, mas os preços ainda são elevados, o que limita as vendas.
Segundo ele, será um grande desafio para os próximos anos conseguir equiparar os preços dos carros elétricos aos dos convencionais. É preciso, em sua opinião, chegar a um custo que seja viável ao consumidor e rentável para o fabricante.
“Queremos oferecer um veículo com tecnologia limpa e que as pessoas possam comprar, se não vai ser reservado a uma elite e não terá consequência benéfica ao meio ambiente porque poucos terão condições de compra”, afirmou.
Ele criticou a falta de diálogo dos governos da União Europeia com as montadoras ao impor 2030 como prazo para que todos os novos veículos sejam elétricos. Ele considerou uma “brutalidade” com uma indústria que emprega 14 milhões de pessoas. Com a decisão de impor uma data – que ele acredita ser inviável para muitas empresas trocarem suas tecnologias – haverá consequências sociais.
“Espero que outras regiões, incluindo a América Latina, tenham chances de diálogo com os governos quando forem adotar a política de zero emissões”, disse. As montadoras estão alinhadas com esse projeto, mas precisam de condições para implementá-lo, afirmou.
Tavares lembrou ainda que, além da falta de chips, a indústria enfrenta a inflação de matérias-primas, em especial do aço.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 12/03/2021
BNDES PODE REEDITAR PROGRAMA DE CRÉDITO GARANTIDO E SUSPENSÃO DA COBRANÇA DE DÍVIDAS, DIZ MONTEZANO
Publicado em 03/12/2021 as
07:11 PM
Segundo presidente do banco, há discussões, no governo federal e no Congresso Nacional, em torno do programa que, em 2020, garantiu R$ 92,1 bilhões em empréstimos
Por Vinicius Neder, O Estado de S.Paulo
RIO - Ainda não tem nada decidido, mas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá reeditar parte das medidas lançadas em 2020 para mitigar a crise causada pela covid-19, afirmou nesta sexta-feira, 12, o presidente da instituição de fomento, Gustavo Montezano.
Conforme o executivo, não há nenhuma demanda formal do Ministério da Economia para que o banco reabra o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), desenhado para garantir financiamentos concedidos por todos os bancos do sistema financeiro. Com aporte de R$ 20 bilhões do Tesouro Nacional no FGI, fundo de aval do BNDES, o Peac garantiu R$ 92,1 bilhões em empréstimos.

Gustavo Montezano
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Foto: Adriano Machado/Reuters
Por outro lado, Montezano confirmou que há discussões, no governo federal e no Congresso Nacional, em torno de uma reedição do Peac. Na quinta-feira, 11, o secretário especial de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou que o governo trabalha com recursos que sobraram no FGI para que haja mais R$ 2 bilhões para micro e pequenas empresas.
Questionada, a diretoria do BNDES não detalhou informações sobre essas sobras nem como poderiam ser usadas. Montezano se limitou a dizer que o banco de fomento está “operacionalmente” preparado para reeditar o Peac, caso haja decisão por parte do governo. “Havendo decisão, o BNDES está preparado”, afirmou o presidente do banco.
Internamente, Montezano informou que o BNDES estuda reeditar a suspensão da cobrança de dívidas (medida conhecida no mercado como “standstill”). No ano passado, o banco deixou de cobrar R$ 13,6 bilhões de empresas e R$ 3,9 bilhões de governos. Segundo a diretora financeira, Bianca Nasser, a medida levou a renegociações nos contratos de financiamento que respondem por 43% da carteira de crédito do banco.
“Na nossa carteira, estamos estudando, de forma setorial, alguma flexibilização (na cobrança de dívidas), sim. Se fizermos alguma coisa, será setorial, diferentemente (da suspensão) de março do ano passado, que foi transversal”, afirmou Montezano.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 12/03/2021
PAULO GUEDES INDICA QUE PRONAMPE PODE SER PERMANENTE
Publicado em 03/12/2021 as
07:11 PM
Por Lorenna Rodrigues e Daniel Weterman – Brasília

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a possibilidade de permanência do Pronampe ontem
Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo - Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, acenou para a possibilidade de tornar permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que financiou pequenos negócios na crise de covid-19 em 2020. Ele afirmou nesta quinta, 11, que o governo vai renovar o programa em que os bancos emprestam dinheiro a empresários tendo como garantia recursos de um fundo público.
O Congresso Nacional, porém, ainda busca espaço no Orçamento para abastecer o programa. O teto de gastos, que trava o crescimento real das despesas federais à inflação, é uma barreira para uma nova rodada da linha.
O presidente Jair Bolsonaro e Guedes participaram de uma reunião virtual da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas, do Congresso Nacional. Bolsonaro citou o programa como uma das medidas do governo para salvar empregos na pandemia do novo coronavírus. De acordo com Guedes, o resultado foi extraordinário. "Estamos aí renovando o Pronampe, vamos lutar por isso", disse o ministro. "Estamos em contato, queremos dar uma força para isso, evidentemente."
O secretário especial de Produtividade, Carlos da Costa, afirmou que o governo trabalha com o Congresso para que o Pronampe seja permanente, mas sem impacto fiscal "desmedido". "Trabalhamos com recursos que sobraram no Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) para que haja mais R$ 2 bilhões para micro e pequenas empresas", afirmou. O Congresso, porém, pressiona por mais recursos em 2021 e por uma previsão orçamentária para que o programa seja permanente pelos próximos anos, medida também defendida pelas empresas.
Na quarta-feira (10), o Senado Federal aprovou um projeto de lei para tornar permanente o Pronampe, com novas condições de financiamento, incluindo juros mais altos. O texto dependerá da Câmara dos Deputados e, se aprovado, segue para sanção de Bolsonaro.
A proposta abre caminho para o Congresso Nacional abastecer o programa com recursos do Orçamento. De acordo com o projeto, as instituições financeiras poderão emprestar dinheiro com taxa de juros anual igual à Selic (a taxa básica de juros) acrescida de até 6% ao ano. Pelo desenho que vigorou até o fim do ano passado, o valor do acréscimo era de 1,5%. O aumento dos juros foi colocado para atrair bancos à nova rodada.
A proposta abre caminho para o Congresso Nacional abastecer o programa com recursos do Orçamento. De acordo com o projeto, as instituições financeiras poderão emprestar dinheiro com taxa de juros anual igual à Selic (a taxa básica de juros) acrescida de até 6% ao ano. Pelo desenho que vigorou até o fim do ano passado, o valor do acréscimo era de 1,5%. O aumento dos juros foi colocado para atrair bancos à nova rodada.
Carência
Nesta semana, o governo anunciou um aumento de três meses no prazo de carência para as empresas que participaram no ano passado. O Senado Federal defende um prazo de seis meses - conforme o projeto aprovado na quarta-feira - e pede mais recursos federais em uma nova rodada do programa.
A promessa de renovação do Pronampe vêm do próprio presidente Jair Bolsonaro, apesar de haver resistências na equipe econômica. "Estamos pedindo mais uma tranche do Pronampe para ir ao encontro do que é necessário para que os micro e pequenos empresários continuem vivos", afirmou o senador Jorginho Mello (PL-SC), presidente da frente parlamentar e aliado de Bolsonaro.
Caixa vazio
Não há recurso previsto no Orçamento de 2021 para o programa. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal indicou uma emenda de R$ 4,8 bilhões para o Fundo Garantidor de Operações (FGO), que abastece o financiamento voltado aos pequenos negócios. O relator da Lei Orçamentária Anual (LOA), senador Marcio Bittar (MDB-AC), no entanto, não criou nenhuma reserva no projeto para abrigar as emendas da comissão.
Se aceitar a indicação, ele terá de cortar outra despesa na mesma proporção, em função do teto de gastos. Parlamentares pressionam Bittar a encontrar espaço, embora não haja nenhuma garantia no momento. O Orçamento deve ser votado pelo Congresso até a primeira semana de abril.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 12/03/2021
PREFEITURA ESCOLHE EX-PRESIDENTE DA CET-RIO PARA LIDERAR INTERVENÇÃO NO BRT E INICIA TRANSIÇÃO
Publicado em 03/12/2021 as
07:10 PM
Entre as mudanças imediatas que são estudadas está uma possível volta da circulação 24h
Por Arthur Leal

RT lotado circula com a porta aberta Foto: Brenno Carvalho/04.03.2021 / Agência O Globo
RIO — A Prefeitura do Rio já começa a dar os primeiros passos para o processo de intervenção no BRT do Rio, que servirá como uma espécie de transição até que uma nova licitação seja concluída e o serviço seja assumido por uma nova empresa, que substituirá a gestora atual. No comando desta intervenção temporária estará Cláudia Antunes Secin, de 58 anos, ex-presidente da CET-Rio, hoje servidora da Secretaria municipal de Transportes, informação confirmada pelo consórcio BRT Rio. Ela é arquiteta, analista de sistemas e ingressou na Companhia de Engenharia de Tráfego do município em 1992, onde ocupou cargos de destaque.
Nos bastidores, ja há movimentação para que a transição seja feita. Na última quarta-feira, por exemplo, um engenheiro de transportes da prefeitura já começou a trabalhar com o BRT e teve, inclusive, uma reunião com profissionais do consórcio. Nesta quinta-feira, ele já teve um novo encontro, desta vez especificamente com a equipe de planejamento do modal.
Entre mudanças imediatas que são estudadas e podem acabar sendo implementadas pela prefeitura no serviço tão problemático está uma possível volta da circulação 24h dos ônibus, que hoje rodam de 4h à meia-noite. Uma outra ideia exposta por Paes, ainda antes do anúncio da intervenção da prefeitura no sistema, previa a implementação do BRT rosa, que seria um carro só para mulheres — entre todos os problemas enfrentados, há ainda os casos de abuso sexual nos carros lotados, que não são raros.
O GLOBO procurou a prefeitura e a Secretaria Municipal de Transportes, que não se manifestaram.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 12/03/2021
AUXÍLIO EMERGENCIAL: EQUIPE ECONÔMICA NÃO DESCARTA BENEFÍCIO POR MAIS DE QUATRO MESES
Publicado em 03/12/2021 as
07:10 PM
Para aumentar duração, seria necessário nova proposta de Emenda à Constituição
Por Manoel Ventura
BRASÍLIA — Integrantes da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, já trabalham com a possibilidade de o auxílio emergencial em 2021 durar mais de quatro meses previstos inicialmente, a depender do avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Auxílio emergencial: Nova rodada terá valor menor e menos parcelas; veja o que se sabe até agora
A proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abre o caminho para a retomada do auxílio, aprovada no Senado e na Câmara, prevê um teto de R$ 44 bilhões para o benefício. Isso permite o pagamento de um benefício médio de R$ 250 a cerca de 40 milhões de pessoas por quatro meses.
A medida provisória com os detalhes sobre o benefício deve ser publicada na semana que vem. O início do pagamento deve ocorrer em abril para as pessoas que não têm Bolsa Família.
O governo decidiu limitar o custo total do benefício para sinalizar compromisso fiscal e evitar uma disparada nos juros e na inflação. Para a equipe econômica, o valor é suficiente nesse momento.
Os técnicos lembram que o governo já tem uma grande base de informações dos beneficiários, o que permite filtrar melhor quem de fato precisa receber o pagamento.
Por outro lado, diante do agravamento da pandemia no Brasil e das incertezas sobre o andamento da vacinação, integrantes da equipe econômica passaram a discutir internamente a possibilidade da rodada do auxílio durar mais de quatro meses.
Esse cenário foi abordado em reuniões nos últimos dias do time de Guedes, de acordo com fontes que acompanham o assunto.
Caso seja necessário gastar mais que R$ 44 bilhões, o ministério deve propor uma nova PEC para permitir a continuidade do pagamento do benefício. Para um técnico do ministério, por se tratar de aumento de gastos, essa eventual proposta seria aprovada rapidamente.
Outra variável que entrou no radar foi a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Auxiliares próximos ao presidente avaliam que o benefício foi importante para elevar a aprovação de Bolsonaro no ano passado e uma nova rodada pode ser decisiva neste ano.
Procurado, o Ministério da Economia não comentou.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 12/03/2021
MULHERES LIDERAM AÇÕES PARA MAIOR EFICIÊNCIA EM PORTOS E TERMINAIS E MOSTRAM COMPROMISSO DE LIDERAR PELO EXEMPLO E CRIAR MAIS OPORTUNIDADES DE INCLUSÃO
Publicado em 03/12/2021 as
07:10 PM
por Bruno Merlin

O Conselho Feminino do Brasil Export promoveu nesta terça-feira, 9 de março, o segundo webinário da Semana da Mulher. Foi um encontro repleto de empatia, inspiração e grandes histórias de trajetória profissional. Participaram da iniciativa Mayhara Chaves, presidente da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph), diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará e presidente do Conselho Feminino, Patricia Dutra Lascosque, Superintendente Institucional de Logística da Suzano e Presidente do Conselho Diretor da Associação de Terminais Privados (ATP), Ana Paula Calhau, diretora de Gestão Comercial e Desenvolvimento da Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), e Gilmara Temóteo, diretora-presidente do Porto de Cabedelo.
Elas falaram sobre os desafios da gestão de portos públicos e de terminais privados no Brasil. Entre os assuntos abordados destacaram-se a identificação de políticas públicas para aumentar a competitividade das operações, a busca pelo aprendizado contínuo para acompanhar as mudanças normativas e avanços tecnológicos e a necessidade de aprimorar o diálogo para viabilizar parcerias entre as esferas pública e privada. Também foram debatidas formas de proporcionar mais oportunidades para que mulheres ocupem cargos operacionais, de gestão e “no topo da pirâmide”.
A moderação ficou a cargo de Fernanda Pires, superintendente de Comunicação Corporativa da Santos Port Authority. Ela resumiu o espírito de todos que participaram do webinário: “Tenho certeza que mudamos o mundo pelo exemplo e me sinto inspirada e revigorada em poder moderar esse debate”.
Assista abaixo ao encontro na íntegra no link abaixo:
https://youtu.be/9aC6fExJm6Q
Ana Paula Calhau iniciou enfatizando os desafios enfrentados por gestores de portos e terminais desde o início da pandemia de Covid-19 e o bom trabalho que resultou na continuidade das operações portuárias e no pleno abastecimento do País. Ela ressaltou o papel dos gestores em participar da criação de políticas públicas para o desenvolvimento da economia nacional e de informar ao mercado externo as vantagens competitivas e qualidades dos produtos e serviços oferecidos pelo Brasil.
A política de manter diálogo permanente com todo o setor implantada na Codeba foi outro fator destacado por Ana Paula, que também fez observações sobre o potencial de desenvolvimento do Porto de Aratu no sentido de proporcionar maior competitividade à indústria petroquímica. A Companhia recebeu recentemente holofotes em caráter nacional após o anúncio de que um plano de desestatização será elaborado até o próximo ano. Sobre sua trajetória profissional, a diretora da Codeba contou que desde criança conviveu em ambientes muito masculinizados e que foi atleta de natação na juventude, experiência a qual atribuiu o aprendizado sobre trabalhar em equipe e ser competitiva.
“Apesar de estar há tantos anos nessa estrada, a gestão de portos continua sendo uma atividade desafiadora”, confidenciou Gilmara Temóteo. Ela emendou indicando a necessidade de acompanhar as mudanças normativas, tecnológicas e econômicas para que o gestor alcance o desempenho exigido por este ramo tão competitivo. “É uma atividade apaixonante e que convida a estar o tempo todo inovando”.
Entre os principais desafios gerados pela função que ocupa, a presidente do Porto de Cabedelo destacou a atração de investimentos privados, a criação de um ambiente que propicie modernização das operações, transparência na gestão pública, destravar e desburocratizar processos. Gilmara disse que a comunidade portuária local está vencendo gargalos históricos de infraestrutura com parcerias entre as esferas públicas e privadas e que esse sucesso também deve ser atribuído à equipe administrativa do Porto, com 50% dos cargos ocupados por mulheres, incluindo a chefia de gabinete e a gerência financeira.
Presidente do Conselho Feminino, Mayhara Chaves disse estar muito feliz com a iniciativa pois sua história profissional está conectada a todas as demais participantes. Contou detalhes de sua infância e confidenciou ter um histórico masculinizado pelo fato de seu pai ter trabalhado como caminhoneiro e como proprietário de oficina mecânica. “Eu vivia embaixo de carro quando criança. Assim, sempre quis ser engenheira, não tive dúvida alguma”. Mayhara relatou que sofreu muita resistência por ser mulher e, especialmente, jovem quando ocupou cargos públicos de relevância e que a forma de contornar a desconfiança foi transmitir segurança e propriedade do que falava.
Ter uma equipe competente, ressaltou a presidente da Docas do Ceará, é o principal fator para um bom desempenho. Ela usou o crescimento dos indicadores da Companhia de 2019 para 2020 (EBITDA +254,35%, receitas +13,49% e movimentação de cargas +12%) para justificar o bom trabalho realizado pela direção. São índices, observou Mayhara, inimagináveis para uma Companhia que não conseguia pagar as próprias contas, inclusive de energia, em um passado recente. Ela concluiu reforçando a importância do Conselho Feminino divulgar suas ações e mostrar a jovens mulheres que é possível almejar cargos de gestão no setor de infraestrutura, um ambiente outrora exclusivamente masculino.
Membro de conselhos de grandes associações, tendo exercido papel fundamental para implantação de boas práticas no setor logístico e ocupante de cargo de alta relevância em uma empresa do porte da Suzano, Patricia Lascosque tem uma história inspiradora. Ela detalhou os obstáculos para fazer com que a produção de celulose chegue de forma eficiente aos portos, a complexidade para atender à emaranhada legislação relativa ao segmento, os longos processos de obtenção de licenças necessárias para as operações e a determinação para vencer as amarras que ainda existem nos portos brasileiros, afinal a Suzano opera em terminais públicos e também privados, como o Portocel, onde iniciou sua trajetória como Gerente de Planejamento.
A Suzano exporta celulose e papel para mais de 80 países e, por isso, administra frota de caminhões, terminais privados e ativos ferroviários. Segundo Patricia, a corporação exige de seus profissionais uma atuação dentro da lei e de acordo com as exigências dos órgãos reguladores. Sobre os desafios enfrentados por ser mulher, ela alertou ainda existir muito preconceito “disfarçado e desapercebido” no ambiente de infraestrutura. “A gente não pode errar. Mulher não pode errar. E quando é mais incisiva ouve piada que está precisando de homem na vida. São muitos os estereótipos com que temos que tomar cuidado, afinal lideramos pelo exemplo”. Patricia concluiu assegurando a importância de criar mecanismos que viabilizem maior diversidade em associações e na iniciativa privada e disse ter o compromisso de sempre analisar pelo menos 50% de currículos de pessoas negras, indígenas e de mulheres quando há concorrência por uma vaga de trabalho.
Fonte: Fórum Brasil Export (12 de março de 2021 )
Data : 12/03/2021
SENADO APROVA COBRANÇA DE PEDÁGIO POR QUILOMETRAGEM PERCORRIDA; TEXTO SEGUE PARA CÂMARA
Publicado em 03/12/2021 as
07:08 PM
Com objetivo de permitir que os motoristas paguem no pedágio apenas um valor proporcional ao uso da rodovia, o Senado aprovou nesta quarta-feira (10), em votação simbólica, substitutivo ao projeto que autoriza a implantação de sistema eletrônico de livre passagem em pedágios, com identificação eletrônica automática dos usuários.
A proposta original (PLC 8/2013), apresentada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) em 2011, quando era deputado federal, previa a isenção total de pedágio para as pessoas que moram ou trabalham perto de praças de pedágio, sob argumento de que a política de concessão de rodovias promoveu a punição da população do município onde é cobrada a taxa.
O relator, senador Jayme Campos (DEM-MT), entendeu que seria mais coerente criar condições para que a cobrança fosse feita por meio de um sistema de livre passagem, sem praças de pedágio, conhecido como Sistema Free Flow.
Para que a cobrança possa ser feita dessa forma, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) terá que ser alterado a fim de determinar que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran)estabeleça meios técnicos obrigatórios para garantir a identificação dos veículos nas rodovias e vias urbanas com cobrança de uso pelo sistema de livre passagem. O CTB ainda deverá prever como infração grave, sujeita a multa, o não pagamento da cobrança pelo uso de vias urbanas. Atualmente, o código fala apenas do uso de rodovias.
“O objetivo maior desse projeto é eliminar a cobrança exacerbada dos usuários das rodovias concedidas que realizam deslocamentos curtos, mas circulam por trecho interceptado por praça de pedágio e, portanto, pagam pelo uso da rodovia valor desproporcional ao deslocamento realizado”, ressaltou o senador.
A advogada do escritório Morad Advocacia Empresarial, Ludmila Bondaczuk, elogia a proposta, por "atribuir justiça ao uso das rodovias", porém teme que a mudança não seja levada adiante por, talvez, impactar a arrecadação das concessionárias. Nesse sentido, o relator determinou que o valor total destinado à recomposição das perdas de receita das concessionárias, em decorrência do não pagamento de pedágio por usuários da via, não poderá ultrapassar o montante total arrecadado por meio de multas.
Como o texto inicial sofreu modificações, ele agora retorna para análise na Câmara dos Deputados. Depois, caberá ao Poder Executivo regulamentar o sistema de livre passagem. Para os contratos de concessão de rodovias e vias urbanas em que não seja possível implementar o novo estilo de cobrança, a regulamentação deve permitir um termo aditivo para viabilizar a concessão de benefícios tarifários a usuários frequentes, os quais devem ser compensados por descontos em impostos municipais incidentes sobre a receita de exploração da rodovia.
O também advogado Fabio Izidoro, especialista em Direito Regulatório do Miguel Neto Advogados, avalia que, embora o modelo seja mais justo, é difícil de ser colocado em prática por necessitar de maior fiscalização. Além disso, devido à pandemia, acredita que a Câmara tenha outras prioridades e que o assunto só seja votado em 2022.
— Hoje, nossas rodovias têm uma série de acessos, entradas e saídas. É complicado fazer esse controle da quantidade de quilômetros percorridos. Teriam que ser colocados sensores ao longo da estrada e também em todos os carros. Além disso, a conta precisa ser bem feita para que nem o consumidor pague de forma excessiva, nem a concessionária tenha prejuízo — comenta: — Isso tem que ser muito discutido porque, por exemplo, se isso fosse adotado, há locais na região metropolitana em que hoje não se paga pedágio e onde começaria a se pagar.
Fonte : Extra Online
Data : 12/03/2021
BOLSONARO AFIRMA QUE PEC EMERGENCIAL VISA DAR SINAL DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Publicado em 03/12/2021 as
07:07 PM
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira (11), que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019, conhecida como PEC Emergencial, visa dar um sinal de responsabilidade fiscal. No começo da “live”, estava ao lado do presidente o relator da matéria na Câmara, Daniel Freitas (PSL-SC). O deputado relatou explicitamente o pedido de Bolsonaro para que servidores da segurança pública fossem blindados do veto a promoções de carreira previsto no texto tal como veio do Senado.
“Acabamos de aprovar o destaque 2, que suprime (o dispositivo) e vai garantir progressões e promoções, e aí não só para as carreiras da segurança, mas todas as categorias, como da saúde e as demais”, disse Freitas.
Em seguida, em um aceno a sua base e para responder às críticas de policiais e militares sobre a versão inicial do texto, Bolsonaro perguntou: “Polícia Federal está no meio? PRF? Forças Armadas? Polícia Militar? Polícia Civil? Servidores públicos?”, ao que o relator da PEC na Câmara respondeu positivamente: “Todos os servidores, presidente.”
O fim do veto a progressões e promoções automáticas de carreiras do funcionalismo mesmo durante os estados de calamidade ou emergência fiscal, quando há elevado comprometimento das finanças dos Estados, faz parte de um acordo costurado pelo governo na sessão de quarta-feira (10). O objetivo foi evitar que os deputados retirassem todas as contrapartidas fiscais do texto.
A PEC também traz as diretrizes para a nova rodada do auxílio emergencial a vulneráveis, com um teto total de R$ 44 bilhões fora do orçamento de 2021 para o governo federal fazer os desembolsos mensais.
Bolsonaro fez menção aos gatilhos que podem ser acionados pelos Estados quando mais de 95% de sua receita corrente líquida estiver comprometida. “Agora, o governador que decide se vai congelar ou não salário. Ele que vai decidir se vai pedir um socorro ou não quando acender a luz vermelha”, comentou.
Aprovação
A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta sexta-feira (12) a votação da PEC emergencial, que vai abrir caminho à nova rodada do auxílio a vulneráveis na pandemia e criar instrumentos de ajuste nas despesas em momentos de comprometimento severo das finanças de União, Estados ou municípios ou de calamidade nacional.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/03/2021
CÂMARA CONCLUI VOTAÇÃO DA PEC EMERGENCIAL EM 2º TURNO
Publicado em 03/12/2021 as
07:07 PM
A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta sexta-feira (12) a votação da PEC emergencial, que vai abrir caminho à nova rodada do auxílio a vulneráveis na pandemia e criar instrumentos de ajuste nas despesas em momentos de comprometimento severo das finanças de União, Estados ou municípios ou de calamidade nacional.
Após a desidratação que impôs uma derrota à equipe econômica na quarta-feira (10) e permitiu que servidores públicos continuem com o direito à progressão automática nas carreiras e o respectivo aumento nos seus salários mesmo no caso de crise fiscal severa ou calamidade, o governo manteve a base mobilizada para barrar novas mudanças.
Os parlamentares votaram em peso para manter o limite de R$ 44 bilhões para o pagamento do auxílio emergencial, o plano de redução dos subsídios e incentivos tributários à metade em um prazo de oito anos e a possibilidade de usar recursos presos no caixa do governo para abater mais de R$ 100 bilhões da dívida pública. A manutenção da desvinculação do superávit financeiro de fundos foi o último destaque a ser apreciado, com 356 votos a 131.
Com o encerramento da votação, o próximo passo é a promulgação do texto pelas Mesas Diretoras do Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o ato deve ocorrer o mais rápido possível. Segundo ele, o entendimento da Consultoria Legislativa da Câmara é o de que a PEC pode ser promulgada já nesta sexta, mesmo com as mudanças feitas pelos deputados em relação ao texto que veio do Senado.
“Houve destaques supressivos, mas que não alteram a essência da PEC, não alteram o mérito do texto, e a nossa assessoria e os consultores da Casa entendem que, da nossa parte, ela está pronta para promulgação”, afirmou Lira. A decisão final, porém, dependerá da Consultoria Legislativa do Senado.
Após a promulgação, o governo está pronto para editar duas Medidas Provisórias, com vigência imediata: uma para estabelecer as regras da nova rodada do auxílio, outra para abrir o crédito extraordinário que libera os recursos que bancarão o programa.
Após a edição das MPs, o governo assina novos contratos com Caixa e Dataprev para a prestação de serviços ligados à operação do auxílio. Depois, a Dataprev finaliza os cruzamentos, e então a Caixa efetua o pagamento aos beneficiários.
O desenho prevê quatro parcelas mensais de R$ 150 para famílias de uma pessoa só, R$ 250 para a média das famílias e R$ 375 para mulheres que são únicas provedoras da família. O governo prevê contemplar cerca de 45 milhões de pessoas.
Os cálculos foram feitos de acordo com o limite de R$ 44 bilhões e há hoje “pouca gordura” para fazer qualquer alteração no valor dos benefícios, como mostrou o Broadcast.
O texto da MP deve conter um artigo que permitirá a prorrogação do período de quatro meses de pagamento do auxílio. No entanto, segundo apurou o Estadão/Broadcast, o limite de R$ 44 bilhões na prática impede o acionamento dessa extensão. “Precisa de Orçamento para uma prorrogação”, alertou uma fonte que participa das negociações.
Na área econômica, o trabalho é para manter o texto com os R$ 44 bilhões. Há a avaliação de que ainda é muito cedo para saber se o governo precisará ou não lançar uma nova rodada do auxílio para além dos quatro meses que já estão nos planos atuais. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, a doença precisa ser monitorada diante dos sinais de piora em indicadores de casos e óbitos, mas “não dá para ser oportunista”.
Além disso, a área econômica conta com um avanço mais significativo no calendário de vacinação, sobretudo com a promessa da Pfizer de tentar antecipar doses do imunizante para o Brasil.
Na avaliação de duas fontes, é muito cedo para dizer hoje se o governo precisará ou não de mais parcelas do auxílio. Caso elas sejam necessárias, haveria dois caminhos: nova mudança na Constituição, para elevar o limite de R4 44 bilhões, ou decretação de calamidade, uma vez que a PEC já estará promulgada com o novo protocolo para crises agudas.
Acordo
Durante a votação nesta quinta-feira (11), o governo honrou o acordo feito com os deputados para evitar uma desidratação total na PEC. Eles liberaram no texto promoções e progressões das carreiras do funcionalismo mesmo em momentos de crise. Por outro lado, reajustes salariais, inclusive para repor a inflação, poderão ser congelados. Foram 444 votos a favor da mudança no texto e 18 contra.
Na sessão de quarta, com medo de não ter os votos para barrar um destaque do PT, que derrubaria todos os gatilhos, incluindo o congelamento de salários de servidores e outras despesas do governo, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), propôs manter a possibilidade de progressões e promoções nas carreiras, mesmo durante os estados de calamidade ou emergência fiscal (quando há elevado comprometimento das finanças).
A estratégia da equipe econômica foi baseada em cálculos internos sobre o quanto cada uma dessas medidas poderia render de economia aos governos estaduais, municipais e à própria União.
Segundo apurou a reportagem, técnicos calculam que o impacto das progressões na União pode ficar entre R$ 500 milhões a R$ 2 bilhões, a depender da quantidade de servidores com ascensão na carreira programada para o ano. Na média, o impacto é calculado em R$ 1,2 bilhão ao ano. Já nos Estados e municípios, o custo com as progressões é mais elevado e fica entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões ao ano, porque muitos ainda possuem benefícios como triênios ou quinquênios (reajuste automático a cada três ou cinco anos de serviço, respectivamente).
Embora bilionários, esses impactos são menores se comparados à economia potencial com o congelamento de salários de servidores. Só na União, essa medida tem potencial para poupar de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões/ano, valores que precisariam ser gastos caso fosse concedida a reposição da inflação. Nos governos regionais, esse valor é ainda maior. Por isso, a “troca” foi considerada um mal necessário para evitar um desfecho dramático na votação.
A oposição disparou contra a proposta do governo. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) criticou o fato de a PEC não trazer os detalhes do auxílio, enquanto “constitucionaliza o arrocho” nos gastos do governo.
Câmara já tinha barrado desvinculação de fundos
O governo já tinha sido derrotado na votação que tirou da PEC o trecho que tirava o carimbo de R$ 65 bilhões em receitas hoje atreladas a fundos ou despesas específicas. A medida daria maior flexibilidade na gestão do Orçamento e da dívida pública. Os parlamentares derrubaram um dispositivo que daria mais flexibilidade ao governo na gestão do Orçamento ao aprovar destaque do PDT, que retirava do texto a possibilidade de desvinculação de receitas hoje carimbadas para órgãos, fundos ou despesas específicas. Foram 178 votos a favor e 302 contra a retirada – eram necessários 308 votos contrários para manter o texto do relator.
“O governo cedeu um pouco, o plenário da Câmara ajustou”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). “É importantíssimo que nós terminemos hoje essa PEC, para dar tempo de se tomar as providências necessárias e passarmos para outros assuntos, que são justamente a reforma administrativa, com a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já instalada, e a liberação do relatório (da reforma tributária).”
Bolsonaro comemora
O presidente Jair Bolsonaro comemorou a aprovação do texto-base em segundo turno. Ele agiu para desidratar a PEC, abrindo uma negociação para liberar promoções e progressões de funcionários públicos quando houver congelamento de despesas em períodos de crise fiscal para proteger especialmente as carreiras de segurança. A atuação do presidente foi na linha oposta da sua equipe econômica. Guedes e também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atuaram para barrar as modificações e evitar a perda de economia potencial com o texto.
Bolsonaro afirmou que “às vezes, a gente não pode ganhar de 3 a 0, 4 a 0, 5 a 0. Se tiver 2 a 1, foi uma vitória”. “Foi uma vitória que tivemos hoje que soma para que a nossa população tenha dias melhores. Soma para que os investidores tenham cada vez mais confiança”, disse o presidente durante evento online da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, com a participação do Sebrae.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/03/2021
BNDES REGISTRA LUCRO LÍQUIDO RECORDE DE R$ 20,7 BILHÕES EM 2020
Publicado em 03/12/2021 as
07:07 PM
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorde de R$ 20,7 bilhões em 2020, alta de 17% ante 2019, informou nesta sexta-feira, 12, a instituição de fomento. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 7,0 bilhões.
Segundo o BNDES, o resultado do quarto trimestre do ano foi impactado pelas vendas de ações da Suzano e da Vale. A alienação da participação na Suzano contribuiu com R$ 2,4 bilhões para o lucro líquido do quarto trimestre. No mesmo período, a venda de ações da Vale contribuiu com outros R$ 2,4 bilhões para o resultado.
No ano como um todo, a venda de ações contribuiu com R$ 14 bilhões para o lucro líquido de R$ 20,7 bilhões, informou a diretora financeira, Bianca Nasser. O BNDES vendeu R$ 45,5 bilhões em participações acionárias ao longo de 2020.
Segundo o presidente do banco, Gustavo Montezano, apesar da crise, houve “muita liquidez” no mercado ano passado, com “muita demanda” por ativos brasileiros, o que contribuiu para o sucesso do plano de desinvestimentos em participações diretas em grandes companhias. “Desinvestimos de forma organizada, cautelosa e sem afetar o mercado”, afirmou Montezano, em entrevista coletiva online.
Ao mesmo tempo, impulsionados pela ação do BNDES para mitigar a crise da covid-19, os desembolsos para financiamentos ficaram em R$ 64,9 bilhões em 2020, alta de 17% ente 2019, revertendo uma tendência contínua de queda nos últimos anos. Do total de desembolsos, 52% foram direcionados para média, pequenas e microempresas (MPMEs), que, pela primeira vez, ficaram com a maioria dos valores liberados pelo banco de fomento.
A carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, totalizou R$ 446,9 bilhões, o equivalente a 57,4% dos ativos totais em 31 de dezembro de 2020, com acréscimo de 1,2% em relação ao saldo de 31 de dezembro de 2019.
Para Montezano, os resultados de 2020 foram “robustos”, tanto no sentido financeiro quanto na execução de “ações anticíclicas” contra a crise e na execução da mudança estratégica do papel do banco de fomento. No total, o BNDES informou que as ações contra a crise somaram um total de R$ 155,4 bilhões em 2020, incluindo um repasse de R$ 20 bilhões para o FGTS e valores emprestados por bancos comerciais, mas garantidos por um fundo do banco de fomento.
A inadimplência acima de 90 dias caiu de 0,84% em 31 de dezembro de 2019, desconsideradas as operações com honra da União, para 0,01% em 31 de dezembro de 2020. Segundo o BNDES, o patamar é equivalente ao de 2013 e ficou abaixo da média do sistema financeiro (2,12% em 31 de dezembro de 2020). Para Montezano, essa taxa de inadimplência é “virtualmente zero”.
O BNDES terminou 2020 com disponibilidade de caixa de R$ 154,7 bilhões, informou a diretora Nasser.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/03/2021
BNDES DIZ QUE PAGARÁ AO TESOURO R$ 4,9 BI EM DIVIDENDOS NOS PRÓXIMOS MESES
Publicado em 03/12/2021 as
07:06 PM
Após registrar lucro líquido recorde de R$ 20,7 bilhões em 2020, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pagará R$ 4,9 bilhões em dividendos referentes ao resultado do ano passado para o Tesouro Nacional. Segundo a diretora financeira do banco, Bianca Nasser, o pagamento será feito “nos próximos meses”, após aprovação em assembleia de acionistas – embora o único acionista do BNDES seja a União.
O BNDES também repassará R$ 38 bilhões ao Tesouro este mês, em devoluções antecipadas de sua dívida com a União, como anunciado mês passado.
Como revelou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) ano passado, o Ministério da Economia espera receber um total de R$ 100 bilhões do BNDES de forma antecipada neste ano.
Ano passado, o BNDES pagou ao Tesouro R$ 16 bilhões em devoluções da amortização ordinária da dívida com a União.
Questionada se os R$ 62 bilhões restantes serão devolvidos ainda em 2021 de forma antecipada, a diretoria do BNDES não citou valores. Segundo Nasser, o banco se posicionará “em breve” sobre o tema.
Conforme decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que abrange todos os bancos federais, o BNDES está obrigado a acertar, com o Ministério da Economia, um cronograma para a devolução antecipada de toda a dívida com a União. Segundo a diretora financeira do banco de fomento, esse cronograma será entregue ao TCU até o fim deste mês.
“Estamos em fase de negociação. O prazo é até o final deste mês”, afirmou Nasser. “Assim como nas devoluções anteriores, para análise desse cronograma, estamos avaliando a liquidez do banco, a solidez, a gestão de riscos. De fato, temos uma indicação de decisão do TCU, em função de ter sido considerada irregular a emissão de títulos públicos, no passado, para a concessão desses empréstimos”, completou a executiva.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/03/2021
BNDES TERMINA 2020 COM 121 PROJETOS DE CONCESSÃO MANDATADOS
Publicado em 03/12/2021 as
07:06 PM
A “fábrica de projetos” do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ou seja, o portfólio de estruturação de concessões e privatizações, em infraestrutura ou demais áreas do setor público, terminou 2020 com 121 projetos “mandatados”. Esse conjunto de projetos preveem R$ 223 bilhões de capital a ser mobilizado em investimentos diretos, conforme dados apresentados junto dos resultados financeiros de 2020 do banco de fomento.
Em apresentação online, o diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs do BNDES, Fábio Abrahão, destacou alguns setores entre os projetos em estruturação, como saneamento e infraestrutura rodoviária.
O executivo citou a conclusão do leilão de concessão dos serviços de água e esgoto na região metropolitana de Maceió (AL), em setembro, e a concessão de saneamento no Estado do Rio, com licitação marcada para 30 de abril.
“O Brasil tem 20 mil quilômetros de estradas concessionadas. Só na carteira (de projetos em estruturação) do BNDES, temos 15 mil quilômetros”, afirmou Abrahão.
Um ano antes, no fim de 2019, o portfólio do BNDES tinha 57 projetos em estruturação, com investimento direto total estimado em R$ 176 bilhões.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/03/2021
WILSON SONS ADQUIRE PARTICIPAÇÃO NA STARTUP DE TECNOLOGIA MARÍTIMA DOCKTECH
Publicado em 03/12/2021 as
07:05 PM
Por Vitória Fernandes

De acordo com a empresa, com a novidade, a Wilson Sons será capaz de entender o padrão e o comportamento de assoreamento dos portos brasileiros (Imagem: Divulgação/Wilson Sons)
A Wilson Sons (WSON33) informou, na quinta-feira (11) que adquiriu participação e fechou um acordo de excluisividade com a startup israelense de tecnologia marítima Docktech.
De acordo com a empresa, com a novidade, a Wilson Sons será capaz de entender o padrão e o comportamento de assoreamento dos portos brasileiros, prevendo como determinados fatores afetam as condições de navegação e segurança.
“A infraestrutura portuária mundial ainda não oferece instrumentos capazes de determinar com exatidão a real profundidade dos canais de acesso aos portos e dos berços de atracação. Com a solução da Docktech, é possível fazer essa medição de forma mais precisa e, assim, evitar a subutilização da capacidade de carga dos navios, além do desperdício de recursos de dragagem”, explica Márcio Castro, diretor executivo da unidade de negócios de Rebocadores da Wilson Sons.
O sistema funciona da seguinte forma: os rebocadores da Wilson Sons coletam e processam os dados batimétricos (medição da profundidade) dos portos onde estão operando e, por meio do algoritmo da Docktech, monitoram, em tempo real, a profundidade dos berços e canais de acesso.
De acordo com eles, com esses dados, é possível prever mudanças pelo reconhecimento de padrões, garantindo maior segurança para a navegação.
Hoje, a tecnologia já está funcionando nos portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS).
Fonte: Moneytimes
Data : 12/03/2021
FERTILIZANTES E COMBUSTÍVEIS SÃO APOSTAS DO ITAQUI PARA ATENDER AO AGRO
Publicado em 03/12/2021 as
07:05 PM
Informação: EMAP - Porto do Itaqui (12 de março de 2021 )
São Paulo – O Porto do Itaqui (MA) almeja crescer neste ano não só na exportação de grãos, como também na importação de fertilizantes. No ano passado, o porto movimentou 2,8 milhões de toneladas deste insumo, e a perspectiva é passar dos 3 milhões de toneladas em 2021, projeta o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
A continuidade do crescimento da produção agrícola do Matopiba e a entrada em operação do terminal de fertilizantes da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi) devem puxar o aumento. O terminal, com capacidade para 3,5 milhões de toneladas, ficou pronto no fim do ano passado. Antes da inauguração, o fertilizante importado era movimentado exclusivamente por guindastes e moegas rodoviárias até caminhões que ficavam dentro da área operacional do porto. Os veículos então transportavam o produto até terminais de misturadoras localizados perto do acesso a Itaqui.
Com o terminal da Copi já ativo, Itaqui passa a ter operação de fertilizantes dentro do porto. O navio descarrega numa moega de grande porte e o produto segue por esteiras para dentro do terminal, onde são carregados os caminhões que levarão o fertilizante para fora do porto. O terminal tem duas moegas rodoviárias, adequadas para veículos bitrem, tritrem e rodotrem, que conseguem carregar simultaneamente três caminhões ao mesmo tempo. A mudança diminui o tempo de espera de navios para desembarque, reduz a circulação de veículos na área operacional e aumenta a segurança da operação no porto.
“Estamos na expectativa de um crescimento de produtividade muito grande. Vamos sair da faixa de 280 a 300 toneladas/hora e chegar a 750 toneladas/hora”, diz Lago.
A partir do segundo semestre, o porto contará ainda com uma moega ferroviária para fertilizantes. “Aí será possível mudar essa logística que ainda é muito concentrada no Sul e Sudeste. O trem que traz o grão vai descer com o fertilizante”, afirma o presidente do porto. Segundo Lago, isso permitirá que o adubo chegue a um preço mais competitivo ao produtor do Matopiba. “É um ganho considerável para a ferrovia também, porque hoje os vagões voltam vazios.”
Além dos fertilizantes, Itaqui quer ampliar a atuação em combustíveis, também de olho no crescimento do agronegócio, que demanda ambos para aumentar a produção. Quatro terminais para movimentação e armazenagem de granéis líquidos combustíveis vão a leilão neste ano. São duas áreas brownfield (que possuem instalações industriais, cujos contratos venceram) e duas greenfield (para a construção de terminais). O leilão dos quatro lotes será em abril na B3.
“É um tripé: grãos, fertilizantes e combustíveis. Essas três cargas andam muito juntas”, afirma Lago. “Esses investimentos levam em consideração a expansão do agronegócio da região como um todo.”
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/03/2021
PORTO DO ITAQUI PARTICIPA DE ENCONTRO DO CORREDOR CENTRO-NORTE
Publicado em 03/12/2021 as
07:05 PM
Informação: EMAP - Porto do Itaqui (12 de março de 2021 )
O Porto do Itaqui participou, nesta quarta-feira (10), de um encontro virtual promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte (Adecon) e Associação Nacional de Direito Marítimo, Aduaneiro e Portuário (Andmap) para discutir os resultados do Estatístico Aquaviário 2020 da ANTAQ com enfoque no Arco Norte. O presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago, atuou como debatedor ao lado da presidente da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB/MA, Najla Buhatem no evento que contou com palestra do diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Adalberto Tokarski.
O evento, coordenado pelos presidentes da Adecon, Roland Klein Jr., e da Andmap, Claudio Alberto Eidelchtein, integra o esforço coletivo dos diversos representantes de governos, sociedade civil e autoridades portuárias, para fomentar o desenvolvimento sustentável dos estados e municípios do Corredor Centro-Norte, promovendo a melhoria da infraestrutura e dos modais de transportes, incentivando as cadeias produtivas e impactando positivamente no cotidiano das pessoas.
Tokarski apresentou os números dos portos em 2020 e falou sobre a importância da movimentação de contêineres para o desenvolvimento dessa região. “Estamos com a infraestrutura viabilizada, precisamos agora dar um passo a mais. A carga conteinerizada é estratégica para o Maranhão e também para os demais estados e a Adecon tem o papel fundamental de atrair carga para esse corredor, com saída pelo Porto do Itaqui”, afirmou.
Ainda neste ano o Itaqui realizará, com apoio da Adecon, um Road Show por cerca de 15 cidades brasileiras em oito estados para apresentar para o mercado e a sociedade toda a infraestrutura do porto público maranhense e o potencial desta região do país, pela capacidade de movimentar diversas cadeias produtivas. “O Itaqui, por sua localização, conexão multimodal e gestão, é muito estratégico para o sucesso do centro norte do país”, destacou Ted Lago.
O porto público do Maranhão, de 2015 para cá, vem empreendendo um plano de expansão, com recursos próprios e da iniciativa privada, para melhoria da infraestrutura portuária e da logística sustentável em toda a sua área de influência.
Dentre os principais avanços no Itaqui estão um novo berço para movimentação de combustíveis, o Terminal de Grãos do MA operando em sua segunda fase, que junto com o sistema VLI tem capacidade de movimentação de 20 milhões de toneladas, o novo terminal de fertilizantes da COPI, que acaba de entrar em operação como o mais moderno da América Latina, e o novo pátio de contêineres, que possibilitou a retomada da linha regular de cabotagem, com escala semanal. Além de fomentar o mercado regional, essa retomada cria a possibilidade de viabilizar a exportação de carne para o mercado norte-americano e europeu.
O Corredor Centro-Norte abrange os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Goiás, e os Municípios do sul do Pará e do nordeste de Mato Grosso e é interligado ao Matopiba.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/03/2021
PORTO DO RECIFE – NAVIO TOKI ARROW DESCARREGA MAIS DE 30 MIL TONELADAS DE PRODUTOS
Publicado em 03/12/2021 as
07:05 PM
Informação: Porto do Recife (12 de março de 2021 )

Foto: Coordenadoria de Imprensa
Nesta quinta-feira (11), o navio panamenho, Toki Arrow, fez o primeiro desembarque de barrilha (big bag e granel). O material atende demandas da indústria saponácea e de vidreiras.
A operação toda conta com a movimentação de 80 a 100 caminhões por dia e a previsão é de que movimente 30.934 toneladas.
Atracado nessa quarta-feira (10), o navio ainda vai descarregar fertilizantes, utilizado na indústria agrícola, e bobina de aço e de fio metálico, que abastece a indústria metalúrgica.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/03/2021
PARCERIA ENTRE SUAPE E UNESCO VAI INVESTIR MAIS DE R$ 5,7 MILHÕES EM PRESERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE COMUNIDADES DO COMPLEXO
Publicado em 03/12/2021 as
07:04 PM
Informação: Complexo Industrial Portuário de Suape (12 de março de 2021 )

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, assinou, nesta quinta-feira (19), um acordo de cooperação técnica com a organização internacional – Foto: Andréa Rêgo Barros
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) assinaram, nesta quinta-feira (19), um Acordo de Cooperação Técnica para estudo e implementação de estratégias de gestão e preservação dos recursos naturais, patrimoniais e histórico-culturais do Complexo Industrial Portuário de Suape. Além do secretário, participaram do encontro virtual o presidente do ancoradouro, Roberto Gusmão, e representantes da Unesco. O alvo são áreas de interesse dentro do território de Suape, especialmente o Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti (PMAHC). O investimento total será de R$ 5.724.600 e a duração prevista é de três anos.
“Acreditamos que o desenvolvimento econômico precisa caminhar em conjunto com o desenvolvimento socioambiental do território. Temos implantado diversos projetos nesse sentido e essa nova parceria com a Unesco reforça o compromisso de nossa gestão não só com a preservação dos recursos ambientais e culturais do território, mas sobretudo com a inclusão socioprodutiva das comunidades nas soluções a serem implantadas. Nosso objetivo é que as comunidades consolidadas possam tirar o sustento do local onde vivem, ao mesmo tempo em que ajudam a preservá-lo”, afirma Geraldo Julio, que também é presidente para a América do Sul do ICLEI, Rede internacional ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) que promove o desenvolvimento sustentável atuando com cerca de 2 mil governos locais em mais de 100 países.
Com base nessas premissas institucionais, o projeto será desenvolvido e enquadrado numa perspectiva de ordenamento do território, melhoramento das condições sociais e preservação dos recursos naturais. “Tudo isso sob a alçada de um objetivo macro de mitigação e adaptação às alterações climáticas, indo de encontro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) assinados pelo governo Brasileiro no Protocolo de Paris e também fazendo referência à Década da ONU para os Oceanos”, acrescenta Geraldo Julio.
O projeto será dividido em três etapas. A primeira é toda direcionada ao Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti (PMAHC) e consiste na aplicação de modelos de gestão sustentável. A segunda prevê a implementação de estratégias de preservação dos recursos naturais e culturais do complexo. Por fim, a terceira etapa tem o objetivo de capacitar e formar equipes técnicas do território estratégico de Suape que serão relevantes para a continuidade das ações desenvolvidas.
RESULTADOS
“Inicialmente teremos um levantamento intersetorial sobre a biodiversidade, recursos naturais e identificação de toda a infraestrutura do parque, para que possamos receber um estudo concreto da viabilidade econômica, técnica e financeira do local, face às suas características econômicas, sociais e ambientais”, salienta o presidente de Suape, Roberto Gusmão. “Podem ser apontados, por exemplo, os potenciais turísticos do parque, que é tombado pela Fundarpe e abriga construções históricas, como a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré (séc. XVI); as ruínas do Convento Carmelita (1692); o Forte Castelo do Mar e as ruínas do seu quartel (1631); e as ruínas da antiga Casa do Faroleiro (séc. XIX).” Na primeira etapa, estão previstos oito resultados com 23 atividades.
Na segunda etapa, de maior estruturação, serão dois resultados com cinco atividades. “Está previsto um relatório, que, além de apontar quais recursos naturais estão mais ameaçados em Suape, vai propor soluções e estratégias de mitigação, além de subsidiar programas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) a quem utilizar os recursos hídricos e florestais no território, de forma que possamos prestar serviço de compensação ambiental”, explica Gusmão.
Nesta fase também haverá estudos para identificação dos potenciais parceiros e gestores na implementação de um possível “Unesco Global Geopark”, ou seja, um parque geológico. “O Parque Armando Holanda é reconhecido como marco geológico mundial por ser o ponto de ruptura do continente Gondwana, dando origem ao Oceano Atlântico e aos continentes do hemisfério sul. E a Unesco tem defendido a criação de geoparques em regiões como esta, que agrega importância histórica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica e científica. Neles, é possível contar a evolução dos continentes, trabalhando com o tripé conservação, educação e desenvolvimento sustentável”, ressalta o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti.
A capacitação dos stakeholders envolvidos e a divulgação das informações levantadas compõem a terceira etapa, que culmina com um seminário de conclusão do programa. “A construção coletiva de soluções, sensibilização e disseminação do conhecimento entre as comunidades e demais partes envolvidas é fundamental para que todos se apropriem dessas soluções e se beneficiem delas, além de perpetuá-las”, observa a coordenadora de Desenvolvimento Ambiental e Sustentabilidade, Rafaela Viana. “Esta articulação de diferentes planos de ação, modelos de gestão, fomentação da educação e preservação da cultura é o que permite a redução da vulnerabilidade às alterações climáticas. Quando conservamos o meio ambiente, naturalmente temos um reflexo positivo no clima”.
Entre 2016 e 2018, Suape teve outro Acordo de Cooperação com a Unesco, que traz subsídios para esse novo trabalho. Uma das soluções apontadas foi a gestão integrada do PMAHC, cuja viabilidade será detalhada nesse novo projeto.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/03/2021
GERENTE EXECUTIVA DA FENOP FAZ PALESTRA EM LIVE DO FÓRUM BRASIL EXPORT
Publicado em 03/12/2021 as
07:04 PM

Maria Cristina Dutra é membro do Conselho Feminino Brasil Export
O Fórum Brasil Export, por meio do seu Conselho Feminino, promove a Semana da Mulher, discutindo importantes nuances do setor portuário, regulatório e institucional. Na quinta-feira (12/3), a Federação Nacional dos Operadores Portuários (FENOP) foi uma das convidadas, com a palestra da Gerente Executiva da FENOP e componente do Conselho Feminino Brasil Export, Maria Cristina Dutra, que trouxe sua experiência dentro do segmento. O tema da live foi: “Movimento de Incentivo à inclusão da mulher e da equidade de gênero no setor de logística e de infraestrutura.”
Cristina trouxe um debate sobre a participação das mulheres trabalhadoras avulsas nos portos organizados que iniciou, segundo os dados, em Pernambuco, no ano de 1983, com o ingresso das primeiras representantes femininas na atividade de conferência de cargas. “Hoje não temos dados estatísticos para saber ao certo o quantitativo de mulheres/TPAs que trabalham no setor. Precisamos incentivar e motivar as mulheres a participar de todas as atividades, identificando, quantificando e as qualificando”, afirmou.
Cristina destacou que a FENOP é composta por mulheres em todo o seu setor administrativo e falou dos seus desafios pessoais de ser uma mulher negra. Ela atuou dentro da área portuária, tanto no setor privado, quanto no setor público, e disse enfrentar dificuldades diárias. No entanto, ressaltou que isso a move e a motiva para conquistar seu espaço.
O Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária Brasil Export contou com a participação de diversas entidades e faz as lives durante toda a semana em alusão ao dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/03/2021
PL DA CABOTAGEM PODE OFERECER INCREMENTO A ÁREAS OCIOSAS NOS PORTOS
Publicado em 03/12/2021 as
07:03 PM
Além do incentivo ao crescimento da cabotagem, o Projeto de Lei (4199/2020), BR do Mar, poderá proporcionar também aumento na movimentação portuária. De acordo com o diretor de gestão portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Mário Povia, a transferência de uma carga rodoviária para a cabotagem pode permitir a ocupação transitória de áreas portuárias, tanto no porto de origem quanto no de destino, caso tenha áreas ociosas.
Desse modo, segundo ele, o projeto tende a possibilitar que os portos menores se apropriem da demanda da cabotagem, o que pode ser importante do ponto de vista do aproveitamento de infraestrutura. “Nós temos portos que têm condições de receber esses contratos de uso temporário de áreas”, disse durante ‘Webinar BR do Mar: Desafios e Perspectivas para a Cabotagem, realizado nesta quarta-feira (10).
Ele lembrou que a lei prevê essa possibilidade, e que isso pode fazer com o que o operador multimodal pense em um rearranjo logístico de suas cargas. Porém, ele também destacou que isso vai depender da dinâmica das medidas de estruturação logística e do nível de adesão das empresas.
De acordo com o diretor, para receber o incremento de cargas é importante que ocorra um redimensionamento nos portos menores, como em termos de rebocadores, de práticos para atender as embarcações, entre outros aspectos. Já nos portos maiores, caso seja relevante o incremento pela cabotagem, se faz necessário o início do controle de tráfego, com VTMIS, além de áreas de fundeio. “Isso obriga os terminais a ter um nível de eficiência maior”, pontuou.
Povia afirmou ainda que para além do BR do Mar, outras medidas precisam ser adotadas para garantir a multimodalidade que é um aspecto fundamental para a cabotagem. Além do provimento de infraestrutura portuária, também é importante a redução da burocracia com a adoção do documento único, sem contar no debate em torno da redução do combustível bunker. “A cabotagem depende de uma estruturação multimodal. Ela demanda mais infraestrutura fazendo isso em larga escala”, completou.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 12/03/2021
DIRETOR DA ANTAQ APRESENTA RESULTADOS DO ESTATÍSTICO AQUAVIÁRIO EM EVENTO DA ADECON/ANDMAP
Publicado em 03/12/2021 as
07:03 PM
O encontro foi promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte – Adecon
Odiretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Adalberto Tokarski, participou na última quarta-feira (10) de videoconferência sobre os resultados do Estatístico Aquaviário de 2020, com foco na movimentação e no transporte de cargas no chamado Arco Norte.
O encontro foi promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte – Adecon e pela Associação Nacional de Direito Aduaneiro e Portuário – ANDMAP, e reuniu especialistas e autoridades do setor portuário, como o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago, e a presidente da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB-Maranhão, Najla Buhatem.
Em sua apresentação, Tokasrki lembrou que após a Lei nº 12.815, que retirou a exigência de os TUPs movimentarem preponderantemente carga própria, houve um boom de investimentos no setor. “Até 2013, nós tínhamos cerca de cem TUPs e ETCs, hoje, passamos de duzentos. Ou seja, são alguns milhões de reais que vêm sendo investidos, modernizando, melhorando e aumentando a oferta de infraestrutura portuária”, observou.
Segundo o diretor da ANTAQ, considerando o volume de cargas movimentadas, 99% das exportações brasileiras passam pelos portos marítimos e fluviais, representando em valores (US$) 88% do total exportado. Em 2020, o sistema portuário nacional (portos públicos e portos privados) movimentaram 1,151 bilhões de toneladas de cargas, +4,2% em comparação ao movimentado em 2019.
Entre as principais mercadorias movimentadas para exportação nos portos brasileiros, destaque para o minério de ferro, com uma participação de 52% do total; soja (12%); petróleo (7%); açúcar e milho, ambas representando 5% de participação do total de cargas movimentadas para exportação cada.
Em relação à movimentação por tipo de instalação portuária, a operação dos terminais privados aumentou 39,9% contra 31,6% dos terminais públicos nos últimos nove anos, o que, segundo Tokarski, se deve, em boa parte, à entrada em operação de novos terminais privados autorizados no sistema portuário nacional.
Comentando sobre o escoamento da soja e do milho, o diretor da ANTAQ destacou que a movimentação das duas mercadorias no Porto do Itaqui vem crescendo ano a ano, e a tendência é crescer cada vez mais. Contudo, o diretor da ANTAQ chama a atenção para o fato de que, depois de muitos anos funcionando sem problemas, o fluxo de caminhões na BR-158, em Mato Grosso, foi interrompido este ano. “Isso não pode voltar a acontecer, sob pena de termos essa logística afetada e perdermos investimentos”, apontou.
Tokarski também fez referência a problemas no escoamento da soja e do milho pela Saída Norte, devido ao mau estado de conservação do asfalto em trecho de rodovia, no Pará, em direção ao Tocantins, para chegar na Ferrovia Norte-Sul. Segundo o diretor da ANTAQ, esses gargalos podem afetar a competitividade do Arco Norte e o escoamento das cargas pelo Porto do Itaqui:
“O tramo sul, da Norte-Sul, acabou de ser inaugurado. Com isso, se o corredor para o norte não estiver todo estruturado, vai perder carga para o sul”, salientou. E concluiu: “Temos uma ferrovia estruturante e o maior investimento já foi feito. Agora é trabalhar no fomento dessa saída pelo corredor norte”.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 12/03/2021
LEILÕES DE ÁREAS EM ITAQUI E PELOTAS SERÃO EM 9 DE ABRIL ÀS 15H
Publicado em 03/12/2021 as
07:03 PM
Serão leiloadas quatro áreas no Porto do Itaqui (MA) e uma em Pelotas (RS)
Devido a uma readequação de cronograma junto à B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão, a Comissão Permanente de Licitação de Arrendamentos Portuários da ANTAQ alterou o horário da sessão pública dos leilões abaixo para 15h, no dia 9 de abril. O local será o mesmo: na B3, Rua XV de Novembro, nº 275, Centro, São Paulo – SP.
Leilão nº 06/2020-ANTAQ - IQI03
Arrendamento da área denominada IQI03, destinada à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos de combustíveis, localizada no Porto de Itaqui, no estado do Maranhão.
Leilão nº 07/2020-ANTAQ - IQI11
Arrendamento da área denominada IQI11, destinada à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos de combustíveis, localizada no Porto de Itaqui, no estado do Maranhão.
Leilão nº 08/2020-ANTAQ - IQI12
Arrendamento da área denominada IQI12, destinada à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos de combustíveis, localizada no Porto de Itaqui, no estado do Maranhão.
Leilão nº 09/2020-ANTAQ - IQI13
Arrendamento da área denominada IQI13, destinada à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos de combustíveis, localizada no Porto de Itaqui, no estado do Maranhão.
Leilão nº 10/2020-ANTAQ - PEL01
Arrendamento da área denominada PEL01, destinada à movimentação e armazenagem de carga geral, especialmente toda de madeira, no porto organizado de Pelotas.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 12/03/2021
ANTAQ REALIZARÁ NA SEGUNDA-FEIRA (15) AUDIÊNCIA VIRTUAL PARA LICITAÇÃO DE ÁREA NO PORTO DE SUAPE (PE)
Publicado em 03/12/2021 as
06:56 PM
A audiência pública virtual tem por objetivo debater sobre os documentos técnicos e jurídicos relativos à realização do certame licitatório do terminal portuário, que estão em consulta pública no Portal da Agência (https://www.gov.br/antaq/pt-br)

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ realizará nesta segunda-feira (15), a partir das 15h, audiência pública virtual para obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório referente ao arrendamento de terminal portuário destinado à movimentação e armazenagem de granéis vegetais, granéis minerais e carga geral, localizado no Complexo Portuário Governador Eraldo Gueiros/Porto de Suape, denominada área SUA07.
A audiência pública virtual terá a seguinte dinâmica: a) Toda a sessão virtual será transmitida via streaming a toda a internet, gravada e disponibilizada no canal da ANTAQ no Youtube; b) Não é necessária inscrição para assistir à audiência pública; c) Os interessados em manifestar-se na audiência deverão se inscrever pelo aplicativo de mensagens "Whatsapp" no número (61) 2029-6940.
O período de inscrição será das 10h às 14h do dia 15 de março de 2021; d) Os interessados poderão enviar sua contribuição por vídeo, áudio ou até mesmo por escrito no "Whatsapp"; e) Os interessados também poderão se manifestar entrando na sala de reunião criada no aplicativo "ZOOM". Para isso, no ato de inscrição, o interessado deverá se manifestar nesse sentido e encaminhar seu endereço eletrônico de login no "ZOOM" para ser convidado a entrar na sala na sua vez; e f) Em caso de problemas computacionais para utilização da ferramenta "ZOOM" será realizada uma segunda tentativa de conexão ao final de todas as contribuições ou o interessado poderá encaminhar sua contribuição pelo "Whatsapp".
Link de transmissão: https://youtu.be/1TpBNFTPnNs
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 12/03/2021
FREDERICO BUSSINGER: REFORMAS PORTUÁRIAS: MEIOS E FINS
Publicado em 03/12/2021 as
06:56 PM
Atual ciclo de reformas se assenta sob três eixos: arrendamentos, TUPs e desestatização
Por Frederico Bussinger
O atual ciclo de reformas portuárias se assenta sob três eixos: arrendamentos (renovações e leilões), Terminais de Uso Privado/TUPs (autorizações) e desestatização (privatização) das autoridades-administradoras (AAP).
Arrendamentos foram carro-chefe da lei de 1993 e, em ritmos variáveis, vêm ocorrendo desde então. TUPs sempre existiram, mas foram impulsionados pela lei de 2013. Desestatizações das AAP, ainda por serem efetivadas, é a novidade e grande aposta desse ciclo. O objeto de todos três é o “ativo”; e a métrica, o investimento (a se distinguir o estimado, o comprometido e o efetivado!).
A abertura autorizada por D. João VI, em 1808, foi a primeira grande inflexão nos portos nacionais. Destaquem-se outras, por mais marcantes: i) final do Séc. XIX; ii) anos-30; iii) final dos anos-50; iv) anos-70; v) anos-90; vi) início do Sec. XXI.
Uma curiosidade: ao longo desses mais de dois séculos, o Brasil esteve sob gestão de império, república e ditadura; e passou por períodos de depressão e boom econômico. Mas as motivações e justificativas para tais reformas portuárias guardam grandes similaridades – é o que se depreende da leitura dos planos associados, da exposição de motivos dos projetos de lei e/ou discursos de autoridades da época. Em síntese: i) enfrentar e eliminar gargalos logísticos; ii) reduzir custos; iii) viabilizar investimentos; e iv) destravar burocracia.
Respectivamente, dois objetivos fins, e dois insrumentais.
Na literatura econômica, é quase consenso que a única fonte de crescimento sustentado, a longo prazo, é o aumento de produtividade. Também para elevação da qualidade de vida da população, é um dos fatores essenciais (a par da distribuição de renda e serviços públicos).
Nesse sentido, os portos brasileiros têm feito sua parte. A comparação do porte e, principalmente, da produtividade e da competitividade do Porto de Santos, desde o início aos anos 90, p.ex, o ilustra: i) cerca de 33 Mt/ano eram movimentados, um quarto do total atual (146 Mt em 2020); ii) a soja, recém chegada ao Porto, enchia um navio panamax em três a quatro semanas, hoje dois dias; iii) o açúcar, também incipiente, era embarcado a 100 t/h nos velhos navios “pirangueiros”, hoje mais de 2.000 t/h; iv) de 400.000 t/a (1988), essa commodity hoje movimenta 24,1 Mt/ano (20) o que, a par da Embrapa, contribuiu decisivamente para impulsionar o “cluster” sucroalcooleiro/sucroenergético no Estado; v) 8 ct/h, quando do leilão do Tecon (SET/97), hoje mais de 100 ct/h (recordes seguidamente batidos); vi) custos de “elevação” do açúcar na casa de US$ 40-44/t (safra 93/94), hoje cerca de US$ 8,00; vii) os dos contêineres foram reduzidos em mais de 60%!
Essa verdadeira “revolução” resultou de maciços investimentos, particularmente em mecanização e automação portuária, viabilizados pela delegação das operações à iniciativa privada (uma possibilidade da lei e um desiderato da política governamental de então). Mas resultaram, também, de diversos rearranjos operacionais, organizacionais e de gestão como, p.ex, a implantação do turno de trabalho, coincidente (capatazia + estiva) de seis horas, em regime 24/7.
Doravante novas infraestruturas portuárias precisarão ser implantadas, pois a existente está praticamente esgotada (fisicamente ou por obsolescência tecnológica). Mas, para novos ganhos de produtividade e avanços nas condições de competitividade, investimentos são necessários, mas não bastam: redesenhos de regulação e governança (como, p.ex, a articulação porto-ferrovias da Baixada Santista) e, principalmente, uma efetiva abordagem logística precisam nortear as reformas – temas para próximos artigos.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 12/03/2021
GOVERNO ANUNCIA IMPLANTAÇÃO DA JANELA ÚNICA AQUAVIÁRIA
Publicado em 03/12/2021 as
06:49 PM
Iniciativa é fruto de ações dos ministérios da Infraestrutura e Economia
Da Redação

A JUA pretende facilitar e agilizar as operações nos portos (Carlos Nogueira)
O Governo Federal anunciou a implantação do projeto Janela Única Aquaviária (JUA). A iniciativa é resultado de ações dos ministérios da Infraestrutura e da Economia. O objetivo é racionalizar processos e eliminar redundâncias, burocracias e procedimentos desnecessários nas atividades de comércio exterior. Como consequência, espera-se uma melhoria do ambiente de negócios e atração de investimentos.
A JUA integra dois sistemas fundamentais para a entrada e a saída de embarcações no cais santista – o Porto sem Papel (PSP), administrado pelo Ministério da Infraestrutura, e o Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex), da Receita Federal.
Além dessas janelas, os usuários precisam, em alguns casos, acessar outros sistemas de órgãos de governo também responsáveis pelas autorizações de estadia de embarcações.
De acordo com o Ministério da Economia, o cenário percorrido por agentes logísticos e de comércio exterior, marcado por redundâncias entre os sistemas Portal Único Siscomex e PSP, demonstra a importância da JUA, já que aproximadamente 80% das operações de comércio exterior, em valor, ocorrem por meio do modal de transporte aquaviário.
Para atingir esse objetivo, o projeto será implantado em etapas progressivas. O primeiro passo, ainda neste ano, será o mapeamento e o redesenho dos processos de carga e trânsito aquaviário, em parceria com o setor privado.
A previsão é de que a JUA esteja totalmente implantada até 2023. A partir daí, estima-se uma economia de R$ 10 bilhões anuais para os operadores logísticos e de comércio exterior.
No início do ano, foi anunciada a criação do grupo de trabalho conjunto para detalhar o planejamento de implementação da JUA. Também foram definidos os participantes dessa equipe e, ainda, discutidas as diretrizes de atuação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), braço tecnológico que opera e desenvolve os dois sistemas e que irá operacionalizar a integração.
Na ocasião, entidades que representam usuários do Porto de Santos comemoraram a medida, que deve agilizar os processos.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 12/03/2021
PROJETO DO TRT FACILITA ACORDOS ENTRE TPA E OGMO NO PORTO DE SANTOS
Publicado em 03/12/2021 as
06:34 PM
Iniciativa já permitiu que quase 420 portuários avulsos recebessem R$2,6 milhões
Da Redação

TPA em operação no Porto de Santos: Ogmo tem buscado conciliação (Carlos Nogueira/AT)
Um projeto desenvolvido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) encerrou ações antigas através de acordos entre trabalhadores portuários avulsos (TPA) e o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) do Porto de Santos. Mais de R$ 2,6 milhões foram destinados aos trabalhadores apenas neste ano. Outros R$ 1,5 milhão já estão disponíveis para acordos a serem efetivados até junho.
De acordo com TRT-2, quase 420 trabalhadores que aguardavam o recebimento dos seus créditos na lista por ordem cronológica, muitos deles há mais de dez anos, já foram beneficiados. Outros 500 processos esperam ainda pagamento.
A iniciativa faz parte de um projeto que reúne processos em fase de execução envolvendo uma mesma parte. No caso do Ogmo-Santos, as audiências foram realizadas pelo Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas da Baixada Santista (CejuscBaixada).
O corregedor regional, desembargador Sergio Pinto Martins, ressalta a importância desse esforço em aproximar as partes e permitir a solução de processos em execução de empresas com dificuldades econômicas. “Por essa iniciativa, partes com pouco fluxo de caixa, como o Ogmo, por exemplo, conseguem quitar muitos débitos e vários trabalhadores conseguem satisfazer seus créditos. E no geral não é isso que acontece, pois ou ninguém recebe ou apenas alguns”, afirmou.
Desde o ano passado, o Ogmo disponibiliza R$ 517 mil ao mês exclusivamente para acordos. As audiências ocorrem após a criação de pautas extras de conciliação pelo Cejusc-Baixada, sendo conduzidas pela juíza-supervisora Sandra Sayuri Ikeda e pela coordenadora do setor, Bianca Barbosa Salomão.
Desfecho
Segundo o TRT, um dos casos com final feliz foi o de um trabalhador que aguardava na lista há quase 13 anos. Por meio do projeto, ele teve seu processo encerrado com um acordo que garantiu R$ 1,1 milhão para pagamento imediato.
No mês passado, cerca de 400 trabalhadores representados pelo Sindicato dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia do Porto de Santos receberam R$ 450 mil, também pela via conciliatória.
Ogmo
Procurado, o Ogmo informou que tem buscado a conciliação com os trabalhadores por intermédio do Cejusc para solução dos processos judiciais. “Este projeto está alinhado com o planejamento estratégico da entidade que busca, não apenas sanar questões que foram 12/03/2021 Projeto do TRT facilita acordos entre TPA e Ogmo no Porto de Santos
levadas ao judiciário no passado, mas também atuar em importantes frentes que objetivam a valorização da mão de obra avulsa portuária”.
O que fazer
Os trabalhadores portuários avulsos (TPA) que ainda têm valores a receber do Ogmo e tem estão com os processos judiciais já concluídos podem procurar a sessão de conciliação do TRT. Isso pode ocorrer pelo site do órgão, no Portal da Conciliação, ou pelo e-mail cejuscbaixada@trtsp.jus.br.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 12/03/2021
PORTOS BRASILEIROS TÊM PELO MENOS 3 BLANK SAILINGS PREVISTOS PARA MARÇO
Publicado em 03/03/2021 as
06:52 PM
Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 03 Março 2021

Arquivo/Divulgação
Até o momento, 29 escalas para portos nacionais já foram canceladas, sendo 16 em razão desses cancelamentos. Serviço que vai do Brasil para a costa leste dos EUA é o que está com mais navios atrasados, aponta levantamento.
Um levantamento da Solve Shipping identificou que há, ao menos, três blank sailings previstos para março na costa brasileira. Até o momento, 29 escalas para portos nacionais já foram canceladas, sendo 16 em razão desses cancelamentos. Os terminais que devem ser mais afetados são de operadores de contêineres da região Sul, com pelo menos 11 cancelamentos, e alguns Tecons do complexo portuário de Santos, com outros três. A consultoria constatou um atraso médio de 2,2 dias e que 36 navios estão fora da janela, antes mesmo de chegar à costa brasileira. Esses mais de 30 navios fora da janela representam cerca de metade dos navios planejados que deveriam chegar ao Brasil com as janelas rotineiras.
O panorama é ruim tanto para os donos da carga, quanto para armadores, que precisam cancelar portos e ter que sair com capacidade em aberto, deixando receita para trás, num momento de alta demanda e fretes elevados. Leandro Carelli Barreto, sócio-consultor da Solve, observa que o nível de serviço no mundo caiu abruptamente nesse começo de 2021. "Antes, para cada três navios, um chegava atrasado — 33% de atraso na média. Hoje, para cada navio que chega no horário/janela da atracação, um chega fora da programação correta", analisou Barreto.
O boom do e-commerce turbinou o transporte marítimo mundial a partir da China, que concentra um grande número de fábricas de bens de consumo. O home office alavancou as vendas do varejo durante a pandemia. A expectativa é que, à medida em que os planos de imunização avancem, os países se abram novamente e as pessoas voltem a viajar, o consumo pela internet se estabilize e a demanda por serviços de transporte marítimo volte aos patamares anteriores à pandemia. "A atividade hoje está muito pressionada. Uma vez que o varejo se estabilize, a navegação também se estabilizará", comentou Barreto.
No oeste dos EUA, por conta do grande aumento da demanda do varejo, os terminais estão trabalhando sob forte pressão. Além disso, muitos trabalhadores foram afastados por testar positivo para Covid-19, afetando a produtividade dos principais portos locais. Com isso, os navios voltam atrasados para a China, desalinhando toda a programação. Na primeira semana de fevereiro, mil estivadores haviam sido diagnosticados com o novo coronavírus no Porto de Los Angeles e precisaram ser afastados, o que causou um grande atraso naquele porto. No começo de fevereiro, havia 27 navios operando e 41 navios aguardando atracação nos portos da Califórnia, gerando um tempo médio de espera para atracação de oito dias. Atualmente já são cerca de 30 dias.
Os congestionamentos também vêm ocorrendo, em menor grau, na costa leste norte-americana. O serviço que vai do Brasil para a costa leste dos EUA é o que está com mais navios atrasados: pelo menos cinco, sendo um com seis dias, outro com quatro e outro com três dias. Já nos serviços com a Europa há navios com atrasos de até quatro dias. Os reflexos no tráfego marítimo na costa brasileira ocorrem, principalmente, quando os navios que retornam atrasados da costa oeste norte-americana para a China são carregados no mesmo porto em que navios que fazem rotas com o Brasil. A disputa pelos mesmos terminais e berços causam um efeito cascata de atrasos, que podem ocasionar cancelamentos.
Além dos problemas nas rotas da Ásia com os EUA, as novas regras aduaneiras em razão do Brexit prejudicaram os níveis de serviço na Europa. Muitos navios ficam além do tempo médio esperando autorização para descarregar no Reino Unido. "O nível de serviço caiu no mundo inteiro e o Brasil não ficou de fora dessa realidade", observou Barreto. Esse cenário também colaborou para que os fretes atingissem valores recordes. "Pagar a mais por um serviço pior vem gerando muitos problemas para muitos importadores e exportadores", resumiu Barreto.
Outro agravante observado são as situações climáticas adversas pelo mundo, como a tormenta na Ásia, há algumas semanas, que pressionou ainda mais as operações em portos do continente, que já enfrentavam problemas nas rotas com os Estados Unidos. Recentemente, o Porto de Itajaí (SC) ficou fechado por cinco dias devido ao mau tempo. As consequências desse quadro são navios chegando fora de janela em terminais com grande utilização de janelas, correndo risco de migrar para outro terminal para não atrasar os serviços. Este ano, por exemplo, cinco navios que iriam para a BTP acabaram sendo deslocados para terminais da margem direita de Santos.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 03/03/2021
BAIXA CONCORRÊNCIA NA NAVEGAÇÃO E DEMANDA MUNDIAL POR MATÉRIA PRIMA IMPACTAM FRETES, DIZ ECONOMISTA
Publicado em 03/03/2021 as
06:52 PM
Por Dérika Virgulino NAVEGAÇÃO 02 Março 2021

De acordo com ele, a alta dos preços nos serviços de transporte de cargas pressionam inflação no Brasil.
O preço no transporte de cargas vem sofrendo alterações desde o início da pandemia, provocando impacto direto na economia dos países, incluindo o Brasil, muito dependente do comércio internacional. Mas para o economista e professor da ESPM, Leonardo Trevisan, no atual contexto não é apenas a incerteza com a pandemia que estão pressionando os fretes marítimos. Segundo ele, a demanda por matéria prima em todo o mundo, em razão da recuperação econômica, e a baixa concorrência na navegação marítima no Brasil estão entre os principais motivos para a elevação nos preços dos fretes cobrados.
Trevisan afirmou que existe em curso um processo de recuperação econômica e de ativação dos setores econômicos que demandam matérias primas. A subida nessa demanda aumenta a pressão sobre os fretes, tendo em vista, especialmente, que tal recuperação é desigual, isto é, não ocorre em todos os setores e países da mesma forma. Assim, para ele, não existe dúvida de que o crescimento econômico nos centros econômicos do mundo, como na China e Estados Unidos afetará os preços dos fretes, pois estes estarão ainda buscando recuperação do lucro perdido ao longo de 2020.
Outro fator que impacto o frete marítimo no Brasil é a baixa concorrência no mercado de navegação. Ele citou o levantamento realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que mostra o número reduzido de empresas de navegação no país. De acordo com os dados da CNI, em 2015 existiam 23 em empresa, e em 2019 esse número caiu para 14. Sendo que desses, oito são grandes companhias acopladas em três grandes alianças empresariais globais, e que dominam 2/3 desse mercado.
O resultado desse contexto na logística comercial é, por sua vez, o impacto nas taxas inflacionárias. Trevisan afirmou ser indiscutível que o preço dos fretes e “um certo descuido” com a atividade portuária no Brasil, resultam em uma maior intensificação no ciclo inflacionário. “É um ponto consensual que o preço do frete tem um impacto bastante significativo na composição da inflação, sobretudo no Brasil, tão dependente da navegação externa”, frisou.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 03/03/2021
FINEP LANÇA SEGUNDA EDIÇÃO DO PRÊMIO MULHERES INOVADORAS
Publicado em 03/03/2021 as
06:52 PM
Dentre os temas de atuação das startups estão logística, transporte, agronegócio e petroquímica.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançou em dezembro de 2020 o edital da segunda edição do Prêmio Mulheres Inovadoras, do Programa Mulheres Inovadoras. A iniciativa visa estimular a representativa feminina no cenário do empreendedorismo no Brasil, por meio de capacitação e reconhecimento dos empreendimentos. As inscrições se encerram próximo dia oito de março, Dia Internacional da Mulher.
O programa irá oferecer um prêmio de R$ 100 mil para até dez startups selecionadas e que irão concorrer regionalmente. As startups de cada região do país serão avaliadas por atuarem dentro de dois grandes temas prioritários: competitividade produtiva e qualidade de vida. O primeiro tema engloba startups que têm como objetivo trazer inovações em setores como transporte, logística, agronegócio e petroquímica.
Dentre as condições para participar do programa, a startup deve ter pelo menos uma mulher entre seus empreendedores, na função executiva ou gerencial. Além disso, o empreendimento deve ter apresentado, em um período de um ano (de janeiro a dezembro de 2020), uma receita bruta igual ou inferior a R$ 4,8 milhões.
Serão avaliados critérios de mercado, isto é, as características e funcionalidades dos produtos; de inovação, como os desafios tecnológicos e parcerias para inovação, bem como o critério de equipe, que inclui perfil acadêmico e profissional das mulheres empreendedoras.
A premiação ocorrerá no segundo semestre deste ano, mas ainda sem data definida.
As inscrições serão feitas diretamente pelo site da Finep em: http://finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/659
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 03/03/2021
NOVA ALTA DO PETRÓLEO REFORÇA MUDANÇA NA PETROBRAS, DIZ BOLSONARO
Publicado em 03/03/2021 as
06:52 PM
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (3) que o preço do petróleo no mercado internacional deve subir mais nas próximas semanas, impactando novamente o preço dos combustíveis no Brasil. Para ele, isso reforça a necessidade de troca do comando da Petrobras.
No mês passado, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para assumir a presidência da estatal, no lugar de Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo. O mandato de Castello Branco acaba em 20 de março e a troca ainda precisa ser deliberada pelo Conselho de Administração da Petrobras.
Bolsonaro participou, nesta quarta-feira, em Brasília, de um encontro com embaixadores de países do Golfo Pérsico, região que concentra a maior parte da produção de petróleo do mundo. “Falei sobre petróleo e eles acham que o preço ainda não está muito adequado, pode ser que tenhamos uma alta no petróleo nas próximas semanas. Isso complica pra gente e reforça nosso interesse em efetivamente mudar o presidente da Petrobras”, disse o presidente ao deixar a residência do embaixador do Kuwait no Brasil, Nasser Riden T. Almotairi.
O presidente reforçou que não se trata de uma interferência na estatal, mas que a empresa pode colaborar com outros órgãos em medidas como combate a cartéis e adulteração de combustíveis e na diversificação do mercado de refino de petróleo.
“Tem uma refinaria, de um dos embaixadores, que está operando com 70% da capacidade. Lamento informar, mas parece que poderíamos estar refinando mais e há interesses, que estamos apurando, em refinar menos para nos obrigar a importar o óleo diesel, o que encarece o produto final aqui no Brasil”, explicou Bolsonaro.
Preços dos combustíveis
Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Ontem (3), o preço da gasolina, do diesel e gás de cozinha aumentaram novamente nas refinarias.
Na segunda-feira (1º), o governo editou um decreto e uma medida provisória que zera as alíquotas da contribuição do PIS e da Cofins, impostos federais, incidentes sobre a comercialização e a importação do óleo diesel e do gás liquefeito de petróleo (GLP) de uso residencial. Em relação ao diesel, a diminuição terá validade durante os meses de março e abril. Já para o gás de cozinha a medida é permanente.
Para Bolsonaro, é importante agora que o Congresso aprove o projeto de lei complementar enviado pelo Executivo que altera a forma de cobrança do ICMS, que é um imposto estadual, sobre combustíveis e lubrificantes. O texto propõe que haja uma incidência única do ICMS sobre esses produtos.
Atualmente, o ICMS sobre combustíveis, cujas alíquotas variam de 12% a 35%, dependendo do estado, é cobrado a partir do preço médio do litro do combustível vendido na bomba e, por isso, seu custo costuma ser repassado ao consumidor final.
A proposta torna o ICMS invariável por causa do preço do combustível ou de mudanças do câmbio e, se for aprovada na versão apresentada pelo governo, os contribuintes do ICMS sobre combustíveis serão os produtores ou importadores de combustíveis e lubrificantes.
“É para se dar previsibilidade. Ninguém quer interferir ou pressionar governador em nada. Agora, não pode quando aumenta preço dos combustíveis aqui [na refinaria], com aumento levando em conta a variação do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro, isso automaticamente vale para aumentar outros impostos”, disse Bolsonaro.
O presidente falou também sobre a intenção do Brasil em participar da Fase 3 de testes do spray nasal EXO-CD24, contra a covid-19, que está sendo desenvolvido por um hospital de Tel Aviv, em Israel. De acordo com Bolsonaro, já há um rascunho de acordo de intenção para os testes e, neste sábado (6), uma equipe chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo irá ao país para fazer contato com os pesquisadores.
Para o presidente, os testes do produto no Brasil serão bem aceitos. “Afinal, é para pessoas em estado grave, não tem porque recusar”, disse.
Assim como as vacinas, os estudos de medicamentos são divididos em várias etapas e, para acontecerem no Brasil, precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na Fase 3, de testes clínicos, o medicamento é administrado a uma grande quantidade de pessoas, normalmente milhares, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança.
Fonte: Agência Brasil - DF
Data : 03/03/2021
NÃO HÁ CRISE ENTRE O BRASIL, CHINA E ESTADOS UNIDOS, DIZ MINISTRO
Publicado em 03/03/2021 as
06:51 PM
Ernesto Araújo disse que crise com embaixador chinês está superada
Por Gesio Passos – Brasília

Ernesto Araujo – Foto: Andre Coelho/Bloomberg
O ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, afirmou hoje que não há crise entre o Brasil, China e Estados Unidos. Na coletiva de imprensa sobre a política externa, realizada, nessa terça (02), Araújo disse que a crise com embaixador chinês no país está superada.
No ano passado, a Embaixada da China respondeu ao deputado Eduardo Bolsonaro, que acusou o país oriental de espionagem cibernética com a tecnologia 5G. A representação chinesa disse que a posição do filho do presidente era inaceitável e que ele defendia os interesses do governo americano.
Ernesto Araújo também disse que o Brasil prioriza as relações com os Estados Unidos e que essa postura não mudou com a derrota de Donald Trump na eleição.
O chancelar comentou o pedido de um senador americano para que o governo brasileiro se posicionasse em relação a invasão da sede do parlamento dos Estados Unidos por apoiadores de Trump.
O ministro das relações exteriores defendeu a atuação do país em relação as pautas ambientais e disse que o Brasil foi convidado pelos Estados Unidos para uma nova cúpula do clima neste ano.
Araújo disse ainda que a política externa brasileira está comprometida com inserção do setor industrial do país no mercado internacional e com o apoio do Brasil ao combate ao narcotráfico.
Edição: Joana Lima
Fonte: Agência Brasil - DF
Data : 03/03/2021
FISCALIZAÇÃO NASSAÍDAS DE MANAUS É QUASE INEXISTENTE
Publicado em 03/03/2021 as
06:51 PM
Nem temperatura dos passageiros nos aeroportos, rodoviária ou portos da cidade é acompanhada
Por Liege Albuquerque — Para o Valor, de Manaus
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/w/V/Ekcx3ER5GiSESGnq25GA/foto03bra-201-manaus-a2.jpg)
Movimento de carretas em um dos portos de Manaus: sem fiscalização — Foto: Euzivaldo Queiroz/Pawe Comunicação
O Ministério da Saúde e o governo do Amazonas têm parte da responsabilidade pela variante B1 da covid-19 se espalhar pelo Brasil, de acordo com o epidemiologista da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana.
Diferentemente do que aconteceu no Reino Unido nesta semana, em que pacientes com a nova cepa brasileira do coronavírus foram imediatamente isolados, no Amazonas pessoas doentes começaram a ser transferidas para outros Estados,, logo após o colapso nos hospitais pela falta de oxigênio, no dia 14 de janeiro, sob ordem do ministério e orquestrado pelo governo estadual.
“Não é coincidência grandes cidades colapsando, como Porto Alegre e São Luis, 20 dias depois desse envio massivo de pacientes com a nova variante”, destacou Orellana. “Claro que essa distribuição da nova cepa não foi só dessa forma, mas também pela falta de fiscalização nos voos de carreira, onde pessoas infectadas saíram da cidade com medo de não encontrarem hospital em agravamento. Todo o problema teria sido evitado com montagem de hospital de campanha em Manaus e vigilância epidemiológica e sanitária efetiva nos portos e aeroportos.”
A crise da falta de oxigênio em Manaus, que durou pelo menos dez dias e está sendo sanada pela produção em dobro do gás pela White Martins, construção de usinas próprias em hospitais ou doações coincidiu com o surgimento da nova cepa, mais infecciosa, no Amazonas.
A Fiocruz publicou, no dia 13 de fevereiro, nota técnica descrevendo a nova variante em estudo que sugere que “as cepas, detectadas em viajantes japoneses que tinham passado pela região amazônica, evoluíram de uma linhagem viral no Brasil, que circula no Amazonas. (...) Os achados apontam ainda que a mutação detectada na variante B1 é um fenômeno recente, provavelmente ocorrido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021”.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES), de 15 de janeiro a 10 de fevereiro deste ano, 542 pacientes com covid-19 foram transferidos para outros Estados. Até a tarde de segunda-feira, 369 haviam retornado ao Amazonas. Receberam pacientes os Estados de Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, além do Distrito Federal.
No aeroclube de Manaus, os voos de UTIs aéreas saem pelo menos quatro vezes por semana, segundo a administração do aeroporto particular. A Infraero, que administra o aeroporto internacional de Manaus, informou que a fiscalização sobre a covid-19 cabe à Anvisa e às companhias aéreas. Mais de 50 voos deixam Manaus por semana com destino a outros Estados e ao exterior (Estados Unidos, Argentina, Venezuela e Panamá).
Em janeiro, 156 mil pessoas saíram de Manaus pelo aeroporto internacional. O mês de fevereiro ainda não está contabilizado, segundo a Infraero.
De acordo com a Anvisa, não é aferida a temperatura dos passageiros nos aeroportos, rodoviária ou portos de Manaus. Em nota, a agência informa que a fiscalização sanitária em todo o Brasil segue o mesmo padrão, “com orientações sobre sinais e sintomas da covid19 e cuidados básicos como lavagem regular das mãos, uso de máscaras, cobertura da boca e nariz ao tossir e espirrar e distanciamento social de um metro”.
Desde janeiro, o governo do Amazonas vem publicando semanalmente novos decretos flexibilizando cada vez mais o “lockdown” parcial no Estado. Na semana passada, permitiu a abertura de shoppings, academias e marinas para conserto e reparos de barcos. Viagens de barcos dos portos de Manaus para o interior do Amazonas ou outros Estados nunca foram proibidas. Desde novembro nenhum navio de cruzeiro internacional atracou na cidade.
Nos portos de Manaus não há nenhuma fiscalização sobre passageiros que embarcam em navios intermunicipais ou interestaduais. No porto Manaus Moderna, o mais movimentado, em qualquer horário do dia é possível ver pessoas sem máscara carregando bagagens.
Segundo a Capitania dos Portos, cerca de 30 barcos partem de Manaus diariamente, com circulação diária de cerca de 3 mil pessoas. Durante uma semana, em janeiro, o Pará proibiu a atracagem em seus portos de barcos provenientes do Amazonas.
Também na rodoviária de Manaus a circulação de pessoas sem máscaras é comum, embora sejam obrigadas a usá-las para embarcar nos ônibus. Há ônibus para os Estados de Roraima, Acre e Rondônia e para a Venezuela com horários diários. Segundo a administração da rodoviária, ainda não foram fechados os números de passageiros que viajaram neste ano, mas pelo menos mil pessoas circulam pelo local diariamente. Os passageiros não têm sua temperatura aferida.
Desde o início da pandemia, um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (Ufam) monitora casos de covid-19 no Amazonas. Os dados publicados em 28 de fevereiro apontam que houve redução de 19% na média de novos casos nesta última semana em relação a 14 dias atrás. A média da última semana, de 1.505 casos por dia, ainda é 2,2 vezes maior que a na primeira semana de dezembro.
Segundo boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), foram registrados ontem 1.576 novos casos no Estado, totalizando 318,2 mil confirmações da doença, com 74 óbitos registrados - já são 11 mil desde o início da pandemia.
Há 1.053 pacientes internados, sendo 588 em leitos (112 na rede privada e 476 na rede pública), 452 em UTI (135 na rede privada e 317 na rede pública) e 13 em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de saúde.
Há ainda outros 201 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 148 estão em leitos clínicos (26 na rede privada e 122 na rede pública), 33 estão em UTI (cinco na rede privada e 28 na rede pública) e 20 em sala vermelha.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 03/03/2021
EM OPERAÇÃO INCOMUM, PARANAGUÁ EXPORTA FUBÁ PARA O CONGO SEM USO DE CONTÊINER
Publicado em 03/03/2021 as
06:51 PM
Lote de 6,18 mil toneladas de farinha de milho será exportada como carga geral, modalidade em que o embarque ocorre diretamente no porão do navio
Por Fernanda Pressinott, Valor — São Paulo
Nesta semana, o porto de Paranaguá (PR) vai embarcar um lote de 6,18 mil toneladas - ou 247,2 mil sacas, de 25 quilos cada - de fubá para o Porto de Matadi, na República Democrática do Congo. Esta é a segunda operação de exportação da farinha de milho feita nessa modalidade, conhecida como "break bulk", ou carga geral, na qual o embarque ocorre diretamente no porão do navio.
Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, produtos alimentícios como o fubá geralmente são exportados em contêineres por Paranaguá. “Por isso, chama a atenção quando o embarque é realizado nessa outra modalidade. No ano passado, no fim de março, fizemos o primeiro embarque de fubá e, pelo jeito, abriu-se um novo mercado”, diz em nota.
A empresa responsável pelo carregamento é a Marcon. O fubá embarcado saiu de Rio Verde (GO) e Apucarana (PR).
“A operação anterior, em 2020, abriu mercado não apenas para o fubá na modalidade break bulk, mas também para o embarque de outros produtos alimentícios que geralmente são exportados em contêineres, como feijão em saca, por exemplo, sobre o qual já fomos consultados”, diz, também na nota, Patrick Ferreira Tavares diretor comercial da empresa. Segundo ele, com a alta dos preços dos fretes há uma hora em contêineres para o embarque desses alimentos causada pela pandemia, alguns exportadores têm optado pelo embarque direto no porão do navio.
Além do fubá, o navio Sun Aquamarine também levará 22,8 mil toneladas de açúcar, em 456 mil sacas de 50 quilos cada. O produto tem origem no Estado de São Paulo e vai para o mesmo importador africano.
Em 2020, a Marcon exportou 8 mil contêineres carregados de feijão pelo porto de Paranaguá. De Fubá, a empresa embarcou 2,32 mil unidades em 2020.
“Seguimos exportando o fubá e outros produtos alimentícios, em sacas, nos contêineres. No caso da farinha de milho, é um produto que tem movimentação todos os meses, o ano todo”, afirma Tavares.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 03/03/2021
PETROBRAS PODERIA TER SUBSÍDIO FOCADO PARA CAMINHONEIRO, DIZ PARENTE
Publicado em 03/03/2021 as
06:51 PM
Questionado na Live do Valor sobre a política de preços e a troca de comando na estatal, ex-presidente da empresa disse que discussão
precisa ser aprofundada
Por Felipe Saturnino, Valor — São Paulo
O melhor modelo para a política de preços de combustíveis da Petrobras seria na linha de fazer um subsídio bastante dirigido e bastante focado para caminhoneiros, disse Pedro Parente, sócio-fundador da EB Capital e presidente da estatal entre 2016 e 2018, na abertura da Live do Valor desta quarta-feira.
“Como um cartão de caminhoneiro, o que certamente é algo complexo, mas é certamente melhor do que abrir mão de receita pública, beneficiando os consumidores em geral de diesel e de gasolina”, afirmou Parente, perguntado sobre a referência mais adequada para a política de preços da estatal, após a indicação de troca de comando da companhia pelo governo federal.
O administrador de empresas também ponderou que, naturalmente, o assunto “é uma coisa que precisa ser aprofundada”.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 03/03/2021
DÓLAR DESPENCA APÓS LIRA DESCARTAR BOLSA FAMÍLIA FORA DO TETO
Publicado em 03/03/2021 as
06:50 PM
O pregão tenso desta quarta-feira cedeu espaço para uma recuperação impressionante do real na última meia hora de negociação
Por Marcelo Osakabe, Valor — São Paulo
O pregão tenso desta quarta-feira cedeu espaço para uma recuperação impressionante do real na última meia hora de negociação. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), descartou a possibilidade de colocar o Bolsa Família fora do teto de gastos, fez a moeda americana desabar mais de 11 centavos e ameaçar fechar em terreno negativo. Após tocar R$ 5,6374 na mínima intradiária, o dólar operou volátil até encerrar praticamente estável, em alta de 0,05%, a R$ 5,6659. Na máxima do dia, a moeda bateu R$ 5,7720.
Em um dia em que as preocupações com a nova rodada de restrições impostas por governo estaduais para limitar o avanço da pandemia da covid-19, preocupações fiscais e também um cenário externo negativo, nem a injeção do equivalente a US$ 2 bilhões pelo Banco Central através de swaps cambiais havia sido suficiente para trazer maior tranquilidade ao câmbio.
No entanto, a preocupação central dos agentes, como se pode ver na reta final do pregão, era com uma nova manobra de senadores para tirar o Bolsa Família do teto de gastos. Segundo apurou o Valor, uma ala de lideranças da Casa passou a articular a medida para abrir espaço para obras no Orçamento. A exclusão do programa abriria um espaço de R$ 34,9 bilhões.
Após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e com integrantes do Planalto, Lira refutou a ideia. “Quero deixar claro que são infundadas todas as especulações sobre furar o teto. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto. Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade”, escreveu em seu perfil no Twitter.
“Arthur Lira
@ArthurLira_
Quero deixar claro q/ são infundadas todas as especulações sobre furar o teto. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto.Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade.”
Lira reforçou seu posicionamento a jornalistas. “Esta fala é para deixar bem claro que todas as especulações que rondaram ou sondaram no dia de hoje são infundadas. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto de gastos. Notícias especulativas não contribuem para o clima de estabilidade, de previsibilidade do nosso país”, disse.
“Não há a intenção nem a vontade, nem acredito que aconteça nenhuma votação dessas PECs no Senado e na Câmara que ameacem o teto de gastos públicos.”
Além disso, outro fator positivo foi a decisão, oficializada com a complementação de voto do relator Marcio Bittar (MDB-AC) de limitar em R$ 44 bilhões o gasto com o novo auxílio emergencial este ano. Até então, a proposta não trazia limite para os gastos com o benefício.
A reação dos ativos foi imediata e o efeito continua mesmo após o fechamento do mercado à vista. O contrato de dólar para abril, o mais líquido, caía 1,43%, a R$ 5,6060 por volta das 17h50.
A “intervenção verbal” de Lira também colocou o real entre as melhores moedas do mundo, em um dia fortemente negativo para emergentes. De olho nos avanços dos rendimentos das Treasuries, as bolsas americanas operaram em queda firme durante todo o pregão, minando o apetite por risco. No horário de fechamento, o dólar subia 1,68% contra o peso mexicano, 0,13% frente ao rublo russo e 0,93% ante o rand sul-africano.
"O risco de sobreaquecimento, inflação e retirada antecipada de liquidez ainda é baixo, porém vem crescendo nas últimas semanas. Devido ao modo como o mercado está posicionado hoje e ao preço e valuations de algumas classes de ativos, este cenário representa um risco de maior probabilidade do que o anterior, mesmo ainda não sendo o cenário base", escreveu o sócio-gestor da TAG Investimentos, Dan Kawa, em seu perfil no Twitter. "No Brasil, ainda vivemos em um momento de mais dúvidas do que certezas. A agenda econômica ainda é uma incógnita, deveremos iniciar um ciclo de alta da Taxa Selic, o ambiente político requer atenção e a pandemia acelera a passos largos nas regiões mais ricas e produtivas do país."
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 03/03/2021
MINISTRO DO TCU DEFENDE PAGAMENTO DE AUXÍLIO POR MP PARA EVITAR ESTRAGO NO TETO DE GASTOS
Publicado em 03/03/2021 as
06:58 PM
O posicionamento de Bruno Dantas é importante porque o Ministério da Economia o tempo todo cobrou a aprovação de uma PEC para a nova rodada do benefício alegando a necessidade de cumprimento das regras fiscais
Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas saiu a campo em defesa da edição de uma medida provisória (MP) para a concessão do auxílio emergencial sem a necessidade de aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). É uma tentativa de saída para evitar que a votação da PEC que autoriza uma nova rodada do auxílio desfigure o teto de gastos, a regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação.
Segundo Dantas, o auxílio emergencial não depende de aprovação de PEC. “Basta uma medida provisória de abertura de crédito extraordinário”, postou no Twitter, enquanto no Senado parlamentares tentam tirar o Bolsa Família do teto de gastos na mesma proposta de retomada do auxílio.
Dantas disse que alterações constitucionais permanentes nos fundamentos fiscais do País devem ser feitas com “muita reflexão”.

Bruno Dantas
Segundo o ministro Bruno Dantas, uma nova rodada do auxílio emergencial não depende de aprovação de PEC. Foto: Gabriela Biló/Estadão - 1/6/2020
O posicionamento do ministro do TCU é importante porque a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, o tempo todo cobrou a aprovação de uma PEC para a edição do auxílio emergencial alegando a necessidade de cumprimento das regras fiscais. O temor do ministério da Economia é com o risco de crime de responsabilidade fiscal.
A PEC blinda o governo para que o pagamento do auxílio seja feito por fora das regras fiscais, incluindo o teto de gastos e também a meta fiscal deste ano. Além disso, prevê um "protocolo de crise" para acionar medidas de ajuste de gastos no futuro, incluindo o congelamento de salários dos servidores.
A preocupação manifestada por Dantas é que a votação da PEC sirva para o objetivo oposto, desfigurar o teto de gastos. “Fragilizar o teto de gastos não é bom caminho”, recomendou.
A votação da PEC está prevista para esta quarta-feira, 3, com a intensificação do movimento de governistas para tirar o Bolsa Família do teto de gastos.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/03/2021
SE PEC QUE LIBERA AUXÍLIO FOR APROVADA HOJE, 14 ESTADOS JÁ PODEM CONGELAR SALÁRIO DE SERVIDOR
Publicado em 03/03/2021 as
06:50 PM
Possibilidade está prevista no texto que cria uma nova rodada do benefício para os mais vulneráveis; PEC permite acionar medidas de ajuste sempre que despesas obrigatórias excederem 95% das receitas
Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Números do Tesouro Nacional apontam que 14 Estados teriam condições fiscais para decretar estado de emergência fiscal e acionar medidas de controle de gastos, os chamados gatilhos, como o congelamento dos salários dos servidores.
Essa possibilidade está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prevê uma nova rodada do auxílio emergencial para os mais vulneráveis, prevista para ser votada hoje no Senado, e faz parte do coração de contrapartidas que a equipe econômica quer manter no texto.
Senado
Senado deve votar hoje Proposta de Emenda à Constituição que retoma o pagamento do auxílio emergencial por causa da pandemia. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Pela proposta, as medidas de ajuste seriam acionadas sempre que as despesas obrigatórias primárias (ou seja, sem contar os juros da dívida) excedessem 95% das receitas correntes.
Boletim dos entes subnacionais de 2020, com dados de 2019, aponta Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins com nível acima de 95% de despesas. Minas Gerais, por exemplo, o valor estava em 105,2%.
O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, diz que os dados de 2019 mostram uma realidade mais fidedigna porque em 2020 os Estados receberam uma injeção de transferências do governo adicional por causa da pandemia da covid-19 que não tende a se repetir. Ou seja, a métrica da PEC vai ser a do bimestre que o Estado decretar emergência fiscal. A trava de 95% para acionamento dos gatilhos é apurada em um período de 12 meses.
Os gatilhos são praticamente os mesmos já previstos no teto de gastos, regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação, sendo reforçados pela proibição de aumento no valor de benefícios indenizatórios e vedação de progressão ou promoção de carreira que impliquem em aumento de gasto. Não poderá ser ampliado gasto com pessoal, seja via reajustes ou criação de vantagens e auxílios, seja via contratação ou alteração de estrutura de carreira. O acionamento é facultativo, mas não há necessidade de autorização do Legislativo.
Caso a despesa corrente ultrapasse 85% da receita corrente, também haverá a opção de acionamento dos gatilhos, mas nesse caso é necessária a aprovação do Poder Legislativo local.
Notas
O patamar de 95% é utilizado pelo Tesouro para dar a nota aos Estados e municípios. Essa nota define quem tem ou não acesso a empréstimos com garantia da União (se o Estado dá calote, o governo federal cobre).
Na União, o secretário estima que o patamar de 95% de despesas seria atingido entre 2024 e 2025. “Ficou faltando (na legislação) a parte perene e olhar para o bom funcionamento da regra fiscal para o futuro e é isso que a PEC está fazendo”, diz o secretário. Segundo ele, a proposta traz uma boa previsibilidade das despesas para trazer mais credibilidade e confiança de que vai ter um correto funcionamento do teto de gastos.
Para a especialista em contas públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Vilma Pinto, é um erro deixar na PEC a palavra “poderão” para o acionamento dos gatilhos, deixando facultativo aos governadores. “Não vai ter tanta efetividade se não colocar isso como uma regra fiscal impositiva. Fica a critério de cada Estado e município. Não tem como avaliar a efetividade”, diz.
Segundo ela, a medida é válida porque, observando as despesas correntes e as receitas correntes, não têm muita flutuação por efeitos atípicos como investimento. Vilma destaca que a tabela do Tesouro representa uma média ponderada dos três últimos anos. “É bom porque traz uma perspectiva intertemporal porque em 2020 teve muito recurso extraordinário”, diz Vilma, que acompanha em detalhes as contas dos Estados e municípios.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/03/2021
PETROBRÁS: RISCO DE AÇÕES NA JUSTIÇA LEVOU CONSELHEIROS A PEDIREM PARA NÃO TER MANDATOS RENOVADOS
Publicado em 03/03/2021 as
06:50 PM
Membros do conselho também estão preocupados com futuro do projeto da empresa, que não previa intervenção do governo
Por Luciana Dyniewicz, O Estado de S.Paulo
A notícia de que acionistas da Petrobrás se preparam para entrar com ações coletivas contra a empresa foi um dos motivos que levaram quatro membros do conselho de administração da petroleira a pedirem, na terça-feira, 2, para não ter seus mandatos renovados. Um outro já havia manifestado a intenção de não ser reconduzido pelo governo. Segundo apurou o Estadão, há a preocupação de que os conselheiros, como pessoas físicas, acabem sendo atingidos nos processos e fiquem, por exemplo, com os bens bloqueados na Justiça. “O risco ficou muito grande”, afirmou um dos membros do colegiado, sob condição de anonimato.
Os acionistas da estatal ameaçam ir à Justiça após o presidente Jair Bolsonaro decidir retirar Roberto Castello Branco da presidência da estatal por não concordar com a política de reajuste de preço do combustível conforme as variações do mercado internacional. O general Joaquim Silva e Luna é apontado para substituir Castello Branco.
Além do risco jurídico, outra apreensão no colegiado é com a continuidade do projeto que vinha sendo desenvolvido na empresa, no qual não havia espaço para interferências do governo federal. “(O motivo da saída) não é o novo presidente. Nada contra ele, mas, sim, contra a sinalização que está sendo dada (com a mudança no comando). Para que mudar alguém que está indo muito bem?”, questionou um dos conselheiros que está deixando o colegiado.
“(Antes,) o governo estava deixando a empresa ter sua gestão. Havia um conselho bom, com competências diversificadas. Pessoal sério. Diretoria executiva competente e fazendo uma transformação na Petrobrás em todos os sentidos. Tem muita coisa de melhorias sendo feita nas áreas digital e de recursos humanos. É uma transformação ampla, com planejamento estratégico bem definido e elaborado. Estava sendo bem executado. Aí, de repente, tem uma intervenção dessa. Para mim, aquele projeto está em duvida”, acrescenta o mesmo membro.
Na semana passada, os conselheiros aprovaram a convocação de uma assembleia extraordinária de acionistas que decidirá sobre a troca no comando da companhia. Apesar de a maioria dos membros ter aprovado a decisão, que atende um pedido do governo, eles eram contra a mudança na presidência. A preocupação com a possibilidade de que a Petrobrás entrasse em uma crise ainda maior caso a assembleia não fosse convocada, porém, prevaleceu, e eles optaram por convocar a reunião.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/03/2021
PRESIDENTE DA CAIXA SEGURIDADE, JOÃO EDUARDO DACACHE, É COTADO PARA COMANDAR O BANCO DO BRASIL
Publicado em 03/03/2021 as
06:49 PM
Nome tem apoio do ministro Paulo Guedes e dos presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e do Banco Central, Roberto Campos Neto
Por Aline Bronzati, O Estado de S.Paulo
O presidente da Caixa Seguridade, João Eduardo de Assis Pacheco Dacache, está entre os nomes cotados para presidir o Banco do Brasil, substituindo o atual ocupante do posto, André Brandão, apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa, de acordo com fontes, é de que o martelo quanto ao novo responsável pelo cargo seja batido ainda nesta semana.
O nome de Dacache já foi aprovado em partes e tem crivo do Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal; Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, ainda falta a sanção do presidente Jair Bolsonaro, que é quem indica o presidente do BB.

Dacache acumula passagens em outros setores da Caixa e também em bancos privados. Foto: Linkedin
Por conta disso, ainda não teria sido feito um convite oficial ao presidente da Caixa Seguridade, conforme fontes. No entanto, a expectativa é de que o executivo aceite, caso seu nome agrade Bolsonaro, dizem as mesmas fontes.
O avanço do nome de Dacache sinaliza o fortalecimento do presidente da Caixa no governo Bolsonaro, ao mesmo tempo que um menor poder de fogo de Paulo Guedes. O ministro da Economia vinha tentando trazer um nome de fora do universo de Brasília, seguindo sua agenda liberal. Dentre os cotados, cogitou o do ex-Itaú Unibanco Márcio Schettini.
Currículo
Com mais de três décadas de mercado financeiro, Dacache tem abraçado diferentes missões no governo Bolsonaro. Foi vice-presidente de Atacado da Caixa, na gestão de Pedro Guimarães, onde criou tal estrutura no banco. Na sequência, foi escalado para um cargo de presidente, comandando a Caixa Seguridade, holding de seguros do banco e que está prestes a se listar na bolsa.
Além disso, o executivo tem passagens pela iniciativa privada, em nomes como o do Santander Brasil e o banco Safra. Acumula, assim, experiência tanto do lado do varejo bem como do atacado bancário.
O futuro presidente do BB assumirá o posto após somente cinco meses de Brandão ter sentado na cadeira. Desgastes com Bolsonaro levaram o executivo, vindo do HSBC, a decidir abandonar o cargo. Pesou, sobretudo, o plano anunciado por Brandão em janeiro último, com o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários, que irritou Bolsonaro e levou à fritura do executivo.
Procurado, o BB não comentou.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/03/2021
BOLSONARO: PETRÓLEO DEVE SUBIR, E ISSO REFORÇA TROCA NA PETROBRAS
Publicado em 03/03/2021 as
06:49 PM
Por Eduardo Militão em Brasília
Depois de uma conversa com diplomatas do Kuwait em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o preço do petróleo deve subir. Na sua avaliação, isso demonstra a necessidade de troca no comando da Petrobras.
O presidente esteve com o embaixador do Kuwait no Brasil, Nasser Riden Almotairi, por volta da hora do almoço de hoje. O país é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Ao sair, o presidente disse que os árabes não estão satisfeitos com o preço do produtoFonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/03/2021
BOLSONARO DIZ QUE VAI APURAR SE HÁ 'ALGUM INTERESSE' PARA FORÇAR BRASIL A IMPORTAR ÓLEO DIESEL
Publicado em 03/03/2021 as
06:49 PM
Presidente diz que país poderia aumentar capacidade de refino e volta a se queixar de preços de combustíveis
Por Daniel Gullino

O presidente Jair Bolsonaro, após reunião com embaixadores do Golfo Pérsico Foto: Daniel Gullino/Agência O Globo
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que está investigando se há "algum interesse" que faça com que o Brasil refine menos petróleo, para que tenha que importar mais óleo diesel, o que encareceria o preço do combustível no Brasil.
A declaração foi feita após uma reunião com embaixadores de países do Golfo Pérsico, na residência do embaixador do Kuwait em Brasília. Bolsonaro relatou que um dos embaixadores presentes relatou que uma refinaria do seu país opera abaixo da sua capacidade e disse que isso pode ocorrer no Brasil.
— Tem uma refinaria, de um dos embaixadores, do país dele, que está operando com 70% apenas da capacidade. Lamento informar, mas parece que nós poderíamos estar refinando mais. E há algum interesse, estamos apurando se isso é verdadeiro ou não, em refinar menos para nos obrigar a importar óleo diesel, o que encarece o produto final aqui no Brasil.
Apesar do Brasil produzir mais petróleo que consome, a maior parte desse óleo não pode ser refinado no Brasil. O parque nacional de refino é antigo e não suporta grande parte do petróleo que é extraído no país hoje.
O presidente também disse que foi relatado a ele na reunião desta quarta de que pode haver uma alta no preço do petróleo nas próximas semanas e disse que isso reforça a necessidade de trocar o comando da Petrobras.
— A notícia não muito boa, que falei sobre petróleo, obviamente, eles acham que o preço ainda não está muito adequado. Pode ser que tenhamos uma alta do petróleo nas próximas semanas. Isso complica para a gente. Isso reforça nosso interesse em efetivamente mudar o presidente da Petrobras porque nós queremos não interferir, como nunca interferimos, isso nunca existiu.
De acordo com Bolsonaro, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, indicado por ele para comandar a Petrobras, pode atuar em parceria com outros órgãos, como a Agência Nacional de Petróleo (ANP) ou o Inmetro, para combater fraudes e cartéis.
— Não falei "desfaz (o aumento) na semana que vem". Agora, a Petrobras pode colaborar com outros órgãos no combate a cartéis, adulteração de combustível e na questão de diversificarmos o máximo possível a questão das refinarias.
Questionado sobre a saída de quatro membros do Conselho de Administração da Petrobras, Bolsonaro respondeu que "talvez" seja um ato de solidariedade em relação ao atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco, mas voltou a defender Silva e Luna.
— Conversei rapidamente com o Bento hoje, resolveram sair talvez por solidariedade. O que nós queremos é que o nome do Silva e Luna seja aprovado. Ele preenche todos os pré-requisitos.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 03/03/2021
GUEDES, CAMPOS NETO E PEDRO GUIMARÃES INDICAM NOVO PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL
Publicado em 03/03/2021 as
06:48 PM
Nome será avaliado por Bolsonaro
Por Manoel Ventura e Geralda Doca
BRASÍLIA — O ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, chegaram num consenso para a presidência do Banco do Brasil.
Os três indicaram o atual presidente da Caixa Seguridade, Eduardo Dacache, para presidir o BB, após André Brandão entregar o cargo.
A intenção é que o aval dos três dê força para a indicação de Dacache. Mas a indicação final será do presidente Jair Bolsonaro. Integrantes do governo avaliam que Dacache tem grande chance de assumir o cargo.
Dacache foi escolhido porque tem mais de 30 anos de atuação no setor financeiro, incluindo passagens pela Caixa, pelo Banco Safra e pelo Santander.
De acordo com interlocutores do ministro, Guedes vê em Dacache um nome que manteria o “alto nível” de administração do BB. Guedes avaliou que Dacache tem condizido bem a Caixa Seguridade e está tocando o processo de abertura de capital da instituição financeira.
O martelo ainda não foi batido porque há outros nomes disputando a vaga de presidente do BB, de acordo com fontes que acompanham o assunto.
Um nome defendido por pessoas ligadas ao Palácio do Planalto é do vice-presidente de Assuntos Corporativos do BB, Mauro Ribeiro Neto, assim como o do vice-presidente da rede de varejo do Banco do Brasil, Carlos Motta dos Santos.
André Brandão pediu para deixar a direção do BB na semana passada, depois de desentendimentos com Bolsonaro. O problema começou em janeiro, quando o executivo anunciou um plano de demissão voluntária e fechamento de 361 agências, inclusive com a saída do banco de alguns municípios.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 03/03/2021
MINISTÉRIO DA SAÚDE DEVE FECHAR COMPRA DE VACINA DA PFIZER NESTA QUARTA-FEIRA
Publicado em 03/03/2021 as
06:48 PM
Em reunião com prefeitos, Pazuello afirmou que quer assinar contrato ainda hoje para compra de 100 milhões de doses
Por Paula Ferreira
BRASÍLIA— O Ministério da Saúde quer assinar acordo com a Pfizer para aquisição de 100 milhões de doses vacinas ainda nesta quarta-feira. O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, se reúne nesse momento com a famacêutica. Mais cedo, em reunião na Confederação Nacional de Municípios, Pazuello afirmou que já havia entrado em contato com o responsável da empresa para agilizar os trâmites.
— Já mandei chamar o cara da Pfizer e já hoje mesmo começaremos a tratar dos trabalhos — afirmou Pazuello durante a reunião nesta tarde. — Hoje eu quero fechar a Pfizer.
O projeto de lei aprovado na Câmara na última terça-feira que autoriza União, estados e municípios a assumirem responsabilidade por possíveis efeitos adversos de vacinas adquiridas contra a Covid-19, levou o ministro a decidir pela compra do imunizante. O Ministério se queixava de que as cláusulas da farmacêutica eram "abusivas e leoninas" por exigir a responsabilização da União.
A expectativa é que o Ministério da Saúde compre 100 milhões de doses da vacina da Pfizer com imunizantes chegando a partir de maio. A maior parte dos lotes seria entregue no segundo semestre.
Na terça-feira, governadores se reuniram com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para discutir sobre ações de combate à pandemia. Na ocasião, Lira se comprometeu em atuar para garantir o cronograma de vacinação no país.
A vacina da Pfizer é a única a ter registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), isso significa que o imunizante pode ser comercializado e aplicado amplamente na população.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 03/03/2021
CVM PODE INVESTIGAR OPERAÇÕES SUSPEITAS COM AÇÕES DA PETROBRAS; CONSELHEIROS ENTREGAM CARGOS
Publicado em 03/03/2021 as
06:48 PM
Por epbr - 3 de março de 2021 - Em Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo.gaudarde@epbr.com.br
em jogo
A CVM detectou uma movimentação atípica em operações na B3 que podem indicar o vazamento de informação privilegiada sobre a mudança no comando da Petrobras. Segundo informações da Folha e do Estadão, apesar das chances de abertura de investigação, ainda não há decisão nesse sentido. Folha/Estadão
— De acordo com a colunista Malu Gaspar, em O Globo, foram duas negociações feitas por uma mesma corretora, a Tullet Prebon, na quinta, 18 de fevereiro, com movimentos atípicos. As operações antecederam a live de Bolsonaro afirmou que o reajuste de preços dos combustíveis teria consequências para o presidente da Petrobras. Jornal Nacional
Quatro dos 11 conselheiros da Petrobras recursaram a recondução ao cargo na próxima assembleia geral extraordinária da companhia, em mais um capítulo da conturbada substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, por decisão de de Jair Bolsonaro.
— “Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados as alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses”, afirmou Omar Carneiro da Cunha.
— O executivo foi presidente da Shell Brasil até meados da década de 1990. Paulo Cesar de Souza e Silva, João Cox Neto e Nivio Ziviani também deixam o conselho. Todo são indicados pelo governo federal.
— “Na nossa opinião esta é uma notícia negativa e acreditamos que pode levar o governo a ter a uma maior influência sobre as decisões da empresa, dependendo do resultado final da eleição do conselho”, diz o relatório do Credit Suisse. Valor
O ministro da Economia, Paulo Guedes, justificou que a demissão de Castello Branco foi uma forma de Bolsonaro dar satisfação aos caminhoneiros. “Para o público caminhoneiro, que são eleitores típicos, fiéis do presidente Bolsonaro, o presidente deu uma satisfação: ‘tirei o cara que disse que não liga para vocês e tirei todos os impostos’.” Valor
— Bolsonaro, por sua vez, prometeu que o subsídio do diesel será permanente. “Esses dois meses é o prazo para gente estudar como a gente mantém, como a gente vai conseguir de forma definitiva o zero de impostos federais em cima do óleo diesel”, afirmou a apoiadores em Brasília, nesta terça (2).
— Ontem, entrou em vigor a desoneração de impostos federais em março e abril. Se vingar, o subsídio permanente poderá ultrapassar R$ 20 bilhões por ano. epbr
— O ministro também defendeu que a estatal deve pagar “dividendos sociais”. Vamos pegar os dividendos da Petrobras e entregar uma parte para o povo brasileiro. A parte que nós temos, vamos entregar então. Temos uma ideia de fazer algo parecido um pouco à frente”. Valor
Óleo em alta, colocando em dúvida se a trajetória de desaceleração dos preços vai se manter. Matéria da Reuters citando fontes da OPEP afirma que o grupo está considerando manter os cortes de produção, o que favorece a alta do preço da comodity ao manter o controle da oferta por mais tempo.
— Ontem, a expectativa com a reunião do OPEP+ na quinta fez os preços do petróleo recuarem para o menor nível em duas semanas.
— Os contratos futuros do Brent terminaram a sessão em queda de US$ 0,99 (-1,6%), a US$ 62,70 o barril, o menor nível de fechamento desde 12 de fevereiro. Já o WTI recuou US$ 0,89 (-1,5%), para US$ 59,75 o barril, o menor patamar de fechamento desde 19 de fevereiro. Investing.com, com Reuters
— A S&P Global Platts Analytics destacou que o breakeven fiscal da Arábia Saudita e da Rússia caiu em 2021, em relação ao ano passado. Medidas de austeridade fizeram com que o preço de equilíbrio recuasse de US$ 86 para US$ 75 na Arábia Saudita e o da Rússia US$ 75 para US$ 64. Os valores ainda são superiores ao período pré-crise.
— Como esses países dependem da receita do petróleo para equilibrar as contas públicas, o mercado monitora o ponto de equilíbrio (breakeven) necessário para atingir as metas orçamentárias.
— O estreitamento entre o breakeven dos dois líderes do OPEP+ provavelmente sugere uma maior coesão na estratégia de produção.
— No curto prazo, essa dinâmica provavelmente vai favorecer decisões para manter os preços do petróleo em alta, mas não ao ponto de prejudicar a recuperação, ainda frágil, da demanda pela commodity.
A produção nacional de óleo e gás em janeiro foi de 2,873 milhões de b/d de petróleo e 136 milhões de m3/d de gás natural, totalizando 3,731 milhões de barris de óleo equivalente (boe)/d. Em relação a dezembro de 2020, houve aumento de 5,4% na produção de óleo e de 7,4% na de gás natural. Já na comparação anual, houve redução de 9,3% e 1,7%, respectivamente.
— Os dados são do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP do mês de janeiro de 2021, divulgado nessa terça (2/3).
— Houve crescimento na produção do pré-sal de 8,2% em relação ao mês anterior, totalizando 2,629 MMboe/d, sendo 2,074 MMbbl/d de petróleo e 88,3 MMm3/d de gás natural. Em relação a janeiro de 2020 houve uma redução de 2%. A produção teve origem em 119 poços e correspondeu a 70,5% do total produzido no Brasil.
— O aproveitamento de gás natural foi de 97,9 %. Foram disponibilizados ao mercado 61,1 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 2,9 MMm³/d, redução de 4,9 % sobre o mês anterior e de 28,1% se comparada ao mesmo mês em 2020.
— Os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 80,8% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 93,3% do petróleo e do gás natural produzidos.
— O campo de Tupi (ex-Lula), no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 920 MMbbl/d de petróleo e 42,6 MMm3/d de gás natural. Já a P-77, no campo de Búzios, também em Santos, foi a instalação com a maior produção de óleo: 146,524 Mbbl/d de petróleo, por meio de quatro poços.
— A instalação Polo Arara, produzindo no campo de Arara, por meio de 32 poços a ela interligados, produziu 7,116 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Níveis de risco. Foi publicada nessa terça (2/3) a Resolução ANP 839/2021, que estabelece os níveis de risco associados ao exercício de atividades econômicas autorizadas pela agência. O novo regulamento revisa e revoga a Resolução 826/2020, que tratava do mesmo assunto.
— Pelas regras anteriores, dos atos de liberação de atividades econômicas de competência da ANP, apenas um, relativo ao de registro de corante para etanol anidro, estava dispensado de autorização, por ser classificado no menor nível de risco.
— Com a Resolução 839/2021, a agência isenta mais seis atividades da necessidade de autorização e simplifica o processo relacionado à autorização para o exercício da atividade de ponto de abastecimento. Atividades relacionadas a atos como homologação de cotas de solventes e de pedidos mensais de combustíveis líquidos, por exemplo, estão entre as liberadas.
— A classificação das atividades econômicas autorizadas pela agência segue os termos do Decreto nº 10.178/2019, que regulamentou a Lei nº 13.874/2019 (conhecida como Lei de Liberdade Econômica). Para realizá-la, a ANP utilizou uma metodologia que leva em consideração a probabilidade e a gravidade dos riscos identificados, bem como o uso de ferramentas adaptadas às particularidades das atividades.
Financiamento para eólicas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou dois financiamentos para a construção dos parques eólicos Ventos de Santa Martina 01 e Ventos de São Januário 23, nos municípios de Caiçara do Rio do Vento e Ruy Barbosa (RN). O valor do crédito será de R$ 417 milhões.
— Os dois parques somam 121,8 MW de capacidade instalada e vão gerar 775 empregos diretos e indiretos. Os parques pertencem ao grupo Casa dos Ventos e fazem parte do Complexo Eólico Rio do Vento, que tem sua primeira fase em construção (504 MW). Quando em plena operação comercial, superará 1 GW, tornando-se um dos maiores complexos eólicos do mundo.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 03/03/2021
BLINKEN PROMETE ENFRENTAR A CHINA, ‘O MAIOR TESTE GEOPOLÍTICO’ DO SÉCULO
Publicado em 03/03/2021 as
06:45 PM
Por AFP

O secretário de Estado Antony Blinken em discurso no Departmento de Estado - POOL/AFP
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira (3) que os Estados Unidos estão prontos para enfrentar a China como for preciso, e considerou a relação com a potência asiática o “maior teste geopolítico” do século.
Em um discurso considerado o mais relevante desde sua posse, Blinken prometeu que o governo do presidente Joe Biden vai enfatizar a diplomacia sobre a ação militar e desenvolver a cooperação internacional em desafios globais, como a mudança climática e a pandemia de covid-19.
“Lidaremos com o maior teste geopolítico do século XXI: nossa relação com a China”, disse Blinken no Departamento de Estado.
Nesse sentido, ele destacou o compromisso de defender os direitos de Hong Kong e da etnia uigur e afirmou que, se não fizer isso, “a China vai agir com uma impunidade ainda maior”.
“A China é o único país com o poder econômico, diplomático, militar e tecnológico para desafiar seriamente o sistema internacional estável e aberto: todas as regras, valores e relações que fazem com que o mundo funcione como queremos”, disse.
“A nossa relação com a China será competitiva quando tiver que ser, colaborativa quando puder ser e contraditória quando deve ser. Vamos nos relacionar com a China a partir de uma posição de força”, enfatizou.
Blinken revelou que Biden seria moderado na ação militar, apesar de ter ordenado um ataque aéreo na semana passada na Síria contra paramilitares xiitas iraquianos apoiados pelo Irã.
O secretário de Estado não mencionou um novo ataque nesta quarta-feira em uma base no Iraque, no qual um trabalhador americano morreu de uma crise cardíaca.
“Em casos futuros, quando tivermos que empreender uma ação militar, faremos somente quando os alvos e a missão forem claros e alcançáveis, consistentes com nossos valores e leis e com o consentimento informado do povo americano”, disse Blinken. “E faremos junto com a diplomacia”, acrescentou.
O chefe da diplomacia americana alertou sobre uma “erosão da democracia” em todo o mundo, o que inclui os Estados Unidos, e destacou o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio por parte de apoiadores do derrotado ex-presidente Donald Trump.
Se os Estados Unidos não promovem a democracia, “jogamos o jogo dos adversários e competidores como Rússia e China, que aproveitam todas as oportunidades para semear dúvidas sobre a força de nossa democracia”, disse Blinken.
No entanto, ele afirmou que Biden não tem interesse em levar a democracia ao mundo “por meio de custosas intervenções militares ou tentando derrubar regimes autoritários pela força”, como o país tentou no passado sem sucesso, segundo suas palavras, provavelmente referindo-se à guerra no Iraque e à intervenção em 2011 na Líbia.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 03/03/2021
REFINARIA DE DUQUE DE CAXIAS VAI AMPLIAR PRODUÇÃO DE DIESEL S-10
Publicado em 03/03/2021 as
06:45 PM
A Petrobras vai realizar obras na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, para aumentar a qualidade do diesel produzido e ampliar a produção do diesel S-10, cujo teor de enxofre é menor – 10 partes por milhão (ppm) em vez de 500 partes por milhão (ppm), do diesel S-500.
O objetivo da Petrobras é lançar produtos de maior valor agregado e com menor impacto ao meio ambiente. O uso do diesel S-10 promove a melhoria do desempenho do combustível nos motores, com impactos positivos na redução de emissões de material particulado. Além da diferença no teor de enxofre, o diesel S-10 tem maior nível de cetano, índice que mede a qualidade de ignição, ou seja, quanto maior, melhor.
De acordo com o gerente-geral da Reduc, Alexandre Coelho, a empresa está se preparando para o novo mercado de refino que se formará no Brasil nos próximos anos. “Este projeto é de grande relevância para continuarmos competitivos, fornecendo derivados de alto valor agregado, operando de maneira sustentável e em sinergia com nossos ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas”, explicou.
Com a conclusão das obras previstas para o segundo semestre de 2023 e investimentos de R$ 140 milhões, a Petrobras quase dobrará a capacidade de produção de diesel S-10 na Reduc dos atuais 5.000 m³/dia para 9.500 m³/dia.
Produção
O aumento na capacidade de produção de diesel S-10 acompanha a evolução dos motores de veículos pesados e utilitários movidos a diesel, responsáveis pela maior parte da circulação de mercadorias, no território brasileiro. Atualmente, existem no Brasil dois tipos de diesel rodoviário: o diesel S-10 e o diesel S-500, utilizado apenas por veículos fabricados até 2011.
Nos próximos anos também estão previstas adequações para aumento da capacidade de produção de diesel S-10 em duas refinarias no estado de São Paulo: na Refinaria de Paulínea (Replan) e na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. A expectativa é aumentar a produção de diesel S-10 em até 16.500 m³/dia com a implantação desses projetos adicionais.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 03/03/2021
PETROBRAS: QUATRO CONSELHEIROS PEDEM PARA NÃO TER MANDATOS RENOVADOS
Publicado em 03/03/2021 as
06:45 PM
A recondução destes conselheiros havia sido proposta pela União
Quatro conselheiros informaram a Petrobras que não pretendem ser reconduzidos ao colegiado na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). São eles João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho.
Em Fato Relevante, a companhia informa que Cox Neto e Ziviani alegaram razões pessoais para a decisão. Já Souza e Silva só declarou que por conta de seu mandato ser “interrompido inesperadamente, peço, por favor, para não ser reconduzido ao Conselho de Administração na próxima Assembleia”. Ele ressalta o “excelente trabalho” desenvolvido pela diretoria e funcionários, e elogia também o presidente do colegiado, Eduardo Leal.
Já a mensagem de Omar Carneiro da Cunha revela insatisfação com a decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de promover uma troca no comando da estatal, com a indicação de Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco.
“Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados às alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses”, diz Cunha.
Ele faz muitos elogios a Castello Branco e o atual conselho, que “se manteve aderente às estratégias devidamente aprovadas, e seguindo os mais altos níveis de governança e de conformidade com os estatutos da empresa, e aos mais altos padrões de gestão empresarial”.
“A mudança proposta pelo acionista majoritário, embora amparado nos preceitos societários, não se coaduna com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro guiar minha trajetória profissional”, afirma o conselheiro.
A Petrobras lembra que a recondução destes conselheiros havia sido proposta pela União, e que eventuais substitutos indicados pelo governo serão submetidos ao Comitê de Pessoas.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 03/03/2021
SUAPE SERÁ HUB LOGÍSTICO DA ARGENTINA PARA O NORDESTE
Publicado em 03/03/2021 as
06:45 PM
Tecon-Suape e Agência Argentina de Investimento e Comércio Internacional assinaram memorando de cooperação
Por Matheus Jatobá

O comércio bilateral entre Argentina e Nordeste do Brasil terá um facilitador. Cargas entraram diretamente no Porto de Suape
O Porto de Suape será hub logístico da Argentina no Nordeste, atuando como a porta oficial no fluxo de mercadorias para o país, beneficiando o comércio com o nordeste brasileiro. Na última segunda-feira foi assinado um memorando de cooperação, o MOC Hub Logístico entre o Terminal de Contêineres Suape e a Agência Argentina de Investimento e Comércio Internacional, possibilitando que Pernambuco absorva diretamente toda a carga argentina com destino ao Nordeste e vice-versa, recolhendo os tributos da nacionalização.
Antes, as cargas com origem da Argentina entravam no Brasil pelo sul do País, chegando ao Nordeste pela malha rodoviária. Agora com o acordo será possível ter uma redução nos custos já que o transporte marítimo é mais barato. Além disso, as empresas argentinas vão poder ter acesso à redução de tarifas e incentivos fiscais pernambucanos.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, o ganho será mútuo na nova relação comercial, dando uma maior movimentação ao porto pernambucano.
“O Porto de Suape precisava desse impulso para assumir a posição de entreposto nas relações comerciais internacionais. A gente passa a elevar a movimentação de cargas em nosso porto por centralizar a entrada e a saída para o Nordeste, com o adicional de recolher os tributos da nacionalização, que antes ficavam retidos no Sul, ainda que o consumo fosse nosso. Todo esse volume passará a entrar diretamente por Suape”, Geraldo.
Na avaliação do cônsul Geral argentino no Recife, Alejandro Funes Lastra, a parceria possibilita a redução dos custos de transporte. “A iniciativa da assinatura é estratégica na integração entre os países e particularmente tendo em conta que Suape é um hub logístico. O memorando se torna ainda mais favorável com a redução de custos logísticos. Com taxas diferenciadas para que os produtos argentinos ingressem ao Brasil através do Porto de Suape, quebramos a relação de dependência com o Sul do país”, pontuou.
Segundo o presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão, um dos fatores fundamentais para a assinatura do memorando foi a posição estratégica de Suape na região Nordeste. “Depois de estudos de operadores do Tecon Suape, vimos que há uma sinergia entre o Porto, com cinco capitais ao redor. Isso poderia ter um ganho logístico de custo de frete que é muito importante, utilizando ainda os benefícios fiscais”, disse.
Roberto Gusmão conta ainda que os ganhos serão não para os argentinos, mas também para pernambucanos que exportem para o país. “Eles terão ganhos logísticos e o Governo os impostos de nacionalização. A gente não sabe o volume de movimentação, só será medido no segundo semestre, mas é um primeiro passo para explorar essa nova logística, pode criar um mercado importante de exportação no Estado”, contou.
Fonte: Folha de Pernambuco - PE
Data : 03/03/2021
DOCAS DO RIO ASSINA CONTRATO PARA CONTINUIDADE DA OPERAÇÃO DA PETROBRAS NO PORTO DO RIO DE JANEIRO
Publicado em 03/03/2021 as
06:44 PM
A Companhia Docas do Rio de Janeiro assinou, na última sexta-feira (26), um contrato de transição com a Petrobras, no intuito de garantir a manutenção das operações da empresa no Porto do Rio de Janeiro, que é uma das principais bases de apoio offshore do país para a exploração dos campos de pré-sal da Bacia de Santos.
Considerado muito importante para a economia do município e do estado, o contrato tem validade de seis meses e foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que também permitiu a celebração de outros contratos subsequentes até que seja realizado o certame licitatório da área. O próximo passo é a elaboração de um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para prosseguir com o processo de arrendamento em definitivo do terminal.
Segundo o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Docas do Rio, Eduardo Miguez, essa operação da Petrobras no Porto do Rio de Janeiro sustentou as primeiras explorações dos campos de pré-sal. “A manutenção dessa operação demonstra o empenho e a seriedade com que a Docas do Rio vem trabalhando. Isso gera confiança e credibilidade no mercado, fazendo com que a Petrobras tenha se empenhado para manter sua base no Porto do Rio, que possui importância estratégica para a empresa e para o país”, ressaltou Miguez.
Para o superintendente de Planejamento e Desenvolvimento de Negócios, Pablo Fonseca, a assinatura do contrato firmado entre Docas do Rio e Petrobras é um ganho para toda a comunidade portuária: “Além de garantir a manutenção das operações, a atividade continuará contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento socioeconômico da região portuária. Por fim, a celebração do contrato demonstra a potência do Porto do Rio de Janeiro frente ao mercado de óleo e gás e de apoio portuário”.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 03/03/2021
EXPORTAÇÕES DO AGRO PAULISTA SOBEM 3,8% E JÁ REPRESENTAM MAIS DE 37% DAS VENDAS EXTERNAS
Publicado em 03/03/2021 as
06:44 PM
Informação: Noticias Agrícolas (3 de março de 2021 )
Em janeiro, as exportações do agronegócio paulista apresentaram aumento de 3,8%, alcançando US$ 1,08 bilhão, enquanto as importações registraram queda de 11,6%, totalizando US$ 380 milhões; com esses resultados, obteve-se superávit de US$ 700 milhões, montante 14,8% superior ao mesmo período de 2020, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
No mesmo período, as exportações totais do Estado de São Paulo somaram US$ 2,89 bilhões e as importações, US$ 4,43 bilhões, registrando um déficit comercial de US$ 1,54 bilhão. “Esse resultado ainda é reflexo da pandemia da Covid-19, que vem afetando as exportações de algumas das principais mercadorias das indústrias extrativista e de transformação, como os óleos brutos de petróleo, aviões peso superior 15 toneladas, automóveis, querosenes de aviação, gasolina e óleo combustível, entre outros”, explicam José Alberto Angelo, Marli Dias Mascarenhas Oliveira e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA.
Os pesquisadores destacam a importância do agro no equilíbrio das contas públicas do Estado. “O déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio, que respondeu por 37,4% das vendas externas”, concluem.
Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 406,76 milhões, sendo o açúcar responsável por 88,2% desse total e o álcool, 11,8%), Carnes (US$ 142,37 milhões, dos quais a carne bovina respondeu por 88,4%), Sucos (US$ 137,31 milhões, dos quais 98,5% referentes a sucos de laranja), Produtos Florestais (US$ 121,89 milhões, com participações de 51,4% de papel e de 34,5% de celulose) e Café (US$ 59,15 milhões, dos quais 75,1% referentes ao café verde). Esses cinco agregados representaram 80% das vendas externas setoriais paulistas.
No mês de janeiro, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumentos para os grupos do Complexo Sucroalcooleiro (+32,4%), Sucos (+23,4%) e Café (+50,3%), e quedas para Carnes (-12,9%), Produtos Florestais (-24,7%) e Complexo Soja (-92,4%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.
Balança Comercial do Brasil
A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,12 bilhão, com exportações de US$ 14,81 bilhões e importações de US$ 15,93 bilhões, em janeiro de 2021. Esse resultado indica redução de 33,7% no déficit comercial em relação ao mesmo período de 2020, devido ao incremento de 2,2% nas exportações. Na análise setorial, as exportações do agronegócio brasileiro apresentaram queda (-1,4%), em relação a janeiro de 2020, alcançando US$ 5,67 bilhões. Já as importações aumentaram 6,6% no período, registrando US$1,30 bilhão. O superávit do agronegócio foi de US$ 4,37 bilhões no período, sendo -3,5% inferior ao obtido em janeiro de 2020.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 03/03/2021
CABOTAGEM E EXPORTAÇÕES ALAVANCAM EM 15% MOVIMENTAÇÃO DE GRANÉIS LÍQUIDOS
Publicado em 03/03/2021 as
06:44 PM
A movimentação de granéis líquidos cresceu 14,8% em 2020, na comparação com o ano anterior, de acordo com o estatístico aquaviário 2020 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). As 289,5 milhões de toneladas dessa categoria de carga movimentadas no ano passado refletiram principalmente a cabotagem entre plataformas de petróleo e portos (62% das operações) e parte da carga por exportação, por longo curso (22% das movimentações), que registrou incremento de 33% no período.
O superintendente de desempenho, desenvolvimento e sustentabilidade da Antaq, José Renato Fialho, destacou que, considerando o crescimento total de 46 milhões de toneladas, houve 80% do crescimento da navegação portuária somente em granéis líquidos. A movimentação de granéis líquidos se concentrou principalmente em terminais de uso privado (TUPs). Fialho citou o TPET/T-Oil, no Porto do Açu (RJ), que expandiu em 53% sua movimentação sobre os números de 2019. O terminal, instalado em 2016, movimentou 10,3 milhões de toneladas nos últimos anos, ficando à frente das 9 milhões/t operadas no Tebar (SP) e das 8,3 milhões/t no Tebig (RJ).
O gerente de estatística e avaliação de desempenho, Fernando Serra, explicou que os números da Antaq não incluem a movimentação de petróleo que sai em alto-mar, diretamente das plataformas em operações de ship-to-ship. “Operações STS são bastante significativas. Tentamos fazer equivalência porque a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] mede em barris, existem [critérios de] densidade (…). Pela regra da Receita Federal, a alocação fiscal é da região/porto mais próximo. Mas esses números não estão aí. Pegamos STS e atracações em portos efetivos”, ponderou Serra durante apresentação do estatístico 2020.
Na ocasião, o secretário nacional de portos e transportes aquaviários, Diogo Piloni, disse que o mercado de petróleo e gás deve ser objeto de atenção devido a seu potencial. “Será importante o BR do Mar e novas regras de afretamento para dar vazão a esse crescimento a custo razoável para que continuemos a ser competitivos. O mercado de O&G puxou o aumento da movimentação, junto com a produção dos granéis agrícolas. É um mercado que precisamos estar atentos”, salientou Piloni.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 03/03/2021
EM LIVE PARA INVESTIDORES, MINISTRO DA INFRAESTRUTURA DÁ RECADO OTIMISTA AO MERCADO
Publicado em 03/03/2021 as
06:44 PM
Informação: Ministério da Infraestrutura (3 de março de 2021 )

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participou, nesta terça-feira (2), da live Cenários Brasil 2021 promovida pela empresa de consultoria política Arko Advice. Tarcísio traçou um panorama do portfólio de projetos de concessão da pasta e como os marcos regulatórios são fundamentais para atrair os investimentos e garantir a segurança jurídica necessária para implementá-los. Também participaram do evento o presidente do Banco Central, Roberto Campos; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e o ministro das Comunicações, Fabio Faria.
O ministro indicou a meta de transferir 54 ativos para a iniciativa privada, em 2021, o que representará cerca de R$ 140 bilhões em investimentos. Entre os projetos, 23 aeroportos, 11 rodovias, 2 ferrovias, 17 terminais portuários e a desestatização da Codesa. “A confiança do investidor é um caso concreto. Os players já estão conversando conosco, estudando os projetos e tirando dúvidas sobre os termos. Não temos dúvida de que teremos grandes resultados em nossos leilões”, declarou Tarcísio.
Ele também destacou a importância dos marcos regulatórios serem aprovados para que haja segurança jurídica na execução dos contratos e avanço na gestão dos modais. Como exemplo, ele citou o PLS 261, o Marco do Saneamento e o BR do Mar, que irá fomentar a cabotagem no Brasil.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 03/03/2021
CESAR MEIRELES DEIXA PRESIDÊNCIA DA ABOL
Publicado em 03/03/2021 as
06:43 PM

Após oito anos e meio, Cesar Meireles está pronto para deixar a presidência da ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. O último dia no cargo está marcado para 31 de março e a sua trajetória vai deixar muitas marcas e grandes legados, que levam o executivo a ter certeza de que cumpriu o seu mandato com plenitude. O Projeto de Lei (PL) nº 3.757 de 13/07/2020, de autoria do deputado Hugo Leal (PSD/RJ), em tramitação na Câmara dos Deputados, estudos sobre o setor, a integração entre as empresas associadas, entre suas áreas técnicas, o intercâmbio de experiências, as viagens técnicas e missões ao exterior, bem assim a participação em diversos eventos são algumas das ações que tornaram Meireles admirado e reconhecido por todos que o conhecem e acompanharam de perto o seu trabalho à frente da ABOL.
Meireles ingressa no projeto junto aos fundadores em 2012, ano de fundação da Associação, quando 16 empresários confiaram ao executivo a realização de um sonho: atuar em um setor mais estruturado, com maior segurança jurídica e preparado para o crescimento sustentado. Para atender aos anseios do grupo, foram necessárias análises minuciosas e melhor compreensão do mercado. “O objetivo era garantir maior segurança jurídica ao setor, para que pudesse operar em um melhor ambiente de negócios, podendo, assim, desenvolver mais atividades, gerar mais emprego e renda, atrair maiores investimentos e permitir maior robustez, além da qual lhe era já caracterizada”, enfatiza Meireles.
E as ações feitas nesse período ratificam quase uma década de importantes conquistas. O destaque fica para o PL nº 3.757/2020, que é visto por Meireles como o encerramento de um ciclo e, ao mesmo tempo, o ponto de partida para uma nova importantíssima etapa que pode ser a consagração definitiva do segmento. O projeto regulamenta a atividade do operador logístico no Brasil e foi protocolado em 13 de julho do ano passado, no auge da grave pandemia da Covid-19, no mês de aniversário de 8 anos da Associação. Atualmente, o documento está aguardando a nomeação do relator na CVT (Comissão de Viação e Transporte) da Câmara dos Deputados e continuará seguindo os trâmites regulamentares até a sanção presidencial.
Ao protocolar o PL, Meireles cumpre, na totalidade, todas as demandas contratuais e entregas que foram plenamente acordadas com os fundadores. Para ele, o resultado aferido nesses oito anos e meio, trouxeram a maturidade, a visibilidade, o reconhecimento, a admiração e o respeito da ABOL de forma muito precoce. Vale destacar, que os primeiros passos da entidade foram dados dentro da casa de Meireles, onde a Associação ficou sediada por três meses.
Trajetória
As principais ações realizadas, por Meireles, em 2012 e 2013, incluíram a contextualização do que era o operador logístico para os 16 fundadores da Associação, assim como a análise do cenário mundial em relação à categoria setorial. Na época, chegou-se à conclusão de que todos estavam voltados à definição e reconhecimento do operador logístico à imagem e semelhança do 3PL (Third Party Logistics Provider), como é conhecido globalmente, já que não havia um regramento definido na legislação brasileira, nem mesmo dos países mais avançados na questão logística. A definição e o regramento não eram linear no mundo, daí a necessidade de se realizar um estudo profundo e contundente.
A partir disso, foram feitas viagens técnicas para o exterior em busca das necessárias informações, tendo participado de vários eventos, fóruns e missões técnicas em países como a Argentina, Uruguai, Perú, México, EUA, Holanda, Bélgica e Alemanha. O resultado dessa caminhada foi a elaboração de um estudo amplo, pleno e profundo sobre o setor. Esse, além de outros estudos, consiste em relevante legado deixado por Meireles, os quais podem ser consultados no site da ABOL, sempre, gratuitamente.
O material desenvolvido pelo consórcio KPMG Consulting, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e FDC (Fundação Dom Cabral), traz o contexto, definições e caracterização do segmento, além de uma rigorosa análise do ponto de vista regulatório de todos os setores nos quais os operadores logísticos estão presentes, a exemplo da observância das operações, boas práticas, tecnologias embarcadas, certificações, identificadores de performance, dentre outros detalhes reproduzidos em mais de 800 páginas. Para a ABOL, sem procurar ser cabotina, considera o estudo uma espécie de ‘certidão de nascimento’ do operador logístico no Brasil, sendo criado após a identificação de que uma CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) não se aplicaria a esse setor, já que eles operam várias atividades, sendo integradores de todas elas
A síntese desse estudo é exatamente o PL, que apresenta de forma simples, objetiva e prática, duas questões fundamentais para o setor, que é a definição e a contextualização do que vem a ser o operador logístico, vindo também a atualizar a legislação do armazém geral, que é a mesma desde 1903. A trajetória de Meireles também inclui a filiação da Associação à CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e à ALALOG (Associação Latino-americana de Logística), ambas em 2016, e sua inclusão no Fórum Permanente do Brasil Export, em 2020.
Depois de tantos feitos, Meireles, em alinhamento com seus conselheiros, entendeu ter chegado a hora de passar o bastão, dar voz a novas experiências, assim como acontece nos conselhos Deliberativo, Fiscal e de Ética da ABOL, estes, com mandato de dois anos renováveis por igual período. Diante disso, o presidente sempre insistiu que o mesmo deveria acontecer na presidência da diretoria executiva. Muito em breve será anunciado quem será o(a) sucessor(a) de Meireles. A escolha está sendo feita por um processo de headhunter liderado pelo Conselho Deliberativo.
Futuro
Sobre o futuro da ABOL, Meireles devota pleno êxito, acreditando que está no PL nº 3.757/2020 um dos passos fundamentais para o pleno entendimento e projeção continuada do setor. Além disso, observa que, para dar continuidade ao crescimento acentuado da entidade, as missões, os estudos e demais fóruns técnicos fazem-se mister.
Nesse cenário, a realização do congresso da Associação, paralisado em 2020 devido à pandemia, em modelo híbrido deve ser a retomada dessa agenda, dando início à uma nova fase da entidade para os próximos anos.
Além disso, o executivo destaca a importância e os benefícios de desenvolver convênios de cooperação com entidades acadêmicas e técnicas de primeira linha aqui e no exterior, quer seja nos EUA, quer seja junto à universidades e institutos de desenvolvimento e fomento setorial em países como a Holanda, Bélgica e Alemanha.
“Sinto-me feliz por ter sido agraciado com o imenso desafio de fundar uma entidade como a ABOL, que se tornou, muito precocemente, referência no setor, respeitada e admirada por todos. A lista de agradecimentos é vasta, desde seus fundadores, a todos os associados, aos membros dos conselhos, às minhas colaboradoras diretas da diretoria executiva, aos parceiros externos, às entidades às quais nos filiamos (CNT, CIT, ALALOG, Brasil Export etc), aos governos e seus executivos, aos amigos e parceiros das entidades congêneres, aos operadores logísticos ainda não filiados à ABOL e todos aqueles que torceram muito para o êxito da Associação. Sinto-me renovado para dedicar-me a novos e desafiadores projetos, colocando-me, de imediato, já a partir de abril, à disposição do mercado para empreender o que a mim possa vir a ser confiado!”.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 03/03/2021
ENGARRAFAMENTO GLOBAL DE CARGAS PODE DURAR ATÉ 2022
Publicado em 03/03/2021 as
06:43 PM
O congestionamento de cargas em todos os modais pode atravessar o ano e durar até 2022, segundo avalia a Bloomberg, em reportagem publicada nesta terça-feira (2). Como consequência, os custos de transporte devem continuar aumentando. A avaliação foi obtida do chefe de uma das maiores corretoras de frete dos Estados Unidos, a CH Robinson Worldwide Inc.
As taxas marítimas foram as que mais subiram recentemente. O custo de envio de um contêiner de 40 pés de Hong Kong para Los Angeles quase quadruplicou no ano passado, conforme informação do analista da Bloomberg Intelligence Lee Klaskow publicada hoje, com base em dados da empresa de pesquisa Drewry. Com a indústria de frete marítimo no seu limite, o porto de Los Angeles, o mais movimentado dos EUA, está operando acima do que é considerado capacidade total em um mercado normal.
Os clientes que normalmente podiam reservar um contêiner com dias antes do embarque agora precisam agir com semanas de antecedência. Algumas empresas desesperadas estão optando por fretes aéreos mais caros.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 03/03/2021
BAIXA CONCORRÊNCIA NA NAVEGAÇÃO E DEMANDA MUNDIAL POR MATÉRIA PRIMA IMPACTAM FRETES, DIZ ECONOMISTA
Publicado em 03/03/2021 as
06:43 PM
O preço no transporte de cargas vem sofrendo alterações desde o início da pandemia, provocando impacto direto na economia dos países, incluindo o Brasil, muito dependente do comércio internacional. Mas para o economista e professor, Leonardo Trevisan, no atual contexto não é apenas a incerteza com a pandemia que está pressionando os fretes marítimos. Segundo ele, a demanda por matéria prima em todo o mundo, em razão da recuperação econômica, e a baixa concorrência na navegação marítima no Brasil estão entre os principais motivos para a elevação nos preços dos fretes cobrados.
Trevisan afirmou que existe em curso um processo de recuperação econômica e de ativação dos setores econômicos que demandam matérias primas. A subida nessa demanda aumenta a pressão sobre os fretes, tendo em vista, especialmente, que tal recuperação é desigual, isto é, não ocorre em todos os setores e países da mesma forma. Assim, para ele, não existe dúvida de que o crescimento econômico nos centros econômicos do mundo, como na China e Estados Unidos, afetará os preços dos fretes, pois estes estarão ainda buscando recuperação do lucro perdido ao longo de 2020.
Outro fator que impacta o frete marítimo no Brasil é a baixa concorrência no mercado de navegação. Ele citou o levantamento realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que mostra o número reduzido de empresas de navegação no país. De acordo com os dados da CNI, em 2015 existiam 23 empresas, e em 2019 esse número caiu para 14. Sendo que desses, oito são grandes companhias acopladas em três grandes alianças empresariais globais, e que dominam 2/3 desse mercado.
O resultado desse contexto na logística comercial é, por sua vez, o impacto nas taxas inflacionárias. Trevisan afirmou ser indiscutível que o preço dos fretes e “um certo descuido” com a atividade portuária no Brasil, resultam em uma maior intensificação no ciclo inflacionário. “É um ponto consensual que o preço do frete tem um impacto bastante significativo na composição da inflação, sobretudo no Brasil, tão dependente da navegação externa”, frisou.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 03/03/2021
BATISTA DIZ QUE ESTALEIROS JÁ BUSCAM SE ADAPTAR ÀS POSSIBILIDADES DE REPARO COM BR DO MAR
Publicado em 03/03/2021 as
06:43 PM
Embora já tenha sido aprovado no Congresso Nacional, o Projeto de Lei (4199/2020), BR do Mar ainda recebe algumas críticas, sobretudo da indústria naval. O argumento é que o PL pode desestimular a construção naval no país, que já só sofre com poucas obras. No entanto, o diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias da Secretaria Nacional de Portos, Dino Batista, afirmou que não há base para esta crítica, tendo em vista o baixo desempenho na construção de navios de cabotagem nos últimos onze anos. Segundo ele, apenas quatro embarcações foram construídas nesse período. A afirmação foi feita durante o evento online, Summit, realizado na última quinta-feira (25).
O diretor disse ainda que o projeto busca proteger os segmentos da indústria naval que vêm apresentando bons resultados, além de trazer incentivos para novos segmentos da indústria. Um desses incentivos, segundo ele, vem sendo no mercado de reparo naval. Batista afirmou que já vem sendo observado um movimento no sentido de se adaptar às possibilidades de reparo. Apesar disso, ele frisou que nem todos os estaleiros, que se preparam para o mercado de construção, a exemplo do setor de petróleo, conseguirão se adaptar às atividades de reparo.
Procurado pela Portos e Navios sobre o assunto, o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sérgio Bacci, afirmou que em um contexto onde não existe demanda de construção no país, os estaleiros buscam as oportunidades disponíveis no mercado. Porém, o sindicato não tem visto ainda muita demanda por reparos surgindo para os estaleiros.
Ele disse que a baixa demanda do setor de contêineres ocorre em função de as empresas que operam cabotagem no Brasil optarem por construírem seus navios em países da Ásia. Entretanto, Bacci afirma que, por outro lado, navios de cabotagem para o transporte de combustível foram muitos foram construídos com êxito nos últimos anos no Brasil.
Batista destacou ainda durante o evento que também vem observando o mercado naval brasileiro se preparar para os serviços de desmantelamento. Ele informou que neste segmento cabe apoio do Ministério da Infraestrutura, apesar de não ser competência legal da pasta atuar neste ramo, tendo em vista que isso diz respeito a uma política industrial. No entanto, ele pontuou que o apoio do ministério pode ser no sentido de sensibilizar o poder político sobre a grande oportunidade que este segmento pode representar à indústria naval, especialmente para o mercado de petróleo.
Bacci também destacou a necessidade de investimento no segmento de desmantelamento, porém, ressaltou que, com exceção do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), não tenho havido movimento de outros estaleiros em torno no setor. Para ele, é um mercado que ainda está em fase de perspectivas mais concretas.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 03/03/2021
ATP PROPÕE LIBERDADE DE PREÇOS E SIMPLIFICAÇÃO NO MARCO REGULATÓRIO PORTUÁRIO
Publicado em 03/03/2021 as
06:42 PM

A Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), em coalizão com demais entidades portuárias, entregou ao Ministério da Infraestrutura, na última semana, um documento com propostas de alteração do marco regulatório do setor. Dentre as principais propostas da associação estão mudanças em aspectos da legislação que tratam dos contratos de adesão e renovação, liberdade de preços e simplificação de cláusulas essenciais.
Embora o diretor presidente da ATP, o Almirante Murillo Barbosa, destaque que os arrendatários dos portos organizados tenham maior interesse pelas alterações no marco legal, a ATP também tem pleitos importantes para tornar mais ágil e menos burocrática a legislação. Uma das propostas de mudança diz respeito à Lei 10.233/2001. De acordo com o Almirante, essa lei traz alguns artigos que devem ser alterados, sobretudo aqueles que dizem respeito à assinatura do contrato de adesão. Ele informou que esta ainda não está enquadrada dentro da perspectiva do direito adquirido, o que pode gerar insegurança jurídica ao investidor.
Outro ponto que, segundo ele, merece atenção é a prática da liberdade de preços. Ele afirmou que tal liberdade não deve se referir apenas ao valor cobrado, mas também à forma de cobrança. Barbosa disse que a ATP é contrária à decisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) de impor regras sobre a cobrança de preços, tanto dos arrendatários quanto dos Terminais de Uso Privado (TUPs). “Somos a favor da publicidade de preços, mas não da imposição de regras na forma de cobrança”, pontuou o Almirante.
A ATP também propôs mudanças em aspectos da chamada Lei dos Portos (12.815/2013). De acordo com Barbosa, um dos pontos que carecem de revisão são as cláusulas essenciais como, por exemplo, o índice de desempenho. Ele destacou que a proposta é simplificar essas cláusulas retirando aquelas que já são consideradas desnecessárias. Outro aspecto que merece simplificação é a burocracia presente no processo de instalação de um TUP. Para ele, o anúncio público para o terminal tem levado muito tempo, o que atrasa todo o processo de instalação. O ideal, segundo ele, é manter apenas o chamamento público.
Sobre a renovação do contrato de adesão, a ATP defende a retirada da obrigatoriedade de investimentos. Ele explicou que a maioria dos TUPs representam mercados verticalizados, o que nem sempre se fazem necessários novos investimentos. Para ele, a condição que deve ser mantida para garantir a prorrogação do contrato é a continuidade na atividade portuária.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 03/03/2021
VÍDEO MOSTRA A OPERAÇÃO LOGÍSTICA DA MAIOR RODA GIGANTE ESTAIADA DA AMÉRICA LATINA
Publicado em 03/03/2021 as
06:42 PM
Oficina das Palavras - Categoria: Notícias Corporativas
Carga projeto foi fabricada na China e cruzou quase 20 mil quilômetros até chegar ao Brasil. Organizada pela DC Logistics Brasil, operação foi considerada um marco
Assista o impressionante vídeo aqui:
https://drive.google.com/drive/folders/1rlsKst7_CMJPdXwYeoxyljf_GCBk6Gs2
Quando o assunto é a maior roda gigante estaiada da América Latina, tudo é superlativo. Além dos seus 65 metros de altura e a complexa técnica de montagem na orla de um dos destinos mais procurados da América Latina, Balneário Camboriú (SC), ela também foi marcada por um importante processo logístico. Considerada um marco para os representantes do segmento, a operação cruzou quase 20 mil quilômetros (cerca de 9.000 milhas náuticas) e foi retratada em um vídeo exclusivo que apresenta a magnitude do processo. Com imagens inéditas, a produção audiovisual mostra o passo a passo de toda a operação, organizada pela DC Logistics Brasil, player brasileiro referência no gerenciamento logístico de transporte internacional de grande porte.
O vídeo apresenta desde o início do processo, com a retirada da carga na China. Por via terrestre, as peças foram transportadas uma a uma, desmontadas e embaladas. Já no porto, foi realizado um dos grandes diferenciais dessa carga projeto, com o embarque individual dos equipamentos no porão do navio, para assegurar o cuidado, segurança e precisão durante o transporte até o Brasil. “Cargas com excesso podem interferir no plano de carga e, para aproveitamento de espaço, são transportadas no convés. Para esse projeto, conseguimos fazer com que o armador embarcasse em lote único a elevada quantidade de contêineres Flat Racks no porão”, explica o especialista em Projetos da DC Logistics Brasil, Dimitri Mattos. Mesmo com a estratégia, foi possível assegurar a mínima interferência no plano de carga.
Os equipamentos chegaram ao Brasil através do Porto de Navegantes (SC), cidade vizinha do destino final. No local, foi realizada uma vistoria detalhada para confirmar que a carga estava em perfeitas condições. Para a equipe da DC Logistics Brasil, responsável pela logística portuária de armazenamento e de transporte das peças, a operação foi um sucesso pela soma das estratégias assertivas com a boa comunicação entre todos os pontos envolvidos. “Trabalhamos em uma grande sinergia com o importador, o exportador, o agente na origem e o armador, e isso foi essencial para atingirmos eficácia em todos os alinhamentos necessários”, acrescenta Mattos.
Além do detalhado processo logístico, a atividade se tornou ainda mais complexa diante do período de pandemia. A equipe realizou uma série de adequações que garantiram a segurança de todos os envolvidos e o cumprimento do cronograma. “A pandemia nos impactou com a alta do dólar, custo dos fretes e escassez de navios. Somado a isso, optamos por realizar um upgrade nas cabines, o que tornou a carga ainda mais especial. Mas, mesmo diante dos desafios, permanecemos firmes no propósito, pois sabíamos que a FG Big Wheel contribuiria para a retomada do turismo” afirma o sócio fundador da FG Big Wheel, Cícero Fiedler.
O vídeo completo, que apresenta o processo logístico da maior roda gigante estaiada da América Latina instalada em Balneário Camboriú (SC), está disponível para download aqui.
Sobre a DC Logistics Brasil
Há 26 anos no mercado, a DC Logistics Brasil oferece soluções em importação e exportação, sendo referência no gerenciamento logístico de transporte internacional de grande porte. Possui expertise para oferta de soluções em transporte aéreo, marítimo, rodoviário, de líquidos e gases, carga projeto, logística integrada, mercados verticais, entre outros. Há mais de três anos, é reconhecida pela Receita Federal como Operador Econômico Autorizado (OEA), certificada diante da eficiência e segurança nas operações. Busca ter 7% de market share no agenciamento de cargas brasileiras até 2027, meta que pauta a visão da empresa. Com atuação em 10 estados brasileiros, conta com 12 escritórios instalados nos principais polos logísticos do Brasil, soma 230 colaboradores, 25 prêmios nacionais e 18 certificações internacionais.
Sobre a FG Big Wheel
A FG Big Wheel tem 65 metros de diâmetro e seu ponto mais alto está a 82 metros de altura. Conta com 36 cabines climatizadas, que proporcionam vistas panorâmicas da cidade e da orla, num agradável passeio silencioso, limpo e seguro. A atração tem como local uma área privada no Pontal da Barra Norte, muito próximo ao Deck do Pontal Norte, e conta ainda com áreas de convivência, banheiros, segurança, iluminação e Wi-Fi. A estrutura foi construída com edificações de baixo impacto ambiental, utilizando cerca de 1% da área total do terreno. A roda gigante opera em horário diferenciado, tornando uma opção para lazer noturno.
Vídeo da operação logística da maior roda gigante estaiada da América Latina. Vídeo em alta resolução para download: https://drive.google.com/drive/folders/1rlsKst7_CMJPdXwYeoxyljf_GCBk6Gs2?usp=sharing
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 03/03/2021
ANTAQ REALIZA NESTA QUINTA-FEIRA (4) AUDIÊNCIA PÚBLICA VIRTUAL PARA ARRENDAMENTO DAS ÁREAS MAC11 E MAC12 NO PORTO DE MACEIÓ
Publicado em 03/03/2021 as
06:42 PM
A audiência virtual tem por finalidade debater e tirar dúvidas sobre os documentos técnicos e jurídicos relativos às licitações das duas áreas

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ realizará nesta quinta-feira (4), a partir da 15h, audiências públicas virtuais referentes aos arrendamentos de duas áreas destinadas à movimentação e armazenagem de granéis líquidos, especialmente combustíveis, localizadas no Porto Organizado de Maceió/AL, denominadas áreas MAC11 e MAC12.
A audiência virtual tem por finalidade debater e tirar dúvidas sobre os documentos técnicos e jurídicos relativos às licitações das duas áreas (MAC 11 e MAC12), que estão em consulta pública (Audiências Públicas Nºs 01 e 02/2021) no portal da Autarquia na internet, nos links MAC11 (https://www.gov.br/antaq/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/participacao-social/) e MAC12 (https://www.gov.br/antaq/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/participacao-social/).
Como participar
Os interessados em se manifestar na audiência virtual deverão se inscrever pelo WhatsApp (61) 2029-6940, no período das 10h às 14h desta quarta-feira (4).
Poderão ainda enviar suas contribuições em formato de texto, áudio e/ou vídeo utilizando o WhatsApp (61) 2029-6940, ou entrar na sala de reunião criada no aplicativo “Zoom”. A audiência será transmitida por meio do link: https://youtu.be/z719-Yn68H0.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 03/03/2021
TRIGONOMETRIA PORTUÁRIA: QUAL RAMO ESCOLHER PARA INVESTIR?
Publicado em 03/03/2021 as
06:42 PM
Entenda a diferença dos nichos que dividem o mercado
Por Maxwell Rodrigues

Maxwell Rodrigues explica diferença entre os investimentos no setor portuário (SANTOS CANAL DO PORTO AEREA ARQUIVO)
Trigonometria é um ramo da matemática que estuda as relações entre os comprimentos de 2 lados de um triângulo-retângulo, para diferentes valores de um dos seus ângulos agudos. A abordagem da trigonometria penetra outros campos da geometria, como o estudo de esferas usando a trigonometria esférica.
Qual lado escolher para investir no setor portuário se temos tantos lados diferentes?
Um lado importante neste processo é a verticalização, onde o mercado é dividido em nichos, ou seja, dividido em grupos especializados de empresas que atendem exclusivamente um setor da economia e, nesse caso, estamos falando do setor portuário.
Os bancos, por sua vez, são um exemplo de mercado vertical explorando além da atividade bancária mercados paralelos como seguros, meios de pagamentos, etc.
Há vários mercados verticais, como Manufatura, Varejo, Saúde e Educação. A própria Petrobras é um exemplo de mercado vertical explorando desde a extração, refino, distribuição e venda
No setor portuário temos vários exemplos já consolidados de verticalização; e que por sinal são grandes cases de sucesso.
Verticalizar envolve um grupo de fornecedores e clientes que realizam transações com base em necessidades específicas e, normalmente, estão dentro de um cenário bem maior da indústria.
Ao apostar na verticalização, é necessário analisar os mercados potenciais e identificar se eles possuem realmente a demanda necessária para justificar a mobilização de uma verticalização. E vamos combinar que demanda é o que não falta no setor portuário.
Se a proposta é fomentar investimentos na área nada mais estratégico do que verticalizar as
operações.
Focar as operações neste modelo permite entender completamente essa indústria, suas tendências, regulamentações, conformidades, concorrência e outros requisitos necessários para os negócios. Com tanta instabilidade jurídica, essa especialização é fundamental para sobrevivência pós investimentos.
Já o modelo horizontal é o modelo que faz de uma empresa referência no segmento, exemplo da Amazon, onde quando pensamos em adquirir algo recorremos a esta empresa.
O modelo horizontal permite o desdobramento do negócio, diferente do vertical, que é mais formatado e limitado.
Horizontal, vertical, privado, público, instabilidade, investimentos, etc.. São tantos lados nessa trigonometria a escolher que fica certo a incerteza e insegurança no modelo. Uma vez que sempre e em qualquer que seja o lado ainda temos o péssimo habito de regular pelo publico iniciativas criadas pelo privado.
Precisamos entender e respeitar o valor de cada lado e convergir para criar relações harmônicas entre todos visando sim o desenvolvimento do setor e do País.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 03/03/2021
PORTO DE SANTOS TEM ALTA DE 10,5% EM OPERAÇÕES
Publicado em 03/03/2021 as
06:41 PM
Cais santista movimentou 9,1 milhões de toneladas de cargas
Por Fernanda Balbino - Da Redação

Terminais de contêineres do Porto de Santos escoaram 374,1 mil TEU em janeiro (Foto: Carlos Nogueira/AT)
Porto de Santos movimentou 9,1 milhões de toneladas de cargas no primeiro mês do ano, uma alta de 10,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com exportações e importações em alta, o cais santista também registrou aumento na movimentação de contêineres. Segundo especialistas, os números são um indicativo positivo, principalmente em relação ao agronegócio.
Em janeiro, as exportações somaram 5,7 milhões de toneladas, 8,9% a mais do que no primeiro mês do ano passado, quando 5,2 milhões de toneladas foram embarcadas no Porto. Já as importações tiveram um crescimento maior, de 13,1%, passando de 3 milhões de toneladas no primeiro mês de 2020 para 3,4 milhões de toneladas neste ano.
De acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS), as descargas de adubo cresceram 77,7%. Para o economista Helio Hallite, o cenário é positivo. “Importações em alta puxadas pelo agronegócio: expansão da área plantada e necessidade de insumos para fabricação de fertilizantes, além de defensivos agrícolas e equipamentos”, afirmou o professor universitário.
O engenheiro Marcos Vendramini também considera os números do Porto como uma boa notícia. “Uma parcela do crescimento dos granéis sólidos pode ser em função de uma tendência de crescimento do agronegócio em função de diversos fatores – dólar alto no Brasil, economia mundial fazendo tentativas de alçar voo nos intervalos das ondas de pandemia – e uma outra parcela deve ser creditada a uma possível reposição de estoques consumidos no período de fim de ano”.
Exportação
Os embarques também somaram bons resultados. Os produtos mais movimentados no Porto foram o açúcar (1,33 milhão), o adubo (698,3 mil), o milho (604,1 mil) e o farelo de soja (414,2 mil).
“Exportações também em alta, sem contar com a soja, que iniciou embarques em fevereiro a todo vapor, o que nos faz esperar por novos recordes nos próximos meses. Felizmente manteremos essa tendência de crescimento”, afirmou Hallite.
Contêineres
No mês passado, 374,1 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram movimentados no cais santista. O volume é 10,5% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado, 338,5 mil TEU.
Em janeiro, atracaram no cais santista 342 navios, quantidade 9,5% abaixo de janeiro do ano passado. Segundo a estatal que administra o Porto de Santos, isto caracteriza o aumento do volume de cargas por embarcação.
“Esse aumento (cargas por embarcação), ainda pequeno, indica um caminho que já vem sendo previsto, que é o crescimento do porte das embarcações que aqui escalam. Como resultado, em alguns setores, há até redução no número de navios com o aumento da quantidade de carga movimentada”, afirmou Vendramini.
Grandes navios
Para o diretor-presidente da APS, Fernando Biral, a movimentação de contêineres deve ser impulsionada a partir da possibilidade de chegada de embarcações com até 366 metros ao Porto de Santos. “A Marinha autorizou a vinda a Santos de navios de contêineres maiores e isso, junto com a implantação da BR do Mar (programa pró-cabotagem), permite a expectativa de maior crescimento deste mercado em Santos”
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 03/03/2021
PORTONAVE ESPERA BATER 1 MILHÃO DE TEUS MOVIMENTADOS EM 2021
Publicado em 03/01/2021 as
07:46 PM
Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 28 Fevereiro 2021

ER Canadá, da ONE (Divulgação Portonave)
Terminal de Navegantes (SC) movimenta mais de 100 mil TEUs em fevereiro, após operação de navio da ONE com serviço para o golfo norte-americano.
Dois meses após bater 95 mil TEUs, a Portonave conseguiu superar, na última sexta-feira (26), os 100 mil TEUs movimentados em um único mês. A nova marca de movimentação mensal do terminal de Navegantes (SC) foi conquistada em 26 dias, durante a operação do navio E.R Canada. A embarcação tem 277 metros de comprimento e capacidade para seis mil TEUs. O navio, da frota do armador ONE, integra o serviço regular GS1, que tem como destino o golfo norte-americano.
“Depois de bater os 95 mil em dezembro do ano passado, 2021 começou de forma positiva. Janeiro fechou 33% acima do mesmo período do ano passado e representou o melhor janeiro dos 13 anos de operação da companhia”, destacou o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, à Portos e Navios. Ele acredita que a movimentação de 100 mil TEUs até o último dia 26 demonstra tendência de aumento da movimentação.
A expectativa da Portonave é bater 1 milhão de TEUs movimentados em 2021. Castilho ressaltou que a movimentação em 2020 foi bastante satisfatória, registrando crescimento de 18,8% na comparação com 2019. De acordo com a empresa, foram movimentados 893.627 TEUs no ano passado. “Estamos sempre procurando novas oportunidades para trazer mais cargas para o terminal e o complexo portuário de Itajaí e Navegantes”, salientou Castilho.
O diretor-superintendente administrativo da Portonave acrescentou que a homologação do Porto de Santos para a recepção de navios até 366m deve impactar positivamente a chegada dos new panamax no mercado de navegação no Brasil. Para Castilho, esta é a tendência da navegação mundial e o Brasil não pode ficar de fora.
Ele frisou que, desde a conclusão da primeira fase da nova bacia de evolução, o complexo Itajaí-Navegantes está homologado para receber navios de até 350m de comprimento com 48m de boca. “Temos a expectativa para a realização da segunda fase da bacia, que dará ao complexo a capacidade de receber navios de até 400 metros”, projetou. A obra, segundo Castilho, já possui estudos e licença ambiental obtidos pela autoridade portuária de Itajaí.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 01/03/2021
A MITSUBISHI POWER INICIA O DESENVOLVIMENTO DE TURBINA A GÁS CLASSE 40MW ALIMENTADO POR AMÔNIA
Publicado em 03/01/2021 as
07:46 PM
Da Redação ECONOMIA 01 Março 2021

Turbina a gás série H-25
A Mitsubishi Power, subsidiária da Mitsubishi Heavy Industries (MHI), iniciou o desenvolvimento de uma turbina a gás de classe de 40 megawatts (MW) alimentada por 100% de amônia (NH 3 ). O projeto foi iniciado em resposta ao foco global crescente na descarbonização.
A queima de amônia não produz dióxido de carbono (CO 2). No futuro, após a combustão e outros testes, a Mitsubishi tem como objetivo a comercialização do equipamento por volta de 2025. Será a primeira turbina a gás comercializada do mundo a fazer uso exclusivo de amônia como combustível em um sistema nesta escala.
No futuro, a Mitsubishi Power trabalhará para promover a transição energética como integrante do Grupo MHI.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 01/03/2021
SETE EM CADA 10 GRANELEIROS NÃO ESTÃO PRONTOS PARA EEXI
Publicado em 03/01/2021 as
07:46 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 01 Março 2021

Sete em cada 10 graneleiros são 'não ecológicos', com o Índice de Eficiência Energética de Navios Existentes (EEXI) provavelmente entrando em vigor em dois anos.
As embarcações deverão receber modificações para não serem desmanteladas.
Durante o MEPC 75, em novembro de 2020, a Organização Marítima Internacional (IMO) aprovou alterações ao Anexo VI da MARPOL, introduzindo um índice de projeto de eficiência energética para todos os navios existentes. Sujeito a adoção no MEPC 76 em junho de 2021, os requisitos do EEXI entrarão em vigor em 2023.
A Clarkson Research Services analisou o perfil ambiental do setor de granéis sólidos, um segmento responsável por 35% da tonelagem da frota global.
Os graneleiros produziram aproximadamente 160 milhões de toneladas de CO2 no ano passado, cerca de 0,5% do total das emissões globais. Os graneleiros são responsáveis por cerca de 20% das emissões de CO2 da indústria naval e movimentaram cerca de 50% do comércio marítimo global em toneladas-milhas no ano passado. Esta frota emitiu seis milhões de CO2 a menos do que a frota de porta-contêineres.
As emissões de CO2 da frota de granéis em 2020 ficaram ligeiramente abaixo dos níveis de 2010, apesar de a demanda por tonelada-milha a granel ter crescido 40%. Os graneleiros reduziram, em média, as velocidades em 18% desde 2008.
Segundo a Clarksons, 29% dos graneleiros são considerados ecológicos.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 01/03/2021
SETOR PORTUÁRIO MOVIMENTOU 4,2% A MAIS EM 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:45 PM
Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 01 Março 2021

Arquivo/Divulgação
Portos públicos e privados totalizaram 1,151 bilhão de toneladas movimentadas, com destaque para granéis líquidos, com alta de quase 15% nos volumes movimentados. Granéis sólidos mantiveram crescimento, contêineres surpreenderam e carga geral solta ficou estável, segundo estatísticas anuais da Antaq.
A movimentação portuária nacional totalizou 1,151 bilhão de toneladas em 2020, considerando os dados de portos organizados e de terminais privados (autorizados e arrendados) consolidados pela gerência de estatística e avaliação de desempenho da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O volume representa crescimento de 4,2% sobre 2019. Os terminais de uso privado (TUPs) movimentaram 760 milhões de toneladas, enquanto os portos organizados operaram 391 milhões de toneladas. De 2010 a 2020, a movimentação por meio de TUPs cresceu 40%, ao passo que os portos organizados expandiram sua movimentação em 31,7%.
Entre os destaques do estatístico 2020 da Antaq estão os granéis líquidos, com crescimento de 14,8%, totalizando 289,5 milhões de toneladas movimentadas. De acordo com o relatório, os granéis sólidos somaram 688,9 milhões de toneladas movimentadas em 2020, alta de 1,2%. Já a movimentação de contêineres registrou 118,2 milhões de toneladas (+ 1,1%). A carga geral solta ficou estável, com movimentação de 54,2 milhões de toneladas em 2020, decréscimo de 0,3% em relação ao ano anterior.
O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, destacou que os números de 2020 apresentaram recuperação e superaram a queda registrada entre 2018 e 2019. Em comparação com 2018, as operações portuárias realizadas em 2020 representam mais de 3% de alta. Em 2020, granéis sólidos responderam por 60% da movimentação geral de cargas, com destaque para o minério de ferro. Já os granéis líquidos representaram 25% e foram considerados o grande responsável pelo aumento da movimentação.
“Granéis sólidos tiveram um pequeno aumento, mas granéis líquidos foram o principal perfil de carga responsável pelo aumento da movimentação, principalmente em função da maior movimentação na cabotagem (movimentação com origem na plataforma e destino terminais portuários) e exportações com aumento significativo, além da maior produção de petróleo, principalmente pré-sal", analisou. Nery também considerou positivo que o setor de contêiner tenha alcançado um ligeiro crescimento em meio à pandemia. “Foi um resultado expressivo porque, certamente, [contêineres] é o setor mais afetado pela pandemia. Se esperava resultado negativo, seria normal. No entanto, teve um ligeiro crescimento. É para ser celebrado”, salientou.
Entre os portos organizados, Santos foi o que mais movimentou cargas no ano passado (114,4 milhões de toneladas), seguido pelo Porto de Paranaguá (PR), com 52,1 milhões de toneladas. Na terceira posição, ficou Itaguaí (RJ), com 45,7 milhões de toneladas. Considerando também os terminais autorizados, o complexo portuário de Santos movimentou um total de 141,7 milhões de toneladas, com crescimento equivalente a 9,4%.
O terminal marítimo da Ponta da Madeira (MA) foi a instalação com maior movimentação dentre os TUPs, operando 191 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa 16,6% de toda carga movimentada no Brasil. Na sequência, o destaque foi o terminal aquaviário de Angra dos Reis (RJ), com 60 milhões de toneladas em óleos brutos de petróleo. Na terceira posição, o terminal de Tubarão (SC), que movimentou 56 milhões de toneladas, divididos em: minério de ferro (87%), soja (7,4%) e milho (2,1%).
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 01/03/2021
SETOR PORTUÁRIO MOVIMENTOU 1,152 BILHÃO DE TONELADAS EM 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:45 PM
Número representa crescimento de 4,2% na comparação com 2019
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil – Brasília

O setor portuário brasileiro movimentou 1,152 bilhão de toneladas em 2020. O número representa um crescimento de 4,2% na comparação com 2019, segundo os resultados do Estatístico Aquaviário divulgado hoje (1º) pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Na avaliação do diretor-geral da agência, Eduardo Nery, o resultado deve ser “celebrado”, considerando o fato de 2020 ter sido um ano afetado pela pandemia. A mesma opinião tem o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas: “conseguimos apresentar respostas depois de um ano tão difícil”, disse ele.
“Era necessário manter nossos portos e transporte funcionando. Esse foi um dos grandes desafios de 2020. Esse desafio foi plenamente atendido, Conseguimos enfrentar a pandemia, com a logística funcionando. Por isso é muito gratificante ver esse resultado, que mostra nossa capacidade de antecipação dos problemas”, acrescentou Freitas.
De acordo com o levantamento, os terminais de uso privado (TUPs) movimentaram 760 milhões de toneladas, enquanto os portos organizados movimentaram 391 milhões de toneladas. Se o recorte abranger o período entre 2010 e 2020, o crescimento na movimentação de cargas nos portos privados chegou a 39,9%, enquanto o de portos organizados ficou em 31,6%.
A Antaq apresentou um ranking da movimentação de cargas nos terminais arrendados dos portos em 2020. Santos (SP) manteve a primeira posição, com movimentação de 114,4 milhões de toneladas (aumento de 7,7%, na comparação com 2019), seguido do Porto de Paranaguá (PR), com 52,1 milhões de toneladas movimentadas (crescimento de 7,5%) e Itaguaí (RJ), que movimentou 45,7 milhões de toneladas (aumento de 5,9%).
O ranking de movimentação nos terminais de uso privado (TUPs) foi liderado pelo Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), que movimentou 191 milhões de toneladas, tendo como principal produto o minério de ferro. O Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) ficou em segundo lugar, com movimentação de 60 milhões de toneladas, tendo como carga principal a de petróleo e derivados; e em terceiro lugar o Terminal de Tubarão (SC), com movimentação de 56 milhões de toneladas que teve, como principal produto, o minério de ferro.
“As informações trazem que, em relação aos granéis sólidos, 688,9 milhões de toneladas foram movimentadas em 2020, um crescimento de 1,2%. Sobre os granéis líquidos, foram movimentados 289,5 milhões de toneladas, com crescimento de 14,8%. A movimentação de contêineres registrou 118,2 milhões de toneladas (+ 1,1%). Em relação à carga geral solta, foram 54,2 milhões de toneladas movimentadas em 2020, um decréscimo de 0,3%, comparando-se com 2019”, informou a Antaq.
“Conteineres, que é o setor mais afetado pela pandemia, teve ligeiro crescimento [1,1%], o que deve ser celebrado porque se esperava resultado negativo”, disse Eduardo Nery.
Cargas
A carga mais movimentada foi o minério de ferro, com um total de 356 milhões de toneladas movimentadas. Em segundo lugar está a de petróleo e derivados, com 262 milhões de toneladas, seguida dos contêineres, que totalizaram 118,2 milhões de toneladas. A soja ficou em quarto lugar, com 104,2 milhões de toneladas movimentadas.
“O maior destaque, sob o aspecto do perfil de cargas, foi o dos granéis líquidos, com crescimento de 14,8% em relação ao ano de 2019, demonstrando o vigor do pré-sal. Também foram destaque as movimentações de exportação de óleos brutos de petróleo, que atingiram o crescimento de 18,8%”, detalha o levantamento.
Segundo o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da Antaq, Fernando Serra, o crescimento na movimentação portuária em pleno período de pandemia se deve ao interesse estrangeiro pelas commodities, em especial minério de ferro, soja, milho e insumos para o plantio das safras. “Essas cargas têm grande peso no resultado do crescimento da movimentação. Elas não sofreram com a covid-19, pois os contratos de exportação são feitos no longo prazo, fazendo com que os embarques dessas mercadorias sejam contínuos, mesmo com a situação da pandemia”, disse.
“Por outro lado, os granéis líquidos (em especial petróleo e derivados) foram os que mais cresceram na movimentação total brasileira. Com 14,8% de crescimento, puxaram o valor de 4,2%, observado no crescimento geral da movimentação de cargas no Brasil. Houve aumento nas exportações de petróleo e na cabotagem do pré-sal. Todos esses movimentos não se sujeitaram aos problemas causados pela covid-19”, acrescentou Serra.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil - DF
Data : 01/03/2021
NAVIO COM CASO DE COVID-19 ENTRA EM QUARENTENA NO PORTO DE SANTOS, SP
Publicado em 03/01/2021 as
07:45 PM
Embarcação deve paralisar operações por 14 dias, segundo informou a Anvisa.
Por G1 Santos
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/A/i/GTZnVfRPGle0Fm3Pt5Hg/federal-lyra.jpg)
Navio ficará na barra de Santos por 14 dias — Foto: Reprodução/Marine Traffic
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou, nesta quinta-feira (25), que um navio está em quarentena no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A embarcação registrou um caso positivo de Covid-19 e ficará aguardando por 14 dias no cais santista. Um segundo navio deve ser liberado em breve após tripulantes testarem negativo.
Conforme a agência reguladora, o navio ‘Federal Lyra’ exportava enxofre e chegou à região no sábado (20), vindo da República de Camarões. Ele não chegou a atracar, pois já havia a informação de que um tripulante estava isolado por suspeita da doença. Todos os 20 tripulantes passaram por testes, e somente um deles testou positivo para o coronavírus. As atividades foram paralisadas, e o navio aguarda na barra de Santos.
2º navio
O segundo navio é o ‘MZ Sam’, que atracou na segunda-feira (22) na Margem Direita do Porto de Santos. A embarcação estava em atividade de cabotagem, vinda do Rio Grande do Norte. Com 16 tripulantes, o navio passou por testes da doença na quarta-feira (22), após sete tripulantes pedirem repatriação.
Um deles testou positivo, no entanto, testes de contraprova apontaram resultados negativos em toda a tripulação. Ainda segundo a Anvisa, o navio aguarda para ser liberado.
Há cerca de cinco meses o Porto de Santos não registrava navios em quarentena. A última embarcação a ficar 14 dias no cais santista por causa de casos de Covid-19 foi o ‘Pacific Trader’, que fazia o transporte de contêineres, no dia 6 de setembro.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 01/03/2021
CNI: INVESTIMENTO FEDERAL NA ÁREA DE TRANSPORTES CAI 4% EM 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:45 PM
Valor refere-se a investimentos do Ministério da Infraestrutura, Infraero e docas federais
Por Juliano Basile, Valor — Brasília
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) verificou que o total de investimentos federais na área de transportes foi de R$ 8,3 bilhões em 2020, valor 4% inferior ao de 2019 e o menor desde 2005. Os dados referem-se ao total de recursos investidos pelo Ministério da Infraestrutura, pela Infraero e pelas sete docas federais, estatais responsáveis pela administração de parte dos portos públicos do país.
Esses valores são corrigidos pelo IPCA e fazem parte de levantamento realizado pela CNI com informações do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi), compilados pela ONG Contas Abertas.
Os últimos dez anos foram marcados por uma redução progressiva da capacidade de investimento do setor público, reflexo da crise fiscal e econômica que o país ainda enfrenta. Após o pico de investimentos, em 2010, os recursos federais liberados para investimentos no setor de transportes sofreram reduções sistemáticas. Em 2020, o orçamento autorizado para investimentos foi de R$ 9,8 bilhões, valor 68% inferior ao de 2010.
“Vale destacar que, nos últimos dois anos, o Ministério da Infraestrutura executou praticamente a totalidade dos recursos autorizados para investimentos, resultando em mais de 90 obras entregues apenas em 2020, ano ainda mais desafiador ao andamento dos empreendimentos em função da pandemia”, afirmou o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.
Como resultado dessa execução, o volume de investimentos do ministério foi de R$ 7,8 bilhões, o que representa 92% do seu orçamento autorizado em 2020. A Infraero, por sua vez, investiu R$ 443,7 milhões e o conjunto de companhias com docas investiu apenas R$ 40,8 milhões.
Na avaliação da CNI, a alavancagem do investimento em transportes depende invariavelmente da agenda de reformas do Estado brasileiro, especialmente a tributária e a administrativa. No Congresso Nacional, tramitam também projetos de lei que, se aprovados, vão permitir o aumento dos recursos aplicados nos diferentes setores de infraestrutura.
O relatório da CNI destaca ainda que, em uma realidade de intensa restrição fiscal, também é essencial para o país se contrapor às falhas de Estado com uma maior participação da iniciativa privada, tanto nos investimentos, como na gestão da infraestrutura de transportes.
A agenda de transferência de ativos ao setor privado tem evoluído bem nos últimos anos e, até 2022, o governo prevê importantes leilões para o setor de transportes, seja no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), seja em outras esferas de planejamento (Programa Pró-Brasil). Esse é o caso dos leilões de aeroportos da Infraero, que já teve 22 leiloados. Ele também envolve a transferência ao setor privado de sete companhias docas federais, a ser iniciada com a desestatização da Cia Docas do Espírito Santo (Codesa).
“A continuidade e aprofundamento dos processos de concessão e de privatização adotados até o momento são questões-chave para intensificar o processo de recuperação e auxiliar na pavimentação de um novo ciclo de crescimento com base na expansão do investimento”, ressaltou o especialista em infraestrutura da CNI, Matheus de Castro.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 01/03/2021
CHINA ZERA FINANCIAMENTO À AMÉRICA LATINA EM 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:44 PM
Foi o primeiro ano desde 2006 em que Pequim não emprestou dinheiro para governos da região por meio de seus bancos
Por Marsílea Gombata, Valor — São Paulo
Em 2020 a China não fez nenhum empréstimo para a América Latina e Caribe. Foi o primeiro ano desde 2006 em que Pequim não emprestou dinheiro para governos da região por meio de seus bancos. Segundo analistas, a pandemia e a deterioração das condições financeiras dos países contribuíram para isso, o que fez a China ficar mais cautelosa e menos disposta a financiar governos e projetos arriscados.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/L/I/YLWkDqSA2TeIPczLaRIA/arte01int-101-china-a11.jpg)
China zera financiamento à América Latina em 2020 — Foto: valor
Ao analisar empréstimos do Banco de Desenvolvimento da China (CDB) e do Banco de Exportação e Importação (Eximbank) – bancos estatais que mais emprestam à América Latina – relatório do centro de estudos Inter-American Dialogue, de Washington, e da Universidade de Boston mostra que não foram emitidos novos financiamentos para governos nem empresas da região em 2020. O estudo diz que “a capacidade da China de oferecer financiamento de Estado para Estado “foi afetada pela pandemia, que também dificultou a execução de grandes projetos de infraestrutura” na região.
A pandemia acelerou um processo que vinha ocorrendo nos últimos cinco anos. Desde 2016, o total de empréstimos chineses para a região vêm caindo de forma acelerada. Segundo o China-Latin America Finance Database, do Inter-American Dialogue, os empréstimos chineses para a América Latina foram de US$ 21,5 bilhões em 2015 para US$ 1,1 bilhão em 2019.
“Também por causa da pandemia governos latino-ameicanos não estavam particularmente interessados em promover grandes projetos de infraestrutura”, afirma Margaret Myers, diretora do programa de Ásia e América Latina no Inter-American Dialogue e uma das autoras do relatório.
Por outro lado, argumenta Myers, bancos chineses estão mais voltados para a Iniciativa do Cinturão e da Rota (Belt and Road Initiative, BRI) em setores como tecnologia e saúde, que ganharam força no ano passado com temas como 5G e vacina contra a covid-19.
Nos últimos anos, esse tipo de financiamento pela China encontrou dificuldades, como atraso de obras, projetos de baixo retorno e deterioração das condições financeiras de países que não conseguem pagar a dívida com Pequim.
A Venezuela é o principal exemplo. O país foi destino de 45% do total de US$ 136 bilhões de empréstimos de bancos chineses desde 2005, mas não recebe nada de Pequim desde 2017, segundo dados do Inter-American Dialogue.
Pepe Zhang, do Centro para América Latina Adrienne Arsht, do Atlantic Council, afirma que desde 2015 houve uma curva de aprendizagem da China, que agora está mais cautelosa.
“Certamente, a piora econômica desses países tem um peso importante nas decisões do governo chinês. Além de menos empréstimos para esses governos, Pequim passou a exigir projetos de maior qualidade, que sejam sustentáveis e deem retorno”, diz. “Essa aprendizagem vem antes mesmo da pandemia. A China quer colocar seu dinheiro onde for economicamente mais interessante.”
Em fevereiro de 2020, o Ministério do Comércio da China e o CDB emitiram um comunicado no qual ressaltam que a alta qualidade de projetos e das empresas seria levada em conta para a aprovação de financiamento de baixo custo e empréstimos para capital de giro.
Em contraste com empréstimos entre Estados, via bancos públicos chineses, os fundos conjuntos – como o Fundo de Investimento em Cooperação Industrial China-América Latina e Caribe (CLAI) e o Fundo de Cooperação China-América Latina e Caribe (CLAC) – deram seguimentos a projetos também durante a pandemia. Em abril de 2020, o CLAI financiou a aquisição da distribuidora de energia peruana Luz del Sur pela chinesa Yangtze Power.
“Parte disso deve-se ao fato de os fundos envolverem empresas chinesas e não empréstimos entre Estados”, afirma Zhang. “Além disso, esse tipo de financiamento tem como foco áreas específicas, como energia, infraestrutura e transporte.”
Em 2021 dificilmente haverá retomada forte dos empréstimos no âmbito Estado-Estado da China para a região, diz Zhang, mas negociações em curso indicam alta em relação ao ano passado.
Myers lembra que o governo chinês ofereceu US$ 1 bilhão para ajudar governos da região a usarem suas vacina contra a covid-19 e há negociações em curso com o Equador para um novo empréstimo de US$ 2,4 bilhões.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 01/03/2021
SANTOS BRASIL VAI DISPUTAR TERMINAL DE COMBUSTÍVEL
Publicado em 03/01/2021 as
07:44 PM
Grupo deve participar da concorrência por quatro terminais de granéis líquidos no porto de Itaqui (MA), em abril
Por Taís Hirata — De São Paulo
A operadora portuária Santos Brasil planeja intensificar sua diversificação de cargas neste ano e tem buscado parceiros para operar terminais de combustíveis no Maranhão, segundo o presidente da companhia, Antonio Carlos Sepúlveda. A empresa se prepara para o leilão de quatro terminais de granéis líquidos no Porto de Itaqui (MA), que serão licitado no início de abril.
“Estamos estudando profundamente, buscando parceiros para levar ao menos um desses terminais”, afirmou o executivo. Na concorrência, que será realizada na sede da B3, vencerá o grupo que oferecer o maior valor de outorga por cada um dos ativos.
No fim deste ano, também está previsto o leilão de dois grandes terminais de granéis líquidos no Porto de Santos. Em relação a essa concorrência, ele afirma que ainda é cedo. “Vamos olhar, mas depois [da licitação de abril].”
A Santos Brasil opera cinco terminais portuários no país, em Santos, Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA). O mais relevante deles é o terminal de contêineres em Santos. A empresa, porém, tem se preparado para entrar em novos segmentos. Com esse objetivo, em setembro de 2020, o grupo levantou R$ 790 milhões em uma oferta subsequente de ações.
“Somos um dos maiores grupos de contêineres do país, mas identificamos outros negócios que crescem em um ritmo mais acelerado, como as cargas ligadas ao agronegócio. Além disso, vivemos um ciclo de muitos contratos vencendo e um governo pró ativo. É uma grande janela de oportunidades que se abre”, diz.
Recentemente, a empresa conquistou dois contratos temporários no Porto de Santos, na região do Saboó. O primeiro foi firmado em maio de 2020 e, o segundo, foi arrematado em janeiro. O objetivo é movimentar carga geral, principalmente as chamadas cargas de projeto – equipamentos, peças e maquinário em geral.
A operação acaba de ser inaugurada, com a chegada de um transformador de 217 toneladas ao primeiro terminal, cujo início dos trabalhos sofreu um atraso. Também há planos de movimentar sucata ferrosa e fertilizantes no local, segundo o diretor comercial, Ricardo Buteri.
No segundo terminal no Saboó, também temporário, o grupo deve operar cargas de projeto, veículos e contêineres vazios. As duas operações são provisórias, e devem durar até que a área seja licitada definitivamente. Essa modalidade de contrato foi criada para evitar ociosidade no porto.
O governo ainda faz estudos para decidir o destino final do Saboó, que fica na margem direita do porto. O projeto está em aberto, mas no mercado já há expectativas de um leilão grande e disputado. Uma possibilidade é transformar o local em um novo terminal de contêineres.
Para Sepúlveda, seria mais interessante destinar a área à movimentação de carga geral. “A região do Saboó é a última generalista do porto de Santos”, diz. Além disso, o executivo defende que o local é ideal para a movimentação de cargas de projetos, devido a seus acessos, sua localização e pela demanda forte no Estado de São Paulo pelo produto.
Outro forte objetivo da companhia é entrar na operação de grãos. Até o momento, não houve uma oportunidade concreta de leilão de granéis sólidos, mas é um segmento que está no radar, afirma o presidente.
Além disso, a empresa planeja investir em sua operação logística, para criar um serviço “de porta a porta” aos clientes – uma tendência que tem crescido no setor. A Santos Brasil já tem uma frota de 140 caminhões e dois centros de distribuição em São Bernardo do Campo – um deles foi inaugurado em outubro.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 01/03/2021
MP MUDA REGRAS PARA EMPRESA VENCER CRISE
Publicado em 03/01/2021 as
07:44 PM
Por Idiana Tomazelli - Brasília
Com a explosão de casos e internações por covid-19 em vários Estados e a decisão de governadores de endurecer as medidas restritivas à circulação de pessoas, o governo federal deve reeditar a Medida Provisória (MP) que dá às empresas instrumentos para enfrentar a crise, segundo apurou oEstadão/Broadcast.
O texto deve ser feito nos mesmos moldes da MP 927, que no ano passado permitiu às companhias antecipar férias e feriados, conceder férias coletivas e adotar o teletrabalho.
A nova MP já está engatilhada e terá vigência imediata. Sua edição é considerada importante porque estados como o Rio Grande do Sul e o Distrito Federal já anunciaram que apenas serviços essenciais continuarão abertos.
No Rio Grande do Sul, estabelecimentos como academias, teatros e cinemas serão fechados, e restaurantes poderão funcionar apenas por meio de tele-entrega ou retirada, com 25% da capacidade e do número de trabalhadores. O DF deve seguir esquema semelhante.
Para evitar um desfalque grande no caixa das empresas ou uma avalanche de demissões, o governo vai lançar mão da MP com as medidas trabalhistas. O texto deve permitir antecipar férias de forma individual (com pagamento postergado do terço de férias como medida de alívio às companhias), conceder férias coletivas, antecipar feriados, constituir regime especial de banco de horas entre outras iniciativas.
A MP 927 de 2020 previa ainda a possibilidade de os empregadores adiarem os depósitos do FGTS sobre o salário dos trabalhadores, mediante reembolso posterior. Segundo apurou o Estadão/Broadcast essa medida está em estudo e pode ser incluída na MP, mas ainda depende de cálculos sobre as condições de liquidez do fundo de garantia, isto é, se esse diferimento não compromete sua capacidade de honrar todos os desembolsos e saques previstos para o período.
Fluxo do FGTS
Segundo uma fonte, a suspensão temporária do pagamento traz um problema momentâneo de fluxo de receitas ao FGTS, mas isso poderia ser recuperado no segundo semestre. Caso haja disponibilidade para amortecer o impacto, o adiamento pode ser adotado.
Dentro da equipe econômica, também é esperada uma maior pressão pela recriação do programa que permite a redução de jornada e salário dos trabalhadores, ou suspensão de contratos. Essa medida continua em estudo, mas deve ficar para uma segunda etapa pois depende de uma decisão final sobre o desenho do programa.
No ano passado, o governo pagou um benefício emergencial (BEm) equivalente a parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se demitido, como forma de compensação pela perda de remuneração. Agora, porém, a equipe econômica dispõe de menos espaço no Orçamento para acomodar um desenho semelhante.
Por isso, os técnicos têm estudado maneiras diferentes de financiar o BEm, fazendo dele uma antecipação do próprio seguro-desemprego ou utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o abono e o seguro. Segundo apurou a reportagem, a avaliação hoje é que o BEm pode ser reeditado sem necessidade de aprovação da PEC emergencial ou de um novo decreto de calamidade, e a tendência é que ele seja sozinho equilibrado, sem necessidade de recursos adicionais.
A PEC emergencial, porém, é essencial para destravar a nova rodada de auxílio emergencial a vulneráveis. O presidente Jair Bolsonaro já informou que o governo vai pagar mais quatro parcelas de R$ 250, como já havia mostrado o Estadão/Broadcast. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 01/03/2021
‘PRESTÍGIO’ DE TARCÍSIO DE FREITAS NÃO LEVA VERBA À INFRAESTRUTURA
Publicado em 03/01/2021 as
07:44 PM
Ministro costuma ciceronear o presidente Jair Bolsonaro em agendas de obras de rodovias, mas montante para investimentos da pasta segue estagnado
Por André Shalders, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, é figura frequente ao lado do presidente Jair Bolsonaro em eventos presenciais e lives nas redes sociais. Com a fama de “rei do asfalto”, costuma ciceronear o chefe em inaugurações de obras de rodovias. Em janeiro, no interior da Bahia, Bolsonaro disse que Tarcísio era “a figura mais importante” da administração. As contas da pasta, no entanto, mostram que a Infraestrutura não é a prioridade na hora de liberar verbas do Orçamento e o ministro se sobressai na equipe de governo pelas obras de pavimentação de estradas.
O montante disponível para investimentos no Ministério da Infraestrutura segue estagnado desde o começo da gestão Bolsonaro. Tanto em comparação com o disponível para a área no governo anterior, de Michel Temer (MDB), quanto em proporção do total investido pelo Executivo. Enquanto bilhões de reais de fundos ligados ao ministério são retidos (contingenciados) para diminuir o déficit da União, áreas como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia ligada ao ministério, reclamam de falta de verbas para pagar fornecedores.

Tarcísio de Freitas, da Infraestrurtura; a 'figura mais importante' da administração, segundo Bolsonaro Foto: Ricardo Botelho/MInfra
Desde que Tarcísio de Freitas assumiu a Infraestrutura, a pasta nunca recuperou completamente o volume de recursos que teve durante as gestões de seus antecessores, Maurício Quintella Lessa (2016-2018) e Valter Casimiro Silveira (2018-2019), quando o órgão se chamava Ministério dos Transportes.
Em 2020, a pasta empenhou R$ 8,1 bilhões em investimentos. A despeito da pandemia do novo coronavírus, é um valor maior que o empenhado em 2019 (R$ 7,8 bilhões). É menos, porém, do que os valores empenhados antes da chegada de Jair Bolsonaro ao poder: em 2018, foram R$ 10,6 bilhões em investimentos; e R$ 13,1 bilhões em 2017. Em 2016, ano marcado pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e pela troca de comando no governo, o montante fechou em R$ 9,9 bilhões.
Os valores foram levantados pela reportagem usando a ferramenta Siga Brasil, do Senado, e corrigidos pela inflação. Esses índices e valores foram apresentados ao ministério para comentários. A pasta não questionou os dados e destacou que tem buscado “otimizar” o uso dos recursos públicos.
Assim como no Ministério da Infraestrutura, o total destinado aos investimentos no Executivo como um todo vem caindo desde 2016 em valores reais. Mesmo assim, sob Bolsonaro, a pasta foi responsável por uma fatia menor desse dinheiro. Em 2017 e 2018, o orçamento autorizado para investimentos no antigo Ministério dos Transportes correspondeu a 19% do total do Poder Executivo. Já na gestão atual, em 2019 e 2020, o porcentual ficou em 17,5% e 18,1%, respectivamente.
O Ministério da Infraestrutura só assumiu este nome em 2019 – antes, era chamado de Ministério dos Transportes. A configuração atual da pasta surgiu em 2016, já sob Temer, quando ela absorveu as antigas secretarias de Portos e de Aviação Civil (a reportagem analisou números a partir daquele ano, quando estava consolidada a estrutura atual da pasta). No governo Dilma, as duas secretarias tinham status de ministério.
Na hora de usar os recursos disponíveis, Tarcísio de Freitas se sai bem: em 2020, a pasta empenhou 96,5% da verba disponível para investimentos. No ano anterior, foi de 96%. A marca, entretanto, não difere tanto daquela dos antecessores, que poderiam reivindicar o título de “rei do asfalto”. Em 2018, foram empenhados 96% do total disponível. Em 2017 e 2016, o porcentual ficou em 91,9% e 83,5%, respectivamente.
O índice que o ministério costuma apresentar é de 99,8% de execução em 2020. A diferença de números se deve ao fato de a pasta considerar todas as verbas discricionárias, enquanto a reportagem levou em conta apenas as verbas discricionárias de investimentos, que são identificadas com o código GND 4.
Pavimentação
Em tom de brincadeira e elogio, Bolsonaro disse, em lives, que, se deixar, Tarcísio asfalta até o gramado do Palácio da Alvorada. A capacidade de “tocador de obras” e a fama de “entregar muito” se limitam a obras de pavimentação. Além da estagnação nas verbas, a pasta da Infraestrutura viu fundos públicos ligados ao órgão sofrerem uma grande redução nos recursos aplicados em 2020 – caso do Fundo Nacional de Aviação Civil e do Fundo da Marinha Mercante. A redução ocorreu por causa da decisão da equipe comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de reter o dinheiro para a chamada “reserva de contingência”, isto é, para amenizar o rombo nas contas públicas.
Em 2020, o Fundo Nacional da Aviação Civil teve uma queda de 93% no volume empenhado, em relação a 2019. O valor caiu de R$ 1,85 bilhão para R$ 126 milhões, 93% a menos. O mesmo aconteceu com o Fundo da Marinha Mercante, que financia projetos da indústria naval. No FMM, a redução foi de 71% em relação a 2019. No Fundo da Aviação Civil, ficaram “guardados” R$ 5,24 bilhões em 2020, ante R$ 1,9 bilhão em 2019. Ainda no FMM, R$ 1,3 bilhão foi para a reserva de contingência em 2020. O dinheiro ajudou a amenizar o déficit de R$ 702 bilhões do governo do ano passado (esses recursos dos fundos não estão nos porcentuais acima).
O Fundo da Aviação Civil, especialmente, é alvo de reclamações constantes de Guedes, que o considera “engessado”. A reportagem do Estadão apurou que o próprio Tarcísio se queixa de não poder usar os recursos do fundo para outras áreas, como reparos em estradas. A limitação é determinada em lei.
Recursos
Ao mesmo tempo em que há dinheiro represado nos fundos, outras áreas do ministério reclamam de falta de recursos. No dia 3 de fevereiro, a diretora substituta de administração de finanças do Dnit, Fernanda Gimenez Machado Faé, enviou ofício ao ministério alertando sobre a “situação constrangedora de inadimplência” da autarquia.
Naquele momento, a dívida acumulada pelo órgão com empresas somava R$ 499 milhões, segundo um ofício publicado pela agência Infra cuja autenticidade foi confirmada pelo Estadão. Embora esta parcela tenha sido paga, o risco de paralisação nas obras não foi afastado totalmente: no documento, a diretora do Dnit estima que precisará de R$ 1,5 bilhão até março “para que se evitem paralisações de obras e futuras ações judiciais”.
Cenário é de restrição orçamentária, diz pasta
O Ministério da Infraestrutura afirmou em nota que o País vive um “cenário de restrições orçamentárias” e, por isso, tem tentado otimizar o uso do dinheiro público. Segundo a pasta, isto é feito priorizando obras consideradas estratégicas, a conclusão de projetos inacabados e aquelas que precisam de manutenção para que o patrimônio público seja preservado.
A pasta ressaltou que o ministro Tarcísio de Freitas tem se reunido com congressistas para direcionar emendas às obras tocadas pelo ministério – o que significou R$ 2,3 bilhões no ano passado, e o dinheiro, segundo a pasta, ajudou a viabilizar “a entrega de 92 obras, incluindo 1.430 km de rodovias recuperadas nas cinco regiões do País”.
O ministério afirmou ainda que o objetivo do governo é “transferir o máximo de ativos para a iniciativa privada, para que os investimentos aconteçam de forma mais rápida”. “De 2019 até aqui, foram concedidos 40 ativos, que estão resultando em R$ 44,33 bilhões em investimentos privados para qualificar os aeroportos, ferrovias, portos e rodovias brasileiros.” Segundo a pasta, a meta é fechar mais de R$ 250 bilhões em contratos para investimentos privados até 2022.
Sobre o Dnit, o ministério destacou a liberação de R$ 538 milhões para a autarquia em fevereiro, o que evitou a paralisação de obras e serviços. “Com a aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual, em discussão no Congresso), o Dnit poderá realizar novos empenhos. Cabe ressaltar que a Infraestrutura mantém diálogo permanente com o Ministério da Economia para a liberação de recursos para garantir a execução dos cronogramas planejados.”
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 01/03/2021
UNIÃO DE VEREADORES MANIFESTA APOIO A PROJETO DE TÚNEL ENTRE SANTOS E GUARUJÁ
Publicado em 03/01/2021 as
07:43 PM
Por José Tomazela
A União de Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) manifestou apoio ao projeto de um túnel sob o canal do porto ligando as cidades de Santos e Guarujá. Conforme o presidente da entidade, Betinho Andrade (PSDB), vereador em Praia Grande, a comitiva visitou o terminal de contêineres no estuário do Porto de Santos e conheceu detalhes do projeto.
Segundo ele, o projeto parece vantajoso em relação à proposta de interligar as duas margens do porto através de uma ponte. “Sob o aspecto técnico e de obra de engenharia fica comprovado que a melhor opção para a ligação seca é o projeto do túnel, principalmente para o desenvolvimento do porto nos próximos anos, pois não cria barreiras físicas no canal de navegação”, ponderou.
Pela proposta do governo estadual, apresentada em novembro de 2020 ao governo federal, a ponte terá um vão principal de 750 m – que se tornará o maior da América Latina – e com altura de 85 m a partir do nível do mar. Conforme a Secretaria de Logística e Transportes, as medidas eliminam qualquer interferência operacional no presente e no futuro, com as ampliações previstas no porto. O projeto será executado pela concessionária Ecovias, que já administra o Sistema Anchieta-Imigrantes.
As duas propostas se contrapõem e dividem opiniões. Andrade destacou que a definição pelo melhor projeto deve ser técnica e não política e disse que a Uvebs irá apresentar aos demais vereadores da Baixada Santista os detalhes do túnel imerso. “A classe política precisa ter o conhecimento da questão principal que é o desenvolvimento portuário”, garantiu.
Representantes da campanha ‘Vou de Túnel’, mobilização de mais de 30 empresas e associações de diferentes segmentos que defendem a alternativa, apresentaram o projeto e a situação atual para a obra do túnel imerso aos parlamentares.
Porta-voz da campanha, o consultor portuário Eduardo Lustoza destacou os impactos positivos do projeto do túnel para as comunidades dos municípios da Baixada Santista, como a segurança nas manobras dos navios no porto, a redução de 95% de desapropriações e os benefícios para a mobilidade urbana no trajeto entre Santos e Guarujá.
“O túnel imerso atenderá mais de 40 mil pessoas por dia e reduzirá em 25 minutos o tempo de travessia em relação à ponte. O trajeto entre as cidades passará a ser feito em menos de cinco minutos e desafogará as filas na balsa. Com distância de apenas 1,7 km e localização estratégica, o túnel é também uma opção mais econômica e tem menor custo do que o projeto da ponte (R$ 2,5 bilhões do túnel, contra R$ 3,9 bilhões da ponte)”, completou Lustoza.
Outro porta-voz, o engenheiro naval Casemiro Tércio Carvalho afirmou que a visita contou com representantes das Câmaras dos nove municípios da Baixada Santista. “A visita técnica foi importante para apresentar e esclarecer as atualizações do projeto do túnel e as novas informações em contraposição ao projeto da ponte. Uma oportunidade de mostrar aos vereadores a importância da geração de emprego e as melhorias para a qualidade de vida dos moradores da Baixada, disse”.
O presidente da Câmara de Santos, vereador Adilson Júnior (PP), também considera o túnel a melhor alternativa para ligação seca e lembrou que não existe no mundo uma indicação de ponte em área portuária. “Uma ponte na região apresenta questões como desapropriação maior, interferência urbanística mais agressiva e impede mais um eixo de desenvolvimento econômico para a região por inviabilizar um novo aeroporto no Guarujá”, disse.

Túnel ou ponte interligará as duas margens do Porto de Santos. Foto VoudeTúnel/Divulgação.
PONTE – Já a pasta estadual de Logística e Transportes afirma que a interligação das margens por ponte é adequada a qualquer possível ampliação do porto, além de ser compatível com a linha férrea e melhorar o acesso ao aeroporto de Guarujá. Segundo a secretaria, a ponte reduzirá o percurso entre Santos e Guarujá dos atuais 45 km para menos de 20 e otimizará em 50% o serviço de balsas, além de reduzir de uma hora para 20 minutos o tempo de viagem das cargas.
A obra, que vai gerar 4 mil empregos diretos e indiretos, terá o custo bancado pela concessionária. Hoje, 10 mil caminhões passam pela rodovia Cônego Domênico Rangoni diariamente. Cerca de 60% desse movimento serão absorvidos pela nova estrutura, que terá 7,5 km de extensão, sendo 1,1 km de travessia em ponte pênsil e o restante em viadutos.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 01/03/2021
BALANÇA COMERCIAL TEM SUPERÁVIT DE US$ 1,152 BILHÃO EM FEVEREIRO
Publicado em 03/01/2021 as
07:43 PM
Resultado é metade do valor registrado no mesmo mês de 2020 e é o menor saldo para fevereiro desde 2015
Por Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Com a importação de insumos para a produção nacional em alta e exportações crescendo mais devagar por causa da entressafra agrícola, a balança comercial brasileira fechou o mês de fevereiro com superávit de US$ 1,152 bilhão, o menor saldo para o mês em sete anos. O valor é metade do registrado em fevereiro de 2020, quando havia sido positivo em US$ 2,325 bilhões.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) avançou 8,2%. As exportações foram de US$ 16,183 bilhões, uma alta de 3,9% ante fevereiro de 2020. Já as importações chegaram a US$ 15,030 bilhões, um avanço de 13,4% na mesma comparação.
Depois de segurar as vendas ao exterior em 2020, o setor agropecuário teve queda de US$ 15,38 milhões (-10,8%) em fevereiro. Houve crescimento de US$ 31,77 milhões (13,8%) nas vendas da indústria extrativa e de US$ 17,31 milhões (3,5%) em produtos da indústria de transformação.

Em fevereiro as exportações somaram US$ 16,183 bilhões, alta de 3,9% ante o mesmo mês de 2020. Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 20/7/2018
Já nas importações, houve aumento de US$ 2,76 milhões (14,9%) em agropecuária e de US$ 83,7 milhões ( 12,4%) em produtos da indústria de transformação e queda de US$ 570 milhões (-1,4%) em Indústria Extrativa.
“O aumento de importações vem em um contexto de melhora da atividade econômica observado desde o segundo semestre do ano passado. Há incertezas em relação à economia, mas o comércio mundial está em patamar superior ao que estava no pré-covid. Mas ainda é difícil saber se esse aumento de importações vai se manter”, explicou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão.
Houve aumento na compra de insumos para a indústria de eletroeletrônicos e de adubos e fertilizantes. Além disso, houve a nacionalização de plataformas de petróleo em fevereiro, que somaram US$ 1,4 bilhão. A nacionalização se dá por questões tributárias, para aproveitar benefícios da legislação brasileira.
Pelo lado das exportações, a queda nas exportações agrícolas em fevereiro se deu, principalmente, pela safra tardia de soja registrada em 2021. Já o aumento na venda de produtos da indústria extrativa foi puxado principalmente pelo aumento do preço do minério de ferro no mês.
Segundo Brandão, a expectativa é de crescimento em 2021 tanto em exportações, quanto em importações, e de um saldo comercial “robusto”. “A exportação depende da demanda mundial e, a importação, da economia interna. Esperamos crescimento nas duas”, completou.
Para o ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Welber Barral, o crescimento maior das importações deverá se estender ao longo do ano porque, com a retomada da economia e com os estoques baixos, a indústria está comprando insumos no exterior para aumentar a produção e recompor os estoques. “Fevereiro foi bom, apesar de o saldo da balança ter ficado 50% abaixo do saldo de fevereiro do ano passado”, disse, ressaltando que o resultado mostra a retomada da economia.
No primeiro bimestre, houve queda de 8,6% nas exportações para a União Europeia, principalmente por conta da entressafra agrícola e da redução de embarques de óleo bruto. Houve aumento de 11,2% para a Ásia, 16,5% para a América do Sul e 4,8% para a América do Norte.
Já pelo lado das importações, houve redução de 22,6% dos produtos vindos dos Estados Unidos. Isso se deve, principalmente, porque a base de 2020 estava inflada pela nacionalização de plataformas de petróleos. Houve crescimento de 25,4% da América do Sul, com aumento de cereais, farinhas, trigo e partes de veículos automotivos. /COLABOROU FRANCISCO CARLOS DE ASSIS
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 01/03/2021
NA CONTRAMÃO, PETROBRÁS PERDE VALOR DE MERCADO
Publicado em 03/01/2021 as
07:43 PM
Marcada pelo receio de ingerência política, petroleira perdeu 25% de seu valor no ano; rivais viram ação subir
Por Fernanda Nunes, O Estado de S.Paulo
RIO - A recuperação do preço do petróleo nos últimos meses levou as petroleiras ao redor do mundo a ganharem mais tanto na operação, vendendo petróleo e derivados, quanto com a valorização das suas ações no mercado financeiro. Nessa última ponta, no entanto, a Petrobrás ficou para trás.
Abalada pelo receio de interferências do governo na empresa, que culminou com a demissão do presidente da companhia, Roberto Castello Branco, a petroleira brasileira perdeu 25% de valor de mercado desde janeiro – o montante caiu de R$ 381,5 bilhões no primeiro pregão do ano para R$ 286 bilhões última sexta-feira. Em trajetória oposta, alguns dos seus pares – BP, Equinor, Exxon e Shell – passaram a valer 10% mais, segundo a consultoria Stonex. A Petrobrás foi a que teve o pior desempenho no mercado financeiro no período.
Para analistas, o que mudou foi a percepção entre os investidores de que o governo está se valendo da posição de controlador da estatal para contrariar a decisão do atual comando da empresa de manter o valor dos seus combustíveis alinhados aos de importação.
A Política de Paridade Internacional (PPI) foi adotada em 2016 e vem sendo mantida até hoje. Ela foi pensada para viabilizar a abertura do mercado de combustíveis à concorrência, com atração de importadores e novos investidores em refinarias, onde o petróleo é transformado em derivados.
Desde então, o diesel e a gasolina encarece na bomba à medida que o petróleo sobe na Bolsa de Londres.
“Basicamente, as ações da Petrobrás caíram por causa da interferência política, porque o petróleo segue em recuperação”, disse o analista de Petróleo e Gás Natural da Stonex, Thiago Silva. O barril, tipo Brent, registra alta de quase 25% no ano.
CEO da consultoria JGlobal Energy, Cristiano Costa diz que o mercado está muito descrente de que o PPI será mantido. “Prova disso foi a troca do presidente da empresa, após o último reajuste. A minha percepção é de que ela está indo para um rumo não muito interessante para os acionistas”, afirmou.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 01/03/2021
USINA TÉRMICA DE R$ 570 MILHÕES DA PETROBRÁS NA BAHIA VIRA 'ELEFANTE BRANCO'
Publicado em 03/01/2021 as
07:42 PM
Petroleira já pediu o encerramento formal das operações da termoelétrica, uma vez que não consegue vender a energia produzida na planta, devido ao alto custo de manutenção do maquinário
Por André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A usina termoelétrica de Camaçari, um dos principais investimentos da Petrobrás na Bahia, e que seria um marco na história da estatal em projetos de energia para o setor industrial, tornou-se um elefante branco, com operações paralisadas, custos milionários e um destino completamente incerto. Só para a construção e compra total da usina, a estatal desembolsou mais de R$ 500 milhões, em valores corrigidos.
O Estadão apurou que a Petrobrás já pediu o encerramento formal das operações da usina, simplesmente porque não consegue vender a energia ao preço necessário para cobrir os custos de manutenção e a tecnologia usada na montagem da planta. À reportagem, a Petrobrás admitiu que ainda não sabe o que vai fazer com o maquinário da térmica. Esse é mais um dos desafios do general Joaquim Silva e Luna, que deve assumir a petroleira em março.
Erguida em 2001 ao custo de US$ 60 milhões, cerca de R$ 330 milhões na cotação atual, a usina, que tem capacidade de gerar 120 megawatts (MW) de energia, era resultado de uma parceria que a Petrobrás assinou com a portuguesa EDP. Três anos depois, a estatal brasileira decidiu, porém, que teria o controle total da usina, e desembolsou mais R$ 240 milhões, em valores corrigidos pela inflação, para ficar com 100% do negócio. Seguiram-se alguns anos de suprimento de energia. Já em 2017, porém, a usina movida a geração por gás estava completamente inviabilizada.

A usina térmica da Petrobrás em Camaçari, que desde 2017 não tem nenhum contrato de fornecimento de energia. Foto: Valter Pontes/Estadão
Depois de entregar a energia que assumiu em leilão, em janeiro de 2015 e dezembro de 2017, a térmica não conseguiu mais parar de pé. Ao pedir a revogação de concessão da usina, a Petrobrás justificou para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que a “Termocamaçari já não se mostra economicamente viável no mercado de energia”, por causa da “ausência de condições operativas”.
A Petrobrás alegou ainda que o restabelecimento das máquinas demandaria revisão geral dos equipamentos para troca dos componentes internos e outros serviços de reparo, “o que exigiria vultosos investimentos, sem garantia de remuneração”.
Hoje, a planta que seria a principal geradora de energia para o Polo Petroquímico de Camaçari está inviabilizada, gerando prejuízos mensais. A reportagem questionou a Petrobrás sobre os demais investimentos feitos na planta, seus gastos com manutenção e serviço, mas a empresa não se manifestou sobre esses questionamentos.
Em documento de caráter confidencial enviado à Aneel no dia 4 de fevereiro, a Petrobrás confirmou à agência que a planta já não tem nenhum contrato de fornecimento de energia em andamento e que a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), responsável pela ligação da usina com a rede de transmissão, já foi informada sobre o pedido de revogação.
Na semana passada, a área técnica deu sinal verde para que o fim da contratação da usina seja concluído. A decisão ainda precisa ser oficializada pela diretoria da agência.
Turbinas desligadas
Desde 2019, a usina está com as três turbinas desligadas. Segundo laudos técnicos da Aneel, foram encontrados problemas no projeto da turbina, e há dificuldades de manutenção, já que o modelo usado na planta conta com menos de dez unidades em funcionamento em todo o mundo.
Em nota, a Petrobrás informou que, desde 2017, “a unidade está sem contrato de comercialização de energia, apesar dos esforços na busca de novos contratos que viabilizassem a continuidade”. Questionada sobre a planta e os equipamentos, a petroleira declarou que “serão conservados de modo a manterem a integridade operacional, enquanto se concluem os estudos que definirão a destinação da UTE (usina termoelétrica)”.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 01/03/2021
PETROBRAS REAJUSTA PREÇO DA GASOLINA PELA QUINTA VEZ NO ANO, EM MEIO A TROCA DE COMANDO
Publicado em 03/01/2021 as
07:42 PM
Desde janeiro, combustível acumula alta de 41,3%. Diesel e gás de cozinha também terão novo aumento
Por Bruno Rosa
RIO — A Petrobras vai reajustar os preços da gasolina novamente nesta terça-feira. Será o quinto aumento no ano, levando a uma alta acumulada desde janeiro de 41,3%. O reajuste segue a ordem de Roberto Castello Branco nos seus últimos dias à frente da empresa para manter paridade. O executivo fica na empresa até o dia 20 de março.
O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,60 por litro, refletindo um aumento de R$ 0,12 por litro, ou 4,8% a partir de amanhã.
Por sua vez, o preço médio de venda de diesel para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,71 por litro, refletindo um aumento médio de R$ 0,13 por litro. É uma alta de 5,03% . No caso do diesel, é o quarto aumento no ano. Com isso, o combustivel acumula variação de 34,1%.
O anúncio dos reajustes ocorre alguns dias após o presidente Jair Bolsonaro informar que vai destitutir Roberto Castello Branco do comando da Petrobras. Bolsonaro anunciou a decisão em 19 de fevereiro.

A gota d'água teria sido a alta dos combustíveis, sobretudo do diesel, que afeta os caminhoneiros, base de apoio do presidente. Antes do reajuste divulgado nesta segunda-feira, o anúncio anterior de alta de preços pela Petrobras fora justamente no dia 19 de fevereiro.
Castello Branco porém ficará no cargo até os acionistas da empresa aprovarem, em Assembleia Geral Extraordinária, o nome do general Joaquim Silva e Luna, indicado por Bolsonaro para substituir Castello Branco. A assembleia ainda não tem data marcada.
Foto: Arte O Globo
Gás de cozinha
Além do diesel e da gasolina, a Petrobras também vai reajustar nesta terça-feira o preço médio de venda de GLP (gás de botijão) para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,05 por kg (equivalente a R$ 39,69 por 13 kg), refletindo um aumento médio de R$ 0,15 por kg (equivalente a R$1,90 por 13 kg).
Rumores de que a estatal iria aumentar os preços começaram na última quinta-feira, após a estatal divulgar o seu balanço financeiro, quando registrou lucro recorde no quarto trimestre.
Ao comentar os resultados financeiros da empresa com analistas do mercado, Castello Branco mandou um recado a Bolsonaro, usando uma camisa com os dizeres "Mind the gap" (em tradução livre, "atenção à defasagem").
O presidente Bolsonaro tem se queixado publicamente sobre a política de preços da Petrobras e chegou a dizer que iria reduzir os impostos federais sobre o diesel e a gasolina.
Depois do anúncio da saída de Castello Branco, na última sexta-feira, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. No início da semana, Brandão teve uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando manifestou o desconforto em permanecer no cargo, depois dos rumores de que Bolsonaro queria substitui-lo.
A situação de Brandão está delicada desde janeiro, quando ele anunciou um plano de reestruturação do banco, com o fechamento de 361 agências em vários municípios e programa de demissão voluntária. A medida desagradou Bolsonaro, que pediu a cabeça do executivo.
Espaço para mais altas
Apesar do aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras, especialistas dizem que ainda há espaço para mais altas, já que os preços no Brasil estão menores que os cobrados no exterior.
Segundo Sergio Araújo, presidente da Abicom, associação que reúne os importadores de combustíveis, os preços vendidos pela estatal ainda estão abaixo da paridade. Segundo suas contas, a defasagem média na gasolina é de 7% e de 3% no diesel.
- Os reajustes eram necessários, devido aos preços no mercado internacional e ao câmbio.Nós esperávamos o anúncio de reajustes maiores, pois ainda temos defasagens - disse Araújo.
No caso do gás de botijão (GLP), a defasagem, segundo empresas do setor, há uma defasagem de 15%. Há espaço, destacou "para repasse de mais R$ 7,30 por cada botijao de 13kg", destacou essa fonte.
- A empresa segurou os preços por muito tempo. E quando o mercado começou a pressionar e os custos começaram a aumentar, a companhia decidiu reajustar de uma forma elevada em um curto período, gerando toda essa crise pública - disse uma fonte do setor.
Na opinião do presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, o reajuste é natural. No ano, o GLP acumula alta de 3% para o consumidor final:
- Os preços do GLP importado seguem subindo no mercado internacional. O GLP, mesmo com estas altas segue, para uso doméstico mais barato que o gás natural e a energia elétrica - afirmou Mello, lembrando que a alta entre os produtores chegou a 15,5%.
Rodrigo Leão, consultor do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep) criticou o aumento feito pela estatal. Mas ressaltou que o preço deve continuar subindo no curto prazo.
- Vamos ter meses ainda de tensão. Precisamos ver como o inverno nos EUA vai se comportar e o que a Opep (cartel que reúne os maiores produtores do mundo) vai fazer, com o corte ou não de produção. Haverá meses de pressão nos preços e será um teste para a política de preços da paridade de importação.
Segundo a FUP, o novo reajuste vai pressionar ainda mais a inflação, provocando reajustes em cadeia em vários itens, inclusive nos alimentos.
- A política de preços da Petrobras olha somente para as cotações do petróleo e do dólar sem considerar os custos nacionais de produção dos combustíveis. É mais um elemento da total incompetência do governo - analisa Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 01/03/2021
'PARIDADE' É A ORDEM DE CASTELLO BRANCO PARA OS ÚLTIMOS DIAS DE SUA GESTÃO NA PETROBRAS
Publicado em 03/01/2021 as
07:42 PM
Diretoria da estatal testa mudança no período em que faz a aferição da aderência entre o preço realizado no país e o preço internacional
Por Bruno Rosa
RIO - A necessidade de um novo reajuste da Petrobras já havia sido informado pela diretoria da companhia aos membros do Conselho de Administração e ao governo na semana passada, com o aumento do preço do petróleo e do dólar. "Paridade" foi a palavra de ordem dada por Roberto Castello Branco para seus diretores e corroborada pelos conselheiros da estatal. O executivo fica na empresa até o dia 20 de março.
Já na última quinta-feira, a defasagem dos combustíveis estava em 9%, aumentando os rumores entre os especialistas do mercado de que uma alta era inevitável. O avanço seria anunciado na sexta-feira, aoós a divulgação do lucro recorde no quarto trimestre de 2020. Mas se optou por anunciar nesta segunda-feira. No ano, o preço do barril do petróleo no mercado internacional já subiu 26,5%, segundo dados da Bloomberg.
Segundo fontes, a diretoria da estatal vem trabalhando em uma mudança no período usado para a aferição da aderência entre o preço realizado no país e o preço internacional. No dia sete de fevereiro, a estatal havia dito que, diante da volatilidade dos preços internacionais, a companhia decidiu, em junho de 2020, alterar de trimestral para anual esse período de aferição da aderência entre o valor no país e no exterior.
-Está sendo testando um novo período para aferir essa diferença entre os preços. A estratégia é que essa periodicidade seja quase que semanal de forma a manter a paridade de importação. A formação de preços é uma política comercial e decidida pela diretoria da companhia.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, deve deixar o cargo, após desagradar a Bolsonaro com reajustes de combustíveis. Ele foi indicado por Guedes Foto: AFP
Ao comentar os resultados financeiros da empresa com analistas do mercado na semana passada, Castello Branco mandou um recado a Bolsonaro, usando uma camisa com os dizeres "Mind the gap" (em tradução livre, "atenção à defasagem").
Fonte : O Globo - RJ
Data : 01/03/2021
GOVERNO VAI AUMENTAR IMPOSTO SOBRE BANCOS PARA ZERAR R$ 3,6 BI EM TRIBUTOS SOBRE DIESEL E GÁS DE COZINHA
Publicado em 03/01/2021 as
07:42 PM
Benefício também será compensado com regras mais duras para isenção na compra de veículos para pessoas com deficiência
Por Manoel Ventura
BRASÍLIA — O governo decidiu aumentar o imposto cobrado sobre os bancos, limitar a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros para pessoas com deficiência, e acabar com renúncias tributárias para o setor petroquímico com o objetivo de zerar o PIS/Cofins sobre o diesel. Também será zerado imposto federal sobre o gás de cozinha (GLP).
No total, as reduções de impostos sobre o diesel e o GLP custarão R$ 3,6 bilhões em 2021, de acordo com cálculos da equipe econômica.
O presidente Jair Bolsonaro prometeu para esta segunda-feira zerar a compra do PIS/Cofins sobre o diesel, como forma de atenuar efeitos do aumento no preço do combustível, principalmente no bolso dos caminhoneiros.
Como se trata de uma redução de impostos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige uma compensação com corte de gastos ou aumento de receitas. O decreto que irá zerar as alíquotas está pronto e será acompanhando de uma medida provisória (MP) com as ações para aumentar a receita.
O valor zerado do PIS/Cofins sobre o diesel valerá por dois meses: março e abril. A medida terá um custo de R$ 3 bilhões nesse período. Hoje, o governo federal cobra R$ 0,35 por litro de óleo diesel.
Já a alíquota zero sobre o GLP valerá permanentemente. O custo previsto pela equipe econômica é de R$ 674 milhões em 2021, 922 milhões em 2022 e 945 milhões em 2023. O governo cobra hoje R$ 2,18 por bojão de 13 kg de GLP.
Para compensar a redução dos gastos, o governo irá editar uma MP aumentando a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devida pelo setor financeiro. Hoje, a alíquota é de 20%. A nova alíquota ainda deve ficar em torno de 23%.
Além disso, a MP irá estipular um limite para o valor do carro para que uma pessoa com deficiência possa comprá-lo com isenção do IPI, igual ao que ocorre com o ICMS. Para o tributo estadual, a isenção só vale para veículos de até R$ 70 mil. Para o IPI, não há limite de valor.
Na soma dos incentivos, um carro para pessoa com deficiência pode ter desconto de 20% a 30% no preço de tabela, dependendo do modelo e da categoria. Cerca de 8% do total de veículos vendidos são destinados para pessoas com deficiência.
Outra medida é acabar com o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), que garante incentivos para a indústria petroquímica. Esse regime reduz alíquota do PIS/Cofins incidentes nas operações com nafta e outros produtos destinados a centrais petroquímicas.
Febraban dizdesconhecer iniciativa do governo
Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), informou que desconhece qualquer iniciativa de majoração da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) para algum setor da economia. A entidade afirmou que defende as reformas estruturais na economia, especialmete, a reforma tributária, que é necessária para "colocar ordem e simplificar um sistema com muitas distorções".
A entidade lembra que o Brasil é um dos poucos países que tributa a intermediação financeira. O setor paga 4,65% (PIS/COFINS) e a participação da carga de tributos no spread bancário é de 19,33%.
Além disso, os bancos já pagam uma alíquota maior de CSLL em relação aos demais setores. As instituições são tributadas em 20%, enquanto as demais instituições financeiras em 15% e todos os outros setores da economia pagam 9%.
"A alíquota sobre a renda dos bancos é a maior do mundo (45%), considerando os chamados tributos corporativos, quando se soma a alíquota de 20% da CSLL aos 25% de Imposto de Renda (IRPJ), o que afeta diretamente a competitividade do setor e leva a concentração, pois afasta possíveis entrantes no setor", diz a Febraban.
Além disso, continua a entidade, o setor bancário ainda paga um adicional de 2,5% de contribuição sobre a folha de salários em relação a todos os demais setores.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 01/03/2021
PARA DESTRAVAR PEC DO AUXÍLIO EMERGENCIAL, GOVERNO DEVE LIBERAR R$ 10 BI EM AJUDA A ESTADOS E MUNICÍPIOS
Publicado em 03/01/2021 as
07:41 PM
Medida foi acertada em reunião com Bolsonaro, Guedes e cúpula do Congresso. Estados pedem prorrogação de benefício de R$ 600
Por Geralda Doca e Fernanda Trisotto
BRASÍLIA – Além de liberar até R$ 30 bilhões para a nova rodada do auxílio emergencial, o governo vai autorizar R$ 10 bilhões em recursos adicionais para ajudar estados e municípios no enfrentamento da pandemia, como compra de seringas para vacinação, por exemplo.
A medida foi acertada na reunião ocorrida no domingo à noite com o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo interlocutores, também ficou definido no encontro que o auxílio emergencial será renovado no valor de R$ 250 a serem pagos em quatro parcelas, como Bolsonaro e Guedes já vinham sinalizando. A medida custará de R$ 28 bilhões a R$ 30 bilhões.
Desde dezembro, o pagamento do auxílio emergencial foi suspenso. Segundo estimativas do pesquisador Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas, mais 22 milhões de brasileiros que não eram pobres antes da pandemia, em 2019, entraram na pobreza neste início de 2021, como reflexo do fim do auxílio e do aumento do desemprego. A ONG Ação da Cidadania estima que 10,3 milhões de brasileiros sofrem de insegurança alimentar, com um número crescente tendo a fome como rotina.
Tanto Lira quanto Pacheco teriam dado a palavra que vão se empenhar na aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que permitirá a prorrogação do benefício, com a manutenção do ajuste fiscal defendido com Guedes.
Ficou combinado que o repasse desses recursos aos governos locais terá as digitais dos presidentes da Câmara e do Senado. A liberação do dinheiro só ocorreria após a aprovação da PEC, disse um interlocutor.
A expectativa é que a PEC seja aprovada pelo plenário do Senado nesta semana em dois turnos e encaminhada à Câmara.
Relator desiste de acabar com repasses ao BNDES
Um dos pontos mais polêmicos do relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC), o fim dos pisos constitucionais de gastos em educação e saúde será retirado do texto, como o parlamentar antecipou ao GLOBO.
O mesmo deverá acontecer com o trecho que acaba com os repasses do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o BNDES. Bittar fará o complemento de voto ainda nesta segunda-feira.
Por outro lado, estão mantidos no texto os gatilhos que poderão ser acionados toda vez em que a despesa superar 95% das receitas nos estados e municípios. Na União, as medidas de controle serão ativadas quando as despesas obrigatórias chegarem a 95% do total de gastos.
Nessas condições, serão proibidos aumentos de salários para servidores públicos, promoções na carreira e concursos públicos.
O assunto será tratado na reunião de líderes que deverá ocorrer nesta terça-feira. A estratégia é fechar acordo para que a PEC vá direito ao plenário, sem precisar passar por comissões, a fim de acelerar o rito regular de tramitação.
Bittar deverá ler o relatório com os ajustes nessa terça-feira, a fim de que a proposta seja aprovada pelo Sendo na quarta-feira em primeiro turno e na quinta, em segundo.
Estados pedem prorrogação de auxílio de R$ 600
O acordo por mais recursos para estados ocorre em um momento de pressão dos governadores por auxílio federal.
O presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e DF (Comsefaz), Rafael Fonteles, avalia que há duas medidas urgentes a serem tomadas: prorrogação do auxílio emergencial e dos repasses de verbas de saúde.
A avaliação é de que a nova rodada do auxílio emergencial trará impactos positivos na arrecadação dos estados. Mas depende do valor e duração do novo benefício.
— Com relação ao auxílio emergencial, a prorrogação que nós pedimos foi por seis meses no valor de R$ 600 — disse ao GLOBO.
Para a saúde, o secretário explica que os estados estão tendo despesas extras com a abertura de novo leitos. Por isso, pedem para que seja mantida a mesma regra de 2020 para a habilitação de leitos de UTI para Covid e ao incremento do teto dos repasses para média e alta complexidade.
Fonteles lembra que esses pleitos vinham sendo feitos pelo Comsefaz desde janeiro. Para ele, o agravamento da situação acabou se refletindo em mais apoio da sociedade para esses pleitos:
— Se antes achava-se que não ia chegar nesse ponto, agora é fato concretizado. É um pico maior do que o anterior, maior número de mortes, recorde da média móvel de mortes, uma situação de colapso em mais regiões simultaneamente. É uma situação em que está óbvio que está mais grave do que no ano passado. Portanto, no mínimo tem que se usar das mesmas medidas que se usou no ano passado. No mínimo. Na verdade, devia ter era mais — afirma.
Nas última semanas, o governo federal tem alegado que governos locais encerraram 2020 com folga no caixa, por causa da rodada de auxílio aos entes aprovada no ano passado. Fonteles pondera, no entanto, que este é um retrato transitório.
Em 2020, além do pacote de socorro da União para os estados, houve a suspensão do pagamento das dívidas, recomposição do Fundo de Participação dos Estados e o auxílio emergencial, que impactou na arrecadação.
— Nada disso você tem agora: não tem suspensão de dívida, não tem auxílio da lei complementar 173, não tem auxílio emergencial, e se tiver vai ser num patamar muito menor que no ano passado. Esse retrato de caixa maior dos estados é transitório, porque a pandemia continua e vai continuar por mais alguns meses. Essa melhora conjuntural é transitória e a situação estrutural dos estados continua com muita dificuldade — diz.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 01/03/2021
PETRÓLEO CAI À ESPERA DA OPEP
Publicado em 03/01/2021 as
07:41 PM
Por epbr - 1 de março de 2021 - Em Combustíveis, Newsletter Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo.gaudarde@epbr.com.br
em jogo
Atualização: Combustíveis vão subir 5% na terça (2) após reajuste da Petrobras
A valorização do Brent em fevereiro poderia ter sido maior não fosse o desempenho negativo dos preços do petróleo na sexta (26/2), quando recuaram com força, pressionados pela valorização do dólar, em momento em que o mercado espera que a oferta da commodity aumente em resposta à volta das cotações aos níveis pré-pandemia.
— Os contratos futuros do Brent para abril, que expiraram na sexta, fecharam a sessão em queda de US$ 0,75 (-1,12%), a US$ 66,13 o barril. Já os futuros do WTI recuaram US$ 2,03 (-3,2%), para US$ 61,50 o barril.
— A queda de sexta refletiu uma realização de lucros depois que tanto Brent quanto WTI subiram quase 20% no mês, impulsionados por interrupções de oferta nos EUA e pelo otimismo com a recuperação de demanda graças aos programas de vacinação contra a covid-19.
— Os investidores também estão apostando que a reunião do OPEP+, marcada para esta semana, resultará no retorno de mais oferta ao mercado. Investing.com, com Reuters
— A reabertura das negociações com o Irã, pelo acordo de controle do desenvolvimento de armas e tecnologia nuclear, pode impactar a oferta de óleo. Sob fortes embargos impostos durante o governo Trump, a volta do Irã ao mercado oficial de óleo pode resultar em um aumento de oferta de 500 mil barris/dia. Bloomberg
Vale a leitura: A diplomacia multilateral do petróleo: gerenciando pelo lado da oferta, por Fernanda Delgado e Najad Khouri
— Semana passada, a Índia – grande consumidor de óleo – fez um pedido público pelo aumento da produção do OPEP+ para conter a escalada dos preços (Reuters). A Agência Internacional de Energia espera que o reequilibro do acordo de produção levará a uma rápida redução de estoques no segundo semestre (Estadão)
Petrobras perde 19% na B3. Responsável por parte importante da queda de 4% do Ibovespa em fevereiro, a Petrobras foi o grande destaque negativo do mercado de capitais nacional ao longo do mês. A empresa teve o maior derretimento entre 81 ações da carteira que forma o índice.
— Os papéis ordinários da estatal ficaram na lanterna do mês, com perdas acumuladas de 18,95%. Os preferenciais caíram 16,67% no mesmo período.
— Na contramão do desempenho da Petrobras na B3, houve um rali de 18% dos contratos do Brent no mês, à altura de US$ 66 por barril. Já o dólar registrou alta de 2,45% em fevereiro, aos R$ 5,6047.
— As ações da petroleira privada PetroRio seguiram a tendência do Brent e fecharam fevereiro com valorização acumulada de 18,61%. Valor Investe
Hedge para estabilizar os preços dos combustíveis Em sua coluna no Valor Investe, o pesquisador do Coppead/UFRJ e PhD em Finanças Carlos Heitor Campani, sugere um mecanismo financeiro bastante conhecido para acabar com o impasse causado pela atual política de preços dos combustíveis da Petrobras: o hedge.
— “A solução seria a Petrobras ter uma política de hedge para o preço do barril de petróleo praticado internacionalmente e que impactaria o preço do volume de combustíveis vendidos no mercado nacional.
Com tal política, a Petrobras seria capaz de garantir preços muito mais estáveis para a sociedade brasileira, pelo menos pelo espaço de tempo de 6 meses a um ano.
E o mais interessante é que tal política seria capaz de garantir receitas para a companhia alinhadas com a flutuação de preços do mercado internacional”, diz Campani.
— O especialista conclui seu texto com uma indagação: “A ideia não representa nenhuma revolução e a estratégia de hedge de preços é uma prática bastante comum no mercado. A grande questão é: por que a Petrobras não faz a fim de se evitar a política atual de preços e toda a polêmica envolvida?”
Biocombustíveis salvam vidas em SP A adição obrigatória de biodiesel ao diesel e etanol anidro à gasolina evita centenas de mortes por ano na região metropolitana de São Paulo, com a redução da emissão de particulados.
— Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que indicou que as políticas de biocombustíveis possuem impacto positivo “significativo” na saúde humana.
— No caso do biodiesel, com base em variações alternativas de dados captados em 2018 na região, o estudo concluiu que a mistura de 12% de biodiesel no diesel B (B12) evita 277 mortes anualmente e faz com que a população deixe de perder dez dias de vida desde o nascimento.
— Com as demandas de etanol e gasolina observadas em 2018 na região, o consumo do biocombustível causou a redução de 371 óbitos por ano e aumentou a expectativa de vida em 13 dias na comparação com um cenário em que não há qualquer demanda por etanol, apenas por gasolina. Money Times, com Reuters
Lava Jato. Petrobras recebeu R$ 360 milhões (US$ 65 milhões) em decorrência de acordo de leniência celebrado pela Samsung Heavy Industries, referentes à primeira parcela do acordo de ressarcimento de R$ 705,9 milhões
— Com esses valores, a Petrobras ultrapassa a expressiva marca de R$ 5,3 bilhões em recursos recuperados por meio de acordos de colaboração, leniência e repatriações. Somente no ano passado, por exemplo, a companhia recebeu R$ 797 milhões em ressarcimento de valores referentes à Operação Lava Jato, informou a empresa.
Mangue Seco 2 vendido A Petrobras assinou na sexta (26) com o Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Pirineus (FIP Pirineus), contrato para a venda de sua participação de 51% na Eólica Mangue Seco 2. A transação decorre do exercício do direito de preferência pelo FIP Pirineus, detentor dos outros 49% da sociedade.
— O valor da venda é de R$ 32,97 milhões, a ser pago em uma única parcela no fechamento da transação, sujeito aos ajustes previstos no contrato.
— A conclusão do negócio também depende de aprovação do Banco do Nordeste do Brasil, financiador do desenvolvimento do parque eólico, e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
— A Eólica Mangue Seco 2, de 26 MW, integra um complexo de quatro parques eólicos instalado em Guamaré (RN), totalizando 104 MW de potência instalada. Com a operação, a Petrobras conclui sua saída do complexo de Mangue Seco.
— No início de janeiro, a petroleira assinou com Vinci Infraestrutura Gestora de Recursos, gestora da V2I Transmissão de Energia, contrato para a venda de seus 49% em Mangue Seco 1. No mesmo dia, a Vinci também fechou com a Petrobras e a Wobben Windpower a compra de 100% de Mangue Seco 3 e 4.
PDE 2030 O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou, na sexta (26/2), o Plano Decenal de Energia 2030, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Versão preliminar do PDE havia sido divulgada em janeiro.
— Prevê investimentos de R$ 2,7 trilhões nos próximos dez anos, R$ 2,3 trilhões em petróleo, gás natural e biocombustíveis, e R$ 365 bilhões na geração e transmissão de energia elétrica. Poder360
Bandeira amarela em março A Aneel manteve para março a bandeira tarifária amarela nas contas de luz de todo o país. Representa uma taxa extra de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos no mês. É o terceiro mês consecutivo de adoção dessa bandeira.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 01/03/2021
NOVO PROJETO QUE CRIA A CIDE-CARBONO É PROTOCOLADO NA CÂMARA
Publicado em 03/01/2021 as
07:41 PM
Por Felipe Maciel - 1 de março de 2021 - Em Clima
A deputada Rosana Valle (PSB/SP) protocolou na última sexta-feira (26/2) projeto de lei que cria a Política Nacional de Incentivo às Fontes Limpas e Renováveis de Geração de Energia Elétrica (PFREE) e prevê a transição da CIDE-Combustíveis para CIDE-Carbono. A ideia é usar o imposto regulatório do setor de combustíveis como ferramenta de desestímulo ao consumo de derivados de petróleo.
O projeto prevê que o Brasil, para alcançar os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), vai reduzir em 40 % suas emissões projetadas até 2030 e 50% de suas emissões projetadas até 2040.
O imposto valeria para todas as atividades econômicas e seria cobrado pela emissão ou geração de gases de efeito estufa em qualquer estágio ou fase do ciclo produtivo.
A receita seria aplicada exclusivamente no financiamento público de projetos de inovação tecnológica em energia renovável e para sequestro de gases de efeito estufa em empresas públicas de ensino e pesquisa, nos estados e municípios onde a emissão foi gerada.
Os recursos, pela proposta, não podem ser contingenciados.
O projeto prevê ainda mudança na Política Nacional de Mobilidade Urbana, prevendo a redução gradativa de veículos movidos a combustível fóssil no sistema de transporte público coletivo em circulação no país, que deverá ser zerada até 2050.
80% a partir de 1º de janeiro de 2025;
50% a partir de 1º de janeiro de 2030;
25% a partir de 1º de janeiro de 2040
0% a partir de 1º de janeiro de 2050
A proposta de criação da Cide-Carbono, que entra e sai da pauta de discussões de ambientalistas desde 2014, voltou à pauta legislativa em agosto do ano passado quando a Frente Parlamentar Ambientalista apresentou contribuições para as discussões sobre a reforma tributária na Câmara dos Deputados. Rosana Valle faz parte da frente, que é presidida por Alexandro Molon (PSB/RJ).
Agora é defendida também pela Convergência Brasil, grupo de ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central que defendem a retomada verde da economia brasileira. Foi defendida por Gustavo Krause, Paulo Haddad e Rubens Ricupero como forma de melhorar amplitude, incidência e efetividade da contribuição.
14 anos de discussão
A discussão sobre a transição da Cide-Combustíveis para a Cide-Carbono está na Câmara dos Deputados desde 2007, quando o então deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP) propôs a medida para garantir sustentabilidade ambiental e a mitigação da mudança climática global.
O projeto, contudo, está parado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) desde abril de 2019, quando o deputado Lucas Redecker (PSDB/RS) assumiu a relatoria.
Em janeiro 2019, o deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP) protocolou o projeto de lei complementar 599/18 que cria a taxação sobre o carbono na forma de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
O projeto de Arnaldo Jardim acabou sendo apensado ao do ex-deputado Mendes Thame.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 01/03/2021
ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA SUPERA 8 GW E TRAZ R$ 40 BI DE INVESTIMENTOS AO BRASIL
Publicado em 03/01/2021 as
07:40 PM
O Brasil ultrapassou a marca histórica de 8 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade destaca que, desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.
Os cálculos consideram tanto as usinas de grande porte, também classificadas de geração centralizada, como os sistemas de pequenos e médios instalados em telhados, fachadas e terrenos, a chamada geração distribuída. Considerando as capacidades instaladas dos dois segmentos, a associação cita que a fonte solar fotovoltaica corresponde à sexta principal fonte de geração no País, atrás da hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e óleo combustível.
Somente segmento de geração centralizada, a Absolar contabiliza 3,1 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, localizadas em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 16 bilhões.
A capacidade instalada em grandes usinas solares equivale a 1,7% da matriz elétrica do País. Por esse critério, utilizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a fonte solar cai uma posição e é a sétima maior fonte de geração do Brasil, atrás também do carvão mineral.
Vale destacar que os dados apresentados pela Absolar para a geração centralizada diferem um pouco daqueles compilados pela Aneel. A agência reguladora informa uma capacidade de geração centralizada de 3,292 GW, correspondente a 1,97% da matriz, à frente do carvão mineral. Por outro lado, a Aneel separa as origens dos combustíveis diesel e óleo combustível, o que faz com que, no ranking da reguladora, a fonte solar apareça uma colocação abaixo na matriz elétrica.
A associação explicou que retirou de seus cálculos 6 usinas fotovoltaicas do estado do Piauí, totalizando 186,05 MW de potência instalada, que foram suspensas e optou por reintegrá-las apenas quando voltarem a estar em operação, o que é previsto para até abril.
Microusinas
No segmento de geração distribuída, a Absolar contabiliza 4,9 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, que representam mais de R$ 24 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
De acordo com a entidade, o Brasil possui mais de 411 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que favorecem 514 mil unidades consumidoras. Essas mini e microusinas fotovoltaicas estão presentes em todos os Estados brasileiros, com destaque para Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, que concentram os maiores volumes instalados.
“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado solar ainda muito pequeno, sobretudo na geração distribuída. Há mais de 86 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém atualmente apenas 0,6% faz uso do sol para produzir eletricidade”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Segundo ele, assim como em momentos anteriores de crise, em que a atividade econômica brasileira desacelerou, mas o setor solar cresceu, contribuindo para a recuperação do País, a expectativa é de que mais uma vez os investimentos em empreendimentos em geração fotovoltaica possam colaborar para estimular a economia.
“Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi inferior a -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 100% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do País. Agora, passada a fase mais aguda desta pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil”, acrescentou Koloszuk.
De acordo com dados anteriormente divulgados pela Absolar, os novos investimentos privados no segmento poderão ultrapassar os R$ 22,6 bilhões neste ano. A entidade prevê que ao longo de 2021 serão adicionados mais de 4,9 GW de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos.
Para a geração distribuída solar fotovoltaica, a associação projeta um crescimento de 90% frente ao total instalado até 2020, passando de 4,4 GW para 8,3 GW. Já no segmento de geração centralizada, a expansão será de 37%, de 3,1 GW para 4,2 GW.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 01/03/2021
FIRJAN SUGERE NORMAS DE PROTEÇÃO DE DADOS PARA PEQUENAS EMPRESAS
Publicado em 03/01/2021 as
07:40 PM
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) entregou hoje (1º) à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proposta para regulamentar a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) facilitando sua adequação para startups e para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O documento foi elaborado por um grupo de trabalho especial, criado pela federação em novembro passado, com o objetivo de auxiliar as empresas fluminenses na adequação e adoção de uma cultura da privacidade dentro das suas organizações, como estabelece a nova lei.
Hoje foi o último dia para recebimento de contribuições da sociedade civil na consulta pública aberta pela ANPD, voltada para as pequenas e médias empresas, e que integra a agenda regulatória 2021/2022, divulgada no dia 28 de janeiro passado. As decisões sobre as pequenas e médias empresas deverão ser conhecidas até julho próximo. O documento apresentado pela Firjan tem 12 artigos, propondo à ANPD um tratamento simplificado para as MPMEs e startups, de acordo com o porte, o objeto social da empresa, o volume e natureza de dados pessoais tratados. A proposta visa a ampliação de prazo para adequação e cumprimento das obrigações exigidas pela LGPD.
Experiência
O coordenador do grupo de trabalho e presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan, Rodrigo Santiago, informou à Agência Brasil que a proposta apresentada à ANPD se baseou na experiência de grandes empresas e multinacionais em relação à cultura de privacidade e proteção de dados, já adotadas em leis internacionais. “Com a experiência das grandes empresas e multinacionais, ficou claro que a sensibilização para o tema não era do mesmo nível para as pequenas e médias empresas da federação e que eram igualmente afetadas pela aplicação dessa lei”. O conselho diretor da Firjan decidiu então que a experiência ia ser aproveitada para ajudar as MPMEs que faziam parte da entidade.
Foram organizados encontros setoriais e transmissão ao vivo pela internet, sempre com uma empresa grande âncora, além de oficinas de treinamento para funcionários de pequenas empresas. “E, principalmente, mapeamos pontos hoje cinzentos que vão demandar interpretação da ANPD, como questão de prazos e o que fazer, por exemplo, quando tiver uma transferência internacional de dados. Ficou claro que algumas dessas obrigações eram muito pesadas para o universo das pequenas e médias empresas”, disse Rodrigo Santiago.
A proposta apresentada pela Firjan deixa claro que não deve haver obrigatoriedade para as MPMEs de terem uma pessoa encarregada de negócios de proteção de dados. Isso deve ser feito obedecendo a critérios, como o faturamento da empresa, que determina qual é o seu tamanho. O segundo critério é a razão social. “Ou seja, se a finalidade do negócio em si é o tratamento de dados, aí não há por que ela se enquadrar na simplificação”. O terceiro critério seria o uso automatizado e contínuo de dados, mesmo que isso não seja parte do modelo de negócios.
Rodrigo Santiago citou o caso de fintechs (empresas que desenvolvem produtos financeiros digitais). “O negócio em si delas não é tratamento de dados, mas elas dependem tanto de forma contínua e automatizada do tratamento que não podem se enquadrar nessa simplificação. A gente não pode comparar uma fintech com uma padaria”, ressaltou Santiago. Lembrou que as MPEs podem tornar seus custos ainda mais onerosos, caso tenham que contratar um funcionário 100% dedicado a tratar só da LGPD dentro da empresa.
Prazos
Uma segunda questão importante destacada na proposta da Firjan é a questão dos prazos. A entidade sugere que o prazo para resposta às solicitações da ANPD e dos titulares dos dados seja ampliado para o segmento de MPMEs e startups. Isso significa dar maior flexibilidade na relação das pequenas empresas com a Autoridade, esclareceu o presidente do Conselho de Economia da Firjan. A proposta objetiva também fomentar uma relação de cultura educativa. “Ou seja, antes de punir, chamar as pequenas empresas, trabalhar na prevenção”. As multas devem ocorrer somente após a aplicação de advertências, defende a Firjan.
Em paralelo à proposta entregue, a Firjan está trabalhando na sugestão de um termo de cooperação com a ANPD para promoção dessa cultura de proteção de dados, educando e formando as pequenas e também as grandes empresas, e se colocando ainda como um intermediador da Autoridade nessa cultura e na aplicação da lei.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 01/03/2021
BRASIL EXPORTA EM FEVEREIRO 142% MAIS MILHO EM RELAÇÃO A FEVEREIRO DE 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:40 PM
São Paulo, 1 – O Brasil exportou 822,9 mil toneladas de milho em fevereiro, 142% acima do registrado em igual mês do ano passado, quando foram embarcadas 340,3 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior verificadas no mês passado aumentou na comparação anual em proporção semelhante, 155%, chegando a US$ 178,6 milhões. Há um ano, o País havia faturado US$ 69,9 milhões.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia e consideram milho não moído, exceto milho doce.
Apesar do maior volume embarcado em fevereiro em relação a um ano atrás, a quantidade é bem inferior à registrada em janeiro, de 2,548 milhões de toneladas. Os embarques atuais se referem, majoritariamente, a negócios realizados meses atrás prevendo entrega futura do grão.
No acumulado do ano, o Brasil já enviou ao exterior cerca de 3,371 milhões de toneladas de milho, 37,7% acima dos 2,447 milhões de toneladas de milho exportadas nos dois primeiros meses de 2020. A receita acumulada entre janeiro e fevereiro deste ano, de US$ 683,4 milhões, supera em 59% a apurada em igual intervalo de 2020, de US$ 429,7 milhões.
Em fevereiro, o preço médio pago por tonelada de cereal exportada foi de US$ 217, 5,6% acima dos US$ 205,4/t verificados em fevereiro de 2020. O valor também é maior do que o apurado em janeiro deste ano, de US$ 198.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 01/03/2021
LIRA GARANTE PRIMEIRA PARCELA DO AUXÍLIO AINDA NESTE MÊS
Publicado em 03/01/2021 as
07:40 PM
Da redação
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou na manhã desta segunda-feira (1) que o auxílio emergencial será pago até junho, com parcelas de R$ 250, e que a primeira parcela seria paga ainda em março.
A confirmação do político foi feita no perfil pessoal do Twitter. Segundo Lira, o próprio presidente Jair Bolsonaro debateu o tema em um jantar na noite de ontem (28).
Agora na TV Record, anunciei que o governo vai entregar 140 milhões de vacinas para os meses de março, abril e maio. O assunto foi tratado ontem na reunião com o presidente Bolsonaro. Também ficou acertado o auxílio emergencial, que deve ser de R$ 250 até junho.
A proposta que discute o retorno do auxílio emergencial deve entrar em votação nos próximos dias na Câmara e, depois, no Senado.
Além disso, Lira também comentou que o governo vai entregar 140 milhões de vacinas para os meses de março, abril e maio.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 01/03/2021
PORTOS DA BAHIA SERÃO CEDIDOS À INICIATIVA PRIVADA
Publicado em 03/01/2021 as
07:39 PM

Os três portos da Bahia – Salvador, Aratu/Candeias, Ilhéus – que atualmente são geridos pela Companhia das Docas do Estado (Codeba), serão cedidos à iniciativa privada. Os equipamentos estão em um conjunto de concessões que o Governo Federal quer fazer dentro do Programa Nacional de Desestatização (PND) que envolvem, além dos portos, rodovias e aeroportos espalhados por todo o Brasil.
A medida consta em decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), da última segunda-feira. Além dos três portos, entram nessa concessão, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a própria Codeba e o “serviço público portuário relacionado aos empreendimentos” localizados na capital baiana e na Região Metropolitana de Salvador (RMS) “para fins de estudos de desestatização”.
Fonte : ABOL - Associacao Brasileira de Operadores Logísticos
Data : 01/03/2021
TRIBUNAL MARÍTIMO PARTICIPA DE 1º CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO MARÍTIMO, PORTUÁRIO E ADUANEIRO, EM ANGOLA
Publicado em 03/01/2021 as
07:39 PM
Fonte: Marinha do Brasil (1 de março de 2021 )

Presidente do Tribunal Marítimo palestrou sobre – “O Tribunal Marítimo Brasileiro e o seu Papel na Segurança da Navegação”
O Tribunal Marítimo (TM) participou, nos dias 25 e 26 de fevereiro, do 1º Congresso Internacional de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro. O evento foi realizado por videoconferência e foi organizado pela Associação Angolana especializada de Direito Marítimo (AAEDM), com a participação de diversos países da CPLP, entre eles Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal. Assuntos como a Convenção de Honk Kong, a Convenção de Basiléia e a de Nairobi foram temas de discussão. O Congresso foi concorrido e a atuação, estrutura organizacional e atribuições do TM brasileiro despertaram o interesse dos participantes.
O Presidente do Tribunal Marítimo, Vice-Almirante Wilson Pereira de Lima Filho, palestrou no dia 25 sobre “O Tribunal Marítimo Brasileiro e o seu Papel na Segurança da Navegação”. Já no dia 26, o Vice-Presidente do TM, Juiz Nelson C. S. Filho ministrou sobre o tema “Procedimentos de Arresto de navios no Brasil”. O advogado maritimista Doutor Bernardo Mendes Vianna também apresentou no evento sobre “Atualidades no Cenário Marítimo /Offshore Brasileiro”.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 01/03/2021
PORTO DE RECIFE – UM PORTO DE INOVAÇÃO
Publicado em 03/01/2021 as
07:39 PM

Foto: Coordenadoria de Imprensa do Porto do Recife
O tradicional ancoradouro recifense está a um passo de se transformar em um Porto de Inovação. O presidente Marconi Muzzio reuniu-se ontem (26/02), com o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Lucas Ramos. O encontro foi para selar uma parceria entre as duas instituições, através de um Acordo de Cooperação Técnica.
A ideia do acordo é transformar o Porto do Recife em um hub de inovação, soluções e tecnologia, embarcando alunos e professores no dia a dia da atividade portuária. “É uma excelente oportunidade de aproximar a academia do mercado, através do ecossistema do Porto, transformando o ancoradouro em um laboratório vivo”, ressaltou Muzzio que estava acompanhado dos diretores Artur Gusmão e Rodrigo Chagas.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 01/03/2021
PAULO SOUSA, PRESIDENTE DA CARGILL BRASIL, ANALISA OS DESAFIOS DO AGRO BRASILEIRO
Publicado em 03/01/2021 as
07:39 PM
Informação: FORBES (1 de março de 2021 )
O fluxo de informação e contrainformação sem embasamento é a maior ameaça ao setor, de acordo com o executivo
Ele começou como trainee na Cargill em 1990 e lá está até hoje – agora acumula os cargos de presidente da companhia no Brasil (desde janeiro de 2020) e de líder da divisão de commodities agrícolas para a América do Sul (desde 2016). Por cinco anos, foi o trader global de soja da empresa em Genebra, na Suíça.
Fiel a seu primeiro e único emprego, Paulo Sousa, zootecnista e filho de uma família de pecuaristas de Goiás, analisa os desafios do agro brasileiro neste ano particularmente desafiador – mas ainda assim de excelentes resultados. Com faturamento de R$ 49 bilhões em 2019 (7% maior que o ano anterior) e 11 mil funcionários, a Cargill é uma das maiores indústrias de alimentos do país (onde está desde 1965), tendo seu principal foco na produção de soja e milho para exportação (75% do total). O volume total originado, processado e comercializado superou 36 milhões de toneladas em 2019 (12% de crescimento).
Esses números justificam os comentários em tom de crítica que, de tempos em tempos, dizem que o Brasil é escravo do modelo de eterno fornecedor de commodities? “Os Estados Unidos também são. Historicamente, o agronegócio é uma grande fonte de superávit na balança comercial americana, principalmente agora que a China vem como grande produtora de manufaturados”, avalia Sousa. “Nós só estamos dando vazão à nossa vocação natural, por termos muitas terras e muitos empreendedores rurais. A revolução no campo permitiu nossa inserção no mercado global de maneira hipercompetitiva. O problema de não estarmos agregando mais valor às nossas exportações não é do agro, é dos outros setores que não acompanharam nossa evolução”, afirma o executivo. Sobre os pilares dessa revolução, ele relembra a criação de novas técnicas, como o plantio direto, e os avanços ligados à melhoria genética das sementes. Destaca também o caráter empreendedor do produtor rural brasileiro.
Sobre o bombardeio de notícias nem sempre positivas, Sousa diz: “Existe muito desconhecimento por parte de quem está distante do campo. Outro dia viralizou um vídeo com supostos maus tratos numa criação de porcos. Eu vi e não encontrei nada que não fosse o que qualquer produtor de suínos pratica”. E as queimadas? “Eu nasci no Cerrado. Vejo queimadas desde criança. O Brasil Central é tão seco que qualquer coisa pode iniciar um incêndio. Além disso, a mudança climática é um fato. Quem planta soja e milho, por exemplo, não vai pôr fogo por nada neste mundo, seria um enorme prejuízo.” Há por trás de tudo isso um jogo de interesses geopolíticos: “Só não podemos ser ingênuos de acreditar que tudo é conspiração. Um pouco de culpa o agro tem”.
Esse fluxo de informação e contrainformação é para Sousa a maior ameaça ao agro brasileiro. “O risco é a percepção do mercado de não sustentabilidade em relação a nossas florestas. E aí não adianta um engravatado dizer que aquilo é mentira. Temos que fazer nossa parte e mostrar como trabalhamos, avançar, dar o exemplo.”
Por fim, falando em tecnologia, qual seria o sonho de consumo do presidente da Cargill? “Algo que pudesse rastrear um grão de soja do Porto de Santos até chegar à propriedade onde foi produzido. Sabendo quem produziu e como, poderíamos premiar os que fazem a coisa certa e eliminar os que agem na ilegalidade. E acabaríamos com nossos problemas ambientais.”
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 01/03/2021
EMPRESA BRASILEIRA DA LOGÍSTICA NA ERA DA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Publicado em 03/01/2021 as
07:38 PM
Editor Portogente
A distribuição de uma empresa é o suprimento da outra (Anônimo)
Em nenhuma outra época da história do Brasil – na realidade, da longa história da humanidade – foi tão importante como é hoje a empresa da logística ter foco na produtividade dos trabalhadores de conhecimento. A globalização incrementou a concorrência e faz mais turbulentas as relações entre empresas. Nesse contexto importa recorrer ao imortal Peter Drucker: “a força de trabalho de conhecimento não é mão-de-obra, mas sim capital.”

Moldando o futuro do Porto de Singapura.
Entretanto, a defasagem da empresa brasileira com a modernidade, salvas raras exceções, principia no seu próprio setor de Recursos Humanos (RH), quando tem visão anacrônica do papel do trabalhador, por seu distanciamento dos conceitos de tecnologia e inovação. Isto expõe a empresa com seus pontos fracos, muito visíveis para o público consumidor, para parceiros e concorrentes, assim como para a sociedade em geral.
É inexplicável, no âmbito da gestão dos portos brasileiros, há décadas vir se arrastando a implantação da rede EDI (sigla inglesa de Intercâmbio Eletrônico de Dados), que é operada há mais de 30 anos na Europa. Bate à porta dessa rede logística ineficaz, as tecnologias mundiais da inteligência artificial (IA) e a revolução da blockchain, modelos de operação mais avançados e exigentes de competências nos níveis: estratégico, tático e operacional. Tal ameaça à competividade desafia a liderança do setor privado.
Esse novo momento transformador e inovador produz uma necessidade irreversível das empresas de mercado atuarem, de forma pró-ativa e abrangente, para serem competitivas. Exige, portanto, RH com habilidades específicas e programas permanentes de treinamento virtual. Como fruto, desenvolver um bom ambiente de trabalho, ampliando os fatores de motivação e das competências emocionais integradores da equipe.
Ocorre desse nível de programas de treinamento exigir estrutura distinta do negócio da empresa. Parcerias como a Escola Virtual Portogente - EVP , na área de logistica e conectada com universidades referenciais, aumentam a produtividade do RH, com baixo custo, e estimulam novos padrões culturais do aprendizado on-line. Ao passar do aprendizado estático passivo, para o dinâmico e crítico.
É a emergência de novas instituições e novos paradigmas.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 01/03/2021
VEREADORES CONHECEM PROJETO DO TÚNEL E DEFENDEM ALTERNATIVA PARA LIGAÇÃO ENTRE SANTOS E GUARUJÁ
Publicado em 03/01/2021 as
07:38 PM
Assessoria de Comunicação
União de Vereadores da Baixada Santista visita estuário do Porto de Santos e tem acesso a detalhes do projeto que visa sanar gargalo de mobilidade urbana e promover o desenvolvimento da operação portuária
O presidente da União de Vereadores da Baixada Santista (Uvebs), Betinho Andrade, afirmou, no dia 26 de fevereiro último, que o projeto de túnel imerso é a melhor alternativa para resolver um entrave centenário da região - a ligação seca entre santos e Guarujá. O vereador de Praia Grande liderou a comitiva que visitou um terminal de contêineres no estuário do Porto de Santos e teve acesso a informações detalhadas do projeto do túnel imerso.

"Diante do apresentado nesta visita, sob o aspecto técnico e de obra de engenharia fica comprovado que a melhor opção para a ligação seca é o projeto do túnel, principalmente, em relação ao desenvolvimento do porto nos próximos anos, pois não cria barreiras físicas no canal de navegação. Não podemos ignorar a expansão portuária, pois o desenvolvimento do Porto de Santos impacta diretamente a economia do país", ponderou.
Andrade destacou que a definição pelo melhor projeto deve ser técnica e não política e garantiu que a UVEBS irá apresentar aos demais vereadores da Baixada Santista os detalhes do projeto do túnel imerso. "A classe política precisa ter o conhecimento da questão principal que é o desenvolvimento portuário. A UVEBS tem o compromisso de construir isso junto aos vereadores, especialmente, os eleitos nessa nova legislatura que não conhecem com profundidade os projetos", garantiu.
Representantes da Campanha Vou de Túnel, mobilização de mais de 30 empresas e associações de diferentes segmentos que defendem a alternativa, apresentaram o projeto e a situação atual para a obra do túnel imerso aos parlamentares.
O porta-voz da campanha, engenheiro naval e ex-presidente da SPA, Casemiro Tércio Carvalho afirmou que a visita técnica foi produtiva, pois contou com representantes das Câmaras dos nove municípios da Baixada Santista. "A visita técnica foi importante para apresentar e esclarecer as atualizações do projeto do túnel e as novas informações com relação à contraposição ao projeto da ponte. Uma oportunidade de mostrar aos vereadores a importância da geração de emprego e as melhorias para a qualidade de vida dos moradores da Baixada, disse".
O presidente da Câmara de Santos, vereador Adilson Júnior, também considera o túnel a melhor alternativa para ligação seca e lembrou que não existe no mundo uma indicação de ponte em área portuária. "Uma ponte na região apresenta questões como uma desapropriação maior, uma interferência urbanística mais agressiva e impede mais um eixo de desenvolvimento econômico para a região por inviabilizar um novo aeroporto no Guarujá", disse.
Segundo ele, a visita técnica foi esclarecedora sobre a questão da viabilidade econômica do projeto do túnel. "Tivemos novas informações de que o túnel é viável economicamente, com a possível aliança entre a iniciativa privada e a SPA para a obra sair do papel definitivamente. Este é o anseio da comunidade da Baixada Santista", acrescentou.
Foco na comunidade
Outro porta-voz da campanha, o consultor portuário Eduardo Lustoza, destacou os impactos positivos do projeto do túnel para as comunidades dos municípios da Baixada Santista, como a segurança nas manobras dos navios no porto, a redução de 95% de desapropriações com a atualização do projeto do túnel e os benefícios para a mobilidade urbana no trajeto entre Santos e Guarujá.
"O túnel imerso atenderá mais de 40 mil pessoas por dia e reduzirá em 25 minutos o tempo de travessia. O trajeto entre as cidades passará a ser feito em menos de cinco minutos e desafoga as filas na balsa. Com a distância de apenas 1,7 km e localização estratégica, o túnel é também uma opção mais econômica e tem menor custo do que o projeto da ponte (R﹩ 2,5 bilhões do túnel, contra R﹩ 3,9 bilhões da ponte)", completa Lustoza.
A vereadora de Santos, Audrey Kleys considerou a visita ao estuário positiva, pois "ampliou ainda mais a visão sobre o Porto de Santos e sua dimensão, tanto geográfica quanto de importância para as nove cidades da região".
Para ela, a ligação seca via túnel imerso é mais moderna, democrática e benéfica para a operação portuária. "Já ficou claro que o túnel é a melhor opção para a ligação seca entre Santos e Guarujá. Permite abraçar mais modais de transporte, é uma solução moderna e, ainda mais importante, não vai impedir o crescimento e a ampliação do Porto de Santos," define.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 01/03/2021
MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA CRESCE 4,2% EM 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:38 PM
Portos organizados e terminais privados movimentaram juntos 1,151 bilhão de toneladas
O setor portuário nacional (portos organizados + terminais autorizados e arrendados) movimentaram no ano passado 1,151 bilhão de toneladas, um crescimento de 4,2% em relação a 2019. Os dados são da Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ e foram divulgados nesta segunda-feira (1º). Conforme os números, os TUPs movimentaram 760 milhões de toneladas. Já os portos organizados ficaram com 391 milhões de toneladas. De acordo com os dados, de 2010 a 2020, os TUPs cresceram sua movimentação em 40%. No mesmo período, os portos organizados melhoraram sua movimentação em 31,7%. Para acessar a apresentação dos dados, clique aqui.
As informações trazem que, em relação aos granéis sólidos, 688,9 milhões de toneladas foram movimentadas em 2020, um crescimento de 1,2%. Sobre os granéis líquidos, foram movimentados 289,5 milhões de toneladas, com crescimento de 14,8%. A movimentação de contêineres registrou 118,2 milhões de toneladas (+ 1,1%). Em relação à carga geral solta, 54,2 milhões de toneladas movimentadas em 2020, um decréscimo de 0,3%, comparando-se com 2019.

Autoridades durante a apresentação dos dados: crescimento portuário, apesar da pandemia
Ranking dos Portos Organizados e dos TUPs
Santos foi, mais uma vez, o porto organizado que mais movimentou cargas no ano passado: 114,4 milhões de toneladas. Em segundo lugar, o Porto de Paranaguá (PR), com 52,1 milhões de toneladas. Na terceira posição, Itaguaí (RJ): 45,7 milhões de toneladas. Acrescentando-se os terminais autorizados, que formam o complexo portuário, ao Porto Organizado de Santos, tem-se a movimentação total de 141,7 milhões de toneladas, com crescimento equivalente a 9,4%.
Em relação aos TUPs, o líder em movimentação foi o Terminal Marítimo da Ponta da Madeira (MA), com 191 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa 16,6% de toda carga movimentada no Brasil. Em segundo, o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ): 60 milhões de toneladas em óleos brutos de petróleo. Na terceira posição, o Terminal de Tubarão (SC): 56 milhões de toneladas, divididos em minério de ferro (87%), Soja (7,4%) e Milho (2,1%).
Mercadorias
O minério de ferro foi a carga mais movimentada pelo setor portuário em 2020. No total, foram 356 milhões de toneladas. Em segundo, petróleo e derivados: 262 milhões de toneladas. Na terceira posição ficaram os contêineres, totalizando 118,2 milhões de toneladas (ou 10,5 milhões de TEUs). Na quarta posição, soja: 104,2 milhões de toneladas.
O maior destaque, sob o aspecto do perfil de cargas, foi o dos granéis líquidos, com um crescimento de 14,8% em relação ao ano de 2019, demonstrando o vigor do pré-sal. Destaque também para as movimentações de exportação de óleos brutos de petróleo, que atingiram o crescimento de 18,8%.
Saiba mais
O Porto de Santos movimentou 114,4 milhões de toneladas em 2020, um recorde histórico. O número corresponde a um crescimento de 7,7% em comparação com 2019. Em Santos, a movimentação de açúcar cresceu 82,7% no ano passado. Destaque também para movimentação de soja, que aumentou 28,6%.
Para mais informações, acesse o Painel Estatístico Aquaviário da ANTAQ: http://web.antaq.gov.br/anuario/.
Para o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, “esses números representam a resiliência e a capacidade de entrega do setor aquaviário”. Nery destacou que há uma tendência de crescimento para os próximos anos. Uma das razões é o programa de arrendamentos portuários do governo federal. “Em 2021, estão previstos leilões de 18 áreas, que irão gerar mais de R$ 4 bilhões de investimentos.”
De acordo com o diretor da Agência, Adalberto Tokarski, a ANTAQ tem sido fundamental para que o número da movimentação portuária continue crescendo, visto que a autarquia tem papel relevante na realização dos leilões portuários e na autorização de estações de transbordo de cargas e de terminais privados.
Conforme a diretora da ANTAQ, Gabriela Costa, o resultado do trabalho da Agência está refletido nos números que foram apresentados. “O modal aquaviário é importante para o comércio exterior brasileiro e, consequentemente, para os resultados de sua balança comercial, ou seja, os números alcançados em um ano absolutamente atípico refletem resultados positivos, registrando crescimento no setor.”
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, comemorou a resposta positiva que o setor aquaviário deu, apesar de um ano de pandemia. “Conseguimos enfrentar a pandemia com a logística funcionando”, afirmou o ministro, destacando que esses dados são fundamentais para o redesenho de políticas públicas elaboradas pelo governo federal.
Três perguntas para o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra
1 – Como se explica esse crescimento na movimentação portuária mesmo em ano de pandemia?
As commodities formam as mercadorias que mais afetaram a movimentação portuária brasileira. Minério de ferro, soja e milho, bem como os insumos para o plantio das safras. Essas cargas possuem grande peso no resultado do crescimento na movimentação. Elas não sofreram com a Covid-19, pois os contratos de exportação são feitos no longo prazo, fazendo com que os embarques dessas mercadorias sejam contínuos, mesmo com a situação da pandemia. Por outro lado, os granéis líquidos – petróleo e derivados – foram os que mais cresceram na movimentação total brasileira. Com 14,8% de crescimento, puxaram o valor de 4,2%, observado no crescimento geral da movimentação de cargas no Brasil. Houve aumento nas exportações de petróleo e na cabotagem do pré-sal. Todos esses movimentos não se sujeitaram aos problemas causados pela Covid-19.
2 – Que número o senhor gostaria de destacar neste Estatístico Aquaviário 2020?
Inicialmente, a grande capacidade dos portos brasileiros, sejam eles no regime de outorga de arrendamento ou concessão, cuja resposta às necessidades de escoamento das cargas para movimentos internos e de exportação e importação foi excepcional, mesmo em um ano de grande crise provocada pela pandemia da Covid-19. Falar de um número dentre tantos importantes é uma tarefa muito difícil, mas destacaria o grande crescimento dos portos localizados no chamado Arco Norte, cuja movimentação cada vez mais cresce, fazendo com que nossos fretes internos possam diminuir, e, consequentemente, tornar nossa competitividade no mercado internacional mais adequada ao volume da produção brasileira. Destaca-se também o crescimento importante observado nos terminais de granéis líquidos, principalmente naqueles que movimenta petróleo, a exemplo do excepcional crescimento do Terminal T-Oil, localizado no Porto do Açu, que alcançou em cinco anos a marca de 29,6 milhões de toneladas movimentadas em suas instalações. Grande resultado também obteve o Porto de Santos, com recorde em sua movimentação anual, que, apesar de ter queda no desembarque de contêineres da ordem de 10,9%, soube diversificar as mercadorias que lá são movimentadas, atingindo desempenhos elevados com a soja e açúcar, respectivamente, com aumento de 28,6% e 82,7%.
3 – A que se deve o crescimento na movimentação de granel líquido?
O crescimento se deve a movimentos das plataformas para portos marítimos (pré-sal) e aumento nas exportações do petróleo.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 01/03/2021
FREDERICO BUSSINGER: LOGÍSTICA PARA UM NOVO SUPERCICLO DE COMMODITIES
Publicado em 03/01/2021 as
07:38 PM
Cresce o número de analistas que entendem estarmos adentrando a um novo superciclo de commodities, como ocorrido no início deste século
Por Frederico Bussinger
"A carga vai aonde a demanda está”
- parodiando Milton Nascimento: “Nos bailes da vida".
A economia mundial encolheu em 2020: Espanha retraiu 11%; Inglaterra, 9,9%; França, 8,3%; Alemanha, 5%. A Europa ficou 6,8% mais pobre; o Japão, 4,8%; e os USA, 3,5%. Dos países da OCDE, Coreia do Sul teve o menor percentual (1,3%) e a China o único positivo, 2,2%. Para o Brasil, estima-se queda de 5 %.
Era, pois, de se esperar um fluxo de comércio internacional declinante, particularmente de commodities, matérias-primas imprescindíveis para quase tudo que é produzido e consumido. Mas entre os principais exportadores não foi o observado, Brasil à frente. Ao contrário, recordes sucessivos em quase todos os portos do País: os dados até OUT/20 indicaram crescimento agregado de 3,64%.
Como explicar esse aparente paradoxo? É possível que a competência dos gestores das autoridades-administradoras tenha contribuído. Mas o certo é que: i) exportou-se mais porque havia o que ser exportado - é curial!; ii) porque produziu-se mais; iii) porque havia margem na capacidade portuária e logística disponível; e, tudo, iv) estimulado pela elevação acelerada do preço das commodities, em dólar: ao longo da pandemia, p.ex., minério de ferro, 90%; aço, 118%; petróleo, 55%; milho, 60%; e soja, 54%.
Há controvérsias! Mas cresce o número de analistas que entendem estarmos adentrando a um novo superciclo de commodities, como ocorrido no início deste século: haveria novos investimentos (fortemente demandantes de commodities) decorrentes da combinação de oferta contida, demanda reprimida ao longo da pandemia, mudanças de padrão de consumo e produção e gigantesca liquidez no mercado financeiro mundial. Poder-se-ia acrescentar a ampliação de estoques estratégicos que alguns países estariam fazendo, preocupados com as tensões geopolíticas internacionais.
Daí uma pergunta inevitável: estaria a logística brasileira preparada para esse novo superciclo de commodities, caso ele efetivamente ocorra?
Filas de caminhões e carretas, de até 8 km, em Miritituba (PA), talvez ajudem a explicar o aumento de 70% no frete rodoviário da soja de Sorriso-MT. E ambas as notícias não são bons presságios.
Tampouco os 45% de aumento do frete marítimo da soja entre Santos-China, ou dos contêineres, que saltou de U$ 2 para US$ 10.000/TEU, na raiz das preocupações da CNI, que identifica na concentração a principal causa.
Há preocupações na China, maior cliente de minério, com o cumprimento das entregas, seja por limitações portuárias, seja ferroviárias. Essas também com implicações domésticas: como a EFC disponibilizará “janela” de 20-25 Mt/ano para cargas outras, de terceiros; o desenvolvimento da FNS, VLI, FICO e FIOL, para as quais a EFC é hoje a única ligação ferroviária aos portos do Arco Norte, que podem estar comprometidos.
O imbróglio das malhas ferroviárias, entre a Serra e o Complexo Portuário da Baixada Santista, caso não equacionado com celeridade, pode também limitar os planos de expansão das concessões ferroviárias e do próprio Complexo Portuário; ambos no caminho crítico logístico das commodities.
A logística brasileira tem se mostrada resiliente, capaz de encarar desafios e gerar soluções sempre que se apresentam. Portanto, ainda que não esteja preparada, seu histórico indica que soluções serão encontradas. A questão, pois, precisaria ser reformulada: com que logística esse eventual superciclo de commodities seria recebido? O que precisaria ser feito para o Brasil tirar dele o maior proveito para sua economia, seu desenvolvimento e para sua população?
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 27/02/2021
DEPUTADA FEDERAL SOLICITA VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 PARA TRABALHADORES PORTUÁRIOS
Publicado em 03/01/2021 as
07:37 PM
Rosana Valle (PSB/SP) enviou pedido ao Ministério da Saúde. Segundo a parlamentar, categoria integra atividade essencial por força de lei
Por ATribuna.com.br

Rosana destacou que são perto de 20 mil pessoas que integram a comunidade portuária (Divulgação)
A deputada federal Rosana Valle (PSB/SP) pediu ao Ministério da Saúde que promova a vacinação contra a covid-19 aos trabalhadores portuários de Santos. De acordo com a parlamentar, a categoria não parou durante a pandemia por ser considerada atividade essencial por força de lei.
Rosana destacou que são perto de 20 mil pessoas, que atuam tanto a bordo como nos terminais, e que mantêm contato diário com tripulações de dezenas de países.
Representantes dos sindicatos dos trabalhadores portuários foram recebidos pela deputada e manifestaram preocupação com o aumento de risco de contaminação, sobretudo por lidarem com tripulações que já foram afetadas pela covid-19, como do navio Seven Sun. Os sindicalistas explicaram que, por conta da Lei 14.047/2020, devem ser vacinados pela condição de serem trabalhadores em serviço essencial.
“Estamos em contado diário com pessoas e mercadorias provenientes de diversos países, o que aumenta o risco de contaminação, não apenas para nós, como também para a população das cidades da região, já que temos portuários residindo em todas as cidades da Baixada e Litoral”, disse Claudiomiro Machado, presidente do Sindicato dos Operários e Trabalhadores Portuários (Sintraport).
No requerimento encaminhado ao Ministério da Saúde, Rosana lembrou que os 111 mil portuários do País estão na linha de frente do comércio exterior, ajudando a economia do País e a manter empregos no campo e na cidade. “Por isso eles merecem que seja marcada uma data para o início da vacinação da categoria, principalmente no maior porto da América do Sul”, disse a deputada.
Assinaram o manifesto pedindo a interferência junto ao Governo Federal e demais autoridades, os seguintes presidentes dos sindicatos: Bruno José dos Santos, dos Estivadores; Claudiomiro Machado, do Sintraport; Everandy Cirino dos Santos, do Sindaport; José Cavalcanti Pessoa, dos Vigias Portuários; Paulo Rocha, do Sindogeesp; Adilson de Souza, dos Consertadores de Carga; Wilk Santa Cruz, dos Conferentes e Wilson Lima, do Sindbloco.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 26/02/2021
GOVERNO QUER OUVIR COMUNIDADE SOBRE DESESTATIZAÇÃO DO PORTO DE SANTOS
Publicado em 03/01/2021 as
07:36 PM
Estudos seguem a mesma linha já executada no processo de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa)
Por Fernanda Balbino Da Redação

Governo quer ouvir comunidade sobre desestatização do Porto (Carlos Nogueira)
As regras para a concessão da administração do Porto de Santos e seu futuro modelo de negócios, sob gestão privada, serão definidos a partir dos já iniciados estudos sobre essa desestatização e, principalmente, de consultas à comunidade santista. A garantia de que empresários e trabalhadores locais serão ouvidos nesse processo foi dada pelo diretor do Departamento de Novas Outorgas e Políticas Regulatórias Portuárias, da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Fábio Lavor.
O executivo, que também é presidente do Conselho de Administração (Consad) da Autoridade Portuária de Santos (APS), esteve em Santos no início desta semana. Ele acompanhou equipes do Ministério da Infraestrutura e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que realizaram visitas técnicas ao Porto, ações que integram o processo de desestatização. Os participantes estiveram em terminais e na sede da estatal para discutir questões referentes ao processo.
“Vamos conversar com toda a comunidade santista para que, aí sim, a gente consiga ter uma modelagem específica para o Porto de Santos”, afirmou Lavor.
“A gente está na fase de estudos, fazendo uma série de diagnósticos, de levantamentos de informações dentro da Autoridade Portuária e junto aos terminais também para, com base nesse diagnóstico, a gente traçar a modelagem de desestatização de Santos”, destacou o diretor.
Nesta agenda, ao menos quatro terminais foram visitados. Entre eles, estão os da Santos Brasil e o Termag, ambos em Guarujá, na Margem Esquerda, além do TES, na Ponta da Praia, em Santos (Margem Direita), e da Ageo, na Ilha Barnabé, também em Santos.
Essa fase de diagnóstico deve ser concluída em abril. Os trabalhos são executados por um consórcio contratado pelo BNDES para o serviço. Trata-se do Dagnl, que conta com a DTA Engenharia como líder e com as empresas Alvarez e Marçal Consultoria em Engenharia, pela Garín Infraestrutura Assessoria e Participações Ltda e com os escritórios de advocacia Lobo & De Rizzo e Navarro Prado.
Entrevistas
Segundo Fábio Lavor, desde dezembro, diversos atores do setor têm sido entrevistados pelo grupo. Isto inclui armadores, operadores, arrendatários e ainda outras autoridades públicas que fazem parte da atividade portuária.
“Eu tenho sentido uma expectativa muito grande e positiva desse processo. Está todo mundo enxergando que realmente a desestatização é um movimento importante para dar mais agilidade na gestão portuária. Então, a gente tem sentido muito apoio nessas discussões. E nos compete ter o cuidado de fazer a melhor modelagem para ter o desenho adequado para o tamanho do desafio do Porto de Santos”, afirmou o diretor do Ministério da Infraestrutura.
Segundo o diretor, os estudos seguem a mesma linha já executada no processo de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). Lá, o processo de consulta pública já está em andamento e uma audiência já foi realizada com o objetivo de debater a proposta de modelagem já apresentada.
“Não necessariamente a de Santos vai ser igual porque são portos diferentes, com características diferentes e preocupações diferentes. A gente vai analisar o que está sendo construído na Codesa e buscar aproveitar em Santos”, explicou Lavor.
Conforme já divulgado por A Tribuna, apesar de o Governo Federal considerar, no início, desestatizar as administrações dos portos de Santos e São Sebastião, no Litoral Norte, de modo unificado, como um único complexo marítimo, agora a decisão é de tratá-los como ativos independentes. Inclusive os leilões vão ocorrer separadamente. Esta já é uma decisão do Governo Federal.
“Há sinergia, há potencialidade. Mas a gente consegue trabalhar com os dois de forma separada e a gente vai dar duas opções distintas para o mercado, sem a necessidade de ter um único gestor para as duas unidades portuárias”.
Cronograma
Após a fase de diagnósticos, os dados serão encaminhados ao BNDES e ao Ministério da Infraestrutura.
A partir desta etapa devem surgir as primeiras conclusões sobre o modelo de desestatização – especialmente o modelo de concessão – a ser adotado para o cais santista. Porém, os dados preliminares serão colocados em consulta pública para que a sociedade possa encaminhar dúvidas, sugestões ou críticas ao processo.
Passada esta fase, está prevista para dezembro a definição do modelo de concessão. Mas, ele deve ser submetido ao Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o BNDES, a publicação do edital deve ocorrer no segundo trimestre do ano que vem.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 28/02/2021
SETOR PORTUÁRIO GANHA PLANO CONTRA CRISES
Publicado em 03/01/2021 as
07:34 PM
O material tem como foco complexos marítimos da América Latina e do Caribe
Da Redação

Setor portuário ganha plano contra crises (Foto: Carlos Nogueira/ AT)
Orientar portos e terminais portuários a agir em momentos de crise, como a pandemia de covid-19, está entre os objetivos da Associação Internacional de Portos (IAPH). A entidade criou um plano de resiliência com ações que podem ser implantadas em situações de contingência. O material tem como foco complexos marítimos da América Latina e do Caribe.
A informação é da vice-presidente do IAPH, Tessa Major, que também é diretora de Negócios Internacionais e Inovação do Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Segundo a executiva, diversos especialistas membros da entidade forneceram conselhos e orientações com base em suas próprias experiências de lidar com a crise.
Tudo começou após um acidente com derramamento de óleo de origem desconhecida na costa do Brasil em 2019. A partir daí, um projeto de preparação para emergências foi criado e a comunidade portuária se reuniu para combater futuras crises como esta. Como resultado, foi criado um documento de orientação para todos os portos.
“Nosso próximo passo foi converter a força-tarefa covid-19 com seus membros no Comitê Técnico de Risco e Resiliência da IAPH, a fim de acelerar o processo de estabelecimento de uma orientação sólida para portos, pequenos e grandes, em termos de uma estratégia de continuidade de negócios. Esperamos uma série de resultados e documentos de orientação a esse respeito, em consulta com a comunidade de membros do porto da IAPH”, afirmou a executiva durante recente webinar da entidade
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 28/02/2021
SETOR PORTUÁRIO MOVIMENTA MAIS DE 1,1 BILHÃO DE TONELADAS EM 2020
Publicado em 03/01/2021 as
07:19 PM
Dados fazem parte de levantamento da Antaq e incluem as operações realizadas em portos públicos e privados
Por Fernanda Balbino
https://www.atribuna.com.br/image/contentid/policy:1.73935:1590523555/Navio-Porto-de-Santos.jpg?f=2x1&$p$f=15dec06&q=0.8&w=3000&$w=864726f
Mesmo com a pandemia, setor ampliou em 4,2% o volume de mercadorias no complexo portuário (Foto: Arquivo/Carlos Nogueira/AT)
Os portos brasileiros movimentaram mais de 1,15 bilhão de toneladas de cargas durante todo o ano passado. Mesmo durante a pandemia da Covid-19, o setor ampliou em 4,2% o volume de mercadorias que entraram ou saíram do país pelos complexos portuários.
Os números fazem parte do anuário estatístico produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e divulgado na manhã desta segunda-feira (1º). Eles incluem a movimentação de cargas realizadas em portos públicos, como o de Santos, e também em Terminais de Uso Privado (TUPs).
Entre os complexos portuários públicos, o Porto de Santos segue na liderança, com a movimentação de 114 milhões de toneladas de mercadorias, um aumento de 7,7% em relação ao movimentado em 2019.
Os números apresentados pela Antaq não são os mesmos, de 146,6 milhões de toneladas, apontados pela Autoridade Portuária de Santos (APS), a estatal que administra o cais santista. Isto porque a agência reguladora não considera a movimentação de terminais privados, como o da Usiminas, em Cubatão, a DP World Santos, na Área Continental, e o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam).
Em segundo lugar, o porto de Paranaguá (PR) movimentou 52,1 milhões de toneladas no ano passado. O volume é 7,5% maior do que o movimentado em 2019. Em seguida, o porto de Itaguaí (RJ) registrou a movimentação de 45,7 milhões de toneladas em 2020, 5,9% a mais do que no ano anterior.
Já entre os TUPs, a Antaq aponta como líder o Terminal Marítimo da Ponta da Madeira (MA), com 191 milhões de toneladas movimentadas. O número mostra a força do Arco Norte na movimentação de cargas. Já na segunda posição, aparece o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ), com a movimentação de 60 milhões de toneladas em 2020.
Perfil das cargas
Do total de cargas movimentadas nos portos brasileiros, 60% correspondem a granéis sólidos. O número representa 688,9 milhões de toneladas operadas no ano passado, o que representa um discreto aumento de 1,2% em relação à movimentação de cargas em 2019.
Já os granéis líquidos representam 25% das operações, com 289,5 milhões de toneladas movimentadas em 2020. Neste caso, o incremento foi de 14,5%.
Já a movimentação de contêiner, uma das mais afetadas pela pandemia de Covid-19, corresponde a 10% da movimentação de cargas no País. No total, 118,2 milhões de toneladas foram operadas no ano passado, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior.
A Antaq aponta que houve queda na movimentação de carga geral solta, que corresponde a 5% das operações portuárias brasileiras. Foram 54,2 milhões de toneladas, menos 0,3% em
relação a 2019.
Importância
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, destacou as dificuldades enfrentadas durante todo o ano passado, principalmente as relacionadas à pandemia de Covid-19. “Foi necessário manter portos funcionando, esse foi um dos grandes desafios de 2020”.
Para o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, os números finais da movimentação de cargas em 2020 comprovam resiliência e capacidade de entrega dos portos brasileiros. “O setor portuário permitiu que importados continuassem a abastecer mercado interno, rede hospitalar, indústria farmacêutica”.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 01/03/2021
ROAD SHOW APRESENTA PROJETO DE DESESTATIZAÇÃO DA CODESA A POTENCIAIS INVESTIDORES E SETOR PRODUTIVO
Publicado em 01/29/2021 as
07:23 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 29 Janeiro 2021
https://cdn-pen.nuneshost.com/images/150707-porto-de-vitoria.jpg
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o setor produtivo e investidores vêm demonstrando apoio e interesse no projeto, além de apresentarem sugestões.
O projeto de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) está na fase das consultas públicas. O período para o recebimento de sugestões da comunidade portuário, bem como de toda a sociedade está aberto desde 28 de dezembro e se encerra em 10 de fevereiro deste ano.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura o objetivo da consulta é obter contribuições, subsídios e sugestões de aprimoramento dos documentos dos estudos que já estão disponibilizados. Adicionalmente será realizada, em quatro de fevereiro a Audiência Pública para fomentar a discussão e esclarecer eventuais dúvidas sobre os documentos disponíveis.
O modelo de desestatização foi elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com base em estudos de modelagem. Foi considerado mais adequado o modelo de concessão, com a alienação da Codesa para o ente privado por um período de 35 anos de concessão.
Ao mesmo tempo em que se realiza a consulta pública considerada formal pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), está sendo feito um Road Show, eventos que reúnem o setor produtivo e potenciais investidores para apresentar o projeto de desestatização da Codesa. Nessas ocasiões, estão sendo debatidas observações e sugestões para enriquecer a modelagem do projeto.
Os encontros dos Road Shows são promovidos pelo BNDES e conta com a participação de representantes do ministério, Codesa, além dos potenciais investidores interessados. De acordo com a pasta é possível observar grande interesse e apoio do setor produtivo ao projeto de desestatização apresentado.
Conforme afirmou o ministério ainda, o projeto vem recebendo muitas sugestões. Mas destaca que serão consideradas válidas apenas as contribuições formalmente realizadas no âmbito do processo de consulta e da Audiência Pública, que vem sendo conduzida pela Antaq. Após o encerramento dessa etapa, todas as sugestões serão analisadas pela equipe do BNDES responsável pelo projeto.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 29/01/2021
MINFRA DEVE ABRIR EDITAL PARA DESESTATIZAÇÃO DO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO AINDA ESTE ANO
Publicado em 01/29/2021 as
07:23 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 28 Janeiro 2021
https://cdn-pen.nuneshost.com/images/150911-porto-sao-sebastiao-aerea-divuglacao-cdss.jpg.JPG
O cronograma será mantido para os Portos de Santos e Itajaí, previsto para serem leiloados em 2022.
O Ministério da Infraestrutura decidiu separar o processo de desestatização dos Portos de Santos e São Sebastião para adiantar o leilão deste último. A ideia é poder abrir o edital e realizar leilão do porto ainda este ano. O cronograma permanece o mesmo para Santos e o Porto de Itajaí (SC) já previstos para serem licitados em 2022. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) será a primeira a ser leiloada. A previsão é que o certame ocorra no segundo semestre de 2021.
A informação foi dada pelo secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, durante Webinar Retrospectivas e Perspectivas para 2021, realizado pela Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), nesta quinta-feira (28). Na ocasião o secretário destacou ainda que para 2021 será realizado o maior número de arrendamentos portuários da história. A previsão é que 20 leilões de áreas aconteçam até final do ano, com cerca de R$ 3,5 bilhões de investimentos. Em 2020 foram realizado oito leilões com um total de investimento na ordem de R$ 2,5 bilhões. Entre 2021 e 2022 serão investidos no setor portuário R$ 23 bilhões.
O secretário destacou que a pasta vem buscando também melhorar o desempenho das funções dos órgãos envolvidos no setor portuário por meio de um maior alinhamento de perspectivas. Segundo ele, foi esse alinhando com o Tribunal de Contas da União (TCU) que possibilitou o grande número de licitações de áreas nos portos. “2021 será o ano para virar a página sobre possíveis problemas com os órgãos atuantes na atividade portuária. Queremos estar alinhados para buscar um modelo que atraia mais investimentos privados”, disse Piloni.
De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery, também presente ao evento, a agência já vem implantando o que ele chamou de regulação responsiva. Isso significa fazer o direcionamento da fiscalização àqueles mais propensos a não cumprir com as regras de compliance, entre outros. Ele disse que embora aperfeiçoamento sempre faça parte do trabalho da agência, a ideia será sempre encorajar o bom comportamento e não recriminar.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 29/01/2021
PORTO DO PECÉM: ESCANEAMENTO DE CARGAS CRESCE 30% E APREENSÃO DE DROGAS AUMENTA 114 %, EM 2020
Publicado em 01/29/2021 as
07:22 PM
por Redação, seguranca@svm.com.br
Equipamento coíbe tráfico de drogas e sonegação fiscal. Trabalho é realizado em conjunto pelo Complexo do Pecém, Receita Federal e Polícia Federal
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.3038783:1611706102/Porto-do-Pecem.jpg?f=16x9&h=720&q=0.8&w=1280&$p$f$h$q$w=d3ddb22
Legenda: Porto do Pecém utiliza escâner para coibir crimes, desde 2013. Equipamento escaneia todos os contêineres - Foto: Divulgação
O Porto do Pecém, localizado em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), intensificou o escaneamento de cargas, que cresceu 30% no ano de 2020. Uma das consequências foi o aumento da apreensão de drogas, na ordem de 114%, segundo dados da Receita Federal.
O número de cargas escaneadas cresceu de 42.037 (sendo 37.056 secas e 4.981 refrigeradas), em 2019, para 54.462 (44.802 secas e 9.660 refrigeradas), no ano passado, de acordo o Complexo do Pecém. Isso significa que, em 2020, o equipamento realizou uma média de 4.538 escaneamentos por mês ou 149 por dia. Mas o mesmo tem capacidade de realizar até 60 inspeções por hora.
"Nós temos esse escâner desde 2013. E temos como diretriz que 100% dos contêineres de importação e exportação são escaneados. Ano passado, como a gente cresceu 11% na movimentação de contêineres, a gente tem escaneado cada vez mais. Isso dá segurança tanto para o Porto do Pecém como para a Receita Federal", explica o presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa.
O trabalho é feito em conjunto. O Porto dispõe do escâner e a Receita Federal é responsável por analisar as imagens e fiscalizar as cargas. "A Receita Federal pode, através dessas imagens do escâner, avaliar a carga, se tem alguma sonegação fiscal ou algum ilícito, como droga. Dá segurança à operação", completa Serpa. Se for verificado algum ilícito, a Polícia Federal (PF) realiza a apreensão e inicia a investigação.
Sobre as imagens obtidas pelo equipamento, o presidente do Complexo afirma que "o escâner pega tudo. O contêiner que vem com bateria, por exemplo, é para estar todo com a mesma imagem. Se tiver um cabo, uma ferramenta que ficou por engano na hora que foi embarcado, ele dá a diferença na imagem. Quem tem acesso exclusivo a essas imagens é a Receita Federal", explica.
Apreensões
As apreensões de drogas cresceram mais ainda, 114,6%, saltando de 330 kg de cocaína em 2019 para 708,4 kg do mesmo entorpecente, em 2020. As apreensões se deram em apenas três ocorrências, sendo duas no ano passado e uma no ano anterior.
A última localização de droga no Porto do Pecém ocorreu em 23 de novembro de 2020. A PF e a Receita Federal apreenderam um total de 361,6 kg de cocaína, distribuídos nos cascos de três navios. Pelo menos uma embarcação passou por Rio de Janeiro e São Paulo e tinha como destino a Europa. Ninguém foi preso.
Duas semanas antes, no dia 11, três funcionários de uma empresa que presta serviços terceirizados para o Porto do Pecém foram presos por participação no embarque de 346,8 kg de cocaína. Dois deles eram sócios da empresa.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o trio capturado no dia 11 também está ligado à apreensão de 330 kg de cocaína, realizada no Porto do Pecém em 16 de agosto de 2019. A droga estava acondicionada em dez mochilas, escondida em um carregamento de mel, e seria transportada para a Bélgica.
O escâner presente no pátio do Porto do Pecém ainda é utilizado pelas polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE), para visualizar a presença de ilícitos, dentro de veículos suspeitos, abordados nas rodovias cearenses.
"Em março de 2019, a PRF interceptou uma caminhonete na BR-222 e em seguida trouxe o veículo para ser escaneado no Porto do Pecém. Após o escaneamento foi verificada a presença de material entorpecente no tanque de combustível do veículo. Na época, o motorista foi preso em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado à sede da Polícia Federal, em Fortaleza. Em abril e novembro do ano passado, a PRF escoltou outros dois veículos para o escaneamento conosco, mas nas duas ocorrências não foi detectada a presença de entorpecentes", lembra o gerente de Segurança Patrimonial do Complexo do Pecém, Nicolau dos Santos.
Fonte: Diário do Nordeste – CE
Data : 27/01/2021
ANGLO AMERICAN INVESTE PARA ELEVAR PRODUTIVIDADE EM MINÉRIO
Publicado em 01/29/2021 as
07:22 PM
Nova tecnologia permite recuperar ferro “perdido” nos rejeitos do beneficiamento
Por Ana Paula Machado — De São Paulo
https://s2.glbimg.com/jQLZda4Hkh_qj7HW4QhXru7uIRc=/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/v/B/efxlEPSf2FBP2KV337LA/foto29emp-101-anglo-b3.jpg
Wilfred Bruijn, presidente da companhia, diz que estimativa de produção de minério de ferro para este ano é entre 24 milhões a 26 milhões de toneladas — Foto: Leo Drumond/Nitro
A Anglo American deve aumentar a produtividade do sistema Minas-Rio em 2022. Segundo o presidente da subsidiária brasileira, Wilfred Bruijn, a companhia vai investir entre US$ 25 milhões a US$ 30 milhões em uma nova tecnologia para aproveitar parte do minério que fica nos rejeitos do beneficiamento. Com isso, a mineradora poderá aumentar em 700 mil toneladas a 800 mil toneladas por ano em Conceição do Mato Dentro (MG).
A Anglo American opera o sistema Minas-Rio que conta com uma mina e uma unidade de beneficiamento e em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, em Minas Gerais, e um mineroduto de 529 quilômetros de extensão que vai até o Porto de Açu, no Rio de Janeiro.
“O nosso objetivo é chegar à capacidade do projeto Minas-Rio, que é de 26,5 milhões de toneladas por ano, com muita tranquilidade e responsabilidade, testando cada tonelada para ver se tem sustentabilidade ou não. Por isso, neste ano, vamos começar a operar uma tecnologia de separação magnética de finos”, disse o executivo.
Segundo ele, essa nova unidade será instalada no fim deste ano e a operação deverá ser em 2022. “Tivemos um sinal verde da companhia para o investimento que aumenta a nossa produtividade e alivia a nossa barragem, pois diminui o volume de rejeito que será enviado ao depósito. É um ganha a ganha em termos de produtividade e retardamento do alteamento da barragem”, disse o executivo ressaltando que, desse rejeito, o minério que é aproveitado tem teor de 30% a 40% de ferro.
No ano passado, a companhia produziu 24 milhões de toneladas de minério de ferro no sistema Minas-Rio. Esse volume representou alta de 4% em relação ao produzido em 2019. Para 2021 a expectativa é a produção de volume entre 24 milhões de toneladas a 26 milhões de toneladas de minério de ferro.
“A China é um grande mercado e deverá puxar a demanda por minério de ferro neste ano. Mas, no nosso caso, enviamos nosso produto para vários países, como Japão, Coreia do Sul, Europa e Oriente Médio”, disse Brujin.
Segundo ele, no caso do Oriente Médio, a Anglo American tem um contrato com um cliente no Bahrein, cujo volume é progressivo. Em 2019, foram enviados 3 milhões de toneladas, em 2020 outros 5 milhões de toneladas e neste ano serão 8 milhões de toneladas.
No quarto trimestre do ano passado, a mineradora produziu 6,46 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 5% em relação ao volume de outubro a dezembro de 2019.
No Brasil, a Anglo American também opera mina e unidades de beneficiamento de níquel nas cidades de Barro Alto e Niquelândia, ambas em Goiás. Nessa operação, a companhia também está investindo outros US$ 30 milhões em um projeto piloto para ampliar a capacidade de beneficiamento do níquel. Segundo Bruijn, a unidade de níquel já opera muito próxima da capacidade de produção e tem pouca margem para aumento significativo de volume.
A capacidade de produção de ferro-níquel da Anglo American em Goiás é de 44 mil toneladas por ano, nas duas unidades de beneficiamento. O ferro-níquel é usado na produção de aço inox. “Com essa inovação, que é uma nova rota processual, podemos ter um incremento de 7 mil toneladas a 8 mil toneladas por ano. Estamos implantando essa tecnologia na unidade de Barro Alto e, se tudo der certo, vamos adotar em Niquelândia. O projeto pode ser implantado em 2022”, disse o executivo.
No ano passado, a mineradora produziu 43,5 mil toneladas de ferro-níquel, aumento de 2% no comparativo com 2019. Para este ano, a expectativa, segundo o executivo, é produção de 42 mil tonelada a 43 mil toneladas. “Se chegarmos a 44 mil toneladas, será um grande feito.”
No quarto trimestre do ano passado, a produção do metal foi de 11,7 mil toneladas, estável ante o mesmo trimestre de 2019. “Produzimos ferro-níquel e os cliente pagam pelo níquel contido. O preço no ano passado caiu muito no início da pandemia, mas voltou com força e terminou o ano em US$ 17 mil a tonelada, US$ 5 mil a mais do que o início de 2020”, ressaltou.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 29/01/2021
PAULO GUEDES CANCELA PARTICIPAÇÃO NO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
Publicado em 01/29/2021 as
07:22 PM
O ministro da Economia participaria do painel “Consertando o sistema de comércio internacional”
Por Lu Aiko Otta e Estevão Taiar, Valor — Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou, no início da tarde desta sexta-feira (29), sua participação na reunião do Fórum Econômico Mundial.
Ele participaria do painel “Consertando o sistema de comércio internacional”, junto com o CEO da Merck, Stefan Oschmann, a secretária de Estado para Comércio Internacional do Reino Unido, Elizabeth Truss, e a ministra de Comércio Exterior da Holanda, Sigrid Kaag.
A informação sobre o cancelamento da participação de Guedes foi dada, no início da transmissão do evento, pelo moderador do painel.
Segundo a assessoria de imprensa do ministro, ele cancelou sua participação na reunião do Fórum Econômico Mundial “para resolver assuntos internos”. Não foram divulgados mais detalhes sobre isso.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 29/01/2021
RODOVIAS E GOVERNO PAULISTA VIVEM NOVO EMBATE
Publicado em 01/29/2021 as
07:21 PM
Setor privado vê com preocupação a paralisia e a interferência política na Artesp
Por Taís Hirata — De São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/0/R/w09KUSQNuuLKYcgEv1nA/foto29emp-111-subartesp-b2.jpg)
Mauro Costa, secretário estadual: “Não há essa discussão. Não há a possibilidade de reequilíbrio por queda de tráfego. O tráfego é risco do concessionário” — Foto: Silvia Zamboni/Valor
O governo de São Paulo está perto de inaugurar mais uma disputa bilionária com o setor de rodovias. De um lado, as companhias pedem um ressarcimento pelas perdas provocadas pela pandemia – apenas entre março e junho, no auge do isolamento social, as concessionárias calculam uma perda de R$ 850 milhões nas rodovias paulistas. De outro, o governo afirma que não reconhecerá o direito a um reequilíbrio, segundo disse, ao Valor, o secretário Projetos, Orçamento e Gestão, Mauro Ricardo Costa.
“Não há essa discussão, não está colocada. Não há a possibilidade de reequilíbrio por queda de tráfego.
O impacto da pandemia deverá ser mais uma das muitas controvérsias pendentes entre concessionárias e Estado. Hoje, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pela regulação das concessões, tem um enorme estoque de pendências com o setor. Algumas delas aguardam uma solução há quase dez anos, e muitas estão judicializadas. A situação tem levado a uma deterioração do ambiente regulatório em São Paulo, avaliam executivos e assessores do setor privado, que falaram sob condição de anonimato.
A percepção é que a agência tem sofrido com a interferência política do governo e com uma forte paralisia na tomada de decisões.
Por um lado, a gestão Doria tem buscado destravar problemas do passado, o que as empresas apoiam. Por outro, causa preocupação a intervenção na agência reguladora, cujas decisões devem ser técnicas e independentes. Questionado sobre o tema, Mauro Ricardo negou a interferência e diz que participa de negociações, mas respeita a autonomia do órgão.
No caso referente à pandemia, porém, a percepção é que a Artesp não avançou no tema até agora por orientação do governo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/U/D/Uc5kblRBAfSrqFXSBAmA/arte29emp-101-artesp-b2.jpg)
Em maio do ano passado, a própria agência chegou a fazer um aditivo contratual com uma concessionária da gestora Pátria (a Eixo SP), reconhecendo que a pandemia é um caso de força maior – o que dá direito a um ressarcimento. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) também emitiu um relatório reconhecendo a questão. Ao ser questionado pela reportagem sobre os documentos, o secretário disse que desconhece o assunto. Perguntado sobre pareceres do governo federal, que também reconheceram o direito a reequilíbrio, ele afirmou que “aqui é governo estadual, não federal”.
O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio Barcelos, diz que até agora a sinalização do governo paulista foi positiva. “Continuamos com a expectativa de que a questão, como vem sendo feito com outros governos, será equacionada.”
O problema da influência política na Artesp não é novo. Quem atua há anos no setor diz que a relação tem altos de baixos. Um dos pontos mais baixos foi o ano de 2012, quando o governo decidiu cancelar aditivos contratuais que haviam sido firmados em 2006. À época, o estado calculou um ganho indevido de R$ 2 bilhões pelas companhias. A decisão gerou uma onda de judicialização que se arrasta até hoje.
Outro caso emblemático foi a suspensão de pedágios para caminhões que trafegam com eixo suspenso. A isenção foi concedida em junho de 2018, sob promessa de reequilíbrio dos contratos, o que não foi feito. À época, o setor estimou um impacto anual de R$ 700 milhões.
A percepção é que a interferência política voltou a dar sinais a partir de junho de 2020, após a chegada de Mauro Ricardo Costa à gestão. Além da missão de fazer um ajuste fiscal do Estado, ele passou a conduzir as negociações com as concessionárias de rodovias, ao lado de PGE e Artesp.
O secretário afirma que a Artesp terá liberdade para decidir sobre os reequilíbrios. No caso das negociações sobre disputas judicializadas, ele ressalta que não se trata mais de uma decisão apenas da agência. “Estamos buscando, em vez que delegar ao Judiciário a decisão, tentar construir um consenso”, diz. Além disso, ele destaca que o governo também tem reivindicações e cobra valores das companhias.
No caso dos reequilíbrios judicializados nos últimos anos, há aqueles no setor privado que de fato defendem a intervenção do governo. Na visão de fonte que acompanha o tema, o governo está só tentando resolver questões que, por anos, a agência não conseguiu resolver sozinha. Para outros, porém, a crescente influência, nesse e em outros temas, é preocupante.
Um dos fatores que reforçou o incômodo do setor foi a indicação de Milton Persoli para a diretoria-geral da Artesp, em junho. Ele atuava como secretário-adjunto na pasta de Logística e Transporte, e a nomeação foi vista como mais política que técnica.
Outro sinal de alerta ocorreu em julho, quando a diretoria da Artesp voltou atrás em uma decisão sobre um reequilíbrio da Ecorodovias. Primeiro, foi concedido um ressarcimento à empresa, no valor de R$ 1,6 bilhão. Dias depois, o órgão revogou a decisão após queixa do governo. Segundo Mauro Ricardo, neste caso, houve um erro processual por parte da Artesp, já que o Estado não fora ouvido antes da decisão.
Meses depois, veio à tona a reforma administrativa do governo estadual. No texto, foi incluída uma cláusula que reduzia a autonomia da Artesp, o que foi visto como um recado do governo. O artigo em questão definia que qualquer decisão da agência com impacto orçamentário (como reequilíbrios) deveria ter aval do governo. Após a reação negativa, o texto foi alterado: pela lei, as decisões não requerem aval do governo, apenas notificação prévia para que possa se manifestar.
O secretário diz que a ideia do projeto sempre foi fortalecer a agência, mas, nesse artigo específico, o objetivo era garantir que o governo seja ouvido antes das deliberações, tal como as concessionárias têm direito a uma defesa.
Para uma pessoa próxima à Artesp, um fator decisivo será a troca de dois diretores, cujos mandatos acabaram em dezembro – uma delas, Renata Dantas, era vista como uma defensora da autonomia do órgão.
Para Barcelos, há uma expectativa forte em relação às nomeações, que o setor espera que sejam técnicas. Segundo o secretário, as indicações serão feitas até fevereiro, e serão técnicas.
A autonomia das agências reguladoras não é uma preocupação recente, afirma Luis Eduardo Serra Netto, do Duarte Garcia, Serra Netto e Terra Advogados. “Os órgãos foram criados nos anos 1990 para serem autônomos, mas nos últimos dez anos houve uma perda de independência, e em São Paulo não foi diferente. A visão é que não há autonomia nas decisões”, diz.
A avaliação de Letícia Queiroz de Andrade, sócia do Queiroz Maluf Advogados, é que as prerrogativas de cada ente precisam ser respeitadas. Por exemplo, no caso dos reequilíbrios, o governo já tem o poder de decidir como serão aplicados os ressarcimentos (se por pagamento, reajuste tarifário ou prorrogação contratual). “O problema é quando as partes ultrapassam suas prerrogativas.”
Procurada, a Secretaria de Logística e Transportes diz que “tem uma relação essencialmente técnica com a Artesp”. A agência afirmou que, por ser responsável por fiscalizar contratos entre poder concedente e setor privado, “deve atentar aos regramentos e auxiliar as partes em impasses, subsidiando com informações técnicas, históricos e relatórios”.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 29/01/2021
GREVE DOS CAMINHONEIROS NO DIA 1º DE FEVEREIRO DEVE ACONTECER COM CATEGORIA DIVIDIDA
Publicado em 01/29/2021 as
07:21 PM
Ao acompanhar grupos de WhatsApp dos motoristas, percebe-se que a greve não é consenso e que o presidente ainda tem muita força na categoria
Por Fernanda Pressinott, Valor — São Paulo
Apesar do apelo do presidente Jair Bolsonaro para que os caminhoneiros não façam greve no próximo dia 1º de fevereiro, é quase certo que algumas paralisações vão acontecer diante do apoio de várias entidades e sindicato do setor.
No entanto, ao acompanhar grupos de WhatsApp dos motoristas, percebe-se que a greve não é consenso e que o presidente ainda tem muita força na categoria. “Isso é sindicalista, é PT, querendo pôr os caminhoneiros em brigas deles”, comenta um motorista do Oeste da Bahia.
Outro mais ferrenho defensor de Bolsonaro, de Itapira (SP), escreve: “chamar nosso presidente de vagabundo e usar nossa categoria para dizer que tudo é culpa dele é pesado. Desculpe, eu estava a favor da paralisação por conta dos preços dos combustíveis e das peças dos caminhões, mas jogar a culpa no presidente, eu não vou apoiar. Deixo de apoiar a greve aqui.”
Ontem, o presidente pediu aos motoristas que adiem a greve e afirmou que o governo estuda alternativas para diminuir o PIS/Cofins e assim reduzir o preço do diesel, mas que a solução não é fácil.
Um reajuste de 4,4% no preço médio do diesel nas refinarias na terça-feira aumentou ainda mais as movimentações para uma paralisação de caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), filiada à CUT, o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e o Sindicato das Indústrias de Petróleo apoiam o movimento.
Wallace Landim, conhecido como Chorão, e um dos líderes da paralisação em maio de 2018, também. Ele alega que Bolsonaro não cumpriu as promessas de campanha e por isso agora ele defende uma paralisação. Chorão é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 29/01/2021
EUA EM NOVA CÚPULA DO CLIMA, DIZ CASA BRANCA
Publicado em 01/29/2021 as
07:20 PM
A porta-voz da Casa Branca ainda afirmou que é muito cedo para dizer como serão as discussões climáticas com o Brasil, que devem ser lideradas por John Kerry
Por Valor — São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/z/X/ItduART4qnAJVIKLfILQ/ap21028712789159.jpg)
Foto : Evan Vucci/AP
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse nesta quinta-feira (28) que o Brasil será um “parceiro-chave” para os Estados Unidos na nova cúpula do clima anunciada ontem pelo presidente americano, Joe Biden.
Questionada sobre o alerta feito por Biden durante a campanha eleitoral de que o Brasil poderia sofrer “consequências econômicas” caso não cuidasse da Amazônia, Psaki citou o novo evento convocado pelo democrata e disse que o governo americano quer ter o Brasil como um parceiro.
“Anunciamos ontem que vamos fazer uma cúpula do clima nos próximos meses. Esta é uma grande prioridade para o presidente Biden”, disse Psaki. “O Brasil será um parceiro-chave nisso.”
A porta-voz da Casa Branca ainda afirmou que é muito cedo para dizer como serão as discussões climáticas com o Brasil, que devem ser lideradas por John Kerry, ex-secretário de Estado, agora nomeado como enviado especial do governo americano para o clima.
Biden anunciou na quarta (27), ao lançar um pacote de medidas contra o aquecimento global, a convocação de uma cúpula global sobre o clima no próximo dia 22 de abril, data em que é celebrado o Dia da Terra.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 29/01/2021
PRESERVAR O TETO É ESSENCIAL PARA CREDIBILIDADE DAS CONTAS PÚBLICAS, DIZ DIRETOR DO FMI
Publicado em 01/29/2021 as
07:19 PM
Para Vitor Gaspar, Brasil precisa pensar em consolidação fiscal já no médio prazo e promover mudanças estruturais para equilibrar as contas públicas; ele também aponta a importância da imunização para a retomada da economia
Por Ricardo Leopoldo, Correspondente, O Estado de S.Paulo
Entrevista com
Vitor Gaspar, diretor do departamento de Assuntos Fiscais do FMI
NOVA YORK - A previsão de crescimento do Brasil de 3,6% para 2021, realizada pelo Fundo Monetário Internacional, pressupõe que o teto de gastos será respeitado pelo governo neste ano, comenta em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast Vitor Gaspar, diretor do departamento de Assuntos Fiscais do FMI.
"O teto de gastos é uma âncora importante da arquitetura fiscal do Brasil e preservá-lo é essencial para a confiança e credibilidade do arcabouço das contas públicas do País", destaca Gaspar. "Caso ocorram pressões mais fortes do que o esperado sobre a economia pela covid-19, nossa avaliação é de que as autoridades devem estar prontas para responder com agilidade, o que vale para o Brasil, mas também para todo o mundo."
De acordo com Gaspar, o Brasil precisará pensar em consolidação fiscal de médio prazo. "Para viabilizar esta estratégia é importante analisar o orçamento de uma forma ampla, de tal forma que torne efetiva a recuperação econômica."
Ele apontou que as mudanças estruturais devem se basear em quatro pilares: reduzir rigidez do orçamento, racionalizar programas sociais que já existem, aprimorar o arcabouço das contas públicas subnacionais e implementar a reforma tributária. O diretor do FMI ressalta ainda ser necessário acelerar a vacinação contra o coronavírus em todos os países, pois é ela que viabilizará o controle da pandemia e tornará mais rápida a recuperação econômica. Veja os principais trechos da entrevista:

O diretor do departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vitor Gaspar. Foto: Michel Spilotro/FMI
O senhor acredita que o governo brasileiro respeitará o teto de gastos em 2021?
O teto de gastos é uma âncora importante da arquitetura fiscal do Brasil e preservá-lo é essencial para a confiança e a credibilidade do arcabouço das contas públicas do país. Ao mesmo tempo, a pandemia do covid-19 não tem precedentes e justificou em todo o mundo a mais forte e rápida resposta fiscal da história. Neste contexto, em 2020, as autoridades brasileiras declararam estado de calamidade pública por causa da pandemia e adotaram o que ficou conhecido como 'orçamento de guerra', que permitiu a separação das despesas relativas à covid-19 do orçamento tradicional do governo. Esta ação foi apropriada dada a urgência, o tamanho e a dinâmica dos efeitos provocados pelo coronavírus. Nossas projeções apontam que em 2020 ocorreu forte elevação da dívida pública, mas temos a previsão de que ela deverá baixar em 2021 e deve ter uma trajetória relativamente estável no médio prazo.
Devido à importância do teto de gastos no Brasil, nossa avaliação é de que as autoridades do país querem preservar seu papel de âncora das contas públicas em 2021 e vão querer respeitá-lo neste ano. Caso ocorram pressões mais fortes do que o esperado sobre a economia pela covid-19, nossa avaliação é de que as autoridades devem estar prontas para responder com agilidade, o que é verdadeiro para o Brasil, mas também em todo o mundo.
Dentro da previsão do FMI para o crescimento do Brasil de 3,6% neste ano está pressuposto o cumprimento do teto de gastos em 2021?
Sim, exatamente.
Quanto será negativo para a economia e as perspectivas fiscais do País se o governo não cumprir o teto de gastos neste ano?
Vemos esta questão como o equilíbrio entre dois objetivos: um deles é assegurar a sustentabilidade da dívida pública e controlar os riscos às finanças do governo. Por outro lado, há a necessidade de apoiar o sustento de famílias e das empresas que foram duramente atingidas pela pandemia. O importante é o Brasil navegar de forma segura durante a transição para um novo modelo de crescimento mais resiliente e inclusivo. A administração deste trade-off é importante. A ancoragem do papel do teto de gastos é reconhecida, mas, ao mesmo tempo, para conseguir apoiar a população e a economia sob elevadas incertezas, as autoridades precisam estar prontas para reagir com agilidade para prover ajuda caso seja necessário se as condições econômicas estiverem menos favoráveis.
Quanto será importante para a recuperação da economia que o governo acelere a vacinação da população contra o coronavírus?
Esta é uma questão relevante para o Brasil e para o mundo. Vacinação é um bem público, porque a covid-19 não estará definitivamente sob controle em qualquer lugar se não for dominada em todos os lugares. Quanto mais cedo o coronavírus for controlado, mais cedo a economia se recuperará e trabalhadores, famílias e firmas terão condições de se manter sem a ajuda do governo. A sustentabilidade das contas públicas e o avanço do crescimento inclusivo dependem da vacinação e do controle do covid-19.
Há muitas incertezas no Brasil sobre o avanço da vacinação pelo governo. Em qual magnitude a lentidão deste processo prejudicará a economia no curto prazo?
Em meio à pandemia, há muitas incertezas, pois já surgiram novas variantes do vírus, inclusive no Brasil. Em relação às vacinas, ainda estamos aprendendo muito sobre a eficácia, embora estejamos no processo de vencer a covid-19.
Mas o senhor, como diretor do FMI, está cético ou confiante de que a campanha de vacinação no Brasil vai acelerar?
Eu acredito que acelerar o processo de vacinação é importante no Brasil como é em todos os países.
Como o senhor avalia as perspectivas de aprovação pelo Congresso de reformas no Brasil neste ano, especialmente a tributária?
O Brasil precisará pensar em consolidação fiscal de médio prazo. Para viabilizar esta estratégia é importante analisar o orçamento de uma forma ampla, de tal forma que torne efetiva a recuperação econômica. As reformas devem se basear em quatro pilares: reduzir rigidez do orçamento, racionalizar programas sociais que já existem, aprimorar o arcabouço das contas públicas subnacionais e implementar a reforma tributária.
A reforma do sistema tributário no Brasil pode ajudar a reduzir a alocação inadequada de recursos públicos e privados, melhorar o ambiente de negócios e fortalecer a administração de receitas oficiais. Os incentivos fiscais no País são muito importantes, alcançam quase 5% do PIB, e são distorcivos, desiguais e tornam o sistema tributário nacional extremamente complexo. O sistema tributário pode tornar-se mais eficiente, mais amigável ao crescimento e ser mais progressivo. É necessário harmonizar os regimes tributários federal e subnacionais que são fragmentados e permitir alguma unificação na administração de tributos. O imposto de renda poderia ser revisto e tornar-se mais progressivo.
O senhor acredita que o governo pode avançar reformas fiscais neste ano?
Eu não sei, mas a reforma do sistema tributário é muito importante e é um dos elementos fundamentais para a estratégia fiscal de médio prazo do Brasil.
A melhora de previsão de crescimento do País em 2021 pelo FMI foi o principal fator que levou o Fundo a reduzir para este ano as projeções como proporção do PIB para o dívida pública bruta, de 102,8% para 92,1%, e para o déficit nominal, de 6,5% para 5,9%?
Três fatores colaboraram para as previsões para estes dois indicadores para 2021. Um deles foi que ocorreu alguma melhora na perspectiva do resultado primário com um desempenho acima do esperado de receitas, dado que a retração do nível de atividade no ano passado foi menor do que o previsto. Aconteceu também uma revisão das séries temporais para o PIB pelo IBGE, o que gerou uma nova base para as contas nacionais. Também foi importante a revisão para a cima das projeções de crescimento do Brasil pelo FMI de 2,8% para 3,6% em 2021.
Como o senhor avalia as perspectivas econômicas para o Brasil neste ano?
O comentário que se aplica para o Brasil é adequado também para todas as partes do mundo. O coronavírus tornou as ações das autoridades extremamente difíceis, com foco para responder a impactos econômicos que não têm precedentes e que estão atuando em um ambiente repleto de incertezas. Esta é a razão pela qual muitas organizações, como o FMI, não publicam apenas uma projeção, mas também cenários alternativos. Neste momento, devemos oferecer apoio e solidariedade para aqueles que são mais vulneráveis à pandemia e estar prontos para atuar de forma cooperativa.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 29/01/2021
GOVERNO MULTA BRF EM R$ 5,4 MILHÕES POR EXTRAPOLAR LIMITE DE ÁGUA EM ALIMENTOS
Publicado em 01/29/2021 as
07:18 PM
Empresa extrapolou o limite legal de 6% de água em carcaça de frango congelado e também vinha comercializando produtos destinados à alimentação humana em conflito com as normas
Por Luci Ribeiro, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, aplicou multa de R$ 5,4 milhões à empresa BRF por violação ao Código de Defesa do Consumidor. Segundo o Departamento, a BRF foi condenada por ter extrapolado o limite de água permitido no congelamento de alimentos e por ter violado o direito de informação e transparência do consumidor.
O despacho com a punição está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 29. O valor da multa, precisamente de R$ 5.382.585,00, deverá ser depositado em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
De acordo com a secretária nacional do Consumidor, Juliana Domingues, a condenação é um desdobramento de processo administrativo instaurado pelo DPDC para apurar violações constatadas por uma fiscalização do Ministério da Agricultura durante a Operação Carne Fraca, ocorrida em meados do ano de 2017.
"A análise técnica do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor apontou não apenas violação da boa-fé objetiva, mas do direito à informação e à transparência, que é uma obrigação do fornecedor para os consumidores. Isso porque a utilização de água em quantidade maior do que o limite que é tolerado para congelamento dos produtos faz com que a empresa entre em desacordo com a nossa legislação, inclusive colocando em risco a saúde e a segurança do consumidor", reforçou a secretária.
Segundo o processo, a BRF extrapolou o limite de água permitido pela legislação vigente, que é de 6% de água em carcaça de frango congelado, e vinha comercializando produtos destinados à alimentação humana (frango inteiro) em conflito com as normas aplicáveis.
O coordenador-geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas do DPDC, Leonardo Marques, disse que o caso apresentou "materialidade robusta" ao evidenciar a conduta apurada como uma prática que vai além de um mero ato isolado, merecendo a aplicação da penalidade.

Segundo o processo, a BRF extrapolou o limite de água permitido pela legislação vigente, que é de 6% de água em carcaça de frango congelado. Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 28/11/2019
Procurada pela reportagem, a BRF disse que recebeu com surpresa a decisão da Senacon e irá recorrer da decisão, já que refuta qualquer alegação de risco à saúde. "A companhia reforça que atende aos mais rigorosos processos de segurança alimentar e controle de qualidade em todas as suas operações no mundo e baseia sua gestão nos compromissos fundamentais com a Segurança, Qualidade e Integridade."
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 29/01/2021
ANEEL MANTÉM BANDEIRA AMARELA EM FEVEREIRO E CONTA DE LUZ CONTINUA COM TAXA ADICIONAL
Publicado em 01/29/2021 as
07:18 PM
Segundo a agência, a combinação de reservatórios baixos, somada a perspectiva de chuvas abaixo da média histórica para o mês, contribuíram para a decisão
Por Marlla Sabino, O Estado de S.Paulo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na noite desta sexta-feira, 29, que vai manter a bandeira amarela acionada em fevereiro. Na prática, as contas de luz seguirão com a cobrança de uma taxa adicional de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh).
A agência reguladora explicou que a bandeira irá permanecer amarela por causa da lenta recuperação de níveis de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo volume de chuvas abaixo do padrão histórico neste período do ano.
"A combinação de reservatórios baixos com a perspectiva de chuvas abaixo da média histórica sinaliza patamar desfavorável de produção de energia pelas hidrelétricas", explicou à agência em nota.
As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 para sinalizar ao consumidor o custo da geração de energia elétrica no País. Na prática, as cores e modalidades – verde, amarela ou vermelha- indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz.
No sistema atual, na cor verde, não há cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de energia no País. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos.
Já a bandeira vermelha pode ser acionada em dois níveis, dependendo da quantidade de termelétricas acionadas. No primeiro nível, o adicional é de R$ 4,169 a cada 100 kWh. No segundo nível, a cobrança extra é de R$ 6,243 a cada 100 kWh.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 29/01/2021
FIM DE AÇÕES TRABALHISTAS PERMITE O PAGAMENTO DE R$ 30 BI EM DÍVIDAS EM 2020
Publicado em 01/29/2021 as
07:18 PM
Maior parte do valor total dessas ações respondem por acordos entre empregadores e trabalhadores; montante é semelhante ao verificado em 2019, de R$ 30,7 bilhões
Por Idiana Tomazelli e Rafael Moraes Moura, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Justiça do Trabalho assegurou o pagamento de mais de R$ 30 bilhões em dívidas trabalhistas em 2020, sendo a maior parte por meio de execuções ou acordos entre empregadores e trabalhadores.
O volume é semelhante ao verificado em 2019, quando os repasses ficaram em R$ 30,7 bilhões. “Em momentos de crise sanitária e econômica, é essencial que as pessoas que buscam a Justiça do Trabalho tenham acesso às verbas de direito garantidas judicialmente”, afirma o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Cláudio Brandão, que coordena a Comissão Nacional de Efetividade da Execução Trabalhista.
“O recebimento desse recurso, em muitos casos, garante a subsistência e, ainda, estimula diretamente a economia, tão abalada pelos impactos da pandemia”, acrescentou.
No ano passado, foram R$ 12,6 bilhões em pagamentos oriundos de execuções, valor semelhante ao observado em 2019 (R$ 12,5 bilhões). Já os acordos entre as partes tiveram uma leve queda de R$ 14,4 bilhões para R$ 13,4 bilhões. Houve ainda R$ 4 bilhões em pagamentos espontâneos no ano passado, mais que os R$ 3,8 bilhões no período anterior.
Durante o período da pandemia, a Justiça do Trabalho reforçou suas frentes de mediação e conciliação, sobretudo diante da mudança drástica em relações e formas de trabalho para conseguir se adaptar ao distanciamento social. Milhares de trabalhadores foram para o home office, e houve ainda um período de aumento de demissões. O objetivo do Judiciário era atenuar o eventual aumento de conflitos que poderia surgir numa situação de crise.
Ainda em 2020, também foram encerrados 757.994 processos na fase de execução, que permitiram o pagamento de valores a pessoas que tinham garantido o direito ao recebimento, mas ainda aguardavam o encerramento da ação. Esses recursos foram efetivamente quitados e, segundo a Justiça do Trabalho, ajudaram a movimentar a economia neste período de agravamento da crise econômica.
As cortes trabalhistas também promoveram, entre 30 de novembro e 4 de dezembro, a 10ª edição da Semana Nacional da Execução Trabalhista. O objetivo era tentar solucionar processos em fase de execução por meio de conciliações, pesquisa patrimonial, leilões de bens penhorados, entre outras alternativas. O evento contabilizou o valor recorde de R$ 1,8 bilhão. Desse montante, R$ 340 milhões foram decorrentes da homologação de mais de 7,5 mil acordos.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 29/01/2021
CHECK-UP ANTES DO CHECK-IN: EINSTEIN INAUGURA CLÍNICA NO AEROPORTO DE GUARULHOS, O NOVO FILÃO DA SAÚDE PRIVADA
Publicado em 01/29/2021 as
07:17 PM
Unidade fará testes de Covid-19 e pode ter similar no Galeão. Na pandemia, hospitais estrelados como Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz apostam em serviços em terminais e dentro das empresas
Por Ivan Martinez-Vargas

Movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, que recebeu nova unidade do hospital Albert Einstein (09/03/2020) Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
SÃO PAULO — O mais recente movimento de diversificação de serviços de grandes organizações privadas da área da saúde foi dado nesta quinta-feira (28) pelo Albert Einstein, com a inauguração da primeira clínica do hospital em um aeroporto, em Guarulhos, na Grande São Paulo. De acordo com especialistas no setor, essa tendência deve se ampliar nos próximos anos e acirrar a competitividade entre as grandes organizações de saúde. Outros grupos do setor, como Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz apostam no setor corporativo e preveem ampliar oferta de ambulatórios dentro de empresas.
A nova unidade do Einstein vai realizar o teste RT-PCR para detecção do coronavírus e promete entregar os resultados em no máximo quatro horas. Também oferece vacinas do calendário básico de imunização (como a que previne a febre amarela) e guichês para consultas por telemedicina.
— Na medida em que o deslocamento das pessoas, devido à pandemia, cada vez mais vai exigir a realização de testes negativos para o coronavírus, além de vacinas, vimos a oportunidade de colocar isso à mão de quem vai viajar — afirma o presidente do Albert Einstein, Sidney Klajner.
Segundo o executivo, a unidade é a primeira de uma série. Já há conversas para a instalação de uma clínica similar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
A clínica em Guarulhos fica localizada no terminal 3 e funciona 24 horas por dia. A capacidade instalada é para realização de 800 exames diários. O investimento para a instalação da unidade foi de R$ 2,7 milhões, segundo Klajner.
No futuro, de acordo com o executivo, as clínicas poderiam oferecer também vacinas contra o coronavírus, assim que elas estiverem disponíveis no mercado privado.
Expansão no mercado corporativo
O hospital Sírio Libanês, por outro lado, vai investir cerca de R$ 20 milhões para expandir sua rede de clínicas voltadas para atender o mercado corporativo.
A unidade de negócio, que faz a gestão de serviços de saúde de funcionários de grandes empresas, foi criada em 2018, e hoje é responsável pela atenção a 200 mil pessoas, a maioria na cidade de São Paulo.
— Nossa visão de negócio está direcionada para ser uma organização que investe em serviços de prevenção a doenças e promoção à saúde, com o serviço de ambulatórios, consultas e exames a grandes empresas — afirma Fabio Patrus, diretor de unidades externas e saúde corporativa do Sírio Libanês.
Os contratos são feitos em conjunto com a empresa cliente e a operadora de saúde que presta serviços a ela. Bancos como o Itaú e o Votorantim, além da Unimed Seguros e da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal são alguns clientes dos serviços.
A meta dessa unidade de negócios é crescer 25% neste ano, e gerir o atendimento a um público potencial de 250 mil pessoas até dezembro.
Para isso, o Sírio Libanês vai abrir cinco clínicas voltadas ao público corporativo na Grande São Paulo.
— Teremos uma nova unidade em cada região da cidade. Estamos analisando os bairros nas zonas Sul, Norte, Leste e Oeste, além de uma unidade ou na cidade de São Caetano do Sul ou em São Bernardo do Campo — diz Patrus.
As clínicas são equipadas com ambulatórios, consultórios para realização de consultas presenciais com especialistas, uma equipe multiprofissional e estrutura para atender a emergências de baixa complexidade, além da sala de medicação.
Segundo Patrus, uma das vantagens do serviço oferecido às grandes companhias é o aumento na qualidade do atendimento médico. Como os funcionários têm o histórico acompanhado por médicos de família que costumam desenvolver uma relação com o paciente, a tendência é que as consultas gerem menos pedidos de exames, o que reduz a sinistralidade dos planos médicos.
— A tendência dentro dessas clínicas é a de precisar menos exames. Na nossa rede, a média é de cinco pedidos de exame por consulta, nos ambulatórios corporativos é a metade, os médicos já conhecem os pacientes — diz ele.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, também quer expandir sua oferta de serviços ambulatoriais corporativos.
— Já temos sob gestão 20 mil pacientes em ambulatórios dentro de organizações como a (fabricante de celulose) Klabin e o hospital AC Camargo. Agora criamos uma área de negócios dedicada a esse mercado e queremos ter ambulatórios nas ruas — diz o diretor-executivo, Allan Paiotti.
Segundo ele, a organização prevê ter entre três e cinco clínicas em São Paulo. Podem ser implementadas pelo próprio Oswaldo Cruz ou por meio de parcerias com redes que já possuam clínicas privadas.
— É factível que nossa base de clientes aumente para até 100 mil vidas em um ano. A ideia é ganhar escala — afirma.
Tendência mundial de diversificação
Para Walter Cintra, professor da FGV, os movimentos dos grandes hospitais estão em linha com uma tendência mundial de diversificação de serviços no setor de saúde.
— Os hospitais trabalham hoje com uma diversificação de carteira de serviços para otimizar a capacidade instalada e captar mais clientes. Oferecem exames de diagnóstico, por exemplo. Por outro lado, as operadoras de saúde têm verticalizado e operado seus próprios hospitais — afirma ele.
As estratégias são diversas. O Albert Einstein, por exemplo, é hoje um forte concorrente das redes de laboratórios de medicina diagnóstica, segundo Cintra.
— A unidade de exames de diagnóstico é muito relevantes hoje para a organização. Agora, o hospital também dá essa resposta à pandemia, a questão da medicina do viajante é crescentemente importante, é vantajoso colocar esses serviços de exames e vacinas em aeroportos, faz muito sentido porque muitas vezes o próprio viajante desconhece que ingressar em diversos países precisa estar imunizado contra alguma doença específica — diz Cintra.
Por outro lado, redes laboratoriais como o Fleury também têm diversificado o portfólio, oferecendo o serviço de gestão de saúde a empresas, aponta ele.
— As organizações de saúde tradicionais estão têm mudado para incorporar cada vez mais serviços. A telemedicina é usada por todos, por exemplo — ressalta Cintra.
Para David Kallas, professor do Insper e da faculdade de medicina do Albert Einstein, a diversificação permite o ganho de escala e a otimização dos recursos.
— Quando a organização tem determinado ativo subutilizado, como uma máquina de tomografia, a estratégia de oferecer o serviço de diagnóstico aumenta a demanda e o melhor uso do ativo. Há também a razão de economia de escopo. Há hospitais que subcontratam laboratórios para fazer parte do serviço, e parte importante da receita é perdida. Para alguns, faz sentido ter a estrutura e verticalizar — diz ele.
A atenção integral ao paciente, com o oferecimento de consultas, exames e procedimentos da pequena à alta complexidade, permitem armazenamento de dados e uso mais inteligente das estruturas, segundo o especialista.
— Quando você consegue ter mais informação sobre a vida e o histórico do paciente, ganha muito, porque tem exame que você faria e não precisa fazer, é ganho de eficiência — salienta Kallas.
A tendência é de consolidação de grandes conglomerados do ramo da saúde que ofereçam serviços em várias áreas, de acordo com o especialista. Por outro lado, hospitais de menor porte tendem a perder rentabilidade.
— O eventual risco é de eventualmente, em algumas regiões, haver uma organização monopolista, o que tende a derrubar qualidade dos serviços e aumentar os preços, mas uma boa regulação por parte do poder público pode impor limites a isso.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 29/01/2021
DÓLAR FECHA A R$ 5,47 E BOLSA CAI 3,2%, MAIOR QUEDA DIÁRIA DESDE OUTUBRO
Publicado em 01/29/2021 as
07:17 PM
Moeda americana encerrou janeiro com a maior alta mensal desde março de 2020
O Globo, com agências
RIO E SÃO PAULO — O dólar fechou em alta nesta sexta-feira, puxado pela combinação de ambiente externo avesso a risco e ajustes na comunicação do Banco Central, com o mercado na defensiva às vésperas das eleições para o comando das casas legislativas.
A moeda americana subiu O dólar subiu 0,69%, a 5,4705.
Em janeiro, a moeda saltou 5,53%, maior alta mensal desde março de 2020 (+15,92%), no estouro da pandemia de Covid-19. A valorização ocorreu após dois meses seguidos de perdas: de 2,90% em dezembro e 6,82% em novembro.
A performance da moeda está associada, entre outros motivos, aos juros baixos, que deixam a moeda mais vulnerável a apostas de venda, num contexto de ampla incerteza sobre os rumos da política fiscal.
O mercado considerou que declarações feitas na quinta pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, esfriaram apostas em alta breve dos juros, o que acabou golpeando o real já na quinta e também nesta sexta.
Nesta sexta, dados mostraram explosão do déficit primário em 2020 e dívida pública em um recorde perto de 90% do PIB.
"Diante da perspectiva de menor crescimento e das incertezas fiscais, o real deve se manter pressionado neste início de ano", disse o Bradesco em nota na qual rebaixou a perspectiva de expansão do PIB neste ano de 3,9% para 3,6%, citando o agravamento da pandemia.
Ibovespa em queda livre
O Ibovespa fechou em queda de mais de 3% nesta sexta-feira, com um desempenho negativo no acumulado do mês, marcado por recordes, mas também pelo aumento das preocupações com ruídos políticos e riscos fiscais no país, além do avanço alarmante da pandemia de Covid-19 no mundo, apesar das vacinas.
Hoje, o giro financeiro foi de R$ 26,295 bilhões. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 3,2%, a 115.079,99 pontos, acumulando queda de 1,96% na semana e declínio de 3,3% em janeiro.
É a maior queda diária desde outubro.
Na avaliação da líder de alocação na BlueTrade Marina Braga, a queda do Ibovespa em janeiro está em parte relacionada a uma realização de lucros, mas há também variáveis corroborando as vendas como números de inflação e crescimento ainda preocupantes e poucas definições em relação à pauta de reformas no Congresso.
O último pregão do mês teve como pano de fundo fortes perdas em Wall Street, na esteira de dados menos animadores sobre a eficácia da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, além de desconforto com a disputa entre 'hedge funds' e investidores de varejo, que adicionou ainda mais volatilidade aos negócios.
A sexta-feira também teve alerta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o risco de manipulação de mercado, um dia após os papéis do IRB Brasil RE dispararem com investidores mostrando intenção de replicar estratégias do caso da GameStop nos Estados Unidos.
Em comunicado, a CVM alerta que a atuação com o objetivo deliberado de influir no funcionamento regular do mercado pode caracterizar ilícitos administrativos e penais.
A Autarquia afirma que tem monitorado os movimentos no mercado e as comunicações nas redes sociais, sendo que, na presença de indícios e conforme exige a lei, "cuidará da instauração do competente processo administrativo sancionador para a apuração das responsabilidades, bem como comunicação ao Ministério Público para a devida atuação na esfera penal".
Após o alerta generalizado da CVM e também atuação da B3 envolvendo as ações da resseguradora, IRB Brasil RE ON mostrava queda de 5,7% no final do pregão, entre as maiores perdas do Ibovespa na sessão.
Após o movimento de quinta-feira, a B3 decidiu submeter a ação do IRB a leilões durante o dia, com o objetivo de assegurar a continuidade dos preços. E esclarece que, em momentos de volatilidade, o mecanismo de leilão promove uma melhor formação de preços com base em todas as ofertas de compra e venda disponíveis no mercado, resultando em maior proteção aos investidores.
Quaisquer ajustes de procedimentos serão imediatamente comunicados pela B3 aos participantes de mercado.
Uma das únicas altas do Ibovespa foi Braskem PNA, com elevação de 2,4% . Calendário do site de relações com investidores da empresa anuncia teleconferência na segunda-feira relacionada aos eventos geológicos em Maceió (AL).
Lá fora, ritmo de vacinação preocupa
No cenário internacional, a atenção do mercado passava para a disseminação do coronavírus e o ritmo de imunização da população, com os investidores ansiosos pela superação da doença de forma a permitir uma retomada econômica.
"(A) cautela predomina e mercados operam sem direção única nesta sexta-feira. A aversão ao risco ganha força, diante de incertezas com o ritmo de vacinação contra Covid-19", disseram analistas do Bradesco em nota.
Em Nova York, as bolsas recuaram, com o Dow Jones caindo 2,03%, seguido pelo S&P, com perda de 1,93%. Na Bolsa Nasdaq, a queda foi de 2%.
Na Europa, as bolsas também fecharam em forte queda. Na de Londres, o FTSE-100 recuou 1,82%, enquantoava 1,54%, enquanto que Paris teve perda de 2,02%. Frankfurt caiu 1,71%.
Os mercados asiáticos tiveram um dia de baixas. Em Tóquio, o índice Nikkei registrou perda de 1,89%, e a Bolsa de Hong Kong fechou em queda de 0,94%. A Bolsa de Seul teve desvalorização de 3,03%.
Na China, as ações registraram perda semanal de mais de 3% nesta sexta-feira, já que as preocupações com as condições de liquidez apertadas afetaram o sentimento, embora tenham registrado ganhos mensais em meio a esperanças crescentes de uma recuperação econômica.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,47%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,63%. Na semana, o CSI300 caiu 3,9%, enquanto o SSEC perdeu 3,4%.
Mas, em janeiro como um todo, o CSI300 saltou 2,7%, enquanto o SSEC subiu 0,3%, já que mais investidores despejaram dinheiro em fundos mútuos do país que investem em ações.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 29/01/2021
CRISE ELIMINA 30% DOS POSTOS DE TRABALHO EM BARES E RESTAURANTES DO RIO
Publicado em 01/29/2021 as
07:16 PM
Por Mariana Barbosa

Hipódromo no Baixo Gávea | Fabiano Rocha
O Rio de Janeiro perdeu quase 30% dos postos de trabalho em bares e restaurantes durante uma pandemia que levou ao fechamento de milhares de estabelecimentos, de casas tradicionais como Hipódromo e o Fellini ao bar da esquina.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) compilados pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) mostram que o estado tinha 370 mil trabalhadores, formais e informais, no ramo de Alojamento e Alimentação, no terceiro trimestre de 2020. No mesmo período de 2019, esse número era de 513 mil ocupados.
Considerando uma renda média real de R$ 1.645,00 por mês para esse tipo de atividade, pode-se dizer que a eliminação de 143 mil postos deixou de gerar uma massa de rendimento da ordem de R$ 2,8 bilhões.
A participação do setor de Alojamento e Alimentação no mercado de trabalho fluminense encolheu 1%, para 5,8%, no mesmo período de comparação.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 29/01/2021
FRANÇA NÃO VAI APROVAR O ACORDO UE-MERCOSUL SEM TER GARANTIA CONTRA O DESMATAMENTO
Publicado em 01/29/2021 as
07:16 PM
Ministro francês afirma, no Fórum Econômico Mundial, que vai pressionar bloco europeu por cláusula ambiental em tratados comerciais
O Globo com informações do Valor
BRUXELAS - O ministro encarregado do Comércio Exterior da França, Franck Riester, afirmou nesta sexta-feira, que o governo francês não vai aprovar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul sem haver garantias de que as relações comerciais entre os dois blocos não aumentarão o desmatamento.
As declarações foram feitas durante sessão sobre o comércio sustentável, no Fórum Econômico Mundial, que este ano acontece virtualmente.
De acordo com o Valor, Riester insistiu que é importante a União Europeia exigir de seus parceiros metas ambientais mais ambiciosas, que estejam alinhadas aos padrões europeus. E garantiu que a pressão por parte da França vai continuar.
O ministro francês mencionou ainda o plano de combater o chamado "desmatamento importado" - isto é, a compra de produtos ligados à derrubada de florestas -, lembrando que a UE pretende criar uma lei para lutar contra o risco de o aumento das transações comerciais incrementar a importação de desmatamento.
"Esse é o problema que temos com o Mercosul", afirmou Riester, ressaltando, segundo a reportagem do Valor, que estão sendo buscadas soluções para assegurar que o comércio com o bloco sul-americano não aumente o desmatamento importado.
O Valor acrescenta que a França continuará a pressionar a UE para que, no futuro, todos os acordos comerciais tenham cláusulas de respeito ao Acordo de Paris contra mudanças climáticas.
A França quer ainda aumentar o monitoramento do capítulo de desenvolvimento sustentável nos acordos comerciais, apresentando sanções para o caso de os compromissos não serem cumpridos, afirmou o ministro francês.
“Temos que ter a ambição de criar novos padrões que permitam impulsionar globalmente nossos objetivos sustentáveis, em vez de incentivar o oposto”, defendeu o ministro Riester, para quem esta é a única forma de manter uma política econômica aberta e ter coerência com a necessidade de um desenvolvimento sustentável.
Nos últimos anos, a França tem sido mais rigorosa em relação à proteção ambiental em seus acordos comerciais, o que inclui todas as negociações que envolvem a UE.
Para que o acordo do Mercosul com a UE seja aprovado, é preciso que todos os 27 Parlamentos nacionais e regionais aprovem seus termos. O acordo se encontra desde 2019, quando atritos políticos relacionados à sustentabilidade e à proteção do meio ambiente começaram entre líderes europeus e o governo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 29/01/2021
GOVERNO QUER QUE VENCEDORAS DE LEILÃO 5G CRIEM REDE DE SEGURANÇA PARA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL
Publicado em 01/29/2021 as
07:16 PM
A portaria a ser publicada não tratará de restrições aos equipamentos da Huawei
Por Jussara Soares e Manoel Ventura

Antenas em São Paulo. Anatel se reúne para votar edital do leilão do 5G Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
BRASÍLIA - O governo Jair Bolsonaro deve publicar em breve uma portaria que estabelece regras mais rígidas a serem cumpridas pelas operadoras vencedoras do leilão da tecnologia 5G.
As prioridades de políticas públicas foram definidas pelo Ministérios das Comunicações e vão regular o edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a implementação da tecnologia de quinta geração das redes de comunicação móveis.
A expectativa é que que os conselheiros da Anatel votem o edital de licitação em reunião extraordinária marcada para segunda-feira.
Entre as exigências para as vencedoras do leilão 5G está a implementação de uma rede privativa de comunicação da administração pública federal.
Segundo uma fonte que participou da elaboração da portaria, as regras mais rígidas foram definidas para dar mais segurança às informações estratégicas do governo, observando padrão internacional de transparência e governança exigidos pelo mercado acionário brasileiro.
A portaria exige que a rede privativa da administração pública seja composta por uma rede móvel, limitada ao Distrito Federal, para atender atividades de segurança pública, defesa, serviço de socorro e emergência e ouras atribuições do Estado.
O texto também coloca como regra que as operadoras forneçam à União uma rede fixa para atendimento aos órgãos públicos federais para complementar a estrutura que já existe.
Líder do mercado de tecnologia 5G, a chinesa Huawei é alvo da desconfiança por parte de integrantes do governo que temem a segurança dos dados. A portaria a ser publicada não tratará de restrições aos equipamentos da Huawei.
O texto preparado pela pasta do ministro das Comunicações, Fábio Faria, também exige que as operadoras invistam na estrutura de telecomunicações na região Norte do país.
No ano passado, o governo lançou o programa Norte Conectado para a implementação de fibra ótica em cidades às margens dos rios Negro, Solimões, Madeira, Purus, Juruá e Rio Branco que totalizam cerca de 13 mil quilômetros e alcançam 20 milhões de pessoas
O governo, no entanto, anunciou apenas 650 km da construção da estrutura. Agora, quer a partir do leião 5G expandir toda a rede de fibra ótica subfluvial começando por Macapá (AP). Atualmente, a internet na região é via rede e implementação da nova tecnologia oferece uma conexão mais veloz.
De acordo com uma fonte do governo, após a publicação da portaria, caberá à Anatel estimular no edital os prazos e as metas para que as vencedoras do leilão cumpram as exigências. O Ministério das Comunicações acredita que, apesar da contrapartida exigida das vencedoras, não desestimulará a participação das empresas.
Minuta não prevê bloqueio à Huawei
A Anatel deve aprovar o edital para o leilão na reunião de segunda. O documento, em seguida, será encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU), antes de ser publicado e o leilão marcado.
A minuta do documento não prevê restrições à Huawei e a nenhuma outra empresa. Mas técnicos da agência afirmam que não estava nos planos do órgão regulador fazer qualquer restrição por meio do edital.
Dentro da agência, o entendimento é que eventuais restrições precisam ser aplicadas pelo Palácio do Planalto ou pelo Ministério das Comunicações.
O leilão é apenas o primeiro passo para a implementação do 5G no Brasil, que ainda dependerá da expansão da infraestrutura das operadoras de telefonia.
Nesse leilão, as teles vão disputar o direito de operar as bandas de frequência nas cidades e começar a oferecer a tecnologia no Brasil. Não há data para a entrada em operação do 5G no país.
O edital vai definir os blocos que serão leiloados, além das obrigações mínimas de investimentos. Com esses dados em mãos, a área técnica da Anatel vai calcular os valores mínimos de investimentos além da arrecadação do governo federal com a licitação.
Mais que uma internet de altíssima velocidade para celulares, a quinta geração de redes móveis de telefonia representará um novo marco para indústria, para agricultura de precisão, na criação de tecnologias para cidades inteligentes, segurança pública e internet das coisas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 29/01/2021
MERCADO DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA VAI DESLANCHAR, MAS TRIBUTAÇÃO É EMPECILHO, DIZ DIRETOR DA BYD NO BRASIL
Publicado em 01/29/2021 as
07:15 PM
Por - Nayara Machado - 29 de janeiro de 2021 - Em Eólica, Setor elétrico, Solar
A indústria de armazenamento de energia fechou 2020 com 9,4 GWh (gigawatts-hora de potência) de sistemas instalados no mundo. Para 2021, a projeção é alcançar 14,4 GWh, um crescimento de mais de 50% no ano. Entre 2023 e 2025, o crescimento projetado é de 125% ao ano.
As estimativas da consultoria Wood Mackenzie animam fabricantes globais de equipamentos para o mercado de energia como a BYD, que inaugurou uma fábrica em Manaus em 2020 para produção de baterias de lítio para veículos.
A empresa também tem como meta começar a fabricar, ainda este ano, os primeiros sistemas de armazenamento de energia, diz Adalberto Maluf, diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos Negócios da BYD, em entrevista à epbr.
Para o mercado deslanchar no Brasil, contudo, é preciso mudar a tributação, diz o executivo.
“O Brasil ainda engatinha em relação ao uso do armazenamento em comparação com o resto do mundo, basicamente por conta da nossa estrutura tributária. O sistema de armazenamento paga mais de 80% de impostos, o que dificulta muito o uso da tecnologia, mesmo com a queda do preço da bateria”, explica.
Adalberto Maluf vê no país um “potencial enorme” para os sistemas de armazenamento, por sua rede integrada e a matriz energética predominantemente renovável, com crescimento da geração eólica e solar.
Além disso, cita que a tecnologia chegou a um ponto de maturação tecnológica que permite diferentes aplicações.
“Primeiramente, a gente tinha baterias mais para regulagem de frequência, de voltagem, backups, uso em horários de pico. Mas o que vem crescendo muito no mundo, além da regulagem de frequência e da estabilização da rede, é o uso com renováveis”, relata.
Em novembro, a BYD lançou um projeto com a Canadian Solar para instalação de um sistema de armazenamento de 300 MWh em uma usina solar de 100 MW em Kings County, Califórnia.
O uso da bateria faz com que a usina tenha uma capacidade de produção muito maior, porque ela armazena o excedente e depois, quando não há mais sol, consegue expandir o fornecimento de energia.
No caso do projeto da Califórnia, a autonomia é de quatro horas.
“Isso mostra, do ponto de vista técnico, que a tecnologia se consolidou e cresceu muito. A gente não está mais falando de um ou dois projetos pequenos, pesquisa e desenvolvimento, como no caso do Brasil”, comenta.
Segundo o diretor da BYD, o Brasil tem hoje em torno de 6 MWh de bateria de lítio instalada, principalmente em sistemas off grid e sistemas isolados, onde não há muita opção.
Lítio é o novo passaporte para o futuro nas eleições bolivianas – e gás fica em segundo plano
Já os grandes containers estão alocados em projetos de pesquisa e desenvolvimento.
O primeiro sistema de armazenamento de energia em larga escala do país em uma usina fotovoltaica está instalado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Cemig e a Alsol Energia Renováveis, com baterias BYD, tem potência máxima de 1,26 MVA e capacidade de armazenamento de 1,36 MWh.
Tributação e regulamentação
A redução de 90% do custo das baterias nos últimos anos não representou um ganho de escala relevante no Brasil, tanto pela desvalorização do real frente ao dólar, quanto pela questão tributária.
Para Adalberto, a ausência de uma política industrial e de um plano de uso de renováveis com armazenamento, e essa situação tributária deixam a tecnologia quase restrita a projetos pilotos, pesquisa e desenvolvimento.
“Na ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), a gente fez uma sugestão no projeto de revisão do código elétrico brasileiro do deputado Lafayette, porque tem um artigo que proíbe a inserção da energia do veículo para a rede”, cita.
A expectativa do relator do PL 5829/19, Lafayette Andrada (Republicanos/MG), é que o projeto que cria um novo marco regulatório para a geração distribuída esteja pronto para entrar na pauta da Câmara já em fevereiro.
“É um exemplo de medida que precisa ser atualizada para poder incorporar todas as inovações em andamento no setor elétrico, como o uso do armazenamento residencial, behind the meter, com baterias ou veículos elétricos”, conta.
Outra questão é a falta de regulamentação do Inmetro em relação aos inversores híbridos, que permitem o uso de sistemas de armazenamento em larga escala e eventual inserção de energia na rede.
“Algumas regulamentações da Aneel precisam ser mudadas. Por exemplo, no Brasil, se eu tiver um sistema solar e uma bateria e faltar energia da rede, o sistema é desligado. Isso não precisaria acontecer. A gente tem que criar regulamentações que permitam e incentivem cada vez mais o consumidor a ser autossustentável do ponto de vista energético”, argumenta.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 29/01/2021
PETROBRAS VAI FORNECER GÁS NATURAL PARA AS FÁBRICAS DE FERTILIZANTE DE BAHIA E SERGIPE
Publicado em 01/29/2021 as
07:15 PM
Por Guilherme Serodio - 29 de janeiro de 2021 - Em Mercado de gás
A TAG anunciou nesta sexta-feira(29) ter firmado um acordo com a Proquigel Química S.A., empresa do Grupo Unigel, para garantir o fornecimento de gás natural para as fábricas de fertilizantes da companhia na Bahia e Sergipe. O acordo, válido a partir de hoje, prevê a entregar de 2,3 milhões de metros cúbicos de gás ao dias para as duas plantas em conjunto.
O gás será fornecido pela Petrobras à Proquigel a partir do campo de Manati, no litoral da Bahia.
O contrato tem prazo de um ano de duração e envolve a atual estrutura de transporte de gás da TAG.
O acordo prevê a entrega do combustível em citygates, nos quais a Proquigel possui acordos com as distribuidoras locais dos dois estados.
A TAG anunciou que a planta de Sergipe será a primeira a receber o combustível, com volume médio diário de 1,1 milhões de m³. A fábrica da Bahia irá receber, em média, 1,2 milhões de m³ por dia a partir de março.
A Proquigel assumiu em agosto do ano passado as duas fábricas de fertilizantes a partir de um contrato de arrendamento da Petrobras para a exploração pelo prazo de 10 anos. O contrato com a Petrobras prevê a possibilidade de renovação por mais 10 anos. A Proquigel prevê que a entrada em operação das duas fábricas vá gerar 1.500 empregos diretos e indiretos nos dois estados.
Em dezembro, a Sergas anunciou o início das obras para a construção do acesso e das bases para implantação de duas estações de medição para o gás a ser fornecido à fábrica do Sergipe. O investimento da distribuidora estadual foi calculado em R$ 2,78 milhões.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 29/01/2021
JAPÃO CALCULA QUE TRANSIÇÃO PARA ECONOMIA VERDE TERÁ IMPACTO DE US$ 190 BILHÕES
Publicado em 01/29/2021 as
07:15 PM
Por Guilherme Serodio - 29 de janeiro de 2021 - Em Clima
O plano de transição do Japão para uma economia neutra em emissões de carbono vai gerar um impacto econômico de 190 trilhões de ienes, algo que equivale a cerca de US$ 190 bilhões, e gerar 15 milhões de postos de trabalho no país até 2050. As informações fora divulgadas pelo primeiro ministro japonês, Suga Yoshihide, durante discurso no Fórum Econômico Mundial.
O Japão definiu no final de 2020 sua estratégia de crescimento verde, focada na transição para a economia de baixo carbono. O país assumiu o compromisso de se tornar neutro em emissões até 2050. Para isso, o governo japonês estipulou metas em 14 áreas consideradas prioritárias para o objetivo.
Entre elas está a necessidade de impulsionar a geração de energia sustentável. O arquipélago japonês pretende investir substancialmente no desenvolvimento de fazendas eólicas offshore. Outra frente importante será o desenvolvimento de tecnologias a partir do hidrogênio.
“Medidas (de objetivos) ambientais não têm mais o impacto de contração da economia. Ao contrário, hoje elas transformam substancialmente a economia social, gerando crescimento robusto e é isso que o Japão quer mostrar ao mundo”, disse Yoshihide, mostrando o interesse do país em ter um papel relevante para as transformação da economia verde.
Mais cedo nesta semana, o papel pioneiro do Japão no desenvolvimento de fontes renováveis de energia foi citado por Bill Gates. O milionário filantropo afirmou que Japão e Alemanha tiveram papel fundamental para popularizar e reduzir os custos da tecnologia solar fotovoltaica, investindo em painéis solares quando a tecnologia ainda não era financeiramente rentável.
No discurso de hoje Yoshihide também cobrou que os países aprofundem a cooperação internacional para a transição à economia verde. A fala está em linha com o discurso de outras potências asiáticas.
Também hoje, o Primeiro Ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, afirmou que a pandemia do coronavírus não deve permitir que percamos de vista outros grandes desafios globais.
“A mudança climática está claramente acelerando perigosamente”, diz ele. “Já está tarde, mas se os países trabalharem juntos, a humanidade terá esperança de evitar uma catástrofe”, afirmou.
Para Loong, a boa notícia é que os países estão levando as mudanças climáticas mais a sério. Ele cita o retorno dos EUA ao Acordo de Paris, assinado no primeiro dia do governo de Joe Biden, a as metas de redução de emissões anunciadas pela China no final do ano passado.
Ainda assim, as promessas e metas anunciadas não são o suficiente. “Os países precisam trabalhar juntos por meio de regras estabelecidas. Somente assim podemos enfrentar questões como a pandemia, o retorno ao crescimento ou as mudanças climáticas”, frisou Loong.
O retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris foi saudado também pelo governo chinês. Fu Ying, Vice-presidente, Comitê de Relações Exteriores da China, frisou que, apesar das preocupações mais imediatas relativas à pandemia da Covid-19, a discussão e a cooperação acerca das mudanças climáticas precisam ser retomadas.
Em uma economia globalizada, os impactos das mudanças climáticas afetarão a todos e os países precisam trabalhar conjuntamente.
“A economia chinesa está integrada à cadeia de abastecimento global, então temos que trabalhar juntos”, disse. “Se pudermos compartilhar valores e administrar a situação, podemos salvar o planeta”.
Arábia Saudita
A defesa de maior diálogo entre os países no combate às mudanças climáticas e no desenvolvimento de tecnologias capazes de reduzir emissões também foi feita pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud.
Ele afirmou que seu país está disposto a seguir contribuindo com os esforços globais no combate aos desafios climáticos.
A região árabe desempenhou um papel importante no fornecimento de energia ao mundo e também desempenhará um papel crucial no cumprimento das metas de neutralidade de carbono, disse Al Saud. No novo cenário, a Arábia Saudita pretende ter um papel relevante não apenas regionalmente, mas no mundo.
O país já trabalha com parceiros europeus para desenvolver tecnologia de hidrogênio azul e hidrogênio verde. Para ele, esses esforços conjuntos serão chave para que o mundo possa realmente dar uma resposta efetiva ao desafio das mudanças climáticas.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 29/01/2021
UE COBRA MAIOR CONTROLE EMPRESARIAL DE IMPACTOS À BIODIVERSIDADE
Publicado em 01/29/2021 as
07:15 PM
Por Guilherme Serodio - 29 de janeiro de 2021 - Em Clima
O comissário para meio ambiente e oceanos da União Europeia, Virginijus Sinkevicius, afirmou que empresas precisam começar a considerar os impactos de biodiversidade e contabilizar o capital natural nos seus processos de tomada de decisão para atuar na luta contra as mudanças climáticas.
Em discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, ele afirmou que, especialmente a necessidade de medir a pegada ecológica de cada produto ou serviço produzido, representa uma transformação necessária hoje no ambiente empresarial.
“Nós precisamos de mais alinhamento e do desenho de princípios gerais para podermos contabilizar o capital natural e a biodiversidade” também na cadeia de produção, afirmou Sinkevicius acerca do que classifica como parte do papel do setor privado na luta contra as mudanças climáticas.
Sinkevicius criticou que informações sobre o valor do capital natural nos negócios das companhias ainda não sejam adequadamente compartilhados com investidores e consumidores, ainda que hoje já se tenha a percepção de que o capital natural é a pedra fundamental não apenas de nossa economia, como de nossa sociedade. Para ele, as empresas e o setor de negócios de forma geral, precisam ser responsabilizadas para poderem ser também parte da solução.
O comissário europeu ainda ressaltou que a guinada na postura do setor empresarial também é uma demanda crescente no mercado de capitais, com a valorização de investimentos considerados verdes.
“Hoje estudos econômicos mostram que investimentos verdes já estão gerando lucro no curto e no longo prazo, além de serem poderosos agentes para a criação de empregos”, disse, frisando que “por essas razões o plano de recuperação econômica da União Europeia está investindo na recuperação verde”.
O bloco europeu está destinando o equivalente a 37% dos € 750 bilhões previstos no plano de socorro econômico, o Next Generation EU, lançado em 2020 para responder à crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, à aplicação nas iniciativas do European Green Deal (Pacto Ecológico Europeu, em português).
Dentro dessa perspectiva, a UE definiu que considerações acerca da preservação da biodiversidade precisam estar melhor integradas às tomadas de decisão do setor privado, frisou o comissário.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta semana no Fórum de Davos que a União Europeia levará para a Conferência de Biodiversidade da ONU, em maio, uma proposta para garantir internacionalmente a proteção de 30% da áreas naturais em terra e nos mares.
Sinkevicius também falou no Fórum acerca dos desafios da implantação do Pacto Ecológico Europeu. A iniciativa da Comissão Europeia lançada ainda em 2019 elencou 50 medidas para ajudar a União Europeia a se tornar neutro em emissões de carbono até 2050.
Para ele, a Europa é pioneira ao perceber a necessidade de cuidar do capital natural e manter na cadeia de produção o valor de termos a natureza saudável. Mas, desde o lançamento do Pacto Ecológico, a boa notícia é que outros países também tomaram medidas ambiciosas, como é o caso das novas políticas que estão sendo implementadas pelo novo governo dos Estados Unidos.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 29/01/2021
MOVIMENTO POR GREVE DE CAMINHONEIROS NÃO É PROBLEMA DA PETROBRAS, DIZ CASTELLO BRANCO
Publicado em 01/29/2021 as
07:14 PM
Por epbr - 29 de janeiro de 2021 - Em Newsletter Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo.gaudarde@epbr.com.br
em jogo
A ameaça de greve dos caminhoneiros, a partir de 1º de fevereiro, que busca a redução de preços do diesel e mudanças na política de reajustes da Petrobras, não é problema da companhia, que segue praticando preços de paridade internacional, afirmou o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco.
— O movimento grevista ganhou nesta semana a adesão da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), uma das principais entidades da categoria no país. Uma paralisação anterior, em 2018, criou grandes prejuízos econômicos para o país.
— “Todo mundo sabe onde bater, na porta da Petrobras. A Petrobras não será mais vilão. Em função da política de preços independente da Petrobras, sem interferência do governo, seguindo preços de paridade internacional, temos atraído investidores”, disse Castello Branco. UOL, com Reuters
— A XP calcula que a defasagem, o desconto praticado pela Petrobras na comparação entre os preços nacionais e internacionais, é da ordem de 14% (UOL). Pelas contas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o diesel ainda está 11,8% abaixo do praticado fora do país. O Globo
— “Isso é como discussão sobre futebol. Todo mundo quer dar sua opinião. Existe toda uma literatura econômica sobre repasse de preços (…) A paridade de preço de importação não é um valor absoluto. Temos custos , acesso a preços, capital de giro e condições de logística diferentes”, argumentou o executivo. Estadão
— A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 12 sindicatos da categoria em todo o país, decidiu apoiar o movimento dos caminhoneiros de protesto contra a alta dos combustíveis.
— Os sindicatos filiados à FUP vão participar de carreatas e protestos, e em algumas cidades haverá ações como doações de cestas básicas e vales-compra de botijões de gás a preços mais baratos. Estadão/Broadcast
— A proposta do presidente Jair Bolsonaro, de reduzir PIS/Cofins sobre o diesel, como estratégia para evitar a greve dos caminhoneiros, foi criticada pela entidade.
— “Reduzir imposto é a pior estratégia. Isso afeta a arrecadação e prejudica os investimentos do governo em áreas como a saúde. Não se pode ferir de morte a arrecadação fiscal do país. Melhor seria uma política de preços para os combustíveis envolvendo a ANP e outros órgãos”, disse Tadeu Porto, diretor da FUP. Estadão/Broadcast
— Bolsonaro disse que a redução será de R$ 0,09 dos R$ 0,33 que incidem no óleo diesel. “Eu procurei a equipe econômica para a gente anular os R$ 0,09. Agora, cada centavo eu tinha que buscar receita em outro local, ou buscar novo imposto ou aumentar outros impostos. E cada centavo no diesel equivale a R$ 800 milhões ao ano”.
— Governo confia que a greve dos caminhoneiros não terá a força que teve o momento de 2018, que parou rodovias do país por dez dias no governo Temer.
Petróleo cai quase 1%. Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nessa quinta (28/1), 28, com o mercado atento à situação da pandemia de coronavírus e após subirem ontem diante da queda dos estoques nos EUA.
— O recuo ocorreu mesmo com o enfraquecimento do dólar, o que em tese favoreceria o petróleo por deixá-lo mais barato a negociadores de outras divisas.
— O Brent para abril fechou a sessão em queda de 0,77% (- US$ 0,43), a US$ 55,10 o barril. Já o WTI para março caiu 0,96% (-US$ 0,51), a US$ 52,34 o barril.
— O recrudescimento da pandemia foi o principal fator a movimentar os ativos de petróleo. A Alemanha deve se juntar a Portugal em breve na decisão de banir viajantes do Brasil para conter os casos locais de covid-19, afirmou um ministro alemão, em lista que também incluirá britânicos, portugueses e sul-africanos. Investing.com, com Estadão Conteúdo
Cessão onerosa de Búzios em 2021. A Petrobras poderia comprar a parte dos parceiros se “por ventura” eles quiserem vender, afirmou Castello Branco
— “Acreditamos que a nossa participação de 90% está ok. Se os chineses por ventura quiserem vender os 10%… ok, tudo bem, nós compramos e continuaremos a ficar felizes com a exploração do campo de Búzios”, disse o executivo
— Petrobras e os sócios precisam negociar o pagamento da coparticipação até setembro. Essa é a indenização por investimentos já feitos pela Petrobras antes do leilão dos excedentes de Búzios.
– O bloco com volumes excedentes de Búzios foi arrematado pela Petrobras (90%), em parceria com as chinesas CNODC e CNOOC (5% cada) em 2019. Yahoo Finanças, com Reuters
Refinarias, BR e Braskem. Castello Branco, lembrou que que a empresa está em fase final de negociação para a venda de cinco plantas – Refap (RS), RLAM (BA), SIX (PR), Lubnor (CE) e Reman (AM). Propostas pela Repar (PR) ainda estão em discussão, e a empresa vai ainda receber propostas por Regap (MG) e Rnest (PE).
— Segundo Castello Branco, em comparação ao pré-sal, as refinarias não são um negócio de alto retorno e foram operadas de forma ineficiente no passado, gerando altos custos. “Há um alto consumo de energia, energia representa 50% dos custos operacionais de uma refinaria. Então os resultados não são bons.”
— Quanto à venda das ações remanescentes na BR Distribuidora, o executivo avalia que as ações da companhia estão abaixo do seu potencial e aguarda uma melhora das condições do mercado para se desfazer completamente do ativo.
— No caso da venda da Braskem, “é muito mais complicado”, disse Castello Branco. A ideia é listar a petroquímica no Novo Mercado da B3, mais alto nível de governança da bolsa paulista, e vender sua participação por meio do mercado de capitais.
— No entanto, segundo ele, a empresa tem encontrado obstáculos por parte de sua sócia, a Odebrecht, e o processo “não tem andado”.
Wilson Ferreira Júnior. A Comissão de Ética da Presidência da República liberou o executivo da quarentena de seis meses e Wilson Ferreira Júnior poderá aceitar o convite para assumir a presidência da BR Distribuidora. UOL
Ecopetrol quer comprar Isa A petroleira estatal colombiana Ecopetrol anunciou na quarta (27/1) que apresentou uma proposta para adquirir a participação estatal na Isa, equivalente a 51,4% das ações em circulação, como parte de sua estratégia para se converter em uma empresa integrada de energia.
— A transação aconteceria por meio de um contrato interadministrativo entre Ecopetrol e o Ministério da Fazenda da Colômbia.
— A Isa possui participações expressivas na transmissão de energia elétrica na Colômbia e Brasil, onde controla a Isa Cteep, além de Chile e Peru, entre outros países. A estatal colombiana também possui operações em rodovias e negócios de telecomunicações na Colômbia, Brasil, Chile, Peru, Bolívia, Argentina e América Central por meio de 43 afiliadas e subsidiárias.
— A Ecopetrol acrescentou que, para fazer o investimento, não é necessário realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) para os acionistas da Isa, uma vez que o Estado continuaria sendo o beneficiário real das ações da empresa e manteria o controle sobre estas.
— A transação seria financiada com um esquema que incluiria uma nova capitalização da Ecopetrol através de uma emissão de ações, recursos próprios e outros esquemas de financiamento disponíveis, incluindo desinvestimento de ativos não estratégicos, disse a petroleira em comunicado, sem citar valores para a transação. Época Negócios, com Reuters
Inovação. Fundação Resol abriu a 10ª chamada do Fundo de Empreendedores, acelerador que apoiar startups com tecnologias de baixas emissões, economia circular e digitalização da indústria energética.
— As empresas selecionadas receberão até 120 mil euros em um ano, assessoria por parte da equipe de mentores e terão a possibilidade de realizar provas pilotos nas instalações da Repsol. A chamada de âmbito internacional e as propostas deverão apresentadas até 3 de março, por meio do site fundacionrepsol.com.
Produção recorde de óleo em 2020. O Brasil produziu, em média, 2,938 milhões de barris diários no ano passado, uma alta de 5,5% em relação a 2019 e número recorde, segundo dados da ANP. Para 2021, a expectativa é que a indústria petrolífera brasileira atinja novo patamar histórico.
— O novo recorde ocorre mesmo depois de um segundo semestre mais fraco. Os volumes de petróleo produzido no país estão em queda desde agosto. Em dezembro, houve redução de 1% ante novembro, para 2,726 milhões de barris/dia.
— A retração nos últimos meses de 2020 pode ser explicada pela concentração de paradas programadas em plataformas na segunda metade do ano. Devido aos impactos da pandemia de covid-19 sobre as atividades a bordo, a Petrobras acabou adiando, para o quarto trimestre de 2020, as atividades de manutenção previstas inicialmente para o primeiro semestre.
— As paradas afetaram os principais campos do Brasil, inclusive os dois maiores ativos do pré-sal da Bacia de Santos: Tupi (ex-Lula) e Búzios, que, juntos, responderam, em dezembro, por quase a metade de todo o petróleo do país. Valor
Consumo elétrico em alta O consumo de energia elétrica no Brasil registrou alta de 1,1% na primeira quinzena de janeiro em comparação com igual período de 2020, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
— A demanda teve retração de 2,8% no mercado regulado, devido aos impactos da pandemia, disse a CCEE. Já o consumo no mercado livre de energia, houve alta de 10,6% no mesmo período. Money Times, com Reuters
Com Biden, energia limpa bate recordes de captação Empresas de energia limpa estão levantando quantias recordes de recursos por meio de ofertas de ações, no que pode ser a maior oportunidade de captação do segmento em um momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, articula a implementação de sua agenda para o clima e promete cortar financiamentos internacionais para fontes fósseis.
— Shoals Technologies Group, Plug Power e Gevo estão entre as companhias que aproveitaram o apetite em Wall Street por renováveis e levantaram US$ 4,4 bilhões em ofertas de ações em janeiro, estabelecendo um novo recorde mensal.
— É o terceiro recorde mensal consecutivo após empreendimentos de energia solar, hidrogênio e tecnologias limpas captarem US$ 1,76 bilhão em dezembro e US$ 1,15 bilhão em novembro.
— A enxurrada de ofertas de ações coincide com os esforços de Biden para tornar a rede elétrica dos EUA totalmente verde até 2035 e com a busca por papéis de empresas que atendam aos padrões ambientais, sociais e de governança (ESG) dos investidores. Money Times, com Bloomberg
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 29/01/2021
ESTUDO APONTA “NOVO PRÉ-SAL” NA BACIA DO PARÁ-MARANHÃO COM 30 BILHÕES DE BARRIS
Publicado em 01/29/2021 as
07:14 PM
Por Felipe Maciel - 29 de janeiro de 2021 - Em Mercado offshore, Política energética
Um estudo está indicando a possibilidade de existência de 20 bilhões a 30 bilhões de barris de óleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados, um potencial do porte de um “novo pré-sal” na Bacia do Pará-Maranhão.
Indica também que, depois do pré-sal, a região tem a maior probabilidade de descobertas de petróleo de boa qualidade.
Recursos prospectivos são volumes de petróleo cuja existência é indicada por dados geológicos e geofísicos extraídos de levantamentos sísmicos, mas sem comprovação por perfurações de poços exploratórios.
O trabalho foi realizado pelo ex-diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em conjunto com o geólogo e consultor Pedro Zalán (ZAG, ex-Petrobras) e Ronaldo Gomes Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra.
Zalán é consultor no Brasil da empresa de levantamentos sísmicos TGS, que subsidiou o estudo com dados geológicos das regiões analisadas.
“Estamos sendo extremamente conservadores com o estudo para não criar falsas expectativas para governos e a sociedade”, comentou Allan Kardec nesta quarta (27).
As informações foram antecipadas aos leitores do político epbr.
Os pesquisadores explicam que esse “novo pré-sal” na Bacia do Pará-Maranhão diz respeito ao volume das reservas que podem ser descobertas. “Por óbvio, dadas as características geológicas da franja marítima norte do Brasil, não se trata de exploração abaixo da camada de sal, inexistente naquela região. Tampouco há confirmações – só possíveis por meio de campanhas exploratórias – dos volumes recuperáveis”.
Governos desconheciam potencial
As conclusões foram apresentadas ao governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), e para as federações das indústrias, tanto do Pará quanto do Maranhão. Será levado ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
A ideia é conseguir apoio para destravar a oferta dos oito blocos exploratórios que seriam licitados na 17ª rodada da ANP.As áreas foram retirados do leilão previsto para outubro por conta de restrições ambientais. O Ibama apontou problemas na região e indicou dificuldade para o licenciamento.
A princípio, o interesse é pela inclusão na 18ª rodada, prevista para 2022.
O estudo aponta como falhos os motivos do Ibama para a não concessão de licenciamento ambiental para a perfuração de poços na Foz do Amazonas, no Amapá, e para a retirada não dos blocos do leilão da ANP.
Segundo os estudos, é falsa a existência de recifes de corais que se estenderiam do Amapá até o Maranhão.
“Argumento falso, introduzido pelo Greenpeace no Brasil, em especial no Ibama, e que já foi desmascarado por professores da Universidade Federal Fluminense (Figueiredo Jr., 2018). Não há corais nestas águas profundas turvas e escuras, do Amapá ao Maranhão (influência do delta do Rio Amazonas)”.
Diz também que percepção de alto risco de contaminação dos manguezais do Amapá e Pará é equivocada. A corrente marítima na região seria fortes o bastante para carregar “qualquer material flutuante para um vórtice situado no meio do Oceano Atlântico Equatorial”.
Allan Kardec defende um acordo de cooperação entre o Ibama e a UFMA para que a universidade possa subsidiar o órgão ambiental com informações e pesquisas, que destravem o licenciamento.
“Os profissionais das universidades estão dispostos a ajudar o Ibama”, comenta.
O Ministério do Meio Ambiente não respondeu aos contatos da epbr.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 29/01/2021
MOURÃO DEFENDE BIOECONOMIA NA AMAZÔNIA EM REUNIÃO COM INVESTIDORES INTERNACIONAIS
Publicado em 01/29/2021 as
07:14 PM
Ele citou ainda os resultados na Operação Verde Brasil 2, das Forças Armadas, na apreensão de madeira ilegal
O vice-presidente Hamilton Mourão se reuniu hoje, 29, com investidores internacionais. Presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Mourão defendeu nesta semana, durante a edição virtual do Fórum Econômico Mundial, o investimento do setor privado para preservar e desenvolver a bioeconomia na região amazônica.
A iniciativa Diálogo de Investidores sobre Políticas Públicas contra o Desmatamento (IPDD, na sigla em inglês) é um grupo formado por 55 fundos internacionais de investimentos responsáveis pela gestão de US$ 7 trilhões. Em julho de 2020, Mourão se reuniu com o grupo pela primeira vez. Em nota, a assessoria da vice-presidência informou que Mourão apresentou aos investidores a iniciativa "AMACRO", um "programa-piloto para promover o desenvolvimento sustentável em uma área de 450 mil km? entre os Estados do Amazonas, Acre e Rondônia". O projeto deve ser lançado em abril.
Mais cedo, na chegada à vice-presidência, Mourão afirmou que o programa visa integrar propostas, como as de regularização fundiária e reflorestamento, com espaço para o setor privado colocar recursos. Na videoconferência, Mourão também destacou medidas que estão sendo adotadas para a melhoria do ambiente de negócios, além de convidar os investidores para contribuir com a atuação do Conselho da Amazônia.
Ele citou ainda os resultados na Operação Verde Brasil 2, das Forças Armadas, na apreensão de madeira ilegal. Os militares atuam na região desde maio de 2020 e contam com a parceria da Polícia Federal para rastrear a origem da madeira comercializada. A Operação está prevista para acabar em 30 de abril. Segundo Mourão, não há previsão de prorrogar a permanência das Forças Armadas na região. Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira, 29, o vice-presidente destacou que a manutenção dos militares requer recursos fora do Orçamento. Ele opinou que é possível reduzir o desmatamento ilegal por meio do trabalho integrado das agências civis.
Fonte : Epoca Negócios
Data : 29/01/2021
GOVERNO MULTA BRF EM R$ 5,3 MI POR VIOLAR CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Publicado em 01/29/2021 as
07:13 PM
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, aplicou multa de R$ 5,3 milhões à empresa BRF por violação ao Código de Defesa do Consumidor. Segundo o Departamento, a BRF foi condenada por ter extrapolado o limite de água permitido no congelamento de alimentos e por ter violado o direito de informação e transparência do consumidor.
O despacho com a punição está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 29. O valor da multa, precisamente de R$ 5.382.585,00, deverá ser depositado em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
De acordo com a secretária nacional do Consumidor, Juliana Domingues, a condenação é um desdobramento de processo administrativo instaurado pelo DPDC para apurar violações constatadas por uma fiscalização do Ministério da Agricultura durante a Operação Carne Fraca, ocorrida em meados do ano de 2017.
“A análise técnica do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor apontou não apenas violação da boa-fé objetiva, mas do direito à informação e à transparência, que é uma obrigação do fornecedor para os consumidores. Isso porque a utilização de água em quantidade maior do que o limite que é tolerado para congelamento dos produtos faz com que a empresa entre em desacordo com a nossa legislação, inclusive colocando em risco a saúde e a segurança do consumidor”, reforçou a secretária.
Segundo o processo, a BRF extrapolou o limite de água permitido pela legislação vigente, que é de 6% de água em carcaça de frango congelado, e vinha comercializando produtos destinados à alimentação humana (frango inteiro) em conflito com as normas aplicáveis.
O coordenador-geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas do DPDC, Leonardo Marques, disse que o caso apresentou materialidade robusta ao evidenciar a conduta apurada como uma prática que vai além de um mero ato isolado, merecendo a aplicação da penalidade.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a BRF disse que recebeu com surpresa a decisão da Senacon e irá recorrer da decisão. “A companhia reforça que atende aos mais rigorosos processos de segurança alimentar e controle de qualidade em todas as suas operações no mundo e baseia sua gestão nos compromissos fundamentais com a Segurança, Qualidade e Integridade.”
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 29/01/2021
ANP LIBERA ENTRADA DE NOVOS TIPOS DE QUEROSENE DE AVIAÇÃO NO PAÍS
Publicado em 01/29/2021 as
07:13 PM
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou na quinta-feira, 28, a realização de consulta e audiência públicas sobre a revisão das especificações e das regras de controle de qualidade de querosene de aviação fóssil, alternativo e suas misturas.
A principal novidade será a introdução, no Brasil, do querosene de aviação JET-A, já comercializado no mercado internacional. O combustível poderá passar a ser importado ou produzido nas refinarias do país.
“O objetivo é aumentar a oferta do querosene de aviação, gerando possíveis reduções de preços e custos das companhias aéreas”, informou a ANP.
A estimativa do mercado é de que ocorra uma redução de cerca de 0,3 a 0,6 centavos de dólar por galão, podendo haver redução ainda maior, uma vez que, com o JET-A, haverá maior competição, dado o maior número de fornecedores externos do produto, informou a ANP.
Serão introduzidos ainda dois novos querosenes de aviação alternativos, aprovados em 2020 pela ASTM International, para possibilidade de uso como misturas com JET-A ou JET-A1. A mudança visa alinhar a especificação nacional à internacional.
A minuta ficará em consulta pública por 45 dias a partir de sua publicação no Diário Oficial da União e, posteriormente, haverá audiência pública.
A única diferença entre o JET-A1 e o JTE-A é o ponto de congelamento: o JET-A1 possui limite máximo especificado em -47 ºC, enquanto o JET-A possui limite em -40 ºC, ou seja, menos restritivo.
O ponto de congelamento é a menor temperatura em que o combustível está livre de cristais de hidrocarbonetos que, se presentes, podem reduzir o fluxo do combustível no sistema de abastecimento da aeronave.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 29/01/2021
EUA DEVEM ATUAR “AGORA” E ADOTAR UM PLANO DE REATIVAÇÃO, REITERAM BIDEN E YELLEN
Publicado em 01/29/2021 as
07:13 PM

O presidente americano, Joe Biden, em Washington, D.C., em 29 de janeiro de 2021 - AFP
O presidente dos EUA, Joe Biden, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reiteraram nesta sexta-feira (29) que as autoridades e legisladores devem agir “agora” e adotar rapidamente um plano de estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão proposto pelo governo.
“Aprendemos com as crises anteriores que o risco não é fazer muito, mas não o suficiente. E agora é a hora de agir”, afirmou Biden ao final de uma reunião com Yellen.
“Precisamos agir agora e os benefícios de uma ação vigorosa imediata superarão em muito os custos no longo prazo”, acrescentou Yellen a repórteres da Casa Branca após uma entrevista com o presidente.
“O custo da falta de ação será muito maior do que o custo de ação, de uma ação forte”, complementou.
Alguns republicanos no Congresso, que precisam aprovar o projeto de lei para que os recursos comecem a ser liberados, se opõem ao valor proposto pelo presidente.
Os economistas concordam que “sem uma nova ajuda, muito mais pessoas perderão seus pequenos negócios, seus lares e sua capacidade de alimentar suas famílias. E temos que ajudá-los até que o vírus esteja sob controle” graças às vacinas, ressaltou.
O plano de Biden inclui novos cheques para as famílias, uma extensão de direitos para os desempregados e fundos para cidades e estados reabrirem escolas e aumentarem o número de testes e vacinas.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 29/01/2021
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL CRESCEU 52,71% DE 2010 A 2020, DIZ ANP
Publicado em 01/29/2021 as
07:13 PM
A produção de petróleo e gás natural brasileira cresceu 52,71% de 2010 a 2020, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2020, foram produzidos 3,74 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), incluindo óleo e gás, uma alta de 5,22% em relação a 2019.
“A última década contou com constante aumento de produção, com exceção apenas dos anos de 2012 e 2018”, afirmou a ANP em nota.
O volume de petróleo extraído no ano passado foi de 2,94 milhões de barris por dia (bpd), e o de gás, de 127,4 milhões de m³ por dia.
Em 2020, o pré-sal respondeu por 68,61% da produção nacional, enquanto, em 2010, a participação era de 1,53%. Em contrapartida, no mesmo período, a produção terrestre saiu de 11,60% para 5,95%, e a produção marítima no pós-sal, de 86,87% para 25,44% do total do País.
Com o crescimento do pré-sal, avançou também a importância da Bacia de Santos, onde eram extraídos 0,04 milhão de bpd há uma década e, no ano passado, ficou em 1,9 milhão de bpd, Já a produção da Bacia de Campos saiu de 1,8 milhão de bpd para 0,9 milhão de bpd.
A ANP informou ainda que novos regimes de produção tiveram maior participação no cenário nacional. Enquanto em 2010 praticamente toda a produção de petróleo equivalente vinha dos contratos de concessão, em 2020 esta participação foi de 78,97%, ganhando espaço a produção da cessão onerosa, que atingiu 19,45% da produção nacional”, acrescentou a agência.
Na última década, outras empresas, além da Petrobras, ganharam fatias do mercado. A participação da estatal passou de 92,67% para 74,01% no período. Outras empresas passaram a ter uma participação mais representativa, seja como operadora ou em consórcio com a estatal.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 29/01/2021
CETESB – ESPECIALISTAS DEBATEM NOVO MARCO LEGAL DO SANEAMENTO BÁSICO
Publicado em 01/29/2021 as
07:12 PM
Informações : Fonte: CETESB (29 de janeiro de 2021 )

Diretora-presidente da CETESB destacou as atribuições da agência ambiental paulista.
A diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, participou, em 28/01, do seminário virtual promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCESP, para discutir o Novo Marco Legal do Saneamento Básico – Lei nº 14.026, de 15/07/2020 -, a universalização dos serviços de água e esgoto e as contribuições para o meio ambiente, com transmissão ao vivo pelo YouTube.
Aspectos gerais da Lei, seus impactos no meio ambiente, as novas regras de concessão e as atribuições de cada órgão foram discutidos pelos participantes. Além da dirigente da CETESB, o encontro contou com as presenças do secretário-executivo da SIMA, Luiz Santoro; do presidente da SABESP, Benedito Braga; do presidente da ABRELPE, Carlos Silva Filho; do diretor de regulação da ANA, Oscar Cordeiro Neto; e o diretor da UR-08 – São José do Rio Preto – do TCE-SP, Namir Antonio Neves. A intermediadora foi Gabriela Bernardino.
Falando sobre as atribuições da CETESB, Patrícia Iglecias explicou que, conforme a Lei Estadual nº 13.542, de 2009, cabe à Companhia proceder ao licenciamento ambiental de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ao meio ambiente, assim como executar o monitoramento da qualidade dos recursos hídricos no estado.
Ela lembrou que o Novo Marco prevê a revitalização de bacias hidrográficas, conservação do meio ambiente e a redução de perdas de água, além de proporcionar mais qualidade de vida e saúde à população, aquecer a economia e gerar empregos.
Sobre o fim dos lixões a céu aberto em todo o país, “o prazo é 2024 para aqueles que fizerem os planos municipais de resíduos, e 31 de dezembro deste ano, para aqueles que não fizerem.” No Estado de São Paulo, entretanto, “esta questão está resolvida, com 97,8% de gestão adequada dos resíduos e não existindo mais lixões”, salientou Patrícia Iglecias.
Destacou a questão dos Contratos de Concessão, mostrando que a nova lei extingue os chamados contratos de programa, firmados, sem licitação, entre municípios e empresas estaduais de saneamento. Chamou a atenção para os blocos de pequenos municípios, que poderão contratar os serviços de saneamento de forma coletiva, sem ser necessariamente vizinhos, mas que deverão implementar planos municipais e regionais, sendo que a União poderá oferecer apoio técnico e financeiro para a execução dessa tarefa.
Comentando mais especificamente sobre a CETESB, mencionou a Rede de Monitoramento de Qualidade das Águas Superficiais, com suas modalidades “Básica” e de “Monitoramento Automático”, com frequência de amostragens, respectivamente, de no mínimo três vezes, e horária.
Enfatizou que os objetivos do monitoramento, entre outros, são os de fazer um diagnóstico da qualidade das águas no Estado, avaliando sua conformidade com a legislação; sua evolução temporal; e identificar áreas prioritárias para o controle da poluição, possibilitando ações preventivas e corretivas por parte da Companhia e de outros órgãos.
Por fim, deu um breve resumo dos resultados de qualidade das águas atualmente no Estado de São Paulo, expôs um quadro com a evolução do tratamento de esgotos domésticos no território paulista e lembrou que todos esses dados podem ser consultados em publicações e relatórios disponíveis no site da CETESB, como o relatório anual de Qualidade das Águas Interiores e o Sistema Infoáguas.
A íntegra do Seminário está disponível no canal do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCESP, por meio dos links:
youtube.com/watch?v=9I-IFNBjWIA
youtube.com/watch?v=TRa6Js-j7FQ
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 29/01/2021
CODESA – AUDIÊNCIA PÚBLICA CONFIRMADA PARA O DIA 04
Publicado em 01/29/2021 as
07:12 PM
Informação : CODESA (29 de janeiro de 2021 )
No final da tarde desta quinta-feira (28), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) divulgou o convite para a audiência pública de desestatização da CODESA e da concessão dos Portos de Vitória e Barra do Riacho. O evento, confirmado para o próximo dia 4, será exclusivamente virtual e acontecerá a partir das 9 horas.

O prazo de inscrição para os interessados em realizar perguntas durante a audiência pública vai até o dia 3 de fevereiro, das 9 às 18h. Essas pessoas deverão se inscrever apenas pelo WhatsApp (61) 2029-6940.
Segue o link da transmissão do evento: https://youtu.be/9Bc64u7aQC8
https://www.youtube.com/watch?v=9Bc64u7aQC8&feature=youtu.be
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 29/01/2021
TCP MOVIMENTA QUASE 40% DA RESINA VEGETAL PRODUZIDA NO BRASIL
Publicado em 01/29/2021 as
07:12 PM
Informação : Agência Porto (29 de janeiro de 2021 )
O Brasil é o segundo maior produtor de resina vegetal, matéria-prima fundamental para o setor farmacêutico, químico e industrial. A mercadoria, que é exportada para todos os continentes do mundo, tem como uma das principais portas de saída o Terminal de Contêineres de Paranaguá – administrado pela TCP, no Paraná. Das 200 mil toneladas de resina e derivados produzidas pelo Brasil, 60% do volume é destinado à exportação e, deste percentual, quase 40% é escoado pelo Terminal, líder na movimentação do produto em todo o país.
Em 2019, a TCP movimentou 2.024 contêineres do produto. Em 2020, o volume alcançou 2.246 contêineres, o que representa um crescimento de 11% ano contra ano.Retirada do tronco do pinus, a goma – uma pasta esbranquiçada, espessa e viscosa, passa por um processo de destilação, dando origem a outros produtos como o breu e a terebintina, que podem ser utilizados, por exemplo, para a produção de goma de mascar, tintas, vernizes, borrachas sintéticas, produtos de limpeza, aditivos, entre outros.
“Entre os diferenciais para os exportadores de resina é o Armazém Alfandegado de Exportação, localizado em zona primária, um produto inovador que simplifica e reduz etapas trazendo redução de custo aos exportadores. Também somos o Terminal com maior número de linhas marítimas do país, além de oferecermos diversos produtos logísticos como a ferrovia interligando todo o estado além do acompanhamento da célula da gestão de fluxos”, explica Thomas Lima, diretor Comercial e Institucional da empresa.
Para os exportadores, a parceria com a TCP permitiu manter os negócios rodando em 2020, mesmo com as incertezas ocasionadas pela pandemia da COVID-19. Glauco Gabriel, gerente Comercial da Florpinus, indústria química com sede em Campo Largo, no Paraná, afirma que a pandemia causou impacto, com algumas exportações postergadas, alguns cancelamentos. “Abril foi o melhor mês, pois o mercado acreditava que haveria uma paragem e, no fim, veio um busca maior pelo produto solicitando, inclusive, antecipações do embarque”, conta.
Para ele, os serviços prestados pela TCP para o escoamento da carga beneficiaram os negócios da empresa, principalmente, pela proximidade do acesso da planta industrial ao Porto, acordos comerciais firmados e a disponibilidade de rotas. A empresa atende, principalmente, países da Europa, Américas e Ásia.
VANTAGENS COMPETITIVAS
Para Rafael de Castro Lopes, coordenador de Comercio Exterior do grupo Resinas Brasil, uma das vantagens competitivas de exportar via Paranaguá diz respeito as taxas portuárias praticadas pelo Terminal. A empresa localizada em Sengés, no Paraná, exporta pelo porto paranaense há 15 anos, movimentando de 400 toneladas por mês. O Grupo é referência no setor, sendo um dos maiores exportador de breu, colofonia e terebintina do mundo, responsável por pouco mais de 50% do mercado.
Já Conrado Neves, diretor Comercial da Resineves, destaca a qualidade e a rapidez nos serviços prestados. “Em especial a atenção e cuidados com os nossos produtos, principalmente, os registros fotográficos realizados no embarque”, destaca.
A empresa fica em São Paulo e tem unidades nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Bahia.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 29/01/2021
COMBATE AO COVID, MOBILIDADE, SANEAMENTO E EMPREGOS: OS DESAFIOS DO CONDESB
Publicado em 01/29/2021 as
07:12 PM
Informação : Santaportal (29 de janeiro de 2021 )

Por Susan Hortas / Prefeitura de Santos
ENTREVISTA – Para o recém-eleito presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Rogério Santos (PSDB), a saúde é o principal ponto a ser debatido com todos os representantes.
“Trouxemos a Paula Covas, diretora regional da Saúde, justamente porque precisamos de pessoas técnicas no conselho”, comentou Santos.
O enfrentamento da pandemia do novo coronavírus não pode ser feito de forma isolada por um município, segundo o prefeito de Santos. No entanto, ele descarta uma ação conjunta para furar as determinações do Plano São Paulo.
“Vamos todos seguir o Plano São Paulo. Estamos com uma taxa de ocupação das UTI em 43%, muito distante dos 70% da média do Estado. Mas o Ministério Público está em cima dos municípios. Somos obrigados a seguir, não podemos ser irresponsáveis”.
Questionado sobre um calendário unificado de volta às aulas na região, Santos disse que o assunto certamente renderá reuniões extraordinárias. “A troca de informações no conselho será muito importante nessa questão”, comentou horas antes da decisão da justiça de barrar o retorno às aulas presenciais no estado de São Paulo.
Mobilidade
Muito defendida na gestão do ex-prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que presidiu o Condesb no último ano, a mobilidade metropolitana seguirá forte na pauta.
“O BRT (bus rapid transit, em inglês, ou ônibus de trânsito rápido, na tradução literal) é a solução para o litoral sul. Queremos fazer essa conexão entre os municípios do litoral sul com São Vicente, até o Barreiros. De lá para cá temos o VLT, que tem sua segunda fase já em andamento. A ligação entre Santos e Guarujá será pelo túnel. Inclusive temos uma sinalização do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que prometeu a inclusão do projeto de construção do túnel no edital de concessão à iniciativa privada da gestão do Porto de Santos”.
Todavia, o presidente do Condesb ressalta que a ligação por hidrovias não pode ser descartada. “É uma característica da região e devemos explorar isso”.
Geração de empregos
Mesmo após anos de especulação, Santos ainda acredita que a região pode se tornar um polo forte para o setor de petróleo e gás.
“Temos uma base forte em Itanhaém, no aeroporto, um pólo industrial fortíssimo em Cubatão, além de toda atividade portuária em Santos e Guarujá. Temos infraestrutura para receber uma grande base de apoio às atividades offshore. Sabemos que muita coisa está concentrada no Rio de Janeiro e dependemos da Petrobras para avançarmos nisso, mas temos muitas áreas no Porto de Santos para desenvolver esse setor”.
A base de apoio às atividades offshore é o principal propulsor de empregos. Para cada emprego criado em uma unidade dessa, outros três são gerados em empresas terceirizadas. Isso sem falar nos setores de comércio e serviços.
Anteriormente, a Petrobras chegou a buscar áreas no Porto de Santos, mas desistiu por conta dos altos preços. A decisão fez com que a estatal seguisse concentrando as atividades no Rio de Janeiro, que possui uma infra pronta desde os anos 1970, quando iniciou a exploração da Bacia de Campos.
Moradias e saneamento básico
Logo após a eleição no Condesb, Rogério Santos afirmou que saneamento básico deveria ser um dos temas prioritários do grupo. Para ele, a região possui muitas áreas com problemas semelhantes, principalmente nas áreas de palafitas, comuns em Santos, Guarujá e Cubatão.
“Nenhuma solução de habitação é feita pensando apenas em um município”, comentou o prefeito, ao lembrar do conjunto residencial Tancredo Neves.
O conjunto habitacional Tancredo Neves 3, por exemplo, está sendo erguido em terreno cedido pela Prefeitura de Santos ao governo federal por meio da Cohab Santista, no bairro Cidade Náutica, em São Vicente.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 29/01/2021
SECRETÁRIO NACIONAL DE PORTOS PARTICIPA DE WEBINARES SOBRE PERSPECTIVAS PARA O SETOR EM 2021
Publicado em 01/29/2021 as
07:12 PM
Informação : Ministério da Infraestrutura (29 de janeiro de 2021 )

Diogo Piloni fez um balanço das ações e projetos que serão desenvolvidos este ano
O secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Diogo Piloni, participou de dois debates virtuais onde mostrou os avanços que vem acontecendo no setor e as expectativas para este ano. Entre os destaques, o envio de projetos de regulação portuária e a realização de leilões que irão atrair cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos.
Piloni participou do webinar Porto&Mar 2021, promovido pelo Grupo Tribuna, onde falou sobre as expectativas para a desestatização do Porto de Santos. “Os estudos para a desestatização já estão sendo realizados. Acreditamos que o fluxo acontecerá normalmente e em 2022 teremos o leilão. Com essa mudança, traremos mais investimentos para o porto com melhorias, como o aprofundamento do canal que permitirá a operação de navios maiores”, afirmou o secretário.
Ele também comentou sobre a busca por maior eficiência em todos os portos brasileiros para, assim, garantir investimentos em grande escala e gerar economia para o Brasil. “O Governo Federal está convicto que irá entregar para a sociedade os ativos à gestão privada de forma eficiente, flexível e atendendo as cadeias logísticas”, complementou.
Logo após, o secretário foi um dos participantes do debate Perspectivas para o Setor Portuário em 2021, promovido pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP). Ele anunciou que estão previstos 20 leilões de terminais portuários que irão atrair cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos. Piloni também afirmou que a secretaria está se esforçando para que a publicação do edital da desestatização do Porto Organizado de São Sebastião/SP ocorra ainda este ano.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 29/01/2021
PORTO DE SANTOS: CONTÊINER SE RECUPERA E FECHA EM DEZEMBRO DE 2020 COM ALTA DE 20%, RECORDE HISTÓRICO
Publicado em 01/29/2021 as
07:10 PM
informação: Santos Port Authority (29 de janeiro de 2021 )

Desempenho contribuiu para recorde no acumulado geral, de 146,6 milhões de toneladas de carga
Após quedas no primeiro semestre de 2020, a movimentação de contêineres no Porto de Santos se recuperou e terminou o ano com recorde histórico no segmento que transporta as cargas de maior valor agregado. Dezembro registrou crescimento de 20% na movimentação de contêineres sobre o mesmo mês de 2019, para 437,4 mil TEU (medida padrão para um contêiner de 20 pés), e alta de 9,5% sobre novembro, que já registrara o melhor desempenho para um mês até então, com 399,3 mil TEU. No ano, foram 4,23 milhões TEU, alta de 1,6% sobre o recorde anterior, verificado em 2019 (4,17 milhões TEU). O levantamento foi feito pela Gerência de Inteligência de Mercado e Estatística da Santos Port Authority (SPA).
Considerando todas as cargas, o Porto encerrou dezembro com crescimento de dois dígitos, 16,2%, sobre igual o mesmo mês do exercício anterior, chegando a 11,9 milhões de toneladas. Os números contribuíram para o recorde geral do ano, de 146,6 milhões de toneladas, alta de 9,4% sobre 2019. A participação acumulada de Santos na corrente comercial brasileira se manteve no patamar de 28% em dezembro, o equivalente a US$ 103,2 bilhões. O número de atracações de navios no ano foi 4.904, alta de 1,3% em relação a 2019 (4.842).
“O recorde histórico de movimentação é reflexo da retomada da economia bem como das medidas implementadas por essa gestão profissional e técnica, alinhada às diretrizes do Governo Federal. Além disso, em um cenário de pandemia, o resultado mostra a força do agronegócio e a resiliência do Porto em manter o fluxo de mercadorias, o que se reflete positivamente na participação do complexo santista na corrente de comércio do País”, disse o diretor de Operações da SPA, Marcelo Ribeiro.
Os embarques no mês somaram 8,0 milhões de toneladas, aumento de 16,1% na base anual, e os desembarques, 3,8 milhões de toneladas, crescimento de 16,4%. No acumulado do ano, alta também nos dois fluxos: 13,2% nos embarques, para 106,8 milhões de toneladas, e 0,3% nos desembarques, para 39,8 milhões de toneladas.
As exportações do complexo soja, álcool, celulose, óleo combustível, e óleo diesel e gasóleo apresentaram os maiores crescimentos, lideradas pelos embarques de açúcar, que avançaram 69,5%, para 24,1 milhões de toneladas.
Nos desembarques, o adubo teve o maior crescimento, com 6,5 milhões de toneladas, alta de 16,3% em relação a 2019.

Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 29/01/2021
TJ-RORAIMA INVESTE EM SEGURANÇA DURANTE A PANDEMIA, COM INOVAÇÃO DE CÂMERAS TÉRMICAS DA SONDA
Publicado em 01/29/2021 as
07:10 PM
Por Giulia Szpektor - Categoria: Notícias Corporativas
Órgão público apostou na tecnologia como medida para mitigar o contágio da Covid-19
São Paulo e Roraima, janeiro de 2021 - Depois de contar com a SONDA para se tornar o primeiro órgão público do Brasil a ter parte de seu service desk em formato digital, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) segue sua trajetória de inovação com a utilização de câmeras térmicas para identificar anomalias de temperatura nas pessoas que passam pelo Tribunal.
No total, a solução da SONDA abrange quatro câmeras térmicas instaladas em agosto, com o objetivo de aferir a temperatura tanto dos servidores como dos visitantes, além de checar via reconhecimento facial, o uso de máscara de quem transita pelo TJRR.
“Seguimos nossa trajetória de inovação e de aproveitar o que há de mais relevante em termos de tecnologia para oferecer a melhor experiência ao nosso público, tanto neste momento de pandemia como também já nos preparando e antecipando para uma retomada segura quando o fluxo de pessoas aumentar”, comenta Mozarildo Monteiro Cavalcanti, Desembargador/Presidente do TJRR.
A iniciativa foi adotada como prevenção e segurança durante o período da pandemia do coronavírus. Ela diminuiu o tempo de espera para as pessoas entrarem no edifício, além de excluir a necessidade de contato entre os visitantes e os funcionários que realizam o controle de entrada. Em fevereiro, no período pré-pandemia, por exemplo, o órgão chegou a realizar mais de 13 mil atendimentos.
As câmeras ficam em locais estratégicos, na entrada do Tribunal, para realizar a leitura da face. Caso a pessoa demonstre temperatura febril, ou seja, identificada a não utilização de máscara, um funcionário entra em ação, com as recomendações adequadas para cada situação.
“As soluções de câmeras térmicas representam uma inovação da SONDA, que utilizou um conceito conhecido em alguns processos de manufatura e o ajustou para o combate à Covid-19. É uma forma de contribuir com a retomada da rotina da população, com segurança e diminuição de contágio”, comenta Alexandre Repinaldo, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da SONDA para a região Norte e Nordeste.
Sobre a SONDA
A SONDA é a maior empresa latino-americana de soluções e serviços de tecnologia, com receita de US$ 1,131 bilhão em 2019 e 17 mil funcionários. A companhia tem presença direta na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai.
No Brasil, a SONDA mantém escritórios próprios nos 26 estados brasileiros, com mais de 7 mil colaboradores e 700 clientes. A empresa conta com 7 Centros de Serviços, 1 Centro de Inovação e 3 Data Centers.
Mais informações para a imprensa:
RPMA Comunicação
Jossiani Braga (11) 98424-1893
jossiani.braga@rpmacomunicacao.com.br
Leonardo Stavale (11) 98118-0455
leonardo.stavale@rpmacomunicacao.com.br
Giulia Szpektor (11) 94386-9965
giulia.szpektor@rpmacomunicacao.com.br
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 29/01/2021
AZUL ADESIVA AERONAVES PARA PROMOVER O TURISMO DOMÉSTICO
Publicado em 01/29/2021 as
07:10 PM
Redação Portogente
Aviões da empresa receberam imagens que ressaltam as belezas naturais de destinos brasileiros; Iniciativa marca a primeira oportunidade em que uma aeronave modelo ATR 72-600 da companhia é englobada em uma ação de mídia
Quatro aviões da Azul receberam adesivos que ressaltam a promoção do turismo brasileiro. A ação, em parceria com a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), tem o slogan “Viva intensamente o Brasil” e quer estimular os brasileiros a conhecerem mais o próprio país, aproveitando, principalmente, o período de fronteiras fechadas e câmbio elevado. Imagens de praias, florestas e outras belezas naturais estão estampadas em dois aviões modelo Airbus A320neo e em outros dois modelo ATR 72-600.
A adesivagem nas aeronaves ATR, inclusive, marca um momento especial para a companhia. É a primeira vez que aviões desse modelo são incluídos em uma ação de mídia. A escolha pelo ATR tem um fundamento determinante: esse avião voa para diversos destinos regionais brasileiros que contam com paisagens deslumbrantes.
“Vivemos um período de retomada consciente do turismo no Brasil e as pessoas têm viajado pelo país, seguindo todos os protocolos de higiene sugeridos pelas autoridades sanitárias. Esse momento tem sido uma grande oportunidade para que os brasileiros conheçam o Brasil e nós já vemos destacando esse aspecto há alguns meses. Essa parceria com a Embratur reforça a ideia da promoção do turismo doméstico e ainda nos desafiou por ser a primeira vez que utilizamos nosso ATR, uma aeronave para rotas regionais, em ações de mídia”, ressalta Daniel Bicudo, diretor de Marketing da Azul.
Além das aeronaves da Azul, a campanha da Embratur pode ser vista em comerciais de televisão, aberta e fechada, rádios e também na internet e painéis eletrônicos em diversas cidades. “Estamos reforçando aos brasileiros que é hora de planejar a viagem para o próximo destino, que devemos viver intensamente o Brasil e que há sempre um destino perto e incrível”, indica Carlos Brito, presidente da Embratur.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 29/01/2021
DIRETOR-GERAL DA ANTAQ PARTICIPA DE WEBINAR SOBRE PERSPECTIVAS PARA O SETOR PORTUÁRIO
Publicado em 01/29/2021 as
07:10 PM
Eduardo Nery enalteceu o programa de arrendamentos portuários e defendeu uma regulação responsiva
AANTAQ está comprometida com o governo federal para a realização do programa de arrendamentos portuários. A afirmação é do diretor-geral da Agência, Eduardo Nery, que participou do webinar “Retrospectiva de 2020 e as Perspectivas para o Setor Portuário em 2021”, organizado pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), em 28 de janeiro.
A expectativa é que, em 2021, ocorram vinte leilões de áreas portuárias, que devem gerar R$ 3,5 bilhões em investimentos. “Essas licitações trarão, certamente, mais eficiência, mais modernidade e mais produtividade ao setor”, afirmou Nery, lembrando que, no ano passado, oito leilões já foram realizados, com investimentos de R$ 2 bilhões.
O diretor-geral destacou a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), bem como da concessão dos Portos de Vitória e Barra do Riacho. No dia 4 de fevereiro, a ANTAQ realizará audiência pública virtual para obter contribuições visando ao aprimoramento dos documentos relativos a essa desestatização.
Nery também ressaltou o projeto BR do MAR, que está em análise pelo Congresso Nacional. O projeto tem como objetivo aumentar a oferta da cabotagem, incentivar a concorrência, criar novas rotas e reduzir custos. “Tenho certeza que o Congresso Nacional aprimorará o projeto de lei e entregará um marco para incrementar nossa cabotagem, tão essencial para a logística brasileira”, disse.
Durante sua fala, o diretor-geral defendeu, ainda, a navegação interior como forma de incrementar a multimodalidade. Enalteceu também a regulação e a fiscalização responsivas. “A Agência deve regular quando for realmente necessário para não criar entraves burocráticos”, afirmou, destacando que a fiscalização responsiva é preventiva, na medida em que o comportamento pregresso do prestador de serviço é que determina a frequência e a intensidade da ação fiscal.
Nery falou também sobre o projeto de cálculo administrativo da regulação. “A ANTAQ está fazendo uma ampla revisão de suas normas com o intuito de diminuir o fardo regulatório, além de desburocratizar o setor. “É preciso avaliar o custo-benefício da regulação”, disse o diretor-geral, defendendo a figura do arredamento simplificado para áreas menores das instalações portuárias.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 29/01/2021
PRÓXIMA ROD SERÁ DIA 3 DE FEVEREIRO. INTERESSADOS PODERÃO FAZER SUSTENTAÇÃO ORAL
Publicado em 01/29/2021 as
07:09 PM
Reunião começará a partir das 9h
AANTAQ realizará a 494a Reunião Ordinária de Diretoria por meio de videoconferência. Será no dia 3 de fevereiro a partir das 9h. Os interessados poderão fazer sustentação oral.
Sustentação Oral
REGRAS E PROCEDIMENTOS PARA SUSTENTAÇÃO ORAL NAS REUNIÕES DA DIRETORIA COLEGIADA
Nas reuniões de Diretoria Colegiada por videoconferência será facultada a participação das partes e/ou interessados, em causa própria ou representados por seus procuradores devidamente constituídos, a fim de sustentarem oralmente suas razões.
Não se aplica sustentação oral para os seguintes casos:
Processos normativos; e
de Medida Cautelar.
Requisitos:
Preenchimento do formulário localizado ao final da página;
Envio de documento de identificação (RG/OAB) para o e-mail: capa@antaq.gov.br;
Envio de procuração/substabelecimento, conforme o caso, para o e-mail: capa@antaq.gov.br;
O preenchimento do formulário e envio dos documentos deverão ser feitos com antecedência mínima de 24 horas úteis (horário de Brasília) da reunião na qual o processo está pautado. Solicitações efetuadas após esse prazo não serão consideradas.
O requerente que for parte no processo terá direito a sustentação oral mediante cumprimento dos requisitos citados acima.
O requerente que, sem ser parte no processo, tenha direito ou interesse que possa ser afetado pela decisão a ser adotada, poderá solicitar sustentação oral, desde que justificada, sujeita ao deferimento do Relator.
A sustentação oral se dará de duas maneiras:
Por meio de um convite (link), que será enviado para o e-mail cadastrado, quando da deliberação da matéria de interesse, sendo suficiente clicar no botão ingressar para poder participar; ou
De forma presencial, na sede da Antaq, onde será disponibilizado ambiente dedicado para realização desta finalidade.
Importante:
O habilitado disporá do tempo máximo 10 minutos para efetuar sua sustentação;
A palavra será concedida ao habilitado somente após a leitura do relatório do processo para o qual houve o pedido de sustentação oral;
A sustentação oral deverá se restringir ao processo que a originou;
Na leitura dos itens de cada relatoria, os processos listados para sustentação oral terão preferência, conforme parágrafo único do art. 12 da Resolução nº 7.701-ANTAQ. Desta forma, é recomendável que o habilitado acompanhe atentamente a reunião;
O deferimento de sustentação oral em processo pautado em Reunião Virtual, implicará na sua retirada de pauta e, por consequência, na inclusão na próxima reunião por videoconferência, conforme inciso III do art. 16 da Resolução nº 7.701-ANTAQ;
O pedido de sustentação oral tem validade somente na reunião para qual foi solicitado;
O formulário estará disponível com a publicação da pauta da próxima reunião e será retirado quando finalizado o prazo para solicitação de sustentação oral;
Demais esclarecimentos poderão ser feitos pelo whatsapp, por meio do nº (61) 2029-6515.
As regras para sustentação oral estão estabelecidas no art. 32 da Resolução nº 7.701-ANTAQ.
http://sophia.antaq.gov.br/terminal/acervo/detalhe/26633?guid=4aa3b207b687ef581f3e&returnUrl=%2fterminal%2fresultado%2flistarlegislacao%3fguid%3d4aa3b207b687ef581f3e%26quantidadePaginas%3d1%26codigoRegistro%3d26633%2326633&i=1
Acesse aqui : FORMULÁRIO DE SUSTENTAÇÃO ORAL
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSceEjod8XUd-lhQukvEJukPsWCSxAqtZaFnv3N899IcklY9zQ/viewform
—Relação dos habilitados para a próxima reunião—
Habilitações anteriores: Acesse aqui
https://www.gov.br/antaq/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/reunioes-deliberativas/habilitados-para-sustentacao-oral
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 29/01/2021
REVISÃO DE CONTRATOS DE ARRENDAMENTO SERÁ FEITA AINDA NESTE TRIMESTRE, DIZ PILONI
Publicado em 01/29/2021 as
07:09 PM
Secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários vê a questão como complexa, principalmente porque envolve diversos órgãos, entre eles os de controle, como o Tribunal de Contas da União
Por Fernanda Balbino
Terminais do Porto de Santos solicitaram ao Governo Federal uma revisão dos contratos de arrendamento que são corrigidos através do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M). O motivo é a alta variação do indicador em 2020. A questão está em discussão no Ministério da Infraestrutura e a previsão é de que uma solução saia ainda neste trimestre.
O tema foi abordado pelo secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni. Ele participou, nesta quinta-feira (28), da 1ª edição do Webinar Porto & Mar 2021, realizado pelo Grupo Tribuna no Dia do Trabalhador Portuário.
No ano passado, o IGP-M cresceu 23,14%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu apenas 4,52%. O primeiro indicador é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), enquanto o segundo é de responsabilidade do IBGE.
Segundo Piloni, dos cerca de 200 contratos de arrendamentos portuários, cerca de 100 são corrigidos pelo IGPM. De acordo com o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, a variação do índice pode causar impactos diretos na receita das empresas do setor. “Solicitamos revisão desse índice no ano passado em função da distorção. Gerará graves problemas futuros”.
Para Piloni, a questão é complexa, principalmente porque envolve diversos órgãos, entre eles os de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o executivo, “2020 ponto fora da curva” por conta dos impactos econômicos causados pela pandemia da covid-19.
Desde que recebeu o pedido, a Secretaria de Portos iniciou uma prospecção com outros setores de infraestrutura para avaliar a forma de correção de contratos de concessão. “Majoritariamente, os contratos mais novos, mais modernos não têm adotados mais a atualização pelo índice do IGPM”, destacou Piloni.
Porém, o TCU ainda precisa ser consultado sobre a questão. “De fato, não faz sentido que índice gere vantagem para qualquer parte. O índice de atualização tem que ser justo, não há efeito de beneficiar. O índice que gera benefício ou prejuízo não está adequado à realidade da melhor prática de gestão de contratos”, destacou o secretário.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 29/01/2021
UNIÃO BUSCA SOLUÇÃO PARA ACESSO FERROVIÁRIO
Publicado em 01/29/2021 as
07:09 PM
Secretário Nacional de Portos que ampliar capacidade de trecho férreo para evitar gargalo no transporte de carga ao cais santista
O Governo Federal pretende reformular a política marítima nacional para os próximos 30 anos. Para isto, criou um grupo de trabalho que reúne 16 órgãos, entre eles a Marinha do Brasil e os ministérios da Infraestrutura e da Economia. Entre os planos, está a integração de regras e ações relacionadas ao uso do mar no País.
O Brasil conta com uma política marítima nacional desde 1994. Agora, o plano do governo é atualizá-la, refletindo as aspirações brasileiras para o mar pelas próximas três décadas. Propor procedimentos para a implementação da nova política integrada e avaliar formas de financiamento para as novas diretrizes também estão entre os objetivos.
As informações referentes ao plano constam do Decreto nº 10.607, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira. O documento reúne os órgãos que irão participar dos trabalhos.
Além das pastas da Economia e da Infraestrutura, o grupo será composto pelos ministérios das Relações Exteriores, do Turismo, do Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre outros.
Segundo a Marinha, que será responsável pela coordenação dos trabalhos, os estudos já foram iniciados de maneira preliminar. “A política marítima nacional em vigor apresenta objetivos para orientação do setor marítimo, mas que, passados mais 26 anos de sua publicação, precisam ser atualizados. Os estudos necessários para essa atualização serão iniciados após a indicação dos membros pelos titulares dos órgãos componentes do grupo e designação em ato oficial do ministro da Defesa”.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, um dos elementos da política marítima nacional envolve os transportes aquaviários. “Portanto, reformulações feitas poderão trazer algum tipo de impacto na navegação e nas operações portuárias. Como ainda não há indicação sobre as alterações na política, fica prejudicada a possibilidade de avaliação sobre quais impactos podem ocorrer”.
Novas regras
Segundo o decreto, o grupo interministerial também tem o objetivo de definir os objetivos e a prioridade para cada segmento envolvido na atividade marítima, assim como elaborar as propostas de atos e os instrumentos normativos necessários à implementação das novas normas.
Os trabalhos do grupo terão duração de um ano, mas podem ser prorrogados por igual período.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 29/01/2021
REVISÃO DE CONTRATOS DE ARRENDAMENTO SERÁ FEITA AINDA NESTE TRIMESTRE, DIZ PILONI
Publicado em 01/29/2021 as
07:08 PM
Secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários vê a questão como complexa, principalmente porque envolve diversos órgãos, entre eles os de controle, como o Tribunal de Contas da União
Por Fernanda Balbino
Terminais do Porto de Santos solicitaram ao Governo Federal uma revisão dos contratos de arrendamento que são corrigidos através do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M). O motivo é a alta variação do indicador em 2020. A questão está em discussão no Ministério da Infraestrutura e a previsão é de que uma solução saia ainda neste trimestre.
O tema foi abordado pelo secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni. Ele participou, nesta quinta-feira (28), da 1ª edição do Webinar Porto & Mar 2021, realizado pelo Grupo Tribuna no Dia do Trabalhador Portuário.
No ano passado, o IGP-M cresceu 23,14%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu apenas 4,52%. O primeiro indicador é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), enquanto o segundo é de responsabilidade do IBGE.
Segundo Piloni, dos cerca de 200 contratos de arrendamentos portuários, cerca de 100 são corrigidos pelo IGPM. De acordo com o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, a variação do índice pode causar impactos diretos na receita das empresas do setor. “Solicitamos revisão desse índice no ano passado em função da distorção. Gerará graves problemas futuros”.
Para Piloni, a questão é complexa, principalmente porque envolve diversos órgãos, entre eles os de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o executivo, “2020 ponto fora da curva” por conta dos impactos econômicos causados pela pandemia da covid-19.
Desde que recebeu o pedido, a Secretaria de Portos iniciou uma prospecção com outros setores de infraestrutura para avaliar a forma de correção de contratos de concessão. “Majoritariamente, os contratos mais novos, mais modernos não têm adotados mais a atualização pelo índice do IGPM”, destacou Piloni.
Porém, o TCU ainda precisa ser consultado sobre a questão. “De fato, não faz sentido que índice gere vantagem para qualquer parte. O índice de atualização tem que ser justo, não há efeito de beneficiar. O índice que gera benefício ou prejuízo não está adequado à realidade da melhor prática de gestão de contratos”, destacou o secretário
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 29/01/2021
BR DO MAR DEVE VIRAR REALIDADE NESTE SEMESTRE
Publicado em 01/29/2021 as
07:08 PM
O projeto de lei 4.199/2020 institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem. Agora, ele precisa ser apreciado pelos senadores e, depois, segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro
Por Fernanda Balbino
O programa BR do Mar, de incentivo à cabotagem, deve ser implementado ainda neste semestre. Esta é a previsão do secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni. Ele participou, nesta quinta-feira (28), da 1ª edição do Webinar Porto & Mar 2021, realizado pelo Grupo Tribuna no Dia do Trabalhador Portuário. O secretário afirma que técnicos da pasta já iniciaram discussões com os senadores que deverão apreciar o projeto no próximo mês.
O projeto de lei 4.199/2020, aprovado pela Câmara dos Deputados, institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem. Agora, ele precisa ser apreciado pelos senadores e, depois, segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Piloni, os parlamentares sabem do senso de urgência que o projeto precisa. E a expectativa é de que haja uma discussão célere.
“O que a gente teve na Câmara (dos Deputados) foi algo absolutamente natural, não teve nada de tão surpreendente. É um tema complexo de entendimento, afeta a vida de muitas pessoas, muitos grupos econômicos, sindicatos de trabalhadores maritimos, portuários. Naturalmente, o local de debate é o Congresso Nacional”, afirmou.
Piloni também acredita que os senadores não devem alterar questões relacionadas ao Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). Trata-se do benefício fiscal criado para incentivar o investimento em modernização e ampliação do setor portuário.
O Reporto, que perdeu a validade em 31 de dezembro, deverá ser prorrogado por mais um ano através do projeto BR do Mar.
“Entendo que haverá, sim, a aprovação desse ponto bastante discutido na Câmara. O governo tem perspectiva de votação de reforma tributária. Tendo em vista essa questão, o Reporto, por ser um programa de incentivo, havia percepção que isso poderia estar jogando contra o esforço da reforma tributária. Acho que os parlamentares foram muito sábios por atribuírem prorrogação por curto período. Considerando ser uma proposta branda, equilibrada, entendo eu que deve ser aprovado no âmbito do Senado”.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 29/01/2021
GOVERNO ESPERA VOTAÇÃO DE PL DA CABOTAGEM NO 1º SEMESTRE
Publicado em 01/28/2021 as
08:24 PM
Por Danilo Oliveira NAVEGAÇÃO 28 Janeiro 2021
Secretário nacional de portos acredita que projeto ganhou maturidade, o que deve trazer maior celeridade das discussões no Senado.
O governo federal espera que o projeto de lei da cabotagem (PL 4.199/2020) seja votado no Senado ainda no primeiro semestre. O secretário nacional de portos e transportes aquaviários, Diogo Piloni, disse, nesta quinta-feira (28), que o governo iniciou a discussão sobre o PL com alguns senadores, apesar de os parlamentares da casa estarem voltados principalmente para a eleição da nova mesa da presidência do Senado. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado e tramita em regime de urgência constitucional.
"Já iniciamos discussão com senadores. Temos tido bons feedbacks com relação ao senso de urgência que os parlamentares do Senado têm com relação a esse projeto", disse Piloni durante o webinar Porto & Mar "A desestatização do Porto de Santos e o futuro do sistema portuário", realizado pelo grupo Tribuna.
Piloni ressaltou que o PL mexe com temas complexos que afetam a vida de muitos grupos econômicos e classes trabalhistas. "É um projeto que tem regime de urgência constitucional, que tem premência para que seja votado e política seja implementada e será ainda nesse primeiro semestre do ano para que tenhamos resultados que vão trazer movimentação de carga de cabotagem e crescimento da cabotagem na matriz logística brasileira", afirmou.
Para o secretário, o debate ocorreu de forma aberta na Câmara e muitas questões saíram de lá já com certo direcionamento. Piloni acredita que há maturidade maior na discussão, o que deve trazer no Senado certa celeridade para que processo seja deliberado por lá. Ele negou que o texto da senadora Kátia Abreu (PP-TO) vá contra os objetivos do BR do Mar.
A senadora apresentou requerimento para que o projeto de autoria dela que já tramitava no Senado, seja discutido junto com o PL 4.199/2020. "O texto da senadora também tem esse objetivo de trazer cabotagem para a ordem do dia. Temos convicção de que conseguiremos entrar em consenso na busca de um projeto que mantenha coerência com o que temos proposto e traga melhorias e complementações de todos os senadores", disse o secretário.
A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) pretende continuar a dialogar com seus interlocutores em defesa de que o PL mantenha a exigência de propriedade de navios para empresas brasileiras de navegação (EBNs). A avaliação da associação é que permitir que empresas de navegação operem na costa brasileira sem navios próprios não é compatível com o modelo de negócios da navegação do país. "Permitir EBNs sem propriedade de navio quebra o modelo do negócio e não atrai mais investimentos porque ninguém comprará mais navios, só fará afretamentos", disse o diretor-executivo da Abac, Luis Fernando Resano à Portos e Navios.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
WÄRTSILÄ FORNECERÁ 36 MOTORES BICOMBUSTÍVEL PARA SEIS NOVOS NAVIOS TRANSPORTADORES DE GNL
Publicado em 01/28/2021 as
08:24 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 28 Janeiro 2021

A Wärtsilä anunciou nesta quinta-feira (28) que fornecerá os motores bicombustíveis para seis novos navios transportadores de GNL de 172.500 metros cúbicos. Essas embarcações estão em construção para operar no projeto Arctic LNG 2 nas águas árticas da Rússia. O pedido, avaliado em mais de 100 milhões de euros, foi feito em dezembro de 2020 pela Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering. Existe a opção para mais quatro navios.
“Este é um grande projeto de construção nova e fomos capazes de propor uma solução técnica que garante benefícios claros e economia de custos para o cliente. Nossa experiência com aplicações de GNL é incomparável e este pedido representa um reconhecimento desse fato ”, disse Östen Lindell, diretor de Vendas do Leste Asiático e China da Wärtsilä Marine Power.
Cada navio será equipado com seis motores Wärtsilä 46DF bicombustível, além de unidades de válvula de gás e auxiliares. As entregas dos equipamentos começarão em agosto.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
PORTO DE SANTOS: CONTÊINER SE RECUPERA E FECHA EM DEZEMBRO DE 2020 COM ALTA DE 20%
Publicado em 01/28/2021 as
08:24 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 28 Janeiro 2021

Desempenho contribuiu para recorde no acumulado geral, de 146,6 milhões de toneladas de carga
Após quedas no primeiro semestre de 2020, a movimentação de contêineres no Porto de Santos se recuperou e terminou o ano com recorde histórico no segmento que transporta as cargas de maior valor agregado. Dezembro registrou crescimento de 20% na movimentação de contêineres sobre o mesmo mês de 2019, para 437,4 mil TEUs, e alta de 9,5% sobre novembro, que já registrara o melhor desempenho para um mês até então, com 399,3 mil TEUs. No ano, foram 4,23 milhões TEUs, alta de 1,6% sobre o recorde anterior, verificado em 2019 (4,17 milhões TEUs). O levantamento foi feito pela Gerência de Inteligência de Mercado e Estatística da Santos Port Authority (SPA)
Considerando todas as cargas, o porto encerrou dezembro com crescimento de dois dígitos, 16,2%, sobre igual o mesmo mês do exercício anterior, chegando a 11,9 milhões de toneladas. Os números contribuíram para o recorde geral do ano, de 146,6 milhões de toneladas, alta de 9,4% sobre 2019. A participação acumulada de Santos na corrente comercial brasileira se manteve no patamar de 28% em dezembro, o equivalente a US$ 103,2 bilhões. O número de atracações de navios no ano foi 4.904, alta de 1,3% em relação a 2019 (4.842).
“O recorde histórico de movimentação é reflexo da retomada da economia bem como das medidas implementadas por essa gestão profissional e técnica, alinhada às diretrizes do Governo Federal. Além disso, em um cenário de pandemia, o resultado mostra a força do agronegócio e a resiliência do Porto em manter o fluxo de mercadorias, o que se reflete positivamente na participação do complexo santista na corrente de comércio do País”, disse o diretor de Operações da SPA, Marcelo Ribeiro.
Os embarques no mês somaram 8,0 milhões de toneladas, aumento de 16,1% na base anual, e os desembarques, 3,8 milhões de toneladas, crescimento de 16,4%. No acumulado do ano, alta também nos dois fluxos: 13,2% nos embarques, para 106,8 milhões de toneladas, e 0,3% nos desembarques, para 39,8 milhões de toneladas.
As exportações do complexo soja, álcool, celulose, óleo combustível, e óleo diesel e gasóleo apresentaram os maiores crescimentos, lideradas pelos embarques de açúcar, que avançaram 69,5%, para 24,1 milhões de toneladas.
Nos desembarques, o adubo teve o maior crescimento, com 6,5 milhões de toneladas, alta de 16,3% em relação a 2019.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
KEPPEL DEVE SAIR DO NEGÓCIO DE CONSTRUÇÃO DE PLATAFORMAS OFFSHORE
Publicado em 01/28/2021 as
08:24 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 28 Janeiro 2021
A Keppel Offshore & Marine de Cingapura deve passar por uma grande transformação e buscar oportunidades como desenvolvedora e integradora de ativos de infraestrutura e energia offshore e sair do negócio de construção de plataformas offshore.
A empresa será reestruturada em três partes, separando a construção e a propriedade de ativos de plataformas de perfuração legados de suas operações principais.
"A Keppel Corporation anunciou hoje [28] que em meio à transição energética global e grandes interrupções enfrentadas pela indústria do petróleo, a empresa realizará uma transformação abrangente em sua subsidiária integral, Keppel Offshore & Marine (Keppel O&M), para melhor alinhá-la à visão da Keppel 2030. Isso é parte da revisão estratégica da Keppel de seus negócios offshore e marítimos (O&M), com o objetivo de criar uma Keppel O&M mais estreita e competitiva que esteja bem posicionada para apoiar a transição de energia, mesmo que a Keppel continue a explorar produtos inorgânicos opções ", disse a empresa em nota.
"Refletindo o compromisso da Keppel com a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas, a Keppel O&M sairá do negócio de construção de plataformas offshore, após concluir as plataformas existentes em construção. Também sairá progressivamente de reparos de baixo valor agregado e outras atividades com baixa contribuição e se concentrará em trabalhos de maior valor agregado ", disse a Keppel.
Loh Chin Hua , CEO da Keppel Corporation e presidente da Keppel O&M, enfatiza: “A participação das energias renováveis e novas soluções de energia na matriz energética global tem crescido rapidamente, impulsionada por questões ambientais, bem como avanços tecnológicos e o custo decrescente das energias renováveis. O gás natural, como combustível de transição, também deve ultrapassar o petróleo como a maior fonte de energia do mundo nos próximos anos. Para aproveitar as oportunidades neste ambiente em rápida mudança, estamos tomando medidas ousadas e decisivas para transformar a Keppel O&M e garantir que permaneça relevante e competitiva".
Como parte da transformação, os negócios da Keppel O&M serão reestruturados em três partes: uma Rig Co e uma Development Co (Dev Co), que serão entidades temporárias criadas para manter seus aproximadamente US$ 2,9 bilhões de ativos em sonda concluídos e não concluídos; e uma Operating Co (Op Co), que compreende o restante da Keppel O&M, que será transformada em uma incorporadora de ativos leves e integradora de ativos de energia e infraestrutura offshore.
A Rig Co será responsável pelas sondas concluídas. E o plano é que a empresa coloque os equipamentos concluídos para funcionar ou os venda se houver oportunidades adequadas. A Dev Co trabalhará para concluir as plataformas de perfuração incompletas.
"Será dada prioridade à conclusão de sondas que tenham contratos firmes com os clientes.", disse a Keppel.
"Com um balanço patrimonial saudável e sem distração por seus ativos de plataforma ociosos, a Op Co, que tem uma carteira de pedidos líquida forte de US$ 3,3 bilhões, 82% dos quais em soluções de gás e renováveis, aproveitará as oportunidades na transição de energia e espera-se que seja autossustentável, financeiramente independente e lucrativo ao longo do tempo ", completou a companhia no comunicado à imprensa.
A reestruturação começará com efeito imediato e deverá ser executada nos próximos dois a três anos.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
SAMSUNG, HYUNDAI, DAEWOO SE PREPARAM PARA LICITAÇÃO DA PLATAFORMA DE PETRÓLEO DA PETROBRAS
Publicado em 01/28/2021 as
08:23 PM
Da Redação OFFSHORE 28 Janeiro 2021
Três consórcios, incluindo estaleiros asiáticos, se preparam para competir para construir as duas primeiras plataformas internas da estatal brasileira Petrobras em mais de sete anos, segundo quatro pessoas a par da licitação.
Samsung Heavy Industries Co, Daewoo Heavy Industries & Machinery Ltd e Hyundai Heavy Industries Holding Co Ltd formaram consórcios separados que devem fazer ofertas após sete meses de preparativos, disseram as fontes, que não quiseram ser citados, pois a informação é privada.
As ofertas devem ser feitas na segunda-feira, 1º de fevereiro. Samsung e Petrobras não quiseram comentar. Daewoo e Hyundai não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.
A competição marca o retorno da Petrobras como cliente-chave dos estaleiros asiáticos. Unidades de tamanhos semelhantes custavam cerca de US $ 1,7 bilhão cada para serem construídas, disse uma das fontes.
A Petrobras, como é conhecida a Petróleo Brasileiro SA, necessita de unidades capazes de produzir 180 mil barris de petróleo por dia e 7,2 metros cúbicos de gás para seu enorme campo de Búzios, o segundo mais produtivo do país.
As plataformas são navios efetivamente enormes com equipamentos de perfuração em águas profundas que são vitais para a exploração de petróleo offshore. Eles são conhecidos como FPSOs, ou unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência.
O debate sobre onde a Petrobras deve construir suas plataformas tem sido um tema central nas campanhas presidenciais nas últimas duas décadas no Brasil.
A construção do casco exige muita mão-de-obra, levando as administrações anteriores a criar regras de conteúdo doméstico. Essas foram amenizadas após um escândalo de corrupção, embora a porcentagem exata do conteúdo local só será conhecida quando um vencedor for selecionado.
A maior investigação de corrupção de todos os tempos no Brasil - conhecida como Lava Jato - expôs pagamentos de suborno de bilhões de dólares de fornecedores da Petrobras com o objetivo de garantir contratos, inclusive para construção de plataformas no Brasil e na Ásia.
Enterrada em dívidas, a Petrobras passou mais de sete anos apenas locando suas plataformas, por meio de contratos de longo prazo que podem ser amortizados em 20 anos. A holandesa SBM Offshore NV e a japonesa Modec Inc dividiram os maiores contratos.
Modec e SBM pré-se qualificaram para participar da última licitação, mas desistiram do concurso, preferindo o modelo de leasing em que podem usar engenharia própria em vez da da Petrobras.
Dez empresas pré-qualificadas para a licitação lançada pela Petrobras em julho de 2020.
A Hyundai se associou à Keppel e ao estaleiro BrasFELS, com sede no Brasil, para a licitação, disseram as fontes. A Daewoo fez parceria com a Saipem, enquanto a Samsung está preparada para licitar a Toyo e seu estaleiro brasileiro EBR, acrescentaram.
Keppel e Saipem não quiseram comentar. Toyo não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
MERCADO DE PETROLEIROS EM MARES MAIS AGITADOS, COMO SURTOS DE ABASTECIMENTO, SUMIDOUROS DE ARMAZENAMENTO
Publicado em 01/28/2021 as
08:23 PM
Da Redação ECONOMIA 28 Janeiro 2021
Uma queda no volume de petróleo bruto armazenado em navios, combinada com cortes inesperados do principal produtor da Arábia Saudita, criou um excesso de navios disponíveis para locação, pressionando as perspectivas para superpetroleiros este ano.
Os ganhos dos transportadores de petróleo muito grandes (VLCCs) em 2020 atingiram recordes de mais de US $ 240.000 por dia, à medida que o coronavírus prejudicava a demanda, criando um excedente de petróleo e uma corrida para armazenamento em terra e no mar. Desde então, as taxas caíram para US $ 7.000 por dia.
“No momento, é realmente o pior para o mercado de VLCC. O armazenamento flutuante mais ou menos se desfez e o retorno dessa tonelagem ao mercado spot pressionou as taxas ”, disse Aristidis Alafouzos, diretor de operações da Okeanis Eco Tankers, à Reuters.
“A perda de 1 milhão de bpd da produção saudita equivale à destruição da demanda anualizada de petroleiros de 23 VLCCs.”
A Clarksons Research Services estimou que, em 22 de janeiro, 95 navios - o equivalente a 130 milhões de barris - estavam sendo usados ??para armazenamento, contra um pico de mais de 290 milhões de barris em maio do ano passado.
A IHS Markit disse que os volumes em navios - também estáticos por 14 ou mais dias - caíram para 52 milhões de barris, o nível mais baixo desde o pico em meados de 2020, quando atingiu 190 milhões de barris.
“A IHS Markit não espera uma repetição do crescimento explosivo do armazenamento flutuante do ano passado em 2021”, disse o analista principal Fotios Katsoulas.
“O declínio do armazenamento flutuante pode apoiar ainda mais os preços do petróleo no curto prazo, já que é considerado uma indicação de recuperação da demanda.”
Os números excluem a frota do Irã com petróleo e armazenamento não comercial de longo prazo por parte das empresas.
A demanda por armazenamento flutuante no auge da crise do ano passado também foi impulsionada por um contango de mercado, uma estrutura de preços em que as cargas para entrega no prazo mais curto são mais baratas do que as para entrega posterior. Isso incentiva os comerciantes a armazenar combustível até que os preços aumentem.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
PETROBRAS VENDEU 5,6 MILHÕES/T DE VLSFO PARA PORTOS NO BRASIL
Publicado em 01/28/2021 as
08:23 PM
Por Danilo Oliveira PORTOS E LOGÍSTICA 28 Janeiro 2021
De abril de 2019, quando começou a adequar refinarias para produção do combustível com baixo teor de enxofre e óleo combustível BTE, até dezembro de 2020, companhia produziu mais de 19 milhões de toneladas desses produtos.
A Petrobras já entregou aproximadamente 5,6 milhões de toneladas de combustível marítimo com baixo teor de enxofre destinados ao abastecimento de navios nos portos brasileiros. Desde quando começou a adequar as refinarias para a produção do VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil) e óleo combustível BTE, em abril de 2019, até dezembro de 2020, a Petrobras produziu mais de 19 milhões de toneladas desses produtos com baixo teor de enxofre. O produto atende as normas globais da Organização Marítima Internacional (IMO), que passaram a vigorar em janeiro de 2020.
As regras da IMO 2020 preveem o limite de 0,5% de teor de enxofre nos combustíveis marítimos utilizados pela frota mercante mundial. A empresa destacou que o desenvolvimento para a produção de bunker com até 0,5% de enxofre nas refinarias da Petrobras foi iniciado de forma planejada e antecipada. "A Petrobras possui um parque de refino moderno e adaptado ao mercado, portanto não foi necessário fazer grandes investimentos para atender à regulamentação do IMO 2020", informou a companhia à Portos e Navios. Segundo a estatal, o petróleo extraído no Brasil reúne características favoráveis para o processamento desse produto.
Em 2020, a Petrobras comercializou cerca de 1,6 milhão de toneladas de bunker IMO 2020 acabado a partir de sua tancagem na Ásia. A companhia exportou cerca de 8,7 milhões de óleo combustível com qualidade para formular o bunker IMO 2020. Em 2020, além da Ásia, os óleos combustíveis, sejam para formulação de bunker IMO 2020 ou não, foram exportados para os mercados dos Estados Unidos/Caribe, Mediterrâneo e Oeste Africano.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
PLANEJAMENTO DA INFRAESTRUTURA E REGULAÇÃO DA CODESA CONTINUARÃO SOB TUTELA DO ESTADO
Publicado em 01/28/2021 as
08:22 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 28 Janeiro 2021

Contribuições ao modelo de desestatização poderão ser feitas até dia 10 de fevereiro.
O modelo de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) considerado mais adequado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que realizou os estudos, é o da alienação da companhia para o ente privado por um período de 35 anos. Isso significa dizer que o concessionário vencedor terá o controle acionário da empresa, obtendo direito de exploração dos ativos operacionais durante aquele tempo. Apesar disso, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, afirmou que dois aspectos não serão delegados ao privado: o planejamento da infraestrutura portuária e a regulação.
Piloni afirmou que embora o concessionário tenha a liberdade para propor sugestões ao Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) da companhia, o planejamento tanto da infraestrutura portuária quanto dos transportes para a chegada das cargas permanecerá sob a supervisão do Ministério da Infraestrutura. Ele disse que atualmente a Autoridade Portuária já faz esse papel de sugerir, e que o privado assumirá esta mesma função. “O planejamento é papel do estado”, frisou durante Webinar Porto & Mar, realizado pelo Jornal A Tribuna.
A regulação também é outro aspecto que não será transferido para o ente privado. Ele informou que no modelo australiano, que foi utilizado como referência para a modelagem da Codesa, até mesmo esta função foi delegada ao privado que passou a se auto-regular. Para Piloni, o entendimento do Ministério da Infraestrutura é de que será preciso manter a regulação das atividades portuária sob a tutela do poder público.
O secretário afirmou ainda que o foco do governo com o projeto de desestatização portuário não com a arrecadação para a União, mas sim a concentração de esforços no volume de investimentos que pode ser feito dentro do contrato de concessão. O objetivo é obter ganhos em infraestrutura para atender com mais qualidade toda a cadeia logística que envolve o setor portuário. “O foco está do serviço prestado e nas obrigações do investimento”, destacou. Ele lembrou que no atual momento do país de restrição orçamentária é importante utilizar a parceria privada para alocar investimentos no setor.
Apesar disso, Piloni explicou que dentro do modelo elaborado para a companhia o concessionário irá pagar, além do valor da outorga, mais 7,5% do valor das receitas brutas do contrato até o seu encerramento. Dentro dessa premissa o concessionário possível não terá problemas em pagar outorga muito alto no início do contrato. Ele disse que isso gerou problemas em outros setores como no aéreo e rodoviário.
O modelo está disponível para consulta pública no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A audiência pública será realizada no próximo dia quatro de fevereiro e as contribuições da comunidade portuária e sociedade como todo poderão ser enviadas até dia 10 daquele mês.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 28/01/2021
ARRECADAÇÃO COM ROYALTIES ENCOLHE EM 2020 E RECUPERAÇÃO DEPENDE DE PREÇOS DO PETRÓLEO
Publicado em 01/28/2021 as
08:16 PM
Receita dividida entre União, estados e municípios caiu 16% no acumulado de janeiro a outubro de 2020, na comparação com igual período de 2019. Consultoria projeta cenário mais favorável em 2021 e acréscimo de mais de R$ 20 bilhões se expectativa de preço médio do barril de Brent a US$ 60 se confirmar.
Por Darlan Alvarenga
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/s/Y/BU5PDdRjKsIVlWQwVlCg/plataforma-p-69.jpg)
Plataforma P-69 da Petrobras, localizada na Bacia de Santos — Foto: Divulgação/Sindipetro
Em meio ao choque provocado pela pandemia de coronavírus nos preços internacionais do petróleo, a arrecadação do Brasil com royalties e participações especiais encolheu em 2020. Levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a partir dos dados já divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra que essa fonte de receita somou R$ 37,2 bilhões no acumulado de janeiro a outubro, o que corresponde a uma queda de 15,9% na comparação com o mesmo período de 2019.
Mesmo a ligeira recuperação do preço do petróleo na reta final de 2020, a consultoria estima que a arrecadação total fechará 2020 abaixo de R$ 53 bilhões, com uma queda de cerca de 6% ante 2019.
Confirmada a projeção do CBIE, o resultado de 2020 será o pior desde 2017, quando os cofres públicos receberam R$ 30,47 bilhões. Para 2021, porém, a projeção é de recuperação e de arrecadação recorde.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/m/C/Sf3zi0RqW3hfnptVBZsQ/5malu-comparativo-2019-x-2020.png)
Comparativo da arrecadação entre janeiro e outubro de 2020 com o mesmo período de 2019 — Foto: Economia G1
Royalties são os valores pagos pelas petroleiras à União e aos governos estaduais e municipais dos locais produtores para ter direito a explorar o petróleo. Já as participações especiais são uma compensação adicional e são cobradas quando há grandes volumes de produção ou grande rentabilidade.
Esses valores fazem parte das chamadas receitas não-administradas e dependem de diversos fatores como preço do petróleo, do dólar e do volume de produção.
Em 2019, a arrecadação com royalties e participações especiais somou R$ 55,95 bilhões, maior valor nominal (sem considerar a inflação) já registrado. Veja gráfico abaixo:
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/g/q/KshSl2Q5mF4BgxE1MrPw/zkxyl-arrecada-o-com-royalties-e-participa-es-especiais.png)
Arrecadação com royalties e participações especiais — Foto: Economia G1
O que explica a queda em 2020
O levantamento do CBIE mostra que a queda da arrecadação em 2020 refletiu principalmente o tombo nos preços do petróleo, cuja média ficou em US$ 41,43 no ano passado, considerando o barril do tipo Brent (principal referência internacional), contra US$ 64,34 em 2019.
Em março, o barril de Brent chegou a cair abaixo de US$ 20. Já nos EUA, o petróleo WTI chegou a fechar em nível negativo pela 1ª vez na história. Em dezembro, o preço médio do Brent subiu para US$ 49,87, com os mercados reagindo às notícias de avanços nas vacinas contra a Covid-19 e perspectiva de recuperação da economia global. Desde o começo de 2021, porém, o petróleo tem sido negociado ao redor de US$ 55.
"O que ajudou para não ficar pior a situação da arrecadação foi o câmbio", sócio-diretor do CBIE, Adriano Pires, lembrando que a moeda brasileira chegou a ser a que mais se desvalorizou no mundo frente ao dólar no ano passado. Em maio, chegou a bater R$ 5,90.
O dólar teve taxa média de câmbio de R$ 5,14 em 2020, contra R$ 3,95 em 2019.
A maior produção nacional também ajudou a amenizar o efeito do tombo nos preços internacionais na arrecadação com royalties.
Segundo o levantamento, a produção média de óleo e gás subiu para 3,24 milhões de barris/dia em 2020, ante 2,89 milhões de barris/dia em 2019.
Queda da arrecadação foi maior para a União
A queda em 2020 representou um choque adicional para as receitas da União e de governos de estados e municípios produtores.
O levantamento mostra que a arrecadação com royalties encolheu 22,8% para a União, 20,5% para os estados e 8,7% para as prefeituras. Veja gráfico abaixo:
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/I/E/pgYS24T1S1Nkq1KsB8rA/twpjg-divis-o-da-arrecada-o-com-royalties-do-petr-leo.png)
Divisão da arrecadação com royalties do petróleo — Foto: Economia G1
A receita direcionada para o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, caiu mais de R$ 1 bilhões no período de análise, ou 12,2%, calcula o CBIE. Já a de São Paulo diminuiu em cerca de R$ 600 milhões, ou 33%.
Pela lei atual, estados sem extração de petróleo recebem 7% de royalties e municípios sem extração de petróleo recebem 1,75% dos royalties.
Uma lei sancionada em 2012 e suspensa em 2013 pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal federal (STF) previa que estados e municípios sem extração de petróleo receberiam 21% dos royalties e, a partir de 2020, 27% do total arrecadado pela União. Desde a decisão da ministra, o julgamento da liminar pelo plenário do STF já foi adiado três vezes.
Perspectivas para 2021
O cenário para 2021 é de otimismo, uma vez que os preços internacionais do petróleo têm mostrado uma trajetória de recuperação em meio à expectativa de avanço da vacinação contra o coronavírus no mundo e de retomada da economia global.
A CBEI projeta um aumento de ao menos R$ 7 bilhões na arrecadação de royalties em 2021 no Brasil, podendo chegar a um acréscimo de mais de R$ 20 bilhões, caso se confirme a expectativa de preços médios do barril de Brent a US$ 60 no ano.
“2021 promete porque o preço do barril deve subir e vamos ter um boom de commodities. Com as vacinas, a eleição do [Joe] Biden nos Estados Unidos e a vitória dos democratas no Senado americano, acredito que vamos ter um petróleo a 60 dólares o barril e um ano espetacular para a arrecadação de royalties”, avalia Pires.
No cenário conservador, com petróleo a US$ 48,53, a consultoria projeta uma arrecadação de R$ 59,85 bilhões em 2021, ou crescimento de 13,7% na comparação com 2020. Já no cenário otimista, com o barril a US$ 60 na média, a receita total com royalties e participações especiais chegaria a R$ 74 bilhões, um aumento de 40,6%.
As estimativas consideram ainda um dólar médio a R$ 4,90 e a projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, de produção média de 3,30 milhões de barris/dia em 2021 no Brasil.
Entre os principais fatores que podem influenciar as cotações internacionais no ano estão as incertezas relacionadas à pressão da Arábia Saudita por conformidades nos cortes de produção nos países membros da Opep+, assim como os altos estoques no mundo e, sobretudo, a dinâmica da pandemia.
Do ponto de vista do crescimento da produção nacional, as perspectivas seguem favoráveis, segundo Pires, destacando que o pré-sal já responde por 66% da produção brasileira de óleo e gás.
"Nós já somos hoje os maiores exportadores de petróleo da América Latina”, afirma o especialista, que avalia também que o cenário pode ser favorável para a realização de novos leilões de áreas do pré-sal no segundo semestre do ano.
"Hoje tem no Congresso um projeto que propõe mudanças a lei da partilha. Então, é muito importante que isso seja aprovado rápido, antes do próximo leilão”, avalia.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 28/01/2021
BNDES CRIA LINHA DE R$ 1 BILHÃO PARA PRODUTORES DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Publicado em 01/28/2021 as
08:16 PM
Empresas poderão ter taxas de juros cortadas caso alcancem metas de redução de emissão de CO2 estipuladas pelo banco.
Por Reuters
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um programa de crédito de R$ 1 bilhão para produtores de biocombustíveis, com o objetivo de estimular a redução de emissões no segmento, informou o banco em comunicado nesta quarta-feira (27).
Ao participar do programa, chamado BNDES RenovaBio, os produtores de biocombustíveis poderão ter taxas de juros cortadas caso alcancem metas de redução de emissão de CO2 estipuladas pelo banco.
"O programa foi desenhado para ser complementar à política do (programa federal) RenovaBio, à medida que incentiva a adoção de melhores práticas produtivas e ambientais", disse em nota o diretor de Crédito e Garantia do BNDES, Petrônio Cançado.
Dentre os requisitos necessários para participar, as empresas precisam participar do programa federal Renovabio e ter sede e administração no Brasil. Os pedidos deverão ser protocolados diretamente no BNDES até 31 de dezembro de 2022.
O valor máximo de cada empréstimo será de 100 milhões de reais por unidade produtora, considerando o limite por grupo econômico de 200 milhões de reais. O prazo total de pagamento será de até 96 meses, incluída uma carência de até 24 meses.
Os juros — formados pela TLP ou por referenciais de custo de mercado, mais uma remuneração básica do BNDES de 1,5% ao ano, e uma taxa de risco de crédito — poderão ser reduzidos em até 0,4 ponto percentual, caso o cliente comprove, após o período de carência, ter alcançado as metas de redução de emissão de CO2 definidas pelo programa, explicou o banco.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 28/01/2021
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BATE RECORDE EM 2020
Publicado em 01/28/2021 as
08:16 PM
País produziu, em média, 2,938 milhões de barris/dia no ano passado, alta de 5,5% em relação a 2019, segundo ANP
Por André Ramalho — Do Rio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/G/s/IJzvzXQ0220AfqKCJVMA/foto28emp-101-petro-b3.jpg)
O Brasil produziu, em média, 2,938 milhões de barris diários no ano passado, o que representa alta de 5,5% em relação a 2019, segundo números da ANP — Foto: Marcos Ramos/Agência O Globo
País produziu, em média, 2,938 milhões de barris/dia no ano passado, alta de 5,5% em relação a 2019, segundo ANP
A produção brasileira de petróleo bateu recorde em 2020. Num ano marcado por uma contração sem precedentes da demanda global, o país produziu, em média, 2,938 milhões de barris diários no ano passado, o que representa alta de 5,5% em relação a 2019, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para 2021, a expectativa é que a indústria petrolífera brasileira atinja novo patamar histórico.
Diretora da Petrobras vê avanços no refino
O ano de 2020 foi o segundo ano consecutivo de crescimento da produção no Brasil. O novo recorde ocorre mesmo depois de um segundo semestre mais fraco. Os volumes de petróleo produzido no país estão em queda desde agosto. Em dezembro, houve redução de 1% ante novembro, para 2,726 milhões de barris/dia.
A retração verificada nos últimos meses pode ser explicada pela concentração de paradas programadas em plataformas na segunda metade do ano. Devido aos impactos da pandemia de covid-19 sobre as atividades a bordo, a Petrobras acabou adiando, para o quarto trimestre de 2020, as atividades de manutenção previstas inicialmente para o primeiro semestre. As paradas afetaram os principais campos do Brasil, inclusive os dois maiores ativos do pré-sal da Bacia de Santos: Tupi (ex-Lula) e Búzios, que, juntos, responderam, em dezembro, por quase a metade de todo o petróleo do país.
Segundo a S&P Global Platts, a produção brasileira dá os primeiros sinais de recuperação no início de 2021. A retomada, porém, tem ocorrido num ritmo abaixo do esperado. Mesmo assim, a empresa projeta crescimento de 120 mil barris/dia na produção do Brasil em 2021 e de 150 mil barris/dia em 2022, o que deve garantir a manutenção da trajetória ascendente da curva de produção nacional nos próximos anos.
A S&P Global Platts destaca que os dados preliminares de produção da primeira quinzena de janeiro sugerem o primeiro aumento nos volumes de óleo produzido no Brasil desde agosto, num sinal de que as atividades de manutenção estão finalmente diminuindo. A produção do pré-sal nas duas primeiras semanas do ano, por exemplo, foi de 2,06 milhões barris/dia, na média, o que representa aumento de 140 mil barris/dia em relação a dezembro.
No entanto, a expectativa da empresa é de que a produção brasileira só retomará, em março, os níveis anteriores às atividades de manutenção. Apesar do crescimento do pré-sal, o volume produzido no Brasil, como um todo, ainda permanece cerca de 150 mil barris/dia abaixo do período pré-paradas.
“Como resultado da recuperação mais lenta do que o esperado, construímos uma previsão de aumento mais gradual para o primeiro trimestre. Esperamos, agora, que a produção do Brasil alcance o nível de pré-manutenção em março de 2021”, cita a S&P Global Platts, em relatório sobre o tema.
Até então, a empresa estimava para este mês a retomada completa da produção. “A recuperação observada em janeiro, embora atrasada, é um sinal de que não há problemas técnicos com os reservatórios, e que a queda na produção do pré-sal de agosto a dezembro foi decorrente puramente de manutenção e temporária”, ressalvou.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 28/01/2021
PETROBRAS: NÃO DEFENDO COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS, MAS DECISÕES RACIONAIS, DIZ CASTELLO BRANCO
Publicado em 01/28/2021 as
08:15 PM
“Não vamos investir em energias renováveis só porque os outros estão investindo; vamos investir naquilo que sabemos fazer bem: produção de óleo e gás”, disse
Por André Ramalho e Gabriela Ruddy, Valor — Rio
A Petrobras vai continuar a ser um fornecedor de energia a custos baixos, em meio à transição para uma economia de baixo carbono, mas não tem como prioridade investimentos em energias renováveis, de acordo com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
“Nós não vamos investir em energias renováveis só porque os outros estão investindo. Nós não temos competência nessa área, somos humildes, não vamos sair comprando usinas eólicas offshore ou investindo em transmissão de energia e outras coisas mais. Nós vamos investir naquilo que sabemos fazer bem: produção de óleo e gás”, disse o executivo nesta quinta-feira, durante evento virtual promovido pelo Credit Suisse.
O presidente da companhia acrescentou que a empresa ainda vê um amplo campo para o petróleo e para o gás, em meio à transição energética. Os esforços da companhia nesta área, no momento, estão voltados para a redução de emissões de carbono e metano, principalmente no refino, acrescentou.
“O mundo do petróleo gera enorme valor para a economia global, para as sociedades. A maioria das coisas que fazemos no cotidiano seriam inviáveis, não fossem os combustíveis fósseis. Não defendo combustíveis fósseis, mas decisões racionais”, complementou Castello Branco.
Avanço em exploração
A Petrobras vai perfurar 58 poços exploratórios até 2025, aumento de 50% em relação ao quinquênio de 2016 a 2020, de acordo com o presidente da petroleira.
Ele acrescentou que a estatal vai continuar a investir na Bacia de Santos (SP), assim como também apostará em iniciativas exploratórias na Margem Equatorial, região considerada de nova fronteira, devido ao baixo nível de atividades até agora.
Na área de refino, Castello Branco destacou as economias feitas com a aplicação de novas tecnologias, como a adoção de “digital twins” (gêmeos digitais), que gerou ganhos de US$ 200 milhões à petroleira em 2020.
Gás da Bolívia
A Petrobras fechou um contrato de fornecimento de gás interruptível de 5 milhões de metros cúbicos por dia com a estatal boliviana YPFB, devido ao aumento da demanda para geração termelétrica, de acordo com Castello Branco.
A continuidade do acordo, no entanto, dependerá das condições do sistema elétrico.
“Com a seca prolongada, a demanda por gás se elevou muito”, afirmou. Ele lembrou que a companhia reduziu, no ano passado, a compra do gás boliviano, o que abriu espaço para outros compradores. “A iniciativa privada não se apresentou para importar”, acrescentou.
Negociação sobre NTS na reta final
A Petrobras está em fase final de negociações para a venda dos 10% remanescentes que detém na Nova Transportadora Sudeste (NTS), assim como para a venda da Gaspetro, afirmou Castello Branco.
“Em relação ao gás, estamos bastante adiantados, mas em relação ao refino houve um atraso [na venda de ativos], em função da pandemia, que atrasou a finalização de processos de due diligence”, acrescentou o executivo.
No momento, a companhia está na fase final de negociação para os acordos de venda de cinco das oito refinarias incluídas em seu processo de desinvestimentos: a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Refinaria Isaac Sabbá (Reman), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) e a Refinaria Landulpho Alves (Rlam).
Castello Branco acrescentou que a empresa já está discutindo as propostas entregues pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar, e que trabalha para lançar os anúncios para o recebimento e propostas vinculantes para a Refinaria Gabriel Passos (Regap) e para a Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
Fatia em Búzios
O presidente da Petrobras sinalizou que a companhia não tem a intenção de reduzia a sua fatia de 90% no projeto dos excedentes da cessão onerosa do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
Pelo contrário, o executivo disse que, se eventualmente os sócios chineses CNODC e CNOOC quiserem se desfazer do ativo, a estatal brasileira pode vir a aumentar a sua exposição no projeto.
“Acreditamos que nossa participação de 90% [em Búzios] está ok. Se os chineses quiserem vender, tudo bem, compramos e ficaremos felizes”, afirmou.
Segundo Castello Branco, Búzios será responsável pelo aumento da produção da Petrobras entre 2025 a 2030.
O acordo de coparticipação entre a Petrobras e os chineses, no projeto, está previsto para este ano.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 28/01/2021
DIRETOR DO BC DIZ QUE SERÁ LANÇADA CONTA SALÁRIO NO PIX
Publicado em 01/28/2021 as
08:13 PM
Modalidade vai permitir movimentações na conta salário por meio do sistema de pagamentos instantâneos
Por Fabrício de Castro, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, informou nesta quinta-feira, 28, uma série de produtos ligados ao Pix - o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos - que serão lançados ao longo do ano de 2021. Entre eles está a conta salário no Pix, para permitir movimentações na conta salário por meio do sistema.
Pinho de Mello citou ainda, para este ano, a integração dos aplicativos dos participantes do Pix com a lista de contatos nos smartphones dos usuários. “Isso visa a aperfeiçoar a experiência do usuário ao facilitar a identificação, entre seus contatos, de quem possui chave Pix registrada”, explicou.
Outra novidade será a criação de um mecanismo de devolução de recursos, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes. “Esse mecanismo de devolução é mais uma inovação que será agregada às regras Pix e proverá uma proteção adicional para os usuários. Além disso, permitirá uma maior eficiência no processo de devolução de recursos indevidamente creditados”, disse.
Uma inovação prevista para 2021 é a do saque Pix, que permitirá retiradas de recursos pelos usuários em estabelecimentos comerciais. O BC também pretende lançar este ano o Pix por aproximação e o iniciador de pagamentos no sistema.
Nesse segundo caso, o desenvolvimento seguirá “o cronograma estabelecido no open banking (compartilhamento dos dados dos clientes), para permitir que os iniciadores possam ser participantes do Pix assim que todas as especificações técnicas que estão sendo definidas no open banking estejam implantadas, agregando ainda mais competição no arranjo”, disse Pinho de Mello.
O open banking é o sistema de compartilhamento de dados dos clientes entre as instituições financeiras. Sua primeira fase será lançada na próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro.
Em sua fala, Pinho de Mello também destacou o sucesso do Pix, lançado no fim do ano passado. “A quantidade de Pix em janeiro já ultrapassou a quantidade de TEDs e DOCs somados, em apenas pouco mais de dois meses de operação plena”, disse, na abertura da 12ª Reunião Plenária do Fórum Pix, promovida pelo Banco Central.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 28/01/2021
CNT PEDE SEGURANÇA NAS ESTRADAS PARA GARANTIR ABASTECIMENTO EM CASO DE GREVE DOS CAMINHONEIROS
Publicado em 01/28/2021 as
08:13 PM
Presidente da Confederação Nacional do Transporte negou apoio a uma eventual paralisação, que está sendo programada para a semana que vem
Por André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Confederação Nacional do Transporte (CNT) negou nesta quinta-feira, 28, qualquer tipo de apoio a uma eventual paralisação de caminheiros, que ameaçaram iniciar uma nova greve em todo o País.
Por meio de nota, o presidente da CNT, Vander Costa, declarou que “não apoia nenhum tipo de paralisação de caminhoneiros e reafirma o compromisso do setor de transportador com a sociedade”.
Segundo a CNT, “se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do País, desde que seja garantida a segurança nas rodovias”. Em 2018, na paralisação que durou 11 dias, caminhoneiros que não quiseram aderir ao movimento chegaram a ser agredidos.
O governo acompanha o assunto de perto. Na quarta-feira, 27, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo aos caminhoneiros para que desistam da paralisação da categoria, programada para a semana que vem. Ele confirmou a intenção do governo de reduzir tributos sobre o diesel para aliviar a pressão do reajuste do combustível sobre o bolso dos caminhoneiros, mas ressaltou que “não é uma conta fácil de ser feita”.
Cada centavo de redução no PIS/Cofins sobre o diesel teria impacto de R$ 800 milhões nos cofres públicos. Bolsonaro esteve na quarta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sede da pasta e um dos assuntos do encontro foi justamente a possibilidade de compensar os caminhoneiros pelo aumento no preço do diesel.
“Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia, apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder”, pediu o presidente.
O governo tem dito que as associações que chamaram a paralisação não são representativas do setor e que neste momento o preço do frete está alto por causa da safra agrícola.
Em 2018, o então deputado Jair Bolsonaro defendeu a greve de caminhoneiros que protestavam contra a alta no preço dos combustíveis. “Os caminhoneiros buscam soluções para esses problemas, que interessam aos 200 milhões de brasileiros. Não têm encontrado eco no Legislativo. Sobrou-lhes o Executivo, que teima a se omitir. Somente a paralisação prevista a partir de 2ª feira poderá forçar o presidente da República a dar uma solução para o caso”, disse Bolsonaro, em vídeo divulgado em redes sociais.
Naquele ano, a greve provocou uma crise de abastecimento no País e com fortes impactos sobre o crescimento da economia. O Ministério da Fazenda calculou em R$ 15,9 bilhões o prejuízo à economia provocado pela paralisação.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 28/01/2021
ANATEL VOTA EDITAL DO LEILÃO DO 5G EM REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA NA SEGUNDA-FEIRA
Publicado em 01/28/2021 as
08:13 PM
Proposta levará, obrigatoriamente, à migração dos canais de televisão que hoje são transmitidos por antena parabólica para uma nova banda satelital
Por Anne Warth, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve aprovar o edital do leilão do 5G já no início da próxima semana. Os conselheiros marcaram reunião extraordinária na segunda-feira, 1º de fevereiro, às 10h, e o edital de licitação será o único item da pauta.
A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicação móveis. Ela promete velocidades até 20 vezes superiores ao 4G e permite um consumo maior de vídeos, jogos e ambientes em realidade virtual. O leilão do 5G está previsto para o fim do primeiro semestre.
O Estadão/Broadcast apurou que a Anatel deve propor o uso de todo o espectro da faixa de 3,5 GHz para o 5G, que totaliza 400 MHz. A frequência será dividida em cinco lotes de 80 MHz cada, sendo quatro de alcance nacional e um regional.
Essa proposta levará, obrigatoriamente, à migração dos canais de televisão que hoje são transmitidos por antena parabólica para uma nova banda satelital. A área técnica da Anatel já havia avaliado que os custos da migração seriam semelhantes aos da mitigação - que exigiria o uso de filtros e não seria uma solução definitiva.
Os usuários de baixa renda deverão receber kits para não perderem o acesso. Esse custo será bancado pelas empresas que vencerem o leilão, assim como o gasto de migração dos canais.
Apesar de toda a polêmica envolvendo os conflitos entre o governo e a China, a Huawei, principal fornecedora da tecnologia 5G, não será proibida de fornecer equipamentos às teles que disputarem o leilão. A proibição somente poderia ser concretizada por meio de decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro – o que, até o momento, não ocorreu.
O vice-presidente Hamilton Mourão já havia antecipado ao Estadão que não haveria veto a empresas chinesas. Segundo ele, os investimentos seriam abertos a todas as empresas que se adequassem aos critérios de segurança das redes impostos pela legislação brasileira e referendados pelo edital.
Com o agravamento da pandemia do novo coronavírus nas últimas semanas, o governo recuou e adotou um tom mais amistoso com a diplomacia chinesa. O Brasil depende de insumos produzidos pelo país asiático para a produção de vacinas contra a covid-19.
Para conduzir essas negociações, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, alinhado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho 03 do presidente, foi alijado das conversas.
Sem o chanceler, as reuniões foram conduzidas pelos ministros Fábio Faria (Comunicações), Tereza Cristina (Agricultura) e Eduardo Pazuello (Saúde) e representantes da Embaixada da China no Brasil. O governador de São Paulo, João Doria, também conversou diretamente com os diplomatas chineses.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 28/01/2021
PRESIDENTE DA PETROBRÁS DIZ QUE CUSTO DO DIESEL É PROBLEMA DA IDADE DA FROTA DE CAMINHÕES
Publicado em 01/28/2021 as
08:12 PM
Para Castello Branco, preço do combustível tem sido tema de 'comentaristas de futebol' que dão opinião sem fundamentos técnicos; após reajuste de 4,4%, caminhoneiros intensificaram as ameaças de paralisação no início de fevereiro
Por Fernanda Nunes e Denise Luna, O Estado de S.Paulo
RIO - O preço do óleo diesel da Petrobrás tem sido alvo de pressão por parte de alguns grupos com interesses particulares e também tema de "comentaristas de futebol" que dão opiniões sem fundamentos técnicos, disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em evento virtual do banco Credit Suisse nesta quinta-feira, 28. Para o executivo, o preço do diesel não é um problema da Petrobrás, mas da idade da frota de caminhoneiros autônomos e da condição das estradas brasileiras.
Nesta semana, a empresa elevou o preço do diesel em 4,4%, a primeira alta do ano. Com o anúncio do reajuste, caminhoneiros intensificaram as ameaças de paralisação no início de fevereiro, em protesto ao aumento do custo do transporte rodoviário, que tem no diesel um dos seus principais componentes.
O Ministério da Economia já avalia a redução de PIS/Cofins sobre o diesel. Técnicos alertam, porém, que a medida só vai para frente se houver compensação, ou seja, elevação de outro tributo ou corte de subsídio. As opções ainda estão sendo analisadas pela área econômica.

O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil - 13/8/2019
Na quarta-feira, 27, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo aos caminhoneiros para que desistam da greve.
Sem citar nomes de entidades representantes de caminhoneiros, Castello Branco disse, durante o evento, que grupos de pressão têm recorrido a políticos para pressionar o governo federal a interferir nos preços dos combustíveis. "Todo mundo sabe onde bater, como se o grande vilão fosse a Petrobrás. A Petrobrás não será mais a vilã. A Petrobrás hoje pratica preços de paridade internacional", afirmou.
Castello Branco argumenta que há frota com idade média de 20,5 anos. "São caminhões antigos, altamente consumidores de diesel, que fazem em média 2 km com 1 litro de diesel. O custo do diesel é muito mais alto para eles e o custo de manutenção, evidentemente, é mais alto. Não é um problema da Petrobrás", alegou.
Na defesa da companhia, disse ainda que costuma passar pela estrada Rio-Petrópolis, que, em sua opinião, "é de péssima qualidade", apesar de ser uma concessão. "Imagina as estradas que não têm pedágio? Muitas delas são de terra, que impõem custos muito altos aos transportadores rodoviários de carga", acrescentou.
Ele ainda ironizou o fato de a empresa ser criticada, simultaneamente, por praticar preços baixos e elevados do diesel. De um lado, os caminhoneiros reclamam que o combustível está caro. Do outro, importadores acusam a empresa de adotar valores abaixo dos de importação para inibir a concorrência.
"Isso é como discussão sobre futebol. Todo mundo quer dar sua opinião. Existe toda uma literatura econômica sobre repasse de preços", afirmou o presidente da estatal, enfatizando que, em 2019 e 2020, a Petrobrás manteve seus preços alinhados ao mercado externo. "A paridade de preço de importação não é um valor absoluto. Temos custos , acesso a preços, capital de giro e condições de logística diferentes", argumentou.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 28/01/2021
ALEMANHA NÃO VAI APLICAR VACINA DE OXFORD EM IDOSOS; REINO UNIDO MANTÉM RECOMENDAÇÃO
Publicado em 01/28/2021 as
08:12 PM
Comitê de vacinas alemão sugeriu que imunizante seja usado apenas em pessoas com idade entre 18 e 64 anos; primeiro ministro britânico diz que é eficaz para todas as idades
Da Redação, O Estado de S.Paulo
BERLIM - O comitê de vacinas da Alemanha informou que o imunizante contra covid-19 desenvolvido pela AstraZeneca deve ser aplicado apenas em pessoas com idade entre 18 e 64 anos. A recomendação foi feita nesta quinta-feira, 28, às vésperas de o órgão regulador da Europa julgar se a vacina poderá ser utilizada nos países do continente. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, discordou da afirmação e disse que o imunizante é eficaz para pessoas de todas as faixas etárias.
Por comunicado, o comitê alemão, Stiko, disse que "atualmente, não há dados suficientes disponíveis para avaliar a eficácia da vacina a partir dos 65 anos de idade". A nota, aprovada pelo ministério da saúde alemão, acrescentava que "a vacina AstraZeneca, ao contrário das vacinas de mRNA, só deve ser oferecida a pessoas com idade entre 18 e 64 anos", acrescentou.

Alemanha diz que faltam estudos sobre eficácia da vacina da AstraZeneca em idosos. Foto: REUTERS/Dado Ruvic
Perguntado sobre a avaliação alemã, Johnson comentou: “Não concordo com isso. Nossas próprias autoridades deixaram muito claro que acham que a vacina Oxford/AstraZeneca é muito boa e eficaz”.
A declaração foi feita em visita a uma fábrica de vacinas na Escócia. “A evidência que eles viram, que eles receberam, é de que eles acham que é eficaz em todos os grupos etários, e fornece uma boa resposta imune em todos os grupos etários.”
A avaliação da Stiko foi baseada nos mesmos dados de teste publicados pela revista médica The Lancet em 8 de dezembro. Também em dezembro, a União Europeia aprovou o desenvolvimento da vacina da Pfizer, que é feita em parceria com o laboratório alemão BioNTech, e, em janeiro, autorizou a aplicação do imunizante da Moderna.
A AstraZeneca ainda não comentou a recomendação feita pelos alemães. Na segunda-feira, a farmacêutica negou que sua vacina contra covid-19 não seja eficaz para pessoas com mais de 65 anos. A declaração foi feita depois após cientistas declararem na imprensa alemã que temiam que a vacina não fosse aprovada na União Europeia para uso em idosos.
O ministério da saúde alemão disse que das 341 pessoas vacinadas no grupo com 65 anos ou mais, apenas uma foi infectada com o coronavírus, o que significa que o painel de especialistas em vacinas não conseguiu obter uma declaração estatisticamente significativa sobre essa faixa etária.
O presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que a empresa tinha menos dados do que outras farmacêuticas sobre os idosos porque começou a vacinar os idosos mais tarde. "Mas temos dados sólidos que mostram uma produção muito forte de anticorpos contra o vírus em idosos, semelhante ao que vemos em pessoas mais jovens”, disse Soriot ao jornal Die Welt em entrevista no início desta semana.
A Alemanha também enfrenta o problema com doses limitadas de vacina depois que a Pfizer e a AstraZeneca anunciaram atrasos nas entregas nas últimas semanas. O ministro da Saúde, Jens Spahn, alertou que a escassez duraria até abril.
Em dezembro, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar o uso da vacina desenvolvida pela AstraZeneca. O governo do país disse que não recomendaria uma vacina em vez de outra para diferentes grupos da população, embora os dados sobre a eficácia da vacina AstraZeneca em idosos sejam atualmente limitados.
O imunizante começou a ser aplicado em janeiro, em uma campanha que tem como alvo pessoas mais velhas. Mais de 7 milhões de pessoas já receberam a primeira dose. A Grã-Bretanha também tem usado a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech. /REUTERS
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 28/01/2021
COM PIORA DA PANDEMIA, GOVERNO ESTUDA FACILITAR MEDIDA PARA EMPRESAS CORTAREM JORNADA E SALÁRIO
Publicado em 01/28/2021 as
08:12 PM
Ideia é usar recurso que já existe e pelo qual é possível suspender o contrato de trabalho por até cinco meses; empresários querem volta de programa lançado no ano passado, mas compensação paga pelo governo aumentaria os gastos públicos
Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Ministério da Economia estuda aprimorar e simplificar instrumento que já existe e pelo qual as empresas, em momentos de crise, podem suspender o contrato de trabalho (mecanismo conhecido como lay-off) por até cinco meses, enquanto os trabalhadores receberiam o seguro-desemprego.
Essa é uma das alternativas em estudo pela equipe econômica para substituir o Programa de Preservação do Emprego e Renda, criado pelo governo e considerado um dos mais bem-sucedidos entre as medidas de enfrentamento da primeira onda da covid-19. Nesse programa, era possível firmar acordos de redução de jornada e salário ou suspensão de contrato, mediante uma compensação paga pelo governo, o chamado benefício emergencial (BEm).

O Ministério da Economia montou um grupo de trabalho para debater a redução de jornada e salário. Foto: Marcos Correa/PR
Não está descartada a possibilidade de renovação do BEm, mas o Ministério da Economia montou um grupo de trabalho que estuda outras alternativas para tentar contornar a restrição fiscal. A edição de 2020 do programa foi feita com base no estado de calamidade pública e no orçamento de guerra, que retirou as amarras fiscais do Orçamento para abrir caminho aos gastos da crise. Ambos perderam efeito em 31 de dezembro de 2020.
A pressão do setor empresarial pela renovação do BEm se intensificou nos últimos dias, após diversas cidades aumentarem as restrições do comércio. O setor de bares e restaurantes é o que mais levanta a bandeira, embora o comércio em geral tenha interesse na medida com a possibilidade de prefeitos decretarem medidas mais duras de distanciamento ou até lockdown.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro levou a tiracolo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, até o gabinete do ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar uma solução. Na saída, Bolsonaro prometeu uma resposta em até 15 dias sobre a possibilidade de nova ajuda ao setor. Ele pregou que as cidades não decretem novas restrições de circulação.
Restrições
Na semana passada, por causa da alta de infecções pela covid-19, o governo de São Paulo anunciou regras mais restritivas para o funcionamento do comércio. Em Belo Horizonte, desde o início do mês, também vigoram medidas de fechamento com prioridade para atividades essenciais. “Tem um Estado que ao fechar tudo a partir das 20h e sábado e domingo, também, atinge diretamente o coração de garçons, donos de bares e de eventos, bem como o mesmo problema está acontecendo na capital BH (Belo Horizonte)”, disse Bolsonaro. O governo paulista reagiu e, em nota, disse esperar que o presidente “pare de sabotar publicamente as medidas restritivas” para conter a pandemia.
No ano passado, o governo permitiu com o BEm não só a suspensão de contratos, mas também a redução de jornada e salário em até 70%. Agora, a ideia é facilitar o emprego do lay-off. Na forma atual, o lay-off permite ao trabalhador receber o seguro-desemprego, mas só pode ser adotado se aprovado por acordo coletivo e desde que o trabalhador participe de um curso de qualificação presencial. O modelo foi criado no passado em apoio à crise das montadoras e é considerado ainda burocrático.
Por isso, pode sofrer aperfeiçoamentos. O governo estuda permitir a adoção do lay-off por meio de acordo individual e a realização do curso de qualificação de forma remota.
Seguro-desemprego
Outra opção é retomar uma ideia ventilada ainda no início da pandemia, de permitir a adoção das medidas de redução de jornada e salário prevendo um adiantamento do seguro-desemprego, com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). Essa proposta acabou não vingando porque enfrentou resistências de quem temia que o trabalhador fosse demitido e ficasse sem nada a receber – o que levou o governo a pagar o BEm com recursos dos cofres públicos. Para tentar contornar o problema, está sendo pensado algum mecanismo que garanta estabilidade para o trabalhador não ser demitido logo no fim do acordo e ficar sem o seguro-desemprego. O problema é que as empresas não são simpáticas à proposta de estabilidade.
Segundo as fontes envolvidas nas negociações, não é intenção da equipe econômica fazer programas setoriais. O que for feito será para todas as empresas.
Presente na reunião com Guedes e Bolsonaro, Solmucci explicou ao Estadão/Broadcast que dois terços das empresas do setor de bares e restaurantes estão com dificuldades para pagar tributos, e a maioria teme não ter dinheiro para começar a pagar este ano os empréstimos subsidiados contratados no ano passado, no auge da crise. Ter de pagar salários a funcionários que não estão conseguindo trabalhar sua carga horária plena seria a pá de cal na sobrevivência desses negócios.
O economista-chefe da Confederação Nacional de Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, aposta que o governo vai renovar o BEm. “Se continuar como está, com o comércio fechando em alguns lugares, como em São Paulo”, disse. Segundo ele, o Brasil ainda precisa do programa de manutenção do emprego diante do cenário de recrudescimento da pandemia. Para ele, o fim do BEm coincidiu com perspectivas negativas para o PIB no primeiro trimestre de 2021. Com esse cenário e sem o auxílio emergencial, Freitas defende o programa para minimizar o desemprego.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 28/01/2021
INADIMPLÊNCIA TERMINA 2020 EM 2,9%, O MENOR PATAMAR DA HISTÓRIA
Publicado em 01/28/2021 as
08:12 PM
Estímulos a renegociações de financiamentos e o auxílio emergencial ajudaram a reduzir a taxa
Por Gabriel Shinohara
BRASÍLIA — Depois de ter subido no período mais crítico da crise econômica causada pelo coronavírus, a taxa de inadimplência no sistema financeiro fechou 2020 no menor patamar da série histórica, iniciada em 2011. O indicador ficou em 2,9% em dezembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central.
Foi a sétima queda seguida, após o percentual de calote ter chegado a 4% em abril, no início da pandemia. O movimento ocorreu tanto em recursos para pessoas físicas quanto para empresas.
Para pessoas físicas, a inadimplência estava em 5,5% em abril e atingiu 4,2% em dezembro. Já no caso de empresas, a taxa passou de 2,4% para 1,4%, no mesmo período.
O movimento está diretamente relacionado às medidas para aliviar os efeitos da crise adotadas no ano passado. O auxílio emergencial ajudou a manter a renda de muitas famílias, o que pode ter contribuído para que elas pagassem dívidas ou mesmo evitassem deixar de pagar alguns compromissos, afirmam especialistas.
Em outra frente, instituições financeiras de modo geral, estimuladas pelo Banco Central, passaram a renegociar contratos de empréstimos para evitar o calote nesses compromissos. Em aguns casos, essas renegociações previam aumento dos prazos de pagamento ou um período de carência.
O economista-chefe do TCP Partners, Ricardo Jacomassi, ressalta que essas duas medidas foram importantes para reduzir a inadimplência, mas as taxas devem voltar a subir, principalmente no segundo semestre deste ano.
— Nós tinhamos um modelo que estava prevendo o fechamento de empresas de uma ordem bastante agressiva e quando teve essa medida que foi a postergação das linha de crédito e ao mesmo tempo os estímulos como o proprio auxílio emergencial, a gente teve que revisar essa modelagem, porque você está jogando o problema um pouco mais para frente — afirma.
Apesar dos dados do BC, o fim das medidas emergenciais em 2021 já acendeu o sinal de alerta em empresas. Como mostrou o GLOBO, pequenas empresas já relatavam ter contas em atraso ainda em novembro e temem o efeito da retirada dos estímulos.
Juros
Ao longo do ano, as taxas de juros também registraram queda. Para empresas, a média em janeiro era de 17,6% ao ano e para pessoas físicas, 45,7% ao ano. Já em dezembro, esses números caíram para 11,7% e 37%, respectivamente.
Banco Central: Com fim do auxílio emergencial e pandemia, país pode ter ‘reversão temporária’ de retomada econômica
O economista Miguel Ribeiro, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), ressalta que várias operações tradicionais registraram alta nas taxas, como no cartão de crédito de empresas, e outras se mantiveram, como o capital de giro, mas no geral as condições econômicas derrubaram os juros.
— Nas operações mais tradicionais, as taxas até subiram, mas quando você vê no contexto todo, tem que você tem renegociação de dívidas, operações especiais, esssa acabaram tendo taxas menores e fizeram com a taxa média apresentasse uma pequena redução.
As taxas de juros do cartão de crédito rotativo foi uma das modalidades que tiveram um comportamento contrário. Elas terminaram o ano em alta, atingindo 328,1% ao ano. Em janeiro, essa taxa estava em 316,7%.
Nesse caso, Ribeiro explica que é um efeito do aumento do risco de não pagamento.
— É uma das linhas que tem o maior percentual de risco de crédito, primeiro porque a taxa de juros é muito alta e acaba encarecendo e é a primeira coisa que a pessoa acaba deixando de pagar, acaba entrando no rotativo.
Já as taxas do cheque especial, que no início do ano foram limitadas a 8% ao mês pelo Banco Central, continuam bem abaixo desse teto. Ao longo do ano, ela variou de 7,6% em janeiro a 6,4% em junho, fechando o ano em 6,6% ao mês.
Concessões
As concessões de crédito subiram 1,2% durante o ano, puxado pelos financiamentos para empresas, que aumentou 4,8%, em contraste com as concessões para pessoas físicas, que caiu 2,1%.
Para o Banco Central, a expansão do crédito é relacionada diretamente aos programas que estimularam os financiamentos para pequenas empresas, como o Pronampe, que foi muito procurado durante o ano.
Esse aumento pode ser visto nas concessões de capital de giro, por exemplo, que dá mais liberdade para os gastos das empresas, registrou altas históricas. Em um ano, a alta foi de 68,4%, subindo de R$ 16,8 bilhões em janeiro para R$ 31,2 bilhões em dezembro.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, explica que o comportamento das concessões de capital de giro mudou durante o ano.
No início da crise, a procura era maior para financiamentos de mais curto prazo, devido às incertezas. Depois, com o cenário mais consolidado, o crédito com prazo mais longo começou a ser mais demandado.
— No momento mais agudo da crise, que tinha mais incerteza, havia uma demanda por operações de curto prazo para dar mais liquidez. Depois elas continuaram no valor mais significativo, mas quando chega no final do ano já há um valor equivalente ao do ano passado. Quando a gente olha o capital de giro acima de 365 dias, que é a parte mais relevante da conta, a gente vê uma aceleração depois do curto prazo — disse Rocha.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
BRASIL CRIA 142 MIL VAGAS COM CARTEIRA ASSINADA EM 2020, APESAR DA PANDEMIA
Publicado em 01/28/2021 as
08:11 PM
Governo atribui resultado a programa de redução de salário e jornada de trabalhadores, mas saldo é o pior desde 2017. Entre mulheres, há perda de emprego
Por Manoel Ventura

Resutado da geração de empregos com carteira assinada foi positivo mesmo com a pandemia Foto: Agência O Globo
BRASÍLIA — Num ano marcado pela pandemia de Covid-19 e a crise econômica causada pela doença, o Brasil conseguiu abrir 142.690 vagas com carteira assinada. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2020 foi divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.
O saldo do emprego formal em 2020, apesar de positivo, foi o pior registrado desde 2017, quando o país fechou 11,9 mil vagas. E há forte diferença de acordo como gênero. Enquanto as admissões são maiores que as demissões no caso dos homens, entre as mulheres, há perda de postos de trabalho.
O governo atribuiu o resultado às medidas de estímulo à economia tomadas no ano passado. A principal ação foi permitir a redução da jornada e do salário dos empregados, com parte da renda do trabalhador sendo compensada pelo governo. De abril a dezembro de 2020, 9,8 milhões de empregados formais tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
O programa criado pela Medida Provisória (MP) 936 se encerrou em dezembro. Mas o governo avalia uma alternativa à medida neste início de ano, a pedido de empresários. A opção em estudo é adaptar modelo de 'lay-off', que não exige complementação salarial da União.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que a criação de empregos formais em 2020 é uma “grande notícia”.
— Em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, criamos 142 mil novos empregos. A prioridade para o Brasil agora é saúde, emprego e renda. Esperamos que, assim que o Congresso retorne, resolvido o problema das novas lideranças e presidências da Câmara e do Senado, que o Brasil possa avançar com as reformas — disse Guedes.
O presidente Jair Bolsonaro também comemorou o resultado:
— Foi anunciado agora há pouco o dado do Caged. Nós terminamos o ano de 2020 com mais gente com carteira assinada do que dezembro de 2019. Ou seja, mesmo durante a pandemia, tivemos perda de empregos, abril, maio, depois recuperamos isso daí.
O Brasil registrou resultados positivos na geração de empregos entre julho e novembro. Em dezembro, voltou a fechar postos de trabalho (uma retração de 67.906), o que é considerado sazonal.
Apesar dos números positivos no ano, ainda não foi possível recuperar as perdas registradas durante o auge da crise econômica causada pela pandemia.
Entre março e junho, o país perdeu 1,612 milhão de vagas. Nos meses seguintes, foram criados 1,431 milhão de postos. O saldo do ano é positivo porque é influenciado também pela criação de vagas entre janeiro e fevereiro, antes da crise, quando foram abertas 339,9 mil posições.
De janeiro a dezembro de 2020 foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. O estoque de empregos formais no país chegou a 38,9 milhões de vínculos.
No ano passado, apenas o setor de serviços, um dos mais afetados pela pandemia, demitiu mais que contratou, registrando um saldo negativo de 132.584 vagas de trabalho. A construção civil criou 112.174 postos e a indústria 95.588 vagas. Os setores da agropecuária (+61.637) e o comércio (8.130) também abriram vagas com carteira.
Rio na contramão
O estado do Rio continua destoando do restante do país. No ano passado, o estado fechou 127.155 postos de trabalho formal, de longe o pior resultado entre os estados do país.
Em 2020, a pandemia fez o setor de serviços do Rio destruir 86.900 vagas de trabalho com carteira assinada. Mas o comércio, a indústria e a construção também fecharam postos de trabalho, na contramão do país.
— É um número que dói bastante. O estado passa por um processo de degradação econômica há décadas. E a gente não pode dissociar a situação econômica do Rio de Janeiro com a situação política local. A explicação para o Rio de Janeiro não é trivial — disse o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, citando também a economia do estado baseada no comércio e no serviço.
Empregos formais
O dado do Caged se refere apenas à geração de vagas formais de trabalho e não inclui informais. Isso explica, em parte, porque o desemprego medido pelo IBGE sobe mesmo com o saldo positivo de abertura de vagas com carteira assinada.
Levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira aponta que a taxa de desemprego já chega a 14,1%, maior percentual desde novembro de 2012, e atinge 14 milhões de brasileiros à procura de uma vaga.
A pesquisa do IBGE abrange também trabalhadores informais e por conta própria, por meio de um levantamento por amostragem.
Mulheres não encontram emprego
Os dados do Caged mostram uma geração de vagas desigual no ano passado. Enquanto para os homens foi registrado um saldo positivo de 230,2 mil vagas no ano passado, para as mulheres as demissões superaram as contratações em 87,6 mil vagas.
As contratações no ano passado privilegiaram também trabalhadores com ensino médio completo. Houve fechamento de vagas para trabalhadores com ensino superior completo e com ensino fundamental.
O recorte por idade também mostra o crescimento das vagas para trabalhadores com 18 a 24 anos, enquanto houve fechamento de postos para todos os trabalhadores a partir de 30 anos.
O salário médio de admissão de trabalhadores com carteira assinada ficou em R$ 1.777,30 de janeiro a dezembro de 2020, segundo dados do Caged. De acordo com o Ministério da Economia, houve um aumento real de R$ 62,66 no salário médio, uma variação de 3,65% em relação ao ano passado.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
ECONOMIA DOS EUA ENCOLHE 3,5% EM 2020, MAIOR TOMBO DESDE 1946
Publicado em 01/28/2021 as
08:11 PM
Setor mais afetado foi o de serviços. Mais de 8 milhões de americanos foram levados à pobreza com a crise
Por Reuters

Lojas fechadas e ruas vazias em Nova York: PIB americano foi afetado pelo coronavírus Foto: TheNews2 / Agência O Globo
WASHINGTON - A economia dos EUA encolheu 3,5% em 2020, o maior tombo já registrado desde 1946, quando o país tentava se recuperar da Segunda Guerra Mundial. O PIB da maior potência econômica global foi fortemente afetado pela pandemia, que devastou empresas, principalmente do setor de serviços, como restaurantes e companhias aéreas, levando milhões de americanos ao desemprego e à pobreza.
A queda de 3,5% no ano passado se seguiu a um crescimento de 2,2% em 2019 e foi o primeiro recuo anual desde a crise financeira global de 2008/2009.
A economia mergulhou em recessão a partir de fevereiro do ano passado, quando o coronavírus começou a se espalhar pelo mundo.
Os dados, divulgados pelo Departamento de Comércio hoje, também mostram a perda de força da recuperação econômica no fim do ano, em meio ao aumento do número de infecções.
"A contração do PIB em 2020 refletiu a queda (nos gastos do consumidor), nas exportações, nos investimentos (privados e públicos), que foi parcialmente compensada pelos gastos do governo federal", detalha o Departamento de Comércio, especificando que "as importações diminuíram".
No quarto trimestre de 2020, o PIB cresceu a uma taxa anualizada de apenas 4%. É um ritmo bem menor que o registrado entre julho e setembro, quando a economia americana saltou 33%, em termos anualizados.
Freio no consumo
Pode-se argumentar que o resultado do terceiro trimestre foi recorde porque se seguiu também a uma retração histórica no trimestre anterior. Mas o fato é que, dizem analistas, a retomada vem desacelerando.
Como o vírus ainda não está sob controle, a expectativa dos economistas é que o crescimento reduza o ritmo ainda mais no primeiro trimestre de 2021, antes da eventual aprovação do pacote de estímulo anunciado por Joe Biden, de US$ 1,9 trilhão.
“Esperamos que haja mais crescimento no final da primavera e no verão [do hemisfério Norte, no fim do primeiro semestre e começo do segundo], à medida que o setor de serviços da economia se recupere”, disse Daniil Manaenkov, analista econômico da Universidade de Michigan, ao Walll Street Journal.
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa de juros próxima de zero na última quarta-feira e prometeu continuar injetando dinheiro na economia por meio da compra de títulos, observando que "o ritmo de recuperação da atividade econômica e do emprego se moderou nos últimos meses".
A perda de fôlego da economia americana no quarto trimeste se deve principalmente ao freio no consumo, que subiu 2,5% no quarto trimestre, abaixo das estimativas de mercado (3,1%).
Isso afetou o setor de serviços, o mais prejudicado com a recessão, impactando desproporcionalmente os trabalhadores com salários mais baixos, que tendem a ser de mulheres e minorias.
Isso levou a uma chamada "recuperação em forma de K", em que os trabalhadores mais bem pagos estão indo bem, enquanto os trabalhadores com salários mais baixos estão perdendo.
Corte de empregos em dezembro
As estrelas da recuperação ultimamente vinham sendo o mercado imobiliário e a indústria, pois aqueles que ainda estão empregados buscam casas maiores, longe dos centros das cidades, e compram equipamentos eletrônicos para escritórios domésticos e escolas.
A participação da indústria no PIB aumentou para 11,9%, de 11,6% no final de 2019.
Uma pesquisa realizada na semana passada por professores da Universidade de Chicago e da Universidade de Notre Dame mostrou que a pobreza aumentou 2,4 pontos percentuais para 11,8% no segundo semestre de 2020, atingindo 8,1 milhões de pessoas.
O aumento da pobreza foi sublinhado pela persistente fragilidade do mercado de trabalho. Em um relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho disse que mais 847 mil pessoas entraram com novos pedidos de seguro-desemprego estadual na semana passada.
A economia cortou empregos em dezembro pela primeira vez em oito meses. Dos 22,2 milhões de empregos perdidos em março e abril, apenas 12,4 milhões foram recuperados.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
AÇÕES DO IRB DISPARAM COM TENTATIVA DE REPRODUZIR CASO GAMESTOP NO BRASIL; BOLSA SOBE MAIS DE 2%
Publicado em 01/28/2021 as
08:11 PM
Grupo de investidores estariam apostando com papéis da empresa de seguros, que subiram 17%. Dólar avança e fecha a R$ 5,43
O Globo
SÃO PAULO E RIO - A Bolsa brasileira interrompeu a sequência de baixas, subindo 2,59% nesta quinta-feira, aos 118.883 pontos. O movimento veio na esteira dos ganhos das bolsas de Nova York. O giro financeiro foi de R$ 26,6 bilhões.
Segundo o Valor, a principal movimentação do dia veio das ações do IRB, que voltaram aos holofotes do mercado após a manifestação de investidores em redes sociais para forçar um “short squeeze” nos papéis da companhia, ou seja, para apertar as posições “vendidas” nas ações.
O grupo Short Squeeze IRB no Telegram, que foi criado na esteira da disparada da Game Stop nos Estados Unidos, já chega a mais de 20 mil participantes. As ações ordinárias do IRB dispararam e subiram 17,82%, aos R$ 7,67, no melhor desempenho do Ibovespa. O volume financeiro das ações atingiu quase R$ 1,4 bilhão - superando a média diária das sessões nos últimos 12 meses, de R$ 437 milhões.
Na quarta-feira, veio à tona a história da GameStop, que acumulava valorização no ano até ontem de 1.841%. Os investidores veteranos de Wall Street avaliavam que a tendência para o papel da empresa era de queda. Muitos fizeram então a chamada "venda a descoberto".
Trata-se de uma estratégia adotada quando se avalia que o preço de uma ação vai cair no futuro. O investidor não tem o papel em carteira, mas se compromete a comprá-lo adiante, com a expectativa de fazer isso a um valor mais baixo do que o da cotação atual e ganhar com a diferença de preços
Mas a compra em massa dos papéis da GameStop por investidores a partir de conversas em redes sociais fez com que as ações disparassem. Os que apostaram na baixa perderam cerca de US$ 1,6 bilhão em um único pregão.
O mesmo pode ocorrer com as ações do IRB no Brasil. Os papéis do IRB tiveram uma das maiores quedas do Ibovespa em 2020.
Já o dólar subiu 0,49%, cotado a R$ 5,43, em meio a dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia americana.
O PIB dos EUA encolheu 3,5% em 2020, maior tombo desde 1946. No quarto trimestre, cresceu 4%, pouco abaixo da expectativa de mercado, e indicando perda de fôlego da retomada.
Mas relatório do Departamento do Trabalho divulgado hoje mostrou que mais 847 mil pessoas entraram com novos pedidos de seguro-desemprego, número menor que o esperado.
Com isso, as bolsas americanas avançaram, impulsionadas ainda por forte começo para a temporada de balanços e de alívio em temores de novas vendas por fundos hedge para cobrir prejuízos em outras apostas.
Pesos pesados, incluindo Microsoft Corp, Amazon.com e Alphabet Inc, estiveram entre os maiores impulsos ao S&P 500, um dia depois de os três principais índices dos EUA sofrerem sua maior queda percentual diária em três meses.
O Dow Jones avançou 0,99%, seguido pelo S&P 500, com alta de 0,98%. A Bolsa Nasdaq ganhou 0,50%.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
HOSPITAIS APOSTAM EM CLÍNICAS EM AEROPORTOS E DENTRO DE EMPRESAS PARA DIVERSIFICAR SERVIÇOS
Publicado em 01/28/2021 as
08:11 PM
Einstein inaugura unidade no Aeroporto de Guarulhos, onde pretende fazer exame de coronavírus em até quatro horas; Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz investem em mercado corporativo
Por Ivan Martinez-Vargas
SÃO PAULO — O mais recente movimento de diversificação de serviços de grandes organizações privadas da área da saúde foi dado nesta quinta-feira (28) pelo Albert Einstein, com a inauguração da primeira clínica do hospital em um aeroporto, em Guarulhos, na Grande São Paulo. De acordo com especialistas no setor, essa tendência deve se ampliar nos próximos anos e acirrar a competitividade entre as grandes organizações de saúde. Outros grupos do setor, como Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz apostam no setor corporativo e preveem ampliar oferta de ambulatórios dentro de empresas.
A nova unidade do Einstein vai realizar o teste RT-PCR para detecção do coronavírus e promete entregar os resultados em no máximo quatro horas. Também oferece vacinas do calendário básico de imunização (como a que previne a febre amarela) e guichês para consultas por telemedicina.
— Na medida em que o deslocamento das pessoas, devido à pandemia, cada vez mais vai exigir a realização de testes negativos para o coronavírus, além de vacinas, vimos a oportunidade de colocar isso à mão de quem vai viajar — afirma o presidente do Albert Einstein, Sidney Klajner.
Segundo o executivo, a unidade é a primeira de uma série. Já há conversas para a instalação de uma clínica similar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
A clínica em Guarulhos fica localizada no terminal 3 e funciona 24 horas por dia. A capacidade instalada é para realização de 800 exames diários. O investimento para a instalação da unidade foi de R$ 2,7 milhões, segundo Klajner.
No futuro, de acordo com o executivo, as clínicas poderiam oferecer também vacinas contra o coronavírus, assim que elas estiverem disponíveis no mercado privado.
Expansão no mercado corporativo
O hospital Sírio Libanês, por outro lado, vai investir cerca de R$ 20 milhões para expandir sua rede de clínicas voltadas para atender o mercado corporativo.
A unidade de negócio, que faz a gestão de serviços de saúde de funcionários de grandes empresas, foi criada em 2018, e hoje é responsável pela atenção a 200 mil pessoas, a maioria na cidade de São Paulo.
— Nossa visão de negócio está direcionada para ser uma organização que investe em serviços de prevenção a doenças e promoção à saúde, com o serviço de ambulatórios, consultas e exames a grandes empresas — afirma Fabio Patrus, diretor de unidades externas e saúde corporativa do Sírio Libanês.
Os contratos são feitos em conjunto com a empresa cliente e a operadora de saúde que presta serviços a ela. Bancos como o Itaú e o Votorantim, além da Unimed Seguros e da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal são alguns clientes dos serviços.
A meta dessa unidade de negócios é crescer 25% neste ano, e gerir o atendimento a um público potencial de 250 mil pessoas até dezembro.
Para isso, o Sírio Libanês vai abrir cinco clínicas voltadas ao público corporativo na Grande São Paulo.
— Teremos uma nova unidade em cada região da cidade. Estamos analisando os bairros nas zonas Sul, Norte, Leste e Oeste, além de uma unidade ou na cidade de São Caetano do Sul ou em São Bernardo do Campo — diz Patrus.
As clínicas são equipadas com ambulatórios, consultórios para realização de consultas presenciais com especialistas, uma equipe multiprofissional e estrutura para atender a emergências de baixa complexidade, além da sala de medicação.
Segundo Patrus, uma das vantagens do serviço oferecido às grandes companhias é o aumento na qualidade do atendimento médico. Como os funcionários têm o histórico acompanhado por médicos de família que costumam desenvolver uma relação com o paciente, a tendência é que as consultas gerem menos pedidos de exames, o que reduz a sinistralidade dos planos médicos.
— A tendência dentro dessas clínicas é a de precisar menos exames. Na nossa rede, a média é de cinco pedidos de exame por consulta, nos ambulatórios corporativos é a metade, os médicos já conhecem os pacientes — diz ele.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, também quer expandir sua oferta de serviços ambulatoriais corporativos.
— Já temos sob gestão 20 mil pacientes em ambulatórios dentro de organizações como a (fabricante de celulose) Klabin e o hospital AC Camargo. Agora criamos uma área de negócios dedicada a esse mercado e queremos ter ambulatórios nas ruas — diz o diretor-executivo, Allan Paiotti.
Segundo ele, a organização prevê ter entre três e cinco clínicas em São Paulo. Podem ser implementadas pelo próprio Oswaldo Cruz ou por meio de parcerias com redes que já possuam clínicas privadas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
BELO MONTE: CONTA DE LUZ TERÁ IMPACTO DE R$ 1,3 BI COM AÇÕES PARA REDUZIR DANOS AMBIENTAIS, COMO AMEAÇA AO PACU
Publicado em 01/28/2021 as
08:09 PM
Segundo a Aneel, redução da vazão pedida pelo Ibama para preservar qualidade da água, navegação e espécies nativas vai onerar a tarifa de luz
Por Manoel Ventura

Casa de força principal da usina de Belo Monte, no Pará. Usina vive novo impasse entre geração de energia e proteção ao meio ambiente Foto: Norte Energia
BRASÍLIA — A restrição da geração de energia na hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, pedida pelo Ibama para reduzir impactos ambientais pode custar R$ 1,3 bilhão nas contas de luz de consumidores de todo país nos meses de janeiro e fevereiro.
Um dos problemas apontados pelo órgão ambiental é a redução da população de pacus, uma espécie de peixe da região do Xingu. Mas há evidências também de prejuízos para a população ribeirinha.
A conta foi feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em ofício encaminhado ao Ibama na quarta-feira. Se repassada ao consumidor, a cifra pode representar uma alta de 0,7%, em média, nas tarifas de eletricidade.
A definição sobre a quantidade de água que será liberada para o Rio Xingu dividiu o governo, como o GLOBO revelou no início do mês.
Técnicos do setor elétrico avaliam que a manutenção de regras mais restritivas adotadas pelo Ibama no fim do ano passado vai reduzir a geração de eletricidade pela usina e prejudicar o sistema nacional de energia.
Em outra frente, o Ibama vê na medida uma forma de reduzir impactos ambientais identificados na qualidade da água, pesca, navegação e modos de vida da população ribeirinha causados pela baixa vazão do rio.
A quantidade de água que é liberada para banhar o curso natural do Rio Xingu é determinada pelo Ibama por meio de um documento chamado hidrograma.
O restante dessa água, que não segue para o rio, é desviada para mover as turbinas da usina de Belo Monte, a maior hidrelétrica instalada totalmente em território nacional. Quanto mais água o Ibama determinar que seja liberado para o rio, menos sobra para gerar energia.
O Ibama determinou que nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, assim como no fim do ano passado, a Norte Energia, concessionária responsável pela administração da usina, aumente a quantidade de água liberada para o rio, intensificando a polêmica em torno do assunto.
A decisão do Ibama preocupou a Aneel, que encaminhou um ofício ao Ibama alertando que a medida pode custar caro para o consumidor. O documento, assinado pelo diretor-geral da Aneel, André Pepitone, alerta que o impacto da medida nos dois primeiros meses de 2021 pode chegar a cerca de R$ 1,3 bilhão.
Isso ocorre porque, com a alteração na vazão, a usina de Belo Monte gera menos energia, e essa diferença precisa ser compensada com o aumento da produção em usinas termelétricas, que geram energia mais cara, segundo a Aneel.
“Além do custo, a nova restrição imposta para a vazão mínima na volta grande do Rio Xingu impacta diretamente a operação dos reservatórios das demais hidrelétricas existentes no país, repercutindo no nível desses reservatórios ao final do atual período úmido e, por consequência, na capacidade de atendimento às demandas de usos múltiplos e de segurança energética ao longo do próximo período seco”, diz o texto.
No período de chuvas, particularmente a partir de janeiro, grande parte da produção de energia elétrica nas usinas da região Norte é escoada às demais regiões do país, poupando água nos reservatórios nos demais subsistemas, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Danos ambientais maiores que o previsto
O Ibama restringiu a vazão de água de Belo Monte ao identificar impactos ambientais e sobre populações ribeirinhas maiores que os previstos depois do início das operações da hidrelétrica, em 2019.
Na prática, a nova regra do Ibama determina que a usina direcione mais água para um trecho do rio, chamado Volta Grande do Xingu, onde vivem diversas comunidades, e menos para suas turbinas.
A discussão sobre a partilha das águas entre as necessidades dos moradores e ecossistemas do Xingu e os interesses da usina não é de hoje. Ela começou já no licenciamento ambiental da usina, a partir de 2006.
Desde aquela época, movimentos sociais, o Ministério Público e técnicos do Ibama alertaram ser necessário mais água para a Volta Grande do Xingu. Para manter a geração da usina, porém, foi mantida uma vazão menor, que agora está sendo revertida.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
GOVERNO AVALIA PLANO B PARA CORTE DE SALÁRIO E JORNADA, A PEDIDO DE EMPRESÁRIOS
Publicado em 01/28/2021 as
08:09 PM
Opção em estudo é adaptar modelo de 'lay-off', que não exige complementação salarial da União
Por Geralda Doca
BRASÍLIA - O governo estuda um plano B para atender os pedidos do setor de serviços, principalmente de bares e restaurantes, para renovar o programa de redução de jornada e salário ou suspensão de contrato. De acordo com fontes a par das discussões, a ideia é propor algo semelhante ao modelo de lay-off, existente na legislação trabalhista e que já foi bastante usado por montadoras.
O programa de redução de jornada e salário é apontado pelo governo como um dos fatores responsáveis por preservar empregos com carteira assinada durante a pandemia em 2020. No ano passado, foram criadas 142 mil vagas com carteira assinada, segundo dados divulgados nesta terça-feira.
MP 936: ENTENDA A SUSPENSÃO DE CONTRATO E A REDUÇÃO DE JORNADA EM 15 PONTOS
O que é a Medida Provisória 936
Regras gerais Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
A MP 936, transformada posteriormente em decreto, autorizou a suspensão de contrato e redução de jornada e salário de empregados, com o objetivo de preservar empregos durante a crise econômica causada pelo novo coronavírus. As medidas seriam válidas por 90 dias, mas foram prorrogadas duas vezes e, agora, podem ser adotadas até dezembro.
Como funciona a suspensão de contrato?
Suspensão de contrato Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
O trabalhador tem o contrato suspenso, e o governo paga o chamado Benefício Emergencial. Os valores desse complemento são calculados com base no seguro-desemprego a que o funcionário teria direito, caso fosse demitido. Variam, portanto, de acordo com o salário que funcionário recebia antes da suspensão.
Como funciona a redução de jornada?
Redução de jornada Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
As empresas podem reduzir salário e jornada dos funcionários em 25%, 50% e 70%. Cortes diferentes destes têm de ser feitos por acordo coletivo. O governo paga um complemento, o chamado Benefício Emergencial, ao empregado. O valor desse complemento varia conforme o salário do funcionário e o percentual de corte, tendo por base o seguro-desemprego.
Como fica o salário do trabalhador?
Como fica o salário? Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
O trabalhador vai receber a remuneração proporcional do empregador mais a complementação do governo. O repasse do governo, não necessariamente, vai repor todo o salário, porque o valor do seguro-desemprego não é equivalente ao salário que o empregado recebe na ativa.
Como o governo vai compensar perdas de quem for afetado?
Compensação de perdas Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
O governo oferece uma compensação calculada de acordo com o valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido e à redução de jornada. O valor do seguro-desemprego varia entre R$ 1.045 e R$ 1.813,03. Sobre esse montante, incide o percentual de redução de jornada.
Quem pode aderir à suspensão ou redução de jornada?
Adesão Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Esse regime pode ser adotado por micro, pequenas, médias e grandes empresas. Mas é restrito a companhias privadas, não valendo para as de economia mista, como a Petrobras, ou 100% controladas pelo Estado, como Infraero.
Como deve ser o acordo?
Acordo Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Os termos do acordo, tantos os novos quanto os já realizados, podem ser encaminhados pelas empresas por meio do site e aplicativo Empregador Web. É preciso informar o número da conta bancária de cada funcionário, e esta não pode ser conta corrente. Para renovar os prazos dos acordos, as empresas precisam renegociá-los com os empregados e informar o governo.
O empregado pode ser demitido após o fim do acordo?
Situação do empregado Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Não. Há um período de estabilidade no emprego que deve ser igual ao período em que vigorou o corte de salário ou suspensão de contrato. Ou seja, se a redução salarial durou dois meses, o funcionário tem mais dois meses de trabalho. Depois disso, pode ser demitido, com direito a seguro-desemprego.
Vale para trabalhador com contrato intermitente?
Contrato intermitente Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Sim. Se esse trabalhador tiver mais de um empregador, receberá a compensação de cada um que reduzir a jornada. Terá direito ainda ao auxílio de R$ 600 aprovado pelo governo para informais.
Vale para trabalhadores domésticos?
Empregados domésticos Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Sim. Os empregadores podem reduzir jornada e salário de seus funcionários domésticos com remuneração inferior a R$ 3.135. A redução pode ser de 25%, 50% ou 70%. O pagamento da remuneração será proporcional à redução. Poderá haver suspensão do contrato também. Neste caso, o trabalhador doméstico tem direito a 100% do seguro-desemprego.
Como fica o cálculo da contribuição para o FGTS?
Cálculo do FGTS Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
A base de cálculo para o FGTS será o salário reduzido, sem o acréscimo do seguro-desemprego. E o trabalhador não terá direito a sacar o Fundo. Em caso de suspensão do contrato, não haverá recolhimento.
E o pagamento de décimo terceiro proporcional?
Acordos Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Durante o período de suspensão do contrato, a contagem da proporcionalidade do 13º salário fica interrompida. Assim, não serão considerados os meses de suspensão. No caso da redução, não há um consenso ainda, mas a maioria dos advogados consultados diz que o cálculo do 13º continuará sendo feito com base no salário contratual.
Como ficam benefícios?
Benefícios Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Planos de saúde e odontológico devem ser mantidos tanto em caso de redução quanto de suspensão de contrato. Quanto ao vale-refeição, não há consenso entre especialistas, pois seria pago apenas a empregados que estão trabalhando. Previdência privada e auxílios creche e funeral também são mantidos. Se não houver deslocamento do empregado para trabalhar, não é devido o vale-transporte.
Qual o efeito sobre férias?
Férias Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
Não há efeito sobre direito a férias, e o adicional de um terço do salário deverá ser pago normalmente.
Como ficam as gestantes?
Gestantes Foto: Criação O GloboFoto: Criação O Globo
O texto aprovado no Congresso garante a manutenção integral do salário-maternidade. Na proposta original do governo, elas poderiam ter seus contratos reduzidos ou suspensos, como qualquer outro trabalhador. A mulher ainda terá direito de somar o período de licença-maternidade com o período de estabilidade previsto na medida provisória.
Para garantir a manutenção de postos de trabalho, o governo arcou com uma parte do pagamento aos trabalhadores nos casos de redução de salário.
Quem teve o contrato suspenso recebeu o seguro-desemprego. O programa expirou em 31 de dezembro e a avaliação é que não há espaço no Orçamento para repetir o mesmo modelo.
No modelo atual de lay-off, as empresas podem reduzir jornada e salário, mas não há ajuda do governo para complementar a renda dos trabalhadores.
Plano de saúde: Preço dispara com cobrança retroativa do reajuste adiado em 2020. Calcule o seu
Caso haja suspensão temporária do contrato de trabalho, pelo prazo máximo de cinco meses, os empregados recebem como pagamento parcelas do seguro-desemprego, no valor máximo de R$ 1.900. Neste caso, os recursos vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A legislação prevê, no entanto, que a redução de jornada ou a suspensão de contrato no lay-off sejam feitas por meio de sindicato. O governo avalia flexibilizar a medida para adaptar temporariamente a legislação e permitir que os acordos sejam feitos de forma individual.
Encontro com Bolsonaro
A equipe econômica vinha resistindo aos apelos para que a redução de jornada e salário fosse renovada. Mas o aumento de casos de Covid-19, que resultou em novas medidas de restrição para combater o avanço da doença em São Paulo e Minas Gerais, e o apelo dos empresários levaram o ministério a buscar uma alternativa.
Na última quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro levou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) para uma reunião no Ministério da Economia.
O empresário relatou que pediu a renovação do programa de redução de jornada e salário, mais tempo de crédito para quem contraiu empréstimos pelo Pronampe (programa criado na crise com juro baixo para ajudar as empresas a atravessarem a pandemia) e mudanças na regra do Simples.
Bolsonaro afirmou que analisaria os pedidos e daria uma resposta em duas semanas.
A possibilidade de firmar acordos diretamente com os trabalhadores era um dos eixos do programa de redução de jornada e salário ou suspensão do contrato, incluído na medida provisória (MP) 936 no ano passado.
Gasto de R$ 33,5 bi em 2020
Segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabaho, a MP permitiu a realização de 20,118 milhões de acordos, abrangendo 9,849 milhões de trabalhadores. Deste total, 8,765 milhões de acordos trataram de suspensão de contrato.
Do gasto estimado em R$ 51,5 bilhões, foram desembolsados R$ 33,5 bilhões, restando uma sobra de R$ 18 bilhões. No entanto, essa sobra não pode ser utilizada porque o decreto de calamidade pública e que permitiu o orçamento de guerra para o enfrentamento da pandemia terminou em 31 de dezembro.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 28/01/2021
EUA PROMETEM CORTAR FINANCIAMENTO INTERNACIONAL PARA FÓSSEIS
Publicado em 01/28/2021 as
08:07 PM
Por Guilherme Serodio - 28 de janeiro de 2021 - Em Transição energética
Os Estados Unidos vão estabelecer um plano para por fim ao seu financiamento internacional para projetos de combustíveis fósseis com recursos públicos, afirmou o enviado especial para o Clima e ex-secretário de Estado, John Kerry, durante o Fórum Econômico Mundial.
O governo Biden também pretende interpor a oferta de áreas públicas marítimas para exploração de petróleo e, ao invés disso, licenciar os espaços para instalação de parques eólicos offshore.
As medidas, classificadas pelo próprio Biden como “ambiciosas”, atingem imediatamente o setor de óleo e gás, proibindo novas explorações em áreas públicas, determinando que as agências federais eliminem subsídios a combustíveis fósseis e definindo que a produção de energia eólica no país precisa dobrar até 2030.
O ano de 2030 está sendo considerado crucial pelo novo governo norte-americano.
Em Davos, Kerry afirmou que o mundo precisa cortar as emissões globais de gases do efeito estufa pela metade até 2030 para combater as mudanças climáticas, ainda que isso nos faça permanecer com 66% de chance de vermos a temperatura média da terra subir mais de 1,5 º C.
“Isso significa que precisamos enfrentar nosso dilema com o carvão cinco vezes mais rápido do que estamos fazendo. Temos que aumentar a reposição de cobertura vegetal cinco vezes mais rápido e temos que promover o crescimento de energias renováveis seis vezes mais rápido, Precisamos fazer a transição para veículos elétricos 22 vezes mais rápido”, afirmou Kerry.
Críticas à China
O representante do governo Biden usou sua fala para cobrar empenho e transparência de outras nações. Segundo ele, o mundo precisa dispor de com formas de inspeção e medição genuínas para acompanhar as promessas de redução de emissões de cada país.
Em uma crítica direta às metas de redução da China, Kerry afirmou que não se tem “a menor ideia” de como essas promessas serão cumpridas.
O enviado especial dos EUA também pediu empenho do setor privado, sobretudo para ajudar a mobilizar os trilhões de dólares em financiamento que são necessários para investimentos e inovação para transformar a economia mundial em uma economia de baixo carbono.
“Tudo isso é tangível se nos planejarmos, investirmos e se direcionarmos nossos esforços para a direção certa”, disse.
Kerry ainda antecipou que os Estados Unidos planejam sediar um fórum climático internacional no Dia da Terra, em 22 de abril.
O evento fará parte do esforço norte-americano para retomar protagonismo na agenda global, depois do governo de Donald Trump, que Kerry classificou como “anos perdidos sem lutar contra as mudanças climáticas”.
As ações do novo governo Biden foram comemoradas no Fórum de Davos por outro veterano democrata, o ex-vice-presidente Al Gore, para quem, “os Estados Unidos estão de volta” no debate sobre o clima.
“São apenas sete dias desde a posse de Joe Biden como presidente e já houve um incrível volume de atividades. Desde de a posse de Franklin Roosevelt, em 1933 não vemos um início tão veloz e competente para uma nova gestão”, disse.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 28/01/2021
SIMONE TEBET IRÁ CONCORRER AO SENADO SEM APOIO DO MDB
Publicado em 01/28/2021 as
08:07 PM
Por Larissa Fafá - 28 de janeiro de 2021 - Em Congresso
BRASÍLIA – A senadora Simone Tebet (MDB/MS) vai concorrer à presidência do Senado Federal de forma independente, sem apoio foram do seu partido. Anúncio feito nesta quinta (28).
Com a desidratação da candidatura do MDB, o partido decidiu apoiar Rodrigo Pacheco (DEM/MG) e, em troca, e negociar espaço na composição da Mesa Diretora.
O líder do MDB, Eduardo Braga (AM) liberou a senadora para lançar candidatura independente.
Tebet frisou que há interferência do governo federal nas eleições tanto do Senado quanto da Câmara dos Deputados.
“Ouvimos isso não da minha boca, mas do Executivo que coloca Rodrigo Pacheco como candidato do governo”, apontou.
Além do voto de parlamentares do seu partido, a senadora busca apoio com lideranças do PSDB, Podemos e Cidadania. Garante que, se ganhar, fará uma gestão independente do governo Bolsonaro.
MDB divido mais vez
Em 2019, Simone Tebet preferiu apoiar Davi Alcolumbre (DEM/AP) em detrimento de Renan Calheiros (MDB/AL), seu colega de partido.
Tebet chegou a lançar uma candidatura, mas abriu mão, no dia da votação, para evitar que uma eventual divisão de votos entre ela e Alcolumbre acabasse favorecendo Calheiros.
Agora, ela é crítica de Alcolumbre e diz que a casa legislativa perdeu a independência, diante da “tentativa de transformar o Senado em um apêndice do Executivo”.
“Hoje a independência do Senado está comprometida pela ingerência, porque temos um candidato oficial do governo federal”, disse.
https://846928.smushcdn.com/1787860/wp-content/uploads/2021/01/50731032706_19876307cf_k-e1610532873954.jpg?lossy=1&strip=1&webp=1
Eduardo Gomes (MDB/TO), Simone Tebet (MDB/MS) e Eduardo Braga (MDB-AM) durante votação no Senado Federal, em 2020. Foto por Marcos Oliveira, da Agência Senado
A senadora também elencou como pautas prioritárias de sua possível presidência o enfrentamento do “confuso” cronograma de vacinação do governo federal e a retomada do auxílio emergencial, bem como uma maior urgência na aprovação da reforma tributária.
Rodrigo Pacheco desponta como favorito na disputa e acumula apoio do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), do Palácio do Planalto, de partidos de centro e até mesmo de legendas da oposição.
Com a tentativa de acordo, o MDB espera conseguir ocupar a Primeira Vice-Presidência e outra secretaria, além de tentar ainda espaço em comissões. Alcolumbre deve discutir a aliança nesta quinta (28) com lideranças da legenda.
Em reunião na noite de ontem entre a bancada do MDB, os senadores também decidiram manter Eduardo Braga (MDB/AM) como líder do partido em 2021 e 2022.
Quem é Rodrigo Pacheco?
Rodrigo Pacheco tem se dedicado aos projetos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), especialmente em matérias de direito, por ser advogado criminal.
Mas o senador foi integrante da Comissão de Infraestrutura e é realtor do projeto que acaba com a exclusividade do regime de partilha no polígono do pré-sal (PL 3178/2019), proposto por José Serra (PSDB/SP).
Seu relatório favorável ao projeto foi publicado no final de 2019, mas não avançou.
O governo federal, inclusive, apoia o projeto. O Ministério de Minas e Energia (MME) entende que é preciso ter flexibilidade para contratar pelo regime de concessão e, assim, garantir investimentos para áreas que não seriam economicamente viáveis na partilha.
Durante a votação da Lei do Gás, Pacheco votou com Eduardo Braga (MDB/AM) pelo texto que criava mecanismos de incentivo para térmicas inflexíveis locacionais nos leilões de energia como forma de ancorar a demanda de gás natural.
O voto foi feito dias após se reunir com o presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, que pediu mudanças no projeto que iam ao encontro das mudanças propostas por Braga.
Recentemente, Pacheco também pressionou o Ministério de Minas e Energia pela preservação de uma cota mínima no Lago de Furnas e chegou a propor a convocação de Bento Albuquerque sobre o assunto.
O parlamentar culpou o ministro pelo esvaziamento da represa e chegou a reclamar sobre a política do MME para o presidente Jair Bolsonaro em outubro do ano passado.
“Política energética equivocada do Ministério de Minas e Energia, incompetência da diretoria do ONS e diretoria de Furnas, que se esconde do problema. Além do descaso com Minas Gerais. É a receita do fracasso”, publicou em novembro.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 28/01/2021
NOVE DE 10 ATIVIDADES PESQUISADAS TÊM ALTA DA OCUPAÇÃO EM 1 TRIMESTRE, DIZ IBGE
Publicado em 01/28/2021 as
08:07 PM
A geração de 3,912 milhões de postos de trabalho em um trimestre, na passagem do período de junho a agosto para o trimestre móvel de setembro a novembro, foi puxada por nove das dez atividades econômicas investigadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para Adriana Beringuy, gerente da Pnad Contínua, os resultados representam um “ponto de inflexão” no mercado de trabalho, após os estragos causados desde o início do ano pela pandemia de covid-19. A pesquisadora destacou tanto o fato de o emprego formal ter registrado aumento, na comparação com o trimestre móvel anterior, quanto o fato de a geração de vagas ter sido disseminada pelas atividades econômicas.
“Os resultados foram um ponto de inflexão, por causa do aumento da ocupação e por causa de onde esse aumento ocorreu”, afirmou Adriana.
O destaque foi o comércio, que, em um trimestre, registrou aumento de 5,6% no contingente de trabalhadores, sinalizando para a geração de 854 mil postos. O setor de alojamento e alimentação, um dos mais atingidos pela pandemia, abriu 400 mil vagas, com um crescimento de 10,8% na população empregada ante o trimestre móvel encerrado em agosto.
Segundo Adriana, a recuperação de parte das vagas perdidas com a crise se deve a dois movimentos. De um lado, houve flexibilização nas regras de restrição ao contato social. De outro, mesmo com a pandemia, “era de se esperar” alguma reação no emprego por causa da sazonalidade do fim do ano, que impulsiona, tradicionalmente, a demanda de alguns setores, com destaque justamente para o comércio.
A atividade da construção civil teve um aumento de 8,4% no contingente ocupado na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, com a geração de 457 mil vagas.
A indústria criou 465 mil postos, com aumento de 4,4%.
A administração pública criou 427 mil postos de trabalho em um trimestre, aumento de 2,6%. Já a agricultura registrou 259 mil vagas de trabalho a mais, uma alta de 3,1%.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 28/01/2021
DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA É R$ 368,2 BI EM 2020
Publicado em 01/28/2021 as
08:07 PM
O rombo total dos regimes de Previdência no Brasil chegou a R$ 368,2 bilhões em 2020, equivalentes a 5,0%, ou praticamente metade do déficit primário do Governo Central no ano passado. A conta considera os gastos do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos civis, e ainda as pensões e os gastos com inativos das Forças Armadas.
Em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), houve uma redução no déficit do RPPS+militares de R$ 104,9 bilhões em 2019 para R$ 98,4 bilhões em 2020.
Também em montantes atualizados pela inflação, o rombo do INSS aumentou de R$ 227,3 bilhões em 2019 para R$ 269,8 bilhões no ano passado.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 28/01/2021
BNDES AGUARDA APROVAÇÃO DO PL DA ELETROBRAS PARA INICIAR ESTUDOS DE PRIVATIZAÇÃO
Publicado em 01/28/2021 as
08:06 PM
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “aguarda ansiosamente” pela aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização da holding estatal do setor elétrico Eletrobras para trabalhar na estruturação do modelo de venda, afirmou nesta quinta-feira, 28, o presidente da instituição de fomento, Gustavo Montezano.
“Aguardamos ansiosamente a aprovação do PL da Eletrobras para que o BNDES possa iniciar estudos e fazer essa privatização tão importante”, afirmou Montezano, em palestra virtual transmitida ao vivo durante a Latin America Investment Conference, promovida pelo banco Credit Suisse.
O executivo fez os comentários ao discorrer sobre a atuação do banco na estruturação de projetos de concessão e privatização.
Segundo Montezano, a “fábrica de projetos” do BNDES já tem uma carteira de 200 projetos, que somam investimentos da ordem de R$ 200 bilhões.
Venda de participações acionárias
Montezano reafirmou ainda que o BNDES continuará vendendo suas participações acionárias em grandes companhias. Embora já tenha vendido em torno de R$ 50 bilhões em ações desde o fim de 2019, o banco precisa avançar, para atingir a meta de reduzir o risco associado à volatilidade (VaR) da carteira.
“Ainda não estamos satisfeitos (com o valor vendido até aqui). A VaR diária (da carteira) é de mais de R$ 2 bilhões. Não tem propósito isso”, afirmou Montezano. “É descabido um banco público de desenvolvimento ser especulador, especialmente num país endividado como o Brasil”, completou o executivo.
Segundo Montezano, como a volatilidade dos mercados aumentou com a crise causada pela covid-19, a VaR da carteira de ações do BNDES caiu menos do que a diretoria gostaria. A meta, colocada no fim de 2019, é reduzir a VaR da carteira em 80% até o fim de 2022, o que, na prática, implica reduzir o tamanho da carteira em proporção semelhante.
“Até o fim de 2022 queremos reduzir e virtualmente zerar esse risco”, afirmou Montezano.
O executivo reafirmou ainda que o BNDES manterá o “perfil” de sua estratégia de venda.
“Daqui pra frente vamos continuar conduzindo essa agenda com o mesmo perfil: cauteloso, sem afetar o mercado, sem pressa”, completou Montezano.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 28/01/2021
‘CONTER A CHINA É UMA MISSÃO IMPOSSÍVEL’, ADVERTE PEQUIM A BIDEN
Publicado em 01/28/2021 as
08:06 PM
“Conter a China é uma missão impossível”, alertou nesta quinta-feira (28) o ministério da Defesa chinês aos Estados Unidos, enquanto o novo governo de Biden tenta unir seus aliados asiáticos contra Pequim.
As tensões militares entre as duas principais potências mundiais aumentaram sob o mandato do ex-presidente Donald Trump, que adotou uma postura agressiva em questões como Taiwan e o mar da China Meridional.
Esta firmeza, no entanto, não impediu o exército chinês de reforçar sua capacidade de dissuasão e sua Marinha nos últimos anos.
“Os fatos demonstraram que conter a China é uma missão impossível e equivale a atirar no próprio pé”, advertiu Wu Qian, porta-voz do ministério da Defesa chinês.
“As relações militares sino-americanas estão agora em um novo ponto de partida histórico” com a chegada de Joe Biden, acrescentou em uma sessão informativa online, chamando Washington para o “não-confronto e respeito mútuo”.
Nos últimos anos, a China insistiu cada vez mais em sua soberania sobre a grande maioria das ilhas e recifes do mar da China Meridional, para a indignação de outros países como Malásia, Filipinas, Vietnã e Brunei, que possuem reivindicações nessa área.
Diante dessas pretensões consideradas excessivas, o governo Trump enviou navios de guerra para navegar perto das ilhas controladas por Pequim em nome da “liberdade de navegação”.
Uma linha dura que Joe Biden parece querer seguir.
Neste fim de semana, o porta-aviões “Theodore Roosevelt” iniciou a primeira missão de “liberdade de navegação” da era Biden no mar da China Meridional. Enquanto isso, Washington aumenta os contatos com seus aliados na Ásia-Pacífico.
Biden lembrou na quarta-feira o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, sobre o “compromisso inabalável” dos Estados Unidos de proteger a Japão, incluindo as ilhas Senkaku/Diaoyu, um arquipélago desabitado reivindicado por Pequim no mar da China Oriental.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 28/01/2021
EMPREGO: VAGAS EM TECNOLOGIA CRESCEM 670% EM 2020
Publicado em 01/28/2021 as
08:06 PM
Passando por um momento de intensa transformação tecnológica, o setor de tecnologia é bastante fértil em vagas para profissionais qualificados (Crédito: Pixabay)
Da redação
Um levantamento feito pelo site de recrutamento online Catho indicou que o setor de tecnologia está em alta na lista de profissões com mais oportunidades para os trabalhadores. Em São Paulo, a abertura de vagas no ramo superou a marca dos 670% em 2020.
Segundo a pesquisa, que compara a abertura de vagas de 2020 ante 2019, os cargos que mais tiveram crescimento na oferta de vagas foram cientista de dados (671%), desenvolvedor.NET (517%), devOps (460%), web developer (97%) e programador ADVPL (60%).
Para Eber Duarte, diretor de tecnologia da Catho, o aumento na procura por profissionais mesmo em meio à pandemia é reflexo da transformação digital vivenciada por empresas de diversos segmentos que atuam na cidade e estado.
“Nesta mudança para o digital, o profissional de tecnologia é imprescindível. É ele quem irá conduzir esse processo, que pode ser desde a criação de um site que irá permitir que lojas físicas se tornem e-commerces até a otimização e automação de processos internos que possibilitam a eficiência operacional das companhias. E este movimento não deve terminar num cenário pós-pandemia. É uma tendência que veio para ficar”, disse por nota o diretor da Catho.
Qual é o perfil do profissional de tecnologia?
Veja abaixo uma lista com os cargos que mais geraram empregos no setor de tecnologia e o perfil desses profissionais:
Cientista de dados (671%): Essa área tem ganhado cada vez mais destaque, uma vez que o maior ativo das empresas hoje são os dados, e é de interesse do negócio saber padrões de comportamento de seus clientes, produtos e serviços. Cabe a esse profissional reunir, interpretar e comunicar toda informação relevante contida em toneladas de dados que as empresas armazenam, e dar a eles valor e relevância.
Desenvolvedor.NET (517%): O profissional é responsável por planejar, codificar, depurar e testar sistemas utilizando a linguagem .NET. Ou seja, participa de todo o ciclo de desenvolvimento de websites e aplicações .NET.
DevOps (460%): Esse profissional atua próximo ao time de desenvolvimento de softwares, ampliando o conhecimento dos desenvolvedores sobre infraestrutura. Na prática, é o profissional que trabalha construindo mecanismos que buscam trazer mais confiabilidade e qualidade para os sistemas.
Web Developer (97%): Realiza o desenvolvimento técnico e visual de páginas da internet e manutenção de sites, definindo linguagens, bancos de dados, armazenamento e atualização de informações, a fim de atender o volume de internautas e seu correto funcionamento.
Programador ADVPL (60%): Programa e desenvolve em sistema ADVPL, codifica e testa sistemas. Executa a manutenção dos sistemas, fazendo eventuais correções necessárias, visando atender às necessidades dos usuários. Desenvolve trabalhos de montagem, depuração e testes de programas, executando serviços de manutenção nos programas já desenvolvidos.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 28/01/2021
NOVO PROJETO PREVÊ AUXÍLIO EMERGENCIAL ATÉ JUNHO DE 2021
Publicado em 01/28/2021 as
08:05 PM
Da redação e Agência Câmara
A Câmara dos Deputados recebeu mais um projeto que visa prorrogar a duração do auxílio emergencial. O Projeto de Lei 5514/20 institui, até 30 de junho de 2021, o chamado “auxílio emergencial consecutivo”. A medida prevê até seis parcelas mensais de R$ 600.
Pelo projeto, os beneficiários deverão atender aos requisitos da legislação que criou o auxílio original para fazer parte do programa social. O texto estabelece também que o recebimento do auxílio será limitado a duas cotas por família. A mulher chefe de família terá direito a receber parcelas mensais de R$ 1,2 mil.
Não terão direito ao auxílio consecutivo: quem tiver conseguido emprego formal após recebimento de parcelas anteriores; os trabalhadores que tenham obtido benefício previdenciário ou assistencial nesse período; e os que passaram a possuir renda familiar mensal per capita acima de meio salário mínimo.
A proposta também prorroga até 30 de junho o estado de calamidade pública previsto no início da pandemia, por conta da continuidade da emergência de saúde pública relacionada ao novo coronavírus.
O deputado Fábio Henrique (PDT-SE), autor da proposta, afirmou em texto da Agência Câmara que o intuito do projeto é impedir que milhões de brasileiros atendidos pelo auxílio emergencial fiquem totalmente desassistidos.
Outros projetos
O Congresso Nacional já recebeu mais nove projetos para prorrogar o auxílio. No entanto, há dois fatores que podem atrasar o início da avaliação das propostas: o recesso das Casas até o dia 1º de fevereiro e a eleição para a presidência da Câmara e do Senado.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 28/01/2021
BRASIL TERÁ PLANO NACIONAL DE FERTILIZANTES
Publicado em 01/28/2021 as
08:05 PM
Decreto do governo federal determina a criação de grupo de trabalho envolvendo vários ministérios para criação de uma estratégia nacional na área. Objetivo é aumentar oferta de adubos no País.
Da Redação - anba@anba.com.br

São Paulo – O governo brasileiro anunciou a criação do Plano Nacional de Fertilizantes. Um decreto publicado no começo desta semana no Diário Oficial da União determina a instalação de um grupo de trabalho interministerial para a elaboração da estratégia.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a iniciativa tem por objetivo aumentar a produção e a oferta de fertilizantes nacionais, reduzir a dependência de adubos importados e ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado externo. Segundo o Mapa, o Brasil importa cerca de 60% dos fertilizantes utilizados na produção agrícola.
A elaboração do plano terá a participação de representantes da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Casa Civil e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Economia, Infraestrutura, Minas e Energia, Meio Ambiente e Ciência, Tecnologia e Inovações, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Gabinete de Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União. A secretaria executiva será da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos.
O grupo vai se encontrar quinzenalmente por videoconferência para elaborar o plano e o trabalho será feito pelo período de 120 dias a partir do primeiro encontro. Ao final do prazo, o Plano Nacional de Fertilizantes será encaminhado ao Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Fonte: ANBA – AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BRASIL-ÁRABE
Data : 28/01/2021
PARCERIA EM PESQUISA NO AGRONEGÓCIO É TENDÊNCIA PARA 2021
Publicado em 01/28/2021 as
08:04 PM
Em webinar sobre a segurança alimentar dos países árabes, palestrantes falaram sobre a importância do investimento em pesquisa e desenvolvimento no setor de tecnologia agrícola para garantir a produção local.
Por Bruna Garcia Fonseca - bruna.garcia@anba.com.br

São Paulo – A parceria em educação e pesquisa no setor de tecnologia agrícola é uma oportunidade para o Brasil fazer mais negócios com os países árabes. Em webinar realizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira nesta quarta-feira (27), o sócio da consultoria Soma Mater, dos Emirados Árabes, Majid Al Qasimi, afirmou que a região está focando mais na produção local de alimentos e que a área de pesquisa e desenvolvimento na agricultura está trabalhando para isso. “A educação voltada à tecnologia para agricultura está ganhando espaço no setor privado e público”, disse.
As oportunidades para o Brasil, segundo Al Qasimi, aparecem justamente na área de pesquisa e desenvolvimento da agricultura, em fundos de pesquisa e desenvolvimento bilaterais e em um currículo educacional na área agrícola, para que os países árabes desenvolvam a produção local.
Al Qasimi também afirmou que a normalização das relações com Israel e com o Catar foram essenciais para criar maior estabilidade na região, para que assim haja um desenvolvimento contínuo.
A brasileira Luana Ozemela, CEO da Dima Consult, no Catar, também participou do evento virtual. “Estamos em um momento extraordinário na história do Catar”, disse Ozemela. Segundo ela, as perspectivas para 2021, por causa da normalização das relações com os vizinhos do Golfo, são muito positivas e geram mais confiança do mercado mundial. Ozemela conta que o Catar pretende atrair cerca de US$ 25 bilhões em investimentos, criar 10 mil novos empregos e levar mais de mil empresas para o país até 2022.
Ela afirma que apesar de todos os males, o bloqueio levou o Catar a acelerar sua autossuficiência de segurança alimentar. “O Catar ficou mais independente, diversificou sua economia, adquiriu novos aliados internacionais e agora que o bloqueio acabou quer receber seus parceiros em casa”, declarou.
Segundo ela, o Catar quer se tornar um centro de distribuição de alimentos para a região expandida do Golfo, África e Ásia. “A infraestrutura está pronta”, disse. A população do Catar, de acordo com Ozemela, está mais atenta à saúde e à sustentabilidade, e a indústria de snacks saudáveis do Brasil pode ter sucesso no país.
Sobre a Copa do Mundo de 2022, que ocorrerá no país, a previsão é que um milhão de torcedores viajem ao Catar. Ozemela informou que a infraestrutura também está sendo construída, com 16 novos hotéis. “Serão gastos de US$ 20 a US$ 30 bilhões só este ano pra concluir os projetos da Fifa”, disse.
O webinar foi uma parceria da Câmara Árabe com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). O evento “Os desafios da segurança alimentar e as oportunidades de mercado para a indústria brasileira de alimentos nos países árabes” contou com a participação da presidente do conselho diretor da Abia, Grazielle Parenti, e do chefe do escritório da Câmara Árabe em Dubai, Rafael Solimeo.
Parenti falou que o ano de 2020 apresentou um desafio gigantesco para a indústria brasileira de alimentos e que ela garantiu o abastecimento tanto interno quanto para o exterior. “Isso mostra a resiliência internamente e também para fora, essa credibilidade que o Brasil traz para os clientes internacionais”, pontuou.
A sustentabilidade foi outro ponto que Parenti trouxe para discussão. “A indústria brasileira tem as melhores práticas e nós sentimos essa mesma demanda dos árabes, toda a preocupação com orgânicos, que o produto seja sustentável, de onde ele vem, as certificações. Esse é um caminho que estamos trilhando juntos”, disse.
Ela ainda mencionou a internacionalização das empresas como uma tendência da indústria de alimentos. “Muitas empresas estão abrindo escritórios e fábricas nos países árabes para levar expertise e também estar presente localmente”, disse.
Solimeo falou sobre os serviços oferecidos pela Câmara Árabe. O presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, abriu e encerrou o evento. Hannun falou sobre a possibilidade de parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades brasileiras para a cooperação e a troca de know how no setor agrícola. A moderação foi feita pela gerente de Relações Institucionais da entidade, Fernanda Baltazar.
Fonte: ANBA – AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BRASIL-ÁRABE
Data : 28/01/2021
TEREZA CRISTINA: TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DEVE INSERIR AGRONEGÓCIO
Publicado em 01/28/2021 as
08:03 PM

A ministra destacou que um dos desafios do setor é expandir a conectividade no espaço rural brasileiro (Imagem: Guilherme Martimon/Mapa)
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse hoje (27) que o agronegócio deve estar inserido no contexto de rápida transformação digital.
A afirmação foi feita durante um painel virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos para tratar da inovação para transformar sistemas alimentares por meio da tecnologia.
Durante a sua participação, a ministra afirmou que a próxima década será marcada por “convergência digital e biológica”, principalmente, na agropecuária e citou como exemplo as tecnologias de edição genômica, técnica que permite fazer alterações no DNA de plantas e microrganismos para acelerar o melhoramento genético.
“A Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar e preservação ambiental”, disse a ministra.
Tereza Cristina disse que a atuação do agronegócio brasileiro tem diretrizes claras, com cinco eixos: sustentabilidade, inovação aberta, biotecnologia, agregação de valor e agricultura digital.
A ministra destacou que um dos desafios do setor é expandir a conectividade no espaço rural brasileiro, com foco principalmente nos cerca de 4,5 milhões de pequenos produtores.
“Essa integração é que fará com que os jovens fiquem no campo, possam trabalhar, manter as suas famílias e não deixar a população tão envelhecida, que temos hoje, no meio rural e também ajudar e muito as mulheres que trabalham no campo” disse a ministra.
Na avaliação da ministra, o Brasil tem um setor do agronegócio “vibrante” com cerca de duas mil startups voltadas para o agronegócio.
Ela destacou ainda que o país tem ampliado os investimentos nesta frente ao longo dos últimos anos.
“Os investimentos passaram de US$ 4 milhões em 2013 para mais de R$ 200 milhões em 2019. Temos mais de duas mil agritechs trabalhando em diversas áreas, como rastreabilidade, e diversas tecnologias para entregar produtos mais sustentáveis e seguros”, disse.
Fonte: Moneytimes
Data : 28/01/2021
LOG-IN ARCARÁ COM DANO AMBIENTAL MEDIANTE PAGAMENTO DE R$ 19 MILHÕES
Publicado em 01/28/2021 as
08:03 PM

O valor em questão será pago pela Log-In em até 30 dias (Imagem: Yout be/Log-In)
A Log-In (LOGN3) informa que celebrou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Federal (MPF), com o objetivo de pôr fim ao inquérito civil instaurado em decorrência do incidente com o navio Log-In Pantanal.
O termo prevê o pagamento, pela companhia, de R$ 19 milhões para reparar o dano ambiental objeto do referido inquérito.
O valor em questão será pago pela Log-In em até 30 dias contados a partir desta quarta-feira (27), em parcela única, e será destinado a projetos nos municípios afetados pelo incidente, além da aquisição de embarcações para fiscalização e monitoramento.
“As despesas relacionadas ao incidente com o navio Log-In Pantanal e todos os seus desdobramentos, incluindo, sem limitação, as despesas incorridas no âmbito do cumprimento da obrigação assumida no termo, estão abrangidas pela cobertura de responsabilidade civil do Clube Proteção e Indenização”, afirma a Log-In no comunicado divulgado ao mercado.
Neste mês, o Itaú Unibanco (ITUB4) reduziu sua participação na Log-In, já que o banco agora conta com 1.347.229 ações da empresa, que correspondem a fatia de 1,28% do capital total.
Fonte: Moneytimes
Data : 28/01/2021
NOVA META DO GOVERNO PREVÊ FIBRA ÓTICA EM 99% DAS CIDADES BRASILEIRAS
Publicado em 01/28/2021 as
08:02 PM
Informação: Santaportal (28 de janeiro de 2021 )
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (27) o decreto que estabelece o novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 5) do setor de telecomunicações, válido para o período de 2021 a 2025. A informação foi dada pela Secretaria Geral da Presidência da República. Segundo a pasta, a norma será publicada na edição desta quinta-feira (28), do Diário Oficial da União (DOU), e já passa a valer em substituição ao PGMU 4, que vigorou nos últimos cinco anos.
A grande novidade do novo plano é a obrigação de que concessionárias de telefonia fixa invistam na implantação de redes de fibra ótica, o chamado backhaul , em 1,5 mil municípios brasileiros que ainda não possuem essa estrutura. O backhaul são redes de alta capacidade e velocidade que permitirão a conexão de localidades à rede nacional de telecomunicações, estas chamadas de backbone , por onde trafegam os dados de internet.
De acordo com o governo, se a nova meta for cumprida, a estimativa é de que a cobertura de internet por fibra ótica alcance cerca 5.500 cidades, equivalente a 99% dos municípios brasileiros até 2024.
Com o novo plano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) precisa agora, em um prazo de três meses, elaborar a lista das cidades que deverão ser contempladas na meta.
A Secretaria Geral da Presidência informou ainda que o decreto determina que 1.105 locais ainda sem acesso à banda larga móvel 4G sejam priorizados para receber esse sinal nos compromissos do edital do 5G, previsto para ser lançado no final do semestre. No PGMU anterior, a previsão era de que ao menos 10% desses 1.105 municípios passassem a contar com a rede 4G, mas a meta não foi cumprida e deu lugar à nova meta de estender fibra ótica a novas localidades.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 28/01/2021
NOVO TERMINAL DE CONTÊINERES DE LEIXÕES CUSTA 190 MILHÕES E É LANÇADO AINDA EM 2021
Publicado em 01/28/2021 as
08:01 PM
Informação: Portos de Portugal (28 de janeiro de 2021 )
<

A administração portuária de Leixões previu esta quarta-feira que o concurso para o novo terminal de contentores seja lançado ainda em 2021 e estimou um investimento na obra de cerca de 190 milhões de euros.
“A nossa estimativa orçamental para a construção do novo terminal, ou reconversão do multiúsos, entre construção civil e equipamentos, é de 190 milhões de euros. O valor inclui ainda a reconversão do porto de pesca. Quanto ao lançamento da obra, questões procedimentais interna impedem-nos, para já, de avançar uma data, mas será ainda este ano”, afirmou à agência Lusa o presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), Nuno Araújo.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já divulgou um parecer positivo ao novo terminal, condicionado à mitigação de ruídos e dos impactos visuais negativos na zona balnear de Matosinhos, mas, conforme atenuam os autores do parecer, os impactes ambientais negativos esperados são, no geral, “pouco significativos” e mais detetáveis na fase de construção, contrapondo que a nova infraestrutura “será capaz de gerar impactes sociais e económicos positivos ou muito significativos na região”.
O novo terminal vai ficar na zona do atual terminal multiúsos, “sobrepondo-se parcialmente” ao porto de pesca, que terá de ser reformulado.
O projeto aponta para um terminal com uma capacidade anual de movimentação no terrapleno de pelo menos 480 mil TEU e uma capacidade de movimentação anual no cais de pelo menos 435 mil TEU. Cada TEU (siga da expressão inglesa Twenty-foot Equivalent Unit) equivale à capacidade de carga de um contentor de 20 pés (6,096 metros) de comprimento.
O projeto prevê igualmente um terminal Ro-Ro (abreviatura da expressão inglesa “roll on-roll off”) para carga geral solta, como veículos.
Em estado mais adiantado está, entretanto, o projeto para prolongamento do quebra-mar do porto de Leixões.
Nuno Araújo disse que já foi obtido o visto do Tribunal de Contas para esta obra e está a ser recolhida documentação que permita consignar os trabalhos, se possível, já em fevereiro.
Trata-se de um investimento de 147 milhões de euros, com um prazo de execução de 30 meses, que compreende o prolongamento do quebra-mar em 300 metros e a dragagem da bacia de rotação.
“Quando tivermos o quebra-mar e quando construirmos o novo terminal de contentores, vamos poder receber também navios de maior dimensão. Navios que hoje escalam noutros portos, espanhóis ou não, poderão escalar em Leixões e isso vai beneficiar nomeadamente as empresas desta região, com ganhos na cadeia na logística”, afirmou o presidente da APDL.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 28/01/2021
NOVA BACIA DE EVOLUÇÃO DE ITAJAÍ E NAVEGANTES COMPLETA UM ANO E ALCANÇA A MARCA DE 300 NAVIOS MANOBRADOS
Publicado em 01/28/2021 as
08:00 PM
Informação: Agência Porto (28 de janeiro de 2021 )

No dia 16 de janeiro de 2020, um fato histórico para o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes acontecia: a primeira manobra na área da Nova Bacia de Evolução. Um pouco mais de um ano após este feito, diversos giros foram realizados na Nova Bacia até chegar no tricentésimo giro, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (27).
O CMA CGM Jacques Junior foi o navio que completou a marca dos 300 giros. Com 300 metros de comprimento e mais de 48 metros de boca (largura), o navio estava atracado no berço da Portonave e desatracou por volta de 10h30 na manhã desta quarta-feira.
“É com muita satisfação e muita alegria que o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes tem o que comemorar. Um ano após a primeira operação, estamos completando um significativo número, o de trezentas manobras na nova bacia de evolução. Nesse período, possibilitamos não somente receber os 300 navios, mas, sobretudo, bater o recorde brasileiro de recebimento do maior navio de contêineres, o APL Paris (347,04 x 45,27), em 17 de junho de 2020”, destaca o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.
Em junho de 2020, cinco meses depois do primeiro giro, o Complexo recebeu o maior navio porta contêineres a navegar na costa brasileira, sendo um feito histórico para o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes no ano de 2020.
O APL Paris, de Singapura, possui 347,4 metros de comprimento e 45,2 metros de largura, e é maior que a Torre Eiffel. O giro do APL Paris foi a 6ª manobra bem-sucedida na nova Bacia na categoria de navios acima de 306 metros de comprimento e até 350 metros.
Ricardo Amorim, Coordenador de Operações e Inteligência da Fiscalização do Porto de Itajaí, relembra as dificuldades das operações anteriores à Bacia: “A bacia de evolução resolveu um dos nossos grandes problemas, o bloqueio de um terminal para o outro. Tinha que aguardar a finalização da operação de um outro navio para que o navio pudesse sair, para poder girar, porque a bacia um tem essas restrições, precisava do berço livre nos dois lados para poder fazer os giros”.
Em janeiro de 2020, um ano atrás, havia muita expectativa em relação ao crescimento da competitividade do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes no mercado, por conta das obras de melhoria, já que o Complexo iria começar a receber navios maiores. “A gente estava perdendo muito espaço para os concorrentes, e se não fosse essa nova bacia de evolução, e não só a bacia, mas também a própria estrutura de acesso aquaviário remodelada, iriamos perder espaço. As obras nos proporcionaram um salto importante para que pudéssemos obter os ótimos resultados atuais”, ressalta Heder Cassiano Moritz, Diretor Geral de Operações Logísticas do Porto de Itajaí.
A Bacia do Saco da Fazenda, denominada Afonso Wippel, permitiu que o comprimento máximo de navios que escalam no Complexo Portuário saltasse de 306 metros, para 350 metros de largura, e possibilitou que a entrada e saída de navios no período noturno fosse de até 306 metros de comprimento, aumentando de forma decisiva o crescimento do Porto de Itajaí e Navegantes.
O Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni comentou sobre a necessidade da próxima etapa para prosseguir o desenvolvimento do Complexo Portuário:
“A bacia de evolução foi uma das maiores conquistas que nós alcançamos para o nosso Porto, para que ele pudesse se adequar ao grande mercado internacional da navegação desses novos tempos. Vem se tornando mais evidente a importância e necessidade de nos prepararmos para as obras da segunda etapa, objetivando e concretizando em definitivo esse projeto estratégico e tão fundamental para o Porto de Itajaí, em nosso porto público (berços 3 e 4) e na APMT (berços 1 e 2), e para o estado de Santa Catarina”.
2ª ETAPA DA BACIA DE EVOLUÇÃO:
A segunda etapa da obra de ampliação da bacia pretende aumentar o espaço para o giro dos navios, permitindo que o Complexo receba navios com de 366 metros, ou até 400 metros, conforma for a execução do projeto.
“A nova Bacia de Evolução foi um esforço conjunto da Autoridade Portuária, Marinha, Praticagem, Prefeitura de Itajaí, Governo do Estado e Terminais Portuários, que nos trouxeram condições operacionais e alternativas, estimulando o desenvolvimento econômico. A condição atual do complexo nos coloca na vanguarda para receber esses navios maiores, que são realidade e tendência no comércio marítimo internacional. Porém, precisamos também focar esforços para a realização da segunda fase da Bacia, para tornar o Complexo ainda mais competitivo e poder receber navios de até 400 metros de comprimento”, conclui Osmari de Castilho Ribas, Diretor Superintendente Administrativo da Portonave.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 28/01/2021
FGV TRANSPORTES REALIZA WEBINAR SOBRE IMPLEMENTAÇÃO DO CONCEITO E-NAVIGATION
Publicado em 01/28/2021 as
08:00 PM
Informação: Agência Porto (28 de janeiro de 2021 )

A FGV Transportes realizará, no dia 3 de fevereiro, o webinar “Estratégia de implementação do conceito e-Navigation para as águas jurisdicionais brasileiras”. O evento, que terá a presença do Diretor-Geral de Navegação da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcelo Francisco Campos, debaterá a importância e as vantagens desse novo conceito para a costa marítima brasileira. A mediação será feita por Marcus Quintella e Roberto Levier, respectivamente diretor e consultor do FGV Transportes.
A Organização Marítima Internacional (IMO) define o e-Navigation (navegação aprimorada) como um conceito que contempla sistemas de informação integrados, relacionados aos cuidados marítimos e serviços portuários. Da mesma forma que aeronaves e aeroportos se comunicam com rapidez e segurança, a implantação do e-Navigation permitirá a ampliação dessas capacidades para navios e portos, em escala global.
Entre os benefícios previstos com a evolução do processo de navegação tradicional para o e-Navigation estão melhorias em segurança, produtividade e eficiência, coma transferência de dados marítimos entre os usuários (navio-navio, navio-porto, porto-navio e porto-porto), por meio de um portal. A adoção desse novo conceito trará aumento da segurança, maior eficiência comercial e marítima, redução de riscos, além de ostensivo monitoramento do tráfego mercante.
Estratégia de implementação do conceito e-Navigation para as águas jurisdicionais brasileiras
Data: 3 de fevereiro de 2021 (quarta-feira)
Horário: das 14h às 15h30
Inscrições: https://portal.fgv.br/eventos/webinar-estrategia-implementacao-conceito-e-navigation-aguas-jurisdicionais-brasileiras
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 28/01/2021
UM CAP INOVADOR, QUE OLHE PARA O FUTURO
Publicado em 01/28/2021 as
07:59 PM
Editorial Portogente
Os estudos históricos deveriam, preferencialmente, complementar a teoria da ciência dos transportes e demonstrar o poder econômico do sistema de transporte. (Fritz Voigt)
No dia de hoje, há 213 anos, era assinado pelo Príncipe-regente de Portugal Dom João de Bragança, em Salvador, na Bahia, o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas. O Brasil era descoberto pela segunda vez. Nesta data comemora-se também o Dia do Portuário. Participando de forma ativa nessas celebrações, Portogente abre o debate sobre um inovador Conselho de Autoridade Portuária – CAP. Assim, lança as bases de portos da movimentação de mercadorias, do trabalho e do desenvolvimento.

Na sua concepção e formação originais, na Lei nº 8.630/93, o CAP tinha competências e composição desenvolvimentistas. Sob a ótica da estratégia, cada porto tem movimentação peculiar e diferente hinterlândia. Ao fomentar o desenvolvimento regional ocorrem influências de várias formas, até pelo contexto internacional, além mar. Tais facetas são percebidas ao se comparar, por exemplo, o porto-indústria de Suape/PE e o de São Sebastião/SP.
Aquecida pela vacina contra covid, a campanha presidencial estará lançada oficiosamente a partir da próxima semana. Enquanto o processo de desestatização dos portos permanece um enigma e sem significação. Nesse clima, no Portogente são debatidas propostas concretas de um CAP, com foco no porto e visão de agência de planejamento e desenvolvimento. Uma estratégia que amplia e agrega eficácia ao programa governamental Pro-Brasil.
Todos os presidentes de CAPs do Brasil estão convidados a participar on-line desse processo em curso, até mesmo no caso do porto em desestatização. Se a tarefa é desafiadora, o trabalho conta com ampla e feliz participação de gente competente e experiente. Trata-se de propor soluções para problemas de múltiplas variáveis, como: logística, econômica, social, urbana e tantos fatores necessários ao desenvolvimento com justiça e paz.
Os portos brasileiros precisam e podem ocupar melhor posição no cenário mundial. Para tanto, seus projetos devem ter planejamento integrado e sua gestão mais autonomia deve ser alinhada com o negócio do porto. O primeiro passo dessa caminhada é uma proposta robusta e viável. Estamos saindo para realizá-la, por um modelo de CAP inovador: que olhe para o futuro.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 28/01/2021
ALTA DA INFLAÇÃO LIGA SINAL DE ALERTA
Publicado em 01/28/2021 as
07:59 PM
Redação Portogente
Aumento dos preços de alimentos e bebidas foram os grandes vilões dos bolsos brasileiros em 2020. Especialista vê possibilidade da alta da taxa Selic como instrumento do governo para conter o aumento da inflação
O Brasil finalizou 2020 com a desanimadora notícia da aceleração da inflação em dezembro, alcançando 4,52%, a maior alta desde 2016, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado pelo IBGE. O resultado ficou acima da meta de 4% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, interferindo diretamente no poder de compra dos brasileiros. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, as projeções dos economistas para o IPCA em 2021 subiram de 3,32% para 3,34%.
Segundo o CEO da Cronos Capital e especialista em controle e gestão financeira, Cidinaldo Boschini, o avanço da inflação exige atenção, mesmo que ainda não apresente um grave risco ao país por não estar descontrolada. “A pressão nos preços deve continuar nos próximos meses e é esperado que este ano apresente um gradual aumento na taxa básica de juros [Selic], justamente para controlar a inflação”, explica Boschini.
A alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas foi a que mais impactou o bolso dos consumidores, mas outros indicadores variaram pouco, como a inflação de serviços, que alcançou 1,73%, a menor da série histórica do IBGE desde 2012. “Os principais índices que medem a variação de preços subiram, mas não na mesma medida. Os indicadores de preços ao consumidor são mais pressionados pela alta dos alimentos, mas têm o alívio da pouca variação de itens de serviços”, detalha o especialista.
Para Boschini, o aumento da inflação pode comprometer e impactar negativamente a economia se persistir, podendo gerar aumento do desemprego e das taxas de juros. “A inflação provoca perda de poder aquisitivo, diminuição dos investimentos de empreendedores e gera também um ambiente de incertezas sobre a economia”, explica. Em dezembro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua), o desemprego no Brasil foi de 14,3%.
O especialista ainda explica que o cenário de inflação elevada contribui para afastar os investimentos do país e isso acaba impactando todos os setores da economia. “É um cenário em que ninguém ganha com a inflação e pode resultar em adiamento de projetos e cancelamento de muitos outros”, detalha Boschini.
O que é a inflação
A inflação é resultado de um descompasso entre a oferta e a procura. Quando a procura por um produto e serviço aumenta, ou a sua produção não consegue acompanhar a demanda, os preços sobem e aí começa o aumento dos preços. Para controlar sua variação, o Brasil conta com um sistema de metas para a inflação, que foi instituído pelo Banco Central em 1999, que utiliza o IPCA como indicador.
“Para manter o nível de inflação dentro do esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros [Selic]. Quando o Banco Central observa que a inflação corre o risco de superar a meta, a tendência é elevar os juros e, com isso, desestimular o consumo”, explica Boschini.
“A partir da Selic, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos das pessoas e das empresas. Quando os juros estão altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação”, exemplifica.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 28/01/2021
ALEMÃ INVESTE US$ 100 MILHÕES EM RETORNO AO BRASIL
Publicado em 01/28/2021 as
07:59 PM
Redação Portogente
Especialista na proteção de cultivos, nutrição vegetal e adjuvantes especiais, para a retomada na agricultura brasileira, DVA constrói laboratório de pesquisa, desenvolve linha própria e exclusiva de produtos e planeja nova fábrica
A multinacional alemã DVA Agro (Parte do Grupo Alemão DVA GmbH), sediada em Hamburgo, especialista na proteção de cultivos, nutrição vegetal e adjuvantes especiais para a agricultura sustentável, acaba de anunciar o retorno de suas atividades no Brasil. A empresa com mais de 50 anos de experiência presente na Europa, América Latina, Ásia e África, e que há cinco não operava no território brasileiro, está investindo mais de US$ 100 milhões na retomada. Na estratégia, além da construção de um laboratório próprio de pesquisa e a contratação de novos profissionais, a companhia lançará um portfólio completo e ainda planeja a instalação de fábrica própria até 2023.
A expectativa do grupo no mercado brasileiro é grande, e a projeção é que o País até 2026 seja responsável sozinho por 50% do faturamento global da companhia. “O Brasil é um dos pilares da estratégia global da marca além de ter grande potencial. Estamos retornando de maneira estruturada e tecnificada. Além disso, aprendemos como fazer negócio aqui, entendemos quais são as necessidades do agro em todos os níveis da cadeia e definimos nossa estratégia de acesso de acordo com cada particularidade do mercado. A DVA tem um nome e credibilidade forte em todo o mundo e é uma questão de tempo para termos o nosso Mindshare do produtor rural brasileiro”, diz João Aleixo, diretor executivo global de agro da companhia.

Uma das fábricas da empresa fora do Brasil. Crédito: Divulgação.
A expectativa do grupo no mercado brasileiro é grande, e a projeção é que o País até 2026 seja responsável sozinho por 50% do faturamento global da companhia. “O Brasil é um dos pilares da estratégia global da marca além de ter grande potencial. Estamos retornando de maneira estruturada e tecnificada. Além disso, aprendemos como fazer negócio aqui, entendemos quais são as necessidades do agro em todos os níveis da cadeia e definimos nossa estratégia de acesso de acordo com cada particularidade do mercado. A DVA tem um nome e credibilidade forte em todo o mundo e é uma questão de tempo para termos o nosso Mindshare do produtor rural brasileiro”, diz João Aleixo, diretor executivo global de agro da companhia.
A empresa por questões estratégicas, em 2015 resolveu pausar as atividades no Brasil onde atuou por 15 anos, mas, segundo Aleixo, a DVA nunca deixou a agricultura brasileira fora da estratégia global da CIA. Afinal, o País é um dos maiores mercados do mundo de agroquímicos e somando com outras linhas de produtos como Crop Nutrition, adjuvantes e biológicos, passa a ser mais importante dentro da marca de forma mundial. “A decisão sempre existiu. O ponto era: quando seria o melhor momento para iniciar de novo as operações no Brasil? E em 2017 começamos a estruturar esse retorno com os primeiros registros de produtos de proteção de cultivos”, afirma.
Ainda segundo Aleixo, um ponto importante é que a DVA resolveu voltar ao Brasil um pouco diferente. “Tomamos a decisão de ter a nossa própria linha de Crop Nutrition, chamada INCENTIA®, para isso, montamos uma operação do zero, incluindo profissionais, técnicos, marketing, fábrica, plant piloto e laboratório de R&D, no Sul da Espanha, região conhecida como o “Vale do Silício” da nutrição vegetal”, aponta. Lembrando que a companhia acessa mais de 50 países com mais de 70 produtos desenvolvidos ao longo dos anos.
Ao retornar ao Brasil, a DVA buscou uma equipe com alto nível técnico focada na entrega de valor para o agricultor, com novas tecnologias de proteção como por exemplo, nanotecnologia, misturas únicas, sinergia entre biológicos, nutrição vegetal e proteção de cultivo num só produto, etc.
O foco inicial destas soluções será primeiramente culturas intensivas como frutas e vegetais na região de Petrolina, Mossoró, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e região do Triângulo e Sul de Minas e depois entrará fortemente nas mais extensivas como soja, milho, algodão e cana-de-açúcar.
Investimento no Brasil
Para o projeto Brasil, a DVA, destinou nos últimos 4 anos o investimento de US$ 20 milhões somente em registro. Além disso, o plano conta com mais US$ 65 milhões de capital de giro. Somado a esse aporte, tem também a quantia de US$ 15 milhões de dólares referente a estrutura. “No total estamos falando de uma inversão de um investimento da ordem de US$ 100 milhões de dólares em 5 anos”, ressalta o diretor.
Um dos pilares dessa sólida retomada é a construção de um novo laboratório no interior de São Paulo, que será anunciado em breve. A empresa, que já conta com laboratórios na Argentina, Espanha e China, aposta que a estrutura no Brasil vai dar maior velocidade, para que as soluções cheguem ao campo muito mais rápido para o agricultor.
Segundo o diretor, a ideia neste primeiro momento é focar pesquisa, inovação e prova de conceito no Brasil. Já a etapa de desenvolvimento ficará concentrada na Argentina. “Temos uma fábrica relativamente grande lá, com planta piloto. Conseguimos levar a pesquisa para o laboratório fazer uma transferência de tecnologia para a planta piloto e aí também para a manufatura”, ressalta.
Mas, tudo andando bem conforme o planejado, a empresa já planeja a construção de uma fábrica de nutrição em solo brasileiro. “Já estamos conversando com algumas prefeituras no Estado de São Paulo, verificando o melhor lugar para termos a fábrica em termos de logística, em breve haverá mais novidades sobre as próximas etapas”, finaliza Aleixo.
Sobre - A DVA Agro é uma empresa multinacional alemã cuja missão é desenvolver soluções agrícolas de alta qualidade para agricultores no Brasil e no mundo. Produz e comercializa produtos para a proteção de cultivos, nutrição vegetal, biológicos e adjuvantes especiais para a agricultura sustentável. Com mais de 50 anos de experiência, além do Brasil também tem operações na Europa, América Latina, Ásia e África.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 28/01/2021
AVISO DE PAUTA - AUDIÊNCIA SOBRE DESESTATIZAÇÃO DA CODESA
Publicado em 01/28/2021 as
07:58 PM
No dia 4 de fevereiro, a partir das 9h, a ANTAQ realizará audiência pública virtual para obter contribuições visando ao aprimoramento dos documentos relativos à licitação do projeto de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), bem como da concessão dos Portos de Vitória e Barra do Riacho.
Após a reunião, haverá uma entrevista coletiva. Os jornalistas interessados em participar poderão enviar as perguntas pelo Whatsapp no número (61) 2029-6515. É importante que o jornalista se identifique e diga para qual veículo de comunicação trabalha.
Será disponibilizado no site da Agência (gov.br/antaq) o link para o acompanhamento da audiência pública.
Serviço
Audiência Pública Virtual - Desestatização da Codesa
Quando: 4 de fevereiro de 2021
Horário: 9h
*Jornalistas poderão enviar suas perguntas pelo Whatsapp.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 28/01/2021
ANTAQ ATUA EM MANAUS PARA DAR RAPIDEZ AO DESEMBARQUE DE OXIGÊNIO
Publicado em 01/28/2021 as
07:58 PM
Ação tem sido decisiva para que carregamentos cheguem à capital no menor tempo possível e atendam às pessoas internadas em virtude da Covid-19
AANTAQ, por meio da Unidade Regional de Manaus (UREMN), vem empreendendo esforços nos últimos dias para que oxigênio e materiais hospitalares cheguem à capital do Amazonas com mais rapidez pelo transporte de travessia. Essas ações têm sido fundamentais para que esses insumos estejam disponíveis para as pessoas que estão internadas em virtude da Covid-19.
O Ministério da Infraestrutura, em apoio ao Ministério da Saúde, implementou uma rota emergencial pela BR-319 (Porto Velho-Manaus). Nela, há dois serviços de travessia que a ANTAQ regula: Igapó-Açu – Manaus e Careiro-Manaus.

Carregamento de oxigênio líquido: ação da ANTAQ na travessia
A atuação dos servidores, que estão in loco, tem sido decisiva para que as travessias sejam realizadas no menor tempo possível. Em Igapó-Açu (a 215km de Manaus), por exemplo, os dois operadores da travessia foram colocados em prontidão para atender a qualquer hora os comboios e realizar a travessia.
“Também foi autorizado que os dois prestadores de serviço operassem simultaneamente, de forma excepcional, para diminuir o tempo de travessia. Caso o transporte fosse realizado por apenas um operador, levaria cerca de seis horas. Houve, no dia 23 de janeiro, um comboio de sete carretas e oito veículos de apoio. A operação se iniciou às 21h30, tendo sido concluída a 0h10, do dia 24, levando apenas 2h40 de duração”, explicou Luiz Carlos de Souza, chefe substituto da UREMN. “Foram sete caminhões transportando oxigênio líquido, totalizando 190 mil metros cúbicos. Esta quantidade é suficiente para abastecer Manaus por dois dias”, informou.
A travessia Careiro da Várzea – Manaus seria outro ponto que poderia ter algum problema logístico e atrasar a chegada do comboio com oxigênio a Manaus. No entanto, a Unidade Regional da ANTAQ coordenou, junto aos operadores da travessia, a colocação de uma balsa exclusiva em sobreaviso para auxiliar no transporte do comboio. “No dia 24 de janeiro, tendo confirmado a aproximação do comboio, a UREMN deslocou uma equipe para Careiro da Várzea de forma a organizar o embarque dos caminhões e sua divisão entre as balsas. Às 11h, o embarque foi encerrado com sucesso, e as balsas deslocaram-se para o porto da Ceasa, desembarcando às 12h15, seguindo destino para o Pátio da Planta da White Martins em Manaus”, relatou Souza. Mais 190 mil metros cúbicos de oxigênio líquido foram entregues na capital amazonense.
Outra ação da Unidade Regional contribuiu para que uma carga de oxigênio chegasse a Autazes, a 112km de Manaus. Na terça-feira (26), por volta das 23h30, a UREMN teve conhecimento de um carregamento com 40 cilindros para Autazes, cujo abastecimento era fundamental, pois o estoque só duraria até às 4h, na madrugada seguinte. No entanto, o serviço de travessia na Ceasa se encerra às 20h e recomeça às 4h30. “Caso o carregamento esperasse, não haveria tempo hábil para sua chegada, o que fatalmente poderia gerar óbitos em Autazes. A UREMN prontamente iniciou uma empreitada de contactar os operadores e colocar um deles à disposição do carregamento. Deslocamos um servidor para a travessia para acompanhar e coordenar os esforços. Por volta de 1h30, conseguimos realizar o transporte com a chegada do carregamento às 3h30 ao município, a tempo de suprir a demanda”, detalhou Souza.
Conforme o chefe substituto, “com o aumento exponencial dos casos e dos óbitos, vieram as restrições, e mais uma vez a ANTAQ foi chamada a agir, principalmente por que nós detemos um conhecimento muito refinado da logística na Região Norte. Pensamos que o momento, apesar do medo, da incerteza e da falta de leitos, requer a nossa participação, não só como servidores públicos, mas também como integrantes de uma comunidade que precisa de ajuda”, afirmou.

Resolução da ANTAQ determina prioridade no embarque e desembarque de veículos com cargas de material hospitalar ou oxigênio para o Amazonas
Para contribuir ainda mais com o combate à Covid-19, uma equipe de servidores vem fiscalizando embarcações autorizadas pela ANTAQ, principalmente em relação aos cuidados de higiene e distanciamento social, visando mitigar o risco de contaminação nas viagens. Em média, são fiscalizadas até oito embarcações por dia entre 6h e 18h. “Com relação aos passageiros, tendo em vista a restrição às viagens realizadas, as embarcações, em regra, seguem somente com carga. Apenas poucos passageiros seguem viagem, caso estejam enquadrados em situações de urgência ou emergência, ou caso estejam se deslocando para prestar algum serviço essencial”, explicou.
Em Brasília, a Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais (SFC) procura dar todo o apoio para a equipe local, mantendo comunicação aberta 24h diretamente com a superintendente Gabriela Costa e com os demais técnicos, visando acompanhar o trabalho desenvolvido pela equipe e atender a eventuais necessidades. “Procuro deixar a comunicação muito estreita com os chefes das unidades regionais, mas nesse momento essa relação se faz ainda mais importante, porque em alguns momentos são necessárias gestões emergenciais por parte da SFC que viabilizem de forma rápida o trabalho que está sendo desenvolvido pelos técnicos na UREMN”, afirmou Gabriela. Os técnicos encaminham diariamente os resumos das operações à SFC, além disso, são realizadas reuniões periódicas para alinhar as estratégias.
Resolução No 8096
Além da atuação em Manaus, a ANTAQ vem editando normas para que haja prioridade no embarque e desembarque de veículos com cargas de material hospitalar ou oxigênio para o Amazonas nas travessias reguladas pela ANTAQ. Trata-se, por exemplo, da Resolução No 8096, de 19 de janeiro de 2021. Conforme o texto legal, os operadores da linha de travessia de veículos entre os municípios de Manaus e Careiro da Várzea, na diretriz da rodovia BR-319, deverão realizar o transporte imediato do veículo com esse tipo de carga. A obrigação de transporte imediato se dará pela empresa que se encontrar disponível. “A UREMN, de forma a dar conhecimento da resolução, reuniu os operadores da travessia para enfatizar e orientar sobre a necessidade de dar prioridade para o transporte de oxigênio e outros gêneros hospitalares, o que vem ocorrendo sem maiores intercorrências”, garantiu Souza.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 28/01/2021
AEROPORTO DE GUARUJÁ: REUNIÃO DEFINE ESTRATÉGIAS POR VERBAS DA PRIMEIRA FASE
Publicado em 01/28/2021 as
07:57 PM
Prefeito está agendando reuniões em Brasília para buscar recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC)
Da Reportagem17h15

O encontro foi no Paço Municipal e contou com a presença do prefeito Válter Suman
Foto: Divulgação/PMG
Em reunião na manhã desta quarta-feira (27), o grupo de trabalho formado para viabilizar a implantação do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá definiu estratégias para o custeio das providências necessárias nesta primeira fase do projeto. Entre estas providências, está a instalação do terminal de passageiros e da cerca operacional que vai delimitar o espaço para as atividades civis e militares.
O encontro foi no Paço Municipal e contou com a presença do prefeito Válter Suman, da vice-prefeita Adriana Machado e do comandante da Base Aérea, Tenente Coronel Aviador Dayve Moraes Piva, além da superintendente da Infraero, Adriana Lopes Ramos e dos secretários municipais Rogério Lima (Desenvolvimento Econômico), Gilberto Venâncio (Governo) e do secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico, Gustavo Rondini. Por vídeoconferência, também participou do encontro o superintendente de Gestão da Operação da Infraero, Paulo Eduardo Cavalcante.
Para custear as atividades necessárias a esta primeira fase, o prefeito está agendando encontro na Secretaria Nacional de Aviação Civil, nos primeiros dias de fevereiro, quando vai pleitear recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC). "Esta primeira fase é vital para o registro do aeroporto junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)", declarou o prefeito Válter Suman.
Três etapas
Todo o controle do aeroporto é do Município, com a gestão e operação aos cuidados da Infraero, que atua como uma prestadora de serviços. Com 47 anos de existência, a Infraero administra, atualmente, 55 aeroportos em todo o Brasil. O 56º será o de Guarujá. O acordo prevê três etapas para colocar o aeroporto em funcionamento.
Fonte : Diário do Litoral - SP
Data : 28/01/2021
FERROVIA E OPERAÇÕES
Publicado em 01/28/2021 as
07:55 PM
Os executivos da concessionária ferroviária Rumo LÇogístiva (Grupo Cosan) João Batista Almeida (gerente executivo) r Guilherme Penin (diretor de assuntos Regulatórios) e o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, visitaram a sede do Grupo Tribuna na tarde de ontem.
Eles foram recebidos pelo diretor comercial Demétrio Amono, o editor do Porto & Mar de A Tribuna, Leopoldo Figueiredo, e o apresentador do programa Porto 36º, Maxwell Rodrigues.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 28/01/2021
UNIÃO VAI MODERNIZAR POLÍTICA MARÍTIMA PARA OS PRÓXIMOS 30 ANOS
Publicado em 01/28/2021 as
07:28 PM
Medida vai envolver transportes aquaviários, segundo Governo
Por Fernanda Balbino - Da Redação

União vai modernizar política marítima (Foto: Carlos Nogueira/AT)
O Governo Federal pretende reformular a política marítima nacional para os próximos 30 anos. Para isto, criou um grupo de trabalho que reúne 16 órgãos, entre eles a Marinha do Brasil e os ministérios da Infraestrutura e da Economia. Entre os planos, está a integração de regras e ações relacionadas ao uso do mar no País.
O Brasil conta com uma política marítima nacional desde 1994. Agora, o plano do governo é atualizá-la, refletindo as aspirações brasileiras para o mar pelas próximas três décadas. Propor procedimentos para a implementação da nova política integrada e avaliar formas de financiamento para as novas diretrizes também estão entre os objetivos.
As informações referentes ao plano constam do Decreto nº 10.607, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira. O documento reúne os órgãos que irão participar dos trabalhos.
Além das pastas da Economia e da Infraestrutura, o grupo será composto pelos ministérios das Relações Exteriores, do Turismo, do Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre outros.
Segundo a Marinha, que será responsável pela coordenação dos trabalhos, os estudos já foram iniciados de maneira preliminar. “A política marítima nacional em vigor apresenta objetivos para orientação do setor marítimo, mas que, passados mais 26 anos de sua publicação, precisam ser atualizados. Os estudos necessários para essa atualização serão iniciados após a indicação dos membros pelos titulares dos órgãos componentes do grupo e designação em ato oficial do ministro da Defesa”.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, um dos elementos da política marítima nacional envolve os transportes aquaviários. “Portanto, reformulações feitas poderão trazer algum tipo de impacto na navegação e nas operações portuárias. Como ainda não há indicação sobre as alterações na política, fica prejudicada a possibilidade de avaliação sobre quais impactos podem ocorrer”.
Novas regras
Segundo o decreto, o grupo interministerial também tem o objetivo de definir os objetivos e a prioridade para cada segmento envolvido na atividade marítima, assim como elaborar as propostas de atos e os instrumentos normativos necessários à implementação das novas normas.
Os trabalhos do grupo terão duração de um ano, mas podem ser prorrogados por igualFonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 28/01/2021
CONCLUSÃO DE TRECHO DA BR-135 VAI MELHORAR MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE ITAQUI, DIZ EMAP
Publicado em 01/27/2021 as
06:46 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 26 Janeiro 2021

Arquivo
A obra será importante para o escoamento de grãos da região do Matopiba até o Porto de Itaqui.
O governo federal entregou na última semana a conclusão do trecho de 67 quilômetros da BR-135/ BA. A obra teve como objetivo consolidar a rodovia como importante corredor logístico da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) para o escoamento de grãos e minérios, sobretudo pelo Porto de Itaqui (MA). De acordo com este, a obra trará melhorias na movimentação de cargas, aumentando a eficiência de toda a cadeia portuária.
A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) destacou que todas as cargas que chegam e deixam o porto utilizam a BR-135, podendo assim melhorar o volume de cargas movimentado. Apesar disso, a empresa destacou que atualmente 55% das cargas chegam ao porto pelo modal ferroviário, com destaque para a celulose e cobre.
Em setembro de 2020, houve a inauguração o Novo Tegram, que ofereceu ao porto a capacidade de exportar 20 milhões de toneladas de grãos por ano. A Emap afirmou que para este ano existe a previsão de crescimento na movimentação portuária, principalmente porque o agronegócio tem nova safra recorde prevista no Brasil.
No ano passado, o porto apresentou uma movimentação recorde com 25,3 milhões de toneladas movimentadas. Os grãos (soja, milho e farelo de soja) chegaram aos 12,1 milhões de toneladas, incluindo as operações do Tegram e da VLI. Houve um crescimento de 8,5% em relação a 2019. A exportação de celulose cresceu 35% se comparado ao ano anterior.
Entre recursos próprios e privados, a gestão do porto tem um plano de investimentos de R$ 1,4 bilhão para projetos já em andamento e previstos para 2021. Com os recursos privados estão em andamento a expansão do terminal de fertilizantes, de dois terminais de granéis líquidos e um de celulose. Para este ano está previsto também o leilão de quatro novos terminais de combustíveis. Já com orçamento da própria Emap vem sendo feitas obras de recuperação de berços, pavimentação de vias e acesso ao porto.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
ESCANEAMENTO DE CARGAS CRESCE 30% NO PORTO DO PECÉM
Publicado em 01/27/2021 as
06:46 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 27 Janeiro 2021

Mais de 50 mil escaneamentos de cargas foram realizados, no ano passado, pelo escâner instalado no pátio de armazenagem do terminal portuário do Pecém, localizado no litoral oeste do Ceará. Com os 54.462 movimentos registrados em 2020, atingiu se a marca média de 4.538 escaneamentos/mês ou 149 escaneamentos/dia.
O escâner do Porto do Pecém funciona desde 2013 e é utilizado em 100% dos contêineres importados e exportados através das três rotas de longo curso que operam no terminal cearense. A operação de escaneamento é feita sob exclusivo monitoramento da Receita Federal do Brasil, inclusive em contêineres vazios. Hoje o equipamento permite até 60 inspeções por hora.
Escaneamentos realizados no Porto do Pecém
2020: 54.462
Secos (Dry): 44.802
Refrigerados (Reefer): 9.660
2019: 42.037
Secos (Dry): 37.056
Refrigerados (Reefer): 4.981
“Nosso escâner é um equipamento vital para o pleno funcionamento do porto. Nos garante a segurança necessária para a movimentação de contêineres que embarcam e desembarcam aqui pelo Pecém. Além disso, possuímos câmeras de monitoramento em toda a área alfandegada. As imagens são armazenadas e monitoradas pela Receita Federal, que determina os respectivos encaminhamentos das cargas após análise completa. Importante ressaltar também que o Pecém mesmo sendo Autoridade Portuária não têm poderes para abrir contêineres e verificar seu conteúdo”, pontua Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (CIPP S/A).
A importância do equipamento é comprovada por autoridades como Receita Federal e Polícia Federal. Em agosto de 2019, por exemplo, aproximadamente 330 quilos de cocaína foram aprendidos em um contêiner que seria embarcado para a Europa. A detecção aconteceu após o escaneamento acompanhado pela Equipe de Vigilância e Repressão (EVR) da Receita Federal, com a suspeita da prática criminosa conhecida como rip-off loading, em que a droga é inserida em carga regular, sem o conhecimento do exportador.
Escaneamento de veículos suspeitos
O escâner utilizado no pátio de armazenagem do Porto do Pecém reforça também a fiscalização nas rodovias estaduais e federais que cortam o Complexo do Pecém. A PRE (Polícia Rodoviária Estadual) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) dispõem do equipamento para verificar veículos suspeitos que trafegam pela região.
“Em março de 2019, a PRF interceptou uma caminhonete na BR-222 e em seguida trouxe o veículo para ser escaneado no Porto do Pecém. Após o escaneamento foi verificada a presença de material entorpecente no tanque de combustível do veículo aprendido. Na época, o motorista foi preso em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado à sede da Polícia Federal, em Fortaleza. Em abril e novembro do ano passado, a PRF escoltou outros dois veículos para o escaneamento conosco, mas nas duas ocorrências não foi detectada a presença de entorpecentes”, lembra Nicolau dos Santos, gerente de Segurança Patrimonial do Complexo do Pecém (CIPP S/A).
Fonte: Ascom Governo do Ceará
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
SANTOS BRASIL CONCLUI OBRAS NO TECON VILA DO CONDE E IMPLANTA GATES AUTOMATIZADOS
Publicado em 01/27/2021 as
06:45 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 27 Janeiro 2021

Terminal localizado em Barcarena (PA) recebeu R$ 60 milhões em investimentos entre 2018 e 2019
A Santos Brasil concluiu as últimas obras civis do projeto de modernização do Tecon Vila do Conde, terminal de contêineres localizado em Barcarena (PA). No total, foram 25 meses de obras que contemplaram a pavimentação em concreto de 36.000 m2 de pátio para armazenamento de contêineres e a construção de dois novos gates e de espaços destinados a vestiários e refeitórios para os colaboradores.
Outra novidade é a automatização dos gates nas entradas do terminal, agilizando o fluxo de caminhões e aumentando a segurança da informação e da carga. Desenvolvidos com base nas mais modernas estruturas de IoT (Internet of Things), os gates automatizados permitem a autenticação biométrica, o controle e gerenciamento de motoristas, evitando filas para cadastros e padronizando processos, a leitura de placas e de contêineres por meio de sensores de OCR, a aferição de peso do caminhão com a carga e a sincronização de dados entre as unidades da Companhia.
Atualmente, o Tecon Vila do Conde conta com quatro gates de entrada e dois de saída, piso de concreto em todo o seu pátio de armazenamento, que permite maior velocidade para a operação e maior capacidade de armazenamento; dispõe ainda de nove reach stakers, das quais três acabaram de chegar ao terminal, substituindo equipamentos já existentes, para movimentação de contêineres no pátio; e três guindastes MHC sobre rodas que operam no cais para embarque e desembarque de mercadorias conteinerizadas ou cargas de projeto.
Entre 2018 e 2019, a Santos Brasil realizou investimentos da ordem de R? 60 milhões na unidade, em obras civis e equipamentos de pátio e cais. Estes investimentos proporcionaram um aumento substancial na produtividade do terminal e elevaram o nível de serviço, agregando competitividade aos seus clientes e estimulando o desenvolvimento regional.
Nos últimos anos, o Tecon Vila do Conde tem apresentado crescimento consistente e em 2019 superou a marca dos 104 mil contêineres movimentados. Em 2020, a demanda pela movimentação de cargas de projetos tem se destacado. Mesmo em meio à crise gerada pela pandemia do Covid-19, o terminal operou neste ano, até agora, 18 navios com este tipo de carga contra 15 em todo o ano passado.
A prestação de serviço de armazenagem também vem registrando um aumento em relação a 2019, com a possibilidade de desova de contêineres e estoque de mercadorias para seus clientes. Atualmente, 75% da área de armazenagem vem sendo utilizada enquanto no ano passado a média de ocupação foi de 55%.
O terminal celebra ainda uma outra marca importante: um ano sem acidentes de trabalho. Essa conquista é fruto de um trabalho consistente de fortalecimento da cultura da segurança por meio de ações voltadas à prevenção.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
INICIADO PRAZO PARA ESTUDOS DE MODELAGEM DE SETE TERMINAIS PESQUEIROS PÚBLICOS
Publicado em 01/27/2021 as
06:45 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 27 Janeiro 2021

Foi iniciado, nesta quarta-feira (27), o prazo para execução dos estudos para a modelagem da concessão de sete Terminais Pesqueiros Públicos (TPPs) qualificados no PPI, localizados em Aracaju (SE); Belém (PA); Cananéia (SP); Manaus (AM); Natal (RN); Santos (SP) e Vitória (ES).
O resultado definitivo do Procedimento de Manifestação de Interesses (PMI) foi publicado no DOU de segunda-feira (25). Foi selecionado o Consórcio LPC Latina, composto pelas empresas Terrafirma Consultoria Empresarial e de Projetos LTDA (empresa líder); Moysés & Pires Sociedade de Advogados; CPEA - Consultoria, Planejamento e Estudos Ambientais LTDA; Latina Projetos Civis e Associados LTDA.
Agora, foi dada a autorização formal para que sejam iniciados os estudos para os TPPs, que deverão ser concluídos em até 60 dias. Clique aqui para acessar a publicação no DOU desta quarta-feira (27).
Os estudos envolvem análises de mercado (com avaliação da demanda, receitas/despesas, benchmarking e análise de potencial de valor agregado com o incremento de novos negócios, que podem ser inseridos no âmbito da concessão, em especial os relacionados ao turismo ou comercialização, a exemplo de mercados, armazéns, museus, centro de convenções, restaurantes); análise das infraestruturas e estudos de engenharia; estudos ambientais; avaliação econômico-financeira; e modelagem jurídica da concessão com respectiva minuta de edital, contrato e demais anexos.
Após a conclusão dos estudos, que serão devidamente validados pela Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP/MAPA) com apoio do PPI, será aberta Consulta Pública, prevista para os meses de abril e maio, com o objetivo de divulgar todo o processo e, principalmente, possibilitar ampla participação à sociedade civil.
Estão previstas, durante a Consulta Pública, audiências públicas (virtuais e/ou presenciais nas respectivas localidades de cada TPP, a depender da situação relativa à pandemia de Covid-19) e rodadas de diálogos com potenciais investidores. Após a conclusão da Consulta, serão realizados os aprimoramentos necessários, para, em seguida, encaminhar os estudos ao Tribunal de Contas da União (TCU).
A publicação do edital está prevista para setembro, com leilão em novembro deste ano.
Fonte: PPI
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
NOVA BACIA DE EVOLUÇÃO EM ITAJAÍ ALCANÇA 300 GIROS
Publicado em 01/27/2021 as
06:45 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 27 Janeiro 2021

Há pouco mais de um ano acontecia o primeiro teste de manobra com navio acima de 300 metros
No dia 16 de janeiro de 2020, um fato histórico para Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes acontecia: a primeira manobra na área da Nova Bacia de Evolução. Um pouco mais de um ano após este feito, diversos giros foram realizados na Nova Bacia até chegar no tricentésimo giro, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (27).
O CMA CGM "Jacques Junior" foi o navio que completou a marca dos 300 giros. Com 300 de comprimento e mais de 48 metros de boca (largura), o navio estava atracado no berço da Portonave e desatracou por volta de 10h30 na manhã desta quarta-feira.
“É com muita satisfação e muita alegria que o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes tem o que comemorar. Um ano após a primeira operação, estamos completando um significativo número, o de trezentas manobras na nova bacia de evolução. Nesse período, possibilitamos não somente receber os 300 navios, mas, sobretudo, bater o recorde brasileiro de recebimento do maior navio de contêineres, o APL Paris (347,04 x 45,27), em 17 de junho de 2020”, destaca o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.
Em junho de 2020, cinco meses depois do primeiro giro, o Complexo recebeu o maior navio porta contêineres a navegar na costa brasileira, sendo um feito histórico para o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes no ano de 2020.
O APL Paris, de Singapura, possui 347,4 metros de comprimento e 45,2 metros de largura, e é maior que a Torre Eiffel. O giro do APL Paris foi a 6ª manobra bem-sucedida na nova Bacia na categoria de navios acima de 306 metros de comprimento e até 350 metros.
Ricardo Amorim, Coordenador de Operações e Inteligência da Fiscalização do Porto de Itajaí, relembra as dificuldades das operações anteriores à Bacia: “A bacia de evolução resolveu um dos nossos grandes problemas, o bloqueio de um terminal para o outro. Tinha que aguardar a finalização da operação de um outro navio para que o navio pudesse sair, para poder girar, porque a bacia um tem essas restrições, precisava do berço livre nos dois lados para poder fazer os giros”.
Em janeiro de 2020, um ano atrás, havia muita expectativa em relação ao crescimento da competitividade do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes no mercado, por conta das obras de melhoria, já que o Complexo iria começar a receber navios maiores. “A gente estava perdendo muito espaço para os concorrentes, e se não fosse essa nova bacia de evolução, e não só a bacia, mas também a própria estrutura de acesso aquaviário remodelada, iriamos perder espaço. As obras nos proporcionaram um salto importante para que pudéssemos obter os ótimos resultados atuais”, ressalta Heder Cassiano Moritz, Diretor Geral de Operações Logísticas do Porto de Itajaí.
A Bacia do Saco da Fazenda, denominada Afonso Wippel, permitiu que o comprimento máximo de navios que escalam no Complexo Portuário saltasse de 306 metros, para 350 metros de largura, e possibilitou que a entrada e saída de navios no período noturno fosse de até 306 metros de comprimento, aumentando de forma decisiva o crescimento do Porto de Itajaí e Navegantes.
O Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni comentou sobre a necessidade da próxima etapa para prosseguir o desenvolvimento do Complexo Portuário:
“A bacia de evolução foi uma das maiores conquistas que nós alcançamos para o nosso Porto, para que ele pudesse se adequar ao grande mercado internacional da navegação desses novos tempos. Vem se tornando mais evidente a importância e necessidade de nos prepararmos para as obras da segunda etapa, objetivando e concretizando em definitivo esse projeto estratégico e tão fundamental para o Porto de Itajaí, em nosso porto público (berços 3 e 4) e na APMT (berços 1 e 2), e para o estado de Santa Catarina”.
2ª etapa da Bacia de evolução:
A segunda etapa da obra de ampliação da bacia pretende aumentar o espaço para o giro dos navios, permitindo que o Complexo receba navios com de 366 metros, ou até 400 metros, conforma for a execução do projeto.
“A nova Bacia de Evolução foi um esforço conjunto da Autoridade Portuária, Marinha, Praticagem, Prefeitura de Itajaí, Governo do Estado e Terminais Portuários, que nos trouxeram condições operacionais e alternativas, estimulando o desenvolvimento econômico. A condição atual do complexo nos coloca na vanguarda para receber esses navios maiores, que são realidade e tendência no comércio marítimo internacional. Porém, precisamos também focar esforços para a realização da segunda fase da Bacia, para tornar o Complexo ainda mais competitivo e poder receber navios de até 400 metros de comprimento”, conclui Osmari de Castilho Ribas, Diretor Superintendente Administrativo da Portonave.
Fonte: Ascom Superintendência do Porto de Itajaí
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
NOVAS MEDIDAS RESTRITIVAS PODEM MANTER FRETES ELEVADOS E PRESSIONAR INFLAÇÃO NO BRASIL
Publicado em 01/27/2021 as
06:45 PM
Por Dérika Virgulino NAVEGAÇÃO 27 Janeiro 2021

Arquivo
Além da nova onda da Covid-19, alguns setores ainda estão com limitações com o isolamento de trabalhadores, o que tem provocado atrasos nos transportes.
Mesmo com a retomada da economia ao redor do mundo a partir do segundo semestre de 2020, diversos setores ainda continuam com restrições, afetando diretamente sistemas de transporte e portuários. Além disso, a nova onda do coronavírus (Covid-19) e o anúncio de lockdown (restrições) em alguns países vêm mantendo os fretes marítimos elevados o que, para o especialista no tema e advogado na Promare, Larry Carvalho, podem pressionar a inflação no Brasil.
Carvalho explicou que setores da economia continuam impossibilitados de trabalhar com 100% da sua mão de obra. Por esta razão, ele afirmou que setores portuários e também transporte rodoviário vêm sofrendo com “delays”, isto é, atrasos. Isso tem feito com que o contêiner demora mais a sair do porto, bem como a retornar vazio.
Ele disse que especialistas utilizam o termo “tempestade perfeita” para se referir ao fato de que todos os players foram afetados pelo atual contexto. “A junção de todos os problemas decorrentes da Covid foram essa tempestade perfeita”, frisou. Assim todas as partes foram afetadas, provocando um efeito em cadeia e a consequente escassez de contêineres.
Desse modo, Carvalho acredita que poderá haver uma retração no valor do frete, ainda muito alto, após o ano novo chinês que será na segunda semana de fevereiro. Entretanto, caso novas medidas de lockdown sejam implantadas, a situação pode piorar. Assim, o frete deve permanecer pressionando a inflação no Brasil.
No pior momento da crise sanitária, no primeiro semestre de 2020, ele lembrou que de um lado consignatários abandonaram cargas ou demoraram a nacionalizar devido às medidas restritivas, como o isolamento, do outro, transportadores eliminaram rotas deficitárias e cancelaram rotas. E o setor portuário e rodoviário sofreu com maior lentidão.
A medida tomada pelos transportadores, segundo ele, foi visando à sobrevivência com contenção de despesas e manutenção de fluxo de caixa, principalmente diante do cenário inicial da pandemia. Atualmente o quadro ainda vem sendo observado por especialistas e armadores, tendo em vistas novas medidas restritivas.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
ARRECADAÇÃO DO AFRMM TOTALIZA R$ 5,5 BILHÕES EM 2020
Publicado em 01/27/2021 as
06:44 PM
Por Danilo Oliveira INDÚSTRIA NAVAL 27 Janeiro 2021

Arquivo/Divulgação
Valor ficou 28% acima do total de R$ 4,3 bilhões arrecadado em 2019. Em 2020, a parcela destinada ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) somou R$ 3,47 bilhões.
A arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) totalizou R$ 5,5 bilhões em 2020. O valor ficou 28% acima dos R$ 4,3 bilhões de arrecadação bruta em 2019. No 4º trimestre do ano passado, os valores arrecadados pelo AFRMM somaram R$ 1,75 bilhão, valor 49% superior em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são informados trimestralmente pelo Ministério da Infraestrutura. Dessa arrecadação bruta, são deduzidos os valores referentes ao ressarcimento às empresas de navegação.
Os valores arrecadados incluem o montante relativo à emenda constitucional 93/2016, que desvincula os 30% das receitas de contribuições sociais, impostos, taxas e multas da União até o final de 2023 (DRU — Desvinculação de Receitas da União), bem como a parcela que cabe ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) referente aos fundos: Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT (3%); do Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo – FDEPM (1,5%); e Naval – FN (0,4%).

210127-arrecadacao-afrmm-4t-2020.jpg
Em 2020, a parcela destinada ao FMM somou R$ 3,47 bilhões, enquanto a DRU ficou em R$ 1,56 bilhão. Os valores para FNDCT foram de R$ 109,39 milhões, ante R$ 54,7 milhões para o ensino profissional marítimo (FDEPM) e R$ 14,6 milhões para o Fundo Naval. No 4° trimestre do ano passado, a parcela para o FMM ficou em R$ 1,16 bilhão. De outubro a dezembro de 2020, o valor de DRU somou R$ 525,6 milhões, enquanto os valores destinados aos fundos foram de R$ 36,8 milhões (FNDCT), R$ 18,4 milhões (FDEPM) e R$ 4,9 milhões de FN.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 27/01/2021
BOLSONARO ANUNCIA QUE AUXÍLIO A SETOR DE BARES E RESTAURANTES SERÁ DECIDIDO EM ATÉ 15 DIAS
Publicado em 01/27/2021 as
06:44 PM
Setor alega que enfrenta os efeitos do recrudescimento da pandemia
O presidente Jair Bolsonaro prometeu responder, em até 15 dias, se o Governo tem condições ou não de ajudar novamente o setor de bares e restaurantes, que enfrenta os efeitos do recrudescimento da pandemia de Covid-19.
Bolsonaro levou representantes da categoria a uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira (27), e saiu de lá com uma lista de pedidos.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, participou da reunião e pediu a prorrogação da carência para pagar empréstimos no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e a prorrogação para que firmas possam reduzir a jornada e os salários dos funcionários, além de ajuda para empresas em relação ao Simples Nacional, regime de tributação especial.
"Vamos estudar nos próximos dias o impacto fiscal e a resposta (será dada) em duas semanas no máximo. No máximo. Da minha parte, tudo que eu procuro fazer é para resposta imediata. Sim ou não, mas imediata", declarou Bolsonaro depois do encontro.
O programa foi anunciado em abril do ano passado como medida para evitar um aumento ainda maior do desemprego diante da pandemia do novo coronavírus, que provocou restrições no funcionamento ou mesmo o fechamento de parte do comércio e da indústria.
Como contrapartida, o Governo banca um benefício para quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso até o limite do seguro-desemprego (R$ 1.813). Foram pagos R$ 33,5 bilhões a 9,8 milhões de trabalhadores. O custo total do programa, no entanto, era estimado em R$ 51,6 bilhões.
Críticas às restrições
Bolsonaro voltou a criticar as políticas de restrição de horário para o funcionamento do comércio adotadas pelo governo de São Paulo e pela prefeitura de Belo Horizonte como medidas para evitar o colapso do sistema hospitalar neste momento de agravamento da pandemia.
"Tem um Estado (São Paulo) que ao fechar tudo a partir das 20h e sábado e domingo também, atinge diretamente, atinge o coração de garçons, donos de bares e de eventos. O mesmo problema está acontecendo na capital BH (Belo Horizonte)", comentou.
O presidente comentou que o setor foi pedir "socorro" ao ministro da Economia. "Não podemos botar na rua 6 milhões de pessoas que ficariam prejudicadas com as medidas ora adotadas pelo Estado de São Paulo e pela capital de Minas Gerais", reforçou Bolsonaro.
O presidente da Abrasel afirmou que o setor "paga uma conta desproporcional" com a pandemia da Covid-19. "O presidente está entendendo a importância de preservar os empregos do setor, manter as empresas, até que a gente possa, com a retomada da economia, voltar à normalidade", disse.
O chefe do Executivo fez ainda um apelo para chefes de governo de estados e municípios para não aderirem a um "lockdown".
São Paulo e BH
Na semana passada, por conta da alta de infecções pela Covid-19, o governo de São Paulo anunciou regras mais restritivas para o funcionamento do comércio. Em Belo Horizonte, desde o início do mês, também vigoram medidas de fechamento com prioridade para atividades essenciais.
A partir desta segunda (25), em São Paulo, passou a valer a fase vermelha, em que só é permitido o funcionamento de serviços essenciais, das 20h às 6h. As regras também vão valer aos sábados, domingos e feriados. As restrições no período da noite e durante os finais de semana devem vigorar até, pelo menos, 8 de fevereiro.
Fonte: Diário do Nordeste – CE
Data : 27/01/2021
PRÉ-PROJETO DE UM DOS PORTOS EM ARROIO DO SAL DEVE ESTAR CONCLUÍDO ATÉ MARÇO
Publicado em 01/27/2021 as
06:44 PM
Município do Litoral Norte tem dois projetos em fase de estudo de viabilidade técnica
Por Marcelo Mugnol

Município do Litoral Norte tem dois projetos em fase de estudo de viabildade técnica
Reproução / Google Earth
O dia 26 de agosto de 2019 está marcado na história de Arroio do Sal. O dia D apontou a escolha do município como zona prioritária para acolher a construção de um novo porto no Estado. Conforme estudo do relatório, realizado à época pela Marinha, Torres, que inicialmente era o local sugerido para instalação do empreendimento, não possuiria vazios de praia com extensão e morfologia compatíveis, enquanto que Arroio do Sal se enquadrava nos parâmetros técnicos necessários.
Dezessete meses depois, a situação é a seguinte: ao invés de um porto, poderão ser construídos dois na praia que é uma das mais escolhidas para o veraneio de caxienses. Conforme noticiado pelo Pioneiro, em março de 2020, Affonso Flávio Angst (MDB), prefeito de Arroio do Sal, explicava que "se tratam de duas empresas, com diferentes áreas, trabalhando em projetos distintos". Um dos empreendimentos deverá ser construído na praia de Rondinha, enquanto o segundo deve ser edificado em Arroio Seco, contando com recursos de investidores russos.
— Não temos novidade nenhuma. Os empreendimentos estão em fase de elaboração dos projetos a serem encaminhados para a aprovação da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) — explica o prefeito reeleito Affonso Flávio Angst, mais conhecido como Bolão.
No entanto, há uma importante atualização. Quem nos revela é o diretor institucional da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Ruben Bisi, que também representa o Movimento Mobilização por Caxias (Mobi):
— Fizemos recentemente uma live com os proprietários do terreno, para o porto de Rondinha. A nova empresa que foi escolhida para realizar o estudo de viabilidade técnica é a DTA - Engenharia Portuária e Ambiental. Eles estão trabalhando nisso e prometeram apresentar o estudo preliminar em março.
Em dezembro de 2019, o prefeito Bolão dizia que havia a intenção do grupo de investidores russo instalar a pedra fundamental para a obra do porto de Arroio Seco em março de 2020, o que não ocorreu ainda. Na época, o secretário do Meio Ambiente, Agropecuária e Pesca de Arroio do Sal, Luis Schmidt, dizia que o investimento girava em torno de 1 bilhão de dólares. A esperança, para ambos os portos, é de que se confirme a expectativa para o início das obras ainda em 2021.
Segundo estimativas do Bolão, se apenas um dos portos estiver em operação, Arroio do Sal poderá quadruplicar o seu orçamento, que atualmente é de cerca de R$ 60 milhões, por ano.
ARTICULAÇÕES E EXPECTATIVAS
Agosto de 2019
Apesar dos esforços por parte da prefeitura de Torres, Arroio do Sal foi o município escolhido para ser a provável sede do porto do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A definição foi comunicada em reuniões com os prefeitos das duas cidades, empresários e lideranças políticas do Estado, no dia 26 de agosto de 2019. A confirmação foi anunciada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP), que media a articulação para implantação do modal de transporte marítimo.
Setembro de 2019
A instalação de um porto no Litoral Norte tem o apoio do governo do Estado, desde que ele não conte com recursos públicos. Conforme explicou na época, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Ruy Irigaray, o Executivo estadual faria esforços para viabilizar o empreendimento, como facilidade para licenciamentos:
— Somos favoráveis a qualquer tipo de investimento privado. Da nossa parte, vamos fazer de tudo para facilitar os investimentos, caso hajam. Não tem como o governo participar (com dinheiro). O governo tem outras prioridades — revelou Irigaray, em 12 de setembro de 2019.
Dezembro de 2019
O porto de Arroio Seco poderia vir a receber recursos de investidores russos para sair do papel. Um termo de cooperação entre a prefeitura de Arroio do Sal e o Comitê Nacional de Cooperação Econômica da Rússia foi assinado no dia 9 de dezembro de 2019. A intenção do grupo, segundo o prefeito Bolão, era instalar a pedra fundamental da obra em março de 2020, o que ainda não ocorreu. Está em fase de estudo de viabilidade o projeto de construção de um porto multimodal com capacidade para receber navios de até 400 metros, com investimento de cerca de 1 bilhão de dólares.
Janeiro de 2020
Havia sido protocolado na secretaria de Meio Ambiente de Arroio do Sal, no dia 9 de janeiro de 2020, o projeto de construção do prédio administrativo do grupo Doha Investimentos e Participações S/A, que sondava-se à época, administraria o porto em Arroio Seco. O prédio ainda segue sem prazo para ser erguido.
Março de 2020
Com a aproximação dos russos, se criou a possibilidade de viabilizar a instalação de dois portos, ao invés de apenas um, como era o plano inicial. Em reportagem do dia 12 de março de 2020, o prefeito Bolão assim explicava a situação:
— Na realidade, são duas empresas com áreas diferentes, trabalhando em projetos distintos. Um deles, é da empresa Meridional (atualmente capitaneado pela DTA - Engenharia Portuária e Ambiental), do porto em Rondinha, e o outro, dos investidores russos (Grupo Doha Investimentos e Participações SA), que será em Arroio Seco. Um porto já é excelente, imagina se houver dois. Se isso ocorrer, será um retorno enorme para o município.
Fonte: Gazera Zero Hora - RS
Data : 27/01/2021
REAQUECIMENTO DO SETOR NAVAL ESTÁ NA MIRA DE AÇÕES DO CONLESTE EM 2021
Publicado em 01/27/2021 as
06:44 PM
Esse é um dos temas que o consórcio pretende potencializar, como forma de gerar empregos e melhorar a economia de toda a região
POR IRMA LASMAR

A reunião contou com 12 dos 16 prefeitos que fazem parte do consórcio - Divulgação
SÃO GONÇALO - O prefeito Capitão Nelson participou da primeira Assembleia Geral Extraordinária do Conleste (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense), realizada na segunda-feira (25), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, no Rio. A reunião contou com 12 dos 16 prefeitos que fazem parte do consórcio. A reativação dos estaleiros gonçalenses entrou em pauta no encontro. Esse é um dos temas que o consórcio pretende potencializar, como forma de gerar empregos e melhorar a economia de toda a região.
Durante o encontro, o prefeito de São Gonçalo conversou com o atual presidente do consórcio, Dr. Sadinoel,ex-prefeito de Itaboraí,. Na pauta, propostas para alavancar a economia do município. “Sadinoel veio me passar algumas orientações e dividir sua experiência. É importante ter essa troca de ideias. É isso que acontece no Conleste, especialmente em prol do desenvolvimento da nossa região”, avaliou Capitão Nelson.
A eleição do novo presidente do Conleste foi adiada por 60 dias. Os prefeitos aproveitaram o encontro para alinhar estratégias para os próximos anos. Durante a reunião, também foram apresentados os resultados do biênio 19/20 e o planejamento para 20/21. Fazem parte do Conleste: Araruama, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis.
Fonte: O Dia Online - RJ
Data : 27/01/2021
FUTURA SECRETÁRIA DO COMÉRCIO DOS EUA PROMETE SER 'AGRESSIVA' COM A CHINA
Publicado em 01/27/2021 as
06:43 PM
Gina Raimondo não se comprometeu a manter a gigante Huawei e outras empresas chinesas na lista negativa dos Estados Unidos.
Por France Presse
A nova secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, que foi sabatinada no Senado na terça-feira (26) no processo de confirmação de sua indicação para o cargo, expressou sua intenção de se manter firme e até "agressiva" com a China e lamentou as práticas desleais do gigante asiático.
Gina Raimondo, a primeira governadora de Rhode Island, afirmou que a China "claramente se envolveu em um comportamento anticompetição", como no caso do setor de aço e alumínio, "que prejudica os trabalhadores americanos".
"Consequentemente, se for confirmada, prevejo ser muito agressiva, ajudando os americanos a lutarem contra as práticas desleais da China", prometeu.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/s/1/SBfgMeQAyiXYoMBe8V2Q/2021-01-26t173806z-1006960350-rc2tfl98epvv-rtrmadp-3-usa-biden-commerce.jpg)
Gina Raimondo (no telão) é sabatinada por comitê do Senado dos EUA em caminho para sua confirmação como nova secretária de Comércio dos EUA. — Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Raimondo endossou, no entanto, a posição do presidente democrata Joe Biden de que prefere que os Estados Unidos não lutem sozinhos e que busquem o apoio de aliados para restaurar o comércio justo com Pequim.
Nesta quarta-feira (27), o governo chinês pediu a Washington que "corrija seus erros", sem se referir diretamente às declarações de Gina Raimondo.
"O último governo dos Estados Unidos optou pelo protecionismo e pela intimidação e iniciou, malevolamente, uma guerra comercial" contra a China, disse à imprensa o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores Zhao Lijian.
Sem dar detalhes, Zhao afirmou que Pequim tomará as "medidas necessárias para proteger os direitos e os interesses legítimos" das empresas de seu país.
Embora congressistas republicanos e democratas tenham apontado que algumas empresas chinesas representam um risco para a segurança nacional, Raimondo não se comprometeu a manter a gigante Huawei e outras empresas chinesas na lista negativa dos Estados Unidos. De forma mais genérica, a nova secretária do Comércio prometeu apenas usar os poderes de seu departamento para "proteger os americanos e nossa rede da interferência chinesa".
Sob o governo de Donald Trump, o Departamento de Comércio, liderado por Wilbur Ross, recorreu com frequência às prerrogativas de reprimir as empresas chinesas de tecnologia suspeitas de fazerem espionagem industrial, ou de comprometerem a segurança nacional dos Estados Unidos.
Nesse sentido, a pasta ampliou a lista de companhias que não podem negociar com empresas norte-americanas sem licença prévia. Dezenas foram afetadas, como as gigantes do setor de telecomunicações Huawei e ZTE.
Em dezembro passado, algumas semanas antes de deixar a Casa Branca, o governo Trump incluiu a fabricante chinesa de cartões de computador Smic, limitando o acesso da empresa a tecnologias americanas de última geração por seus supostos vínculos com o Exército chinês.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
REPSOL BUSCA FINANCIAMENTO DA UE PARA DESENVOLVER ELETROLISADOR PARA PRODUZIR HIDROGÊNIO
Publicado em 01/27/2021 as
06:43 PM
Objetivo é cumprir a missão ambição de zerar emissão de gases de efeito estufa, produzidos por veículos, até 2050
Por Dow Jones Newswires — Barcelona
A companhia de energia espanhola Repsol pediu um financiamento à União Europeia, no âmbito do Acordo Verde, para desenvolver um eletrolisador de 100 megawatts para a produção de hidrogênio, aproveitando que a Europa tem como objetivo aumentar a produção do hidrogênio para cumprir sua missão ambição de zerar emissão de gases de efeito estufa, produzidos por veículos, até 2050.
A Repsol, com sede em Madri, anunciou hoje que fez o pedido como parte de uma coalizão de quinze sócios para construir o eletrolisador que seria conectado a uma unidade industrial da Repsol.
Os eletrolisadores usam eletricidade para dividir a água em oxigênio e hidrogênio, que gera energia quando consumido em uma célula a combustível.
O projeto envolverá três anos de pesquisa, desenvolvimento e construção, disse a Repsol, além de dois anos de demonstração e validação.
A energia do hidrogênio produzida a partir de energia renovável poderia proporcionar reduções substanciais de emissões para a UE, mas os custos são atualmente muito altos para competir com os combustíveis fósseis mais baratos.
A Repsol disse que o projeto pode reduzir os custos para cerca de 3 euros (US$ 3,64) por quilo de hidrogênio.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
AÇU PETRÓLEO CANCELA IPO; JÁ SÃO 6 DESISTÊNCIAS ESTE ANO
Publicado em 01/27/2021 as
06:43 PM
A Açu é o maior terminal privado de petróleo do Brasil
Por Álvaro Campos, Valor — São Paulo
A Açu Petróleo cancelou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo consta no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com isso, já são seis desistências este ano. As outras foram de Granbio, Canopus, BBM, Cagece e Emccamp.
A Açu é o maior terminal privado de petróleo do Brasil, e presta serviços de infraestrutura logística de transbordo de petróleo a grandes companhias do setor de óleo e gás, nacionais e internacionais, e produtores de petróleo, com operação no Complexo do Porto do Açu.
Com tranches primária e secundária, os acionistas vendedores no IPO seriam a Prumo Logística e a Oiltanking GmbH.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
ALTEC INDUSTRIAL FECHA CONTRATOS COM PETROBRAS PARA ENTREGA DE EQUIPAMENTOS PARA REFINARIAS
Publicado em 01/27/2021 as
06:43 PM
A companhia, que distribui equipamentos da empresa alemã Phoenix Contact no Brasil, venceu uma licitação da estatal em agosto de 2020. Valor dos contratos chega a R$ 4 milhões
Por Gabriela Ruddy, Valor — Rio
A distribuidora da materiais elétricos e eletrônicos Altec Industrial fechou dois contratos com a Petrobras, no valor total de R$ 4 milhões, para a entrega de equipamentos para as refinarias da petroleira.
A companhia, que distribui equipamentos da empresa alemã Phoenix Contact no Brasil, venceu uma licitação da estatal em agosto de 2020. Ao todo, serão fornecidos 28 itens,
como amplificadores de sinais, fontes de alimentações, isoladores e fusíveis, entre outros. Os contratos são válidos por três anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois anos.
Entre as unidades atendidas estão a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; e a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.
Todas as unidades estão incluídas no plano de desinvestimentos da Petrobras. A estatal tem um compromisso com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para venda de oito de suas 13 refinarias até o fim de 2021.
De acordo com o presidente da Altec, Moisés Maciel, a atualização dos equipamentos está relacionada justamente à venda dos ativos. “Acredito que os investidores que vão comprar as refinarias vão exigir que a Petrobras entregue plantas modernizadas, para fazer jus aos altos investimentos na compra”, afirma.
A expectativa da Altec é manter os contratos de fornecimento de equipamentos com os novos donos das unidades. “Segundo informações dos próprios grupos que estão negociando [as refinarias], a ideia é manter os contratos fechados pela Petrobras até o final da vigência”, diz Maciel.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PETRÓLEO CRESCE 5,5% E BATE RECORDE EM 2020
Publicado em 01/27/2021 as
06:43 PM
Para 2021, a expectativa é que a indústria petrolífera atinja um novo patamar histórico no país
Por André Ramalho, Valor — Rio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/Q/5/TESbBCRSm4pAo9iN16Og/24638521-h1073627.jpg)
A produção brasileira de petróleo bateu um novo recorde em 2020. Num ano marcado por uma contração sem precedentes da demanda global, o país produziu, em média, 2,938 milhões de barris diários no ano passado, o que representa uma alta de 5,5% em relação a 2019, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para 2021, a expectativa é que a indústria petrolífera brasileira atinja um novo patamar histórico.
O ano de 2020 foi o segundo consecutivo de crescimento da produção no Brasil. O novo recorde ocorre mesmo depois de um segundo semestre mais fraco. Os números de petróleo produzido no país estão em queda desde agosto. Em dezembro, houve uma redução de 1% ante novembro, para 2,726 milhões de barris/dia.
A retração nos últimos meses pode ser explicada pela concentração de paradas programadas em plataformas na segunda metade do ano. Devido aos impactos da pandemia de covid-19 sobre as atividades a bordo nas plataformas, a Petrobras acabou adiando, para o quarto trimestre de 2020, as atividades de manutenção previstas para o primeiro semestre. As paradas afetaram os principais campos do Brasil, inclusive os dois maiores ativos do pré-sal da Bacia de Santos: Tupi (ex-Lula) e Búzios.
A S&P Global Platts destaca que a produção brasileira dá os primeiros sinais de recuperação no início de 2021, mas que a retomada tem ocorrido num ritmo abaixo do esperado. Mesmo assim, a empresa projeta um crescimento de 120 mil barris/dia na produção do Brasil em 2021 e de 150.000 barris/dia em 2022, impulsionado pelos projetos do pré-sal.
Segundo a companhia, os dados preliminares de produção da primeira quinzena de janeiro sugerem o primeiro aumento nos volumes de óleo produzido no Brasil desde agosto, num sinal de que as atividades de manutenção estão finalmente diminuindo. A produção do pré-sal nas duas primeiras semanas do ano, por exemplo, foi de 2,06 milhões barris/dia, na média, o que representa um aumento de 140 mil barris/dia em relação a dezembro.
No entanto, a expectativa da S&P Global Platts é que a produção brasileira só retomará, em março, os níveis anteriores às paradas de manutenção. Apesar do crescimento do pré-sal, a produção nacional ainda permanece cerca de 150 mil barris/dia abaixo dos níveis anteriores às paradas para manutenção do segundo semestre.
“Como resultado da recuperação mais lenta do que o esperado, construímos uma previsão de aumento mais gradual para o primeiro trimestre. Esperamos, agora, que a produção do Brasil alcance o nível de pré-manutenção em março de 2021” cita a S&P Global Platts, em relatório sobre o assunto.
Até então, a empresa estimava para janeiro a retomada completa da produção. “A recuperação observada em janeiro, embora atrasada, é um sinal de que não há problemas técnicos com os reservatórios, e que a queda na produção do pré-sal de agosto a dezembro foi decorrente puramente de manutenção e temporária”, ressalvou.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
FRETES DO AGRONEGÓCIO MOVIMENTARAM R$ 16,3 BI EM 2020 NA PLATAFORMA FRETEBRAS
Publicado em 01/27/2021 as
06:42 PM
O valor gasto pelas empresas do agronegócio em fretes publicados na plataforma online Fretebras somou R$ 16,3 bilhões no ano passado, 34% dos R$ 48 bilhões movimentados no total. Esse montante geral foi transacionado em 6 milhões de publicações, que representaram uma alta de 62% ante o número de 2019.
“As medidas de distanciamento social trouxeram um aumento exponencial das compras online”, justifica a empresa em estudo divulgado hoje.
O volume de produtos do agronegócio transportado por caminhoneiros cadastrados na plataforma cresceu 71,3% entre os anos. Mas o número absoluto de fretes do setor não foi divulgado pela empresa.
Na plataforma, fertilizantes foram os produtos de maior destaque do agro, com pico de transporte no terceiro trimestre do ano passado, como normalmente ocorre devido às compras de insumos para preparação das lavouras de verão.
O preço médio geral para o frete do agronegócio ficou em R$ 0,14 por tonelada e quilômetro rodado em 2020, estável na comparação com os últimos dois anos. Por regiões, o preço do frete do agronegócio foi maior no Sudeste, com média de R$ 0,16 o quilômetro por tonelada, seguido por R$ 0,15 no Centro-Oeste. No Sul, a média foi R$ 0,14, e no Nordeste e Norte, R$ 0,13.
A Fretebras informa que mais de 12 mil transportadoras assinam seu serviço, que possui mais de 470 mil caminhoneiros cadastrados.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
KLABIN VAI CONSTITUIR SOCIEDADE PARA EXPLORAR FLORESTA EM SANTA CATARINA
Publicado em 01/27/2021 as
06:39 PM
Klabin fará na SPE aporte de cerca de 9,7 mil hectares de florestas plantadas e a Timo, por sua vez, contribuirá com o montante de até R$ 500 milhões em caixa
Por Valor, Valor — São Paulo
A Klabin informou, em Comunicado ao Mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta noite, que firmou acordos necessários para associação com uma Timo (Timber Investment Management Organization) - espécie de fundo de investimento para aportes em projetos florestais - para a constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), cujo objetivo principal será a exploração da atividade florestal no Estado de Santa Catarina.
Segundo o comunicado, a contribuição da Klabin para a formação do patrimônio da SPE se dará por meio do aporte de cerca de 9,7 mil hectares de florestas plantadas. A Timo, por sua vez, contribuirá com o montante de até R$ 500 milhões em caixa, parte no fechamento da operação e o restante em até 3 anos.
Os recursos aportados na SPE serão utilizados para aquisições e arrendamentos de cerca de 19,5 mil hectares de efetivo plantio, bem como o financiamento do plantio, substancialmente de Pinus, dessas áreas.
Pelo acordo, a Klabin terá o direito de preferência na compra da madeira produzida pela SPE, dentre outros direitos típicos conferidos a acionistas controladores de uma sociedade desta natureza.
Ainda de acordo com o comunicado, a associação permitirá à companhia ampliar seu maciço florestal no Estado de Santa Catarina com eficiência de capital para o abastecimento das fábricas atuais na região, bem como a viabilização de futuros projetos de expansão.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
MERCOSUL É QUEM MAIS GANHA EM ACORDO COM UE, DEMONSTRA ESTUDO
Publicado em 01/27/2021 as
06:39 PM
Bloco ficaria com mais da metade do aumento de exportações para a Europa até 2030
Por Assis Moreira — De Genebra
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/n/6/ZBCqJcRzS4PfCBfLT2Mg/27bra-100-assis-a4-img01.jpg)
Valdis Dombrovski: “justo equilíbrio” entre exportação de podutores europeus e proteção contra importações — Foto: Francisco Seco/Pool/AP
Os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) vão ser o principal ganhador no setor agrícola entre 12 acordos comerciais fechados ou em negociação pela União Europeia, conclui o primeiro estudo de impacto que contabiliza as ofertas reais trocadas pelos parceiros.
As importações pela UE feitas junto aos parceiros nos 12 acordos aumentam € 38,8 bilhões em 2030 no cenário-base. Desse total, € 20,4 bilhões são importações originárias do Mercosul.
Ou seja, o bloco do Cone Sul exportará 53% do total coberto pelos acordos examinados, mais do que todos os outros 11 parceiros combinados para o mercado comunitário. A Indonésia vem em segundo, com vendas de € 4,7 bilhões.
É preciso levar em conta, porém, que o Mercosul já tem posição dominante no mercado europeu. E suas vendas na verdade não vão crescer tão significativamente como se poderia crer inicialmente.
A Comissão Europeia considera a conclusão da análise globalmente positiva para a economia e o setor agroalimentar da UE do estudo cobrindo negociações com Mercosul, Austrália, Canadá, Chile, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.
Isso porque, levando em conta os 12 acordos comerciais, haverá um aumento substancial de exportações agroalimentares da Europa e altas mais limitadas das importações, diz a UE.
Sobre um dos produtos mais sensíveis, a carne bovina, por exemplo, o estudo mostra uma redução significativa comparado com um estudo de 2016. Isso se explica, segundo o documento, pela implementação de um resultado mais “realista” baseado em cotas (volume limitado) para a maioria dos parceiros, e sobretudo para o Mercosul.
No caso de um cenário ambicioso de liberalização, as importações procedentes do Mercosul seriam menores do que no cenário conservador por causa da maior concorrência com outros parceiros da UE que se beneficiaram de melhores concessões.
Para Valdis Dombrovski, vice-presidente encarregado de comércio na UE, o estudo mostra que a Europa encontrou o “justo equilíbrio entre oferecer mais possibilidades de exportação para os produtores europeus, protegendo-os ao mesmo tempo de efeitos potencialmente nefastos de aumento de importações”.
O estudo de impacto foi encomendado pela Comissão Europeia por pressão de países que continuam resistindo à implementação do acordo com o Mercosul.
Mas as garantias da UE poderão não ser suficientes para convencer alguns países membros, em meio à enorme reação em relação ao governo de Jair Bolsonaro na área ambiental. O jornal francês “Le Soir” publicou artigo lembrando que Bolsonaro é acusado por organizações não governamentais de ter enfraquecido as agências ligadas à segurança alimentar e ambiental, multiplicado autorizações de pesticidas e favorecido o desmatamento em proveito da atividade económica.
No fórum de Davos virtual, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou que o bloco europeu vai reforçar legislação para as companhias europeias evitarem importar produtos que vem do desmatamento. Isso tende a aumentar a pressão sobre produtos agrícolas do Brasil.
O plano é de reforçar a “due diligence” para as empresas. “E vamos levar adiante legislação para assegurar que o mercado europeu não para garantir que o mercado da UE não conduza ao desmatamento no outro lado do mundo”, afirmou.
Ela acrescentou: “Sabemos como isso é importante para os investidores que buscam projetos verdadeiramente sustentáveis. Nosso padrão de títulos verdes e taxonomia liderarão o caminho. Ele trará clareza sobre o que é responsável por atividades sustentáveis e ecologicamente corretas. Todos nós nos beneficiamos da natureza e todos nós beneficiamos da natureza e todos nós beneficiamos da proteção que ela nos oferece. Então todos nós temos nosso papel a desempenhar”.
Uma nova lei exigiria “due diligence” pelas companhias, de forma que precisariam avaliar os riscos dos produtos importados para identificar, mitigar e excluir aqueles vindos de desmatamento.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 27/01/2021
MOURÃO DIZ QUE, SEM SETOR PRIVADO, SERÁ DIFÍCIL PRESERVAR AMAZÔNIA
Publicado em 01/27/2021 as
06:39 PM
O vice-presidente participa da edição virtual do Fórum Econômico Mundial e criticou a falta de financiamento externo para a região
Por Célia Froufe, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, disse nesta quarta-feira, 27, durante participação na edição virtual do Fórum Econômico Mundial, que o investimento internacional é fundamental para que iniciativas econômicas prosperem na região Amazônica. Ele citou ações que têm sido feitas localmente para desenvolver a área, mencionando vários programas do governo e de agências. A participação de Mourão no evento de Davos se dá em substituição ao presidente Jair Bolsonaro, que fez sua estreia internacional nesse Fórum, em 2019, mas decidiu também não comparecer na edição de 2020, na Suíça.
“O Conselho da Amazônia tem apoiado o desenvolvimento local e a preservação”, disse Mourão sobre a instituição que comanda e mencionando parcerias com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Banco da Amazônia. Segundo ele, os governos locais são os responsáveis pela preservação de florestas em seus territórios, mas o setor privado é bem-vindo a integrar a jornada. “Estamos olhando soluções tecnológicas para transformar a região e é crucial facilitar os fluxos financeiros para os locais.”

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o investimento internacional é fundamental para que iniciativas econômicas prosperem na região Amazônica. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Apesar da pressão mundial em relação à preservação da Amazônia, Mourão criticou a falta de ampliação de financiamentos externos para a região, dizendo que os recursos atualmente estão abaixo das necessidades locais.
O desmatamento na área vem sendo observado por vários agentes econômicos e políticos internacionais de peso, como o presidente da França, Emmanuel Macron, que recentemente fez críticas ao governo Bolsonaro nessa área.
Mourão lembrou que o governo decidiu renegociar o Fundo Amazônico, criado em 2008, para financiar a preservação da floresta na parte brasileira. A medida se deu depois que este governo decidiu, no início do mandato, rejeitar recursos financeiros de países como Alemanha e Noruega.
Para o vice-presidente, é essencial que o país tire vantagem das ferramentas disponíveis hoje para obter produtos sustentáveis da Amazônia. “Nossos governos estão engajados em promover um ambiente atrativo para os negócios na Amazônia”, afirmou, logo após a fala do presidente da Colômbia, Ivan Duque, que também defendeu a aceleração da participação do setor privado no desenvolvimento da região.
Mourão acredita que há boas formas de combinar os esforços dos setores público e privado e citou a exploração do açaí como exemplo. “O açaí tem ajudado a população local a fazer parte da economia e se beneficiar”, disse. A participação do vice-presidente no evento de Davos se dá um dia depois que nove ex-ministros do Meio Ambiente pediram a europeus que ajudem no controle da pandemia na Amazônia.
No mesmo painel, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio Claver-Carone, enfatizou a importância da região amazônica no processo de recuperação econômica na América do Sul depois dos impactos trazidos pela pandemia. Ele disse estar trabalhando em conjunto com os governos do Brasil, da Colômbia e de outros países para fomentar a região. “Estamos trabalhando com nossos parceiros regionais.”
Também participam do evento o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano; o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo; o presidente do Itaú Unibanco, Candido Botelho Bracher; a vice-presidente executiva para Américas da Yara International, Chrystel Monthéan; a diretora de impacto da Salesforce, Suzanne DiBianca; a Co-Chefe de Soluções Baseadas na Natureza do Fórum Econômico Mundial, Nicole Schwab; a diretora da Agenda Regional para América Latina e membro do Comitê Executivo do Fórum, Marisol Argueta de Barillas; e a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Maria Alexandra Moreira López.
A segunda parte do debate sobre a Amazônia, no entanto, é fechada ao público e à imprensa e apenas há acesso para alguns participantes do Fórum.
Ministra destaca agritechs
Em outro painel do fórum, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a transformação digital tem ocorrido muito rapidamente no Brasil e que o setor de agronegócios precisa estar inserido neste contexto de mudança. O País tem, segundo ela, um dos "mais vibrantes" ambientes de negócios, com mais de 2 mil agritechs - startups do agronegócio - e ampliado os investimentos nesta frente ao longo dos últimos anos.
"Os investimentos passaram de US$ 4 milhões em 2013 para mais de R$ 200 milhões em 2019. Temos mais de 2 mil agritechs trabalhando em diversas áreas, como rastreabilidade, e diversas tecnologias para entregar produtos mais sustentáveis e seguros", disse.
De acordo com ela, a atuação do agronegócio brasileiro está debruçada em diretrizes claras, com cinco eixos: sustentabilidade, inovação aberta, biotecnologia, agregação de valor e agricultura digital.
"Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar e preservação ambiental", afirmou.
Tereza Cristina participa de um painel virtual sobre a transformação de sistemas alimentares por meio da tecnologia e inovação. Ela dividiu a arena digital com representantes de organizações internacionais ligadas à alimentação, dos governos da Índia e da África do Sul e ainda de empresas privadas. / COLABOROU ALINE BRONZATI
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 27/01/2021
COM PANDEMIA, ROMBO NAS CONTAS EXTERNAS FECHA 2020 EM US$ 12,5 BILHÕES, O MENOR EM 13 ANOS
Publicado em 01/27/2021 as
06:38 PM
Por causa da covid-19, as importações de produtos caíram, enquanto as exportações se mantiveram alta, puxadas pela venda de alimentos para outros países
Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Sob os efeitos econômicos da pandemia de covid-19, o Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 12,517 bilhões em 2020, informou nesta quarta-feira, 27, o Banco Central. O resultado é o melhor para um ano desde 2007, quando houve superávit de US$ 408 milhões.
Com a pandemia, o Brasil viu as importações de produtos caírem, enquanto as exportações se mantiveram em níveis elevados, puxadas pela venda de alimentos para outros países. A projeção do BC era de que o déficit em transações correntes - que traduz as relações comerciais (exportações e importações), de serviços e de rendas com outros países - somasse US$ 7 bilhões em 2020.
O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do País, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
O número de 2020 ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de déficit de US$ 15,00 bilhões a déficit de US$ 6,80 bilhões (com mediana negativa de US$ 13,10 bilhões).
A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 43,230 bilhões em 2020, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 19,923 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 38,181 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 11,416 bilhões.

Em dezembro, a balança comercial brasileira registrou saldo negativo de US$ 991 milhões. Foto: Werther Santana/ Estadão
Resultado de dezembro
Somente em dezembro, o rombo nas contas externas somou US$ 5,393 bilhões. A balança comercial registrou saldo negativo de US$ 991 milhões no mês passado, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,578 bilhão. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 3,054 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 5,558 bilhões.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 27/01/2021
COVID-19 PARALISA MANUTENÇÃO E IMPEDE RETOMADA DE TURBINAS EM HIDRELÉTRICA NA AMAZÔNIA
Publicado em 01/27/2021 as
06:38 PM
Quarta maior usina do Brasil, a Santo Antônio, em Porto Velho, está com quatro turbinas paralisadas
Por André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Depois de afetar diretamente a construção de novos projetos do setor elétrico, a pandemia do coronavírus passou a comprometer diretamente o cronograma de manutenção de grandes usinas no País. A quarta maior hidrelétrica do Brasil, a usina de Santo Antônio, em operação em Porto Velho (RO), está com quatro turbinas paralisadas, por causa da impossibilidade de prestação de serviços de manutenção imposta por medidas de prevenção contra a covid-19.
Até o dia 11 de janeiro, a concessionária registrava 98 funcionários diretos com covid-19 e outros 128 prestadores indiretos de serviço que também tinham contraído o vírus. Sete trabalhadores foram internados em UTI e um morreu.
Em carta encaminhada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa informou que tem tomado medidas para enfrentar a pandemia e preservar a saúde dos funcionários, mantendo a operação da usina. Dada a situação atual, porém, não é possível realizar o trabalho nessas máquinas.

A usina de Santo Antônio, em operação em Porto Velho (RO), está com quatro turbinas paralisadas. Foto: Divulgação
No início de janeiro, a empresa detectou, durante inspeção de rotina em suas turbinas, um forte vazamento de água pelas juntas de quatro das 50 máquinas da hidrelétrica. Segundo a companhia, como não há possibilidade de realizar o monitoramento seguro quanto a um possível rompimento de talas dos equipamentos, o que poderia inundar a casa de força dessas turbinas, a empresa optou por desligá-las.
“A Santo Antônio Energia tem mantido constante acompanhamento da criticidade da pandemia em Porto Velho para que possa retornar com suas equipes de manutenção tão logo haja possibilidade, entretanto, como as condições ainda não são favoráveis, essa intervenção não deverá ocorrer nos próximos dias”, informou a empresa à Aneel.
A expectativa é de que as correções sejam feitas “somente quando as condições da pandemia causada pelo covid-19 permitirem o retorno das equipes de manutenção”. A previsão é que isso ocorra ainda no primeiro trimestre do ano, segundo o diretor-presidente da concessionária, Roberto Junqueira Filho.
Por meio de nota, a Santo Antônio afirmou que “os possíveis riscos à estrutura mencionados nas cartas enviadas à Aneel se referem, única e exclusivamente, aos componentes de 4 unidades geradoras”, ou seja, sem riscos de afetar a barragem da hidrelétrica.
“A SAE (Santo Antônio Energia), mesmo frente às dificuldades relacionadas à pandemia de covid-19 que afeta milhões de brasileiros e, também, dificulta as manutenções de rotina dos equipamentos da UHE (usina hidrelétrica) Santo Antônio, não mediu esforços para mitigar os riscos de sinistros e preservar a estrutura das unidades geradoras."
Segundo a empresa, as quatro máquinas estão inoperantes desde julho de 2020, por causa de restrições hídricas durante o período mais seco do Rio Madeira. “Por esse motivo, a companhia pleiteia junto à Aneel para manter as 4 unidades geradoras inoperantes enquanto não houver a possibilidade de realizar a manutenção dos equipamentos. A Santo Antônio Energia ressalta ainda que não há qualquer risco ao funcionamento da usina como um todo.”
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 27/01/2021
BOLSONARO APELA A CAMINHONEIROS E DIZ QUE ESTUDA REDUÇÃO DE PIS/COFINS NO ÓLEO DIESEL
Publicado em 01/27/2021 as
06:37 PM
Presidente afirmou que avalia reduzir preço do combustível, mas disse que 'solução não é fácil'
Por Daniel Gullino
BRASÍLIA — Em meio a reclamações de caminhoneiros sobre um aumento no preço do óleo diesel, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que estuda diminuir o PIS/Confins que incide sobre combustível. Bolsonaro ressaltou, contudo, que está avaliando o impacto fiscal que a medida traria e disse que a "solução não é fácil".
— Estamos estudando medidas. Agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto, que foram nove centavos no preço do diesel. Para cada centavo no preço diesel, produtora querendo diminuir o PIS/Confins, equivale a buscarmos em outro local 800 milhões de reais. Então, não é uma conta fácil de ser feita — disse Bolsonaro, na saída de uma reunião no Ministério da Economia.
Bolsonaro disse reconhecer "o valor" dos caminhoneiros para a economia:
— Agora, reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais esse reajuste.
O presidente afirmou que não interfere na Petrobras e que o preço dos combustíveis é calculado a partir de diversos fatores.
— Eu não interfiro na Petrobras. Deixar bem claro. A Petrobras continua com a sua política de preço. Agora, nós temos atualmente 33 centavos, do litro do diesel, para PIS/Confins. É isso que nós buscamos diminuir.
Medidas para bares e restaurantes
Bolsonaro também afirmou nesta quarta-feira que está avaliando uma série de pedidos apresentados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), entre elas o retorno do programa de redução de jornada e salários, para lidar com o fechamento do comércio.
Bolsonaro levou o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, para uma reunião no Ministério da Economia. Na saída, Solmucci listou três pedidos que foram feitos. Além do programa de redução de jornada, também foi solicitado uma prorrogação do prazo de pagamento dos empréstimos contraídos no Pronampe (programa de crédito voltado para micro e pequenas empresas) e mudanças na regra do Simples, porque algumas empresas não estariam conseguindo entrar no programa.
Selic mantida em 2%: Confira guia do GLOBO com opções de investimento para fazer dinheiro render mais
Bolsonaro prometeu analisar os pedidos e criticou medidas de restrição de circulação tomadas pelo governo de São Paulo, João Doria, e pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
As medidas visam a diminuir o contágio do novo coronavírus, em meio a um aumento de casos no país. O presidente disse que 6 milhões de pessoas podem ser prejudicadas, mas não explicou qual a base do cálculo.
— Como a decisão de fechar é dos governadores, se fosse minha não fecharia nada, (Paulo) veio pedir um socorro, junto ao ministro Paulo Guedes, eu trouxe, pela dimensão, o tamanho dos associados. Merece rapidez nisso aí. Não podemos botar na rua 6 milhões de pessoas que ficariam prejudicadas pelas medidas ora adotadas pelo estado de São Paulo e pela capital de Minas Gerais.
Bolsonaro afirmou que precisa analisar o impacto fiscal dos pedidos:
— Vou estudar para os próximos dias o impacto fiscal e vou dar a resposta em duas semanas no máximo.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 27/01/2021
ONYX DIZ QUE 'FALTA DINHEIRO' PARA VOLTA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL, MAS PROMETE REESTRUTURAÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA PARA A PRÓXIMA SEMANA
Publicado em 01/27/2021 as
06:37 PM
Segundo Onyx, os valores ainda não foram determinados porque dependem da aprovação do Orçamento para este ano
Por Gabriel Shinohara

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que famílias com crianças na primeira infância devem ter um adicional Foto: Fatopress/12-1-2021 / Agência O Globo
BRASÍLIA — O Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira que o projeto de reestruturação do Bolsa Família deve ser apresentado na próxima semana e que o programa deve ser ampliado e ter o valor reajustado.
De acordo com o ministro, a reformatação do programa está nos trâmites finais da análise no governo e a ideia é lançar já em fevereiro.
— (O Bolsa Família) vai atender mais de 14,3 milhões de famílias, que é o número que será atendido no mês de fevereiro. É o maior número da história do programa, nunca teve um número tão grande de famílias atendidas - disse Onyx, em participação no programa de José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes.
O ministro não deu detalhes das mudanças porque, segundo ele, elas ainda não estão completamente certas sem a aprovação do Orçamento para esse ano.
— O que ocorre, ele (o Orçamento) deve ser votado. O Congresso vai nos dar a possibilidade de ter um pouco de recurso no Bolsa? Aí sobe o valor, por isso não posso dizer que é A, porque daqui a dois dias pode ser A mais B.
Lorenzoni, no entanto, citou algumas alterações que devem vir com a reformulação do programa. Segundo o ministro, elas passam pela inclusão de “mérito”, como o esportivo e o escolar, mas não deu detalhes. Lorenzoni apenas disse que serão feitas parcerias com a Secretaria Nacional do Esporte e com o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Em adição, o ministro adiantou que famílias com crianças de até cinco anos devem ter um adicional nos valores recebidos.
— É um recurso que nós criamos um novo valor para que as crianças pequenas possam ter uma condição nutricional porque isso impacta no desempenho da vida dela.
Auxílio emergencial
Questionado sobre uma possível extensão do auxílio emergencial, o ministro disse que falta dinheiro e que é preciso esperar os efeitos das mudanças no Bolsa Família para verificar o que deve ser feito nos próximos meses.
— Não temos mais dinheiro, esse é o grande problema. Nós fomos no limite, além do limite que era possível.
Onyx também ressaltou que o governo deve lançar um programa de microcrédito digital para os chamados “invisíveis” que eram atendidos pelo auxílio emergencial e não serão pelo Bolsa Família. A premissa é que eles possam usar esse dinheiro para retomar as atividades.
— Vai permitir que as pessoas possam retomar suas atividades econômicas ou comprando os materiais, os ingredientes para produzir alguma coisa, um bolo, uma torta, uma quentinha, um café, um sanduíche, que as pessoas vendem, ou por outro lado, aqueles que cortam grama ou prestam serviço que precisam de uma máquina de carpintaria ou coisa do gênero.
Segundo ele, o empréstimo teria período de carência de quatro meses e 20 meses de prazo para pagar.
— O microcrédito produtivo digital poderá atender em 60 dias mais 20 milhões de pessoas, que são os invisíveis, que são menos vulneráveis que as famílias que estão no Bolsa Família, mas que têm algum grau de vulnerabilidade e precisam de ajuda.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 27/01/2021
MOURÃO PEDE MAIS INVESTIMENTO PRIVADO NA AMAZÔNIA, NO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
Publicado em 01/27/2021 as
06:37 PM
Vice-presidente afirma que, com a pandemia, governos não terão recursos suficientes para gastar na região
Por Daniel Gullino

O vice-presidente, Hamilton Mourão, no painel sobre Amazônia na edição do Fórum Econômico Mundial
BRASÍLIA — Em um debate do Fórum Econômico Mundial, o vice-presidente Hamilton Mourão pediu um investimento maior do setor privado na Amazônia, alegando que os governos não terão recursos disponíveis após o fim da pandemia da Covid-19. Mourão, que também é presidente do Conselho da Amazônia, participou de um painel virtual sobre sustentabilidade na região.
— É crucial que o setor privado tome a dianteira no financiamento de pesquisas e de programas científicos na região. Os governos, especialmente no cenário econômico do pós-pandemia, não terão recursos excedentes disponíveis para direcionar grandes quantias para este tipo de atividade — disse o vice-presidente, em um discurso em inglês.
O fórum, que tradicionalmente é realizado em Davos, na Suíça, está sendo feito de forma virtual pela primeira vez, edição que foi batizada de Agenda Davos de 2021. Um encontro presencial está previsto para ocorrer em maio, em Cingapura.
Mourão ressaltou que os governos são os principais responsáveis pela preservação do meio ambiente — o presidente da Colômbia, Ivan Duque, também participou do evento —, mas acrescentou que o desenvolvimento sustentável só será possível com a participação de empresas.
— Vamos ser honestos: nossos governos são os principais responsáveis pela proteção do meio ambiente em nossos países. Mas o desenvolvimento sustentável, especialmente na região da Amazônia, só será possível com uma participação maior do setor privado.
O vice-presidente reconheceu que a falta de infraestrutura na Amazônia dificulta os investimentos, mas disse que o governo quer melhorar o ambiente de negócios na região.
— O futuro sustentável da Amazônia depende da bioeconomia. Isso só se tornará realidade com a participação do setor privado. Nós sabemos que as condições de investimento na região não são as ideais, devido à falta de infraestrutura. (Mas) Nosso governo está empenhado em promover um ambiente de negócios atraente e em impulsionar setores da economia.
Mourão afirmou ainda que o Brasil tem trabalhado para reduzir a destruição da Amazônia. Ele disse que o desmatamento nas áreas brasileiras da Amazônia foi reduzido em 17% no ano passado, a partir do segundo semestre, mesmo com a falta de recursos, que de acordo com o vice-presidente estão voltados para o combate à pandemia do coronavírus.
O vice-presidente também afirmou que a pesquisa e inovação são fundamentais para fazer a região progredir em sua bioeconomia.
— O mapeamento de cadeias de fornecimento de valor na região permitirá expandir setores como piscicultura, biofarmacêutica, e cultivo de frutas amazônicas, entre outros, que têm trazido bons retornos — afirmou.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 27/01/2021
BIDEN MANTÉM VETO DE TRUMP À HUWAEI NO 5G: TROCA NA CASA BRANCA NÃO ALTERA DISPUTA COM A CHINA
Publicado em 01/27/2021 as
06:36 PM
Porta-voz da Casa Branca diz não considerar a chinesa um fornecedor confiável do ponto de vista de segurança dos EUA e de aliados

Porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki diz que país não considera a Huawei um fornecedor confiável Foto: AFP
WASHINGTON - A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse nesta quarta-feira que o equipamento de telecomunicações feito por "fornecedores não confiáveis", incluindo a chinesa Huawei, é uma ameaça à segurança dos Estados Unidos e de seus aliados.
Segundo ela, os Estados Unidos garantirão que as redes de telecomunicações não usem equipamentos desses fornecedores e trabalharão com aliados para proteger suas redes.
EUA e China protagonizam uma corrida tecnológica que tem a expansão da rede da nova geração de telecomunicações, o chamado 5G. No entanto, a guerra comercial entre os dois países vai além disso.
A China se fortaleceu após superar o pior da pandemia. O país rivaliza com os EUA na liderança econômica global e a retomada de seu crescimento aponta para que a economia chinesa supere a americana em pouco tempo.
Analistas avaliam que os chineses devem passar os americanos como primeira potência mundial ainda nesta década.
Mas as exportações chinesas para os EUA crescem apesar da alta de tarifas imposta durante o governo Trump, o que fomentou uma guerra comercial entre os dois países.
O setor industrial chinês tem se mostrado competitivo, mesmo com as restrições à vendas de componentes americanos para o país.
Biden terá que escolher se permitirá ou não a retomada das vendas de peças e componentes para o mercado chinês, o que fortalecerá ainda mais a economia asiática e sua indústria de tecnologia.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 27/01/2021
CAMPOS DA PERENCO TÊM CONTRATOS ESTENDIDOS ATÉ 2040
Publicado em 01/27/2021 as
06:34 PM
Por epbr - 27 de janeiro de 2021 - Em Mercado, Mercado offshore, Projetos
A diretoria da ANP aprovou a extensão até 2040 dos contratos de concessão dos campos de Carapeba, Pargo e Vermelho, operados pela Perenco, em águas rasas da Bacia de Campos. O plano prevê investimentos firmes da ordem de US$ 192 milhões e mais US$ 170 milhões contingentes, que podem fazer os investimentos totais atingirem US$ 362 milhões.
Para 2021, estão previstas 58 ações de recuperação de poços nos campos, envolvendo também intervenções em oleodutos, a recompletação de poços, reparos e aumento de capacidade das bombas centrífugas submersas (BCS) em 2021.
Investimentos firmes e contingentes previstos por campo
Pargo | R$ 83,9 milhões – R$ 23,9 milhões firmes e R$ 60 milhões contingentes
Carapeba | R$ 159,9 milhões – R$ 87,9 milhões firmes e R$ 72 milhões contingentes
Vermelho | R$ 118.8 milhões – R$ 80,8 milhões firmes e R$ 38 milhões contingentes
O novo planejamento prevê a retomada da produção do campo de Carapeba, interrompida desde março de 2019, com investimentos na recuperação do oleoduto que liga o campo com Pargo. Um novo duto está previsto para 2022.
Também estão previstos investimentos firmes em infraestrutura. A Perenco vai instalar um FSO (terminal offshore para armazenamento de petróleo) em Pargo até 2022. E simplificar as plataformas de Carapeba e Vermelho, reduzindo o tamanho e o número de equipamentos, até 2023, além de substituir e recuperar três oleodutos em Vermelho.
“É muito bom ver que uma proposta como essa pode contribuir para o aumento do fator de recuperação dos reservatórios e para o alongamento da vida útil dos poços, com todos os benefícios que isso venha a trazer”, comentou o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia.
Redução dos royalties
A expectativa é que os investimentos ampliem a produção das áreas para algo entre 15 mil barris por dia e 20 mil barris por dia de petróleo.
A diretoria da ANP também aprovou a redução da alíquota dos royalties para os três campos. Estimativas da ANP indicam que os investimentos firmes que serão feitos na revitalização da produção vão gerar acréscimo de R$ 22,9 milhões em royalties no campo de Pargo, entre 2021 e 2027.
Em Vermelho, a estimativa é de acréscimo de R$ 27,6 milhões entre 2023 e 2040.
Os cálculos indicam ainda que a retomada da produção no campo de Carapeba vai gerar mais R$ 113,4 milhões entre 2021 e 2040 em royalties para União, estados e municípios.
“Esses campos sofreram uma cessão de direito, não estavam com a atual operadora e a gente via que estava abaixo do potencial”, comentou Mariana Cavadinha, superintendente adjunta de Desenvolvimento e Produção da ANP, durante a reunião de diretoria do dia 14 de janeiro, quando foram aprovados os novos planos.
A desativação dos campos está estimada em US$ 390 milhões.
Em dezembro, Leonardo Caldas, diretor da Perenco no Brasil, conversou com a agência epbr no Backstage Rio Oil & Gas 2020.
Polo Pargo
A Perenco fechou em outubro de 2019 a aquisição dos de 100% dos campos de Pargo, Carapeba e Vermelho, localizados em águas rasas da Bacia de Campo. O negócio foi concluído o pagamento de cerca de US$ 324 milhões para a Petrobras, que se somam aos US$ 74 milhões pagos na assinatura dos contratos.
O campo de Pargo foi descoberto em 1975 e os campos de Carapeba e Vermelho em 1982 tendo sua produção se iniciado em 1988. Essas concessões foram outorgadas à Petrobras em 1998 na chamada Rodada Zero de licitações.
O sistema de produção desses campos é integrado e consiste em sete plataformas do tipo jaqueta fixa.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 27/01/2021
MERKEL: SEM MUDANÇAS PROFUNDAS EM MOBILIDADE, EUROPA NÃO ATINGIRÁ METAS CLIMÁTICAS
Publicado em 01/27/2021 as
06:34 PM
Por Guilherme Serodio - 27 de janeiro de 2021 - Em Clima, Combustíveis, Transição energética
Sem uma transformação profunda no setor de transportes, a Europa não conseguirá cumprir sua meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 55% até 2030 e se tornar o primeiro continente neutro em emissões até 2050, afirmou a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, em discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos.
Hoje, a Europa já tem 40% de sua geração de energia oriunda de fontes renováveis e agora precisa enfrentar outros desafios, como a substituição do carvão por hidrogênio na geração de energia e “uma mudança completa na mobilidade, nos direcionando para a mobilidade elétrica”, listou.
“Teremos meses muito difíceis pela frente porque temos que encontrar uma forma de atingir esses objetivos de redução de emissões em 55% no Pacto Ecológico Europeu”, afirmou a chanceler alemã.
Merkel também acredita que parte da solução possa estar em novas tecnologias para o uso do hidrogênio.
“Teremos que ter a mente aberta no que diz respeito à tecnologia”, diz a chanceler.
O governo e empresas da Alemanha têm feito esforços na direção do desenvolvimento do mercado de hidrogênio, com pesquisa, projetos-piloto e buscando convencer outros governos da região a apostar no novo combustível.
Merkel considerou ousado e incomum o conteúdo do plano econômico de recuperação do continente, que está sendo posto em prática para combater a pandemia de covid-19.
O plano, chamado de Next Generation EU, prevê que 37% dos recursos sejam destinados à proteção climática.
“Não queremos fazer negócios como sempre e definimos prioridades muito claras”, ressaltou a líder alemã. “Estamos olhando para o futuro porque queremos mais sustentabilidade e mais resiliência”, definiu.
A chanceler ainda afirmou ser favorável à adoção do conceito de ‘agilidade preventiva’ no combate aos desafios da crise climática, adotando uma abordagem passo a passo na experimentação de soluções.
Setor privado precisa cumprir seu papel
Merkel foi um dos líderes políticos a reforçar em Davos a necessidade de revalorizar o multilateralismo e a cooperação entre nações.
De acordo com ela, os países industrializados não estão fazendo o suficiente para ajudar os países em desenvolvimento e é preciso estabelecer normas comuns e regulação também no que diz respeito à proteção ambiental, sem que isso signifique restringir o espaço de atuação do setor privado.
“Fecharmo-nos contra os outros não ajudará a combater a crise climática nem o clima covid-19”, disse.
O presidente francês também destacou a necessidade de atuação do setor privado no combate às mudanças climáticas.
Emmanuel Macron pediu que as empresas desempenhem um papel mais ativo no combate às desigualdades e disse que as empresas do país estão se esforçando para estabelecer métricas claras de governança ambiental, social e corporativa, os parâmetros ESG para guiar investidores.
Mas frisou que o mundo precisa fazer mais para conseguir cumprir os compromissos firmados no Acordo de Paris. Para Macron, a construção da economia do amanhã passa por priorizar a redução de emissões de CO2, um desafio que precisa ser alinhado com a necessidade de priorizar inovação com competitividade.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 27/01/2021
FMI MELHORA PREVISÃO PARA CRESCIMENTO GLOBAL EM 2021, MAS AINDA VÊ "INCERTEZA EXCEPCIONAL"
Publicado em 01/27/2021 as
06:34 PM
A atividade global permanecerá bem abaixo das projeções pré-Covid-19 feitas um ano atrás
Por Andrea Shalal - O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou nesta terça-feira sua previsão para o crescimento econômico global em 2021 e disse que a queda desencadeada pelo coronavírus no ano passado --a maior contração em tempos de paz desde a Grande Depressão-- será quase 1 ponto percentual menos severa do que o esperado.
O credor global disse que as aprovações de vacinas e o início de imunização em alguns países aumentaram esperanças de um eventual fim da pandemia, que já infectou 100 milhões de pessoas e ceifou a vida de mais de 2,1 milhões em todo o mundo.
Mas o Fundo alertou que a economia mundial continua a enfrentar "incertezas excepcionais" e novas ondas de infecções e variantes do Covid-19 representam riscos. A atividade global permanecerá bem abaixo das projeções pré-Covid-19 feitas um ano atrás.
A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, disse que a promessa do presidente dos EUA, Joe Biden, de financiar o programa Covax --que envolve acordos para centenas de milhões de doses para vacinar pessoas em países pobres e de renda média-baixa--, da OMS, marcou "um grande passo" para conter a pandemia e garantir uma distribuição mais equitativa das vacinas.
"Muito mais será necessário, porque, como podemos ver, devido à mutação do vírus, esse não é um problema que desaparecerá tão cedo", disse Gopinath em entrevista coletiva.
"Ainda há uma enorme incerteza", disse ela à Reuters em outra entrevista. "Sabemos que a crise da saúde não acabou até que acabe em todos os lugares."
Gopinath afirmou que a economia global poderia ganhar 9 trilhões de dólares entre 2020 e 2025 se um progresso mais rápido pudesse ser feito para acabar com a crise da saúde. Ela acrescentou que é claramente do interesse das economias avançadas ajudar países mais pobres a se recuperar.
"Há um sentido econômico completo para fazer isso, e fazer agora", disse ela à Reuters.
O FMI estima que perto de 90 milhões de pessoas provavelmente cairão abaixo da linha da pobreza extrema durante 2020-2021, com a pandemia eliminando cerca de 22 trilhões de dólares em produção projetada até 2025 e revertendo o progresso feito na redução da pobreza nas últimas duas décadas.
Gopinath disse que as economias avançadas estão se recuperando mais rapidamente e pediu a países com meios para continuar a oferecer ajuda, empréstimos a juros baixos e alívio da dívida às nações mais pobres.
"Ainda há muito a ser feito, mas certamente estamos pelo menos em território de crescimento positivo neste ano, ao contrário do ano passado", disse ela em entrevista coletiva.
IMPULSO DA VACINA
Em seu último relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI previu contração global de 3,5% em 2020, melhora de 0,9 ponto percentual em relação à queda de 4,4% prevista em outubro, dado o impulso mais forte do que o esperado na segunda metade do ano passado.
O FMI previu crescimento global de 5,5% em 2021, 0,3 ponto percentual melhor do que em outubro, citando expectativas de reforço nas vacinas no final do ano e apoio adicional vindo de Estados Unidos, Japão e algumas outras grandes economias.
O documento trouxe que a economia dos EUA, a maior do mundo, deve crescer 5,1% em 2021, revisão de 2 pontos percentuais para cima e atribuída ao carregamento do forte impulso do segundo semestre de 2020 e ao benefício acumulado de cerca de 900 bilhões de dólares em apoio fiscal adicional aprovado em dezembro.
A perspectiva provavelmente melhoraria ainda mais se o Congresso dos EUA aprovasse um pacote de ajuda de 1,9 trilhão de dólares proposto por Biden, disse Gopinath, prevendo aumento de 5% em três anos se isso acontecer.
A economia da China deve crescer 8,1% em 2021 e 5,6% em 2022, em comparação com as previsões de outubro (de 8,2% e 5,8%, respectivamente), enquanto a economia da Índia deve avançar 11,5% em 2021, 2,7 pontos percentuais acima da estimativa de outubro, após uma recuperação mais forte do que o esperado em 2020.
O Fundo disse que os países devem continuar a apoiar suas economias até que a atividade se normalize, a fim de limitar os danos persistentes da profunda recessão do ano passado.
Os países de baixa renda precisarão de apoio contínuo por meio de doações, empréstimos a juros baixos e alívio da dívida, e alguns países podem demandar reestruturação da dívida, disse o FMI.
Fonte : Epoca Negócios
Data : 27/01/2021
GOVERNO RETIRA LIMITE PARA FINANCIAR PROJETOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Publicado em 01/27/2021 as
06:33 PM
Funtell dará apoio para projetos acima de R$ 30 milhões
O Conselho Gestor do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) decidiu ampliar o financiamento e incluirá o apoio para projetos acima de R$ 30 milhões. Este valor era o limite por entidade ou empresa beneficiária a cada 24 meses.
As linhas de crédito do Funttel operadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) têm taxa de juros anual limitada à soma da Taxa Referencial (TR) mais 7% ao ano.
Segundo o Ministério das Comunicações, a alteração permite que recursos do Funttel, repassados em 2018, mas ainda disponíveis na Finep, possam ser aplicados em projetos com maior potencial de impacto na cadeia produtiva do setor de telecomunicações.
Linhas de crédito
Ao longo de 20 anos, o Funttel aplicou mais de R$ 3 bilhões em diversos projetos no setor de telecomunicações.
As linhas de crédito com recursos do Funttel apoiam a aquisição de equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional para expandir e modernizar redes de telecomunicações, a adoção de inovações tecnológicas em processos produtivos das empresas do setor e o desenvolvimento de produtos e soluções tecnológicas em telecomunicações.
Os projetos apoiados pelo Fundo, contribuem, também, para viabilizar outras inovações, como a soluções relacionadas redes 5G e a aplicações de “Internet das Coisas” em sistemas agrícolas, de transporte, saúde e segurança.
Fonte : Epoca Negócios
Data : 27/01/2021
PARA ESTENDER AUXÍLIO, DETERMINADOS GASTOS TERÃO DE SER CORTADOS, DIZ MOURÃO
Publicado em 01/27/2021 as
06:33 PM

(ARQUIVO) O vice-presidente Hamilton Mourão (Crédito: AFP/Arquivos)
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse ser favorável a uma extensão do auxílio emergencial atrelada a um corte de despesas do Orçamento. Ele afirmou que o Brasil enfrenta uma crise fiscal séria e que o déficit esperado para este ano é da ordem de R$ 245 bilhões.
“Para que se estenda esse auxílio emergencial, determinados gastos terão que ser cortados”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes. “Sou a favor da extensão do auxílio emergencial, desde que não seja algo que vá criar uma dívida ainda mais impagável para o Brasil.”
Com o estado de calamidade pública e do orçamento de guerra, o governo conseguiu no ano passado aprovar o pagamento do auxílio emergencial no Congresso. O benefício foi a principal medida adotada pela União no enfrentamento da pandemia. Ele foi pago a 67,8 milhões de pessoas e custou R$ 322 bilhões.
O governo inicialmente queria pagar R$ 200, mas a Câmara elevou o valor a R$ 500. Depois de um acordo, o governo aceitou elevar o benefício a R$ 600. Nos últimos meses do ano, o auxílio emergencial foi prorrogado e reduzido a R$ 300.
Com o aumento do número de casos e mortes em razão da segunda onda da covid-19, as discussões sobre a retomada do benefício voltaram, mas envolvem corte de gastos, valores mais baixos e um público-alvo menor.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 27/01/2021
FATURAMENTO DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS SOMA R$ 144,52 BI E SOBE 5,1% EM 2020
Publicado em 01/27/2021 as
06:33 PM
A indústria nacional de máquinas e equipamentos teve alta de 5,1% no faturamento em 2020, que somou R$ 144,52 bilhões como resultado do avanço de 11% das vendas internas, para um total de R$ 104,26 bilhões. O resultado só não foi melhor porque as exportações (US$ 7,34 bilhões) caíram 23,7%.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 27, pela Abimaq, entidade que representa o setor. Segundo a associação, o consumo aparente de bens de capital mecânicos no País subiu 11,9% no ano passado, somando R$ 198,43 bilhões.
Desse total, US$ 15,2 bilhões correspondem a importações, onde houve queda de 5,7% em relação a 2019. Em decorrência do recuo menor das importações ante as exportações, o déficit comercial do setor subiu 20,8%, chegando a US$ 7,86 bilhões no ano passado.
O levantamento da Abimaq mostra que o emprego nas fábricas de máquinas e equipamentos teve aumento de 0,5%, com o setor empregando, na média, 307,9 mil pessoas no ano passado.
De novembro para o mês passado, houve alta de 1,1% da força de trabalho na indústria de máquinas, que usou em dezembro 73% de sua capacidade instalada, meio ponto porcentual a menos do que o aproveitamento registrado no mesmo período de 2019.
Resultados de dezembro
Apenas em dezembro, as fábricas de máquinas e equipamentos tiveram faturamento líquido de R$ 13,43 bilhões, com queda de 1,6% na comparação com novembro, mas crescimento de 36,7% em relação ao mesmo período de 2019.
Na comparação com novembro, a receita com vendas ao mercado doméstico, um total de R$ 9,52 bilhões, recuou 9%, enquanto as exportações tiveram alta de 30,7%, para US$ 759,2 milhões. Já no comparativo anual, houve aumento expressivo de 50,9% das vendas internas e leve alta de 0,9% das exportações.
De acordo com o balanço da Abimaq, o Brasil consumiu R$ 17,18 bilhões em máquinas e equipamentos no mês passado, um recuo de 9,6% no comparativo mensal. Em relação a dezembro de 2019, o consumo aparente marcou alta de 37,3%.
As importações de máquinas caíram 4,7% se comparadas ao resultado de novembro, porém subiram 11,9% frente a dezembro de 2019. No total, as importações somaram US$ 1,3 bilhão em dezembro, o que levou a um déficit comercial no mês de US$ 545,9 milhões, 30,7% abaixo do saldo negativo de novembro. O déficit foi, contudo, 31,9% superior ao saldo de dezembro de 2019.
Ao comentar o resultado, a Abimaq considerou que o ano terminou com sinais de normalização das vendas internas e melhora das exportações.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 27/01/2021
GOVERNO FEDERAL APROVA AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA 196 MIL PESSOAS
Publicado em 01/27/2021 as
06:32 PM
O governo federal vai pagar, nesta quinta-feira (28), mais de R$ 248 milhões de auxílio emergencial para 196 mil pessoas.
A portaria do Ministério da Cidadania foi publicada na terça-feira (26) no Diário Oficial da União, após análise das contestações e revisões decorrentes de atualizações de dados governamentais.
O grupo de beneficiários inclui cerca de 191 mil pessoas que contestaram a suspensão do benefício no site da Dataprev, entre 7 e 16 de novembro e entre 13 e 31 de dezembro de 2020.
Outras cinco mil pessoas que tiveram os pagamentos reavaliados em janeiro de 2021 também estão no grupo. Eles receberão de uma só vez todas as parcelas a que têm direito.
De acordo com o ministério, entre as 196 mil pessoas, há 8,3 mil que receberão a segunda, a terceira, a quarta e a quinta parcelas do Auxílio Emergencial. Outras 40,9 mil pessoas receberão as três últimas parcelas.
Uma terceira faixa, de quase 68,1 mil cidadãos, receberá a quarta e a quinta parcelas. Por último, 78,3 mil vão embolsar somente a quinta parcela.
Os recursos serão depositados na poupança social digital da Caixa e já estarão disponíveis no dia 28, tanto para movimentação por meio do aplicativo Caixa Tem, quanto para saques e transferências para outros bancos.
Compras pela internet
Com o Caixa Tem é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code.
O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, e transferir os recursos sem o pagamento de tarifas.
Para o saque em espécie, é preciso fazer o login no aplicativo Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”.
Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. Esse código deve ser utilizado para a retirada do dinheiro, que pode ser feita nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou mesmo nas agências.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 27/01/2021
SISTEMA CNT LANÇA EBOOK E SITE DEDICADOS À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
Publicado em 01/27/2021 as
06:32 PM
Informativo:: Portal NTC (27 de janeiro de 2021 )
Publicação traz orientações para que os transportadores se adéquem ao panorama normativo
Em vigor desde setembro do ano passado, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) fornece os princípios e as bases legais para o tratamento legítimo de dados pessoais. Empresas de transporte devem se adequar à norma, uma vez que lidam com um volume grande de informações, seja de clientes, seja de fornecedores. É importante que elas mapeiem os riscos envolvidos e coloquem em prática um plano de governança de dados.
Atento a essa necessidade, o Sistema CNT – formado pela CNT, pelo SEST SENAT e pelo ITL – coloca à disposição do setor o ebook “LGPD no Setor de Transporte – Orientações para a Implementação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”, que traz, de forma simples e prática, os principais pontos da lei, as medidas essenciais a serem adotadas no negócio e as boas práticas para adequação à lei.
Baixe seu ebook aqui. O site fornece informações sobre a transparência e a segurança no tratamento de dados pessoais nas entidades que integram o Sistema CNT. Além disso, disponibiliza conteúdos e anuncia cursos e eventos voltados ao tema da proteção de dados.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 27/01/2021
RECEITA FEDERAL SIMPLIFICA REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS DE ADMISSÃO E DE EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIAS
Publicado em 01/27/2021 as
06:32 PM
Informativo: Informativo dos Portos (27 de janeiro de 2021 )
A Receita Federal do Brasil (RFB) alterou as sistemáticas de regimes aduaneiros especiais de admissão e de exportação temporárias. A Instrução Normativa nº 1.989 visa reduzir o tempo médio de liberação das cargas de 10 dias para menos de 1 dia. Para tanto, as declarações de importação registradas no âmbito desses regimes deixaram ser parametrizadas em canais de conferência amarelo ou vermelho, admitindo-se que sejam direcionadas diretamente ao canal verde, o que vai acelerar a liberação das cargas.
Por outro lado, os requisitos e condições não serão automaticamente homologados, de modo que a RFB poderá revisá-los posteriormente.
A medida está em linha com tratados internacionais que tratam da facilitação do comércio exterior, dentre os quais a Convenção de Istambul, o Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) e a Convenção de Quioto Revisada.
Foram incluídas pelo órgão também diversas outras alterações pontuais no Regulamento Aduaneiro, instituído em 2009. Dentre estas, a possibilidade de que a correção do conhecimento de carga seja feita de forma eletrônica. Igualmente, as faturas comerciais poderão ser assinadas de forma mecânica ou eletrônica, uma vez permitida a confirmação de autoria e autenticidade do documento, inclusive na utilização de blockchain, temas que deverão ser regulamentados pela Receita Federal. “Essas medidas parecem simples alterações de obrigações acessórias, mas, para quem atua no dia a dia do comércio exterior, elas refletem uma grande simplificação e modernização de procedimentos”, afirma Lisandra Pacheco, sócia da área tributária do TozziniFreire Advogados.
Também foi feita a exclusão de um valor mínimo de exportações anuais para que empresas possam habilitar-se no regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado (RECOF). “A exclusão do valor mínimo de exportações para adesão ao RECOF tornou o regime mais acessível, permitindo que muitas outras empresas possam passar a adotar o regime nas suas operações”, completa Lisandra. No âmbito do regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural (REPETRO), passou-se a prever a possibilidade de inclusão das mercadorias às quais tenha sido aplicado previamente o regime de admissão temporária, numa transferência de regimes.
Ainda foi incluída Seção para tratar sobre o Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), que pode ser concedido aos intervenientes de comércio exterior que satisfaçam critérios relacionados à segurança e da cadeia logística ou conformidade no cumprimento da legislação aduaneira. “Um dos principais avanços do Direito Aduaneiro em 2020 foi a inclusão, no Regulamento Aduaneiro, do Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), valorizando o status de OEA, que pode ser concedido aos intervenientes de comércio exterior que satisfaçam critérios relacionados à segurança e da cadeia logística ou conformidade no cumprimento da legislação aduaneira”, ressalta Vera Kansas, sócia da área de comércio internacional do TozziniFreire Advogados.
Ficou, ainda, esclarecido que falsidade ideológica relacionada exclusivamente ao preço, que implique subfaturamento na importação, não está sujeita à pena de perdimento.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 27/01/2021
PREÇO DO DIESEL FECHA 2020 ACIMA DA MÉDIA DOS 11 ÚLTIMOS MESES, APONTA TICKET LOG
Publicado em 01/27/2021 as
06:31 PM
Por Glaucia Galmacci
Nos primeiros dias de janeiro, combustível segue a patamares próximos do período pré-pandemia
O diesel fechou 2020 com preço de R$ 3,930 no dia 31. O valor é similar à média por litro do combustível registrada nos primeiros dias de 2021 pelo Índice de Preços Ticket Log (IPTL), de R$ 3,929. Na comparação com dezembro, o preço do diesel está 2,29% maior nas primeiras semanas do ano. Se consideradas as primeiras quinzenas de cada mês, o aumento é de 2,72%.
Entre fevereiro e dezembro de 2020, a média de preços por litro do diesel esteve abaixo do valor encontrado nas bombas no dia 31. Em janeiro do ano passado, no entanto, antes de a pandemia se iniciar no Brasil, o combustível tinha um custo médio de R$ 3,974, 1,14% acima do valor atual.
O diesel S-10, com preço médio de R$ 3,985 nos primeiros dias de janeiro, teve aumento de 2,24% em relação a dezembro e 2,76% em relação à primeira quinzena do mês anterior. Assim como o diesel comum, está abaixo apenas de janeiro de 2020 na comparação com os 12 meses do último ano, quando a média foi de R$ 4,034.
Em todas as regiões, os valores do diesel comum e do diesel S-10 aumentaram. A Região Norte segue com o valor mais alto registrado. O diesel comum é comercializado a R$ 4,157, 2,87% mais caro que a média registrada em dezembro – recorde no País –, e o diesel S-10 a R$ 4,204, 2,14% maior que no último mês. Já a Região Sudeste teve a maior alta no valor do diesel S-10, de 2,45%. Os valores mais baixos são encontrados na Região Sul, de R$ 3,599, para o diesel comum, e R$ 3,655, o diesel S-10.
Na comparação entre Estados, o Acre mantém a liderança com os valores mais caros para os dois combustíveis. O litro do diesel foi encontrado na média de R$ 4,736 e o diesel S-10 a R$ 4,703. Os Estados com maior aumento em relação a dezembro foram Roraima, com o diesel comum 4,95% mais caro, e Paraíba, onde o diesel S-10 aumentou 3,22%.
Os menores valores foram registrados no Paraná, onde o preço do diesel tem média de R$ 3,545, e do diesel S-10 de R$ 3,590.
“O diesel e o diesel S-10 são 13% mais baratos no Sul do que no Norte. Mas foi no Mato Grosso que o combustível de tipo comum registrou a maior queda de preço, passando a custar 3,13% menos que em dezembro”, pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 18 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 25 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 27/01/2021
PAULO HENRIQUE CREMONEZE: CHEGA DE SER PAÍS DO FUTURO, É HORA DE SER PAÍS DO PRESENTE
Publicado em 01/27/2021 as
06:30 PM
A pandemia escancarou o péssimo estado geral da infraestrutura e da logística brasileiras
Por Paulo Henrique Cremoneze
Nesta minha primeira coluna do ano, desejo aos leitores amigos os votos de um feliz e abençoado 2021.
Que possamos todos continuar a encarar, com coragem e consciência, o desafio herdado do ano que passou: o enfrentamento da pandemia. Cada um de nós deve buscar forças para manter a paciência e não desistir dos protocolos sanitários, nem abandonar o cuidado com o próximo e consigo mesmo.
Não há gesto de coragem maior do que fazer o que é certo, mesmo quando cansado, irritado e até compreensivelmente abatido. Então, ânimo e coragem! Lembremos das palavras do grande estadista inglês Winston Churchill: “se você estiver atravessando o inferno, continue caminhando”. Continuemos, assim, a caminhar, cheios de determinação, com esperança renovada e animada pela fé.
Não foi apenas o enfrentamento da pandemia que herdamos de 2020, mas muitos outros problemas. Alguns, é verdade, derivados diretamente da pandemia e das políticas de distanciamento social; outros, crônicos e endêmicos. Não poucos, interligados: problemas antigos especialmente agravados.
2021 não será um ano fácil. Isso não quer dizer que será um ano ruim. Quando as facilidades são feridas de morte e contra isso blindamos nosso espírito, costumamos pela superação transformar o pranto em dança. A História é testemunha da inesgotável capacidade humana de superar desafios, encarar dignamente adversidades e adaptar-se aos mais áridos cenários.
Penso que não será diferente neste tempo. Além da pandemia, temos uma crise econômica, motivada por um poliedro de razões, problemas de infraestrutura e de logística. Estes problemas, aliás, são também causas – ou ao menos circunstâncias agravantes - da crise econômica.
Longe de mim o afeto do pessimismo ou o pecado da desesperança. Mas não creio que haja sincera vontade política do governo em iniciar a solução dos problemas estruturais e logísticos do país. Este não é um comentário que considero ideologicamente adernado, e sim fundado numa triste constatação da realidade. Muito se falou na importância da mudança de mentalidade do Brasil em relação aos dois assuntos, mas, repetindo os erros dos governos antecedentes, pouco se fez a respeito.
A pandemia, aliás, escancarou o péssimo estado geral da infraestrutura e da logística brasileiras. A questão das vacinas contra o coronavírus, mais do que a vergonhosa e desconcertante polarização política, expôs as entranhas do país e sua incapacidade formidável de se organizar para o exercício do bem comum.
Tudo isso deve mudar, e urgentemente. Não se trata de fazer, para ontem, a lição de casa. Trata-se, em verdade, de começar do zero, de impor ao país, aos seus agentes públicos, empreendedores, representantes de classes profissionais, stakeholders, um projeto de nação.
E não um projeto qualquer, algo ancorado em discursos puídos, rotos, ideológicos, mas um guiado pela economia de mercado, pela livre iniciativa calibrada por valores fundamentais e sem descuido mínimo dos direitos sociais. Sim, é possível aliar o empreendedorismo ao zelo social. Isso não é necessariamente utopia, discurso panfletário, nem poesia de economistas e burocratas. É, ao contrário, tangível e passível de implementação. A começar por ações aparentemente simples, porém não levadas a efeito sabe-se lá por que motivos.
Um exemplo próximo? A construção de mais uma pista de rodagem da Rodovia Imigrantes. Já passou do tempo de os governos estadual e federal agirem juntos, coordenadamente, em tal sentido. Mais uma pista não é algo bom e conveniente, mas urgente e necessário.
Poderia eu citar um rosário de exemplos, mas paro neste. Deixarei o restante para uma nova oportunidade. E antecipo que, seguindo minha vocação de voz rouca a bradar no deserto, insistirei pelas linhas ferroviárias, interligando nosso porto ao interior do Estado e outros pontos do país.
Apesar dos problemas citados e que gritam aos nossos olhos, o país, paradoxalmente, continua com respeitável fôlego no comércio exterior. Nós, santistas, vemos todos os dias navios entrando e saindo do Porto abarrotados de cargas, e isso não deixa de ser, senão muito animador, ao menos consolador.
Daí o grito pelas mudanças orgânicas, legislativas, estruturais, políticas em favor da infraestrutura e da logística.
Como disse e repito, há muitos paradoxos no Brasil, e a crise que parece se avolumar contrasta com alguns movimentos mercadológicos, com a musculatura do comércio exterior. Algumas medidas sérias, consistentes e verdadeiramente entabuladas poderão ser o aríete da derrubada dos portões dos velhos paradigmas e, ao mesmo tempo, a catapulta de construção de outros, melhores e efetivamente capazes de colocar a nau brasileira no rumo do desenvolvimento e da prosperidade.
Chega de ser o país do futuro. Que em 2021 o Brasil possa ser o país do presente, um presente digno e veraz. Para quem nasceu sob o título de Terra da Santa Cruz, o mais poderoso dos selos distintivos, isso não deveria ser problema.
Vamos em frente.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 27/01/2021
MAN FORNECERÁ MOTORES PARA NOVAS CONSTRUÇÕES MOVIDAS A GNL DA HAPAG-LLOYD
Publicado em 01/26/2021 as
08:45 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 29 Novembro -0001

O fabricante de motores MAN Energy Solutions ganhou um pedido para fornecer seis motores principais para navios de contêineres ultragrandes de 23.000 + TEUs da Hapag-Lloyd.
Os motores MAN B&W 11G95ME-GI Mk10.5 serão construídos na Coréia e oferecerão a opção de operar com GNL ou combustível convencional, atendendo aos padrões de emissão Tier III por meio de Redução Catalítica Seletiva (SCR).
A entrega do primeiro motor está programada para maio de 2022. O estaleiro coreano Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering construirá os navios, com entrega prevista de abril a dezembro de 2023.
As novas construções serão implantadas nas rotas Europa-Extremo Oriente como parte da THE Alliance e aumentarão significativamente a competitividade da Hapag-Lloyd neste comércio. Os motores funcionarão com GNL, mas terão capacidade de tanque suficiente para operar alternativamente com combustível convencional.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 26/01/2021
HYUNDAI HEAVY INDUSTRIES PLANEJA IPO PARA INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA VERDE
Publicado em 01/26/2021 as
08:45 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 29 Novembro -0001

O estaleiro sul-coreano Hyundai Heavy Industries Co Ltd disse nesta terça-feira (26) que planeja uma oferta pública inicial (IPO) para levantar fundos para um investimento de 1 trilhão de won (US$ 905 milhões) em cinco anos em tecnologia verde.
O Hyundai emitirá uma participação de cerca de 20% em novas ações, disse o construtor naval em um comunicado.
O dinheiro irá para o desenvolvimento e construção de navios e instalações verdes, avanço de tecnologias como propulsão bicombustível e veleiros autônomos, bem como para investimentos em empresas com tecnologias de células de combustível, disse.
O construtor naval é atualmente propriedade integral da Hyundai Heavy Industries Holdings Co Ltd.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 26/01/2021
MAIS DE 300 EMPRESAS ASSINAM A 'DECLARAÇÃO DE NETUNO' PARA FACILITAR A MUDANÇA DE TRIPULAÇÃO
Publicado em 01/26/2021 as
08:45 PM
Da Redação NAVEGAÇÃO 29 Novembro -0001

Mais de 300 empresas líderes disseram nesta terça-feira (26) que trabalhariam juntas para ajudar centenas de milhares de marinheiros mercantes presos em navios por muitos meses devido à Covid-19. Cerca de 90% do comércio mundial é transportado por mar, e as restrições do coronavírus em muitas jurisdições estão afetando as cadeias de abastecimento.
Em dezembro, a Assembleia Geral da ONU instou todos os países a designar marítimos como trabalhadores-chave. No entanto, as tripulações dos navios ainda estão lutando para trocar de lugar com colegas em terra.
Autoridades da indústria marítima dizem que muitos marinheiros estão no limite e muitos estão no mar por mais de 11 meses.
As empresas, que incluem grupos de transporte como AP Moller Maersk, as mineradoras Anglo American e Rio Tinto, as principais petrolíferas BP e Royal Dutch Shell, bem como as empresas comerciais Cargill, Trafigura e Vitol, irão aumentar o compartilhamento de informações como signatários da "Declaração de Netuno".
Os signatários também aumentarão a colaboração entre os operadores de transporte marítimo e os fretadores para acelerar as mudanças de tripulação.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 26/01/2021
DESMANTELAMENTO DE PLATAFORMAS NO BRASIL AINDA GERA INCERTEZAS
Publicado em 01/26/2021 as
08:45 PM
Por Danilo Oliveira INDÚSTRIA NAVAL 26 Janeiro 2021

Arquivo/Divulgação
Presidente do EAS vê avanços na previsibilidade de demanda, mas ainda identifica insegurança jurídica quanto a questões tributárias para desmantelamento na costa brasileira.
A presidente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), Nicole Terpins, afirmou, na última segunda-feira (25), que ainda existem incertezas em relação à demanda para serviços de desmantelamento de plataformas em instalações nacionais. Ela disse que o planejamento da Petrobras para os próximos cinco anos ajudou a dar previsibilidade do que deve acontecer nesse período, mas permanecem questões sobre quando e como será feito. O planejamento 2021-2025 da Petrobras prevê gastos de US$ 4,6 bilhões em atividades de descomissionamento, envolvendo 18 unidades e 1.000 quilômetros de risers. Desse universo, 56% dos ativos estão na Bacia de Campos, 20% no Norte e Nordeste e outros 17% no Espírito Santo.
O EAS considera positiva a aprovação e análise de novos planos de descomissionamento de instalação (PDIs) pela ANP, porém persiste incerteza sobre quando essa demanda se materializará, o que dificulta a realização de investimentos pela indústria nacional. "Temos investido para preparar o estaleiro, mas ainda não com o vigor que gostaríamos e que não seria possível se tivéssemos visibilidade ainda melhor em relação a essa demanda", avaliou Nicole durante o webinar Descomissionamento offshore no Brasil: Oportunidades, desafios e soluções, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na ocasião, ela explicou que, se as plataformas fixas não forem agrupadas, haverá competitividade por conta do alto custo de descomissionamento, que acaba encarecendo o projeto como um todo e retirando competitividade das empresas que trabalham na parte offshore e na onshore, como os estaleiros. “A indústria nacional está bem posicionada para desmantelar no Brasil. Não vemos motivos para que estruturas não sejam trazidas para o estaleiro”, afirmou Nicole.
A presidente do EAS salientou que, para FPSOs, existem questões gerando insegurança relacionadas ao tratamento tributário pelas autoridades fiscais. A maior parte das plataformas entrou pelo regime especial do Repetro, que estabelece o tratamento específico de baixa, por meio da destruição do bem. “Ainda temos visto que há certa preferência dos operadores por desmantelar lá fora. Uma frustração grande porque os FPSOs são a coqueluche desse mercado”, analisou. Ela observa oportunidades para remoção do coral-sol e tratamento dos resíduos radioativos (NORM’s).
O gerente de descomissionamento da Petrobras, Eduardo Zacaron, disse que grande parte das atividades de descomissionamento já são feitas ao longo da vida do campo de produção. Ele acredita que a cadeia de fornecedores do país já está estruturada para atender grande parte dos serviços, desde a limpeza de tanques, de linhas e de sistemas submarinos a reforços estruturais e tamponamento de poços. "Há diversas atividades que certamente conhecemos tecnicamente muito bem e o mercado está tecnicamente capaz de fornecer serviços", afirmou, durante o webinar.
Segundo Zacaron, atividades de desativação e tamponamento de poços são muito dominadas pela indústria no Brasil e possuem regulação específica. Já as atividades mais complexas, segundo o gerente de descomissionamento, estão relacionadas à destinação de plataformas fixas e flutuantes. Ele acrescentou que o portfólio da Petrobras hoje está focado para águas ultraprofundas e que a companhia busca oportunidades de reaproveitamento dos ativos maduros de produção. Na avaliação da Petrobras, a extensão de produção e a redução de custos de projetos abrem um mercado promissor e atrativo para players interessados na venda de plataformas. Zacaron apontou a necessidade de a indústria ir em busca de mais segurança jurídica para trazer as unidades para o desmantelamento na costa brasileira.
O diretor executivo de relacionamento institucional e sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy, disse que a indústria chegou num momento de maturidade para o desmantelamento de unidades offshore, bem como ocorreu no Mar do Norte e em outros mercados. Das 18 plataformas da Petrobras com previsão de descomissionamento até 2025, 10 estão associadas a projetos de revitalização de campos e extensão da vida útil dos projetos. A Petrobras entende que há necessidade de avaliação do descomissionamento caso a caso, com cada projeto seguindo uma lógica ambiental própria. Ardenghy defendeu que os órgãos ambientais precisam analisar vantagens e desvantagens da remoção. "Muitas vezes a não remoção de sistemas submarinos ainda é a melhor alternativa, inclusive do ponto de vista ambiental", disse Ardenghy durante o webinar.
O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, lembrou que a maior parte desses recursos irá para as bacias de Campos e Santos, mas haverá também oportunidades em praticamente todas as regiões do país, como destaque para as bacias Potiguar, Sergipe-Alagoas, Solimões e Amazonas. “Há toda uma indústria voltada para essa atividade, desde o projeto preliminar de engenharia até os estaleiros, com a geração de emprego e renda ao longo de toda essa cadeia”, afirmou Saboia. O superintendente de segurança operacional e meio ambiente da ANP, Raphael Moura, ressaltou que as oportunidades estão em todas as etapas do ciclo de vida das instalações. No mundo, existem gastos previstos da ordem de US$ 85 bilhões em descomissionamento nesta década. No Brasil, esta indústria deverá movimentar R$ 28 bilhões até 2025, entre arrasamento e abandono de poços, recuperação de áreas e retirada de equipamentos.
O webinar marcou o lançamento do Caderno Descomissionamento Offshore no Brasil – Oportunidades, Desafios & Soluções. A publicação foi organizada pela FGV e pela ANP, com participação da academia, reguladores e empresas, como a Coppe/UFRJ, CNEN, Petrobras, Shell, ABPIP, Abespetro e o Estaleiro Atlântico Sul. O documento traz um diagnóstico sobre a atividade de descomissionamento no Brasil, por meio das perspectivas de diferentes atores, e tem por finalidade abordar oportunidades, desafios e soluções, assim como esclarecer a sociedade sobre as possibilidades dessa atividade no país.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 26/01/2021
APÓS TRÊS ANOS COM DÉFICIT, A COMPANHIA DOCAS DO ESPÍRITO SANTO (CODESA) FECHA 2020 COM SUPERÁVIT.
Publicado em 01/26/2021 as
08:44 PM
Por Diogo Piloni - Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários

Fruto de trabalho árduo de executivos bem preparados e comprometidos com resultados! Continuamos buscando deixar a gestão de nossas empresas em outro patamar.
Após três anos com déficit, a Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) fecha 2020 com superávit. A empresa obteve seu maior lucro na série histórica: um recorde de R$ 30 milhões, devido a implementação de medidas administrativas e operacionais adotadas desde meados do ano anterior. Até então, o melhor resultado havia sido contabilizado em 2014 quando a empresa lucrou R$ 15,2 milhões.
Desde que a atual diretoria assumiu, a gestão adotou rigorosas medidas de saneamento como: corte de quase 30% com serviços terceiros; suspensão e renegociação de contratos; e, enxugamento no quadro funcional. “No ano de 2020, portanto, colhemos os frutos das decisões tomadas”, disse o diretor-presidente da CODESA, Julio Castiglioni.
Fonte: Codesa Companhia Docas do Espírito Santo- ES
Data : 26/01/2021
ABERTURA DOS TRABALHOS LEGISLATIVOS DO CONGRESSO SERÁ DIA 3 DE FEVEREIRO
Publicado em 01/26/2021 as
08:44 PM
Da Redação
O início dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional foi convocado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para o dia 3 de fevereiro. A sessão de abertura está marcada para as 16h.
"A solenidade é quando o Executivo e o Judiciário prestam contas das suas atividades, e será conduzida pelas novas Mesas das duas Casas, a serem eleitas no dia 1º de fevereiro", destacou Davi Alcolumbre em publicação na internet.
Também já foi confirmada a data da reunião preparatória para a eleição da Mesa do Senado, na próxima segunda-feira (1°), às 14h. O presidente do Senado declarou que a Casa está preparada com todas as medidas de segurança contra a covid-19.
A eleição para presidência do Senado será presencial com votação por meio de cédulas em papel inseridas em envelope, conforme o Regimento Interno da Casa.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado - DF
Data : 26/01/2021
ALEMANHA: CONFIANÇA DE EXPORTADORES SOBE DE 1,9 PARA 6,0 PONTOS EM JANEIRO
Publicado em 01/26/2021 as
08:44 PM
Melhora reflete maior clareza sobre Brexit, novo governo nos EUA, indústria mais robusta e início de vacinação, avalia Instituto Ifo
Por Dow Jones Newswires — Nova York
A confiança entre os exportadores alemães melhorou consideravelmente em janeiro, segundo o Instituto Ifo. As expectativas de exportação do Ifo para o índice de manufatura subiram de 1,9 pontos em dezembro para 6,0 pontos em janeiro.
"Clareza sobre o Brexit e a [nova] Presidência dos EUA, uma economia industrial robusta e o início das campanhas de vacinação em todo o mundo levaram a um otimismo cauteloso no setor de exportação alemão", disse Clemens Fuest, presidente do Instituto Ifo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/v/g/u78gyrSNOsBgLQPhFrZQ/ap19226272062172.jpg)
— Foto: Martin Meissner / Associated Press
Os fabricantes de computadores e equipamentos elétricos e as empresas de engenharia mecânica e química esperam ver grandes aumentos nas exportações.
Os fabricantes de alimentos e bebidas presumem que seus negócios de exportação permanecerão estáveis. A indústria de roupas da Alemanha e os fabricantes de móveis esperam que suas vendas internacionais diminuam, segundo o Ifo.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 26/01/2021
APÓS NEGÓCIO COM BP, ECB ACERTA VENDA DE DIESEL “VERDE” À SHELL
Publicado em 01/26/2021 as
08:44 PM
Contrato prevê fornecimento de mais de 500 milhões de litros por ano a partir de 2024
Por Camila Souza Ramos, Valor — São Paulo
A companhia brasileira ECB Group, do empresário Erasmo Carlos Battistella, fechou um contrato com a Shell de fornecimento de diesel e querosene “verdes”. O acordo prevê o fornecimento de mais de 500 milhões de litros por ano a partir de 2024, ano em que a planta responsável pela produção - a Omega Green, no Paraguai - a Omega Green deve entrar em operação.
Este é o segundo acordo que a ECB fecha neste ano para a venda dos combustíveis renováveis, e já representa o maior acordo de fornecimento firmado pela companhia. O primeiro, com a petroleira britânica BP, envolveu a negociação de 1 bilhão de litros por cinco anos.
A planta que fornecerá o diesel renovável (HVO) e o querosene de aviação renovável (SPK) a partir do processamento de soja terá capacidade de produzir 20 mil barris por dia. A unidade também produzirá biocombustível de aviação SAF e nafta verde.
“Estamos muito satisfeitos por ter a Shell como nosso maior offtaker individual”, disse Battistella, fundador e CEO do ECB Group, em nota. Segundo o empresário, o acordo “posiciona a biorrefinaria Omega Green de última geração como um grande produtor para atender a uma demanda crescente por combustíveis de baixo carbono”.
Também em nota, o executivo Odeh Khoury, vice-presidente da Shell para Comércio de Produtos e Abastecimento nas Américas, disse que, “ao combinar as capacidades de produção do ECB e a presença regional com a experiência de comércio global de biocombustíveis da Shell, somos capazes de trazer um volume significativo de combustíveis renováveis para o mercado global”.
A expectativa do ECB Group é de que as assinaturas de compromissos de fornecimento de HVO e SPK não apenas viabilizem financeiramente o investimento como atraiam sócios para a empreitada, pioneira no Hemisfério Sul.
Segundo o grupo, para o projeto da biorrefinaria Omega Green foram contratadas a companhia Honeywell UOP, proprietária de uma tecnologia de refino de combustível renovável; a americana Crown Iron Works, que fornece sistemas e tecnologias de processamento e pré-tratamento de matéria-prima; e o grupo Acciona, de engenharia e construção.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 26/01/2021
CONSUMO DA ENERGISA CRESCE 5,4% EM DEZEMBRO, NA COMPARAÇÃO ANUAL
Publicado em 01/26/2021 as
08:44 PM
O número inclui o consumo no mercado cativo e livre
Por Rita Azevedo, Valor — São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/S/z/HAPdT5QLGkqTJen8XrZg/energisa-reprodu-o-facebook.png)
— Foto: Reprodução / Facebook
O consumo consolidado de energia da Energisa cresceu 5,4% em dezembro de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019. O número inclui o consumo no mercado cativo e livre.
O grupo rural foi o que apresentou o maior crescimento no período, de 12,9%, beneficiado pela demanda por produtos agropecuários nos mercados interno e externo. No grupo residencial, com o clima e as restrições impostas pela pandemia tendo efeito positivo, o avanço foi de 12,5%.
No grupo industrial que, segundo a Energisa, “tem se recuperado com intensidade acima do esperado”, o consumo aumentou 7%. No comercial, por outro lado, houve queda de 2,2%.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 26/01/2021
'O ESTABLISHMENT NÃO QUER AS PRIVATIZAÇÕES', DIZ SALIM MATTAR
Publicado em 01/26/2021 as
08:43 PM
Ex-secretário diz que Executivo, Legislativo e Judiciário trabalham contra a redução do gigantismo do Estado; na visão dele, independentemente de quem vença as eleições para Câmara e Senado, o tema será discutido no Congresso
Por Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo
Entrevista com
Salim Mattar, ex-secretário de privatizações
BRASÍLIA - O empresário Salim Mattar, que deixou o cargo de secretário responsável pela condução das privatizações no Ministério da Economia, diz que a saída de Wilson Ferreira Júnior da Eletrobrás é mais uma amostra de que o establishment (Executivo, Legislativo e Judiciário) trabalha contra a redução do “gigantismo” do Estado. Na visão dele, a sociedade está “consternada” com a não privatização da Eletrobrás, o que vai obrigar que o tema seja discutido no Congresso, independentemente de quem vencer as eleições para os comandos do Senado e da Câmara. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

Legislativo pode privatizar, tem projeto lá, diz Mattar sobre Eletrobrás. Foto: Gabriela Biló/Estadão
Como o sr. avalia a saída do presidente da Eletrobrás?
O Wilson (Ferreira Júnior) é um profissional muito competente e tinha como objetivo em sua carreira profissional conduzir o processo de capitalização da Eletrobrás que seria a sua respectiva privatização. Ele trabalhou duro durante todo esse tempo. E existia, sim, no passado, uma perspectiva. Da mesma forma, quando eu vi que o processo de privatização estava fora do radar do governo, Legislativo e Judiciário, eu preferi deixar o governo. O que aconteceu com o Wilson é a mesma coisa. Ele pressentiu tendo em vista a declaração do Pacheco (candidato apoiado pelo Palácio do Planalto ao comando do Senado, Rodrigo Pacheco disse ao Estadão/Broadcast que a privatização da Eletrobrás não é prioridade caso seja eleito) que não acontecerá a privatização da Eletrobrás. Mas não pode culpar o Executivo pela não privatização. A privatização está nas mãos e depende da caneta do Congresso.
Por que depende só do Congresso já que há autoridades no Executivo que não querem apoiar a privatização?
Tem um projeto de lei caminhando no Congresso. Se ele caminhar e privatizar, o Executivo não pode fazer nada. Está na mão do Congresso. A responsabilidade de privatização da Eletrobrás é única e exclusiva do Congresso.
De que forma a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado prejudica a privatização da Eletrobrás?
Neste momento em que está acontecendo eleições, objetivando maioria de votos, buscaram o apoio da esquerda. E falando em política, claro que há uma contrapartida. Dizem que uma das contrapartidas seria a não realização de privatizações. Comenta-se muito no mercado, mas não posso afirmar que seja verdade. A responsabilidade de privatizar ou não é única e exclusiva do Congresso.
O presidente Bolsonaro que está apoiando o Pacheco não tem responsabilidade também sobre a decisão?
Aí, não sei o que eles combinaram. É uma coisa que não posso afirmar. Mas reafirmo que a responsabilidade de privatizar ou não é do Congresso. O establishment não quer privatizações. Tudo é motivo para não privatizar. E establishment , vamos deixar bem claro, que é o Executivo, Legislativo e Judiciário, mais os oportunistas de momento. Podem ser sindicatos, pode ser imprensa, falsos empresários atrás de CNPJ. O modus pensante de 35 anos de social democracia é manter o Estado grande, gigantesco. Onde já se viu o Estado entrar em meios de produção, fornecendo energia elétrica, produzir pólvora. É um atraso total.
A pauta liberal do governo fica enfraquecida já que as privatizações são ponto central nessa agenda?
O establishment se assustou com a pauta liberal. Lenta e gradualmente foram se opondo à pauta liberal.
Essa pauta acabou no governo Bolsonaro?
Não, ela ainda existe na cabeça do ministro Paulo Guedes. Existe, sim, a possibilidade (de avançar). Existem congressistas que são mais cuidadosos com a causa pública e entendem que alguns projetos têm que passar para resolver os problemas do País. A pauta liberal como um todo, não morreu. Muitos congressistas sabem da importância, por exemplo, da reforma administrativa (propõe reformular o RH do Estado, com novas regras para contratação, promoção e demissão de servidores públicos). O establishment trabalhou muito bem e ficou uma reforma muito fraca porque muitas coisas como estabilidade de emprego e redução de remuneração só daqui a 35 anos que vai funcionar. O establishment conseguiu se salvar e a sociedade brasileira precisa saber disso.
O ministro Paulo Guedes não conseguiu passar o espírito liberal para o resto do governo e o Congresso?
Na hora que ele vai passar o espírito disso, como a privatização da Eletrobrás, quantas vezes o ministro Guedes foi ao Congresso falar da privatização da empresa? Quantas vezes? Não adiantou. Muitas vezes não querem ouvir. Os interesses ideológicos e partidários pessoais são superiores ao projeto Brasil.
Qual a recomendação que o sr. daria para o ministro Guedes?
Ele está prestando um favor ao Brasil enquanto está lá. Pode estar certo que a gente não sabe o quanto de coisas erradas que ele não permitiu que fizessem. Às vezes ele está sendo julgado por algumas coisas, é difícil fazer esse julgamento. Eu quero lembrar do Mario Henrique Simonsen (ministro da Fazenda durante o governo de Ernesto Geisel, na ditadura, entre 1974 e 1979), quando perguntaram: 'você abriu a tal Brás, Brás, Brás' e ele falou: ‘não me julguem pelo que eu fiz, mas também pelo que eu não deixei que fizessem’. Talvez o Paulo Guedes está nesse momento fazendo um trabalho para não deixar acontecer outras coisas que nós não temos conhecimento.
Sem privatização, qual é o destino da Eletrobrás?
Eu acredito ainda que o Congresso, passando as eleições, haverá uma sensatez e a sociedade civil está consternada com essa não privatização da Eletrobrás. Se os congressistas representam de fato a sociedade, eles devem privatizar a Eletrobrás. Fiquei muito preocupado com a saída do Wilson. Ele era resiliente , obstinado, determinado em relação à privatização. Privatizar a Eletrobrás é bom para o Brasil, reduzir o gigantismo do Estado.
Mas onde você vê a sociedade preocupada com a privatização da Eletrobrás? A população não está preocupada com a vacina contra a covid-19?
Neste momento, a vacina muito nebulosa tampou muito assunto, tampou corrupção, privatização da Eletrobrás. Graças à mídia brasileira temos hoje a manchete diária do sobre vacinas. Nenhum país do mundo tem a vacina tão bem explicitada nas primeiras páginas nos primeiros jornais. O Brasil é campeão mundial de exposição sobre vacinas. Nós politizamos a vacina. E isso foi politizado para prejudicar alguns grupos e favorecer outros.
Não é porque o Brasil ficou para trás na busca pelas vacinas?
Não, tudo é motivo para politizar.
Quais as empresas têm chance de privatização?
O quadro hoje é bastante nebuloso. Por isso, temos que esperar os novos presidentes do Senado e da Câmara. Da mesma forma que o político quando vai em campanha, faz promessas e obtém votos e depois não cumpre. Esse é o histórico de políticos no Brasil. Durante a campanha, promete. Eleito, não cumpre.
Vai acontecer isso de novo?
Eu acho que no caso da Câmara e do Senado existe uma promessa dos candidatos de não privatizar. Depois que eles forem eleitos, com a pressão da sociedade, esse assunto vai acabar em pauta. Não morreu a pauta de privatizações. O Paulo Guedes continua lutando bravamente para emplacar algumas das pautas liberais.
Mas se, como o sr. diz, o establishment não aceita...
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 26/01/2021
VAGA NA ELETROBRÁS ABRE DISPUTA NO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA E PODE DEFINIR FUTURO DA ESTATAL
Publicado em 01/26/2021 as
08:43 PM
Dança das cadeiras pode levar Eduardo Braga de volta para a pasta, da qual já foi ministro; a questão, no entanto, é que o senador é contrário ao processo de privatização da Eletrobrás, apoiado por Paulo Guedes
Por Anne Warth e Marlla Sabino, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A escolha do substituto de Wilson Ferreira Júnior na Eletrobrás será definitiva para o futuro do projeto de privatização da companhia. Enquanto a área econômica do governo quer encontrar um executivo à altura de Ferreira Júnior, que acredite na capitalização da companhia, o mundo político aposta no ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que, deixaria a pasta para dar lugar ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), ex-ministro de Minas e Energia e contrário à venda da estatal.
Ferreira Jr., por sua vez, acredita em uma solução interna, que continue o trabalho de redução de custos e de melhoria da gestão que ele iniciou há quase cinco anos. Ontem, em entrevista, ele disse que a dificuldade em aprovar a privatização da estatal no Congresso motivou sua renúncia do cargo.

Em sua gestão, Wilson Ferreira Júnior privatizou sete distribuidoras do grupo no Norte, Nordeste e Goiás Foto: Fábio Motta/Estadão
No governo, a saída de Ferreira Jr. surpreendeu, principalmente pelo timing, uma semana antes das eleições para a presidência da Câmara e no Senado, que precisam dar aval à privatização. O Ministério da Economia sabe que a definição do novo presidente da Eletrobrás é o que vai dizer ao mercado se a privatização vai finalmente andar ou se vai naufragar de vez.
Isso porque Ferreira Jr. anunciou que deixará a empresa três dias após o Estadão/Broadcast publicar uma entrevista com o candidato apoiado pelo governo Jair Bolsonaro para o Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em que ele disse claramente que a privatização da Eletrobrás não seria prioridade em sua gestão. Ele não se comprometeu com prazos e afirmou ser contra o “entreguismo sem critério”. Os investidores reagiram na mesma hora, e as ações da companhia despencaram no mercado.
Chamou atenção o fato de que nem Bolsonaro, nem Albuquerque ou o ministro da Economia, Paulo Guedes, se pronunciaram após a declaração, reforçando a impressão de que a privatização só era prioridade para o próprio executivo. Foi a gota d’água.
Na teleconferência desta segunda-feira, o próprio executivo revelou sua descrença com os rumos da privatização, admitiu que essas dificuldades foram a causa de sua saída e afirmou que o projeto só vai andar se houver envolvimento direto do presidente Jair Bolsonaro – em outras palavras, vontade política e muita articulação.
Mesas do Congresso
A maior preocupação do governo neste momento é justamente a eleição da nova mesa diretora do Congresso. Para eleger Pacheco no Senado e Arthur Lira (PP-AL) na Câmara, o Executivo tem negociado acordos políticos sobre todo assunto de interesse do Legislativo, entre eles cargos. Nesse cenário, voltou a circular, nos bastidores, a possibilidade da saída de Albuquerque da pasta de Minas e Energia, que seria dada a Braga como compensação. O senador desistiu de concorrer pelo MDB, cuja candidata é Simone Tebet (MS). Albuquerque, por sua vez, teria uma saída honrosa, como Bolsonaro costuma fazer com aliados leais.
Auxiliares próximos do presidente negaram que ele tenha interesse em trocar o comando do ministério. Procurados, os Ministérios da Economia e de Minas e Energia não comentaram, Braga negou os rumores e a Eletrobrás enviou o fato relevante sobre a saída do executivo.
Na Eletrobrás, a defesa é por uma solução interna, alinhada à política implementada por Ferreira Júnior. Na conferência em que explicou sua saída, o executivo disse que a estatal conta com profissionais com capacidade para substituí-lo – como a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Cavalcanti Presta – e afirmou que o conselho de administração pretende contratar uma consultoria para avaliar outros nomes de mercado. Descartou também a possibilidade de que o presidente do conselho, Ruy Flaks Schneider, oficial de reserva da Marinha, assuma o cargo.
Aos mais próximos, Ferreira Jr. já havia sinalizado desde o fim do ano passado que estava cansado. Em sua gestão, o principal feito foi privatizar as sete distribuidoras do grupo no Norte, Nordeste e Goiás – com muita ajuda do governo Michel Temer. Ferreira Jr. conseguiu fazer demissões e reduzir custos, mas o saneamento da empresa chegou no limite.
Em 2024, o vencimento da concessão de Tucuruí reduzirá em 70% as receitas da subsidiária Eletronorte e, consequentemente, do grupo. A proposta de privatização, parada no Congresso desde novembro de 2019, embutia uma renovação desse contrato por mais 30 anos. Em quase cinco anos, colecionou atritos com o sindicato de trabalhadores, contrários a seu maior projeto, a capitalização, que acabou não entregando.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 26/01/2021
A INVESTIDORES, BOLSONARO FAZ DEFESA DO TETO DE GASTOS, DA AGENDA DE PRIVATIZAÇÕES E DE REFORMAS
Publicado em 01/26/2021 as
08:43 PM
Fala do presidente vem depois de o candidato do Planalto à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco, Sinalizar com uma possível revisão na regra do teto e após a renúncia de Wilson Ferreira Júnior ao comando da Eletrobrás
Por Pedro Caramuru e Emilly Behnke, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro fez uma defesa nesta terça-feira, 26, de temas que têm gerado preocupação de empresários e investidores quanto às ações do governo para a retomada econômica com responsabilidade fiscal, como o respeito aos tetos de gastos (a regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação), a agenda de privatizações e o andamento de reformas fiscais.
"No âmbito fiscal, manteremos firme compromisso com a regra do teto de despesas como âncora de sustentabilidade e de credibilidade econômica. Não vamos deixar que medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes de despesas. Nosso objetivo é passar da recuperação baseada no apoio ao consumo para o dinamismo do setor privado", afirmou o presidente, em discurso lido, durante evento promovido pelo banco Credit Suisse sobre investimentos promovidos na América Latina.
Com a fala, Bolsonaro contrapõe o pânico criado no mercado financeiro na semana passada, quando o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do Palácio do Planalto ao comando do Senado, sinalizou em entrevista ao Estadão/Broadcast com uma possível revisão da regra criada no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2017, ao dizer que o teto não é "intocado".

O presidente da República, Jair Bolsonaro Foto: Gabriela Biló/Estadão
O presidente reforçou ainda o apoio à tramitação de reformas econômicas, paradas no Congresso Nacional. "Vamos avançar na tramitação de propostas das reformas fiscal, tributária e administrativa em parceria com o Congresso Nacional e a sociedade brasileira", disse.
O governo enviou no ano passado a proposta de reforma administrativa - que reestrutura o RH do Estado, com mudanças na forma como os servidores são contratados, promovidos e demitidos - e a primeira parte da reforma tributária, com a unificação do PIS/Cofins. Antes, em 2019, já tinha enviado três propostas de emenda à Constituição (PECs) com medidas para desengessar o Orçamento público e redistribuir as verbas com Estados e municípios.
Um dia após a saída de Wilson Ferreira Júnior do comando da Eletrobrás pela dificuldade do governo em aprovar a privatização da estatal no Congresso, o presidente disse que o governo pretende acelerar leilões de concessões e privatizações. Nos dois primeiros anos, segundo ele, foram incluídos 65 projetos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), um dos primeiros passos para os leilões.
Bolsonaro defendeu também "regulamentos mais simples" e "menos onerosos" a fim de garantir a admissão do País na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo o presidente, "meta prioritária da política externa brasileira".
Estiveram ao lado do presidente durante a transmissão, o chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o presidente, a economia deve crescer 3,5% em 2021. "Apesar da covid, mantemos compromisso com empreendedores, investidores e empregados."
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 26/01/2021
IMPASSE SOBRE ACÚMULO DE ÁGUA POR BELO MONTE DIVIDE GOVERNO
Publicado em 01/26/2021 as
08:42 PM
Ainda não há definição sobre qual quantidade de água deverá passar pelas turbinas da hidrelétrica em fevereiro; impasse tem comprometido a vida no Rio Xingu e põe em xeque a quantidade de energia a ser produzida pela usina
Por André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A apenas seis dias de fevereiro, ainda não há definição sobre qual quantidade de água deverá passar pelas turbinas da hidrelétrica de Belo Monte no próximo mês, um impasse que tem comprometido a vida no Rio Xingu e que põe em xeque a quantidade de energia a ser produzida pela hidrelétrica.
Na quarta-feira, 27, uma comitiva formada por membros do Ministério de Minas e Energia (MME), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Ibama deve ir até a região de Altamira, no Pará, para fazer uma visita técnica e sobrevoar a área da Volta Grande do Xingu, onde a usina foi erguida. Há previsão de que o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, acompanhem o grupo. Na segunda-feira, 25, o assunto foi tratado em reunião fechada, na Casa Civil da Presidência da República.
O governo bate cabeça sobre a partilha da água do Xingu. A polêmica diz respeito ao volume que a Norte Energia, dona de Bela Monte, quer reter em seu reservatório, para acumular maior quantidade de água e gerar mais energia nos próximos meses. As regras da empresa, porém, passaram a comprometer a subsistência de quem vive ao longo de um trecho de 130 quilômetros do Rio Xingu, a chamada Volta Grande do Xingu, por causa do pequeno volume de água que passou a ser liberado pela maior hidrelétrica do País.
Preocupado unicamente com a geração de energia, o MME já mobilizou todo o setor elétrico para tentar derrubar os pedidos de aumento de liberação de água feitos pelo Ibama. O MME quer manter os níveis mínimos aplicados pela concessionária Norte Energia. O Ibama, porém, após dezenas de estudos técnicos, já comprovou que a situação é alarmante em toda a região e que a escassez de água tem comprometido diversas espécies de peixes, prejudicando a fauna local e a vida de milhares de ribeirinhos e povos indígenas.
https://img.estadao.com.br/resources/jpg/7/6/1611684882867.jpg
Reservatório da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Foto: Marcos Corrêa/PR - 27/11/2019
A definição sobre o volume de água obedece a uma programação mensal, que varia fortemente conforme a época do ano, por causa dos meses de cheia e de seca. Neste mês de janeiro, por exemplo, a Norte Energia queria liberar apenas 1.100 metros cúbicos de água por segundo para a Volta Grande, conforme previsto em seu próprio hidrograma. O Ibama, porém, determinou que a concessionária fizesse a liberação de 3.100 m³/s.
O descolamento dessas programações torna-se muito mais agudo em fevereiro, quando a empresa pretende liberar apenas 1.600 m³/s, mas o Ibama cobra que esse volume chegue a 10.900 metros cúbicos, quase sete vezes o pretendido pela concessionária.
Procurada pela reportagem, a Norte Energia não se manifestou sobre o assunto. Em documento enviado na primeira semana de janeiro ao Ibama, a concessionária nega que suas operações estejam impactando a região, apesar de dezenas de estudos mostrarem o contrário.
A definição sobre a liberação de água para fevereiro tem que ser tomada até sexta-feira, 29. A reportagem apurou que, no Ibama, a intenção é manter a determinação de 10.900 metros cúbicos por segundo. A Norte Energia já tem recorrido à Justiça para tentar derrubar o entendimento do órgão ambiental.
Conforme mostrou reportagem do Estadão em dezembro, a preocupação do MME com o assunto não está voltada apenas aos negócios da concessionária, mas em como isso pode prejudicar o processo de privatização da Eletrobrás. A Norte Energia é uma empresa privada, que tem a estatal como sócia. O projeto de lei de privatização da Eletrobrás do governo Bolsonaro prevê um aumento de capital, por meio do qual a União reduziria sua participação na estatal, atualmente em 60%, para algo inferior a 50%. A ideia é que a Eletrobrás se torne uma companhia cujo controle é difuso no mercado.
“Atualmente, está em discussão a capitalização da companhia e alterações no equilíbrio econômico e financeiro da Norte Energia S.A. podem impactar negativamente o processo que está sendo conduzido pelo governo federal”, afirma o ministério, em documento.
A Norte Energia tem 50,02% de sua estrutura nas mãos de sócios privados. Essa lista inclui as empresas Neoenergia, Vale, Cemig, Sinobras, Light e J. Malucelli Energia, além dos fundos de previdência Petros e Funcef. Do lado estatal, com 49,98% de participação está a Eletrobrás. A avaliação financeira traz ainda um aviso de que as mudanças podem gerar “possíveis incertezas e inseguranças sobre o compromisso do Brasil com os contratos firmados, sobretudo na área de infraestrutura, devido à dimensão e à importância do projeto da UHE (usina hidrelétrica) Belo Monte para o País”.
Em novembro de 2015, a Norte Energia fechou a barragem principal da usina, desviando uma média de até 80% da água para um canal artificial de mais de 20 quilômetros, onde foram instaladas as grandes turbinas da hidrelétrica. Com esse desvio, um trajeto de 130 km, que há milhares de anos convivia com um regime natural de seca e cheia, passou a ser submetido a um regime extremamente reduzido de água, o que tem acabado com dezenas de espécies de peixes, tartarugas e frutos, comprometendo a vida do rio e a subsistência de milhares de famílias espalhadas em 25 vilas do trajeto do rio, entre indígenas e não indígenas.
O controle sobre a quantidade de água que passa ou não pela barragem é feito pela Norte Energia, por meio de um “hidrograma de consenso”, que prevê os volumes que devem ser liberados. Ocorre que esse documento técnico foi elaborado pela própria empresa, quando do seu licenciamento, em 2009. À época, relatórios do Ibama já chamavam a atenção para o fato de que os volumes previstos no hidrograma trariam riscos à região. Esses pareceres, porém, foram ignorados e o empreendimento recebeu autorização para ser construído.
Hoje, dez anos após a licença que autoriza as obras de Belo Monte, a situação se confirma. A Norte Energia alega que o trecho ainda passa por uma fase de “testes” e que isso deve ser analisado pelo prazo de seis anos, como previsto no edital da usina. O mesmo edital prevê, porém, que o Ibama pode alterar as regras de vazão do rio, conforme identifique situações que julgue necessárias.
Sem condições de vida. Uma vistoria local realizada em 2019 pelo Ibama e diversos órgãos públicos confirmou que “não está demonstrada a garantia da reprodução da vida, com riscos aos ecossistemas e à sobrevivência das populações residentes”, por causa da pouca água no trecho.
Com a construção da usina, a empresa adotou duas regras: liberar 4 mil metros cúbicos (m³) por segundo em um ano e 8 mil m³ no ano seguinte. Esse regime artificial, porém, acabou por comprometer completamente a vida no trecho bloqueado do rio. Ao analisar os resultados, a equipe técnica do Ibama concluiu que o cenário com 4 mil m³/s “é impraticável”. Sobre o cenário com 8 mil m³, declarou que os dados “são insuficientes para garantir que não haverá piora drástica nas condições ambientais e de modo de vida na Volta Grande do Xingu”.
No segundo semestre do ano passado, o Ibama apresentou um “hidrograma provisório”, exigindo maior liberação de água de Belo Monte. A Norte Energia, porém, entrou com ação contra essa decisão, sob alegação de que o órgão mudava as regras do licenciamento no meio do processo e que agia assim por “pressão” do Ministério Público Federal. O caso foi parar no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), que negou o pedido da concessionária contra o Ibama.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 26/01/2021
FMI MELHORA PREVISÃO DE CRESCIMENTO DO BRASIL E DO MUNDO EM 2021, COM VACINA E ESTÍMULOS
Publicado em 01/26/2021 as
08:42 PM
PIB gobal deve crescer 5,5% e economia brasileira deve avançar 3,6%
O Globo
RIO - O Fundo Monetário Mundial melhorou as projeções de crescimento das economias mundial e brasileira para este ano, com a perspectiva de vacinação e novas medidas de estímulo. O PIB global vai crescer 5,5% em 2021, mais que os 5,2% previstos em outubro.
Já o Brasil deve crescer 3,6% contra 2,8% projetados anteriormente. Os números constam no relatório Panorama Econômico Global, do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta terça-feira.
A recuperação projetada para este ano se segue a "um colapso severo em 2020, que teve impactos adversos agudos sobre mulheres, jovens, pobres, trabalhadores informais e aqueles que trabalham em setores de contato intensivo com pessoas", diz o relatório.
Apesar das incertezas, diz o estudo, projeta-se que a atividade da economia global cresça no final do ano, com a vacinação e os projetos de alívio preconizados por grandes economias, como o pacote de US$ 1,9 trilhão que o governo de Joe Biden quer aprovar no Congresso americano.
Para 2022, a previsão para crescimento da economia global foi mantida em 4,2%. Para o Brasil, foi revisada para cima, de avanço de 2,3% para expansão de 2,6%.
O Fundo também estima que, no ano passado, a contração da economia global foi de 3,5% e a brasileira, de 4,5%.
De acordo com o Fundo, as ações dos governos são essenciais para garantir "um suporte eficaz até que a recuperação esteja firmemente em andamento", o que retomará o crescimento e a transição para uma economia mais sustentável, "com menor dependência de carbono".
As economias de países em desenvolvimento, recomenda o FMI, devem manter "apoio fiscal e monetário" onde a sustentação da dívida não estiver em risco e com expectativas de inflação "bem ancoradas".
Em especial, as nações com baixa renda per capita precisam do apoio da comunidade internacional para debelar a crise, com ajuda para alívio da dívida e a concessão de empréstimos, para que não haja aumento da pobreza.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 26/01/2021
APÓS PEDIDO DE DEMISSÃO DO PRESIDENTE DA ELETROBRAS, BOLSONARO DIZ QUE VAI 'ACELERAR' PRIVATIZAÇÕES
Publicado em 01/26/2021 as
08:42 PM
Em discurso para investidores, ele afirmou que teto de gastos é 'âncora de credibilidade' e indicou que não prorrogará auxílio
Por Daniel Gullino

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participam de evento com investidores Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
BRASÍLIA — Após o pedido de demissão do presidente da Eletrobras, motivado pela dificuldade na venda da estatal, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o seu governo pretende "acelerar" os leilões de privatizações e concessões.
Em evento direcionado a investidores, Bolsonaro também defendeu a manutenção do teto de gastos e voltou a indicar que não prorrogará o auxílio emergencial. Na véspera, o presidente disse que o benefício não era "duradouro", nem "vitalício" e que não deveria ser visto como aposentadoria.
— Pretendemos acelerar os leilões de concessões e privatizações, em especial no âmbito do programa de parcerias de investimentos, o PPI, que tem um carteira de projetos estratégicos de longo prazo, baixo risco e com taxas de retornos atraentes e estáveis — disse o presidente, em evento promovido por um banco.
Foco no ambiente de negócios
Depois, Bolsonaro voltou a falar em privatizações e no "aperfeiçoamento do ambiente de negócios".
— Em 2021, vamos acelerar o calendário de privatizações e dar continuidade às medidas de aperfeiçoamento do ambiente de negócios. Queremos regulamentos mais simples e menos onerosos, para destravar o imenso potencial do Brasil e facilitar o trabalho da iniciativa privada.
Teto de gastos é 'âncora', diz Bolsonaro
O presidente Wilson Ferreira Junior pediu demissão da Eletrobras no domingo. Na segunda-feira, cobrou o envolvimento de Bolsonaro na privatização da estatal, cujo projeto aguarda votação no Congresso. O executivo ficará no posto até início de março.
Em seu discurso desta terça-feira, Bolsonaro não citou especificamente a Eletrobras.
No mesmo evento, o presidente afirmou que o teto de gastos é uma "âncora de sustentabilidade e de credibilidade econômica" e que "medidas temporárias" tomadas durante a pandemia não podem virar permanentes.
— No âmbito fiscal, manteremos firme o compromisso com a regra do teto de despesas como âncora de sustentabilidade e de credibilidade econômica. Não vamos deixar que medidas temporárias, relacionadas com a crise, se tornem compromisso permanente de despesas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 26/01/2021
LINHA AMARELA: PREFEITURA VAI NEGOCIAR RETOMADA DE PEDÁGIO EM VALOR MENOR, DIZ SECRETÁRIA DE TRANSPORTES
Publicado em 01/26/2021 as
08:42 PM
Entre as metas apresentadas por Maína Celidônio para os 100 dias da gestão Paes, também está a mudança na relação com os consórcios que operam ônibus e BRT
Por Geraldo Ribeiro e Luiz Ernesto Magalhães

A secretária municipal de Transportes do Rio, Maína Celidônio Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
RIO — A Prefeitura do Rio espera conseguir negociar uma redução na tarifa do pedágio da Linha Amarela. Para a secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio, o valor praticado antes da suspensão da cobrança (R$ 7,50) é muito alto. Ela acredita que o acordo judicial para ajuste do preço estará concluído antes dos 100 dias da gestão de Eduardo Paes. Nesta terça-feira, foi publicada no Diário Oficial do Rio uma resolução da Secretaria de Governo e Integridade Pública que anuncia a criação de um grupo de trabalho para estudar a encampação da concessão da Linha Amarela.
Segundo a secretária, a prefeitura também estuda mudar a relação com os consórcios que operam as linhas de ônibus convencionais e do BRT do Rio e não descarta, num processo de reorganização para que o sistema funcione de forma adequada e com controle do município sobre as receitas, que haja subsídios para a população ter um serviço de melhor qualidade. A hipótese de complementar a tarifa — descartada desde a licitação do serviço em 2010 — é levantada por ela.
— O incentivo das empresas hoje é maximizar os lucros, diminuindo custos, num incentivo perverso, ainda mais com a pandemia, que reduziu o número de passageiros. Então, diminui o custo cortando a frota, tendo mais passageiros por ônibus pelo modelo atual. O que tem que fazer é mudar o modelo de remuneração — diz a secretária.
Em sua proposta de reorganizar o sistema de transporte coletivo na cidade, há uma longa lista, que inclui revisão de parte do traçado do BRT Transbrasil (em obras desde 2014), discussões sobre a integração tarifária entre os diferentes modais e a revisão do programa de racionalização, implantado na gestão anterior do prefeito Eduardo Paes e que encurtou e eliminou linhas de ônibus. A secretária também pretende rever todos os trajetos das linhas de vans legalizadas, que complementam o serviço dos ônibus. Algumas soluções serão apontadas dentro do Plano de 100 dias do governo. Confira os principais pontos da entrevista.
Qual o plano para a Linha Amarela, que teve a cobrança de pedágio suspenso por decisão judicial?
A prefeitura acredita que é importante cumprir contratos. A gente crê que o pedágio poderia voltar, mas o valor atual está muito elevado (R$ 7,50 antes da suspensão). Vamos negociar com a empresa para tentar um acordo judicial com uma tarifa menor. Hoje temos uma coleção de estudos feitos pelos diversos órgãos com cálculos diferentes. Estamos analisando esses estudos e vamos conversar com a concessionária para termos um preço justo. Essa é uma das questões que fazem parte dos planos de 100 dias.Vamos resolver isso até antes.
O transporte por ônibus comuns e BRTs tem problemas, como linhas que desapareceram e falta de coletivos, entre outros. Qual prazo para reorganizar o sistema?
A gente está criando sistemas de monitoramento para realmente ter uma visão precisa da operação dessas linhas. Começamos a monitorar pelo GPS dos carros quais linhas estão de fato rodando e se a frota é a determinada. Ainda não temos isso em tempo real. Nesse momento, estamos estudando os dados acumulados de 4 a 14 de janeiro. Estamos montando esse sistema nos ônibus comuns e nos BRTs. E também estamos criando no BRT um questionário para avaliar junto aos usuários, mensalmente, as demandas deles no entorno das estações.
Mas a licitação do sistema (em 2010) previa o acompanhamento on-line pelo GPS, que foi lançado pela prefeitura (em 2013)...
Esses dados de GPS não vinham sendo usados de fato. A partir da análise desses dados vamos conversar com as empresas, verificar se faltam ônibus ou há defeitos no GPS em certas linhas. E estabelecer um plano para retomada (das linhas, onde for necessário) pressionando as concessionárias para melhorar os serviços. As tarifas estão defasadas, mas a discussão da climatização não permite reajustes (uma ação judicial movida pelo Ministério Público impede concessão de aumentos porque a frota não foi toda adaptada até 2016, como previsto inicialmente). A realidade é que nem juridicamente nem politicamente temos condições de aumentar tarifas, por conta da pandemia. Nem as empresas querem reajuste necessariamente por entenderem que vai contribuir para cair ainda mais a demanda de usuários.
Multar as empresas por causa do sumiço das linhas e o desrespeito da frota determinada, que se agravaram na pandemia, não tem surtido efeito. O que mais pode ser feito?
O que a gente vê como uma solução de médio prazo é mudar o modelo de remuneração. Todo risco está locado nas empresas. Cai a demanda e as empresas estão sozinhas nisso. Mas com o modelo que a gente tem —sem controlar a receita — é politicamente impossível dar qualquer subsídio. Isso passa pela licitação do sistema de bilhetagem eletrônica (hoje controlado pela Riocard, ligado às próprias empresas).
Esse modelo atual é insustentável, não gera os incentivos corretos. A gente precisa estudar um novo modelo de remuneração a médio prazo. Talvez por subsídios. É uma questão a ser estudada. Mas, o caminho e o ponto de chegada não temos ainda.
O contrato de concessão não prevê punições pelos serviços não cumpridos?
Minha preocupação não é o caminho jurídico mas prestar o serviço para o cidadão. Temos que estudar o melhor caminho para remodelar o sistema. A prefeitura acredita no cumprimento de contratos tanto de um lado como o de outro. A prefeitura não tem ônibus, garagens ou motoristas. A gente precisa buscar o melhor caminho para o sistema, garantindo o serviço. Encampação seria uma medida agressiva e aumentaria o risco de operar o sistema na cidade, elevando o custo das passagens.
De zero a dez, qual a nota que a senhora dá para o serviço dos ônibus na cidade?
Não vou dar nota. Como um todo é ruim, em todos os quesitos. Está muito aquém do serviço que a sociedade deseja. Há questões como frequência e qualidade. O sistema não tem previsibilidade. Ninguém sabe quando o ônibus passa. Tem problemas de qualidade, não há ar em toda a frota. E com a crise, o preço da tarifa pesa no orçamento das famílias.
Em plena pandemia, como evitar que os ônibus circulem lotados?
A gente entende que o o transporte público não foi desenhado em qualquer lugar no mundo para obedecer a afastamentos de dois metros. As pessoas têm que ter práticas corretas. No Japão, é proibido falar no transporte púbico, por exemplo. O uso de máscaras é importante. Estamos estudando regras a serem adotadas para a limpeza de ônibus e terminais.
Ao assumir, a senhora fez viagens no BRT e anunciou que usaria o serviço por 15 dias para avaliar o sistema. Os problemas os passageiros já conhecem, quando virão as soluções?
Os problemas são diferentes entre as estações. A ideia é que tenhamos um sistema de monitoramento permanente e integrado. Só análise dos problemas pelas câmeras do centro de operações do BRT não é suficiente. A ideia é termos esse sistema implantado na meta de 100 dias do governo. Também estamos fiscalizando as garagens, para ter uma avaliação do estado de todos os ônibus. E, a partir daí conversar com o consórcio (sobre a frota). A questão é que ônibus não nasce em árvore. São necessários seis meses entre a encomenda e o veículo chegar. Se não tiver ônibus para circular é impossível solução a curto prazo (para a superlotação).
Como resolver a questão das estações no eixo da Cesário de Melo, que estão fechadas há três anos não só pelo vandalismo, mas também pela insegurança?
Estamos definindo com o consórcio um cronograma para reabrir todas as estações. A gente tem uma articulação com a Secretaria de Ordem Pública, mas certas estações nem guarda municipal pode resolver o problema. A questão da segurança pública (nessas estações da Cesário de Melo) não está circunscrita à prefeitura. O secretário Brenno Carnevale (Ordem Pública) está se articulando com o estado nesse sentido.
E sobre a implantação do BRT Transbrasil (Caju-Deodoro), já sabe como vai ser a operação do sistema? Como será a integração com os ônibus que vêm da Baixada e da Zona Oeste?
A gente analisou o projeto da Transbrasil e viu que existem alguns gargalos. E é possível adicionar algumas obras para ter um funcionamento melhor. Estamos analisando como seria essa chegada ao Centro. Estamos conversando com o Estado e o BNDES para saber como será o uso comum dessa calha pelos serviços municipais e intermunicipais. Hoje do jeito que está planejado, o entorno da Rodoviária Novo Rio não tem condições de absorver usuários. Outro problema: não podemos ter modelos diferentes de ônibus usando as calhas. Os tempos de freagem dos BRTs e ônibus comuns são distintos e tem problemas de segurança. Isso terá que ser discutido com os municípios, pois vai exigir investimentos em articulados. Também não temos o plano operacional. Vamos discutir com estados e municípios.
O programa de racionalização, adotado na gestão anterior de Eduardo Paes e que encurtou e eliminou linhas, será reavaliado? O que deu errado na sua opinião?
Uma coisa que deu bem errado foi a comunicação das alterações. Como o usuário conhece o sistema, por hábito, quando muda isso sem um bom sistema de informação deixa o passageiro perdido. Foi o que aconteceu. E só piorou a previsibilidade do sistema. Algumas linhas podem voltar, sim. Mas tem que levar em conta que nem todas as demandas serão atendidas. Estamos levantado as demandas das linhas que a população quer de volta. E ver quais aquelas que são viáveis retornarem. Faz parte do nosso plano de 100 dias.
O sistema de vans também está desorganizado. As linhas existentes vão ser revistas?
A gente vai rever todo sistema em áreas defasadas que precisam de novas licenças. Outras áreas tiveram aumento de vans de forma indiscriminada. Mas ainda não temos esse prazo. Estamos priorizando as promessas de 100 dias de governo.
Há negociações com as outras concessionárias para termos tarifas integradas com metrô, trens e barcas. É possível garantir isso ao fim de quatro anos de governo?
O problema de integração entre serviços do estado e do município, de um modo geral, é difícil. Não sou política, sou uma técnica. Não posso, como município, garantir coisas que não sei se posso entregar. Ainda estamos tendo reuniões. Esse é um processo. Há outros problemas imediatos. As operadoras de transportes haviam deixado suas posições no Centro de Operações. Estão retornando para que possamos ter planos de contingência para o transporte.
Há planos de ampliar os corredores de BRS na cidade?
A gente gostaria muito de ampliar. Temos um diagnóstico de áreas engarrafadas no entorno do Centro onde esse serviço poderia ser implantado. São corredores com três faixas. Mas isso exigiria investimentos da CET-Rio em sinalização e fiscalização eletrônica. Não posso antecipar ainda por onde começaria. Não há como antecipar nada.
Com relação ao VLT há uma discussão judicial sobre complementação das tarifas, já que o sistema não alcançou o número de passageiros previstos na concessão. Como está isso?
Ainda não temos proposta para isso.
A senhora já anunciou que pretende taxar os aplicativos de transporte. Já houve algum avanço?
A gente não está recebendo dos aplicativos. A prefeitura tentou regularizar por decreto, que caiu. Os aplicativos têm que ser regulados segundo as regras definidas pelo STF. A gente precisa saber como eles operam. Eles precisam fazer parte do sistema viário. Para isso, precisamos ter controle sobre as receitas deles. Isso está em análise.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 26/01/2021
PREFEITURA PREPARA PACOTE DE MUDANÇAS PARA DAR AO CENTRO DO RIO ARES DE BAIRRO RESIDENCIAL; ENTENDA
Publicado em 01/26/2021 as
08:41 PM
Plano de mudanças urbanísticas e tributárias prevê, entre outras coisas, estímulos para que essa parte da cidade, historicamente voltada para ser uma área comercial, atraia moradiras
Por Luiz Ernesto Magalhães

Hora da virada: crise e Covid-19 contribuíram para decadência de região central Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
RIO — Para transformar o Centro, que foi esvaziado pela crise e pela pandemia, novas regras deverão entrar em vigor. Para isso, a prefeitura prepara um pacote de mudanças urbanísticas e tributárias que prevê, entre outras coisas, estímulos para que essa parte da cidade, historicamente voltada para ser uma área comercial, ganhe ares de bairro residencial. Quem apostar na ideia de fazer de uma construção comercial um prédio para novos moradores pode ter perdão de dívidas ou isenção de IPTU por até dez anos.
As propostas, que estão sendo alinhavadas, valerão tanto para quem tem imóveis fechados — há uma estimativa de que hoje existem pelo menos 500 prédios inteiros nesta situação — ou quer dar novo destino a empreendimentos atingidos pela maré baixa da economia.
O secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, promete entregar o projeto Reviver Centro à Câmara Municipal em fevereiro, quando recomeçam os trabalhos legislativos.
— Com grande relevância econômica e histórica, o Centro terá um plano urbano próprio. Na região, estão concentrados mais de 800 mil empregos. Mas há baixíssima ocupação residencial — diz Fajardo, explicando que os esforços para atrair moradias para o local foram atropelados pela pandemia do novo coronavírus. — As pessoas estão em home office, restaurantes estão fechando. O contexto atual é bem dramático. É necessário ter uma visão mais abrangente para superar esses desafios.
13 mil imóveis vazios
Ao todo, a proposta tem como alvo uma área de 5,72 quilômetros quadrados, incluindo o Centro Histórico. Nessa conta, estão todas as vias internas de logradouros importantes como as avenidas Presidente Vargas, Rio Branco e Presidente Antônio Carlos. Fajardo destaca que, entre os imóveis abandonados, há, por exemplo, um terreno na Avenida Marechal Câmara, remanescente do desmonte do Morro do Castelo, ocorrido nos anos 1920.
Para efeitos de comparação, enquanto o Centro acumula 36.789 licenças para escritórios e 385 oficinas, dispõe apenas de 232 imóveis exclusivamente residenciais. O crescimento populacional é ínfimo: em dez anos (2000-2010), o aumento foi de 36.789 moradores para 39.135.
Um levantamento do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscom) e da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) mostra que, em meados de 2020, no auge da pandemia de Covid-19, cerca de 13 mil imóveis estavam fechados em toda a região do Centro. Em 2018, o número era bem menor: oito mil unidades.
— Há uma oferta de imóveis bem localizados, mas que não atendem mais às exigências criadas pelas novas tecnologias. Geralmente, sai mais em conta construir um prédio novo, que seja mais econômico em termos de consumo de energia e preparado para receber cabos de fibras óticas do que recuperar um imóvel antigo. Ao mesmo tempo, faltam estímulos para converter imóveis desativados para uso residencial — avalia o presidente da Ademi, Cláudio Hermolin.
No pacote legal que será proposto, os investidores, entre outras medidas, serão dispensados de construir novas vagas de garagem, podendo inclusive extinguir as existentes. No eixo do VLT, por exemplos, elas serão proibidas.
Fajardo argumenta:
— As pessoas elogiam Paris porque podem caminhar e tudo está a 15 minutos dos transportes públicos. No Centro, a cinco minutos de transportes públicos, como metrô, trens e VLT, é possível se chegar a museus, restaurantes e moradias. No entanto, faltam moradias. A questão é termos mecanismos que atraiam investidores e estimulem um maior uso residencial para faixas de renda distintas nessa região.
Na tentativa de tornar o ambiente mais agradável, o projeto menciona que o poder público deve fazer intervenções e garantir a manutenção de monumentos históricos. Coisas simples, como retirar pichações de bens privados, que hoje o município está impedido de fazer.
Outro mecanismo é adotar o IPTU progressivo para conter a especulação imobiliária. A ideia é que, a partir do terceiro ano da lei em vigor, os proprietários de imóveis vazios ou subutilizados passem a pagar alíquotas maiores do tributo.
Atualmente, os moradores do Centro só contam com um estímulo: a isenção do IPTU para manter as características originais de imóveis tombados. Moradora da Cruz Vermelha, a aposentada Helle-Nice Gomes, de 73 anos, vê vantagens e desvantagens na iniciativa:
— Mais vizinhos seriam bem-vindos pois tenho muito medo de andar no Centro. É tudo deserto. Por outro lado, me preocupo que, com a chegada de novos moradores, os aluguéis fiquem proibitivos — disse Helle-Nice.
Na Câmara Municipal, o PSOL, uma das maiores bancadas de oposição, elogia boa parte das propostas. E concentra as críticas na extinção de uma área mínima para os imóveis, que hoje é de 28 metros quadrados.
— Ter estímulos para o Centro servir como opção de moradia é uma bandeira nossa. A alíquota progressiva para o IPTU também é algo que temos simpatia. Agora, é preciso explicar melhor o que significa liberar imóveis sem área mínima — diz o vereador Tarcísio Motta (PSOL).
Fonte : O Globo - RJ
Data : 26/01/2021
BNDES FIRMA CONTRATO PARA CONCEDER JALAPÃO, IBITIPOCA E OUTROS 24 PARQUES NATURAIS À INICIATIVA PRIVADA
Publicado em 01/26/2021 as
08:41 PM
Banco fechou acordo com seis estados para estruturar modelo de licitação para exploração do turismo sustentável. Primeiros leilões devem ocorrer neste ano
Por Carolina Nalin

Parque Nacional do Jalapão, no Tocantins: banco afirma que leilões vão aliviar governos dos custos de conservação Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo
RIO — O BNDES pretende estruturar até dezembro uma série de concessões de parques naturais à iniciativa privada. A entidade firmou contratos há menos de um mês com seis estados, a fim de oferecer suporte para concessão de 26 parques, com foco na exploração do turismo sustentável e preservação ambiental.
Entre os estados com parcerias já definidas estão Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Tocantins. Parques como Jalapão (TO), Ibitipoca (MG), Rio Doce (MG) e Dois Irmãos (PE) estão entre os destaques das unidades de conservação previstas.
Outros três estados estão em tratativas e devem integrar a próxima rodada de concessões projetada pela entidade. A expectativa é que os primeiros leilões aconteçam no fim deste ano e o restante ao longo de 2022.
— A nossa ambição é mudar a realidade do setor de parques no Brasil. O país tem cerca de 450 unidades de conservação, mas hoje somente 18 têm concessionárias. Temos um grande potencial a ser desenvolvido nesse setor — aponta Pedro Bruno, superintendente de Governo e Relacionamento Institucional do BNDES.
De acordo com a entidade, o objetivo do programa de estruturação de concessões é apoiar os estados em todas as etapas dos projetos. Por isso, serão realizados diagnósticos socioambientais, elaboração de modelagens econômico-financeiras, desenho de planos de negócios e apoio à ida desses projetos ao mercado até a licitação.
Obrigação de conservar
Segundo o executivo, os prazos de concessão ainda dependem da modelagem, mas não se distanciam dos prazos já praticados em outras concessões do setor, com duração de vinte anos, como o Parque Nacional do Iguaçu, e trinta anos, como o Parque Aparados da Serra.
Além da contrapartida da preservação das unidades de conservação, a expectativa é que as parcerias com o setor privado aliviem os custos dos governos com a manutenção dos parques, estimulem o turismo sustentável e desenvolvam as economias locais.
— É um processo de ganho para todo mundo: ganha o usuário, que vai ter acesso a parques com melhores condições; ganha a nossa agenda ambiental porque a premissa básica da concessão é a conservação das unidades; ganham os estados que vão desonerar os cofres; e ganham os investidores que aderem à agenda com um retorno financeiro associado a uma pauta de impacto social.
Ele cita ainda que o mercado está aquecido e competitivo, vide a aquisição neste mês dos parques nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pelo grupo Construcap, que administra o Parque Ibirapuera, em São Paulo.
— Temos um perfil natural de investidor que são os concessionários atuais dos parques já concedidos, mas há diversos players nacionais e internacionais do setor do turismo como grupos hoteleiros, empresas de ecoturismo, receptivos turísticos e até empresas dos setores de entretenimento e serviços.
Fiscalização
O progresso da agenda ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) tem elevado o interesse de diferentes investidores financeiros em busca de retorno de reputação para suas marcas.
Bruno lembra que a fiscalização de infrações e crimes ambientais permanece sob responsabilidade dos órgãos públicos federal e estaduais. Já os modelos de negócios cabem aos concessionários e operadores interessados, que podem prever receitas de bilheteria e serviços associados como hotelaria e arvorismo.
— Conseguimos amarrar no contrato uma série de atribuições com bastante transparência que garantem para o usuário final uma percepção clara da melhoria do serviço — conclui.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 26/01/2021
PAÍSES DEVEM SE UNIR PARA CRIAR MERCADO EFICIENTE PARA HIDROGÊNIO VERDE, DIZ MINISTRO ALEMÃO
Publicado em 01/26/2021 as
08:41 PM
Por Guilherme Serodio - 26 de janeiro de 2021 - Em Clima

Painel Restoring Economic Growth (Option 2). Foto: Reprodução
A associação entre países para incentivar a cadeia de produção eficiente para o hidrogênio verde é bom exemplo da sinergia possível entre incentivos à retomada econômica e a transformação para uma economia de baixo carbono. A avaliação é do ministro da Economia e Energia da Alemanha, Peter Altmaier, que participou de uma mesa de debate no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, em Davos.
“Percebemos que o hidrogênio verde é um elo que ainda falta para a transição energética e muitos países desenvolvidos terão que importá-lo de países em desenvolvimento”, disse Altmaier. Se pudermos desenvolver uma cadeia internacional de suprimento, com, por exemplo, países da América do Sul, que têm grande potencial de produção a partir da energia eólica e solar, então isso teria um efeito muito importante como estímulo à economia”.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, defendeu que o momento atual exige a definição de mecanismos de precificação do carbono que acompanhem o custo da destruição ambiental, a necessidade de prestação de contas sobre ações tanto no setor público quanto privado e, finalmente, a necessidade de manutenção de investimentos em inovação.
A presidente do BCE ainda afirmou que há na sociedade uma forte percepção da urgência das mudanças climáticas.
“Todos temos na memória lembranças muito difíceis acerca das tentativas de precificar o carbono”, reconhece Lagarde. Mas para ela, hoje é possível desenvolver sistemas de precificação eficientes.
Corte de emissões como oportunidade à inovação
Para o presidente global da Volkswage, Herbert Diess, apesar da crise atual, objetivos de sustentabilidade – como metas de redução de emissões – são estímulos importantes para a inovação na indústria.
Este ano a Volkswagen terá que pagar uma multa ambiental de € 275 milhões por não cumprir integralmente metas de redução de emissões em 2020 impostas pela União Europeia. Diess afirma ter reduzido a média de emissões de CO2 de sua frota em 20% e promete cumprir as metas para o próximo ano.
“Novos objetivos contra mudanças climáticas são uma oportunidade para a inovação e para a produção de carros e da nova mobilidade com uma pegada de carbono reduzida, e nós nos consideramos inovadores nesta indústria, esta é uma oportunidade”, afirmou Diess.
A defesa de investimentos em inovação também é feita pelo presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda. Para ele, tornar a economia mais verde vai proporcionar um impulso significativo no crescimento japonês, influenciado pela demanda de investimentos.
A retomada do crescimento econômico em 2021 ainda é uma incerteza em todo o mundo. Mas enquanto economistas preveem que a economia na Zona do Euro deve crescer apenas 0,6% no primeiro quadrimestre de 2021 – marca que representa apenas a metade da média das previsões para o período feitas em dezembro -, no Japão, espera-se que a economia do país retorne aos níveis pré-pandêmicos no final do ano financeiro de 2021. No ano seguinte, o governo japonês trabalha com a previsão de crescimento do PIB de 2%.
O ministro francês da Economia, Finanças e Recuperação, Bruno Le Maire, afirma que embora a resposta econômica de curto prazo para combater a crise demande estímulos fiscais e incentivos governamentais, no longo prazo é preciso ter foco na guinada que se pretende produzir na economia, e manter investimentos em inovação.
“Temos que pensar no tipo de economia que queremos construir, queremos construir uma economia sustentável e reduzir as desigualdades”, disse Le Maire.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 26/01/2021
PETROBRAS ELEGE RODRIGO LIMA E SILVA NOVO DIRETOR DE REFINO E GÁS NATURAL
Publicado em 01/26/2021 as
08:41 PM
Por Gustavo Gaudarde - 26 de janeiro de 2021 - Em Combustíveis, Mercado
O Conselho de Administração da Petrobras elegeu Rodrigo Costa Lima e Silva como diretor executivo de refino e gás natural, em reunião realizada nesta terça (25). Ele vai substituir Anelise Lara, que renunciou ao cargo.
Rodrigo Lima e Silva atuava como gerente-executivo de gás e energia. É graduado em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Salvador e tem mestrado em Administração de Empresas pelo IBMEC e MBA em Finanças Corporativas pela FGV.
Ele atua na Petrobras há 15 anos, em diversas funções gerenciais nas áreas de exploração e produção, gás e energia e estratégia. Foi presidente do Conselho de Administração de algumas subsidiárias da Petrobras e desde 2019, ocupava o cargo de gerente executivo de gás e energia.
Rodrigo Lima e Silva participou do painel Descarbonização e o pico da demanda por gás natural na Gas Week de agosto de 2020
“A companhia agradece a Anelise Quintão Lara, que está se aposentando, por sua liderança, dedicação e contribuição para a companhia ao longo de seus trinta e cinco anos de carreira e seu importante trabalho à frente da Diretoria Executiva de Refino e Gás Natural desde março de 2019”, disse a empresa em nota.
Anelise atua na Petrobras há mais de 30 anos. Ocupou cargos gerenciais nas áreas de pesquisa, engenharia de reservatórios e desenvolvimento de projetos do pré-sal.
Em maio de 2016 assumiu a função de gerente executiva de Aquisições & Desinvestimentos e 2019 assumiu a diretoria de Refino e Gás Natural.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 26/01/2021
SHELL NEGOCIA 2,5 BI DE LITROS DE BIOCOMBUSTÍVEIS COM ECB GROUP
Publicado em 01/26/2021 as
08:40 PM
Por epbr - 26 de janeiro de 2021 - Em Combustíveis, Transição energética
O ECB Paraguay e a Shell Trading Company assinaram um contrato plurianual para fornecimento de 500 milhões de litros por ano de diesel renovável e combustível renovável para aviação, a partir de 2024, totalizando 2,5 bilhões de biocombustíveis.
O diesel renovável HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e o combustível renovável para aviação (synthetic paraffinic kerosene, SPK), também conhecido como sustainable aviation fuel (SAF), serão produzidos na biorrefinaria Omega Green, em construção pelo grupo ECB no Paraguai, com capacidade total de produção de 20.000 barris por dia de HVO, SPK, SAF e nafta verde.
Na semana passada, o ECB anunciou um contrato 1 bilhão de litros de biocombustíveis avançados com a petroleira britânica bp, que está investindo na mudança do seu portfólio de suprimento de energia para comercializar mais combustíveis renováveis.
“Com o foco bem conhecido da Shell em iniciativas de descarbonização, faz todo o sentido trabalharmos juntos para fornecer fontes de soluções de combustíveis renováveis, especialmente nos setores de transporte rodoviário e aviação”, diz o fundador e CEO do ECB Group, Erasmo Carlos Battistella, em nota.
“Os biocombustíveis devem desempenhar um papel fundamental na obtenção de um sistema de energia com emissões líquidas zero, mas a colaboração é crítica para que o fornecimento e uso mundial desses combustíveis de baixo carbono se tornem mais difundidos”, disse Odeh Khoury, Vice-presidente da Shell para Comércio de Produtos e Abastecimento, Américas.
ECB assume 100% da BSBios
No fim do ano passado, a Petrobras Biocombustível (PBIO) fechou a venda de sua participação de 50% na BSBios para a R.P. Biocombustíveis, que possui os outros 50% da companhia e é controlada pelo ECB Group.
O valor total da BSBios foi definido em R$ 1,2 bilhão, com data base de 30 de novembro de 2020. Com as deduções da dívida líquida e demais ajustes de preços, o valor líquido recebido pela PBio (50% da BSBIOS) foi da ordem de R$ 322 milhões.
A sociedade do ECB com a Petrobras durou 11 anos. A BSBios produz biodiesel em duas usinas localizadas em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR).
Recentemente as unidades de produção de biodiesel de Passo Fundo e Marialva passaram por ampliações industriais, tendo sua capacidade fabril expandida para 414 milhões de litros de biodiesel cada.
Em 2019, a empresa investiu R$ 69 milhões de reais, sendo R$ 56,5 milhões em equipamentos e cerca de R$ 12,5 milhões na melhoria de infraestrutura. Outros R$ 6 milhões foram investidos em ações de inovação e de eficiência energética.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 26/01/2021
EUA VÃO ELEVAR “SIGNIFICATIVAMENTE” O FINANCIAMENTO DE PROJETOS CLIMÁTICOS, DIZ JOHN KERRY
Publicado em 01/26/2021 as
08:40 PM
Por Gabriel Chiappini - 26 de janeiro de 2021 - Em Internacional, Transição energética
Os EUA vão elevar “significativamente” o financiamento de programas de adaptação às mudanças climáticas em países em desenvolvimento, como parte da nova postura em relação ao clima, afirmou o ex-secretário de Estado do país, John Kerry. Isso vai envolver aportes subsidiados e o envolvimento em projetos com governos e iniciativa privada.
Kerry lamentou a ausência dos EUA na luta contra as mudanças climáticas nos últimos quatro anos de gestão do ex-presidente Donald Trump.
“Há três anos, os cientistas nos deram um aviso severo. Eles disseram que temos 12 anos para evitar as piores consequências das mudanças climáticas. Agora temos nove anos restantes e lamento que meu país tenha estado ausente por três desses anos”, disse na abertura da primeira Cúpula das Nações Unidas para Adaptação ao Clima (CAS), realizada nesta segunda (25), na Holanda.
Ex-secretário de Estado, o democrata John Kerry foi escolhido representante especial para o clima, do governo de Joe Biden.
“Estamos orgulhosos de estar de volta. Voltamos com humildade pela ausência dos últimos quatro anos e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para compensar isso ”.
Kerry destacou que a agenda climática é uma prioridade do governo Biden, lembrando o retorno imediato dos EUA ao Acordo de Paris. O antecessor, Donald Trump, havia abandonado o acordo em 2017.
“Temos agora um presidente que, graças a Deus, lidera, fala a verdade e é dominado por essa questão [do clima]. O presidente Biden sabe que temos que nos mobilizar de forma sem precedentes para enfrentar um desafio que está se acelerando rapidamente ”, disse John Kerry.
Os EUA vão precisar atuar em três frentes para aumentar a resiliência às mudanças climáticas, segundo John Kerry
“Vamos aproveitar a inovação dos EUA, dados climáticos e informações para promover uma melhor compreensão e gestão do risco climático, especialmente em países em desenvolvimento”;
“Aumentaremos significativamente o fluxo de financiamento, incluindo empréstimos subsidiados para iniciativas de adaptação e resiliência [climáticas] e trabalharemos com instituições bilaterais e multilaterais para melhorar a qualidade [desses] programas“;
“Trabalharemos com o setor privado nos Estados Unidos e em outros países em desenvolvimento para promover uma maior colaboração entre as empresas e as comunidades das quais elas dependem”;
Segundo ele, com as emissões atuais, o mundo está caminhando para um aquecimento global de 3,7 a 4,5 ° C, isto é, longe da meta estipulada no Acordo de Paris de 1,5 ° C até 2050.
Uma das inciativas previstas pela gestão Biden é investir US$ 2 trilhões em projetos de energia limpa nos setores de infraestrutura, transporte e construção. O objetivo é que nos próximos quatro anos, esses investimentos ajudem o país a zerar as emissões na geração de energia nos próximos 15 anos.
“É mais barato investir na prevenção de danos, ou pelo menos minimizá-los, do que limpá-los”, afirmou Kerry, ao lembrar que os EUA em apenas um ano gastaram US$ 265 bilhões para consertar danos causados por três tempestades originadas por mudanças climáticas.
Líderes globais destacam necessidade de colaboração
Também presente na abertura da Cúpula, o vice-premier da China, Han Zheng, destacou a importância da cooperação entre os países para o alcance das metas do Acordo de Paris e apostar no multilateralismo. E lembrou do compromisso do país asiático em neutralizar suas emissões de carbono antes de 2060.
“Devemos melhorar a adaptação com esforços redobrados. Todos os países, à luz de suas condições nacionais, formulam e implementam seus próprios planos de adaptação, ampliam o escopo de ações, e melhoram sua eficácia e durabilidade para promover o desenvolvimento sustentável (…) Devemos estar em sinergia, trabalhando uns com os outros de boa fé”, afirmou Zheng.
Angela Merkel, chanceler da Alemanha, também defendeu iniciativas multilaterais, disponibilizando 270 milhões de euros para proteção de pessoas e países mais pobres e vulneráveis atingidos pelas mudança climáticas.
“Eu acredito firmemente que trabalhando juntos podemos ter sucesso na mitigação dos impactos”, afirmou a chanceler.
Sem citar diretamente a Amazônia, o presidente francês, Emmanuel Macron, falou da importância da Aliança para Preservação de Florestas Tropicais, para proteção do que ele chamou de “o pulmão verde da Terra”, e de atividades agrícolas sustentáveis como a agroecologia.
Recentemente, Macron afirmou que “continuar dependendo da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia”.
Participaram ainda da abertura do evento, os primeiros ministros do Reino Unido, Boris Johnson, do Canadá, Justin Trudeau, e da Holanda, Mark Rutte.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 26/01/2021
AUXÍLIO EMERGENCIAL: GUEDES DIZ QUE SÓ PRORROGA BENEFÍCIO COM CONGELAMENTO DE VERBAS PARA EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
Publicado em 01/26/2021 as
08:40 PM
Por Manoel Ventura

O ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Arquivo
BRASÍLIA — O ministro da Economia, Paulo Guedes, atrelou a volta do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, concedido no ano passado, ao fim do que chamou de “aumento automático” para educação, segurança e salários de funcionários públicos. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira, Guedes afirmou ainda que, “caso o pior aconteça”, o governo sabe o que fazer.
— Não pode ficar gritando guerra toda hora. Nós temos que ter muito cuidado. Quer criar o auxílio emergencial de novo, tem que ter muito cuidado, pensa bastante. Porque se fizer isso não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, porque a prioridade passou a ser absoluta (para o auxílio) — disse Guedes, durante evento virtual com investidores internacionais.
Em 2020, para fazer frente aos gastos com a pandemia, o Congresso aprovou o Estado de Calamidade Pública e o Orçamento de Guerra, que permitiram conceder o auxílio emergencial de R$ 600 e depois prorrogá-lo por R$ 300 até dezembro. Essas medidas se encerraram em dezembro.
— Pega os episódios de guerra aí e vê se teve aumento de salário durante a guerra, vê se teve dinheiro para saúde, educação. Não tem. Aqui é a mesma coisa. Se apertar o botão ali, vai ter que travar o resto todo — afirmou Guedes.
O ministro afirmou que, “se a pandemia se agravar”, o governo saberá agir. O país registrou 631 mortes pela Covid-19 nesta segunda-feira, chegando ao total de 217.712 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.055, a maior desde 4 de agosto (quando foi de 1.066 mortes).
— Se a pandemia se agrava, continuam 1.500 mortes por dia, a vacina não chega, nós falhamos miseravelmente na entrega das vacinas… Vamos observar. Caso o pior aconteça, nós temos o protocolo da crise — disse Guedes.
O ministro cobrou responsabilidade antes de decretação do Orçamento de Guerra em 2021 e lembrou que, em 2020, o salário dos servidores públicos foi congelado por dois anos como compensação pelos gastos com a pandemia.
— É preciso ter muita responsabilidade quando você, entre aspas, declara a guerra. Se você disser que a pandemia está realmente assolando o Brasil de novo, você vai declarar o estado de guerra. Estado de guerra significa o seguinte: não tem aumento de salário durante dois anos de funcionalismo, os pisos estão todos bloqueados, acabou esse negócio do piso subir automaticamente — afirmou.
Para o ministro, é preciso "sacrifícios" para repetir os gastos do ano passado, que chegaram próximo a R$ 600 bilhões. Ele cobrou responsabilidade orçamentária dos políticos.
— A classe política tem que se unir à responsabilidade pelos orçamentos. Se ela apertar o botão vermelho, de emergência, não é só pegar o dinheiro e sair correndo. Tem que fazer todo o protocolo de sacrifícios por anos. Se você está em guerra, não tem distribuição de medalhas. Ou seja, não pode ter aumento de salário enquanto não passar um, dois anos depois da guerra.
Guedes afirmou que o custo do combate à pandemia não pode ser transferido para as próximas gerações:
— Tem que pagar pelo custo da guerra, não pode empurrar isso para as futuras gerações. É muito fácil gastar 8%, 10% do PIB num ano, pedir para gastar de novo no ano seguinte e empurrar o custo para os nossos filhos e netos. Tem que ser responsável.
Fonte : Extra Online
Data : 26/01/2021
SE PANDEMIA SE AGRAVAR, SERVIDOR FICARÁ SEM AUMENTO POR DOIS ANOS, DIZ GUEDES
Publicado em 01/26/2021 as
08:39 PM
O ministro Paulo Guedes participou de um evento on-line com investidoresO ministro Paulo Guedes participou de um evento on-line com investidores Foto: Marcos Corrêa/PR / Agência O Globo
Por Stephanie Tondo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (dia 26), durante evento on-line promovido pelo Credit Suisse, que caso a pandemia se agrave os servidores poderão ficar sem aumento por dois anos. Sentado ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ele disse que um aumento do número de mortes por Covid-19 justificaria a implementação de um "estado de guerra", que envolve o congelamento dos salários do funcionalismo, entre outras medidas de contenção de gastos.
— Mas e se a pandemia se agrava? Se nós falhássemos miseravelmente na entrega das vacinas, o que eu não acredito. Caso o pior aconteça, nós temos o protocolo da crise, aperfeiçoado agora. No ano passado, tivemos que esperar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) de guerra para autorizar a violação da regra de ouro, do teto. Se você disser que a pandemia está assolando o Brasil de novo, você vai declarar estado de guerra. Estado de guerra significa o seguinte: não tem aumento de salário durante dois anos para o funcionalismo, os pisos estão todos bloqueados, acabou esse negócio de subir automaticamente — disse Guedes.
Apesar disso, o ministro reforçou que o governo está empenhado em garantir a vacinação para toda a população, e que "com a vacinação em massa ocorrendo, o país volta à normalidade". Isso significa, segundo Guedes, a retomada das discussões sobre as reformas no Congresso, incluindo a reforma administrativa, que propõe uma série de mudanças no funcionalismo.
— Reformas são fundamentais para recuperarmos a nossa dinâmica de crescimento, que foi perdida ao longo de décadas — afirmou Guedes.
Fonte : Extra Online
Data : 26/01/2021
SERVIDORES DO DEGASE FAZEM MANIFESTAÇÃO NESTA QUARTA-FEIRA
Publicado em 01/26/2021 as
08:39 PM
Os servidores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), representados pelo Sind-Degase, farão uma manifestação nesta quarta-feira (dia 27), às 10h, em frente à Secretaria estadual de Educação do Rio (Seeduc). Esse será o segundo ato realizado este mês para cobrar progressões, aumento do auxílio-alimentação, fim do desconto do RAS e liberação da licença-prêmio.
Apesar de ser um órgão de Segurança Pública, o Degase está vinculado à Seeduc por questões orçamentárias.
De acordo com o sindicato, a decisão de realizar a manifestação foi tomada na última segunda-feira, durante uma reunião do secretário de Governo, André Lazaroni, com os diretores do Sind-Degase e do SindSistema, reafirmando a postura do Executivo estadual em não atender às solicitações feitas pelos servidores do Degase e da Seap.
O Degase fez a primeira manifestação, em frente ao Palácio Guanabara, juntamente com o SindSistema, da Seap, para liberação das progressões, que estão em atraso desde 2019 para o Degase, e desde 2018 para a Seap.
Na última semana, o governador Cláudio Castro liberou um aumento no auxílio-alimentação para os servidores da Educação, mas não incluiu o Degase.
O sindicato alega que na ocasião da suspensão da licença-prêmio, o Degase foi considerado pelo estado como parte da Educação, para não usufruir do direito. No entanto, para receber o benefício das progressões e da alimentação, o departamento foi excluído da Seeduc.
Fonte : Extra Online
Data : 26/01/2021
GOVERNO DE SP REALIZA LEILÃO DE R$ 18 MI EM CRÉDITOS DE ICMS EM 1º DE FEVEREIRO
Publicado em 01/26/2021 as
08:39 PM
São Paulo, 26 – O Governo do Estado de São Paulo, por meio do Banco Desenvolve SP, realizará, na próxima semana, mais um leilão de créditos acumulados de Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). O certame eletrônico acontecerá na segunda-feira, 1º de fevereiro, e ofertará 100 cotas que somam cerca de R$ 18 milhões em créditos.
O Desenvolve SP considera o leilão “uma oportunidade de redução de despesas com impostos para as empresas”.
Os créditos do imposto para instituições avícolas que utilizaram o ICMS como garantia de financiamento e não quitaram o pagamento será aplicado para cobrir os débitos leiloados, com deságio inicial de 7,9%. Dessa forma, a dívida dos avicultores é saldada e há benefício para as empresas que arremataram as cotas leiloadas.
“Esse é um modelo inovador que encontramos para incentivar, ainda mais, o desenvolvimento da economia paulista. Assim, as empresas vencedoras pagam menos impostos e o Desenvolve SP possui as garantias dos seus financiamentos junto ao setor”, disse o presidente do Desenvolve SP, Nelson de Souza. O governo de São Paulo já leiloou mais de R$ 423 milhões em créditos de ICMS.
A alienação dos direitos sobre Créditos Acumulados do imposto faz parte do Programa de Apoio ao Setor Avícola (PROAVI) do Desenvolve SP, iniciativa que permite que os empresários do setor recebam 5% do valor de suas vendas em crédito de ICMS.
O banco passou a aceitar esses créditos como garantia em financiamentos de capital de giro.
O leilão acontecerá das 10 horas às 12 horas, via plataforma eletrônica da B3 S.A.
As empresas que desejarem participar devem formalizar o interesse por meio de declaração até sexta-feira. Estão aptas a participar as entidades contribuintes de ICMS no Estado.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 26/01/2021
BNDES FIRMA ACORDOS COM 6 ESTADOS PARA PRIVATIZAR 26 PARQUES DE CONSERVAÇÃO
Publicado em 01/26/2021 as
08:39 PM
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou acordos com seis Estados para preparar a concessão à iniciativa privada de 26 parques de conservação, informou a instituição de fomento em nota divulgada nesta terça-feira, 26.
No total, o BNDES mapeou, ainda em 2020, em torno de 100 unidades de conservação, entre federais e estaduais, com potencial de serem concedidas. Em outubro passado, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, informou ao Estadão/Broadcast que o plano para 2021 era chegar ao fim deste ano com “dezenas” de parques prontos para serem concedidos, com foco no turismo.
Os seis Estados que firmaram parcerias no fim do ano passado são Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Tocantins. O acordo para modelar a concessão de sete unidades em Minas Gerais, incluindo os parques de Serra do Rola Moça e Ibitipoca, já havia sido anunciado em dezembro. Em Tocantins, o destaque é o Parque Estadual do Jalapão, que já estava no radar em outubro.
As licitações começarão pelos parques nacionais do Iguaçu (PR), de Jericoacoara (CE) e dos Lençóis Maranhenses (MA), incluídos no Programa Nacional de Desestatização (PND) em dezembro de 2019. Essas concessões já estavam sendo desenhadas pelo BNDES em outubro do ano passado, quando Montezano anunciou o mapeamento de 100 unidades.
As cerca de 100 unidades foram mapeadas levando em conta parques que já possuem plano de manejo e estão com a situação fundiária regularizada e, ao mesmo tempo, estão localizados num raio de duas horas de viagem de algum aeroporto.
O BNDES anunciou ainda uma parceria com o Instituto Semeia, que financiará, junto com outros parceiros privados, um estudo setorial.
O instituto também atuará na “interlocução com potenciais investidores, como operadores de parques atuais, além de capacitar agentes públicos para a gestão futura dos contratos de concessão”, diz a nota divulgada pelo BNDES.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 26/01/2021
‘ESTADO DE GUERRA’ PODE VOLTAR SE PANDEMIA AVANÇAR, DIZ GUEDES
Publicado em 01/26/2021 as
08:38 PM

Crédito: Arquivo/Agência Brasil
Governo pode retomar os programas de socorro, caso haja o entendimento de que o número de mortes por covid-19 continuará acima de mil por dia, diz Guedes (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)
Pressionado a relançar o auxílio emergencial para dar assistência a famílias vulneráveis, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 26, que o governo pode retomar os programas de socorro, caso haja o entendimento de que o número de mortes por covid-19 continuará acima de mil por dia e a vacinação pode atrasar. Nessa situação, o ministro disse que será declarado novamente “estado de guerra”. Mas ele alertou que essas medidas precisarão vir acompanhadas de ações para conter gastos e ajudar a “pagar a conta” dessa batalha.
“Se a pandemia se agrava e continua 1.500 mortes por dia, a vacina não chega e falhamos miseravelmente, mas não acredito nisso… Mas caso o pior aconteça, temos protocolo da crise, aperfeiçoado agora”, afirmou Guedes em evento do Credit Suisse. “Se disser que pandemia está realmente assolando o Brasil de novo, você vai declarar estado de guerra, como a gente declarou no ano passado.”
O ministro citou diferentes referências, em termos de número de mortes diárias por covid-19, para deflagrar o estado de guerra. Os números ditos pelo ministro ficaram entre 1 mil e 1,5 mil óbitos por dia.
No Brasil, o recorde de número de mortes por covid-19 foi registrado em 4 de agosto de 2020, com 1.394 óbitos. O segundo maior número foi em 8 de janeiro deste ano, com 1.379 mortes. Até agora, a doença já causou a morte de mais de 217 mil pessoas no País.
Segundo Guedes, o estado de guerra inclui medidas de ajuda, mas contempla também uma série de iniciativas para conter despesas. “Estado de guerra é não ter reajuste pro funcionalismo por dois anos, (ter) pisos bloqueados, acabou essa coisa de subir automaticamente”, disse ele, sem especificar a quais mínimos se referia. Na PEC do Pacto Federativo, o governo já chegou a propor a desvinculação de pisos de gastos em saúde e educação. “Tem que fazer o 3D (desindexação, desvinculação, desobrigação)”, acrescentou.
O ministro ponderou que, apesar da possibilidade de retomar as ajudas, é preciso haver contrapartida para equilibrar as contas, uma vez que o País já elevou drasticamente sua dívida no ano passado para bancar as despesas de combate à pandemia. Na projeção do ministro, a dívida terminou 2020 em 90% do PIB.
“A classe política tem que assumir responsabilidade pelo orçamento. Se classe política apertar botão vermelho da emergência, não é pegar dinheiro e sair correndo. Tem que pagar o custo da guerra (adotando medidas)”, afirmou.
Guedes comparou o excesso de gastos, sem contrapartidas de ajuste, a uma bomba atômica. “Vai ter tragédia para todo lado”, disse. “Se apertar o botão ali (da emergência), vai ter que travar o resto todo”, resumiu o ministro.
Apesar de admitir a possibilidade de um novo estado de guerra, Guedes disse “esperar o melhor”, com vacinação em massa e queda no número de mortes. Ele chamou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de “especialista em logística” e citou o exemplo de Israel, que vacinou os idosos e vê agora uma queda significativa no número de óbitos por covid-19.
“Se focalizarmos nos próximos 2 meses vacinação nos idosos, a coisa desce. Se não for o caso, porque vacinação não anda ou mortes estão acima de 1 mil, já existe protocolo”, disse Guedes.
Ele citou ainda a “cláusula de calamidade pública” na PEC do Pacto Federativo, para um caso mais agudo do que o de uma emergência. “O presidente Bolsonaro vai deixar um legado para esse tipo de crise. Agora, é um botão nuclear. Quando está em guerra, não é só receber armamento, tem que pagar pelo armamento”, afirmou.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 26/01/2021
GOVERNO FEDERAL APROVA AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA 196 MIL PESSOAS
Publicado em 01/26/2021 as
08:38 PM
Governo federal vai pagar, na próxima quinta-feira (28), mais de R$ 248 milhões de auxílio emergencial para 196 mil pessoas
A portaria do Ministério da Cidadania foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União, após análise das contestações e revisões decorrentes de atualizações de dados governamentais.
O grupo de beneficiários inclui cerca de 191 mil pessoas que contestaram a suspensão do benefício no site da Dataprev, entre 7 e 16 de novembro e entre 13 e 31 de dezembro de 2020.
Outras cinco mil pessoas que tiveram os pagamentos reavaliados em janeiro de 2021 também estão no grupo. Eles receberão de uma só vez todas as parcelas a que têm direito.
De acordo com o ministério, entre as 196 mil pessoas, há 8,3 mil que receberão a segunda, a terceira, a quarta e a quinta parcelas do Auxílio Emergencial. Outras 40,9 mil pessoas receberão as três últimas parcelas.
Uma terceira faixa, de quase 68,1 mil cidadãos, receberá a quarta e a quinta parcelas. Por último, 78,3 mil vão embolsar somente a quinta parcela.
Os recursos serão depositados na poupança social digital da Caixa e já estarão disponíveis no dia 28, tanto para movimentação por meio do aplicativo Caixa Tem, quanto para saques e transferências para outros bancos.
Compras pela internet
Com o Caixa Tem é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code.
O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, e transferir os recursos sem o pagamento de tarifas.
Para o saque em espécie, é preciso fazer o login no aplicativo Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”.
Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. Esse código deve ser utilizado para a retirada do dinheiro, que pode ser feita nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou mesmo nas agências.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 26/01/2021
PRESENTE DE NIVER PARA SANTOS E O PORTO: LIGAÇÃO SECA EFICIENTE ENTRE AS DUAS MARGENS
Publicado em 01/26/2021 as
08:38 PM
Por Márcia Costa*
São 129 anos do Porto de Santos e 100 anos à espera da ligação seca. E neste 475º aniversário de Santos um novo ciclo é aguardado com a promessa da realização da ligação seca. Nos planos para este novo ano, as prefeituras de Santos e Guarujá e a Autoridade Portuária de Santos citam a necessidade de finalmente ser realizado o projeto. Apesar de já haver um importante debate sobre a importância de uma ligação seca que seja efetiva tanto para o Porto quanto para a população, a Assembleia Legislativa de São Paulo tratou de garantir verba via emenda orçamentária somente para os estudos da ponte, e não para a ligação seca (ponte ou túnel).

"É preciso encaminhar com sabedoria os rumos da ligação seca."
Crédito: Márcia Costa.
Continua, ao que parece, a necessidade de se aprofundar o debate sobre os dois projetos - ponte e túnel - e popularizá-lo, para além dos gabinetes. A Prefeitura de Santos defende a realização das duas obras, ponte e túnel. O prefeito Rogério Santos (PSDB) tem citado a importância da desestatização e da implantação da ligação seca - tanto por ponte quanto por túnel. Segundo ele, a ponte serve mais ao Porto e ao desenvolvimento da região da Área continental, enquanto o túnel é fundamental pois, “cada vez que passa um navio, a balsa para”, afirmou ele à imprensa. Rogério Santos vê “o governo federal com boa vontade para fazer o túnel, enquanto o governo do Estado se movimenta na questão da ponte”.
Já o prefeito de Guarujá, Valter Súman, reeleito, reforçou a necessidade do túnel para diminuir o gargalo da movimentação de veículos na travessia do distrito de Vicente de Carvalho a Santos e também das balsas Santos-Guarujá.
Emenda pró-ponte
O deputado Wellington Moura (Republicanos) aprovou uma emenda que destina R$ 1 milhão para os estudos de viabilidade da ponte Santos Guarujá. A pandemia e os entraves na relação entre o governo do Estado e o governo federal, no entanto, podem dificultar a realização dos estudos sobre o projeto, conforme avalia o próprio gabinete do deputado. O governo tem um ano para empregar a verba.
Os estudos sobre a ponte têm como finalidade definir o modelo de Parceria Público-Privada (PPB), de forma que ele se torne atrativo para os investidores. Os estudos de viabilidade financeira e de modelagem são necessários para ajudar a fazer o projeto sair do papel, já que o governo estadual não quer construir por ele mesmo a ponte, mas via PPP. Segundo o gabinete do deputado, a Secretaria de Logística e Transportes necessita deste recurso para iniciar o estudo para validar a abertura de propostas e realizar a PPP. Cabe à Secretaria definir se abrirá o projeto à participação de outras empresas, além da Ecovias, e se haverá processo de licitação.
A emenda pró-ponte foi aprovada no fim do ano por todos os 94 deputados, incluindo os políticos representantes da Baixada Santista. Até o final da sua gestão o governador Doria quer ver a ponte sair do papel, mas o projeto não havia cumprido, até então, as exigências do Ministério da Infraestrutura e da Autoridade Portuária, de forma a garantir a navegabilidade do Porto e não ameaçar a expansão de área de desenvolvimento do complexo portuário.
A Secretaria de Logística e Transportes afirma que o novo projeto da ponte ainda precisa ser aprovado pelo Ministério da Infraestrutura e, portanto, a liberação da verba via emenda orçamentária não tem impacto sobre o cronograma da obra. Sobre o fato de o valor da emenda não ter sido destinado ao estudo para a questão da ligação seca (ponte ou túnel), a Secretaria informou que a decisão de coube ao parlamentar que, por sua vez, informou que a emenda buscou atender a uma necessidade da Secretaria para que o projeto da ponte tivesse continuidade.
O compromisso da melhor decisão
Quais os reais benefícios de cada projeto? Ponte e túnel poderiam coexistir? Para o Porto, a única proposta que não afeta a navegabilidade do Porto e sua expansão é o túnel. O governo do Estado garante que o novo projeto da ponte também dá essa garantia, mas não liberou o projeto publicamente para consulta. A população também precisa conhecer melhor o novo projeto do túnel. E como obter uma avaliação técnica dos projetos para além dos interesses políticos?
O Capitão de Mar e Guerra, Marcelo de Oliveira Sá, já citou a importância de a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) avaliar os projetos da ligação seca, enquanto Sérgio Aquino, presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), indicou a necessidade de se discutir a ligação em termos técnicos, no Conselho da Autoridade Portuária (CAP), onde governos e representantes do setor portuário estão presentes.
Os dois projetos – do túnel e da ponte – receberam alterações importantes nos últimos meses. Mas continua faltando, portanto, um estudo e um debate sério, aprofundado e aberto, com especialistas e com a população, que apresente e compare os dois projetos atualizados e mostre os benefícios reais de cada um deles para as cidades e para o Porto. Para além dos gabinetes políticos, para além do Porto, é preciso apresentar as duas propostas à população e ouvi-la, já que ela pagará para ser usuária do modal escolhido.
Marcia editada* Jornalista, fotógrafa, pesquisadora, docente, pós-doutora em Comunicação e Cultura e diretora da Cais das Letras Comunicação. Contato: marciacosta@portogente.com.br
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 26/01/2021
GUARUJÁ PRETENDE AMPLIAR ÁREA PORTUÁRIA
Publicado em 01/26/2021 as
08:37 PM
Plano envolve remoção de famílias
Por Fernanda Balbino - Da Redação

Margem Esquerda do Porto, em Guarujá (Foto: Carlos Nogueira)
Destravar projetos importantes como a remoção de famílias da Prainha, resolver o problema da falta de um estacionamento de caminhões e ainda acabar com os impactos viários causados pelos veículos de carga na Cidade. Estas são as prioridades do diretor de Desenvolvimento Portuário e Logístico, da Prefeitura de Guarujá, Jairo de Almeida Lima Neto.
O executivo ainda espera superar a marca dos R$ 95 milhões arrecadados com serviços portuários no município neste ano.
Lima Neto atua no departamento que tem o olhar mais atento às atividades do complexo marítimo na Cidade. A diretoria faz parte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, que está sob o comando de Rogério Rudge.
“Em 2021, a expectativa é de, pelo menos, manter a arrecadação. Sabemos que não haverá um aumento significativo na atividade portuária, mas esse recurso é importante, principalmente em um momento em que interrupções no comércio geram queda de arrecadação”, destacou Lima Neto.
Segundo o executivo, os nove terminais do Município respondem por cerca de 35% da movimentação do Porto, que somou 146,5 milhões de toneladas no ano passado. “Isto significa que entre 51 milhões e 55 milhões de toneladas foram movimentadas em Guarujá e ainda contamos com diversos investimentos privados, que garantem aumento de produtividade nos terminais”, afirmou.
Sobre os investimentos públicos, Guarujá aposta na assinatura de um convênio para que a Autoridade Portuária de Santos (APS), viabilize a remoção de cerca de 1.600 famílias que vivem na área de Prainha, em Vicente de Carvalho, na Margem Esquerda do complexo.
Segundo o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos, aquela região será destinada à expansão portuária. A ideia é impulsionar a movimentação de carga geral no local.
Segundo Lima Neto, o acordo está 70% “costurado”. No entanto, ele não revelou o valor do repasse da estatal que administra o complexo marítimo. Até agora, apenas 500 famílias deixaram o local e foram para o conjunto habitacional Parque da Montanha.
A Prefeitura de Guarujá também pretende incentivar a operação de terminais retroportuários no município. Para isso, mapeou 4,5 milhões de metros quadrados de propriedade privada que podem ser utilizados com esse foco.
“Vamos tentar buscar investidores para conversar com os proprietários”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Portuário e Logístico de Guarujá.
Sistema Viário
Neste ano, as atenções também estão voltadas para a possibilidade da retomada das obras da Avenida Perimetral da Margem Esquerda. O empreendimento, financiado pela Autoridade Portuária de Santos, ligará a Rodovia Cônego Domênico Rangoni ao Porto. E tem como objetivo melhorar tanto o tráfego portuário quanto o urbano.
Serão cerca de 30 mil metros quadrados de construção, englobando a própria avenida, viadutos sobre a rodovia e a Avenida Santos Dumont e acessibilidades, como calçadas e passarela para pedestres e ciclovia. “Com a Perimetral, vamos conseguir segregar definitivamente o fluxo da cidade e o portuário”, afirmou o diretor.
Estacionamento
Outra demanda antiga de moradores de Guarujá é a oferta de locais para estacionamento de caminhões. Neste caso, a administração municipal espera a indicação de um local que a Autoridade Portuária de Santos deve disponibilizar.
“É possível que seja uma área da União na região de Conceiçãozinha. Esta pode ser a primeira área de Guarujá para estacionamento, principalmente, dos moradores do município”, afirmou Lima Neto.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 26/01/2021
PORTO DO PECÉM BATE RECORDE DE CONTÊINERES
Publicado em 01/26/2021 as
08:36 PM
Número de 2020 foi o melhor desde a inauguração do Porto, em 2002
Da Redação

Porto do Pecém bate recorde de contêineres (Foto: Divulgação)
Com 4.818.581 toneladas movimentadas no ano passado, o Porto de Pecém, no litoral oeste do Ceará, bateu recorde de operação de contêineres. Esse tipo de carga registrou uma participação de 30% no índice de natureza de carga em toneladas. O número é o melhor registro anual desde que o complexo marítimo foi inaugurado, em 2002.
Em 2020, a movimentação de contêineres registrou um aumento de 11% em TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em relação a 2019. Em números brutos, 377.726 TEU foram movimentados no Porto do Pecém no ano passado. A maior marca mensal foi obtida em outubro, quando suas instalações embarcaram ou desembarcaram 46.002 TEU.
Já as operações de cabotagem (o transporte marítimo de cargas pela costa) em Pecém tiveram um crescimento de 7% em relação a 2019, com 328.086 TEU movimentados. No longo curso, a alta foi de 47%.
Quanto ao sentido das cargas conteinerizada, o embarque de contêineres somou 2.466,444 toneladas e o desembarque, 2.352,137 toneladas. Entre as principais mercadorias transportadas nos contentores, estão cereais, sal, enxofre, terra e pedras, gesso, cal, cimento, frutas e alumínio
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 26/01/2021
PORTO DE SANTOS TERÁ NOVO SISTEMA DIGITAL
Publicado em 01/26/2021 as
08:36 PM
Ministérios preparam integração entre o Porto Sem Papel e o Portal Único de Comércio Exterior, criando a Janela Única Aquaviária
Por Fernanda Balbino - Da Redação

Projeto do Governo Federal ainda está em elaboração (Foto: Divulgação/Governo do Brasil)
O Governo Federal prepara a integração de dois sistemas fundamentais para a entrada e a saída de embarcações no cais santista –o Porto sem Papel (PSP), administrado pelo Ministério da Infraestrutura, e o Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex), sob a responsabilidade da Receita Federal. Os dois serão reunidos na Janela Única Aquaviária (JUA). Ainda não há prazo para o novo programa entrar em vigor.
Segundo a pasta da Infraestrutura, a unificação dos sistemas terá um impacto positivo na logística dos portos, aumentando a competitividade do Brasil no setor e desburocratizando processos. Com a JUA, a expectativa, é evitar redundâncias de informações e, assim, o retrabalho de usuários.
O projeto ainda está em elaboração. Na semana passada, foi anunciada a criação do grupo de trabalho conjunto que irá detalhar o planejamento de implemen-tação. Também foram definidos os participantes dessa equipe e, ainda, discutidas as diretrizes de atuação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), braço tecnológico que opera edesenvolve os dois sistemas e que irá operacionalizar a integração.
De acordo com o diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Angelino Caputo, a Janela Única Aquaviária vai tratar dos procedimentos de segurança e controle da navegação e atracação dos navios nos portos.
“Os projetos Pucomex e Porto Sem Papel iniciaram seus respectivos desenvolvimentos por volta de 2013 e foram criados em versões iniciais de forma isolada, mas sempre se soube que esses dois sistemas teriam de ser integrados no futuro, o que foi finalmente anunciado na semana passada pelo Minfra e pela Receita Federal, com a participação do Serpro. Com essa integração, o Porto Sem Papel passa ser tratado tecnicamente como um dos módulos do Pucomex e, devido a essa nova arquitetura, passará a ser visto como uma verdadeira Janela Única Aquaviária”, disse Caputo.
O presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, tomou conhecimento do projeto da Janela Única Aquaviária em reuniões com autoridades federais. Para ele, a medida é uma oportunidade de se reduzir o trâmite físico de documentos, o que já era previsto no Porto Sem Papel, mas não chegou a virar realidade.
“A racionalização e a harmonização de dados do comércio exterior são importantes para a logística e redução de custos”, destacou o presidente da Fenop.
Para o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, qualquer iniciativa que simplifique o processo é bem-vinda. “Pleiteamos um acesso para imputar informações. É esse o modelo que precisamos. Hoje, o que temos é retrabalho”.
Impacto
Para representantes do Ministério da Infraestrutura, a unificação do Porto Sem Papel e do Portal Único de Comércio Exterior vai ajudar o setor. “(A unificação) irá facilitar a vida das empresas que movimentam a economia brasileira”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.
O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, acrescentou que o projeto se integra a outras iniciativas da pasta. “Este projeto gerará maior eficiência para realização das operações portuárias, em conjunto com outras iniciativas para modernização e transformação digital nos portos brasileiros”.
Webinar Porto & Mar 2021
Os projetos do Governo Federal para os portos, como a desestatização do Porto de Santos e a Janela Única Aquaviária, serão debatidos pelo secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, no primeiro programa da nova temporada do Webinar Porto & Mar, que será transmitido ao vivo nesta quinta-feira (28), às 15 horas, pela página do Facebook do Grupo Tribuna e pelo canal do Youtube do Jornal A Tribuna.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 26/01/2021
FÁBIO DA VEIGA ASSUME A SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE ITAJAÍ
Publicado em 01/14/2021 as
07:24 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 13 Janeiro 2021
Prioridade em sua gestão é dar sequência as ações estruturantes e humanizar ainda mais a relação com a classe dos trabalhadores portuários.
A nomeação foi confirmada através do Jornal do Município em 1º de janeiro de 2021. Esta é a segunda vez que Fábio ocupa a cadeira de superintendente da autoridade portuária.

Fábio da Veiga – Fonte: Visor Notícias
“É com grande orgulho que recebi o convite do prefeito Volnei Morastoni para nessa segunda oportunidade assumir a Superintendência do Porto de Itajaí. Obviamente, isso é fruto de muito trabalho, de muita correção e de muita fidelidade ao prefeito no sentido de ele ter essa confiança. Obviamente, toda a parte do planejamento que foi desenvolvido pelo antigo gestor, ao qual fez um excelente trabalho, a de se dizer, terão total continuidade, e acima de tudo, o mesmo comprometimento pelo crescimento do nosso porto e também a valorização ao trabalhador portuário”, destaca Fábio da Veiga.
Em maio de 2019, seu nome já havia sido indicado pelo prefeito para ocupar o cargo, e, como normativa do governo legislativo por meio de Lei Orgânica do Município, foi sabatinado durante Sessão Extraordinária e naquela oportunidade recebeu aprovação de todos os vereadores presentes para assumir o cargo devido ter demonstrado competência e conhecimentos técnicos. Depois que passou pelo processo de Arguição Pública na sede da Câmara Municipal, assumiu oficialmente naquele mês a função de superintendente onde permaneceu por cinco meses.
Fábio da Veiga tem 41 anos de idade, nasceu em Itajaí, é casado e pai de dois filhos. É graduado em Direito, com especialização em Direito Empresarial e Negócios. Na primeira gestão do prefeito Volnei Morastoni, trabalhou na Superintendência do Porto de Itajaí entre 2005 e 2008, tendo exercido os cargos de Assessor Jurídico, Diretor Jurídico e Assessor de Auditoria. Na gestão passada, a partir de janeiro de 2017, também integrou a equipe estando ocupando os cargos de Assessor de Auditoria e Assessor Jurídico.
Durante o período em que atuou na gestão anterior, importantes ações estruturantes foram conquistadas, entre elas, a recuperação e conclusão das obras dos berços 3 e 4, a implantação da 1ª etapa da Nova Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, nova sinalização náutica, nova poligonal do Porto Organizado, expansão portuária e plano de desapropriações, mais de 30 operações do sistema (Roll On Roll Off), dragagem de restabelecimento, atualização da Carta Náutica, estudos de ampliação e modernização do Porto de Itajaí (Projeto de Desestatização), entre outras ações entregues a sociedade de Itajaí, assim como também para toda a classe dos trabalhadores portuários que atuam diretamente no porto de Itajaí e no complexo em geral.
Fonte: Ascom da Superintendência do Porto de Itajaí
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 14/01/2021
SIEMENS GAMESA E SIEMENS ENERGY INAUGURAM UMA NOVA ERA DE PRODUÇÃO OFFSHORE DE HIDROGÊNIO VERDE
Publicado em 01/14/2021 as
07:24 PM
Da Redação NAVEGAÇÃO 13 Janeiro 2021
Para atingir as metas do Acordo de Paris, o mundo precisará de grandes quantidades de hidrogênio verde e, dentro do cenário atual, os ventos cumprirão um papel de destaque no fornecimento de uma grande parte da energia necessária para a sua produção. Nesse contexto, a Siemens Gamesa e a Siemens Energy estão unindo forças para enfrentar um dos maiores desafios da nossa década - descarbonizar a economia para resolver a crise climática.
As empresas estão colaborando no desenvolvimento de uma solução inovadora, que consiste na integração total de um eletrolisador em uma turbina eólica offshore como um sistema sincronizado único para produzir diretamente hidrogênio verde. As empresas pretendem fornecer uma demonstração offshore em grande escala da solução entre 2025 e 2026 e o Ministério Federal Alemão de Educação e Pesquisa anunciou hoje que o desenvolvimento pode ser implementado como parte do concurso de ideias "República Alemã do Hidrogênio".
“Com mais de 30 anos de experiência e liderança no setor de energia eólica offshore adicionada à expertise da Siemens Energy em eletrolisadores, agrupamos mentes brilhantes e tecnologias inovadoras para enfrentar a crise climática. Nossas turbinas eólicas desempenham um papel enorme na descarbonização do sistema de energia global, e o potencial do vento para produzir hidrogênio significa que podemos fazer isso também em setores difíceis de reduzir a pegada de carbono. Tenho muito orgulho do nosso pessoal e de fazer parte da criação de um futuro mais verde”, disse Andreas Nauen, CEO da Siemens Gamesa.
Christian Bruch, CEO da Siemens Energy, explica: “Juntamente com a Siemens Gamesa estamos em uma posição excepcional para desenvolver a solução que irá vencer esse problema. Somos a empresa que pode alavancar uma tecnologia de eletrolisador altamente flexível para criar e redefinir o futuro da produção sustentável de energia offshore. Com estes desenvolvimentos, o potencial de regiões com energia eólica offshore abundante se tornará acessível para a economia do hidrogênio. Este é um excelente exemplo de como podemos armazenar e transportar energia eólica, reduzindo assim a pegada de carbono.
Ao longo de um período de cinco anos, a Siemens Gamesa planeja investir 80 milhões de euros e a Siemens Energy tem a meta de investir 40 milhões de euros neste projeto. A Siemens Gamesa adaptará o desenvolvimento de sua turbina eólica offshore SG14-222 DD, a mais poderosa do mundo, para integrar perfeitamente um sistema de eletrólise nas operações do equipamento. Utilizando o conhecimento da Siemens Gamesa e décadas de experiência com ventos offshore, as perdas elétricas são reduzidas ao mínimo, e uma abordagem modular garante um sistema operacional confiável e eficiente para uma solução de geração de hidrogênio via energia eólica offshore escalável. A Siemens Energy desenvolverá um novo produto de eletrólise não apenas para atender às necessidades do complexo ambiente marítimo offshore e estar em perfeito sincronismo com a turbina eólica, mas também para criar uma nova referência de comparação para o hidrogênio verde.
Esta solução de energia eólica de última geração, que visa gerar hidrogênio offshore totalmente integrado, produzirá hidrogênio verde usando um conjunto de eletrolisadores localizado na base da torre da turbina eólica offshore, abrindo caminho para a produção de hidrogênio offshore. A tecnologia reduzirá o custo do hidrogênio, pois é capaz de funcionar fora da rede elétrica convencional, por meio da abertura de mais e melhores instalações eólicas. O desenvolvimento do projeto pelas empresas servirá como um teste para tornar a produção de hidrogênio em larga escala e de forma econômica uma realidade e provar a viabilidade da implementação confiável e eficaz de turbinas eólicas em sistemas de produção de hidrogênio a partir de energia renovável.
Os projetos que serão desenvolvidos fazem parte da iniciativa H2Mare, que possivelmente será apoiada pelo concurso de ideias do Ministério Federal de Educação e Pesquisa "República do Hidrogênio da Alemanha". A iniciativa H2mare, sob a liderança do consórcio da Siemens Energy, é um projeto modular que consiste em vários subprojetos para os quais mais de 30 parceiros da indústria, institutos e academia estão contribuindo. A Siemens Energy e Siemens Gamesa irão contribuir para a iniciativa H2Mare com seus próprios desenvolvimentos em blocos modulares separados.
Sobre o hidrogênio e seu papel na transição para energia verde
Atualmente, 80 milhões de toneladas de hidrogênio são produzidas a cada ano e a produção deve aumentar em cerca de 20 milhões de toneladas até 2030. No momento, cerca de 1% desse hidrogênio é gerado a partir de fontes de energia verde. A maior parte é proveniente de gás natural e de carvão, emitindo 830 milhões de toneladas de CO2 por ano, mais do que toda a Alemanha ou a indústria naval global. A substituição desse consumo poluente atual exigiria 820 GW de capacidade de geração eólica, 26% a mais do que a capacidade eólica global atual instalada. Olhando para o futuro, muitos estudos sugerem que em 2050 a produção terá crescido para cerca de 500 milhões de toneladas, com uma mudança significativa para o hidrogênio verde. O crescimento esperado exigirá entre 1.000 GW e 4.000 GW de capacidade renovável até 2050 para atender à demanda, o que destaca o grande potencial de crescimento da energia eólica.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 14/01/2021
“2021 SERÁ O ANO EM QUE MAIS SE EXECUTARÃO ARRENDAMENTOS PORTUÁRIOS NA HISTÓRIA”, DIZ PILONI
Publicado em 01/14/2021 as
07:23 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 14 Janeiro 2021

O primeiro leilão de área deste ano já está marcado para acontecer em nove de abril.
Com 17 arrendamentos portuários programados para este ano, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni ressalta que será o maior número de leilões de áreas realizados em um único ano da história. Durante fala sobre retrospectiva de 2020 e previsões para 2021, no podcast ‘Caminhos do Brasil’, promovido pelo Ministério da Infraestrutura, Piloni afirmou que os arrendamentos deverão render cinco bilhões de investimentos em vários portos pelo país.
De acordo com ele, o primeiro leilão está marcado para acontecer em nove de abril deste ano. Além disso, outros terminais já estão no aguardando análise do Tribunal de Contas da União (TCU), sendo esta a última etapa antes da publicação do edital de concessão.
Um dos portos presentes na lista de arrendamento este ano é o de Santos. Este vai realizar o leilão de mais dois grandes terminais de líquidos (STS08 e STS08A). Piloni lembrou também que em 2020, depois de 14 anos, o porto atualizou o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Segundo ele, o novo plano traz duas premissas centrais: a da clusterização, organização espacial do porto de forma mais eficiente, e a potencialização das linhas ferroviárias.
Outra conquista do setor portuário em 2020, de acordo com o secretário, foi a entrada de novos players, como é o caso da empresa Ascensus, atuando em terminais arrendados. Isso ocorreu nos quatro últimos leilões realizados no último mês de dezembro. Piloni ressaltou que isso mostra a confiança do investidor está cada vez maior nos projetos de infraestrutura brasileiros.
Ele destacou ainda o crescimento na movimentação dos portos, que fechou 2020 com um aumento de 3,5 a 4% em relação a 2019. O que “puxou” o crescimento foram, principalmente, as cargas do agronegócio e commodities de modo geral. Mesmo em setores de maior preocupação sobre o impacto da pandemia, como contêiner, carga geral, granel líquido, ainda apresentaram um cenário de manutenção da carga movimentada ou de aumento, como é o caso do líquido.
Na avaliação dele, outro projeto que também marcou positivamente 2020 foi o de desestatização dos portos. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), primeira a ser desestatizada, está em processo de discussão com sociedade por meio das audiências públicas. As demais, como os portos de Santos, São Sebastião e Itajaí, estão avançando nos estudos de modelagem. E já para o final de 2020, a Companhia Docas da Bahia (Codeba) foi qualificada para o processo de desestatização.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 14/01/2021
EMPRESAS DE LOGÍSTICA APOSTAM EM NOVAS TECNOLOGIAS PARA MELHORAR OPERAÇÃO
Publicado em 01/14/2021 as
07:23 PM
Por Dérika Virgulino ECONOMIA 14 Janeiro 2021
Empresas investem em automação e em sistemas que interligam informações a clientes.
O setor de logística foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em razão disso, empresas precisaram se reinventar e investir em tecnologias que priorizassem a automação, com vista à redução do contato entre as pessoas. Assim, a preocupação inicial com a saúde de colaboradores e clientes foi se estendendo a investimentos que buscavam também a melhoria da eficiência operacional e o aumento da confiabilidade de processos.
Para o diretor comercial da Log-In Logística Intermodal, Maurício Alvarenga, a atuação da empresa com a cabotagem, que é essencialmente multimodal, torna ainda mais essencial o investimento em novas tecnologias. Segundo ele, existe a necessidade de conectar os vários modais numa espécie de interface única.
Pensando nisso, a empresa criou uma plataforma de integração modal que será lançada ainda este mês. O sistema já foi testado entre alguns clientes em 2020, e permitirá, entre outros benefícios, o acompanhamento de contêineres onde quer que esteja, no navio ou porto, por meio do acesso à plataforma com o uso de uma senha.
Em razão da pandemia, a Log-In também passou a atuar em frentes mais internas. A primeira delas voltada para o cuidado com os colaboradores, sobretudo, os tripulantes dos navios. Outra frente também interna foi o investimento em RPA (Robotic Process Automation) que, segundo Alvarenga, também trouxe benefícios para os clientes que passaram a fazer acompanhamentos online. O RPA automatizou processos que antes eram manuais.
Foram realizados ainda investimentos em ferramentas de tecnologia com o objetivo de reduzir o consumo de combustível da frota. Ele explicou que a inovação possibilita a leitura de informações de dentro das máquinas dos navios, e o envio de dados diretamente para o comandante. Isso permite que este conduza a embarcação da melhor forma possível até o porto. Além de reduzir custos, a tecnologia contribui para a diminuição na emissão de CO2 para o meio ambiente.
A VLI Logística criou há três anos o Inova VLI. De acordo com o gerente de transformação digital e inovação, Loic Hamon, o programa se desenvolve a partir de três frentes: detectar tendências tecnológicas, inovação aberta e foco na colaboração com startups, universidades, grandes empresas, entre outros agentes. Em 2020, a companhia desenvolveu e priorizou mais de 70 iniciativas digitais de médio e grande porte. Segundo ele, tais iniciativas estão alinhadas aos objetivos de fortalecer uma cultura mais ágil centrada no cliente e transformar o core business para gerar eficiência.
Recentemente a empresa experimentou o uso de drones no processo de arqueação dos navios (leitura digital do calado). Conforme explicou Hamon, além de eliminar a necessidade de lanchas, a companhia reduziu pela metade o tempo da operação. Ele afirmou ainda que a VLI vem estudando o uso de tecnologias para otimizar outras operações como Rechego Digital e Inspeção Remota de Porões.
Já em 2021, no Porto de Santos, a empresa realizou o kick-off do projeto “Proteção à vida”, que utiliza a Internet das Coisas (IoT)para controlar o acesso às áreas de risco do terminal, indicar rota de fuga mais segura e diminuir o tempo de evacuação total.
O especialista em logística da MáximaTech e da onBlox, Fabrício Santos, afirmou quem vem observando o avanço principalmente da inteligência artificial, cada vez mais plugada nos sistemas e ajudando na automação de tarefas. Ele acredita que uma grande tendência para esse ano, que começou em 2020, serão os assistentes virtuais e seus comandos por voz, ajudando os gestores.
Outra tendência, segundo ele, é a automação sistêmica na geração e direcionamento das demandas a serem realizadas pelos operadores, liberando os gestores para cuidarem de atividades mais estratégicas. Já os robôs e drones ainda estão restritos a uma minoria mais tecnologicamente madura. Ele disse que IoT também depende de um grande investimento em infraestrutura por parte do governo para sustentar toda a troca de dados necessária.
No setor portuário, ele reforça que o uso do blockchain vai trazer mais segurança e precisão nas informações de todo o processo portuário, que é mais longo e conta com várias pessoas e empresas envolvidas. Além disso, uma das tendências são os softwares de formação de carga em 3D, que ajudam nos cálculos de cubagem de navios e contêineres, otimizando o espaço para mercadorias e reduzindo o custo geral do frete. Santos destacou que esta tecnologia ainda é pouco utilizada no Brasil, mas deve ganhar força nos próximos anos.
A Log-In também vem investimento em inovação em seu terminal portuário no estado do Espírito Santo. O contrato de concessão foi renovado ano passado até 2048. Alvarenga afirmou que agora com a renovação será possível fazer os investimentos necessários, até mesmo em cumprimento às obrigações contratuais. Ele informou que alguns dos investimentos serão em novos guindastes, bem como em tecnologia nos equipamentos portuários, de modo a garantir o aumento da produtividade.
Para tanto, em 2019 a empresa levantou capital financeiro para a realização de investimentos nos mais diversos setores da companhia No terminal, o montante a ser investido será de R$ 130 milhões. Os recursos também serão investidos na expansão da cabotagem com a aquisição de novos navios. Segundo ele, a depender das condições do mercado, a ideia é adquirir um navio este ano.
A empresa aguarda ainda as definições sobre o Projeto de Lei (PL 4199/2020), BR do Mar para definir o melhor modelo de investimento. Alvarenga explicou que o que muda com o projeto é a forma de fazer o investimento, ou seja, com o projeto será possível trazer mais rápido o navio.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 14/01/2021
BOLSONARO SANCIONA PL DE APOIO A ESTADOS E MUNICÍPIOS ENDIVIDADOS
Publicado em 01/14/2021 as
07:23 PM
Texto será publicada no Diário Oficial da União desta quinta
Por Agência Brasil - Brasília
O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou hoje (13) o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 101/20, que promove o equacionamento das dívidas dos entes federados com a União e aprimora o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o que permite que as unidades da Federação com baixa capacidade de pagamento possam contratar operações de crédito com garantia da União, desde que se comprometam a adotar medidas de ajuste fiscal. O PLP será publicado amanhã (14) no Diário Oficial da União.
O texto institui o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAT), cuja adesão pelo estado ou município passa a ser requisito ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e para repactuação dos acordos firmados com a União. A propositura também cria o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF), o qual conterá o conjunto de metas e de compromissos destinados a promover o equilíbrio fiscal e a melhoria da capacidade de pagamento dos entes federados.
A concessão dos benefícios nos contratos de refinanciamento com a União fica condicionada à adoção de contrapartidas destinadas à redução dos gastos públicos. O objetivo, segundo o governo federal, é assegurar a sustentabilidade econômico-financeira dos estados e municípios, além de elevar a sua capacidade de pagamento ao longo do tempo.
O Plano de Recuperação Fiscal deverá prever, dentre outras ações, a alienação total ou parcial de participação societária de empresas estatais; a redução de 20% dos incentivos e benefícios fiscais que representem renúncias de receitas; e a limitação do crescimento anual das despesas primárias ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O projeto também apresenta medidas de reforço à responsabilidade fiscal, como a eliminação escalonada das despesas de pessoal que estiverem acima dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a proibição de contratar operações de crédito dos entes que não conseguirem reduzir as despesas de pessoal.
O presidente vetou parcialmente quatro artigos e integralmente dois artigos do projeto de lei complementar com o argumento de risco de desequilíbrio dos acordos com a União, sob o ponto de vista orçamentário e financeiro e por afetarem as relações entre os entes da Federação, em prejuízo à adequada execução das medidas de ajuste fiscal pelos estados e pelos municípios endividados.
Pagamento por Serviços Ambientais
Bolsonaro também sancionou nesta quarta-feira o projeto de lei que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. O texto também será publicado na próxima edição do Diário Oficial da União.
O texto sancionado trata do pagamento por serviços ambientais depende da verificação e comprovação das ações implementadas e proíbe a aplicação de recursos públicos para pagamento por serviços ambientais a pessoas físicas e jurídicas inadimplentes.
O texto tem como foco medidas de manutenção, recuperação ou melhoria da cobertura vegetal em áreas consideradas prioritárias para a conservação e que se inserem nas ações de combate à fragmentação de habitats e na formação de corredores de biodiversidade e conservação dos recursos hídricos.
O presidente vetou trechos do projeto de lei por inadequação à constitucionalidade e ao interesse público.
Fonte: Agência Brasil - DF
Data : 14/01/2021
R$ 3 BILHÕES PARA TERMELÉTRICA À BASE DE GÁS NATURAL LIQUEFEITO EM SUAPE
Publicado em 01/14/2021 as
07:23 PM
Grupo Americano fará investimento para empreendimento que vai gerar dois mil empregos entre a construção e a operação

Complexo Portuário de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco - Foto: Suape/Divulgação
Pernambuco vai receber um investimento de R$ 3 bilhões para a instalação de uma usina termelétrica de energia (UTE) à base de Gás Natural Liquefeito (GNL), no Complexo Industrial Portuário de Suape. O empreendimento vai auxiliar o Estado no desenvolvimento econômico, adicionando à sua matriz energética mais uma operação. A usina deverá gerar cerca de dois mil empregos, durante a sua construção e operação.
O projeto da UTE inclui além da própria usina, a instalação de um terminal de regaseificação em Suape, a implantação de aproximadamente 8 km de dutovias entre o terminal de gás e a usina termoelétrica. Em dezembro do ano passado, o Governo de Pernambuco e a CH4 Energia assinaram Protocolo de Intenções para viabilização do empreendimento.
O empreendimento é da CH4 Energia, uma desenvolvedora de projetos no setor energético, em sociedade com a empresa norte americana New Fortress Energy, fundada em 2014 e, atualmente, com um valor de mercado estimado em U$ 7,38 bilhões. A empresa americana atua em países como Jamaica, Porto Rico, México e Nicarágua nos ramos de transporte de Gás Natural Liquefeito (GNL), infraestrutura, terminais de regaseificação, usinas de energia e soluções em pequena escala.
A New Fortress Energy, também desenvolve atualmente um terminal de GNL na Irlanda, para fornecimento a clientes industriais. Dos R$ 3 bilhões que serão aportados, 30% deve sair do empreendedor, e os outros 70% terão como origem bancos de fomento. A expectativa é que a usina entre em operação ainda este ano, no mês de novembro.
A UTE ocupará uma área de 16,5 hectares dentro do Complexo de Suape, onde já possui licença prévia emitida pela Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH). A usina terá capacidade de gerar 1,3 GW (30% mais que a hidrelétrica de Sobradinho) ao final da implantação do projeto, após realização de leilão de energia promovido pela Agencia Nacional de Energia Elétrica e Ministério de Minas e Energia, com previsão para ocorrer no primeiro semestre de 2021.
A térmica será abastecida por navio regaseificador de GNL, com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia, no Cais de Múltiplos Usos do Complexo de Suape. A previsão é que a usina consuma cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos ao dia, potencial que pode ser duplicado futuramente. O excedente de GNL poderá atender à rede da Companhia de Gás de Pernambuco (Copergás), empresa detentora dos direitos de distribuição de gás no Estado.
Para o governador Paulo Câmara, a instalação proporciona uma competitividade para as indústrias instaladas no Estado. “Com a instalação da termelétrica em Suape, o Governo de Pernambuco também viabiliza um grande terminal de regaseificação para o Estado, oferecendo gás com preços muito mais competitivos às indústrias locais. Com a nova lei do gás, que já se encontra na Alepe, um contingente muito maior de empresas poderia migrar para o mercado livre e se beneficiar do novo terminal, gerando um impulso de expansões e novos empreendimentos no Estado”, analisou o governador.
O anúncio do investimento marcou ainda a primeira participação do novo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, na liderança da pasta. O gestor considera que com o empreendimento o Estado irá aumentar a sua competitividade com outros estados. “Pernambuco aumentará expressivamente sua competitividade, graças a muita articulação e muito trabalho. Com a usina termelétrica, incluímos mais um elemento nesse pacote de infraestrutura do Estado, fortalecendo Pernambuco como um hub e aumentando consideravelmente a nossa competitividade nas últimas décadas”, afirmou.
Fonte: Folha de Pernambuco - PE
Data : 14/01/2021
PROPOSTA INICIAL PARA TRANSPORTE MARÍTIMO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS DEVE SER APRESENTADA PELO GOVERNO EM FEVEREIRO
Publicado em 01/14/2021 as
07:22 PM
Segundo Secretaria de Infraestrutura, em 2022 ao menos projeto de implementação deve estar pronto.
Por G1 SC e NSC TV
O governo de Santa Catarina prevê para fevereiro o lançamento de uma nova proposta de utilização do transporte marítimo na Grande Florianópolis, informou o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, em entrevista à NSC TV nesta quarta-feira (13).
O projeto deve ser apresentado às prefeituras da região. Ele informou ainda que o governo pretende ter um projeto pronto para implantação até 2022. O funcionamento segue sem data exata estabelecida.
"Não dá pra se admitir que a Ilha de Santa Catarina, que tem o seu potencial turístico, econômico e que é a Capital do estado, não tenha transporte aquaviário. É certo que até 2022, se nós não tivermos marcado o gol [feito a implantação do sistema], vamos deixar a bola sem goleiro na marca do pênalti... que aí é só fazer a implantação do processo do sistema aquaviário de concessão", explicou.
"Nós teremos um esforço todo concentrado para o transporte aquaviário, para que a gente possa dar passos firmes na implantação do processo de concessão. Já no próximo mês, a gente já vai ter por parte do governador do estado informações sobre o sistema. O estudo está bem consolidado e agora a gente passa para uma próxima etapa de apresentação de uma proposta inicial para todos os atores impactados", disse o secretário.
Em março de 2019 ainda eram necessárias as licenças ambientais do projeto e em outubro a Secretaria de Infraestrutura havia anunciado estudo com possíveis rotas do transporte marítimo.
O primeiro estudo sobre o transporte marítimo em Florianópolis, realizado em 2010, estava preso em uma série de licenças ambientais e de uso de áreas costeiras.
O Departamento de Transportes e Terminais (Deter) chegou a anunciar a operação de catamarãs, uma empresa fez testes, mas o serviço não foi implementado.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
EXPORTAÇÕES DA CHINA AUMENTAM 3,6% EM 2020, CRESCIMENTO RECORDE
Publicado em 01/14/2021 as
07:22 PM
Importações caíram 1,1% no ano passado, resultando em um superávit comercial anual de US$ 535,03 bilhões
Por Dow Jones Newswires — Pequim
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/H/q/MjrcOWR3Ga6txhmzONKg/ap-18192181408749.jpg)
Foto : Chinatopix via Associated Press
A China registrou exportações recordes no ano passado, adicionando fôlego à economia do país, que deverá ser a única grande potência a registrar crescimento em 2020.
As exportações da China em 2020 aumentaram 3,6% em relação ao ano anterior, atingindo uma alta histórica, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas nesta quinta-feira.
As importações da China caíram 1,1% no ano passado, resultando em um superávit comercial anual de US$ 535,03 bilhões.
Em dezembro, as remessas de saída da China aumentaram 18,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em novembro, houve aumento de 21,1% . A mediana das previsões de economistas consultados pelo "The Wall Street Journal" era de crescimento de 12,9%.
As importações subiram 6,5% no mês passado, melhor que o aumento de 4,5% em novembro e acima das expectativas dos economistas de um aumento de 5,1%.
O superávit comercial de dezembro foi de US$ 78,17 bilhões, superior aos US$ 75,42 bilhões de novembro e à previsão dos economistas de US$ 72 bilhões.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
WEG FECHA CONTRATO PARA EQUIPAR QUATRO TERMELÉTRICAS EM RORAIMA
Publicado em 01/14/2021 as
07:22 PM
Além de fornecer os equipamentos, a fabricante ficará responsável também pelos serviços de logística, montagem e comissionamento
Por Letícia Fucuchima, Valor — São Paulo
A WEG assinou um contrato com a OXE Energia para fornecer quatro conjuntos de turbo-geradores para usinas termelétricas movidas a biomassa localizadas em Roraima.
O contrato, com faturamento total de R$ 39 milhões, prevê ainda a instalação de quatro turbinas de reação, condensação, com duas tomadas sem controle, em conjunto com quatro geradores síncronos trifásico e quadros elétricos de proteção e controle. Além de fornecer os equipamentos, a fabricante ficará responsável também pelos serviços de logística, montagem e comissionamento.
As entregas do pedido ocorrerão no primeiro trimestre deste ano. As usinas termelétricas devem entrar em operação até o mês de junho.
Instaladas em dois locais distintos, com aproximadamente 50 quilômetros de distância, as termelétricas da OXE Energia têm 11,5 megawatts (MW) de capacidade instalada individual e utilizarão cavaco de madeira reflorestada como biomassa. A energia que será gerada neste processo foi contratada em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os quatro empreendimentos fazem parte do plano de segurança elétrica desenhado para Roraima, o único Estado do país que ainda não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Desde 2019, Roraima deixou de receber energia da Venezuela e passou a depender integralmente das termelétricas locais, que operam com óleo diesel.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
COM A HYGO, COMPANHIA SE POSICIONA NO SETOR NO BRASIL
Publicado em 01/14/2021 as
07:22 PM
Aquisição da Hygo Energy ocorre após a tentativa malsucedida de abrir capital, pondo em xeque sua capacidade de se capitalizar e expandir os negócios
Por André Ramalho — Do Rio
Aquisição da Hygo Energy ocorre após a tentativa malsucedida de abrir capital, pondo em xeque sua capacidade de se capitalizar e expandir os negócios
Ao adquirir a Hygo Energy (Golar Power), um dos atores mais ativos no processo de abertura da indústria brasileira de gás natural, a americana New Fortress Energy se posiciona como uma figura de peso no novo mercado de gás em gestação no país. O negócio acontece após a tentativa malsucedida da Hygo de abrir capital, nos Estados Unidos, numa crise que colocou em xeque a capacidade da companhia de se capitalizar e expandir os negócios. Agora, sob nova direção, a expectativa no mercado é que os projetos concebidos pela Golar ganhem um novo fôlego no Brasil.
A maré virou para a Golar Power em setembro, quando o então presidente da empresa, Eduardo Antonello, se tornou alvo de investigações da Lava-Jato por suspeitas de corrupção nos tempos em que ele atuava na Seadrill, em contratos com a Petrobras. A notícia caiu como uma bomba, num momento em que a companhia preparava para abrir capital nos EUA. A operação acabou suspensa na ocasião.
A turbulência ganhou novos episódios nas semanas seguintes, no Brasil. A Petrobras considerou o Grau de Risco de Integridade (GRI) da Golar alto e desclassificou a única proposta válida recebida para o arrendamento do terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Bahia. Em sua defesa, a Golar alega que as investigações não têm conexão com suas atividades e são relativas a condutas anteriores ao trabalho de Antonello na companhia. O executivo acabou afastado.
Em seguida, foi a vez da Norsk Hydro anunciar, sem maiores detalhes, o cancelamento, em comum acordo, de um memorando de entendimento para fornecimento de gás para a Alunorte. O combustível seria importado pelo terminal de GNL de Barcarena (PA), onde a Golar está replicando o modelo de geração termelétrica a GNL implementado em Sergipe.
Além da geração a gás, a Hygo vinha desenvolvendo também projetos de distribuição de GNL de pequena escala (numa sociedade em negociação com a BR Distribuidora). Não está claro ainda, contudo, se a iniciativa será mantida.
“Para o mercado brasileiro, a entrada de agentes como a New Fortress pode representar uma adição importante para o adensamento do ambiente concorrencial. É um grupo com muitos ativos [de GNL] já operacionais em pequena escala, por exemplo, além de atuar no negócio LNG-to-Power [termelétricas abastecidas por GNL]. Trata-se de mais uma demonstração de força e atratividade do nosso mercado”, diz o presidente da Gas Energy, Rivaldo Moreira Neto.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
AO VENDER USINAS, BR PÕE FIM A IMPASSE DE 14 ANOS
Publicado em 01/14/2021 as
07:21 PM
Distribuidora de combustíveis firmou memorando de entendimentos com New Fortress Energy de seus 45% na Pecém Energia e 50% na Energética Camaçari Muricy II
Por André Ramalho — Do Rio
Distribuidora de combustíveis firmou memorando de entendimentos com New Fortress Energy de seus 45% na Pecém Energia e 50% na Energética Camaçari Muricy II
Ao assinar um memorando de entendimentos com a americana New Fortress Energy, para venda de suas fatias de 45% na Pecém Energia e de 50% na Energética Camaçari Muricy II, a BR Distribuidora dá mais um passo na sua estratégia de vender ativos non core. Desde a sua privatização, em 2019, a empresa já se desfez de outros dois negócios (a Stratura Asfaltos e a CDGN Logística, de gás natural comprimido), que podem render até R$ 125 milhões para a companhia.
A Pecém Energia e a Energética Camaçari Muricy II são sociedades de propósito específico (SPE) mantidas em parceria com a CCETC e responsáveis por dois projetos de termelétricas a óleo diesel em Dias D’Ávila (BA): Pecém II e Muricy II, ambos com capacidade instalada de 144 megawatts. A venda dos ativos para a New Fortress Energy pode marcar, para a BR, o fim de um imbróglio de 14 anos envolvendo a construção das duas térmicas e que pode lhe render multas.
As unidades foram negociadas num leilão de energia nova em 2006, mas nunca saíram do papel. Depois de uma longa judicialização envolvendo a participação dos projetos na licitação, as usinas só foram homologadas em 2013. Em 2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a minuta do contrato de comercialização no ambiente regulado e traçou um novo cronograma para os empreendimentos. Um fonte explica que, na ocasião, contudo, em vias de ser privatizada, a BR já não enxergava atratividade nos projetos.
Em seu formulário de referência de 2020, a distribuidora informou que a operação comercial dos projetos estava prevista para outubro do ano passado e que as usinas poderiam “sofrer atrasos em decorrência de uma série de fatores, incluindo alongamento do processo de licenciamento ou falhas e inconsistências dos projetos, o que poderá acarretar na aplicação de multas pela Aneel”.
O órgão regulador esclareceu que o não cumprimento dos prazos tem repercussões contratuais e editalícias e que “um eventual novo controlador tem que assumir todos os passivos relacionados a sua aquisição”.
A BR informou, por sua vez, que a alienação dos ativos está de acordo com as diretrizes da companhia, de buscar a otimização do portfólio e alocação do capital. “Ao mesmo tempo, a companhia também avalia novas oportunidades de negócios”, complementou a empresa, ao citar, por exemplo, a aquisição recente do controle da comercializadora Targus, para atuar no mercado livre de energia.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
BNDES APROVA FINANCIAMENTO DE R$ 3,9 BI PARA TÉRMICA NO PORTO DO AÇU
Publicado em 01/14/2021 as
07:21 PM
Térmica terá capacidade instalada total de 1,6 gigawatts e integrará o projeto do parque de geração a gás natural liquefeito em desenvolvimento no porto
Por Gabriela Ruddy e Alessandra Saraiva, Valor — Rio
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 3,93 bilhões à Gás Natural Açu para a BNDES aprova financiamento de R$ 3,9 bi para térmica no Porto do Açu no norte do estado do Rio de Janeiro.
O banco lembrou, em informe, que o parque Termoelétrico do Porto do Açu é decisão de investimento da Prumo Logística S.A., controlada pela EIG Global Energy Partners -, da Siemens AG, e da BP.
Em seu informe, o banco detalhou que a térmica terá capacidade instalada total de 1,6 gigawatts (GW) e integrará o projeto do parque de geração a gás natural liquefeito (GNL) em desenvolvimento no porto.
A primeira unidade do empreendimento, a UTE GNA I, tem 1,3 GW de capacidade e também recebeu financiamento do BNDES, lembrou a instituição de fomento em seu comunicado. A previsão é que a primeira parte do projeto entre em operação comercial no primeiro semestre de 2021 e a segunda unidade comece a operar a 2023, segundo informações apuradas pelo BNDES.
Durante a construção da térmica, de acordo com cálculos do BNDES, deverão ser gerados cerca de 5.000 empregos. Segundo números citados pelo banco no informe sobre o financiamento, há previsão de outros 500 postos de trabalho quando a usina entrar em operação.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
DESAFIOS PARA INDÚSTRIA VÃO MUITO ALÉM DA RETOMADA
Publicado em 01/14/2021 as
07:21 PM
Brasil perde competividade nas exportações, mostra o Iedi
Os dados mais recentes sobre o setor industrial indicam que a recuperação, iniciada ainda no primeiro semestre de 2020, continuou nos últimos meses do ano. Segundo divulgou o IBGE na sexta-feira, pelo sétimo mês seguido, a produção da indústria nacional cresceu em novembro, com alta de 1,2% em relação a outubro. Todas as grandes categorias industriais tiveram alta frente a outubro, com destaque para a produção de bens de capital (7,4%) e bens de consumo duráveis (6,2%), que apresentaram as maiores taxas positivas.
De janeiro a novembro a indústria – o setor econômico que apresenta retomada do crescimento de forma mais expressiva – continua no vermelho, com perda de 5,5%. No acumulado em 12 meses, a queda foi de 5,2%. Mesmo com o desempenho positivo recente, a produção industrial ainda se encontra 13,9% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.
Ou seja, há ainda um longo caminho para que a indústria volte a operar de forma plena. E existem também muitas dúvidas quanto às possibilidades de o setor manter o ritmo de expansão neste ano diante das mudanças de alguns dos fatores que constituíram exatamente a base da retomada industrial. O mais significativo é a decisão governamental de não prorrogar a concessão de ajuda emergencial para uma larga faixa da população como ocorreu no ano passado.
Com os estoques em baixa – especialmente de insumos para a própria indústria -, a produção do setor apresenta um cenário positivo de curto prazo por causa da necessidade de recomposição do nível de produtos armazenados. Mas a partir do segundo trimestre em diante o setor deve sentir mais os efeitos negativos do desemprego, da queda da renda e do recrudescimento da covid-19, fatores que podem conter o consumo das famílias.
No lado positivo estão as perspectivas de aumento das exportações industriais, por causa da esperada recuperação da economia global, e a vacinação contra a covid-19, embora esse movimento esteja atrasado no Brasil em relação a outras nações.
Tão relevante quanto acompanhar a evolução dos dados conjunturais da indústria com especial cuidado nesse momento de crise é analisar com maior profundidade a situação do setor ao longo dos últimos anos e identificar os problemas que levam o setor a exportar relativamente pouco – lembre-se que cresce a cada ano a importância das exportações agrícolas e de outras commodities como minério, em contraposição à venda ao exterior de produtos manufaturados.
A inspiração para o debate pode vir de muitas fontes, como do estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) sobre o nível de complexidade das exportações brasileiras, bem como a pressão concorrencial exercida pela China nos principais mercados de nossas vendas externas de bens produzidos pela indústria.
Os dados mais recentes do levantamento do Iedi referem-se a 2018 e mostram que houve uma interrupção na trajetória contínua de perda de posição das exportações do Brasil no ranking de complexidade econômica, tendência que ocorreu entre 1995 e 2008. Depois de o país ter ocupado a 25ª posição deste ranking em 1995, recuamos à 48ª colocação em 2008 e para o 50º lugar em 2014. O Brasil passou à 49ª posição em 2018.
Segundo os analistas do Iedi, esperava-se que o país se saísse um pouco melhor devido a dois fatores. A gravidade da crise econômica de 2015-2016 e o baixo crescimento doméstico no biênio 2017-2018 exerceram pressão para que as empresas brasileiras a buscassem amenizar as perdas aumentando sua participação no mercado externo. Além disso, houve razoável depreciação do real no período (18,5% em termos efetivos reais em 2018 frente a 2014), ampliando a competitividade do produto brasileiro no exterior.
Ainda segundo a análise do Iedi, esses dados mostrariam a importância de se alavancar “a competitividade da estrutura produtiva brasileira, o que requer não só preços macroeconômicos (taxas de juros e de câmbio) favoráveis e estáveis para as exportações, mas também reformas estruturais, como a tributária, e políticas industrial, tecnológica e ambiental que respondam aos desafios das novas tecnologias e da mudança climática” além de instrumentos mais amplos de crédito.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
SAÍDA DA FORD NÃO AFETA PRIVATIZAÇÃO, AFIRMA MAC CORD
Publicado em 01/14/2021 as
07:21 PM
Secretário afirma que política de investimento do país não pode ser baseada em subsídio
Por Mariana Ribeiro e Edna Simão — De Brasília
A saída da Ford do Brasil não reduz o interesse de investidores privados nas empresas públicas brasileiras, disse o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, ao Valor. Para ele, a forma de se fazer negócios no país não pode mais ser baseada em subsídios. Com a troca do comando da Câmara dos Deputados, acrescentou, a expectativa é concluir processos importantes de privatização neste ano, como da Eletrobras e dos Correios.
“Todo mundo sabe que o setor automobilístico tem subsídios pesadíssimos por trás desde sempre. Não só no país, no mundo. E agora a forma de se fazer negócios no Brasil mudou, não pode ser baseada em subsídios, porque isso tira o incentivo que o privado tem de ser eficiente”, afirmou. Nesta semana, a montadora anunciou o encerramento da produção de veículos no país.
Para Mac Cord, o ano traz boas expectativas para os processos de privatização, que caminharam em ritmo bem mais lento que o planejado pela equipe econômica nos dois primeiros anos de governo. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já admitiu frustração com o andamento das operações. Salim Mattar, por exemplo, pediu demissão do cargo de secretário especial devido à dificuldade de fazer as vendas avançarem.
A troca da presidência da Câmara, com a saída de Rodrigo Maia (DEM-RJ) do posto, deve ajudar a destravar a agenda de desestatização, defendeu o secretário. “A gente não pode esquecer que o presidente da Câmara tem sim um acordo com partidos que são contrários às privatizações”, disse, reforçando um posicionamento que vem sendo defendido por Guedes, de que Maia não deixou os processos avançarem na Casa.
O secretário defende que o atual projeto de privatização da Eletrobras, no Congresso desde o fim de 2019, está maduro e deve encontrar apoio entre os deputados. Há pontos que mostram um “alinhamento grande de interesses” com as bancadas e não há motivo “a não ser o ideológico” para que a proposta não siga adiante, disse.
“Entendendo que o setor elétrico precisa de uma reinvenção, parte dos recursos vão para revitalização da bacia do São Francisco, parte para modernização do parque gerador do Norte, para evitar casos como o do Amapá de novo”, afirmou. Mac Cord completou que o projeto poderá avançar a partir do momento que houver um presidente da Câmara “comprometido com o futuro do Brasil”.
Da mesma forma, o projeto de lei relativo à privatização dos Correios, outra prioridade na lista da equipe econômica, deverá ser enviado ao Congresso apenas depois da mudança no comando da Câmara. Além dessas duas, outras três estatais devem ser vendidas neste ano, segundo o secretário: Companhia Docas do Espirito Santo (Codesa), Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte.
Em relação ao porto de Santos, também incluído entre as vendas prioritárias por Guedes, a operação está prevista para ser concluída em 2022. Já no caso dos contratos de petróleo geridos pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), Mac Cord preferiu não dar uma previsão. Os processos são complexos, disse, e é justificável investir mais tempo na elaboração da proposta.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 14/01/2021
'A SOCIEDADE PRECISA PRODUZIR PROFISSIONAIS COM ESPÍRITO EMPREENDEDOR', DIZ FUNDADOR DA EMBRAER
Publicado em 01/14/2021 as
07:20 PM
Para Ozires Silva, investimento em educação é solução para que o País tenha companhias inovadoras; engenheiro afirma também que unidade de aviões executivos da Embraer deve ajudar empresa a atravessar a pandemia
Por Luciana Dyniewicz, O Estado de S.Paulo
Entrevista com
Ozires Silva, fundador da Embraer
Poucos dias após completar 90 anos e 51 anos após criar uma das empresas mais tecnológicas do Brasil, o fundador da Embraer, Ozires Silva, defende que "a sociedade produza constantemente profissionais capacitados, corajosos e com espírito empreendedor" para que novas companhias com potencial inovador surjam no País. Para isso, diz ele, é necessário investimento em educação. "Se houvesse mais instituições educacionais do nível do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em outras áreas de conhecimento, certamente os cidadãos realizariam maiores proezas no desenvolvimento de empresas e do País", afirmou, em entrevista por e-mail.
Hoje presidente do conselho de inovação da Ânima Educação - empresa que reúne instituições de ensino superior como São Judas e Unisul, entre outras -, Silva diz que a Embraer tem capacidade para se manter competitiva mesmo diante de um cenário adverso que reúne a pandemia da covid-19 e a frustração com o fim do acordo com a Boeing. Em abril do ano passado, a americana desistiu de comprar a unidade de aviação comercial da brasileira, um negócio de US$ 4,2 bilhões.
“A linha de aviões executivos (da Embraer) é muito moderna e customizável. Esse segmento está ajudando a empresa a manter um adequado nível de atividades, em especial durante este período da pandemia de covid-19, que tem atingido fortemente a aviação comercial. (...) O segmento da aviação comercial recuperará sua atividade após a pandemia e a Embraer estará pronta para manter sua atuação competitiva”, afirmou.
Confira, a seguir, trechos da entrevista.
https://img.estadao.com.br/resources/jpg/6/7/1610624654976.jpg
Para Ozires Silva, a Embraer pode se manter competitiva mesmo com a crise causada pela pandemia. Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão - 22/6/2018
Em 2018, o senhor estava animado com a possível venda da unidade de aviação comercial da Embraer para a Boeing. Como recebeu a notícia, no ano passado, de que a Boeing havia desistido da compra?
Eu não diria que estive animado com a venda, embora reconhecesse os motivos que a sustentavam. A compra da canadense Bombardier pela Airbus daria a um dos maiores competidores da Embraer (a Bombardier) um grande fôlego para crescimento. A Boeing percebeu que a Embraer seria o melhor caminho para competir com a Airbus no campo da aviação regional. Porém, as negociações entre Boeing e Embraer foram muito difíceis e a configuração final era de complexa execução, o que me deixava preocupado. Na sequência, a Boeing passou a enfrentar problemas com um avião recentemente lançado no mercado, o 737-500 MAX, que passou a exigir enormes gastos em investigações e ressarcimentos, mudando sua prioridade. O negócio foi encerrado. Penso que a Embraer será capaz de encontrar seus caminhos sem a Boeing.
Sem a Boeing e após a Airbus ter comprado o programa de jatos comerciais da Bombardier, como fica a situação da Embraer?
A Embraer sempre foi uma empresa muito competitiva. Ela tem uma extensa linha de aviões tanto comerciais quanto executivos. A linha de aviões executivos é muito moderna e customizável. Esse segmento está ajudando a empresa a manter um adequado nível de atividades, em especial durante este período da pandemia de covid-19, que tem atingido fortemente a aviação comercial. As pessoas incorporaram a mobilidade regional e internacional ao seu estilo de vida. O segmento da aviação comercial recuperará sua atividade após a pandemia e a Embraer estará pronta para manter sua atuação competitiva.
Qual estratégia a Embraer deve adotar para sobreviver ao mercado mais competitivo e à crise da pandemia, que praticamente paralisou a indústria aeronáutica?
A Embraer tem uma incrível equipe de gestores, engenheiros, fornecedores e colaboradores nas mais diferentes áreas. Tem também um dos melhores portfólios de aeronaves para seus clientes. Não atuo mais na empresa há muitos anos, por isso não posso falar sobre sua estratégia. Mas não tenho nenhuma dúvida de que a empresa está muito bem equipada para avançar e continuar sendo um player de enorme importância no setor.
O sr. já comentou, em outras entrevistas, que sua experiência na esfera pública o fez perceber que o governo é lento e controlador. Por isso, a melhor opção seria privatizar. Como analisa o governo Bolsonaro sob esse aspecto e a falta de avanço nas privatizações?
A privatização foi fundamental para a continuidade e sucesso da Embraer. Não estou apto para falar da realidade atual de outros setores e negócios em que o governo mantém atividade econômica.
Ozires Silva
A Embraer é um dos principais exemplos de empresa inovadora brasileira. É possível criar aqui outras companhias que desenvolvam tecnologia como a Embraer? Como fazer isso?
O meio para isso está nas pessoas. É preciso que a sociedade produza constantemente profissionais capacitados, corajosos e com espírito empreendedor. Pessoas devem ser estimuladas pelo conhecimento e pelo ambiente em procurar desafios e a inovar. A educação é o instrumento fundamental para a transformação das populações. Foi isso que o ITA fez com a indústria aeronáutica brasileira e a região em que ele foi instalado. Se houvesse mais instituições educacionais do nível do ITA, em outras áreas de conhecimento, certamente os cidadãos realizariam maiores proezas no desenvolvimento de empresas e do País. Seria melhor assegurado o desenvolvimento econômico da sociedade.
O que permitiu que, 50 anos atrás, uma empresa de tecnologia de ponta fosse criada no País?
A palavra-chave é "educação". O brigadeiro Casimiro Montenegro Filho foi um dos maiores visionários que viveram em nosso País, tendo sido a força que idealizou e viabilizou o ITA, cuja missão era formar engenheiros aeronáuticos. O ITA, desde seu início, primou pela excelência de sua educação. Em 1954, quando houve a cerimônia de formatura da sua primeira turma de engenheiros, o brigadeiro Montenegro disse: "Vocês estão prontos. Um dia vocês irão fabricar aviões que voarão por todo o mundo. Eu posso não estar aqui para ver, mas tenho certeza de que vocês farão."
Como foi a conversa que o senhor teve com o então presidente Costa e Silva para convencê-lo a criar a Embraer? Ele comprou sua ideia facilmente?
A conversa ocorreu por uma casualidade muito favorável. O presidente estava em voo para um evento em Guaratinguetá (SP) mas o mau tempo o fez pousar em São José dos Campos, junto ao Centro Tecnológico da Aeronáutica, o CTA. Como naquele momento eu, como tenente-coronel da aeronáutica, era a autoridade presente, fui incumbido de receber o presidente. Aproveitei a oportunidade para mostrar a ele o que vínhamos fazendo em termos de desenvolvimento de aviões, inclusive o avião Bandeirante, que estava nascendo na mesma época. O ministro da Aeronáutica na época, Marcio de Souza e Mello, já vinha comentando com o presidente sobre as tendências da aviação mundial no sentido da ampliação da aviação regional e que o Brasil teria vocação para este setor. A visita inesperada do presidente às nossas instalações de projeto e construção do Bandeirante ajudou a dar melhor visão a ele sobre o assunto. O tema ainda precisou de mais alguns meses de estudos e convencimento para que finalmente fosse dada a aprovação a constituição da Embraer.
Qual foi o momento mais difícil que o senhor viveu na Embraer?
O maior desafio foi o período que antecedeu a privatização da empresa, de 1991 a 1994. A empresa estava em um momento de transição e não projetava ter um futuro promissor sob as rígidas regras que regem as empresas do Estado. Ela precisava ser privatizada e assim ganhar agilidade para voltar a investir e crescer. Sabemos que o tema da privatização é sensível no Brasil e, ainda que a necessidade fosse clara, houve muita resistência. Foi preciso manter o foco e a perseverança em níveis muito elevados, e concluímos com sucesso a tarefa. No final a privatização se mostrou como a decisão correta, pois a empresa cresceu muito, gerou muitos empregos e riqueza para a região e o Brasil. Posso dizer que ver esse sucesso que a empresa atingiu, tendo se tornado uma das maiores empresa do setor no mundo é muito gratificante. Igualmente prazeroso foi ter a confirmação de que nossa tese inicial, tomada lá nos anos 60, de investir na aviação regional, afastando-se da competição dos grandes fabricantes mundiais que eram então focados nos grandes aviões.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 14/01/2021
BNDES CONCEDE CRÉDITO DE R$ 3,9 BI PARA 2ª TERMELÉTRICA NO PORTO DO AÇU
Publicado em 01/14/2021 as
07:20 PM
Por Willian Miron

Foto: Divulgação/GNA
A Gás Natural Açu (GNA), joint venture formada pela BP, Siemens AG e Prumo Logística, obteve financiamento de R$ 3,93 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implantar uma usina termelétrica movida a gás natural, com capacidade instalada total de 1,67 GW, a UTE GNA II. O empreendimento será construído no Porto do Açu, localizado no município de São João da Barra, na região Noroeste do Rio de Janeiro, e tem previsão para entrar em operação comercial em 2023.
Expansão. Esta é segunda usina do parque termelétrico que a GNA está construindo no local. A primeira tem capacidade instalada de 1,33 GW, e contou com financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES. A UTE GNA I está em fase final de construção, com previsão de entrada em operação comercial no primeiro semestre deste ano. Além das duas usinas, a GNA possui licença ambiental para dobrar sua capacidade instalada nos parques termelétricos, e, no futuro, pode chegar a 6,4 GW de capacidade instalada.
Energia. A UTE GNA II é composta por três turbinas a gás natural e uma a vapor, todas fornecidas pela Siemens, e poderá funcionar em ciclo combinado. Além disso, o empreendimento prevê uma subestação que se conectará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A estimativa é que o total de energia gerada pela usina será suficiente para abastecer 7,8 milhões de residências.
Empregos. Durante a construção do empreendimento, espera-se que sejam gerados aproximadamente 5 mil empregos, e quando a usina estiver em funcionamento, serão abertos 500 postos de trabalho. A construção das usinas e o fornecimento de equipamentos, como turbinas a gás e a vapor, além das caldeiras de resfriamento são de responsabilidade da Siemens, que também fornecerá serviços de longo prazo, operação e manutenção para as unidades. Já o gás natural que abastecerá os empreendimentos será importado e fornecido pela BP.
Pré-Sal. A usina será instalada junto ao terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL). Além disso, o empreendimento ficará próximo aos campos produtores da camada pré-sal, ao circuito de transmissão de energia de 500 kV licitado recentemente e à malha de gasodutos.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 14/01/2021
APÓS REUNIÃO COM A FORD, MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO ACOMPANHA TRÊS INQUÉRITOS CONTRA MONTADORA
Publicado em 01/14/2021 as
07:20 PM
Já existem três inquéritos civis abertos nas regiões onde a montadora vai fechar fábricas: Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE)
Por Eduardo Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai acompanhar de perto os desdobramentos do encerramento das atividades da Ford no Brasil. Após reunião com representantes da multinacional na manhã desta quinta-feira, 14, o órgão criou um Grupo Especial de Atuação Finalística (Geaf) para monitorar os impactos do fechamento de três fábricas da companhia norte-americana, que podem afetar até 5 mil trabalhadores.
De acordo com o MPT, já existem três inquéritos civis abertos nas regiões onde a Ford deixará de produzir. Na segunda-feira, 11, a montadora americana anunciou o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), onde ficam as linhas dos modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.
Com base nesses três processos, foi criado um Geaf por meio do qual as procuradoras do trabalho que comandam os inquéritos na Bahia, Ceará e São Paulo poderão atuar de forma "coordenada e estratégica" para mitigar os impactos da decisão da Ford.
Por meio de nota, o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, demonstrou preocupação com os reflexos sociais e com a empregabilidade dos trabalhadores da empresa após o fim das atividades nas três unidades. Ele ressaltou que existe toda uma cadeia produtiva do entorno da empresa que também será atingida.
Pela Ford, participaram da reunião o diretor jurídico da companhia, Luís Cláudio Casanova, o gerente de Relações Governamentais, Eduardo Freitas, e três advogados da empresa. Segundo o MPT, os representantes da montadora repetiram os argumentos que a empresa vem sustentando para justificar sua saída do Brasil e se comprometeram a encaminhar ao Ministério Público do Trabalho todas as informações requisitadas sobre as demissões.
O secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, e o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, também participaram da reunião virtual.
Como mostrou o Estadão, o Ministério da Economia já iniciou conversas para apoiar a recolocação dos trabalhadores da Ford que vão perder o emprego com a saída da montadora do Brasil. Uma das possibilidades é a criação de um programa específico para ajudar esse grupo de trabalhadores altamente qualificados.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 14/01/2021
COM A SAÍDA DE LEONARDO CERQUINHO, SUAPE TERÁ SEU SÉTIMO PRESIDENTE DURANTE A GESTÃO PAULO CÂMARA
Publicado em 01/14/2021 as
07:20 PM
Já passaram pelo porto Bernardo D'Almeida, Evandro Avelar, Thiago Norões, Marcos Baptista Carlos Vilar e Leonardo Cerquinho. Nome cotado para assumir na gestão de Geraldo Julio na Sdec é Roberto Gusmão, ex-Emlurb
Por Adriana Guarda

Leonardo Cerquinho assumiu a presidência do porto em janeiro de 2019 e fez uma gestão azeitada - FOTO: Divulgação/Suape
O governo do Estado anunciou oficialmente nesta quinta-feira (14), a saída de Leonardo Cerquinho da presidência do Porto de Suape e de Jaime Alheiros do Porto do Recife, confirmando a notícia publicada nesta quarta (13) pelo Blog de Jamildo. Com a saída de Cerquinho, o Complexo de Suape vai trocar de presidente pela sétima vez durante as gestões do governador Paulo Câmara. É como se fosse mais de um indicado por ano, um recorde nas mais de quatro décadas de história de Suape. A mudança de comando acontece no dia 1° de fevereiro.
A substituição de Cerquinho será para abrigar a equipe do novo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio. A Sdec será uma vitrine para o provável candidato ao governo do Estado em 2022. A mudança de comando também vai acontecer no Porto do Recife, onde o novo presidente Jaime Alheiros, mal sentou na cadeira, em dezembro do ano passado. Em Suape, o nome é do ex-presidente da Emlurb, Roberto Gusmão, e no Recife o administrador e mestre em gestão pública, Marconi Muzzio.
Antes de Cerquinho, já passaram por Suape no governo de Paulo: Bernardo D'Almeida, Evandro Avelar, Thiago Norões, Marcos Baptista e Carlos Vilar. Com exceção de Vilar (funcionário de carreira do Porto do Recife) e de Cerquinho (com expertise em logística e comércio exterior), nenhum tem experiencia no setor portuário. Muitas das trocas foram para angariar apoio político e acomodar aliados. Um dos momentos mais criticados foi a entrega da presidência do porto ao Partido Progressista (PP), de Eduardo da Fonte. Carlos Vilar foi indicado pelos aliados e assumiu em junho de 2018, mas a pressão do mercado foi forte e Leonardo Cerquinho ganhou o cargo em janeiro de 2019.
Essa descontinuidade na gestão atrapalhou o andamento de projetos dentro do porto, desde pequenas obras de infraestrutura e manutenção até grandes construções. Sem falar no desalinhamento político com o governo Federal, que passou a fechar o cofre para Suape, desde que o ex-governador Eduardo Campos anunciou sua candidatura à Presidência da República em 2014, fazendo frente a presidente em reeleição, Dilma Rousseff.
CENÁRIO
Geraldo Julio já acumulou a secretaria de Desenvolvimento Econômico e o Porto de Suape, em 2011, mas o cenário econômico de Pernambuco era muito diferente. Naquele ano o PIB cresceu 9,3% em 2010 e 4,5% em 2011. A taxa de desemprego era uma das menores do País, com apenas um dígito (5%), e se falava em pleno emprego. As reuniões do Condic somavam bilhão em projetos e era preciso ordenar a avalanche de empresas que queriam se instalar em Suape. Eram comuns voos de helicóptero para apresentar o complexo a empresários e autoridades de outros estados e países.
Nos seus anos de gestão, Cerquinho precisou ser criativo, contagiar equipes, apostar em inova e negociar muito para conseguir fazer "do limão uma limonada", como ele gosta de dizer. Os grandes empreendimentos industriais não chegaram mais com a mesma velocidade, a economia demorou a se recuperar após a recessão e depois veio a pandemia da covid-19. Mesmo assim, Suape ainda conseguiu bater recordes de movimentação de carga ano a ano.
Para 2020, a previsão da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem) é que o PIB feche com queda entre 1,5% e 2%. A taxa de desemprego no Estado atingiu 18,8% (Pnad Contínua mais recente), a atração de investimentos por meio das reuniões do Condic em 2020 foi a pior dos últimos sete anos. Por tudo isso, Geraldo Julio não terá vida fácil nesse retorno como secretário, embora conheça bem a economia pernambucana e o Porto de Suape.
Veja o comunicado do governo do Estado na íntegra:
A partir de 1° de fevereiro, o Porto do Recife e o Complexo Industrial Portuário de Suape terão nova gestão. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, escolheu o administrador de empresa e mestre em Gestão Pública, Marconi Muzzio, para o posto de presidente do Porto do Recife e o engenheiro e ex-secretário de infraestrutura do Recife, Roberto Gusmão, para a presidência do Porto de Suape. A nova estrutura assume o desafio de ampliar os projetos estruturadores para os terminais e consolidar Pernambuco como um centro logístico na movimentação de cargas no Nordeste.
O empresário e engenheiro agrônomo com mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Roberto Gusmão, foi presidente da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) e secretário de Infraestrutura do Recife. Ele assume o lugar de Leonardo Cerquinho no Porto de Suape, na fase em que o ancoradouro atinge uma marca histórica. O Balanço anual contabiliza 25,6 milhões de toneladas movimentadas em 2020, um aumento de 7,53% em relação a 2019, quando o porto movimentou 23,8 milhões de toneladas. Em números absolutos, são 1,8 milhão de toneladas a mais. É o maior volume já registrado nos 42 anos de Suape e acima da meta estabelecida para o ano, marcado por uma pandemia que atingiu a economia mundial.
Já no Porto do Recife, o desafio passa para as mãos de Marconi Muzzio. Ele é analista do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e foi Secretário Executivo de Turismo do Estado em 2011. Em 2013, assumiu a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas do Recife, depois a Chefia de Gabinete do Prefeito em 2017 e voltou à Administração em 2019, ano em que foi designado membro do Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social – CONAPREV.
Ele é o 23º (entre titulares e interinos) presidente a assumir o comando do ancoradouro recifense, desde o convênio de delegação firmado entre o Governo do Estado de Pernambuco e a União Federal em junho de 2001 e que passou a administração e exploração do Porto Organizado do Recife para o Estado de Pernambuco por intermédio da empresa Porto do Recife S.A. Muzzio vai substituir o arquiteto e urbanista Jaime Alheiros. Em 2020, o Porto do Recife cresceu 12%.Fonte : Jornal do Commercio - PE
Data : 14/01/2021
DISPUTA ENTRE IMPORTADORES DE COMBUSTÍVEIS E PETROBRAS CHEGA AO CADE. ENTENDA
Publicado em 01/14/2021 as
07:19 PM
Para associação, estatal pratica preços abaixo do mercado externo. Petroleira nega e diz que agentes menos eficientes perdem espaço
Por Bruno Rosa
RIO - A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) recorreu ao órgão de defesa da concorrência contra a Petrobras. A entidade protocolou ofício na sexta-feira no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e na Agência Nacional do Petróleo (ANP) contra a estatal.
O motivo da representação é que os importadores avaliam que a Petrobras está vendendo diesel e gasolina às refinarias no Brasil com preços abaixo das cotações no mercado internacional, o que afeta a concorrência. No ofício, a Abicom pede que seja feita análise dos valores praticados pela petroleira.
A Petrobras afirma que adota preços alinhados com o exterior e que agentes menos eficientes são os primeiros a perder espaço em momento de maior competição.
Segundo a Abicom, a defasagem por litro no diesel, entre os polos de importação, é de R$ 0,17 desde o início deste ano, e na gasolina, de R$ 0,25. O presidente da Abicom, Sergio Araújo, disse que a Petrobras tem adotado preços abaixo da paridade de importação em todos os polos com infraestrutura de importação.
— Isso prejudica os importadores e inviabiliza algumas operações no momento em que o mercado já está sofrendo com a queda nos preços do petróleo — disse Araújo. — Protocolamos o ofício na ANP e no Cade, pois os preços estão muito abaixo da paridade internacional e em desacordo com o compromisso da Petrobras com o Cade para a abertura do mercado.
Cade vai analisar
Procurado, o Cade afirma que “avaliará possíveis medidas após analisar a matéria”. O tema será estudado pelo órgão, e, caso o processo evolua, as partes apresentarão seus argumentos. Se o regulador julgar necessário, a empresa pode ser obrigada a seguir algum tipo de determinação.
Nos cálculos da entidade, somente no ano passado, o diesel vendido às refinarias pela Petrobras ficou R$ 0,06 por litro abaixo do praticado no exterior. Na gasolina, a diferença seria de R$ 0,02 por litro.
A consultoria J. Global Energy, sediada no Texas, faz avaliação similar. Considerando a estação de importação de combustível de Santos, em São Paulo, o diesel estaria R$ 0,41 abaixo do valor cobrado no exterior do dia 1º até o dia 8 deste ano.
Em 2020, a defasagem era estimada, em média, em R$ 0,11.
No caso da gasolina, a diferença no polo de Guarulhos em relação ao cobrado no mercado externo seria de R$ 0,45 do dia 1º ao dia 8 deste mês. Em 2020, a perda média é estimada em R$ 0,17 por litro.
— Essas reduções ocorrem por um motivo político. Se aumentasse os preços durante a Covid, isso geraria pressão. A empresa usa o lucro com a atividade de exploração e produção de petróleo para subsidiar as margens de refino — afirmou Cristiano Costa, analista da J. Global Energy.
Não há um consenso no mercado sobre o tema. Adriano Pires, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura, afirma que ao longo de 2020 o preço se manteve, em média, em linha com o mercado:
— Tivemos preços acima e abaixo da paridade. Mas, na média, estamos dentro da paridade, sem movimentos díspares como no passado.
Em resposta à Abicom, a Petrobras disse que os custos efetivos de importação variam de agente para agente, dependendo de características como as relações comerciais no mercado internacional e doméstico, o acesso à infraestrutura logística e à escala de atuação.
Mas ressaltou que mantém sua “autonomia para precificação de produtos e seu compromisso com a prática de preços alinhados com as cotações internacionais”.
‘Extrema cautela’
A estatal afirma que a declaração da Abicom deve ser vista “com extrema cautela”. “Estão mantidos os princípios que balizam a prática de preços da Petrobras, como paridade de importação, margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, e nível de participação no mercado.
Desta forma, é natural que agentes menos eficientes sejam os primeiros a perder espaço em um momento de maior competição”, disse a estatal em nota.
Analistas de mercado afirmam que o produto mais sensível é o diesel, em razão do histórico da greve dos caminhoneiros. A Petrobras tem fatia entre 75% e 80% nos mercados de diesel e gasolina.
Para Rodrigo Leão, coordenador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), os preços de derivados caíram muito desde 2020 com a redução da cotação do petróleo no mercado internacional, que chegou a US$ 35:
— A Petrobras pratica a paridade de preços internacionais de maneira diferente entre os dois mercados de combustíveis. Os importadores brigam porque ela não faz mais o reajuste quase diário. Como não é mais assim, haverá defasagens temporais. E essa volatilidade prejudica os importadores.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 14/01/2021
APÓS NOVO APAGÃO NO AMAPÁ, ANEEL DÁ UM DIA PARA CONCESSIONÁRIA SE EXPLICAR
Publicado em 01/14/2021 as
07:19 PM
Treze dos 16 municípios ficaram sem luz de novo, dois meses depois de blecaute que deixou estado às escuras por mais de uma semana
Por Manoel Ventura *

Técnicos realizam inspeção na subestação com transformador incendiado em novembro Foto: Divulgação/Polícia Civil
BRASÍLIA — A concessionária que administra a principal subestação do Amapá terá um dia, depois que for notificada, para explicar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o que provocou o novo apagão registrado na quarta-feira no estado. Pelo menos 13 dos 16 municípios ficaram sem luz, incluindo a capital, Macapá.
O novo blecaute ocorreu por volta das 16h de quarta-feira por falha em uma linha de transmissão. O apagão ocorreu dois meses depois da crise energética que deixou o estado sem luz por mais de uma semana em novembro.
A Aneel encaminhou ofício à Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), concessionária que administra a linha de transmissão que falhou, cobrando explicações. A empresa — subsidiária da Gemini Energy — é a mesma que administra a subestação cuja falha levou ao apagão de novembro.
“Em ofício encaminhado à LMTE, a Aneel dá um dia de prazo, a contar do recebimento do documento, para que a empresa esclareça a ocorrência e as medidas que estão sendo adotadas para solucionar o problema e evitar reincidências”, diz nota da agência.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que, às 15h53, houve o desligamento dos dois circuitos de uma linha de transmissão.
Empresa diz que falha foi resolvida
O órgão disse que, às 16h38, os sistemas básicos foram reeestabelecidos para, em seguida, a energia voltar para as unidades consumidoras. O ONS não informou se o fornecimento de eletricidade já foi normalizado.
A CEA, distribuidora de energia do estado, disse que a falta de energia “não tem relação com problemas de distribuição”. “Foi identificado uma ocorrência na linha de transmissão no trecho Macapá/Jari”.
A LMTE acrescentou que o ofício da Aneel já foi recebido e que responderá "dentro do prazo estabelecido pelo órgão regulador". Informou que “sofreu uma ocorrência externa ao seu controle na linha de transmissão de Laranjal à Macapá” e que “a questão já foi resolvida”.
“A concessionária disponibilizou as linhas de transmissão instantaneamente (em 1 minuto). Portanto, a disponibilidade de suas instalações de transmissão foi rapidamente normalizada. Tal evento ocorre diariamente no Brasil, e no caso particular, com consequência de falta de energia em um estado, expõe a fragilidade do sistema de energia do Amapá que não conta com redundância devido a questão de planejamento setorial”, afirma a nota.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia não comentou.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 14/01/2021
DEPUTADOS AVALIAM IMPEDIR BOLSONARO DE VETAR ENTRADA DE HUAWEI NO 5G
Publicado em 01/14/2021 as
07:19 PM
Grupo na Câmara analisa sugestões de consultores da Casa para não deixar governo barrar atuação da chinesa no Brasil, como querem os EUA
Por Manoel Ventura
BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados entrou nas discussões sobre a implementação do 5G, a nova geração de telefonia, no Brasil. Com a possibilidade de o governo impedir a chinesa Huawei de fornecer equipamentos da tecnologia no país, parlamentares se mobilizam para manter aberto o mercado de fornecedores das companhias de telecom.
Em um documento elaborado pela consultoria da Câmara, cinco sugestões apresentadas podem fazer o Congresso impedir o banimento da empresa. Entre elas estão mudanças na Lei Geral de Telecomunicações (LGT).
A nota técnica da consultoria legislativa está sendo analisada por um grupo de trabalho criado pela Câmara para acompanhar o avanço da tecnologia.
O grupo prevê ouvir representantes da Huawei e de suas rivais Ericsson, Samsung, Nokia e Fujitsu, os principais fornecedores mundiais da infraestrutura para o 5G no mundo. Também vai ouvir integrantes do governo e operadoras de telecomunicações.
O leilão de frequências 5G está previsto para este ano, mas ainda não foi marcado e nem teve o edital lançado. São as operadoras que irão disputar os espaços para o 5G e contratar os fornecedores de tecnologia.
Após a licitação, as teles devem investir na instalação de antenas e de outros equipamentos para que a nova geração de telefonia, que promete aumentar muito a velocidade da conexão móvel à internet, possa começar a operar no país.
Entre as alterações na LGT propostas pelos consultores da Câmara está a de determinar que os leilões não criem impedimentos para que os atuais fornecedores de infraestrutura participem do mercado.
Hoje, cerca de metade da infraestrutura usada no 4G no Brasil foi fornecida pela Huawei. Esse é um dos argumentos usados pelas empresas de telecomunicações para que a companhia chinesa não seja barrada. Isso reduziria os custos com o reaproveitamento de equipamentos compatíveis.
Outra mudança seria alterar a LGT para determinar que os leilões de frequência não impeçam que infraestruturas atuais de rede 4G sejam aproveitadas nas novas redes de 5G.
Os consultores sugerem ainda alterar a lei para obrigar que os editais de licitação sejam submetidos à aprovação prévia do Congresso Nacional, embora o próprio documento admita que essa seja uma alternativa de difícil implementação e de risco elevado de questionamento judicial.
O documento técnico da Câmara também sugere aos deputados obrigar o governo a formular editais de leilões de frequência que adotem requisitos de Open RAN. Trata-se de um tipo de rede de telecomunicações em que equipamentos de diferentes fabricantes podem “conversar” entre si.
Atualmente, a rede instalada no país não permite que equipamentos da Huawei, por exemplo, sejam conectados com redes da Ericsson. Por isso, os técnicos sugerem estabelecer critérios mais rígidos para eventuais intervenções sob pressuposto relacionado à “segurança nacional”.
Os Estados Unidos têm pressionado países, entre eles o Brasil, a proibir a Huawei no 5G sob o argumento de que a empresa pode passar informações para o governo chinês.
Saiba mais: China reage a nova provocação de Eduardo Bolsonaro sobre 5G e afirma que deputado perturba parceria com Brasil
O governo de Jair Bolsonaro manifestou concordância com essa preocupação da gestão de Donald Trump, mas não definiu ainda veto à chinesa.
O vice-presidente Hamilton Mourão já se manifestou contra banir a Huwaei e tem defendido a relação comercial do Brasil com a China, alvo de incidentes diplomáticos provocados por Bolsonaro e seus filhos, principalmente o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 14/01/2021
BOLSA SOBE COM EXPECTATIVA DE ANÚNCIO DE PACOTE AMERICANO; DÓLAR CAI E SEGUE ABAIXO DE R$ 5,30
Publicado em 01/14/2021 as
07:19 PM
Ibovespa avançava 0,55%. Na contramão, ações do BB caem com notícia de que Bolsonaro quer trocar comando da instituição
O Globo
SÃO PAULO E RIO - A Bolsa sobe no Brasil, um dia após a aprovação do impeachment de Donald Trump pela Câmara de Deputados dos Estados Unidos. Há expectativa de que novo pacote de ajuda à economia americana seja anunciado ainda nesta quinta-feira pelo presidente eleito Joe Biden. Já o dólar recua e segue cotado abaixo de R$ 5,30.
Às 14h28, o Ibovespa subia 1,16%, aos 123.346 pontos. O mercado brasileiro acompanha o otimismo no exterior. A previsão é que Biden detalhe um pacote que pode ultrapassar US$ 1,5 trilhão para estimular a economia dos EUA. O democrata colocará as medidas em prática quando assumir o governo, no fim deste mês.
As ações do Banco do Brasil (BB) abriram em baixa, mas inverteram o sinal e tinham alta de 0,56%, negociadas a R$ 37,76. Pela manhã, a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro quer trocar o comando do banco puxou os papéis para baixo.
— Para o mercado é uma notícia ruim (a troca de presidente do BB) , porque demonstra que não há nenhuma disposição de Bolsonaro para retirada das estatais, ou seja, de privatização. Nesse processo, a questão fiscal pode ficar de lado— disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
Bolsonaro teria se irritado com o anúncio do fechamento de agências e de um novo programa de demissão voluntária no BB. O presidente já estaria buscando nomes para a substituição. O ministro Paulo Guedes, porém, tentar manter André Beltrão no comando do banco.
Em fato relevante divulgado nesta manhã, o BB diz que “não recebeu no âmbito de seus órgãos de governança nenhuma comunicação formal por parte do acionista controlador sobre qualquer decisão a respeito do assunto”.
Às 14h30, o dólar comercial caía 1,69%, a R$ 5,221.
Na Europa, o mercado fechou em alta com a expectativa de mais gastos públicos para reativar a principal economia global. A Bolsa de Londres valorizou 0,84%; Paris subiu 0,33% e Frankfurt avançava 0,35%.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,93%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,91%.
Em Nova York, o Dow Jones apresentava alta de 0,32% e o S&P 500 subia 0,09%. A Bolsa eletrônica Nasdaq avançava 0,19%.
As infecções por Covid-19 na província de Heilongjiang quase triplicaram, destacando a crescente ameaça antes de importante feriado nacional em janeiro, quando centenas de milhões de pessoas normalmente viajam.
Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,85%, e a Bolsa de Hog Kong fechou em alta de 0,93%.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 14/01/2021
PONTO FINAL: BENTO ALBUQUERQUE PREVÊ PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS EM 2021 E NOVO APAGÃO ATINGE AMAPÁ
Publicado em 01/14/2021 as
07:18 PM
Por Guilherme Serodio e Larissa Fafá - 13 de janeiro de 2021 - Em Política energética, Ponto Final
RIO e BRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, acredita que o Congresso Nacional vai aprovar a privatização da Eletrobras no primeiro semestre deste ano e que a venda da companhia poderá ocorrer até o fim de 2021.
Em entrevista à Megawhat, Albuquerque disse estar confiante na tramitação célere do PL 5877/2019 na Câmara dos Deputados. A comissão especial necessária para tratar do texto nem sequer foi instalada.
A privatização da Eletrobras está na agenda desde o governo de Michel Temer, na época com apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), que tentou aprovar a proposta até o fim de 2018, sem sucesso.
Secretário cobra compromisso de candidatos no Congresso Nacional com privatizações
Novo blecaute atingiu ao menos 13 cidades do estado do Amapá, terra natal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). O problema foi, novamente, provocado na infraestrutura sob responsabilidade da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE).
Houve o desligamento dos dois circuitos da linha de transmissão Laranjal–Macapá e das hidrelétricas de Ferreira Gomes, Cachoeira Caldeirão e Coaracy Nunes, com interrupção de 250 MW no estado.
Às 17h15, última informação publicada nesta quarta (13) pelo MME, foram restabelecidos 110 MW de carga.
“A Aneel está atuando junto à concessionária [LMTE], que deverá informar as medidas adotadas para solucionar o problema e evitar reincidências”, disse o ministério, em nota.
Davi Alcolumbre foi o porta-voz da insatisfação do Senado com o plano de privatização da Eletrobras – estatal que acabou sendo acionada, assim como as Forças Armadas, para resolver o apagão de novembro.
Apagão no Amapá “não tem nada a ver com o governo federal”, diz Bolsonaro
Agora, com seu candidato à sucessão à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), na frente na contagem de votos, Alcolumbre volta a ser citado como possível novo integrante do ministério de Bolsonaro.
Fontes no Senado ouvidas pela epbr e próximas de Alcolumbre afirmaram que a negociação caminha pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, atualmente sob comando de Rogério Marinho.
A vitória de Pacheco daria mais prestígio a Alcolumbre e alguma tranquilidade ao Planalto, enquanto a disputa na Câmara é incerta com o governista Arthur Lira (PP/AL) atrás de Baleia Rossi (MDB/SP) na contagem de apoiadores.
MDB consegue apoio de Cidadania e Podemos
As bancadas do Podemos, com nove senadores, e do Cidadania, com três, declararam apoio à candidatura de Simone Tebet (MDB/MS) à presidência do Senado nesta quarta.
Ela já conta com apoios do MDB (15 votos) e do PSL (dois). Agora segue em busca dos votos dos sete senadores do PSDB.
Se não houver traições, chegará aos 36 votos.
O PP, com sete senadores, anunciou hoje apoio a Pacheco na disputa ao Senado, elevando para 39 os potenciais votos do candidato.
São necessários 41 para vencer a disputa e os votos são secretos.
Santa Catarina faz lobby por carvão
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), foi ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, solicitar a manutenção das operações do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda.
No ano passado, a Engie anunciou a intenção de desativar o complexo Jorge Lacerda.
Acompanhado de uma comitiva com onze senadores e deputados, o governador sugeriu a criação de um fundo para recuperação ambiental da região e a postergação do uso da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para bancar parte dos custos com carvão mineral nacional.
O governo de Santa Catarina diz querer evitar demissões do setor, que seria responsável por empregar 27 mil pessoas no estado.
Em setembro, a Aneel autorizou o reajuste de 6,61% do preço-base do carvão usado no complexo, que já recebia a maior parte dos subsídios da CDE ao carvão mineral nacional. No orçamento de 2020 eram destinados R$ 605,91 milhões ao complexo de SC do total de R$ 665,83 milhões.
Participaram da reunião os senadores Dário Berger (MDB), Espiridião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL). Também os deputados federais Angela Amin (PP), Coronel Armando (PSL), Carmen Zanotto (PPS), Celso Maldaner (MDB), Daniel Freitas (PSL), Geovania de Sá (PSDB), Jorge Goetten (PL) e Ricardo Guidi (PSD).
Em geral, o carvão é um combustível defasado no Brasil, dada a oferta de fontes mais limpas e eficientes, como o próprio gás natural, também fóssil e poluente, e renováveis.
O planejamento nacional reconhece, contudo, o papel do carvão como indutor do planejamento nacional e admite sua presença na matriz energética nacional.
Nova lei prevê multa milionária por roubo de combustível no Rio.
O governador em exercício do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), sancionou hoje uma lei que permite a aplicação de penalidades administrativas contra quem roubar, furtar ou receptar o fruto de roubos de combustíveis ou dutos. O texto prevê a possibilidade de multas de até R$ 17,8 milhões e de cancelamento da inscrição no cadastro do ICMS de estabelecimentos que venderem o furto do roubo.
No Congresso Nacional, uma proposta de autoria da agora candidata à presidência da Casa Simone Tebet também endurece penas para esses crimes. A matéria foi aprovada no Senado prevendo pena de prisão de até 12 anos para envolvidos nos crimes. O texto está hoje na CCJ da Câmara, onde um substitutivo de Caroline de Toni (PSL/SC) aumentou as penas para até 14 anos. Caso seja aprovado com alterações na Câmara, o texto volta para nova votação no Senado.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 14/01/2021
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOLAR DEVE ATRAIR MAIS DE R$ 17 BILHÕES EM 2021
Publicado em 01/14/2021 as
07:18 PM
Absolar também prevê a adição de mais de 4,9 GW de potência instalada
Por epbr - 14 de janeiro de 2021 - Em Clima, Solar, Transição energética
A geração solar distribuída deve atrair R$ 17,2 bilhões em novos investimentos no Brasil, ao longo de 2021, e gerar mais de 118 mil empregos este ano. Estimativas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que a GD será responsável pela maior fatia do crescimento solar fotovoltaico no ano.
Ao todo, estão previstos mais de R$ 22,6 bilhões em investimentos privados no setor no Brasil em 2021, somando os segmentos de geração distribuída (sistemas em telhados e fachadas de edifícios) e centralizada (grandes usinas solares).
A Absolar também prevê a adição de mais de 4,9 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
O montante representa um crescimento de mais de 68% sobre a capacidade instalada atual do país, hoje em 7,5 GW.
Para a geração distribuída solar fotovoltaica, o crescimento projetado é de 90% frente ao total instalado até 2020, passando de 4,4 GW para 8,3 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 37%, saindo dos atuais 3,1 GW para 4,2 GW.
Ainda segundo os dados da entidade, o setor deve ser responsável por um aumento líquido na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais de mais de R$ 6,7 bilhões este ano.
O valor já contabiliza a economia dos consumidores em suas contas de eletricidade.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, argumenta que a energia solar será estratégica para acelerar a retomada econômica sustentável do Brasil no pós-pandemia, fortalecendo a competitividade.
“A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País”, ressalta.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 14/01/2021
ECB FECHA ACORDO COM BP PARA FORNECIMENTO DE 1 BILHÃO DE LITROS DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Publicado em 01/14/2021 as
07:18 PM
Os combustíveis serão produzidos, a partir de 2024, na usina Omega Green, que será construída no Paraguai
Por Gabriel Chiappini - 14 de janeiro de 2021 - Em Clima, Transição energética
O ECB Group, maior produtor de biodiesel do Brasil, anunciou nesta quinta (14) a assinatura de contrato com a britânica BP para o fornecimento de mais de um bilhão de litros de biocombustíveis avançados, que serão produzidos a partir de 2024, na Omega Green, que será construída no Paraguai.
Com investimentos de mais de US$ 800 milhões, a estimativa é que a biorrefinaria, quando pronta, possa produzir 20 mil barris por dia de diesel verde (HVO), bioquerosene de aviação (SPK), e nafta verde, usada na indústria química para fabricação de plástico verde.
“Estamos orgulhosos deste acordo com uma organização como a BP, que é tão importante no setor de energia e que pretende ser uma empresa neutra em carbono até 2050 ou antes e ajudar o mundo a chegar a mesma meta”, disse Erasmo Carlos Battistella, CEO do ECB Group em comunicado divulgado pela empresa.
Carol Howle, vice-presidente executiva de Trading & Shipping da BP, acredita que o negócio pode beneficiar o desenvolvimento regional na América do Sul.
“Este negócio com um grande produtor brasileiro é uma compra significativa de biocombustíveis avançados pela BP na América do Sul e fornece uma base importante para o crescimento na região”, afirmou Howle.
O acordo é parte da estratégia da empresa britânica para oferecer combustível de baixo carbono aos clientes nos setores de transporte rodoviário e aviação e neutralizar 415 milhões de toneladas equivalentes de CO2 (tCO2e), relativas às operações da companhia e à produção de petróleo e gás da bp.
Em julho do ano passado, conversamos ao vivo com Erasmo Battistella, presidente do ECB Group, sobre os projetos na área de biocombustíveis no Brasil e no Paraguai e HVO, nova fronteira tecnológica do mercado de biodiesel.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 14/01/2021
DO CAMPO PARA A USINA: O USO DE BLOCKCHAIN PARA CERTIFICAR A PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Publicado em 01/14/2021 as
07:18 PM
Por Nayara Machado - 14 de janeiro de 2021 - Em Newsletter Diálogos da Transição
Editada por Nayara Machado
nayara.machado@epbr.com.br
O setor sucroalcooleiro está de olho na blockchain como estratégia para determinar a sustentabilidade da produção. E vê na tecnologia uma solução para armazenar, registrar, organizar e rastrear os produtos para garantir confiabilidade e segurança das informações sobre a origem das matérias-primas e insumos.
Usada largamente para registro de transações financeiras, a tecnologia funciona como “um grande livro-caixa” com os dados registrados simultaneamente em vários computadores e está começando a ser aplicada na cadeia de biocombustíveis no Brasil.
Um dos projetos é conduzido pela Embrapa em parceria com a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), a Safe Trace e a Usina Granelli.
Os trabalhos em campo, liderados pela Embrapa Informática Agropecuária (SP), tiveram início no ano passado com experimentos em conjunto com produtores de Piracicaba, Tambaú e Charqueada, municípios no interior do estado de São Paulo.
O acordo inclui a geração de processos agropecuários, softwares, modelos, banco de dados e metodologia técnico-científica.
Alexandre de Castro, pesquisador da Embrapa que lidera o projeto, revela que a ideia inicial era a rastreabilidade da cadeia da cana-de-açúcar para agregar valor ao produto.
Mas, a partir do desenvolvimento dos trabalhos, a equipe percebeu que a tecnologia poderia ser estendida e aproveitada pelos produtores de biocombustíveis.
É o caso da Usina Granelli, que começou a parceria para estabelecer um padrão de qualidade para o açúcar mascavo e agora também pretende usar a tecnologia para preencher a RenovaCalc – a calculadora de eficiência energética e ambiental da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).
Mariana Granelli, diretora jurídica da usina de etanol, conta que a parceria com a Embrapa para desenvolver essa especificação acabou motivando a empresa a se certificar para emitir os créditos de descarbonização (CBios) do RenovaBio.
“Como já estamos fazendo essa rastreabilidade da cana, a partir dela eu consigo preencher a RenovaCalc com uma exatidão muito maior. Isso garante que a quantidade de CBio que vem do meu combustível é aquele valor mesmo, e não um valor estimado, como é hoje”, explica Mariana.
Um CBIO equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida no processo de produção do biocombustível.
O projeto da Embrapa prevê a criação de uma tecnologia baseada em sensoriamento remoto para organizar, processar e disponibilizar em nuvem imagens de satélite proximais, suborbitais e orbitais, aplicadas a análises de lavouras da cana-de-açúcar, que vão contribuir para apoiar o planejamento e controle operacional da cultura, tanto na fazenda como em talhões.
Outra novidade é que imagens aéreas de canaviais serão usadas para detecção de doenças das plantas e pragas daninhas, deficiências nutricionais, estresse hídrico e estimativas de produção de biomassa.
O diagnóstico vai permitir aos produtores a adoção de medidas de controle com mais rapidez e eficiência.
De olho nos CBios, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) firmou uma parceria com a Associação Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Educação e Direito (CIPED) para certificar as plantações de cana-de-açúcar da Paraíba com blockchain.
“Com a certificação, a Asplan parte na frente para assegurar que seus associados sejam inseridos no RenovaBio e passem a receber CBios proporcional a sua produção e organização. A Paraíba é pequena, mas nós pensamos grande”, disse o presidente da entidade, José Inácio de Morais, ao Cointelegraph.
A Embrapa também estuda ampliar o uso de blockchain para a cadeia produtiva de grãos, especialmente visando o etanol de milho e o biodiesel de soja.
“Já estamos conversando com outras duas empresas representativas dessas cadeias. Para etanol de milho, iniciamos a tramitação do acordo com a FS Bioenergia. E estamos conversando com uma empresa no setor de soja”, conta Alexandre de Castro.
Segundo Alexandre, o projeto começou com a cadeia sucro, mas automaticamente migrou para a de grão.
“Percebemos que na cadeia da cana, em média, 50% da matéria-prima vem de área própria das usinas, e os outros 50% de fornecedores diretos e de longo prazo. Já para milho e soja, é muito mais complexo. As empresas têm poucos fornecedores diretos”, relata.
De acordo com o pesquisador, cerca de 90% da matéria-prima para etanol de milho e biodiesel vem de fornecedores indiretos, o que dificulta o controle da originação.
No setor de biodiesel, por exemplo, os produtores compram o óleo de soja de outros fornecedores, o que cria obstáculos na hora de identificar de onde veio o grão.
“O blockchain serve para marcar os pontos da cadeia, de forma definitiva, permanente. Caso seja alterado, toda a cadeia será alterada e saberemos onde foi mexido. É um sistema de criptografia em cadeia”, explica Alexandre.
Neste caso, a tecnologia vai permitir identificar um fornecedor, cooperativa ou cerealista no meio da cadeia, com uma assinatura digital.
“Nas cadeias de grãos, eu faço a marcação dos pontos na rede com essas assinaturas. Essas cadeias, geralmente, vão misturando diversos fornecedores e, a cada mistura, eu marco também. Fica mais fácil para auditoria das firmas inspetoras”, destaca.
Isso poderá auxiliar no cálculo de CBio por volume de biocombustível produzido. “Quem emitia um CBio por 800 litros poderá emitir um pouco mais, dependendo da sustentabilidade da cadeia”, conclui o pesquisador.
Curtas
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou nesta quarta (13) o Plano Operativo para Controle do Desmatamento Ilegal e Recuperação da Vegetação Nativa, que vai vigorar até 2023. O documento define as metas do Floresta+ para o período, com o objetivo de contratar a preservação e recuperação de 250 mil hectares…
…A extensão prevista agora representa pouco mais de 64% da área inicialmente proposta pelo MMA como meta a ser atingida pelo Floresta+ nos próximos três anos. epbr
O ECB Group vai fornecer mais de um bilhão de litros de biocombustíveis avançados à BP. Maior produtor de biodiesel do Brasil, o grupo anunciou nesta quinta (14/1) a assinatura de contrato com a petroleira britânica para fornecimento pelo período de cinco anos…
…Os combustíveis serão produzidos, a partir de 2024, na usina Omega Green, que será construída no Paraguai, com início das obras ainda este ano. epbr
A geração solar distribuída deve atrair R$ 17,2 bilhões em novos investimentos no Brasil, ao longo de 2021, e gerar mais de 118 mil empregos este ano. Estimativas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que a GD será responsável pela maior fatia do crescimento solar fotovoltaico no ano. epbr
Nos EUA, o governo de Donald Trump deve conceder isenções a alguns refinadores de petróleo retroativas ao ano de 2019, o que os dispensaria da necessidade de ter misturado biocombustíveis a combustíveis fósseis, informou a Reuters. A decisão deve ser anunciada ainda sob a administração do presidente Donald Trump, que termina no próximo dia 20. Valor
A Total anunciou no início da semana a aquisição da Fonroche Biogaz, empresa que projeta, constrói e opera unidades de digestão anaeróbia na França. Com cerca de 500 gigawatts-hora (GWh) de capacidade instalada, a Fonroche Biogaz é líder do mercado francês na produção de gás renovável, com mais de 10% de participação de mercado.
A PepsiCo quer aumentar em mais de duas vezes o seu objetivo climático baseado em evidências científicas, com redução de mais de 40% das emissões absolutas de gases de efeito estufa até 2030. Além disso, a empresa se comprometeu a alcançar emissões líquidas zero até 2040, uma década antes do previsto no Acordo de Paris.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 14/01/2021
TERMELÉTRICA VAI INVESTIR R$ 3 BILHÕES NO COMPLEXO DE SUAPE
Publicado em 01/14/2021 as
07:17 PM

A previsão é que a usina entre em operação em novembro deste ano. (Foto: Rafael Medeiros/Suape/Divulgação)
Uma termelétrica de energia (UTE) à base de Gás Natural Liquefeito (GNL) será instalada no Complexo de Suape, Litoral Sul do estado, e vai gerar dois mil empregos entre as fases de construção e operação. O empreendimento, com investimento estimado de R$ 3 bilhões, inclui a instalação de um terminal de regaseificação em Suape, além da implantação de aproximadamente oito quilômetros de dutovias entre o terminal gás e a usina termoelétrica.
O empreendimento será gerido pela CH4 Energia - desenvolvedora de projetos no setor energético -, em sociedade com a empresa norte americana New Fortress Energy, fundada em 2014 e, atualmente, com um valor de mercado estimado em 7,38 bilhões de dólares. A empresa atua em países como Jamaica, Porto Rico, México e Nicarágua nos ramos de transporte de Gás Natural Liquefeito, infraestrutura, terminais de regaseificação, usinas de energia e soluções em pequena escala. Também desenvolve atualmente um terminal de GNL na Irlanda, para fornecimento a clientes industriais.
Aproximadamente 30% do investimento deverá sair do empreendedor e 70% virá de bancos de fomento. A previsão é que a usina entre em operação em novembro deste ano, ocupando uma área de 16,5 hectares dentro do Complexo de Suape, onde já possui licença prévia emitida pela Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH).
"Com a instalação da termelétrica em Suape, o governo de Pernambuco também viabiliza um grande terminal de regaseificação para o estado, oferecendo gás com preços muito mais competitivos às indústrias locais”, afirmou o governador Paulo Câmara. "Com a nova lei do gás, que está na Alepe, um contingente muito maior de empresas poderia migrar para o mercado livre e se beneficiar do novo terminal, gerando um impulso de expansões e novos empreendimentos no estado", completou.
Em dezembro de 2020, o governo de Pernambuco e a CH4 Energia assinaram Protocolo de Intenções para viabilização do empreendimento. A usina terá capacidade de geração de 1,3 GW - 30% mais que a hidrelétrica de Sobradinho - ao final da implantação do projeto, após realização de leilão de energia promovido pela Agencia Nacional de Energia Elétrica e Ministério de Minas e Energia, com previsão para ocorrer no primeiro semestre de 2021.
Com o acordo de compra e venda de energia, de longo prazo, fechado com a Petrobras para iniciar a operação de duas térmicas de 144MW cada, totalizando capacidade de geração de 288MW, o projeto já tem viabilidade inicial para implantação em sua totalidade.
A térmica será abastecida por navio regaseificador de GNL, com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia, no Cais de Múltiplos Usos. A previsão é que a usina consuma 2,5 milhões de metros cúbicos ao dia, potencial que pode ser duplicado futuramente. O excedente de GNL poderá atender à rede da Companhia de Gás de Pernambuco (Copergás), empresa detentora dos direitos de distribuição de gás no estado.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, destacou que o barateamento dos preços do gás em Pernambuco reduzirá também os custos de produção, tornando as empresas locais mais competitivas. “Pernambuco aumentará expressivamente sua competitividade. Com a usina termelétrica, incluímos mais um elemento nesse pacote de infraestrutura do estado, fortalecido como um hub", disse.
Fonte : Diário de Pernambuco - PE
Data : 14/01/2021
APÓS SAÍDA DA FORD DO BRASIL, GOVERNO DO RIO SE REÚNE COM MONTADORAS SITUADAS NO ESTADO
Publicado em 01/14/2021 as
07:17 PM
Após a Ford anunciar, nesta semana, que vai fechar as suas fábricas no Brasil, deixando cerca de 5 mil pessoas desempregadas, o Governo do Rio resolveu se reunir com montadoras de veículos presentes no estado para abrir diálogo e se antecipar a qualquer movimentação, encontrando alternativas para a sustentabilidade dos negócios.
O encontro com a Jaguar Land Rover aconteceu nessa quarta-feira (13), e as reuniões com representantes da Volkswagen, Renault-Nissan, Hyundai e Peugeot-Citroën estão previstas para as próximas semanas. Juntas, as montadoras são responsáveis por 8 mil empregos fluminenses.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Leonardo Soares, o objetivo da aproximação é entender até que ponto a decisão da Ford foi uma estratégia específica da empresa e até onde a definição se entende para as outras companhias.
— A atividade do setor automobilístico é de suma importância para o Estado do Rio e, em contrapartida, a região oferece condições logísticas favoráveis para essas empresas, como em Resende e Porto Real — conta o secretário: — A ideia é tratar de temas importantes como empregos e a possibilidade de investimentos. Depois da retração de mercado provocada pela pandemia, esperamos que a demanda aumente para que janelas de oportunidades sejam abertas.
A Soares, os executivos da Jaguar Land Rover sinalizaram a intenção de gerar mais 400 empregos diretos destinados à planta industrial. A montadora, que possui fábrica em Itatiaia, avalia que o potencial de investimento adicional no estado nos próximos anos pode chegar a R$ 19 milhões.
Fonte : Extra Online
Data : 14/01/2021
BOLSONARO DIZ QUE VAI TENTAR AUMENTAR ISENÇÃO DO IR PARA R$ 3 MIL ATÉ 2022
Publicado em 01/14/2021 as
07:17 PM
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que vai tentar aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 3 mil até 2022. Bolsonaro fez a fala durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.
Atualmente, o limite de isenção é de R$ 1.903,98. Ao argumentar que tentaria aumentar a faixa de isenção, Bolsonaro lembrou a fala dele da semana passada, em que disse que o Brasil estava quebrado e que não conseguiria cumprir sua promessa de aumentar faixa de isenção para R$ 5 mil.
— Gostaríamos de passar pra R$ 5 mil, não seria de uma vez, mas daria até o final do mandato fazer isso. Não conseguimos por causa da pandemia. Nós nos endividamos em mais R$ 700 bi, não deu pra atender. Vamos ver se pro ano que vem pelo menos passe de R$ 2 mil para R$ 3 mil.
O presidente relatou que tem conversado com a equipe econômica sobre o tema e ressaltou que o “posto Ipiranga” é o ministro da Economia, Paulo Guedes.
— Tenho falado que não sou economista, todo mundo sabe disso, o posto Ipiranga é o Paulo Guedes, mas tem um detalhe todo mundo que ganha R$ 3 mil por mês que desconta um pouco do Imposto de Renda dá em torno de R$ 28 bilhões por ano, mas no ano seguinte quase tudo é ressarcido, então jogo contábil de um ano pro outro.
Para Bolsonaro, o aumento da faixa de isenção até ajudaria a Receita Federal a gerenciar a arrecadação.
— Até ajuda no meu entender receita a ter menos “clientes”, porque recebe com uma mão e em alguns meses entrega com a outra.
Bolsonaro aproveitou para rebater algumas críticas de que não estaria cumprindo as promessas de campanha. Segundo ele, a promessa seria cumprida se não fosse a chegada da pandemia do coronavírus.
— Não é não está cumprindo compromisso de campanha, era compromisso, ia ser cumprido e aconteceu algo anormal. É você querer comprar um carro, mas alguém da família fica doente, você não compra mais o carro, ou vai deixar o parente morrer por causa disso aí?
Fonte : Extra Online
Data : 14/01/2021
GOVERNO REGULAMENTA CASA VERDE E AMARELA E ESTABELECE META DE 1,2 MILHÃO DE FAMÍLIAS ATENDIDAS ATÉ 2022
Publicado em 01/14/2021 as
07:17 PM
Por Gabriel Shinohara

A pasta comandada por Rogério Marinho poderá definir os critérios de elaboração e priorização dos projetos.A pasta comandada por Rogério Marinho poderá definir os critérios de elaboração e priorização dos projetos. Foto: Jorge William / Agência O Globo
O governo publicará na sexta-feira um decreto regulamentando o programa habitacional Casa Verde e Amarela. Entre outras disposições, o texto estabelece a meta de 1,2 milhão de famílias atendidas até 31 de dezembro de 2022.
O projeto que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira substitui o Minha Casa Minha Vida como principal política habitacional do governo.
Diferente do programa anterior, a nova política habitacional não prevê mais a faixa de renda mais baixa, de até R$ 1,8 mil, em que a casa é praticamente doada, com prestações simbólicas. O foco principal do novo programa é em famílias que têm renda entre R$ 2 mil e R$ 7 mil com capacidade de assumir um financiamento.
Durante a tramitação da proposta no Congresso, o governo fechou um acordo com os congressistas para incluir algumas medidas de apoio às famílias que não serão mais atendidas no decreto.
A Secretaria-Geral da Presidência ainda não publicou o texto do decreto na íntegra, o que deve acontecer apenas na sexta-feira no Diário Oficial da União. No entanto, informou que o decreto trata dos critérios e da periodicidade para atualização dos limites de renda de subsídios e do tipo de benefício destinado às famílias.
Além disso, o texto também determina que famílias que tenham a mulher como responsáveis serão priorizadas no atendimento de serviços que tenham recursos da União ou de alguns Fundos que não foram especificados. Famílias que tenham pessoas com deficiência, idosos, crianças e adolescentes também serão priorizadas.
O decreto ainda estabelece que o Ministério de Desenvolvimento Regional será responsável pela elaboração e priorização de projetos, além da seleção dos beneficiários e de definir os padrões "urbaniísticos". A pasta também vai definir as atribuições de estados e municípios e a distribuição dos recursos.
De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, o Casa Verde e Amarela tem duas frentes. A primeira focada na "produção, aquisição ou requalificação" de imóveis novos e usados e a segunda mais ligada à urbanização de regiões mais precárias e à regularização fundiária.
"Os imóveis poderão ser disponibilizados aos beneficiários, sob a forma de cessão, de doação, de locação, de comodato, de arrendamento ou de venda, mediante financiamento ou não, em contrato subsidiado ou não, total ou parcialmente, conforme grupo de renda familiar".
Fonte : Extra Online
Data : 14/01/2021
PRODUÇÃO INDUSTRIAL CRESCE EM 10 DOS 15 LOCAIS PESQUISADOS EM NOVEMBRO, DIZ IBGE
Publicado em 01/14/2021 as
07:16 PM
A produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisados na passagem de outubro para novembro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve um avanço de 1,5%. Os demais aumentos ocorreram na Bahia (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%), Amazonas (3,4%), Região Nordeste (2,9%), Santa Catarina (2,8%), Ceará (1,7%), Rio de Janeiro (1,6%), Paraná (1,2%) e Minas Gerais (0,6%).
Houve perdas no Pará (-5,3%), Mato Grosso (-4,3%), Pernambuco (-1,0%), Espírito Santo (-0,9%) e Goiás (-0,9%). Na média global, a indústria nacional avançou 1,2% em novembro ante outubro.
A produção industrial já superou o patamar de fevereiro, no pré-pandemia, em 8 dos 15 locais pesquisados. Em novembro, a produção industrial nacional operava 2,6% acima do pré-pandemia. Em São Paulo, o maior parque fabril do País, a produção rodava 6,0% além do nível de fevereiro.
Os demais locais com ganhos em relação a fevereiro foram Amazonas (com produção 14,9% superior ao pré-pandemia), Santa Catarina (9,5%), Ceará (7,5%), Minas Gerais (6,2%). Paraná (5,9%), Rio Grande do Sul (5,2%) e Pernambuco (1,8%).
Os sete locais ainda com perdas em novembro ante o patamar de fevereiro foram Nordeste (-0,4%), Goiás (-1,8%), Bahia (-2,6%), Pará (-4,5%), Rio de Janeiro (-4,9%), Mato Grosso (-10,3%) e Espírito Santo (-11,8%).
Em outubro, havia nove locais acima do patamar pré-pandemia. Em novembro, o Pará deixou o grupo que contabilizava ganhos desde fevereiro, após três meses seguidos de perdas na produção industrial regional, apontou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 14/01/2021
COM NOVA LEI, RJ DIZ QUE PEDIRÁ ADESÃO A NOVO REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL
Publicado em 01/14/2021 as
07:16 PM
Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 101/2020, de socorro fiscal a Estados e municípios, o Estado do Rio anunciou nesta quinta-feira, 14, que encaminhará ao Tesouro Nacional o pedido de adesão ao novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O texto sancionado na quarta-feira, 13, reformula o RRF, criado em 2017 para socorrer Estados em dificuldades financeiras. Também concede acesso a crédito aos governos locais com dívida baixa, mas severos problemas de caixa, e renegocia condições de débitos já acumulados por esses entes.
Até hoje, o Rio foi o único a aderir ao RRF, e o pedido de adesão ao programa reformulado já era esperado. O primeiro Plano de Recuperação Fiscal do Rio foi firmado com a União em setembro de 2017.
Desde que chegou perto de completar três anos, em setembro último, o plano tem sido objeto de atritos entre o governo fluminense e o governo federal. Para o governo fluminense, as regras atuais do RRF permitiriam planos de seis anos de duração, sem necessidade de renovação. Para o governo federal, as regras preveem planos de três anos, renováveis por mais três, desde que o Estado socorrido cumpra todas as contrapartidas exigidas.
Com seu entendimento, o Tesouro Nacional enviou um ofício ao governo do Rio, em 21 de dezembro, cobrando dívidas vencidas desde setembro. O governo fluminense recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), conseguindo uma decisão liminar favorável do presidente da corte, Luiz Fux, na véspera de Natal. Com a liminar, Fux manteve o Rio no RRF.
A aprovação do novo modelo de socorro aos Estados seria a solução para o impasse. O anúncio de que o Rio pedirá adesão ao novo RRF era esperado porque, em meio à disputa com o governo federal, a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio informou, mais de uma vez, que a extinção do Plano de Recuperação tornaria a gestão pública inviável, com atrasos no pagamento dos salários dos servidores e paralisação de serviços públicos.
Em nota, o governo fluminense ressaltou que “a adesão ao novo RRF não é imediata”. Será preciso esperar pela regulamentação da nova lei por meio de decreto, a cargo do Ministério da Economia. Em seguida, os Estados precisam encaminhar o pedido de adesão ao Tesouro Nacional.
“A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro está preparada para encaminhar o pedido de adesão imediatamente, após a regulamentação da lei”, diz a nota.
O texto ressalta ainda que a nova lei “prevê que o novo Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal seja construído em até um ano”.
O novo plano está sendo elaborado pela equipe da Fazenda do Rio, “com a participação do Conselho de Especialistas do RRF, formado pelos economistas Raul Velloso, Fernando Rezende, Mauro Osório e Luiz Roberto Cunha”. “Criado em novembro do ano passado, o grupo vai apresentar propostas nas áreas de Previdência, Reestruturação Tributária e Desenvolvimento Econômico do estado”, diz a nota.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 14/01/2021
VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DE 2020 É O MAIOR DOS ÚLTIMOS 32 ANOS
Publicado em 01/14/2021 as
07:16 PM
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou 2020 em US$ 871,3 bilhões, alta de 17% ante 2019 e o maior dos últimos 32 anos, segundo o Ministério da Agricultura. Para 2021, as primeiras estimativas indicam crescimento de 10,1% do VBP.
No ano passado, as lavouras tiveram faturamento de R$ 580,5 bilhões, alta de 22,2%, e a pecuária, de R$ 290,8 bilhões, incremento de 7,9%.
Em nota, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura disse que os produtos que mais contribuíram para o resultado foram milho, com crescimento real de 26,2%; soja, com 42,8%; carne bovina, com 15,6%; e carne suína, 23,7%. “O faturamento da soja, milho e carne bovina foi de R$ 243,7 bilhões, R$ 99,5 bilhões e R$ 126,3 bilhões, respectivamente.”
Para a estimativa de crescimento de 10% em 2021 o Ministério cita os esperados desempenhos de alta do arroz (17,3%), batata inglesa (22,1%), cacau (14,7%), mandioca (10,9%), milho (17,7%) e soja (24,4%). “Há ainda boas expectativas para a pecuária, em especial para bovinos, suínos, frangos e leite.”
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 14/01/2021
PARA FED, ECONOMIA DOS EUA PODE VOLTAR A NÍVEL PRÉ-PANDEMIA ANTES DO PREVISTO
Publicado em 01/14/2021 as
07:16 PM
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que a economia dos Estados Unidos pode voltar para os níveis de fevereiro de 2020, antes da pandemia e covid-19, “muito antes” do que o previsto inicialmente. Durante um evento virtual organizado pela Universidade de Princeton, o dirigente ressaltou que a política fiscal tem sido “fundamental” na crise.
De acordo com Powell, a dívida pública americana está crescendo em ritmo mais rápido do que a economia atualmente, o que ele considera “insustentável”. Porém, o dirigente afirmou que o nível total da dívida é “sustentável”.
Powell negou que a dívida pública americana afete a política monetária e disse que o país está “muito longe” de um cenário de dominância fiscal.
Compra de ativos
O presidente do Federal Reserve afirmou ainda que a instituição comunicará ao mercado “quando for apropriado” discutir uma redução nas compras de ativos do seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). O dirigente disse que isso só deve ocorrer quando houver “evidências claras” de que os objetivos do QE já foram cumpridos.
“Estou otimista sobre a economia dos EUA nos próximos anos”, afirmou Powell, ao mencionar o início da vacinação contra a covid-19 no mundo.
O dirigente também declarou que o Fed “leva muito a sério” o estudo das moedas digitais e que a instituição ainda está “nos estágios inicias” de compreensão dos riscos financeiros que as mudanças climáticas podem representar.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 14/01/2021
ALTA DAS EXPORTAÇÕES DA CHINA SUPERA EXPECTATIVAS EM DEZEMBRO COM DEMANDA GLOBAL
Publicado em 01/14/2021 as
07:15 PM
Embora as exportações chinesas devam se beneficiar de uma sólida demanda global no início deste ano, alguns analistas dizem que o iuan mais forte e o aumento dos custos das matérias-primas pode enfraquecer (Imagem: Pixabay)
As exportações chinesas cresceram mais do que o esperado em dezembro, mostraram dados da alfândega nesta quinta-feira, uma vez que os distúrbios pelo coronavírus em todo o mundo alimentaram a demanda por produtos chineses mesmo que o iuan mais forte tenha tornado os embarques mais caros.
Uma robusta recuperação doméstica também ajudou no apetite chinês por produtos estrangeiros em dezembro, com o crescimento das importações acelerando sobre o mês anterior e superando as expectativas em pesquisa da Reuters.
Embora as exportações chinesas devam se beneficiar de uma sólida demanda global no início deste ano, alguns analistas dizem que o iuan mais forte e o aumento dos custos das matérias-primas pode enfraquecer o ímpeto nos próximos meses.
As exportações aumentaram 18,1% em dezembro na comparação com o ano anterior, desacelerando ante o salto de 21,1% em novembro mas superando as expectativas de alta de 15%.
As importações cresceram 6,5% no mês passado na comparação anual, contra expectativa de 5% e ante ritmo em novembro de 4,5%.
“As exportações da China cresceram em 2020, tomando a fatia de mercado de outras economias orientadas para exportação. Embora outras economias exportadoras devem ver um 2021 mais forte, a recuperação global ainda deve sustentar o crescimento das exportações da China”, disse Iris Pang, economista-chefe do ING.
O porta-voz da alfândega Li Kuiwen concordou, afirmando que a demanda doméstica também irá sustentar o comércio exterior, mas alertou que a pandemia também trará alguns desafios em 2021.
A China registrou superávit comercial de 78,17 bilhões de dólares em dezembro, leitura mais alta nos registros da Refinitiv que datam de 2007.
Analistas consultados na pesquisa esperavam superávit de 72,35 bilhões de dólares, ante 75,4 bilhões em novembro.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 14/01/2021
HÁ ESPAÇO PARA CRESCER NAS HIDROVIAS INTERNAS DO BRASIL
Publicado em 01/14/2021 as
07:15 PM
As hidrovias brasileiras têm enorme potencial para transporte comercial, mas ainda são subutilizadas e ineficientes nas 12 bacias hidrográficas do país, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Dos 63.000 quilômetros (km) que poderiam ser potencialmente usados ??para navegação interior, apenas 19.500 km (30,9%) da rede existente é atualmente usada comercialmente para transporte de carga e passageiros, deixando mais de dois terços sem uso.
Porém, apesar das oportunidades perdidas, os rios brasileiros têm registrado aumento do volume transportado nos últimos anos, o que mostra seu enorme potencial para contribuir com o desenvolvimento da economia do país. Apenas 5% do transporte de cargas no país é feito por vias navegáveis ??interiores. O Brasil tem atualmente 2,3 km de hidrovias utilizáveis ??por 1.000 km quadrados, mas o número poderia chegar a 7,4 km por 1.000 km quadrados se todas as hidrovias navegáveis ??fossem utilizadas, segundo estudo recente publicado pela CNT.
“Grande parte dos rios utilizados para transporte fica na região Norte do Brasil. Nessas áreas, o transporte de passageiros é, na maioria dos casos, feito por meio de rios, mas mesmo assim o transporte aquaviário está longe de atingir seu potencial máximo ”, disse Vander Fancisco Costa, presidente da CNT.
A CNT atribuiu o baixo uso de hidrovias a fatores como infraestrutura deficiente, burocracia e baixos investimentos federais e privados. De acordo com o estudo, de 2011 a 2018, apenas 10% dos investimentos federais no setor de transporte comercial foram direcionados à navegação interior. Investir em hidrovias tiraria alguns encargos do transporte rodoviário, e aumentar o uso da navegação interior também ajudaria a reduzir os custos de transporte, com a vantagem de reduzir as emissões de carbono, acrescentou o CNT.
Desafios das hidrovias brasileiras
Costa disse que há uma necessidade urgente de expandir a integração entre as bacias hidrográficas e outros sistemas de transporte e também expandir de forma eficiente a conexão das hidrovias interiores com os principais portos marítimos comerciais. Outro obstáculo é melhorar a infraestrutura de terminais terrestres, sistemas de navegação, bóias, além do patrulhamento policial e aduaneiro das bacias hidrográficas.
“As eclusas de navegação necessárias para a passagem de navios e barcaças em barragens altas, como Itaipu e Tucuruí, são outra necessidade importante e é necessário um plano diretor que combine hidrelétricas e navegação fluvial. A dragagem de grande manutenção é necessária em todas as bacias, mas é especialmente urgente no Sul do Brasil. Outro problema diz respeito aos processos de licenciamento ambiental, que podem ocasionar processos demorados e demorados para a concessão das permissões, causando atrasos nos projetos de transporte hidroviário ”, disse Costa.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 14/01/2021
CARGILL ESTÁ EM NEGOCIAÇÕES PARA DEIXAR JOINT-VENTURE ALVEAN, DIZ COPERSUCAR
Publicado em 01/14/2021 as
07:15 PM

A Cargill negocia a venda de sua fatia de 50% na joint-venture para a Copersucar (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)
A trading global de commodities Cargill está em negociações com a Copersucar para deixar a Alvean, joint-venture de comercialização de açúcar formada pelas empresas, disse a companhia brasileira em comunicado nesta quarta-feira.
A Cargill negocia a venda de sua fatia de 50% na joint-venture para a Copersucar, que se tornaria a única proprietária do negócio.
A Alvean é a maior trading de açúcar do mundo.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 14/01/2021
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NO PORTO DE VITÓRIA DEVE DOBRAR COM DESESTATIZAÇÃO
Publicado em 01/14/2021 as
07:15 PM

Projeto do governo federal prevê, além da venda do controle da Codesa, a concessão das atividades portuárias por 35 anos com investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão
Um estudo divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq) aponta que a concessão dos portos sob gestão da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa) fará com que a movimentação de cargas no Porto de Vitória praticamente dobre ao longo dos 35 anos de contrato.
Em 2019, o Porto de Vitória movimentou um total de 6,9 milhões de toneladas, entre importações e exportações de mercadorias (ainda não há dados de 2020). A projeção da Antaq é de que esse fluxo cresça até alcançar 13,8 milhões de toneladas de cargas em 2056, último ano de contrato. Isso corresponde a um aumento de 98% no período de concessão.
13,8 MILHÕES DE TONELADAS É A PREVISÃO DE MOVIMENTAÇÃO NO PORTO DE VITÓRIA EM 2056
A consulta pública para a concessão dos portos de Vitória e Barra do Riacho (Aracruz), no Espírito Santo, foi aberta pelo governo federal no dia 28 de dezembro. Além de vender a Codesa, a União pretende também conceder a operação dos portos.
O modelo de concessão, desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê investimentos obrigatórios superiores a R$ 1,6 bilhão ao longo dos 35 anos de vigência.
Desse total, R$ 772 milhões estão destinados à dragagem de manutenção no Porto de Vitória e do terminal de Barra do Riacho. Os outros R$ 290 milhões irão para melhorias nos acessos terrestres aos portos.
Atualmente, o Porto de Vitória possui 14 berços de atracação e opera mais de 30 tipos de cargas, como fertilizantes, ferro gusa, combustíveis, malte e trigo, automóveis, rochas ornamentais, entre outros. Há ainda o serviço às embarcações offshore além de pátios para montagem e armazenamento de peças e equipamentos.
De acordo com os dados do relatório de administração da Codesa, em 2019, último dado disponível, a receita bruta do Porto de Vitória foi de R$ 154,63 milhões. Já a receita líquida ficou em R$ 137,63 milhões. Naquele ano, foram movimentadas mais de 6,9 milhões de toneladas em cargas.
Com o aumento da atividade no porto, as receitas também devem aumentar consideravelmente. Porém, ainda não há estimativas a esse respeito. Os estudos divulgados pela Antaq para a concessão não apresentam projeções de quanto a arrecadação crescerá durante a vigência do contrato.
TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO
Segundo o Estudo de Mercado, considerando o cenário tendencial, a taxa média projetada de crescimento de movimentação de cargas é de 2% ao ano (a.a.). No curto prazo, o porto apresentará ainda uma taxa de crescimento mais acelerada, chegando a 6% a.a., devido à introdução de novos produtos, como a escória.
“Contudo, após 2025, a média da taxa de crescimento reduzirá para 1% a.a. Ao final do período (2060), a demanda projetada é de 18,9milhões de toneladas no cenário otimista e de 14,9 milhões de toneladas no cenário pessimista”, aponta o estudo.
O estudo mostra ainda que, em 2020, a participação de granéis sólidos minerais na projeção de demanda será de 42%. Até 2060, ela reduzirá, gradualmente, para 38%. Já as cargas transportadas em contêineres aumentarão sua participação de 33% para 36% e os demais tipos de carga não deverão apresentar mudanças significativas em suas participações relativas.
Fonte: A Gazeta On-line (ES)
Data : 14/01/2021
ASSOCIAÇÃO DIZ QUE GREVE DOS CAMINHONEIROS NO DIA 1º PODE SER MAIOR QUE EM 2018
Publicado em 01/14/2021 as
07:14 PM
A greve dos caminhoneiros, prevista para o próximo dia 1º de fevereiro, vem crescendo em adesões e, de acordo com o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, poderá ser maior do que a realizada em 2018, devido ao grau crescente de insatisfação da categoria, principalmente em relação ao preço do diesel e às promessas não cumpridas após a histórica greve no governo Temer.
Integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), que na semana passada já alertou para a possibilidade de uma paralisação nacional, a ANTB representa cerca de 4,5 mil caminhoneiros, e não vê problema de realizar uma greve em plena pandemia.
“A pandemia nunca foi problema. A categoria trabalhou para cima e para baixo durante a pandemia. Muitos caminhoneiros ficaram com fome na estrada com os restaurantes fechados, mas nunca parou”, afirma Stringasci.
Segundo ele, a alta do preço do diesel é o principal motivador da greve, mas conquistas obtidas na paralisação de 2018, que chegou a prejudicar o abastecimento em várias cidades, também estão na lista de dez itens que estão sendo reivindicados ao governo para evitar a greve.
“Esse (diesel) é o principal ponto, porque o sócio majoritário do transporte nacional rodoviário é o combustível (50% a 60% do valor da viagem) Queremos uma mudança na política de preço dos combustíveis”, informa.
Ainda monopólio da Petrobras, a produção de combustíveis no Brasil passou por mudanças em 2016, quando foi instituído o PPI (Preço e Paridade de Importação), praticado até hoje. Na época, os reajustes eram praticamente diários, seguindo a flutuação do mercado internacional, mas agora obedecem apenas a lógica da paridade, sem prazo determinado.
“A Petrobras não foi criada para gerar riqueza para meia dúzia, a Petrobras é nossa e tem que ajudar o povo brasileiro e o Brasil”, afirma Stringasci. “Queremos preços nacionais para os combustíveis, com reajuste a cada seis meses ou um ano. Essa é uma das maiores lutas nossas desde 2018, e até antes, e até hoje”, destaca.
Outras reivindicações são o preço mínimo de frete, parado no Supremo Tribunal Federal (STF), após um recurso do agronegócio, e a implantação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), duas conquistas de 2018.
Para resolver a questão e evitar uma greve, os caminhoneiros querem uma reunião com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que recebeu o apoio da categoria nas eleições de 2018.
“A categoria apoiou ele em 100% praticamente nas eleições. Então agora exige a presença dele na reunião”, explica.
Stringasci diz que a greve já tem 70% de apoio da categoria e de parte da população, diante de preços em alta não apenas no diesel, mas em outros combustíveis, alimentos e outros itens que elevaram a inflação em 2020.
“Eu creio que a greve pode ser igual a 2018. A população está aderindo bem, os pequenos produtores da agricultura familiar também. Se não for igual, eu creio que vai ser bem mais forte do que 2018”, alerta.
Fonte: CNN Brasil
Data : 14/01/2021
HÁ ESPAÇO PARA CRESCER NAS HIDROVIAS INTERNAS DO BRASIL
Publicado em 01/14/2021 as
07:14 PM
As hidrovias brasileiras têm enorme potencial para transporte comercial, mas ainda são subutilizadas e ineficientes nas 12 bacias hidrográficas do país, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Dos 63.000 quilômetros (km) que poderiam ser potencialmente usados ??para navegação interior, apenas 19.500 km (30,9%) da rede existente é atualmente usada comercialmente para transporte de carga e passageiros, deixando mais de dois terços sem uso.
Porém, apesar das oportunidades perdidas, os rios brasileiros têm registrado aumento do volume transportado nos últimos anos, o que mostra seu enorme potencial para contribuir com o desenvolvimento da economia do país. Apenas 5% do transporte de cargas no país é feito por vias navegáveis ??interiores. O Brasil tem atualmente 2,3 km de hidrovias utilizáveis ??por 1.000 km quadrados, mas o número poderia chegar a 7,4 km por 1.000 km quadrados se todas as hidrovias navegáveis ??fossem utilizadas, segundo estudo recente publicado pela CNT.
“Grande parte dos rios utilizados para transporte fica na região Norte do Brasil. Nessas áreas, o transporte de passageiros é, na maioria dos casos, feito por meio de rios, mas mesmo assim o transporte aquaviário está longe de atingir seu potencial máximo ”, disse Vander Fancisco Costa, presidente da CNT.
A CNT atribuiu o baixo uso de hidrovias a fatores como infraestrutura deficiente, burocracia e baixos investimentos federais e privados. De acordo com o estudo, de 2011 a 2018, apenas 10% dos investimentos federais no setor de transporte comercial foram direcionados à navegação interior. Investir em hidrovias tiraria alguns encargos do transporte rodoviário, e aumentar o uso da navegação interior também ajudaria a reduzir os custos de transporte, com a vantagem de reduzir as emissões de carbono, acrescentou o CNT.
Desafios das hidrovias brasileiras
Costa disse que há uma necessidade urgente de expandir a integração entre as bacias hidrográficas e outros sistemas de transporte e também expandir de forma eficiente a conexão das hidrovias interiores com os principais portos marítimos comerciais. Outro obstáculo é melhorar a infraestrutura de terminais terrestres, sistemas de navegação, bóias, além do patrulhamento policial e aduaneiro das bacias hidrográficas.
“As eclusas de navegação necessárias para a passagem de navios e barcaças em barragens altas, como Itaipu e Tucuruí, são outra necessidade importante e é necessário um plano diretor que combine hidrelétricas e navegação fluvial. A dragagem de grande manutenção é necessária em todas as bacias, mas é especialmente urgente no Sul do Brasil. Outro problema diz respeito aos processos de licenciamento ambiental, que podem ocasionar processos demorados e demorados para a concessão das permissões, causando atrasos nos projetos de transporte hidroviário ”, disse Costa.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 14/01/2021
FIESC DEFENDE VIABILIDADE DE FERROVIAS EM SANTA CATARINA AO MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA
Publicado em 01/14/2021 as
07:14 PM
Em reunião com o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e sua equipe técnica, o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, mostrou a viabilidade dos projetos ferroviários demandados por Santa Catarina e entregou a Agenda Estratégica para a Infraestrutura de Transporte e a Logística 2021, documento que contempla as propostas da entidade para a área. O encontro foi realizado na quarta-feira, dia 13, no Ministério, em Brasília, e contou com a participação do diretor Cesar Olsen, e do gerente de logística da Federação, Egídio Martorano.
“O Ministério se comprometeu a reavaliar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEAs) das ferrovias com a visão de valorizar as cargas com valor agregado. Mostramos para o secretário e sua equipe a necessidade de ferrovias para o estado e eles aceitaram bem a nossa visão”, afirmou Aguiar. Também ficou definido que o órgão vai estudar a possibilidade de execução de novas obras no trecho norte da BR-101, como contornos e rodovias paralelas, por exemplo.
“A visão de que é inviável ter ferrovia em Santa Catarina é equivocada. Há um enorme potencial de transporte de cargas de alto valor agregado. Voltamos a insistir nesta posição na reunião desta quarta-feira, a exemplo do que fizemos quando estivemos no Ministério em novembro e em dezembro”, ressalta Aguiar. Ele destaca que a FIESC fez um levantamento e todos os portos mais significativos do mundo e do Brasil têm conexão ferroviária. “Em Santa Catarina temos cinco portos e ocupamos uma posição de destaque. Sediamos o segundo e o quarto porto mais movimentado do país, mas faltam ferrovias integradas à malha nacional”, completou.
No documento entregue ao secretário-executivo, a FIESC defende uma série de medidas. Entre elas: realizar a atualização dos dados para os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Sócio-ambiental (EVTEAs) dos projetos ferroviários Corredor Leste–Oeste (SC) e Litorânea (SC), de forma integrada, considerando as cargas de valor agregado, a intermodalidade e incorporando a carga industrial, conforme a nova versão do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), previsto para março.
Considerando os resultados positivos na viabilidade socioeconômica do Corredor Leste-Oeste (SC), de Chapecó até Navegantes, a FIESC defende incorporar ao projeto da ferrovia Litorânea uma extensão do seu traçado que permita inserir o acesso ferroviário também para o porto de Itapoá. O empreendimento registra grande movimentação e se encontra em plena expansão, já contribuindo substancialmente para a movimentação de carga de contêineres do Brasil.
Na atualização proposta para a Ferrovia Litorânea (SC), deve ser avaliada uma alternativa viável para a zona metropolitana de Florianópolis, em face à construção em andamento do Contorno Viário, que gera conflito com o projeto anterior. Neste aspecto, é essencial a participação dos municípios do entorno, além de medidas visando garantir a integridade do futuro traçado.
No documento entregue ao Ministério, a FIESC defende ainda uma solução de consenso para a questão do componente indígena, no Morro dos Cavalos, permitindo a construção de túnel ferroviário. Esta medida poderá, inclusive, possibilitar o término da duplicação da rodovia BR-101. Cabe ressaltar que as desembocaduras Norte e Sul do túnel proposto estão localizadas fora da área indígena, em processo de reivindicação.
Ainda no ofício, a Federação destaca o futuro da BR-101, um eixo estratégico para o país e o Mercosul, cujos níveis de serviços já estão comprometidos, em função da pujante atividade econômica do seu entorno, do crescimento urbano exponencial, da expansão da atividade logística, portuária, do turismo e serviços em geral. A situação exige medidas para ampliação de capacidade propostas pelo Grupo Paritário de Trabalho da ANTT, visando a melhoria da segurança e fluidez da rodovia, no curto prazo. Entretanto, para a integridade no médio e longo prazos, é necessário considerar um corredor multimodal. Nesse aspecto, o projeto da Ferrovia Litorânea poderá garantir no futuro a segurança, integridade e fluidez do corredor, garantindo a competividade das atividades econômicas do entorno e contribuindo para geração de emprego e renda.
No encontro, Aguiar também chamou a atenção para as demandas que constam na Agenda de Infraestrutura da FIESC e destacou como prioridades para 2021 um conjunto de obras já em andamento (veja abaixo). Na publicação estão contempladas as necessidades para todos os modais de transporte, considerando as matrizes: planejamento, investimentos, política e gestão logística empresarial. Também compõe a agenda documentos específicos e relacionados com temas estratégicos: agenda portos, propostas dos grupos técnicos da FIESC: BR-101 do Futuro e Rodovias Oeste SC do Futuro, dentre outros.
Prioridades para 2021 em obras federais já em andamento:
BR-282: Adequação de capacidade entre Chapecó e São Miguel d’Oeste – Valor Estimado Anual: R$ 36 milhões
BR-163: Ampliação de capacidade entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira – Valor Estimado Anual: R$ 52,5 milhões
BR-280: Lotes 1; 2.1; e 2.2 – Valor Estimado Anual: R$ 200,4 milhões (3 lotes)
BR-470: Lotes 1; 2; 3; e 4 – Valor Estimado Anual: R$ 149,7 milhões (4 lotes)
BR-285: Implantação – Valor Estimado Anual: R$ 35 milhões
CREMA: Investimentos no Programa de Conservação, Restauração e Manutenção das Rodovias: BRs: 470, 280, 282, 153, 158, 163, 480 e 101, com valor estimado anual de R$ 400 milhões.
A entidade também defende priorizar o acesso aquaviário aos portos com a dragagem de aprofundamento do canal externo no acesso da Baía da Babitonga, com valor de investimento estimado na ordem de R$ 280 milhões, bem como a 2ª etapa da bacia de evolução do complexo Portuário de Itajaí, conforme manifesto enviado ao Ministério em setembro de 2020, com investimentos previstos na ordem de R$ 250 milhões.
A FIESC ainda reforçou a importância de considerar a realização de uma PMI para a concessão integrada das BRs 163, 282 e 470 – O Eixo Rodoviário Estratégico de Santa Catarina –, incorporando uma das rodovias estaduais: SC-110 ou SC-108.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 14/01/2021
PORTO DE SANTOS RECEBE NESTA QUARTA-FEIRA PROPOSTAS FINAIS PARA CONTRATOS TRANSITÓRIOS
Publicado em 01/14/2021 as
07:14 PM
A Santos Port Authority (SPA) recebe, nesta quarta-feira (13), das 10h às 16h (por e-mail) as propostas finais para firmar contratos transitórios em áreas com contratos vencidos recentemente – duas na região do Saboó e uma no Paquetá, margem direita do Porto de Santos. Os contratos terão prazo de 180 dias ou até que sejam realizadas as licitações para arrendamento de longo prazo, o que ocorrer primeiro.
Poderão apresentar uma única proposta cada as empresas que já estão participando do processo seletivo simplificado, aberto pela SPA no fim de 2020. São quatro interessadas na área 1, duas na área 2 e cinco na área 3. A lista das ofertas apresentadas foi publicada no site do Porto de Santos na segunda-feira (11) em http://www.portodesantos.com.br/informacao/licitacoes-e-contratos/processo-seletivo-simplificado-contratos-de-transicao/.
Conforme o regulamento, será declarado vencedor aquele que fizer oferta com o maior valor resultante da soma dos valores fixos (por metro quadrado) e variáveis (por movimentação). Não há restrição de tipologia de carga a ser movimentada.
Com a celebração de contratos transitórios, a SPA mantém em atividade áreas nobres, dando, assim, uso operacional ao ativo público, o que atende às necessidades de cadeias produtivas, reduz ociosidade global do complexo portuário e traz recursos financeiros que são reinvestidos no Porto, além de promover a geração de empregos e atividade econômica para a região.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 14/01/2021
FERROGRÃO DE TARCÍSIO ABRE O ANO SOB FOGO PESADO NO MATO GROSSO
Publicado em 01/14/2021 as
07:13 PM
Em setembro de 2020, o Radar mostrou que a lua de mel entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e a Rumo, concessionária de ferrovias, caminhava para uma transformação radical.
Com a decisão de Freitas de colocar para andar o projeto da Ferrogrão, linha que abriria os portos do Norte para a safra do Mato Grosso, a concessionária que opera na rota dos portos do Sudoeste precisaria buscar aliados contra os planos do ministro.
Oficialmente, tanto Freitas quanto a Rumo não travam uma guerra pública sobre o tema. A guerra entre o grupo do ministro, que defende a Ferrogrão, e os emissários da concessionária, que são contra, se dá de forma velada, pela imprensa local e a partir de manifestações de políticos do Mato Grosso.
O governo acompanha a evolução do noticiário, no MT, hostil ao projeto da Ferrogrão e atribui os ataques a Freitas ao lobby da concessionária. No fim do ano passado, o senador Jayme Campos (DEM) foi para a tribuna da Casa e bateu forte no ministro da Infraestrutura falando contra a Ferrogrão e a favor da Ferronorte, linha operada pela Rumo.
Campos cobrou “humildade” do ministro e exigiu que ele tivesse “respeito com o Mato Grosso” ao lidar com a discussão das ferrovias. O senador deixou claro seu descontentamento pelo fato de Freitas priorizar a construção da Ferrogrão enquanto a Ferronorte, da Rumo, já construída, necessitaria apenas de uma ampliação para atender aos interesses do estado.
“Como o governo estabelece como prioridade essa questão da ferrovia? Eu acho que o ministro Tarcísio, com todo respeito, tem que ter mais humildade e mais respeito com aqueles que de fato produzem, como é o caso de Mato Grosso. Até agora o ministério não teve nenhuma boa vontade”, disse Campos.
O discurso de Campos deflagrou uma série de manifestações críticas, no Mato Grosso, ao projeto da Ferrogrão de Freitas, que avançaram nos primeiros dias de 2021. Para aliados do ministro, a guerra foi aberta e Freitas está pronto para a luta.
Fonte: Portal Veja On-line – Blog Radar
Data : 14/01/2021
TERMINAL DE ALCÂNTARA AVISTA EXPORTAÇÃO DE FERRO PARA A CHINA
Publicado em 01/14/2021 as
07:13 PM
Editorial Portogente
Comércio de produtos e serviços ao redor do mundo, transcendendo as fronteiras nacional e política, é um fenômeno fascinante

Alcântara AB
A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil, entre tantas versões, tem uma verdade. O Brasil precisa gerar riqueza e trabalho. Há muito, Portogente vem destacando a reforma dos caóticos portos brasileiros como um sinal de boas novas. Da mesma forma, tem destacado e abordado o Arco Norte, como um novo e pujante ciclo econômico em curso na histórica e mundialmente debatida região amazônica.
Oportuno refletir a entrevista do diretor executivo do projeto exitoso da operadora portuária brasileira Grão Pará Multimodal, Paulo Salvador, ao jornal chinês, South China Morning Post. Ele sabe que” a China, faminta por aço, tem interesses em minas no exterior com bilhões de toneladas de reservas de minério de ferro” e que “há muito minério de ferro inexplorado no Brasil, mas uma mistura de burocracia e capital limitado tem atrapalhado os esforços para iniciar a produção há anos”. Entretanto, há horizonte pra conquistar.

Gráfico Dad 14JAN2021
O despreparo que se assiste no enfrentamento de uma pandemia, que se transforma na pior batalha da história do País, é a mesma burocracia que atrapalha o seu desenvolvimento. Entretanto, em vez de tentativas de insurreições oportunistas, o remédio é a participação coletiva e patriótica na reforma que há muito se faz necessária no processo de tomada de decisão. Na qual, todos os poderes constituídos, funcionando harmonicamente, façam prevalecer com rigor a Constituição de uma República Federativa.
O Brasil é o segundo produtor mundial, depois da China, de minério de ferro. No final de 2020, chegou como uma oportunidade de investimento excelente o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) chinês anunciar um plano de reforma de cinco anos que inclui investimentos em minas de minério de ferro no exterior e aumento da siderurgia baseada em sucata. O Arco Norte tem logística para atender com produtividade esse desafio.
Disputar espaços no mercado global de minério de ferro é lição de casa para a logística do Arco Norte, de portos com profundidades competitivas. Otimista, Paulo Salvador, da Grão Pará, que administra o Terminal Portuário de Alcântara - TPA, sugere que a Vale tem potencial para produzir mais 100 milhões de toneladas de minério de ferro, com desempenho e plano de expansão. Assim, gerar desenvolvimento e trabalho.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 14/01/2021
O IMPACTO NA ECONOMIA APÓS O FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL
Publicado em 01/14/2021 as
07:13 PM
Assessoria de Comunicação
Economista Alessandro Azzoni comenta quais são as medidas que o governo pode tomar para recuperar a economia
A continuação da pandemia e de seus efeitos negativos na economia do país, somada ao fim do auxílio emergencial oferecido pelo governo brasileiro, certificam uma dura realidade: milhões de brasileiros começaram o ano sem ter como pagar suas contas. Essa ajuda, que se mostrou primordial para enorme parcela da população, chegou ao fim sem nenhum anúncio de um novo programa social para substituir a renda extra. Pesquisa recente publicada pelo Datafolha apontou que, entre as famílias que receberam o benefício, 36% não têm outra fonte de renda.
O advogado e economista Alessandro Azzoni confirma a previsão de um cenário preocupante para esse início de 2021. "Com o fim do auxílio emergencial, teremos uma queda acentuada no poder de compra das famílias, o que irá provocar uma natural retração da demanda. Essa ajuda deveria continuar, pois as famílias poderiam equilibrar a renda e sobreviver, pois não têm de onde tirar recursos. E se você partir para um novo isolamento social horizontal, como foi feito em algumas cidades, isso neutraliza alguns setores empresariais e causa um impacto na economia", afirma Azzoni.
Embora defenda a manutenção do auxílio, o economista reconhece que o governo atingiu o teto de gastos e precisa arrumar recursos para oferecer novos incentivos. "As saídas são: ampliar o teto dos gastos públicos, aumentar a arrecadação ou reduzir gastos do governo".
Alessandro Azzoni aponta algumas saídas. " O governo tem que fazer a sua lição de casa, continuar com as reformas propostas e o pacote de privatizações, que ainda não avançou. As privatizações reduzem os gastos da máquina e geram capital para o caixa do governo, em um fluxo positivo. Isso seria um dos passos que ainda não avançou", comenta Azzoni.
O segundo passo, vital segundo o especialista, passaria pelas reformas administrativa e tributária. "A reforma administrativa é uma das mais importantes na minha opinião, pelo alto custo da folha de pagamento. Se você somar os gastos com previdência e funcionalismo público, temos quase 90% do orçamento comprometido. Isso provoca endividamento para tocar as obras de infraestrutura. E a reforma tributária tem que ser mais favorável ao setor produtivo, deveria trazer redução da carga, mas nenhuma das propostas apresentadas falam em reduzir, pelo contrário, falam em aumento, além da criação de um imposto sobre transações eletrônicas", critica Azzoni.
A alta carga tributária do país é apontada como um obstáculo ao crescimento pelo economista. "Se você reduz os tributos, você consegue aumentar a arrecadação e isso pode ser feito. Precisamos reduzir esses impactos tributários. A tabela do Imposto de Renda, por exemplo, está defasada desde o governo Lula. Com isso, várias faixas salariais que estariam isentas hoje ainda pagam tributos", finaliza.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 14/01/2021
REGIS PRUNZEL É REELEITO PRESIDENTE DO SOPESP PARA O TRIÊNIO 2021-2023
Publicado em 01/14/2021 as
07:12 PM
A escolha pela nova diretoria, que assume imediatamente o comando do sindicato, se deu através de uma assembleia virtual
Da redação

Prunzel foi eleito por unanimidade na manhã desta quinta-feira (14) (Divulgação/Sopesp)
Regis Gilberto Prunzel, representante do Terminal Exportador do Guarujá Ltda (TEG), foi reeleito presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), na manhã desta quinta-feira (14), por unanimidade, durante a primeira reunião ordinária e virtual da entidade neste ano. A posse é imediata e mandato válido pelo triênio 2021-2023.
Após a decisão do Conselho Diretor do Sopesp, formado por membros de oito terminais que atuam nos embarques e desembarques de cargas no Porto de Santos, Prunzel agradeceu a confiança dos associados e colegas conselheiros, pela recondução ao cargo de presidente.
“Juntos, vamos continuar tratando os temas estratégicos que envolvem nossas atividades portuárias”, observou. De férias, ele voltará às atividades no final deste mês.
A assembleia ainda definiu os demais membros da nova diretoria. O primeiro vice-presidente será Leonardo Felix Ribeiro, representante da ADM do Brasil Ltda, enquanto o cargo de segundo vice-presidente ficará com Roberto Teller, da Santos Brasil Participações S.A.
Para o Conselho Diretor foram escolhidos os seguintes membros: Joel Contente da Silva Júnior, da Brasil Terminal Portuário S.A; Robson Luiz Bissani, da Ecoporto Santos S.A; Joaquim Carlos Sepúlveda, da Elevações Portuárias S.A; Antônio dos Santos Carvalhal, da Rodrimar S.A. – Transportes, Equipamentos Industriais e Armazéns Gerais; e Gildécio José Moreira Fiel, da Terminal Marítimo do Guarujá (Termag).
O Conselho Fiscal eleito será formado por Thiago Diniz Lima, da Bandeirantes Deicmar Logística Integrada S.A; Luiz Fernando Ragonha Junior, da Citrosuco S.A. Agroindústria; e Leandro Fernandes de Almeida, do Terminal 12A S.A.
Suplentes
Como suplentes do Conselho Fiscal estão: Sérgio Ferreira dos Santos, do Terminal XXXIX de Santos S.A; Fabiano dos Santos Messias, da Cia. Auxiliar de Armazéns Gerais (Copersucar); e Flavio da Rocha Costa, da Rishis Empreendimentos e Participações S.A.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 14/01/2021
SINDICATO DOS OPERADORES PORTUÁRIOS DO ESTADO DE SP DEFINE DIRETORIA NESTA QUINTA
Publicado em 01/14/2021 as
07:11 PM
Representantes de oito terminais que atuam nos embarques e desembarques de cargas no Porto de Santos indicarão os executivos ao conselho da entidade
Da Redação

O mandato dos novos representantes será válido pelo triênio 2021/2023 (Carlos Nogueira/ AT)
Uma assembleia definirá hoje a nova diretoria do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), incluindo o presidente. Representantes de oito terminais que atuam nos embarques e desembarques de cargas no Porto de Santos indicarão os executivos ao conselho da entidade. O mandato será válido pelo triênio 2021/2023.
Terminal Portuário (BTP), Ecoporto Santos, Elevações Portuárias, Rodrimar, Santos Brasil, Terminal Exportador de Guarujá (TEG) e Terminal Marítimo de Guarujá (Termag).
Bandeirantes Deicmar Logística Integrada, Citrosuco e Terminal 12A terão membros indicados
ao conselho fiscal. Já os suplentes serão representantes do Terminal XXXIX, da Rishis
Empreendimentos e da Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais, a Copersucar.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 14/01/2021
MRS PREVÊ MELHORIAS NO ACESSO AO PORTO DE SANTOS
Publicado em 01/14/2021 as
07:11 PM
Investimentos ferroviários entre o Planalto e o cais santista são negociados entre o Governo e a concessionária
Por Fernanda Balbino

Trem em acesso ao Porto: MRS quer estender concessão até 2056 (Arquivo)
As projeções bilionárias de investimentos ferroviários no Planalto e na área do Porto de Santos acendem o sinal de alerta para a ligação entre esses dois pontos. A questão, que inclui o aumento da capacidade ferroviária no trecho da Serra do Mar, deve ser equacionada a partir da conclusão do processo de renovação antecipada da concessão da malha da MRS Logística, que liga a região de Jundiaí, no interior do Estado, ao complexo santista.
Em maio do ano passado, o Governo Federal e a Rumo Logística (Grupo Cosan) assinaram a renovação antecipada da concessão da malha ferroviária paulista, que ficará sob a responsabilidade da empresa até 2058. No total, a concessionária fará investimentos de mais de R$ 6 bilhões em obras, trilhos, vagões e locomotivas. Com isto, a capacidade de transporte ferroviário em direção ao Porto de Santos poderá chegar às 100 milhões de toneladas anuais.
Na área do Porto, hoje, o serviço de transporte ferroviário e a sua infraestrutura também estão sob responsabilidade da Rumo. Mas a concessão terminará em 27 de junho de 2025 e não será renovada. O plano da Autoridade Portuária de Santos (APS) prevê a criação de uma sociedade de propósito específico (SPE) que ficará responsável pelos investimentos no cais santista.
De acordo com a estatal, há capacidade de atendimento de cerca de 50 milhões de toneladas por ano. E hoje, já são operadas 45 milhões de toneladas por ano – 90% da oferta. Para atender à projeção de crescimento da demanda já anunciada, a APS projeta investimento na malha interna do Porto de R$ 2 bilhões.
Diante das projeções de investimentos na malha ferroviária no planalto e no cais santista, as atenções se voltam ao trecho netre essas duas regiões, operado pela MRS. Atualmente, a renovação da concessão da malha está em análise pelo Ministério de Infraestrutura e pela Agência Nacional de Transporte Terrestre.
Posteriormente, será encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU), a quem caberá a avaliação final.
A estimativa é de que mais de R$ 7 bilhões sejam investidos pela MRS com a renovação antecipada. A empresa, que tem a concessão das ferrovias que cortam três estados até 2026, pleiteia manter operações até 2056.
Além de R$ 3,1 bilhões a serem investidos em aumento de capacidade e melhorias de desempenho – principais ganhos diretos esperados com o processo – haverá um segundo bloco de investimentos. Essas obras – para redução de conflitos urbanos, aumento da intermodalidade e redução de congestionamentos e dos acidentes - serão financiadas pela outorga prevista no processo de renovação, que, num período de dez anos, podem ser de R$ 4,4 bilhões.
Segundo a MRS, o aumento de capacidade gerado pelo plano da renovação permitirá uma alta de 25% nos fluxos de exportação que passam por todos os trilhos operados pela empresa, incluindo aqueles que atendem ao Porto de Santos e aos complexos fluminenses.
Agência reguladora
Segundo a ANTT, parte significativa dos investimentos de ampliação de capacidade entre a região da Serra e o Porto de Santos, que faz parte da malha da Rumo Malha Paulista, foi considerado no processo para prorrogação da concessão.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 14/01/2021
TERMINAL MARÍTIMO PONTA DA MADEIRA COMPLETA 35 ANOS COM NOVO PATAMAR DE EMBARQUE
Publicado em 01/13/2021 as
10:00 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 12 Janeiro 2021

De janeiro a dezembro foram mais de 191 milhões de toneladas embarcadas pelo TMPM em São São Luís
Líder em movimentação de cargas desde 2014, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) completa 35 anos de existência em janeiro, celebrando também um novo patamar no embarque de minério de ferro, manganês e pelotas. Foram 191.2 milhões de toneladas embarcadas em 2020.
O gerente-executivo de operações do TMPM, Luís Allevato, lembra que esse papel de destaque só é possível graças às milhares de pessoas que fazem o porto no dia a dia. "Hoje somos referência em desempenho, eficiência, segurança e sustentabilidade. Seja com a posição de destaque no cenário portuário nacional e mundial, com a geração de impostos ou de empregos, nos mais de 2 mil postos de trabalho mantidos, entre próprios e terceiros, esperamos seguir sendo motivo de orgulho para os maranhenses e brasileiros", disse.
Para que resultados expressivos como estes sejam possíveis, uma grande estrutura e investimentos constantes em tecnologia, segurança, capacitação de mão de obra, dentre outras, são necessários. Mas você sabe como se dá o funcionamento de um porto? Para facilitar essa compreensão trouxemos informações e curiosidades por trás do maior porto em movimentação de cargas do país
Saiba mais como funciona o TMPM:
Centro de Controle Operacional
A eficiência e a segurança das operações têm origem no Centro de Controle Operacional (CCO) de Ponta da Madeira. Através do CCO são monitoradas simultaneamente, e em tempo real, a programação dos navios, as operações de descarga, empilhamento e recuperação do minério de ferro para os carregadores de navio
Viradores de Vagões
É na área de descarga que se iniciam as operações do TMPM. Atualmente oito viradores de vagões recebem os volumes de minério de ferro e manganês transportados pela Estrada de Ferro Carajás. Cada virador possui capacidade para descarregar 8 mil toneladas por hora. Os vagões são descarregados nos viradores em um ângulo de 180°. A carga, então, passa para o sistema de correias transportadoras, que leva o minério para os pátios de estocagem.
Pátios de Minério
A área de estocagem é formada por 13 pátios de minério que totalizam uma área de 837.000 m² com capacidade para armazenar até 9 milhões de toneladas. Nos pátios são estocados minério de ferro e manganês que são transportados por meio de correias transportadoras até os carregadores de navios. Atualmente os pátios contam com 16 máquinas: 4 empilhadeiras, 5 empilhadeiras-recuperadoras e 7 recuperadoras.
Empilhadeiras e Recuperadoras
O pátio de estocagem de minério de ferro do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira é equipado com as maiores e mais modernas máquinas de empilhamento e recuperação de minério da América Latina. Ao todo são 16 equipamentos, com destaque para a maior empilhadeira do mundo, chamada EP-313K-06, e duas recuperadoras dotadas de um sistema automático que gera imagens em 3D do pátio. Na operação do porto, as empilhadeiras e as recuperadoras tem a função, respectivamente, de organizar a carga na área do pátio e direcionar o produto que será embarcado no navio.
O terminal opera com três píeres e cinco berços de atracação
Píer I: um dos mais profundos do mundo, com 23 metros de extensão e 500 metros de largura mínima. Tem um carregador de navio com capacidade de despejar 16 mil toneladas de minério por hora. Neste píer, que opera com um berço, atracam os navios Valemax, os maiores graneleiros do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas
Píer III: tem profundidade de 21 metros e dois berços de atracação, por isso pode carregar mais de um navio ao mesmo tempo. Tem três carregadores de navio, cada um com capacidade de despejar 8 mil ton/hora
Píer IV: tem uma das maiores profundidades do mundo, com 25 metros (fora a variação da maré). Tem dois berços de atracação e seu sistema de amarração é único no mundo. Por sofrer grande incidência das correntes de marés, o píer conta com cabos de terra que auxiliam na amarração dos navios nos berços. O sistema permite às gigantescas embarcações operarem sem restrição
Curiosidades sobre o TMPM:
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira encontra-se localizado no Complexo Portuário de Itaqui, à margem leste da Baia de São Marcos, na Ilha de São Luis (MA). Por ele são embarcados produtos como minério de ferro, manganês e pelotas.
Em 1985 iniciaram-se os testes de carregamento com o navio Docepolo, envolvendo 127 mil toneladas de minério. O TMPM entrou em operação regular em janeiro de 1986. Nesse ano foram embarcados 11,6 milhões de toneladas de minério de ferro.
A Vale desenvolveu um sistema que permite operar, de forma remota, as máquinas empilhadeiras e recuperadoras usadas para transferir o minério do pátio até o navio. O sistema possibilita o comando à distância das máquinas a partir do Centro de Controle e Operações do Porto.
O TMPM utiliza modelos matemáticos avançados para simular o comportamento de atracação dos navios nos píeres, prevendo a velocidade dos ventos, as correntes, a profundidade, entre outras situações. A Vale mantém um modelo reduzido do terminal portuário na sede da Universidade de São Paulo (USP), onde acontecem as simulações de correntes marítimas e marés e seus efeitos sobre os navios em manobras e atracados nos píeres, além de permitir simular as manobras de atracação e desatracação dos navio.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 13/01/2021
PARA ESPECIALISTAS, IMPREVISIBILIDADE DA PANDEMIA DEIXA LIÇÕES PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2021
Publicado em 01/13/2021 as
10:00 PM
Por Dérika Virgulino ECONOMIA 13 Janeiro 2021
Efeitos da volatilidade na demanda e necessidade de redução do Custo Brasil estão entre alguns dos aprendizados de 2020.

Arquivo
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) provocou impactos na economia mundial, sobretudo pela imprevisibilidade de uma doença até então desconhecida. Não por outra razão que para o diretor da Solve Shipping Intelligence Specialists, Leandro Barreto, a imprevisibilidade e a volatilidade na demanda foram as duas palavras que melhor resumiram o comércio exterior em 2020. De acordo com ele, uma das principais lições deixadas pela pandemia está no entendimento de que o “efeito manada” no comércio foi ruim, independente dos resultados positivos ou negativos.
Barreto destaca que neste contexto, a pauta de exportação do Brasil se mostrou bastante resiliente. Segundo ele, todas as previsões de queda no segundo trimestre de 2020 foram equivocadas. “Ocorreu, mas menor do que a maioria estava esperando”, pontuou. Um dos fatores para o baixo impacto nas exportações está no bom desempenho em commodities, como produtos essenciais e alimentos.
Depois dessa leve queda no primeiro momento, houve uma retomada no terceiro trimestre do ano que, para Barreto, revela a grande volatilidade da demanda mundial. “A pandemia acabou dando um nó na logística em todo o mundo”, diz.
Já as importações brasileiras sofreram um forte impacto. Segundo ele, mais de 28 navios cancelaram viagens, com destaque para a rota da Ásia. No auge da pandemia, essa região vivenciou um lockdown que manteve todo o comércio fechado. Assim, no segundo trimestre do ano na importação o Brasil seguiu a mesma tendência mundial. A partir do terceiro trimestre houve uma forte recuperação que se refletiu diretamente no custo dos fretes. Ele informou que em junho de 2020 os fretes ficaram abaixo de 300 dólares, subindo para dois mil dólares em setembro e fechando o ano em oito mil dólares.
Outro grande aprendizado deixado por 2020, para Barreto é a necessidade de diversificação de fornecedores e clientes. Ele ressaltou que o Brasil ainda é muito dependente da China em vários produtos. “Aliás, o mundo percebeu que está muito dependente”, frisou.
Para o presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, embora os novos acordos comerciais sejam importantes para o país, não surtirá o efeito esperado se o Brasil não abrir sua economia e reduzir o chamado ‘Custo Brasil’. “Não adianta fazer comércio com a Coréia, Indonésia, China ou Estados Unidos. É preciso antes fazer as reformas tributárias e administrativas, além de realizar investimentos em infraestrutura”, afirmou Castro.
Ele acredita que 2021 haverá crescimento na exportação de commodities, mas avalia que o ideal seria o país investir mais na exportação de manufaturados que, segundo ele, representa apenas 25% do comércio exterior atualmente.
A respeito dos efeitos da segunda onda da Covid-19 sobre o comércio exterior brasileiro, Barreto afirmou que ainda não é possível afirmar, porém, alguns navios de exportação já começaram a sair um pouco mais vazios. Porém, por outro lado, nesta época do ano é mais comum que isso aconteça.
Diante desse cenário, Barreto enfatizou também que cada vez mais os fluxos internacionais de cargas vêm se tornando um importante indicador econômico. Desse modo, segundo ele, observando as capacidades dos navios, por exemplo, é possível sentir a temperatura do comércio exterior.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 13/01/2021
RAÍZEN ENERGIA EXPORTA PELLETS DE CANA PARA O REINO UNIDO
Publicado em 01/13/2021 as
09:59 PM
Operação marca a estreia do Porto de Paranaguá no embarque de pellets de biomassa
Por Camila Souza Ramos, Valor — São Paulo
A Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell, está concluindo hoje um embarque de pellets de bagaço de cana-de-açúcar produzidos em sua unidade Diamante, em Jaú (SP). O carregamento é feito realizado no Porto de Paranaguá, no Paraná, e tem como destino o Reino Unido.
O produto, resultado da compressão e do processamento de biomassa da cana, será utilizado como matéria-prima na geração de energia renovável. O carregamento ocorre em um berço do terminal da Pasa, que costuma atender demandas de exportação de produtos do setor sucroalcooleiro, além de grãos.
Essa é a primeira vez que terminal paranaense faz embarque de pellets de biomassa. “Ficamos muito satisfeitos quando novos produtos chegam e saem pelos portos do Paraná. Nesse caso, é ainda mais compensador o fato de se tratar de um biocombustível que será utilizado em substituição ao carvão na geração de energia termoelétrica”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, em comunicado do porto.
A Raízen Energia começou a exportar carregamentos de pellets em outubro do ano passado. Na ocasião, a carga seguiu para a Holanda. O produto abasteceu uma termelétrica da alemã RWE que até então só havia utilizado o carvão como matéria-prima.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 13/01/2021
EMBARQUES SUPERARAM US$ 100 BI EM 2020
Publicado em 01/13/2021 as
09:59 PM
Vendas do agronegócio para a China representaram quase 34% do total
Por Fernando Lopes — De São Paulo
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, mesmo com uma queda de 3,8% em dezembro, para US$ 7,3 bilhões, as vendas de produtos do setor ao exterior renderam US$ 100,8 bilhões no ano passado, 4,1% mais que em 2019 e segunda melhor marca da história, atrás apenas de 2018.
r />
As importações do agronegócio recuaram 5,2% na mesma comparação e, assim, o superávit setorial aumentou 5,7%, para US$ 87,8 bilhões. Com isso, o campo garantiu mais uma vez o saldo positivo da balança comercial brasileira como um todo em 2020 (US$ 51 bilhões).
Com embarques acelerados principalmente no primeiro semestre, o chamado “complexo” soja (grão, farelo e óleo) garantiu US$ 35,2 bilhões em divisas para o país no ano passado, um aumento de 8% em relação a 2019.
Segundo o ministério, as vendas de soja em grão representaram 81,1% desse valor, ou US$ 28,6 bilhões, abaixo apenas do resultado de 2018 (US$ 33,1 bilhões). O volume embarcado chegou a 83 milhões de toneladas.
A China continuou a ser, de longe, o principal destino das vendas de soja em grão do Brasil no exterior. O país asiático absorveu 73,2% das exportações brasileiras em 2020, ou US$ 20,9 bilhões, 2,2% mais que no ano anterior.
As carnes (bovina, de frango e suína) permaneceram em segundo lugar na lista de produtos mais exportados pelo agro do Brasil. Foram US$ 17,2 bilhões no total no passado, com incremento de 2,8% na comparação com 2019.
E foi a China, mais uma vez, que sustentou o aumento. O país foi o destino de 54,2% dos embarques de carne bovina in natura (a receita, de US$ 7,5 bilhões, foi recorde), amenizou a queda das vendas de carne de frango (que foi de 14,1%, para US$ 6 bilhões) com compras adicionais de US$ 31 milhões e puxou os embarques de carne suína in natura, que chegaram a US$ 2,1 bilhões, melhor resultado da história.
Também no mercado de açúcar bruto os chineses fizeram a diferença. As exportações brasileiras do produto atingiram US$ 7,4 bilhões, também um recorde, e a China ficou com US$ 1,3 bilhão do total.
Com tamanho peso nesses três mercados, o país asiático foi o destino de 33,7% das exportações do agronegócio brasileiro no ano passado (US$ 34 bilhões). Em 2019, a participação foi de 32% (US$ 31 bilhões).
Entre os produtos mais exportados pelo setor também houve aumentos expressivos no café (7%, para US$ 5,5 bilhões) e nas fibras (o grupo inclui algodão) e têxteis (15,6%, para US$ 3,5 bilhões). Recuaram, em contrapartida, as receitas dos embarques de produtos florestais (11,7%, para US$ 11,4 bilhões) e cereais (o grupo inclui milho), farinhas e preparações (13,8%, para US$ 6,9 bilhões).
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 13/01/2021
CH4 E GRUPO AMERICANO ANUNCIAM USINA TERMELÉTRICA EM PERNAMBUCO
Publicado em 01/13/2021 as
09:59 PM
O empreendimento, realizado em parceria com o grupo americano New Fortress Energy, prevê investimento de cerca de R$ 3 bilhões
Por Murillo Camarotto, Valor — Brasília
A empresa catarinense CH4 Energia anunciou nesta quarta-feira (13) a implantação de uma usina termelétrica a gás na região do Porto de Suape, em Pernambuco. O empreendimento, realizado em parceria com o grupo americano New Fortress Energy, prevê investimento de cerca de R$ 3 bilhões.
O projeto, com capacidade total de 1,3 gigawatt (GW), inclui, além da usina, a instalação de um terminal de regaseificação e a implantação de aproximadamente 8 quilômetros de dutos entre o terminal gás e a termoelétrica.
As duas empresas devem entrar com 30% do valor do investimento, ficando o restante a cargo de financiamentos com um pool de bancos de fomento. A operação está prevista para começar em novembro e ocupará uma área de 16,5 hectares dentro do Complexo de Suape.
A térmica será abastecida por navio regaseificador de Gás Natural Liquefeito (GNL), com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia. O excedente de combustível poderá atender à rede da Copergás, empresa detentora dos direitos de distribuição em Pernambuco.
Em comunicado ao mercado, a New Fortress informou que o terminal pernambucano oferece a localização ideal para a oferta de energia limpa e barata em uma região de grande potencial econômico.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 13/01/2021
MINISTÉRIO VÊ PERSPECTIVAS FAVORÁVEIS ÀS EXPORTAÇÕES
Publicado em 01/13/2021 as
09:59 PM
Expectativa é de aumento das vendas para China, EUA e Índia
Por Rafael Walendorff — De Brasília
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/d/w/eOMl4CTt2XKY1nGfQMbg/13agr-100-balanca-b8-img01.jpg)
Produção de milho em Minas Gerais: aumento da demanda da China, que utiliza o grão para produzir rações, pode dar mais impulso a exportações brasileiras — Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo
As exportações do agronegócio em 2021 poderão superar a marca do ano passado se o clima colaborar e de fato a colheita de grãos bater um novo recorde nesta safra 2020/21. Foi o que afirmou ao Valor o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro. Puxados por soja e carnes, vendidos sobretudo à China, os embarques do setor renderam US$ 100,8 bilhões em 2020, 4,1% mais que em 2019.
A maior expectativa do ministério é com as vendas de milho, que poderão “explodir” com o aumento das compras também por parte da China. O primeiro passo para isso veio com a decisão de Pequim de aprovar as variedades transgênicas autorizadas para plantio no Brasil que ainda não podiam entrar no mercado chinês. Agora falta apenas a assinatura da atualização de certificados sanitários para o aval definitivo.
A virada política nos EUA também poderá sedimentar o caminho para melhores negociações, principalmente envolvendo o açúcar, e a Índia poderá se consolidar como outro destino de peso. Entre as preocupações estão eventuais problemas na União Europeia por causa de questões ambientais.
“Estamos concluindo a atualização do certificado sanitário com a China. Em algum momento em 2021 isso vai estar concluído e veremos o aumento da demanda do país por milho”, afirmou Ribeiro. Caso a gestão Biden na Casa Branca decida privilegiar a mistura obrigatória de etanol na gasolina, o avanço do Brasil no mercado global poderá ser ainda maior, uma vez que o biocombustível americano é feito a partir do cereal.
O fato de Biden ter escolhido Tom Vilsack para ser seu secretário de Agricultura também pode facilitar as relações diplomáticas do agro brasileiro com os EUA, avaliou Ribeiro, que mantém boa relação com o americano desde a época em que ele foi chefe do Departamento de Agricultura (USDA) no governo de Barack Obama. A intenção é retomar as negociações sobre a exportação de açúcar para aquele mercado. “O interesse brasileiro é ter mercado livre, sem tarifa, sem cota, sem nada, para açúcar e etanol”.
O mercado para o açúcar, ressaltou, depende muito da Índia, grande produtora e que passa por uma reforma agrícola. E é para lá que o Ministério da Agricultura espera que comecem a ser embarcados, em volumes cada vez maiores, as pulses, como feijão, lentilha, grão de bico e gergelim. “A Índia vai demandar mais alimentos e estamos em condições de ser um parceiro mais importante do que somos hoje”, disse Ribeiro.
A Pasta segue com a missão de tentar diversificar produtos e destinos da pauta exportadora, muito dependente dos embarques de soja e carnes para a China. “Existe muita concentração, e obviamente isso não é bom. Se houver alguma variação nesse exato produto ou mercado o impacto na balança comercial brasileira será grande”, pontuou o secretário.
Nada disso, no entanto, é capaz de abalar ou diminuir o peso da China para o Brasil. “Não existe a menor possibilidade de esse esforço resultar em diminuição da importância da China, nem está nos nossos planos. Continuamos trabalhando fortemente na China, é a economia que mais cresce no mundo”.
Pouco afetadas pela pandemia, apesar de algumas restrições temporárias a frigoríficos, as exportações do agronegócio brasileiro enfrentam, por outro lado, resistências cada vez mais latentes da Europa no quesito ambiental. A ofensiva europeia preocupa, mas o governo diz que tem respostas prontas contra possíveis travas. “Não baixamos a guarda. Se algo for feito estamos preparados para reagir e rebater na prática”, afirmou o secretário.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 13/01/2021
‘MACRON DESCONHECE A PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL’, DIZ MOURÃO
Publicado em 01/13/2021 as
09:58 PM
Por Emilly Behnke - Brasília

Vice-presidente Hamilton Mourão vice-presidente destacou que o Brasil tem menos de 8% da sua área dedicada à agricultura, enquanto a França tem mais de 60%
Em reação a declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o desmatamento na Amazônia e a produção de soja no Brasil, o vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira (13) que o mandatário francês desconhece a produção de oleaginosa brasileira. Presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Mourão destacou que a produção agrícola da região amazônica é “ínfima” e que Macron apenas “externou interesses protecionistas dos agricultores franceses”.
Nesta terça-feira, em suas redes oficiais, o presidente francês afirmou que “continuar a depender da soja brasileira seria ser conveniente com o desmatamento da Amazônia”. No vídeo publicado em sua conta oficial do Twitter, Macron fala em “não depender mais” da soja brasileira e produzir o grão na Europa. “Nós somos coerentes com nossas ambições ecológicas, estamos lutando para produzir soja na Europa”, afirmou.
Questionado sobre as declarações nesta manhã, Mourão afirmou, em francês, que Macron não estava bem. “Monsieur Macron? Monsieur Macron ne pas bien. Monsieur Macron desconhece a produção de soja no Brasil. Nossa produção de soja é feita no cerrado ou no sul do País. A produção agrícola na Amazônia é ínfima”, declarou Mourão para jornalistas na chegada à vice-presidência.
O vice-presidente destacou que o Brasil tem menos de 8% da sua área dedicada à agricultura, enquanto a França tem mais de 60%. Apesar disso, ele avaliou que o País europeu não tem condições de competir com o Brasil na produção de soja. “Nesse aspecto, na questão da produção agrícola damos de 10 a 0 neles, franceses”, disse.
“Nada mais, nada menos Macron externou interesses protecionistas dos agricultores franceses, faz parte do jogo político”, opinou. Na avaliação de Mourão, a fala do presidente francês não deverá influenciar outros líderes mundiais. “Acho que foi discurso interno.”
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia consultados pelo Estadão/Broadcast, quase 20% das exportações para a União Europeia, bloco do qual os franceses fazem parte, são de soja e farelo da oleaginosa produzidos pelo Brasil.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 27,1 milhões do grão para a França, além de US$ 544 milhões de farelo de soja, de um total de US$ 1,983 bilhão em embarques para o país europeu. A quantidade recebida pela França pode ser ainda maior considerando dados agregados da produção recebida por portos da Espanha e Países Baixos e depois escoada para demais países europeus.
Procurados pela reportagem ontem, os ministérios da Economia e da Agricultura disseram que não comentariam as declarações de Macron. Questionada hoje, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) orientou a procurar novamente o Ministério da Agricultura, que até a publicação deste texto ainda não havia respondido ao pedido de manifestação.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 13/01/2021
VIASAT FIRMA ACORDO COM SKY PARA OFERECER INTERNET BANDA LARGA POR SATÉLITE EM TODO PAÍS
Publicado em 01/13/2021 as
09:58 PM
Empresa norte-americana quer aproveitar estrutura da companhia brasileira, que hoje tem 4,6 milhões de clientes, para expandir os negócios no Brasil
Por Anne Warth, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Em mais um passo para expandir sua presença no País, a Viasat vai oferecer serviços de internet banda larga por satélite em parceria com a Sky. O acordo permitirá à Sky vender, instalar e dar suporte técnico presencial aos clientes da Viasat.
A Viasat é a operadora do satélite da Telebrás, que cobre 100% do território nacional. A empresa norte-americana é responsável por instalar antenas e infraestrutura em terra para fornecer o serviço.
A Viasat oferece internet para clientes residenciais desde julho do ano passado. Custos e receitas são compartilhados com a Telebrás. O contrato com a estatal estabelece ainda oferta de sinal para municípios e localidades sem acesso à internet, como escolas públicas, postos de saúde, quilombolas e postos de fronteira.
https://img.estadao.com.br/resources/jpg/8/5/1610570247658.jpg
Antena
Parceria entre Sky e Viasat se refere apenas à venda, distribuição e suporte. Faturas continuam separadas. Foto: André Dusek/Estadão
Sky tem hoje 4,6 milhões de clientes e é a maior operadora de TV via satélite do País, com atuação em todos os municípios brasileiros, de acordo com o vice-presidente de Operações e Comercial da empresa, Sérgio Ribeiro. Segundo ele, a estrutura da empresa permite atender 98% dos chamados dos clientes em até 48 horas, o que deve beneficiar os clientes da Viasat. A empresa já oferece internet de alta velocidade via 4G na tecnologia LTE, mas essa cobertura está restrita a 100 municípios mais próximos dos grandes centros.
“São produtos complementares. É uma parceria muito positiva para nós. Temos expertise de campo e vamos oferecer a nossos parceiros e clientes um serviço top em todo território nacional”, afirmou Ribeiro.
Com oferta de pacotes de internet de alta velocidade desde julho no mercado nacional, a Viasat não revela seus números, mas afirma já contar com dezenas de milhares de clientes em seis meses de atuação no País - com destaque para o interior de Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da Região Norte.
“Há muita demanda nessas regiões, que historicamente ficavam fora do foco de atuação das grandes empresas”, afirmou o diretor comercial da Viasat Brasil, Bruno Henriques. “A parceria com a Sky é a peça que faltava para aumentar nossa presença no País”, disse
A parceria entre Sky e Viasat se refere apenas à venda, distribuição e suporte técnico de serviços, já que as empresas têm operações separadas. Os clientes que optarem pelos serviços das duas empresas terão duas antenas, além de decodificador e modem. As faturas também serão separadas. “Não temos uma meta de clientes, mas estamos muito animados”, disse Ribeiro.
O projeto da Viasat em parceria com a Telebras já conta com 13,5 mil pontos conectados em terra desde 2018, dos quais 80% são escolas públicas.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 13/01/2021
MINISTRO DIZ ACREDITAR EM APROVAÇÃO DA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS NO 1º SEMESTRE
Publicado em 01/13/2021 as
09:58 PM
Por Marlla Sabino – Brasília

Projeto foi enviado ao Congresso pelo governo federal ainda em 2019, mas não foi discutido desde então
Imagem: Pilar Olivares/Reuters
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta quarta-feira, 13, acreditar que o Congresso aprove a privatização da Eletrobras ainda no 1º semestre deste ano. Ele afirmou que, caso a estimativa se concretize, será possível iniciar a implementação da capitalização da empresa no segundo semestre.
“É difícil fazer uma previsão, mas no caso da Eletrobras nós temos trabalhado com o Congresso desde meados de 2019 e não paramos em 2020, apesar da pandemia. Evidentemente uma matéria dessa não tinha condições de ser apreciada, ela precisa de uma participação presencial dos parlamentares”, disse em entrevista ao site MegaWhat.
O projeto foi enviado ao Congresso pelo governo federal ainda em 2019, mas desde então não avançou. Não há sequer comissão instalada para discussão do tema, fase inicial da tramitação. Albuquerque, no entanto, disse acreditar em uma discussão “célere”. “O projeto de lei que nós encaminhamos já está sendo aperfeiçoado”, afirmou.
Albuquerque também falou sobre outros projetos do setor elétrico que estão no Congresso. Ele ressaltou a importância da Medida Provisória 998, que traz uma série de dispositivos que reduzem as tarifas de energia do Norte e alterações nas regras do setor elétrico, mas reconheceu que o prazo para análise será curto.
Por se tratar de uma MP, o texto tem força de lei desde sua publicação, mas precisa ser confirmado pelo Congresso. A medida foi aprovada em 16 de dezembro pela Câmara dos Deputados e depende do aval do Senado.
Os parlamentares têm até o dia 9 de janeiro para analisar a matéria ou ela perderá validade.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 13/01/2021
FUNCIONÁRIOS DA FORD VOLTAM A SE REUNIR NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA
Publicado em 01/13/2021 as
09:58 PM
Por Tailane Muniz - Especial para a AE - Camaçari
Os funcionários da unidade do Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, realizam, na manhã desta quarta-feira, 13, mais uma manifestação em resposta ao encerramento das atividades da montadora norte-americana no País – anunciado na segunda-feira, 11. Centenas de funcionários ficaram reunidos no pátio da Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo, na capital baiana. O grupo deve se reunir ainda nesta quarta com o presidente da casa, Nelson Leal.
A montadora, que já tinha encerrado, em 2019, a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, comunicou que vai fechar neste ano as demais fábricas no País: Camaçari, onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do município baiano, Júlio Bonfim, afirmou que a reunião que aconteceu na segunda com o governo não teve resultados práticos para os funcionários. “Foram discutidos investimentos. Claro que é importante pensar nisso, mas pensar na instalação de outra fábrica aqui, agora, é insignificante para a gente. Até pela complexidade que isso envolve”, disse.
Na terça-feira, 12, os funcionários permaneceram por cerca de quatro horas em assembleia no estacionamento da fábrica. Na região, 6 mil empregos diretos e indiretos devem ser fechados.
A planta da Ford na Bahia funcionava havia 20 anos e, segundo funcionários, investiu em máquinas até as últimas semanas.
Em comunicado, a Ford informou que tomou a decisão após anos de perdas significativas no Brasil. A multinacional americana acrescenta que a pandemia agravou o quadro de ociosidade e redução de vendas na indústria. “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, afirmou, em nota, Jim Farley, presidente da Ford.
A decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil terá impacto financeiro de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, conforme informação divulgada pela montadora no anúncio de fechamento das três fábricas no País.
Do total, cerca de US$ 2,5 bilhões terão impacto direto no caixa do grupo americano, sendo, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos. Outros US$ 1,6 bilhão decorrem de impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 13/01/2021
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO FARÁ REUNIÃO COM FORD SOBRE DEMISSÕES
Publicado em 01/13/2021 as
09:57 PM
O Ministério Público do Trabalho (MPT) fará uma audiência virtual na quinta-feira, 14, às 9h30 com representantes da Ford para discutir as demissões decorrentes do encerramento das atividades da montadora no Brasil. Segundo a própria companhia, os desligamentos podem atingir 5 mil funcionários no País.
A audiência terá a participação do procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, do titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis) do MPT, Ronaldo Lima dos Santos, e do secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Ministério da Economia já iniciou conversas para apoiar a recolocação dos trabalhadores da Ford que vão perder o emprego com a saída da montadora do Brasil. Uma das possibilidades é a criação de um programa específico para ajudar esse grupo de trabalhadores altamente qualificados.
Na segunda-feira, 11, a montadora americana anunciou o fim de uma história de um século de produção de carros no Brasil. A Ford, que já tinha encerrado, em 2019, a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, comunicou que vai fechar neste ano as demais fábricas no País: Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller. Serão mantidos no Brasil a sede administrativa da montadora na América do Sul, em São Paulo, o centro de desenvolvimento de produto, na Bahia, e o campo de provas de Tatuí (SP).
Na terça, 12, representantes da Ford já se reuniram por videoconferência com a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi.
Segundo comunicado da corte trabalhista, o diretor jurídico da Ford, Luís Cláudio Casanova, disse que a decisão de reestruturação da empresa na América Latina foi tomada diante de prejuízos obtidos anualmente, amplificados durante a pandemia da covid-19.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 13/01/2021
SEM CAIXA, GOVERNO TERÁ MENOR VALOR PARA NOVOS INVESTIMENTOS EM 15 ANOS
Publicado em 01/13/2021 as
09:57 PM
O aumento das despesas com benefícios previdenciários e assistenciais, na esteira do reajuste do salário mínimo, deve comprimir os investimentos públicos em 2021 a um nível considerado extremamente baixo por especialistas. O valor projetado em agosto do ano passado, de R$ 28,6 bilhões para obras e outras ações – o menor em, pelo menos, 15 anos – pode cair ainda mais para abrir espaço no Orçamento para os chamados gastos obrigatórios.
As despesas vão crescer principalmente porque o salário mínimo foi reajustado a R$ 1.100 no início de 2021, acima dos R$ 1.067 previstos em agosto do ano passado e que serviram de referência para a elaboração do Orçamento – e que ainda será votado pelo Congresso Nacional. A definição só deve ocorrer após a votação para o comando da Câmara e do Senado.
Os R$ 33 a mais no salário mínimo significam, na prática, uma despesa de R$ 11,6 bilhões maior que a prevista na proposta orçamentária enviada em agosto (cada R$ 1 eleva o gasto em R$ 351,1 milhões). Além disso, o governo ainda sofreu reveses que o obrigarão a ampliar outras despesas, como a continuidade da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Técnicos do Congresso estimam que há um “buraco” de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões a ser coberto.
O próprio governo já deu um indicativo de que os investimentos podem cair, ao revisar, em ofício ao Congresso Nacional no último 14 de dezembro, o volume das despesas discricionárias para 2021 – de R$ 92 bilhões para R$ 83,9 bilhões. Essa categoria inclui os gastos com a máquina pública e com os investimentos. A mudança foi feita durante a votação da lei que lança as diretrizes do Orçamento.
Especialistas têm alertado que o custeio da máquina já está no patamar mínimo necessário para garantir seu funcionamento, sem grande espaço para cortes.
O Ministério da Economia, porém, afirmou que os investimentos “não serão afetados”, uma vez que não houve alteração da proposta orçamentária. “Os ministérios setoriais podem, em um exemplo hipotético, privilegiar os investimentos em detrimento das despesas correntes, em virtude de possíveis economias geradas pelo teletrabalho. De toda sorte, não se tem como afirmar que os investimentos serão afetados”, afirmou a pasta.
Série histórica
O valor de R$ 28,6 bilhões indicado na proposta orçamentária para os investimentos é o menor desde pelo menos 2007, segundo dados do Tesouro Nacional atualizados pela inflação. O dado de 2020, porém, foi turbinado pelos gastos da pandemia. A Economia destacou que o valor dos investimentos deve receber um reforço de R$ 10 bilhões devido à indicação de emendas de bancada, decididas pelos parlamentares.
O economista Claudio Frischtak, presidente da consultoria Inter.B e especialista no setor de infraestrutura, afirma que o grau de incerteza em relação ao volume de investimentos públicos, tanto da União quanto dos Estados, é muito grande devido às severas restrições fiscais. “O que vai sobrar para investimento é um resíduo. E o governo já se comprometeu com certos investimentos, principalmente na área militar. Outros investimentos são residuais”, afirma.
Segundo o especialista, o quadro é ruim para a infraestrutura brasileira, que nos últimos anos tem recebido investimentos abaixo do necessário para sua manutenção – na prática, o que já existe vai sendo corroído pelo tempo. No ano passado, ele estima que a infraestrutura recebeu apenas 0,5% do PIB em investimentos, um recorde de baixa. Por outro lado, ele reconhece não só as limitações de recursos do País, mas também de qualidade.
“Falta planejamento, a execução é falha. Tem muita coisa que não consegue ser executada, mesmo no âmbito de ministros operantes, que querem fazer acontecer”, diz Frischtak. Num momento em que o governo tenta estimular a participação do setor privado nos investimentos, a saída da Ford do Brasil é bastante negativa. “O que isso significa é que as reformas essenciais para ter uma economia produtiva estão ficando para trás, não foram feitas, ou foram feitas de forma bisonha nos últimos anos e décadas.”
De acordo com o coordenador do Observatório Fiscal do Ibre/FGV, Manoel Pires, sempre se fez ajuste fiscal contraindo investimento. Para ele, ao longo dos últimos anos está se construindo uma ideia equivocada desse tipo de gasto. “Passa por uma avaliação de que o investimento público gera desperdício e corrupção, da possibilidade de conseguir fazer muita coisa via iniciativa privada e da própria dificuldade financeira do governo”, disse. “Entendo que o correto é aprender a investir bem. Os estudos mostram que o investimento público é importante.”
O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, diz que a tendência é que a capacidade de investimentos do governo federal continue em queda. Segundo ele, o problema central é que as discricionárias (os gastos que não são obrigatórios), sem contar emendas parlamentares, estão em R$ 83,9 bilhões.
“Esse nível é historicamente baixo e, por isso, para cumprir o teto, seria preciso realizar um corte adicional que poderá ser impeditivo, isto é, poderia levar ao shutdown ou à paralisação de serviços essenciais, como temos alertado há bastante tempo”, alertou ele.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 13/01/2021
BRASIL GANHA 135 ‘MARACANÃS’ EM GALPÕES LOGÍSTICOS NO ANO DO E-COMMERCE
Publicado em 01/13/2021 as
09:57 PM
Por Rennan Setti
O estoque de galpões logísticos deu um salto em 2020 no Brasil, reagindo à demanda aquecida de empresas de comércio eletrônico no ano da pandemia. Segundo levantamento exclusivo da plataforma de pesquisas SiiLA, “surgiram” quase 960 mil metros quadrados para armazenagem no ano passado, o equivalente 135 gramados do Maracanã.

Centro de distribuição do Magazine Luiza. Centro de distribuição do Magazine Luiza. | Leandro Fonseca / Divulgaçõo
O país terminou 2020 com 17,5 milhões de metros quadrados em galpões, com uma taxa de ocupação de 86%. Quase três quartos desse estoque são classificados de alto padrão, atendendo a companhias de grande porte, como Amazon e Mercado Livre.
Mais da metade dos galpões (em metragem) fica em São Paulo, que concentra a maior densidade de consumidores e permite entregas para outros estados das regiões Sudeste e Sul.
E o ano terminou aquecido, com o quarto trimestre — o da Black Friday e do Natal, claro — registrando uma absorção líquida de mais de 672 mil metros quadrados. O indicador reflete a metragem alugada pelas empresas menos o espaço devolvido.
Em São Paulo, a taxa de vacância caiu de 17,4% para apenas 13,9% de setembro até dezembro.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 13/01/2021
BOLSONARO SANCIONA PROJETO QUE CRIA O PROGRAMA CASA VERDE E AMARELA
Publicado em 01/13/2021 as
09:57 PM
O presidente vetou um trecho que permitia o pagamento simplificado de tributos pelas construtoras
Por Gabriel Shinohara
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, o projeto que cria o programa habitacional Casa Verde e Amarela, substituto do Minha Casa Minha Vida. O texto será publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira.
O projeto começou com uma Medida Provisória (MP) editada em agosto. Desde então, o texto passou por pequenas alterações no Congresso e foi aprovado pelo Senado no dia 8 de dezembro.
Entre as principais mudanças em relação ao Minha Casa Minha Vida, a nova política habitacional não prevê mais a faixa de renda mais baixa, de até R$ 1,8 mil, em que a casa é praticamente doada, com prestações simbólicas. O foco principal do novo programa é em famílias que têm renda entre R$ 2 mil e R$ 7 mil com capacidade de assumir um financiamento.
Para resolver essa situação, o governo fechou um acordo, quando a proposta estava em tramitação, para incluir algumas medidas de atendimento às famílias com rendas menores no decreto de regulamentação do programa.
Além desse compromisso, o presidente vetou um trecho do projeto que estabelecia que as construtoras participantes do programa pudessem ter um recolhimento unificado dos tributos equivalente a 4% da receita mensal auferida pelo contrato, assim como no Minha Casa Minha Vida.
De acordo com o governo, o veto foi feito porque não havia estimativa de impacto orçamentário da proposta e nem de possíveis medidas compensatórias da perda de arrecadação. Em adição, argumentou que segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) um benefício fiscal deve conter prazo de vigência de no máximo cinco anos.
A Secretária-geral da Presidência ressaltou que um veto presidencial não representa um ato de confronto ao Legislativo, mas uma prerrogativa do presidente.
O novo programa também tem como objetivo facilitar a regularização de terrenos e reformas de casas para as famílias. As reformas ou ampliações de imóveis como construções de telhados, banheiros e instalações elétricas ou hidráulicas poderão ser feitas com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) estimados em R$ 500 milhões. Segundo o governo, a nova lei oferece um “marco legislativo abrangente” para atender as necessidades habitacionais.
Além disso, o Casa Verde e Amarela estabelece condições mais favoráveis para as regiões Norte e Nordeste. São três grupos de renda familiar no programa, com condições variadas (juros, subsídios, acesso à regularização fundiária e reforma do imóvel): a mais baixa, com renda de até R$ 2 mil e R$ 2,6 mil nas regiões Norte e Nordeste (grupo 1); de até R$ 4 mil (grupo 2) e até R$ 7 mil (grupo 3).
Fonte : O Globo - RJ
Data : 13/01/2021
SETOR DE SERVIÇOS SURPREENDE E AVANÇA 2,6% EM NOVEMBRO, NA SEXTA ALTA SEGUIDA
Publicado em 01/13/2021 as
09:56 PM
Segmento de transporte, que vem crescendo a reboque da indústria e do comércio, impulsionou resultado. Mas desempenho ainda é insuficiente para compensar perdas na pandemia
Por Raphaela Ribas
RIO — Considerado o motor do PIB brasileiro, o setor de serviços surpreendeu e avançou 2,6% em novembro, na comparação com outubro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. Esta é a sexta alta consecutiva, mas ainda insuficiente para compensar as perdas na pandemia.
O resultado veio bem acima das expectativas de analistas ouvidos pela Reuters, que previam alta de 1,2% para o penúltimo mês do ano.
Apesar do avanço, o setor acumula queda de 8,3% no ano e recuo de 7,4% em 12 meses. A expectativa é que só volte ao patamar pré-pandemia após a vacinação em larga escala.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, todos os cinco segmentos de serviços tiveram avanço em novembro. O destaque foi o setor de transporte, especialmente o rodoviário de carga, estimulado pelo desempenho do comércio e da indústria.
O transporte de passageiros, seja aéreo ou coletivo, também avançou.
— Isso pode ser um sinal de que mais pessoas estejam voltando para casa em outras cidades e estados, ou procurando emprego — explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Segundo ele, os serviços prestados às famílias — que tiveram a sua quarta taxa positiva seguida — também avançaram (8,2%) e impulsionaram o desempenho do setor.
— Dentro de serviços prestados à famílias, alojamento e alimentação cresceram 9,1% de outubro para novembro. O resultado ocorreu em função do aumento das receitas em hotéis e restaurantes. Isso mostra que as pessoas passaram a viajar mais, o que também reflete nos transportes — diz o pesquisador.
Por outro lado, o grupo registra no acumulado do ano o pior resultado desde 2015, de -36,6%. A justificativa é que são atividades muito relacionadas ao contato e à confiança das pessoas saírem de casa e, por isso, muito afetadas na pandemia, marcada pelo isolamento social.
Serviços financeiros em alta
Apesar da variação positiva das cinco áreas pesquisadas para novembro, somente duas conseguiram retornar ao patamar de fevereiro. O grupo informação e comunicação se recuperou devido ao grande uso de serviços de tecnologia e internet no período. Já o de outros serviços avançou, especialmente puxado por serviços financeiros.
— Outros serviços tem uma base bem ampla, que vai de coleta de lixo a administração da bolsa de valores. Mas o que justifica ser a única com resultado positivo no ano é a atividade de corretoras. É um segmento que já vem se beneficiando desde 2018, com as pessoas buscando fundos mais rentáveis — contextualiza Lobo.
Recuperção lenta e pior ano da série
Muito dependente do contato físico, a exemplo dos salões de beleza, e de grandes movimentações, como nos bares e restaurantes, o setor se serviços sofreu muito entre março e abril e vem se recuperando lenta e gradualmente nos últimos meses.
No entanto, com o repique dos casos de Covid-19 a partir de novembro, vários empresários vinham relatando queda no fatutamento, o que levou muitos economistas a prever um crescimento menor em novembro.
Já a indústria avançou 1,2% no penúltimo mês do ano, na sua sétima alta seguida, e já superou o patamar pré-crise. Comércio também já eliminou as perdas da pandemia. O desempenho de novembro será divulgado na sexta-feira.
Lobo pondera que o setor de serviços já vinha sem fôlego nos últimos anos, antes mesmo da pandemia. Segundo ele, 2020 deve encerrar com o pior acumulado do ano da série histórica, iniciada em 2012.
— Em 2020 a pandemia deteriorou o cenário de serviços que já não mostrava grande dinamismo — diz ele, que acrescenta: — É improvável evitar a queda em 2020. Se fosse para ter apenas uma variação nula, o setor de serviços teria que crescer entre 81,8% e 82,8% frente a dezembro de 2019.
A economista da XP, Lisandra Barbero, considera que, de uma forma geral, o setor mostra retomada. Por outro lado, espera retração de 8% para 2020.
— Embora o setor permaneça frágil devido à pandemia, nosso índice de difusão mostra que mais de 80% dele vem se recuperando em um ritmo significativo nos últimos seis meses. No curto prazo, porém, o aumento de casos novos da Covid-19 no Brasil pode trazer um viés negativo para o setor.
Já a professora do mestrado profissional em Controladoria e Finanças da Fipecafi, Luciana Machado, acredita que dezembro ainda virá com resultados semelhantes de novembro.
— Mesmo com o aumento de casos no fim de ano, as pessoas viajaram muito, e isso impacta no turismo e transporte. E também houve a volta de atividades domésticas e das pessoas às ruas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 13/01/2021
METRÔ RIO VAI CAPTAR R$ 1,2 BILHÃO NA SEXTA-FEIRA PARA RECUPERAR FÔLEGO DIANTE DA PANDEMIA
Publicado em 01/13/2021 as
09:56 PM
Por Rennan Setti

Metrô do Rio vazio em abril Metrô do Rio vazio em abril | BRENNO CARVALHO / AGÊNCIA O GLOBO.
O conselho de administração do Metrô Rio aprovou, nesta terça-feira, captação de R$ 1,2 bilhão junto a investidores. A concessionária vai emitir títulos de dívida com vencimento em quase 11 anos, propondo pagar juros de até 6,8% ao ano além da inflação — balizada pelo IPCA e não pelo salgadíssimo IGP-M, que disparou 23,1% em 2020, diga-se… A captação vai ocorrer na sexta-feira.
“ A (…) emissão tem como objetivo o refinanciamento de toda a dívida existente atualmente na estrutura de capital da empresa, permitindo-lhe que realize os investimentos planejados nos próximos anos”, avaliou a agência de classificação de risco S&P.
A emissão já havia sido aprovada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), permitindo que os títulos de dívida (debêntures) sejam do tipo “incentivado”, proporcionando benefício tributário aos investidores.
A captação virá em boa hora: de janeiro a novembro de 2020, o número de passageiros pagantes do metrô carioca despencou 52% na comparação com o mesmo período de 2019, enquanto os custos recuaram apenas 4,2%.
Para piorar, a expectativa é que a retomada no pós-pandemia seja lenta: a agência de classificação de risco Fitch espera que o volume de passageiros só volte ao nível de 2019 em 2023.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 13/01/2021
MONTADORAS REBATEM BOLSONARO SOBRE SAÍDA DA FORD: 'NÃO QUEREMOS SUBSÍDIO, MAS COMPETITIVIDADE'
Publicado em 01/13/2021 as
09:56 PM
Presidente da Anfavea critica politização em torno da saída da americana do país e compara sistema tributário à Black Friday: imposto elevado para dar incentivo como desconto
Por Henrique Gomes Batista

Fábrica da Ford em Taubaté ( SP ), uma das três que a empresa fecha este ano no Brasil, onde deixa de produzir Foto: Edilson Dantas/12-01-2021 / Agência O Globo
SÃO PAULO - Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirmou nesta quarta-feira que o setor não defende novos subsídios e criticou a politização do anúncio do fechamento das fábricas da Ford no Brasil.
Segundo dados da Receita Federal, o setor automotivo acumula mais de R$ 50 bilhões em subsídios desde 2002. O dirigente da entidade apontou incentivos tributários como uma forma de corrigir distorções do sistema tributário brasileiro.
Foi o primeiro posicionamento da entidade após o anúncio do fim da produção da montadora americana no Brasil, na segunda-feira, e da reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que afirmou na terça-feira que que a “Ford não disse a verdade, querem subsídios”.
— A gente não quer subsídios, quer competitividade. Estamos há anos mostrando medidas que precisam ser feitas para melhorar a competitividade no Brasil — afirmou Moraes, em entrevista coletiva.
Antes dessa declaração, ele citou todos os alertas que a Anfavea fez desde abril de 2019, pedindo reforma tributária, mostrando comparativos que indicam que o custo de produzir no Brasil é, por exemplo, 18% maior que no México, melhoria do ambiente econômico e atacando o “manicômio tributário” do Brasil.
O fechamento de três fábricas da Ford no Brasil e a reorganização de sua produção na América do Sul em fábricas de paises vizinhos, como Argentina e Uruguai, deve provocar o fim de cerca de 5 mil postos de trabalho.
O BNDES, que tem R$ 335 milhões em empréstimos para incentivar investimentos da Ford no Brasil ainda ativos, pediu explicações à montadora. Segundo o colunista do GLOBO Lauro Jardim, a montadora recebeu cerca de R$ 20 bilhões em incentivos fiscais no país.
Em reunião em Brasília na terça-feira, diretores da empresa explicaram ao Tribunal Superior do Trabalho que o fechamento da fábrica foi decidido após cessarem alternativas.
'Black Friday' dos impostos
O presidente da Anfavea comparou os incentivos fiscais no Brasil à estratégia de muitas varejistas na Black Friday: elevar preços na véspera para oferecer grandes descontos na promoção.
Usando essa analogia, ele afirmou que os impostos no Brasil são tão elevados, que, em sua opinião, eventuais “subsídios” apenas trazem os tributos para uma taxa mais adequada.
— O custo do Estado é muito pesado, ninguém aguenta mais pagar imposto. E daí vêm pessoas falar em subsídio. Na verdade é igual ao que eu falei da Black Friday: aumenta o preço para dar o desconto. Vamos ser honestos: é impossível desenvolver uma indústria com esta carga tributária — disse Moraes.
Moraes afirmou que não há excesso de subsídios do setor no Brasil. Ele disse que o país teve o Inovar Auto, programa que permitia às empresas creditar 30% do investimento em pesquisa e desenvolvimento, que foi substituído pelo Rota 2030, que reduziu este percentual para 12,5%, sendo compensado apenas para as montadoras que derem lucro.
O representante das montadoras disse que estes incentivos geraram carros 12% mais eficientes, o que significou uma redução de R$ 7 bilhões anuais de custo de combustíveis dos consumidores, além da redução do impacto ambiental dos carros.
Incentivos já foram questionados na OMC
Em 2015, o Brasil foi alvo de questionamentos da União Europeia e do Japão na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre os subsídios ao setor automotivo contidos em políticas de incentivo a setores industriais, entre eles o automotivo.
Um painel da OMC para contenciosos entendeu que sete programas eram incompatíveis com as normas do organismo para o comércio internacional. Entre eles, estava o Inovar Auto, substituído em 2017 pelo Rota 2030.
No fim de 2018, o Brasil obteve vitória parcial no contencioso. A OMC reverteu parte das condenações contra os programas de incentivo fiscal no país e pediu ajustes.
'Estão politizando um tema muito sério'
Moraes argumentou que benefícios à inovação existem em países como Alemanha ou Estados Unidos, embora com outros formatos. Além disso, ele afirma que há apenas subsídios regionais, para tornar mais uniforme a industrialização do Brasil, definidos pelo Congresso.
— Estão politizando um tema muito sério — concluiu.
Moraes, em entrevista coletiva, afirmou que as montadoras trouxeram ao Brasil de forma líquida, descontando remessas de lucros, US$ 24 bilhões na última década.
Ele afirmou ainda que, com os anúncios do fim da produção de fábricas da Mercedes Benz, em dezembro, cinco fábricas serão fechadas e a capacidade instalada no país passa de cinco milhões de automóveis por ano para algo entre 4,5 milhões e 4,7 milhões anuais.
— Há duas formas de se resolver a ociosidade do setor: ou melhoramos a competitividade, resolvemos os problemas estruturais e retomamos o crescimento econômico e ampliamos as exportações, ou fechamos fábricas.
Especialistas questionam a lógica de ver os subsídios como uma forma de se compensar os elevados impostos no Brasil. Cláudio Frischtak, sócio da Inter. B — Consultoria Internacional de Negócios, afirma que o debate pode ser inócuo:
— Acreditar que o argumento de que a carga tributária sobre a indústria automobilística é muito grande e que o subsídio é uma forma de compensar isso é uma discussão, em certa medida, meio bizantina, onde todo mundo tem razão e onde ninguém também tem razão, e não leva a nada — afirma.
Ele não nega o peso dos tributos. Ao contrário: lembra que a carga tributária brasileira é, em média, de 10% a 15% acima da média de outros países de renda média. Mas, por outro lado, ele acredita que os subsídios, que foram utilizados primeiro para incentivar a industrialização no Brasil, depois seu crescimento e, em um terceiro momento a descentralização no país, distorcem a economia. E que essas políticas industriais, baseadas em subsídios ou no que chama Marcos Lisboa, de “política da meia entrada”, é muito defasada e com a cara dos anos 1960:
— O problema maior não é esse, mas que a indústria no Brasil, por uma série de circunstâncias, se desatualizou e isso é algo mais estrutural. O Tributo é possível de se mudar, mas a fronteira dessa indústria automobilística se afastou do Brasil e não conseguimos colocar o Brasil na fronteira da inovação. Você resolve o problema da indústria quando olha o que ocorreu nas últimas décadas no mundo, ela inovou e se integrou muito. A nossa, não, o máximo que fez foi se integrar com a Argentina, no Mercosul. Ou teremos uma indústria integrada globalmente ou ela não sobrevive, ou vai sobreviver de esmola, de subsídio — disse ele.
O pesquisador Sérgio Lazzarini, do Insper, afirma que essa polêmica sobre os subsídios piora o ambiente de negócios e a competitividade do país. Ele lembra que a indústria reclama do Custo Brasil e da tarifa, mas na horta de negociar uma localização, ou falar com um governo, sempre se quer uma redução fiscal. Em sua visão, para se beneficiar um setor ou uma empresa, há pressão tributária na outra ponto, a geração de um custo fiscal, o que força a um aumento generalizado de impostos ou impede uma racionalização dos tributos:
— Fica o cachorro correndo atrás do rabo, você pede medidas compensatórias para um problema que nunca se resolve — afirmou.
Lazzarini afirma, ainda, que subsídios não cumprem seus objetivos:
— Muitas destas reduções tributárias, ou créditos subsidiados, como tínhamos com o BNDES, tinha pouco acompanhamento de sua efetividade. O Inovar-Auto, instituído no governo Dilma Rousseff para dar isenções tributárias em pesquisa e desenvolvimento, além de ser condenado pela Organização Mundial de Comércio (OMC), não gerou resultados, ao contrário, o investimento em pesquisa e desenvolvimento caiu depois que ele foi implementado — disse o professor do Insper.
Ele lembra que muitas empresas pegam recursos subsidiados e a utilizam para ganhos financeiros, não aplicam efetivamente em investimento e produtividade. Ele afirma que a indústria brasileira é muito focada em proteção ao produto do exterior, o que é, em sua opinião, um paradoxo no setor automotivo, formado no Brasil apenas por multinacionais estrangeiras.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 13/01/2021
CASTELLO BRANCO DEFENDE POLÍTICA DE PREÇOS E NEGA DEFASAGEM NAS IMPORTAÇÕES
Publicado em 01/13/2021 as
09:56 PM
Por epbr - 13 de janeiro de 2021 - Em Combustíveis, Newsletter Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo.gaudarde@epbr.com.br
em jogo
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reforçou nessa terça (12) a intenção da companhia de não transferir imediatamente as oscilações do mercado internacional para o preço dos combustíveis domésticos.
— Ele citou a política de reajustes diários, implementada na gestão Pedro Parente, como um exemplo de erro na estratégia comercial da empresa.
— “Somos produtores de combustíveis, não somos tradings. Somos pacientes e agimos com frieza, reajustamos com [base em] preços internacionais e forças do mercado”, comentou o executivo, em entrevista ao Valor.
— Pedro Parente presidiu a Petrobras até a greve dos caminhoneiros de 2018. Pediu demissão quando o governo Michel Temer, diante da pressão, criou o programa de subsídio do diesel, interferindo no mercado.
— Segundo Castello Branco, as acusações de defasagem nos preços de combustíveis praticados pela Petrobras se baseiam em cálculos incorretos. O executivo alega que os valores calculados por associações de importadores não levam em consideração os custos reais da companhia.
— O executivo afirma que a diferença está na margem das companhias: o custo da Petrobras seria menor e essa eficiência reduziria a defasagem vista pelos agentes nos mercado. “Eles refletem os custos de terceiros, mas somos nós que sabemos os nossos custos”, diz ao Valor.
A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) protocolou na semana passada um ofício no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acusando a Petrobras de manter os preços de combustíveis abaixo dos praticados no mercado internacional. A defasagem também é apontada por diversas consultorias.
A Petrobras não reajusta os preços do diesel desde 29 de dezembro do ano passado, de acordo com informações publicadas no site da empresa. O combustível acumulou, ao longo de 2020, uma queda de cerca de 10%, em média.
— Ano passado, acompanhou desvalorização dos preços do petróleo provocada pela pandemia, com maior força no segundo trimestre, seguida de uma recuperação desde então, boa parte pelo acordo de controle da produção da OPEP.
O Brent atingiu uma máxima de 11 meses nessa terça (12), pouco abaixo da marca de US$ 57, impulsionado pelos planos da Arábia Saudita de limitar a oferta da commodity, que ofuscaram temores de que o aumento no número de casos de coronavírus em todo o mundo afete a demanda por combustíveis.
— O Brent fechou em alta de US$ 0,92, ou 1,7%, a US$ 56,58 o barril, após tocar o maior nível desde o último mês de fevereiro, de US$ 56,75. Já o WTI avançou US$ 0,96, ou 1,8%, para US$ 53,28 o barril.
— Por outro lado, a produção de petróleo dos EUA deve recuar em 190 mil bpd em 2021, para 11,1 milhões de bpd, segundo relatório da Administração de Informação sobre Energia (AIE) publicado nessa terça. É uma queda menor do que a esperada anteriormente, de 240 mil bpd. Investing.com, com Reuters
A DBO Energy, apoiada pela alemã RWE AG, negocia com a Petrobras a compra do polo de Golfinho, na parte offshore da Bacia do Espírito Santo, disseram duas fontes à Reuters. Uma pessoa envolvida no negócio disse que as partes estavam discutindo valores em dólares na faixa de nove dígitos.
— A norueguesa BW Energy estava entre as empresas que cogitaram uma proposta, mas não apresentou oferta vinculante, de acordo com outras duas fontes com conhecimento do assunto.
— Com sede no Rio de Janeiro, a DBO é composta por executivos brasileiros e noruegueses com experiência na operação de ativos maduros tanto no Brasil quanto no Mar do Norte, de acordo com o site da empresa. Ela lista a RWE Supply & Trading, um braço da RWE, como investidor.
— Golfinho foi um dos últimos grandes ativos de produção que a Petrobras colocou à venda antes de a covid-19 atingir o Brasil. Produzia 14.900 barris de óleo e condensado por dia, de acordo com os documentos do processo de investimento, de janeiro de 2020. Terra, com Reuters
Produção em 2025. A ANP prevê um crescimento gradual da produção nos próximos anos, alcançando 571,5 mil m³/dia (3,6 milhões de barris por dia) de petróleo e 173,2 milhões de m³/d de gás natural em 2025.
— Representa uma alta de 23% em relação a 2021, no caso do petróleo, e de 34% no do gás. Para este ano, a projeção de produção de petróleo é de 463,96 mil m³/d (2,9 milhões de bpd) e a de gás, de 129,17 milhões de m³/d.
— A maior parte do investimento das petroleiras será destinada à perfuração, embora a projeção seja de queda ao longo dos anos. Em 2021, o investimento será de R$ 12,5 bilhões; passa para R$ 12,77 bilhões em 2022; e permanece em queda até 2025, alcançando R$ 4,68 bilhões.
— Em contrapartida, a desativação de campos irá crescer. O total investido nesse segmento vai passar de R$ 5 bilhões para R$ 5,7 bilhões até 2025. Quase a totalidade desse dinheiro vai ser colocada em campos marítimos, de acordo com a ANP.
— Nos próximos anos, a Petrobras e outras petroleiras vão avançar com a produção no pré-sal. Novas plataformas devem entrar em operação, sobretudo nos campos de Mero e Búzios. Deste ano até 2023, mais oito unidades vão ser instaladas no país, segundo a ANP. Estadão/Broadcast
Ex-Shell no comando da Galp O engenheiro Carlos Gomes da Silva renunciou aos cargos de vice-presidente do Conselho de Administração, presidente executivo e demais cargos de administração na Galp. O executivo Andy Brown foi escolhido para assumir essas posições a partir de 19 de fevereiro, mas sua nomeação precisa passar pelo aval dos conselheiros.
— Brown atua há 35 anos no mercado de energia, com passagem em várias funções de gestão na Royal Dutch Shell, onde foi diretor de Internacional Upstream (2012) e diretor de Upstream (2016). Em 2019, foi vice-presidente na SBM, depois consultor sênior na McKinsey, na JMJ e na ZeroAvia, uma start-up de hidrogênio e células de combustível para aviação, informou a Galp. epbr
Eólica. A AES Brasil assinou nessa terça (12/1) um memorando de entendimento com a Ferbasa, produtora de ferro-ligas, para fornecer 80 megawatts médios pelo prazo de 20 anos, com entrega de energia a partir de 2024. O acordo prevê o desenvolvimento de um parque eólico no complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte. A construção deve começar ainda este ano. R7, com Reuters
Demanda por bens industriais cresce. O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), registrou alta de 2,3% em novembro de 2020, na comparação com outubro e também com igual mês de 2019. O indicador mede a demanda por bens industriais, definida como a produção industrial interna não exportada (bens nacionais), acrescida das importações.
— No acumulado de 12 meses até novembro, porém, os números continuam negativos. Enquanto o Indicador Ipea recuou 6,9%, a produção industrial registrou queda de 5,2%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Maior inflação desde 2016. Pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCAfechou 2020 em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, de 4%. É a maior inflação anual desde 2016, quando o índice ficou em 6,29%. G1
Lava Jato A Polícia Federal apreendeu, nessa terça (12/1), obras de arte, carros de luxo e um helicóptero ao cumprir mandados de busca e apreensão pela 79ª fase da Operação Lava Jato, que investiga pagamentos de propina na Transpetro e operações de lavagem de dinheiro.
— Foram expedidos pela 13ª Vara Federal, de Curitiba (PR), três mandados no Rio de Janeiro, dois em Brasília, dois em São Luís (MA), dois em São Paulo e um em Angra dos Reis (RJ). Os mandados foram cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, que não foi alvo da operação dessa terça.
— As ordens judiciais visavam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados. Em São Luís, foram apreendidos carros de luxo e um helicóptero.
— Os crimes investigados aconteceram entre 2008 e 2014, segundo a PF, com pagamento de R$ 12 milhões em propinas. As investigações apontam que a propina era paga em espécie, e a lavagem do dinheiro acontecia por meio da compra de obras de arte e imóveis. G1
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 13/01/2021
EMISSÕES DA GERAÇÃO DE ENERGIA VÃO RETOMAR NÍVEIS PRÉ-CRISE EM 2021, ALERTA IEA
Publicado em 01/13/2021 as
09:55 PM
Para Fatih Birol, diretor-geral da agência, atual momento da política global propício a mudanças graças ao "significativo novo alinhamento político sobre o clima".
Por Guilherme Serodio - 13 de janeiro de 2021 - Em Clima, Petróleo e gás, Transição energética
O diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, afirmou que as emissões de carbono vinculadas à geração de energia devem voltar, ainda em 2021, aos níveis anteriores à crise global gerada pela pandemia da covid-19, gerando nova pressão sobre governos e formuladores de política energética por medidas eficazes no combate ao aquecimento global.
A IEA afirma que 2020 marcou um grande choque para os mercados de energia no mundo, derrubando a demanda global em cerca de 5%, uma queda sete vezes mais forte do que a verificada após a crise financeira global de 2008 e 2009.
Com a queda na demanda por energia, as emissões globais recuaram cerca de 7%, atingindo números equivalentes aos registrados 10 anos atrás.
Mas a IEA já alertava que a recuperação seria veloz tanto na produção de energia quando na emissão de gases poluentes, na medida em que a economia mundial superasse o abalo causado pela pandemia.
Agora, segundo Birol, as perspectivas para 2021 confirmam o alerta.
“Os primeiros dados e os projetos que estão sendo colocados em prática confirmam que as emissões globais em 2021 devem se recuperar”, disse o diretor da agência em transmissão nesta segunda (11).
“Eu acredito que isso deveria estar no centro das preocupações dos formuladores de políticas energéticas neste ano: como podemos evitar uma forte recuperação das emissões”, afirmou Birol.
Propostas para a descarbonização até 2050
A redução de emissões é central na formulação de projetos da agência. A IEA planeja divulgar nos próximos meses um estudo sugerindo os caminhos para garantir a descarbonização do setor de energia até 2050, algo que a agência vê como o futuro do mercado de energia.
A necessidade de maior engajamento de governos e formuladores de política energética é vista como essencial pela IEA para frear o aumento de emissões. Mas para Birol, o momento atual é propício a mudanças graças ao que classificou como “um significativo novo alinhamento político sobre o clima”.
A fala foi uma referência aos compromissos firmados por grandes economias como União Europeia, China e Japão para atingir emissões de carbono líquidas zero (net-zero target, no termo em inglês) até meados do século.
Mas também pode ser lida como uma mensagem de boas-vindas ao futuro presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que tomará posse no próximo dia 20.
Desde a eleição de Biden em novembro passado, Birol afirma que a esperada guinada nas prioridades do governo dos EUA pode acelerar a transição global para energia limpa.
Na época ele se disse ansioso para apoiar o presidente eleito a atingir novas metas de energia e clima na maior economia do mundo.
Para Birol, o atual momento da política global sobre questões climáticas “abre um novo mundo de possibilidades para todos nós”.
Mercado de óleo viveu “seu ano mais selvagem”
O diretor da IEA lembrou que o mercado de óleo e gás viu em 2020 seu ano “mais selvagem” na história moderna, com uma queda na demanda de 25% em abril passado e a inédita marca de preços negativos para a venda de barris no mercado.
A recuperação do setor já é perceptível em países como a China, onde o consumo de óleo e gás hoje é superior ao registrado um ano atrás.
Uma queda também grave foi registrada no setor de carvão, onde a demanda recuou 5%, na maior queda desde a Segunda Guerra Mundial.
A boa notícia, segundo o diretor da agência, é que a as energias renováveis superaram mais rapidamente as consequências negativas da pandemia. “As energia renováveis foram a única tecnologia em que verificamos um aumento da demanda no ano passado”, disse Birol.
Juntas, as fontes renováveis devem se tornar a principal fonte de geração elétrica do mundo em 2025, pondo fim à predominância do carvão que perdurou pelas últimas cinco décadas.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 13/01/2021
RIO SANCIONA LEI QUE AUMENTA PENAS ADMINISTRATIVAS CONTRA ROUBO DE COMBUSTÍVEIS
Publicado em 01/13/2021 as
09:55 PM
Congresso debate projeto de Simone Tebet que prevê prisão de até 14 anos por roubo ou furto de combustíveis
Por Guilherme Serodio - 13 de janeiro de 2021 - Em Combustíveis, Petróleo e gás
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), sancionou nesta quarta (13) a lei 9.183/2021, que permite a aplicação de penalidades administrativas contra quem roubar, furtar ou receptar combustíveis.
A medida via coibir o assalto aos oleodutos no estado.
A nova lei permitirá a aplicação de multas ou interdição de estabelecimentos flagrados como parte da cadeia criminosa de desvio dos produtos, que também poderão ser confiscado. A legislação garante ainda a possibilidade de cancelamento da inscrição no cadastro do ICMS dos estabelecimentos.
Sócios das empresas envolvidas também poderão perder suas prerrogativas por, no mínimo, cinco anos. As multas aplicáveis variam entre R$ 36 mil e R$ 18 milhões.
A proposta de endurecer as punições contra esses crimes foi feita pela deputada Martha Rocha (PDT).
O texto também foi assinado pelos deputados Subtenente Bernardo (PROS), Waldeck Carneiro (PT) e Rosenverg Reis (MDB), além do deputado licenciado Bruno Dauaire (PSC) e do ex-deputado Chicão Bulhões (Novo).
O texto foi aprovado na Alerj em dezembro.
O IBP classificou a sanção da lei como um passo importante no combate a esses crimes, que no estado envolvem organizações criminosas atuantes também no roubo de cargas, adulteração de produtos e sonegação tributária.
Martha Rocha comemorou a aprovação da lei afirmando que as penalidades mais duras vão impactar no combate ao tráfico de drogas.
“Esta modalidade criminosa se transformou em nova fonte de recursos para os traficantes do Rio de Janeiro, que os investem na aquisição de novos armamentos e munições”. O roubo de combustíveis também é praticado por milícias.
Câmara debate proposta de Simone Tebet
O aumento de penalidades também é debatido na Câmara dos Deputados, onde tramita o PL 8455/2017. O texto, que tipifica os crimes de roubou ou furto e de receptação de combustível, foi proposto no Senado por Simone Tebet (MDB/MS), atual candidata à presidência da Casa.
Em 2017, Tebet comemorou a aprovação da matéria no Senado e afirmou que o crime já era considerado o quarto mais rentável no mundo. “Fala-se hoje em mais de US$ 11 bilhões que esse tipo de crime consegue lucrar. Está atrás apenas do tráfico de drogas, do tráfico de pessoas e da falsificação”, disse.
A versão aprovada no Senado previa pena de prisão para envolvidos nos crimes por até doze anos. Já na Câmara, o PL recebeu um substitutivo da relatora na CCJ, Caroline de Toni (PSL), aumentando a pena de prisão para até 14 anos.
Na Câmara também tramita o PL 5138/2019, proposto por Christino Áureo (PP/RJ). O texto tipifica o roubo de petróleo, gás natural ou derivados como crime contra a ordem econômica. Segundo o deputado, em dois anos até 2019, os registros desse tipo de crime haviam disparado 262,5%.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 13/01/2021
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CORTA EM UM TERÇO A ÁREA DE PROGRAMA PARA PRESERVAÇÃO FLORESTAL
Publicado em 01/13/2021 as
09:55 PM
Por Guilherme Serodio - 13 de janeiro de 2021 - Em Clima, Meio ambiente
RIO – O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou nesta quarta (13) o Plano Operativo para Controle do Desmatamento Ilegal e Recuperação da Vegetação Nativa, que vai vigorar até 2023. O documento define as metas do Floresta+ para o período, com o objetivo de contratar a preservação e recuperação de 250 mil hectares.
A extensão prevista agora representa pouco mais de 64% da área inicialmente proposta pelo MMA como meta a ser atingida pelo Floresta+ nos próximos três anos.
Em agosto do ano passado, o MMA enviou ao Ministério da Economia um documento sugerindo que Floresta+ fosse adotado em substituição ao objetivo de reduzir em 90% o desmatamento e incêndios ilegais em todo o país, conforme previsto no plano plurianual do governo federal.
A proposta do Meio Ambiente previa que o Floresta+ garantiria a preservação de 390 mil hectares de floresta nativa no bioma Amazônia por meio da modalidade Floresta+ Amazônia, uma das previstas no programa.
Na época, a Secretaria de Planejamento do Ministério da Economia redigiu uma nota técnica criticando a proposta. A sugestão não foi considerada adequada aos objetivos do plano plurianual por prever a proteção de menos de 1% dos 5,5 milhões de quilômetros quadrados de cobertura florestal amazônica.
De acordo com os técnicos do Ministério da Economia, a meta sugerida para o projeto piloto não enfrentava o problema da elevação do desmatamento no país “com a abrangência e grau de efetividade necessários”.
Plano de operação até 2023
No documento publicado (.pdf) nesta quarta (12), o MMA reduziu a área a ser contemplada pelo Floresta+ para 250 mil hectares e dividiu essa extensão para ser contemplada em três modalidades.
O piloto Floresta+ Amazônia prevê pagamentos para as atividades de conservação da vegetação nativa em imóveis rurais e vai envolver 150 mil hectares até 2023.
Já o Floresta+ Amazônia Legal, com pagamentos para as atividades de recuperação da vegetação em imóveis rurais, vai abarcar outros 50 mil hectares no período.
Por último, a modalidade Floresta+ Recuperação vai promover pagamentos por serviços ambientais visando recuperar 50 mil hectares.
O programa Floresta+ foi lançado no ano passado pelo ministro Ricardo Salles como uma tentativa de viabilizar negócios baseados nos pagamentos por serviços ambientais, os PSA.
Dentre as propostas abarcadas pelo projeto estavam o pagamento de serviços para a preservação e para a recomposição de áreas de cobertura vegetal.
O programa previa também a criação de um mercado privado e voluntário de créditos de carbono no Brasil, o Floresta+ Carbono. A proposta foi criticada por ambientalistas por não prever metas objetivas e não definir claramente qual seria o papel do governo brasileiro na regulação desse mercado.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 13/01/2021
NEW FORTRESS ENERGY ACERTA COMPRA DE ATIVOS DA GOLAR POWER NO BRASIL EM OPERAÇÃO DE US$ 5 BI
Publicado em 01/13/2021 as
09:55 PM
Por Gustavo Gaudarde - 13 de janeiro de 2021 - Em Mercado de gás
A New Fortress Energy (NFE), com sede em Nova York, fechou acordos para comprar a Hygo Energy (Golar Power), joint venture 50-50 entre a Golar LNG e a Stonepeak Infrastructure Partners, em uma operação de US$ 5 bilhões, que inclui a compra da Golar Partners.
A NFE vai assumir o controle do principal player do mercado brasileiro para infraestrutura e comercialização de gás natural liquefeito (GNL), em projetos integrados com geração de energia (gas-to-power).
A Golar Power, com foco no Brasil, e a Golar Partners operam e detêm unidades flutuantes de regaseificação (FSRUs) e navios para transporte internacional de GNL.
Junto com a compra da Golar Power, foram anunciados acordos com a BR Distribuidora e a aquisição do projeto para o terminal de GNL do Porto de Suape, em Pernambuco.
Fechando os negócios, a NEF desembarcará no Brasil com quatro terminal de GNL, dois no Nordeste, um no Norte e um no Sul do país; e 4,1 GW de potência termoelétrica em usinas a gás.
Dando sequência à estratégia da Golar Power, a intenção é atuar também na comercialização de GNL. No anúncio da compra, a NEF cita a possibilidade de suprir toda a região Nordeste.
A Golar Power possui acordo com a BR Distribuidora para formar uma distribuidora de GNL.
Por meio de projetos pequena escala, a Golar vinha estudando formas para desenvolver o mercado de gás em regiões não atendidas pela rede de gasodutos de transporte, além da conexão dos seus terminais, como é o caso de Sergipe.
A estratégia envolve estudos para criação de corredores de abastecimento de GNL para caminhões, cabotagem para desembarcar o gás em portos sem terminais de GNL ou gasodutos, caso de Itaqui no Maranhão, e biogás.
A Golar Power abriu recentemente uma chamada pública para aquisição de biometano, produzido a partir do biogás que pode substituir o gás natural, tem aplicações industriais e até como combustível automotivo.
Recentemente, a Golar Power tentou arrendar o terminal de GNL da Petrobras na Bahia, mas a concorrência foi cancelada e será reiniciada.
São todos projetos em desenvolvimento.
O único ativo em operação da Golar Power, por enquanto, é a usina térmica da Celse, integrada com o terminal do Porto de Sergipe.
A Golar Partner, por sua vez, opera um FSRU para a Petrobras.
“A adição deste grande portfólio de ativos aprimora nossa abordagem totalmente integrada. Estamos animados para que eles se tornem parte da NFE. Este é um grande passo em direção a nossa meta de terminar este ano com entre 15 e 20 terminais que disponibilizem energia mais limpa e acessível aos mercados em crescimento ao redor do mundo”, afirma Wes Edens, presidente e CEO da New Fortress Energy.
O que a New Fortress Energy está comprando no Brasil
As operações da Golar Power/Hygo Energy, que são os terminais de GNL integrados com usinas termoelétricas, incluindo o do Porto de Sergipe (Celse), já em operação, e Barcarena, no Pará (Celba); além do Terminal Gás Sul, na Baía de Babitonga, em Santa Catarina.
Acordo para compra de 100% da Pecém Energia S.A. e Energética Camaçari Muricy II S.A, assinados com BR Distribuidora e CCETC Brasil Holding. Com isso, leva contratos de compra e venda de energia (PPA) de 288 MW, com prazo de 15 anos;
O projeto de GNL de Suape, em Pernambuco, da CH4 Energia, que está em fase de licenciamento. Com operação prevista para final de 2022, também será um terminal de GNL integrado com uma UTE de 1,4 GW, que atenderá ao PPA de 288 MW.
Com a compra da Golar Partners, a NEF leva seis FSRUs, quatro transportadores de GNL e uma participação de 50% nos trens 1 e 2 do Hilli, uma FLNG, plataforma flutuante de liquefação de gás natural.
Condições para o fechamento dos negócios
A NEF pretender fechar as operações até o primeiro semestre de 2021, mas as operações ainda dependem de aprovação dos acionistas detentores de ações em circulação.
No acordo com a Hygo, a NFE pretende adquirir todas as ações em circulação 31,4 milhões de ações ordinárias Classe A próprias e mais da NFE e US$ 580 milhões em dinheiro.
A transação avalia a empresa em US$ 3,1 bilhões e um valor patrimonial de US$ 2,18 bilhões de dólares.
O Conselho de Administração da Hygo, junto com a GLNG e a Stonepeak, acionistas da Hygo, aprovaram por unanimidade a transação proposta com a NFE. O fechamento da transação está sujeito às aprovações regulatórias.
Para a compra da Golar Partners, a NFE concordou em adquirir todas as common units em circulação da por US$ 3,55. A transação está avaliada em um valor empresarial de US$ 1,9 bilhão e US$ 251 milhões em valor patrimonial comum.
O Conselho de Administração da Golar Partners aprovou por unanimidade a transação proposta com a NFE.
A Golar LNG celebrou um acordo de suporte com a NFE, comprometendo-se a votar com sua participação de aproximadamente 31% nas common units da Golar Partners, em favor da transação.
O fechamento da transação está sujeito à aprovação pelos detentores da maioria das common units em circulação e aprovações regulatórias.
Sobre a New Fortress Energy
A NEF se descreve como uma empresa “de infraestrutura de energia fundada para ajudar a acelerar a transição global para a energia limpa”.
Diz que o objetivo é migrar das operações de “baixo carbono”, com gás natural, para “nenhum carbono”, a partir de hidrogênio verde, gerado a partir de fontes renováveis de energia, como eólica e solar.
Hoje, a operação é baseada em terminais de liquefação (exportação), regaseificação (importação) e geração de energia.
Sem considerar a aquisição dos ativos da Golar, têm seis projetos de GNL ou geração de energia na América Latina e Caribe, dois nos EUA e um na Europa.
Fundada em 2014, abriu capital com um IPO na Nasdaq em 2019.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 13/01/2021
BANCADA RURALISTA REAGE A MACRON E DIZ QUE NÃO ACEITARÁ ACUSAÇÕES
Publicado em 01/13/2021 as
09:54 PM
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reagiu às declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o desmatamento na Amazônia e a produção de soja no Brasil, principal produto da pauta exportadora do setor. “Não aceitaremos acusações desse tipo”, disse, em nota, o líder da bancada ruralista, deputado Alceu Moreira (MDB-SP). “Alertamos que a política interna da França não pode colocar em xeque outra nação e a legalidade de nossas políticas públicas para a agricultura como um todo.”
Na terça-feira, 12, o presidente francês afirmou que “continuar a depender da soja brasileira seria ser conivente com o desmatamento da Amazônia”. Em vídeo publicado em sua conta oficial do Twitter, Macron fala em “não depender mais” da soja brasileira e produzir o grão na Europa. “Nós somos coerentes com nossas ambições ecológicas, estamos lutando para produzir soja na Europa”, afirmou.
Moreira rebateu as declarações de Macron. “Atualmente, apenas 10% da soja brasileira é produzida no bioma Amazônico, sem contar que toda a produção está dissociada de qualquer processo de desmatamento desde 2008”, disse o deputado.
As exportações brasileiras de soja totalizaram 83,028 milhões de toneladas em 2020, um crescimento de 12,10% ante os 74,063 milhões de toneladas de 2019. Em receita, os embarques ao exterior do País totalizaram US$ 28,59 bilhões, aumento de 9,67% ante o obtido em 2019 (US$ 26,07 bilhões).
“A França, em toda sua história, nunca demonstrou tanto desespero em relação ao desenvolvimento sustentável que o Brasil alcança ano a ano, com novas tecnologias e uma agricultura de precisão que garante duas safras por ano”, disse o líder da bancada ruralista.
Mais cedo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o presidente da França desconhece a produção de oleaginosa brasileira. Presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Mourão afirmou que a produção agrícola da região amazônica é “ínfima” e que Macron apenas “externou interesses protecionistas dos agricultores franceses”.
Em francês, Mourão disse que Macron “não estava bem”. “Monsieur Macron? Monsieur Macron ne pas bien. Monsieur Macron desconhece a produção de soja no Brasil. Nossa produção de soja é feita no cerrado ou no Sul do País. A produção agrícola na Amazônia é ínfima”, declarou Mourão a jornalistas, ao chegar à Vice-Presidência.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 13/01/2021
COM RETOMADA DA INDÚSTRIA E VENDAS DE EMBALAGENS, SETOR CRESCE 5,5% EM 2020
Publicado em 01/13/2021 as
09:54 PM
A expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado chegou a 3.815.300 toneladas em 2020, um crescimento de 5,5% em relação ao ano anterior. É o maior nível expedido desde o início da série em 2005 e o maior crescimento anual desde 2010, quando teve alta de quase 10%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 13, pela Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), antiga ABPO.
Gabriella Michelucci, presidente da Empapel, explica que o setor chegou a crescer 7% no primeiro trimestre, antes da pandemia. A situação mudou no segundo trimestre, que terminou em queda de 3,5%, mas voltou à normalidade depois.
Ela diz que o isolamento social acabou provocando uma corrida na busca por alimentos e produtos de higiene e limpeza, aumentando assim os pedidos de embalagens. “O consumo de bens duráveis caiu, mas os produtos essenciais aumentou bastante. A partir de meados de junho, com a retomada das indústrias, houve explosão de compras de embalagens de papel ondulado”, comenta.
Em dezembro de 2020 foram 319.284 toneladas, alta de 11,2% em relação a dezembro de 2019. Na série iniciada em 2005 está é a primeira vez que o volume expedido é superior a 300 mil toneladas, sendo também o maior volume expedido entre os meses de dezembro. A produção por dia útil cresceu 7%, para 12.280 toneladas, maior expedição diária entre os meses de dezembro.
Na comparação trimestral, os dados apontam alta de 7,7% no quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. O volume expedido no quarto trimestre chegou a 999.119 toneladas, também o maior desde 2005, ficando atrás apenas do trimestre passado (1.003.354 toneladas), um recuo de 0,4% nos dados ajustados sazonalmente.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 13/01/2021
INTELBRAS PROTOCOLA PEDIDO DE IPO QUE PODE MOVIMENTAR ATÉ R$ 1,871 BI
Publicado em 01/13/2021 as
09:54 PM
A desenvolvedora de tecnologia Intelbras protocolou na terça-feira, 12, na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) o prospecto preliminar e o aviso ao mercado de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A empresa estimou que a faixa indicativa de preço por ação ficará entre R$ 15,25 e R$ 19,25, e se forem vendidos todas as ações da oferta base, mais os lotes adicional e suplementar, a operação pode movimentar até R$ 1,871 bilhão, caso a ação saia no teto da faixa indicativa.
A oferta consistirá na distribuição pública, inicialmente, 46 milhões de ações de oferta primária e 26 milhões de ações de oferta secundária.
Caso haja demanda, os acionistas responsáveis pela oferta secundária, em que os recursos ficam com os vendedores, e não com a empresa, poderão lançar mais 25,2 milhões de ações. Assim, a companhia pode captar até R$ 885,5 milhões com a emissão primária, e os vendedores podem ficar com até R$ 985,6 milhões.
Segundo a companhia, os recursos captados da oferta primária serão utilizados para acelerar seu crescimento por meio de aquisições, expansão da capacidade industrial e automação de processos produtivos, ampliação de soluções de software as a service e hardware as a service, além da expansão de canais internos verticais e de varejo.
A oferta de ações está sendo coordenada pelos bancos BTG Pactual (coordenador líder), Citi, Itaú BBA e Santander Brasil.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 13/01/2021
BIOCOMBUSTÍVEL DE BAGAÇO DE CANA É EXPORTADO PELO PORTO DE PARANAGUÁ
Publicado em 01/13/2021 as
09:54 PM
Fonte: Noticias Agricolas (13 de janeiro de 2021 )

Foto: Claudio Neves
No berço 204, a oeste do cais do Porto de Paranaguá, o embarque de um novo produto chamou a atenção nesse início de semana. A granel, pellets de bagaço de cana-de-açúcar encheram os porões do navio Marina Prince. A biomassa é produto de exportação que vai atender o mercado do Reino Unido na geração de energia sustentável. A operação está sendo concluída nesta terça-feira (12).
“Ficamos muito satisfeitos quando novos produtos chegam e saem pelos portos do Paraná. Nesse caso, é ainda mais compensador o fato de se tratar de um biocombustível que será utilizado em substituição ao carvão na geração de energia termoelétrica”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O produto embarcado pelo Estado, de origem paulista, é o bagaço da cana (que sobra das usinas de produção de açúcar e etanol) transformado em pellets, que nada mais é do que a matéria orgânica (biomassa) comprimida para se tornar biocombustível.
O procedimento de embarque é o mesmo dos demais graneis sólidos exportados no porto paranaense. Ou seja, o produto sai do terminal e, em esteiras transportadoras, chega até o shiploader (equipamento carregador de navios) que despeja o produto enchendo os porões da embarcação. A operação é da Pasa, em parceria com a Céu Azul.
Segundo o gerente de operações da Pasa, Eric Ferreira de Souza, esta é a primeira vez que o produto é embarcado pela empresa. “A movimentação de pellets de biomassa de cana de açúcar possibilita a abertura de novos mercados e negócios futuros. Mostra, também, o pioneirismo e o potencial do nosso terminal frente aos diversos produtos operados em Paranaguá”, afirma o gerente.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a cana-de-açúcar é considerada uma das grandes alternativas para o setor de biocombustíveis devido ao grande potencial na produção de etanol e seus respectivos subprodutos.
NO PARANÁ – No Estado, a produção de energia renovável também é estimulada. No último mês de dezembro, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-PR), o Governo do Paraná instituiu o programa Paraná Energia Rural Renovável.
O programa, que está em fase de estruturação, dará apoio à geração distribuída de energia elétrica a partir de fontes renováveis em unidades produtivas rurais. A ideia é criar subsídios como linhas de crédito e incentivos tributários para que os produtores rurais e as agroindústrias paranaenses invistam nessa produção.
Segundo o coordenador do programa, Herlon Goelzer de Almeida, o principal objetivo é aproveitar essa matéria prima – tanto os dejetos animais quanto os resíduos vegetais das agroindústrias (principalmente do setor sucroalcooleiro) – para geração de energia dentro do próprio Estado.
“Esses subprodutos podem ser utilizados em biodigestão para gerar energia. O setor sucroalcooleiro é o que mais tem possibilidade e capacidade de produção de energia renovável. Estamos finalizando a estruturação do programa. Acredito que nos próximos anos teremos uma forte adesão do setor que pode inclusive gerar energia própria, a partir dessa biomassa, reduzindo seus custos e tornando a produção mais sustentável”, completa Herlon.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
EXPEDIDORES E DESPACHANTES NA EUROPA EXIGEM MAIOR ESCRUTÍNIO DAS PRÁTICAS DAS COMPANHIAS MARÍTIMAS
Publicado em 01/13/2021 as
09:53 PM
Fonte: Mundo Marítimo (13 de janeiro de 2021 )
Em meio a taxas recordes e contínuas interrupções nas cadeias de abastecimento do transporte marítimo, as associações que representam os transportadores e transitários europeus pediram às autoridades de concorrência da União Europeia que examinassem as práticas atuais das companhias marítimas, em particular as referentes à fixação de preços e reservas que, em sua opinião, foram distorcidas pela falta de fiscalização, de acordo com a Lloyd’s List .
Numa carta conjunta à Direção da Concorrência da Comissão Europeia, o Conselho de Transitários Europeus (ESC) e a Associação Europeia de Transitários (CLECAT) disseram ter “mais uma vez alertado a Comissão Europeia para as práticas actuais de companhias marítimas, visto que as cadeias de abastecimento europeias estão cada vez mais distorcidas.” As associações anunciaram que se reunirão com a Comissão para demonstrar os danos que o comportamento das companhias marítimas está causando ao crescimento do comércio em um momento de recessão econômica.
As associações acrescentam que, na sua carta, “informaram a Comissão sobre questões decorrentes das práticas atuais das companhias marítimas. Estas dizem respeito à violação dos contratos existentes, ao estabelecimento de condições não razoáveis ??em relação à aceitação de reservas e a fixação unilateral de taxas muito superiores às pactuadas nos contratos. “
Eles disseram que a situação atual “afeta particularmente as pequenas empresas europeias com reservas financeiras limitadas.” No entanto, eles acrescentaram que “as consequências adversas das práticas das companhias marítimas são sentidas igualmente em muitas empresas maiores, como varejo, moda, automotivo, cosméticos e tecnologia da informação.”
Acrescentaram: “As companhias marítimas reservaram-se a possibilidade de alterar as taxas quando o considerem adequado, apesar das taxas e encargos específicos acordados”. Além disso, eles indicaram que os transportadores e despachantes de carga estão enfrentando reservas rejeitadas e rolagem de carga se as companhias marítimas considerarem mais lucrativo aceitá-las com taxas mais altas para um determinado itinerário. As práticas inaceitáveis ??também incluem a recusa em aceitar reservas de clientes, forçando-os a alterar as taxas contratadas para taxas spot a um preço muito mais alto.
Para ilustrar seus pontos, as associações observaram que o Índice de Embarque Contêiner de Xangai atingiu um recorde de mais de US $ 2.640 / TEU no último Natal.
“A interrupção da cadeia de abastecimento devido ao número sem precedentes de viagens em branco – até 30% em algumas rotas – combinada com a falta de confiabilidade, com apenas 50% dos navios no prazo no ano passado, levou a à atual falta de vasilhames “, acrescentam as associações.
Efeito dominó
“As companhias marítimas estão tentando devolver os contêineres à China o mais rápido possível, simplesmente porque há uma necessidade e os benefícios são muito atrativos. Enquanto isso, isso causou um efeito cascata, pois há uma escassez geral de equipamentos. para as exportações europeias ”, apontaram.
“Como consequência, os despachantes e despachantes agora também enfrentam todos os tipos de novas sobretaxas, como as ‘sobretaxas de desequilíbrio de equipamento’ que as companhias marítimas estão impondo. Se decidirem enviar contêineres vazios de volta para a China por razões comerciais, eles não duvidam que uma ‘sobretaxa de desequilíbrio da equipe’ seja justificável? “
As associações destacaram que carregadores, despachantes, operadores de terminais e outros membros da cadeia de abastecimento marítimo expressaram no ano passado insatisfação com a decisão da Comissão Europeia de prorrogar mais uma vez o regulamento de isenção por categoria para o transporte marítimo. linha. As associações acrescentaram: “Os acordos de consórcio autorizam as companhias marítimas a concordar coletivamente com viagens em branco . A atual escassez de capacidade permitiu às companhias marítimas aumentar significativamente as taxas spot e as taxas de contrato.
De acordo com as associações, as práticas não razoáveis ??das companhias marítimas em relação a contentores, taxas e taxas de detenção e sobreestadia representam um sério risco para a resiliência económica da Europa. O ESC e a CLECAT, cujos membros foram particularmente afetados por mudanças unilaterais nas taxas e serviços, “encorajam a Comissão Europeia a adotar medidas semelhantes às das autoridades competentes em outras partes do mundo”, afirmaram.
A carta das associações responde às preocupações levantadas pelas respectivas autoridades de concorrência dos Estados Unidos e da China no final do ano passado.
Escrutínio dos Estados Unidos
Em setembro, a Comissão Marítima Federal dos Estados Unidos (FMC) alertou que agiria contra qualquer violação das regras de concorrência e “intensificou seu escrutínio dos mercados, das companhias marítimas individuais e das três alianças globais em resposta. às circunstâncias e desafios incomuns criados pela pandemia COVID-19. “
A FMC alegou estar “monitorando ativamente qualquer efeito potencial nas taxas de frete e níveis de serviço de transporte, usando várias fontes e marcadores, incluindo informações abrangentes que as partes de um contrato de transporte devem apresentar à agência”, e enfatizou que “se houver qualquer indicação de comportamento das companhias marítimas que possam violar as regras de concorrência do artigo 6 g) da Lei do Transporte Marítimo, a Comissão tentará imediatamente abordar essas preocupações com eles. Se necessário, o FMC irá para um tribunal federal para solicitar uma liminar proibindo a continuação do acordo de aliança não-conforme. “
Escrutínio na China
Os comentários do FMC vieram por trás da preocupação da China com o aumento das taxas de frete e problemas de capacidade na rota Transpacífico. O Ministério dos Transportes chinês também convidou os chefes de 14 companhias marítimas envolvidas nesse mercado – incluindo os membros das três principais alianças marítimas – para uma “consulta” realizada na Bolsa de Transporte Marítimo de Xangai em setembro passado. Com o objetivo de “estabilizar os mercados internacionais de transporte de contêineres”, o Ministério dos Transportes da época perguntou especificamente que medidas as companhias marítimas haviam tomado para “conter sobretaxas excessivamente rápidas nas rotas entre a China e os Estados Unidos”.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
SCPAR PORTO DE IMBITUBA REPASSA R$ 2 MILHÕES PARA O HOSPITAL SÃO CAMILO
Publicado em 01/13/2021 as
09:53 PM
Fonte: SCPar - Porto de Imbituba (13 de janeiro de 2021 )
A SCPAR Porto de Imbituba, no Sul do Estado, firmou nesta terça-feira, 12, o Termo de Colaboração com o repasse financeiro de R$ 2 milhões para o Hospital São Camilo. Os recursos serão destinados ao combate à Covid-19, para a aquisição de equipamentos hospitalares e insumos. A transferência foi autorizada pela Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA).
“Estamos extremamente gratos em poder iniciar 2021 formalizando essa colaboração com o hospital. A pandemia é uma batalha que ainda precisa de atenção e cuidado e o porto, como parceiro da cidade, quer ajudar a superar o atual contexto de crise sanitária”, pontuou o diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Luís Antonio Braga Martins, informando que os recursos serão repassados em três etapas.
Presente no ato, em Imbituba, a primeira-dama Késia Martins da Silva, lembrou que tanto o Porto quanto o Hospital São Camilo fazem parte da sua história de vida. O pai trabalhou no Porto e o irmão e ela nasceram neste hospital. “Tenho uma grande gratidão por essa cidade. Acompanhar este repasse é um momento muito significativo e de alegria, vai garantir um atendimento de ainda mais qualidade e excelência à população. Desde quando o Moisés assumiu o Governo, me propus a ver o que poderia ser feito pelos hospitais, pelas unidades de saúde. Tenho a certeza que todos estamos sensíveis às necessidades dos catarinenses”, relatou.
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, destacou que há 10 meses o estado está no enfrentamento da pandemia e o Governo e a secretaria da Saúde trouxeram várias necessidades de organização de serviços, dentre eles, Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Conseguimos trazer para o estado mais 790 leitos de UTI Covid Adultos SUS novos, destes 10 foram ativados no Hospital São Camilo. O recurso que hoje é aportado, é fundamental para que consigamos aumentar ainda mais os serviços para o tratamento de UTI de Covid e outros para a cidade e região”, destaca.
O diretor-presidente da SCPAR Participações e Parcerias (holding), Enio Parmeggiani, disse que o recurso para o hospital é fruto de uma articulação do Porto de Imbituba com a anuência dos órgãos federais. “É o resultado do trabalho do Porto. Teve toda uma estruturação dos aspectos legais, de normativas e que hoje se consolida. É uma grande conquista para Imbituba e região”.
“Vemos essas atitudes de forma muito positiva e parabenizamos a SCPAR Porto de Imbituba. Outras autoridades portuárias também tiveram essa mesma iniciativa e já foram aplicados, no total, cerca de R$ 30 milhões advindos de receitas portuárias para o enfrentamento da pandemia. São recursos que ajudam a salvar vidas”, observou Alessandro Marques, coordenador-geral de Descentralização e Delegações da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), que participou por videoconferência, representando o Ministério da Infraestrutura.
Hospital São Camilo
Durante o ano de 2020, devido à pandemia do coronavírus, o Hospital São Camilo passou a ofertar para a Secretaria de Estado da Saúde 26 leitos clínicos para internações hospitalares de isolamento e 10 leitos de UTI Adulto Covid-19. A unidade filantrópica é administrada pela Sociedade Beneficente São Camilo.
“Somos gratos pela iniciativa que vai beneficiar a população. Sem as tantas ajudas e parcerias não teríamos condições financeiras, nem estruturais para enfrentar esta pandemia”, contou a procuradora da Sociedade Beneficente São Camilo, Luciene Basso Meurer.
Participaram do ato, o diretor de Infraestrutura e Logística da SCPAR Porto de Imbituba, Fábio Riera, prefeito do município, Rosenvaldo da Silva Júnior, vice-prefeito, Antônio Clesio Costa, procuradora da Sociedade Beneficente São Camilo, Talita Coutinho Elbert, e outras autoridades.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
POSTO DA ANVISA NO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO É DESATIVADO
Publicado em 01/13/2021 as
09:53 PM
Fonte: Jornal Portuário (13 de janeiro de 2021 )

Entre as mudanças, está a transformação de alguns postos em pontos de atuação
Uma resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no dia 11 de dezembro de 2020 alterou a estrutura organizacional da instituição. Entre as mudanças, está a transformação de alguns postos em pontos de atuação, como em São Sebastião. Segundo a Anvisa, independente da presença da agência em posto estruturado, o local, ativo ou atividade desenvolvida, permanecem sujeitos à inspeção e fiscalização sanitária.
De acordo com a agência, a adequação da estrutura organizacional das unidades de Portos, Aeroportos e Fronteiras (PAFs), publicada no dia 11, utiliza parâmetros de análise como concentração da demanda em estados, municípios e pontos de entrada, revisão de processos de trabalho, distribuição e dimensionamento da força de trabalho necessária à atuação eficiente, projeção de aposentadorias, análise de risco sanitário, impacto regulatório e construção de cenários de atuação, diante da redução de efetivo de pessoal ao longo dos anos e da modernização da atividade de Vigilância Sanitária.
Assim sendo, a Anvisa garante que terá atuação in loco estratégica, focada na periodicidade de inspeção respaldada no gerenciamento de risco, além da fiscalização e inspeção de produtos, complementando, quando necessário, as ações de licença de importação.
Segundo a Anvisa, este trabalho será desenvolvido por equipes multidisciplinares e volantes, que podem atuar nas diversas frentes de PAFs, agrupadas para melhor aproveitamento da força de trabalho e redução de custos.
A agência justifica que a reformulação também leva em conta as tecnologias e ferramentas disponíveis, as quais permitem o registro e disponibilização de informações em tempo real, reduzindo a necessidade de gastos com infraestrutura física, e permitindo a mobilidade das equipes e servidores. “Além da adoção de métodos e ferramentas de inteligência analítica que permitem a mensuração dos riscos sanitários e o seu monitoramento, com base para tomada de decisão e planejamento de atividades”, afirma a Anvisa.
Discussão antiga
Pelo menos desde 2014 há rumores de que o posto da Anvisa no Porto de são Sebastião seria desativado. Há 6 anos, o Ministério Público Federal em Caraguatatuba (MPF/SP) instaurou um procedimento preparatório de inquérito para averiguar o possível fechamento desse posto. Na época, segundo representação do Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social do Estado de São Paulo (Sinsprev/SP), a coordenadoria da Anvisa estava desativando o posto gradualmente, com transferência de servidores e interrupção dos serviços.
Na ocasião, os sindicalistas defendiam que era extremamente importante que o posto da Anvisa continuasse em funcionamento, pois cabe à agência a fiscalização sanitária de todo o parque portuário. O Sinsprev/SP ressaltava também que o órgão é responsável pela emissão de certificados internacionais de controle sanitário e de vacinação contra a febre amarela.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
ABTP SUGERE APROVAÇÃO RETROATIVA DO REPORTO NO SENADO FEDERAL
Publicado em 01/13/2021 as
09:53 PM
Fonte: ABTP (13 de janeiro de 2021 )

Prorrogação do regime depende da aprovação do projeto BR do Mar no Senado Federal.
Um dos pontos aprovados juntos com o Projeto de Lei (PL 4199/2020), o BR do Mar pela Câmara dos Deputados no último mês de novembro, foi a prorrogação do Reporto por mais um ano. O projeto já chegou ao Senado Federal, mas, devido ao recesso parlamentar ainda não foi apreciado. No entanto, o regime já perdeu vigência no último dia 31 de dezembro de 2020.
Diante deste cenário, o diretor-presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva, afirmou que se reuniu com o secretário nacional de portos, Diogo Piloni, na última semana de dezembro para conversar sobre a possibilidade de uma aprovação retroativa do Reporto no senado. Segundo ele, isso permitiria às empresas que assinaram contrato neste tempo em que o benefício ficou sem vigência, o direito de conseguir crédito para aqueles contratos.
Além disso, Silva informou que a ABTP vem procurando advogados para saber se a aprovação do Reporto na Câmara dos Deputados já oferece segurança jurídica para alguns contratos assinados neste período de suspensão do regime. Ele lembrou que muitas empresas só estão aguardando definição sobre este aspecto para planejar os investimentos necessários.
Entretanto, os muitos investimentos já estão atrasados em função da não renovação do Reporto. “Isso já está atrasando, pois contratos que deveriam ter sido assinados em outubro e novembro ainda não foram em razão dessas incertezas”, pontuou Silva. Ele espera que logo após o retorno do recesso o PL seja inserido na pauta de votação, pois ainda está sob o status de urgência. O senado deve apreciar a matéria no próximo mês.
O Reporto é um regime tributário especial desonera a importação de máquinas e equipamentos para os setores portuário e ferroviário, e já existe há 16 anos no país. A isenção não acontece apenas para equipamentos importados, mas também para aqueles produzidos pela indústria nacional.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
PISTA SUL DA ANCHIETA ESTÁ BLOQUEADA NO TRECHO DE SERRA PARA RETIRADA DE CARRETA
Publicado em 01/13/2021 as
09:52 PM
Fonte: Santaportal (13 de janeiro de 2021 )
TRÁFEGO – A pista sul da via Anchieta está bloqueada na manhã desta quarta-feira (13), no trecho de serra, para retirada de uma carreta, com risco de tombamento. Por isso, a pista norte da rodovia está com a mão invertida para a descida, e a subida da serra ocorre apenas pela pista norte da rodovia dos Imigrantes.
O tráfego flui bem em todas as rodovias e trechos do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).
A Interligação Planalto está bloqueada no sentido capital, por neblina e visibilidade prejudicada.
O tempo está encoberto, com neblina no topo de serra, onde a visibilidade é parcial.
O SAI está em Operação 5×3 norte operacional. Para a descida, os motoristas utilizam a pista norte operacional da via Anchieta e a pista sul da rodovia dos Imigrantes. Já a subida da serra é realizada apenas pela pista norte da rodovia dos Imigrantes.
Situação da travessia das Balsas Santos/Guarujá
O tempo de espera na travessia das balsas é de 15 minutos tanto ao lado de Santos, quanto ao de Guarujá.
As informações sobre as travessias podem ser acompanhadas pelo site ; Twitter ; telefone 0800 7733 711; App Travessias, disponível gratuitamente.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
SPA RECEBE NESTA QUARTA-FEIRA (13), PROPOSTAS FINAIS PARA CONTRATOS TRANSITÓRIOS
Publicado em 01/13/2021 as
09:52 PM
Fonte: Santos Port Authority (13 de janeiro de 2021 )



Fotos: SPA
A Santos Port Authority (SPA) recebe, nesta quarta-feira (13), das 10h às 16h (por e-mail) as propostas finais para firmar contratos transitórios em áreas com contratos vencidos recentemente – duas na região do Saboó e uma no Paquetá, margem direita do Porto de Santos. Os contratos terão prazo de 180 dias ou até que sejam realizadas as licitações para arrendamento de longo prazo, o que ocorrer primeiro.
Poderão apresentar uma única proposta cada as empresas que já estão participando do processo seletivo simplificado, aberto pela SPA no fim de 2020. São quatro interessadas na área 1, duas na área 2 e cinco na área 3. A lista das ofertas apresentadas foi publicada no site do Porto de Santos nesta segunda-feira (11) em http://www.portodesantos.com.br/informacao/licitacoes-e-contratos/processo-seletivo-simplificado-contratos-de-transicao/.
Conforme o regulamento, será declarado vencedor aquele que fizer oferta com o maior valor resultante da soma dos valores fixos (por metro quadrado) e variáveis (por movimentação). Não há restrição de tipologia de carga a ser movimentada.
Com a celebração de contratos transitórios, a SPA mantém em atividade áreas nobres, dando, assim, uso operacional ao ativo público, o que atende às necessidades de cadeias produtivas, reduz ociosidade global do complexo portuário e traz recursos financeiros que são reinvestidos no Porto, além de promover a geração de empregos e atividade econômica para a região.
Confira as propostas recebidas:
Área 1 - http://www.portodesantos.com.br/wp-content/uploads/LISTA-DE-OFERTAS-RECEBIDAS-No-01.2021-PSS-01.2020-vf.pdf
Área 2 - http://www.portodesantos.com.br/wp-content/uploads/LISTA-DE-OFERTAS-RECEBIDAS-No-01.2021-PSS-02.2020-vf.pdf
Área 3 - http://www.portodesantos.com.br/wp-content/uploads/LISTA-DE-OFERTAS-RECEBIDAS-No-01.2021-PSS-03.2020-VF.pdf
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 13/01/2021
INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS TÊM ATÉ 4 DE FEVEREIRO PARA RESPONDER QUESTIONÁRIO SOBRE O IDA
Publicado em 01/13/2021 as
09:24 PM
A Gerência de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ANTAQ informa que a janela de avaliação do Índice de Desempenho Ambiental da ANTAQ referente ao período avaliativo de 2020 está aberta e, de acordo com a Resolução ANTAQ nº 2.650, de 26 de setembro de 2012, as instalações portuárias devem responder e manter atualizado seu questionário IDA.
A ANTAQ informa, ainda, que o painel dinâmico de resultados das avaliações anteriores encontra-se em manutenção para fins de migração para uma nova plataforma e que os dados de ranking das avaliações de 2019 encontram-se disponibilizados para consulta em formato PDF no portal da ANTAQ.
A Agência lembra que qualquer alteração referente aos dois responsáveis pré-cadastrados (titular e suplente) das instalações para responder o questionário deve ser comunicada para confecção de login de acesso.
No caso de alteração dos responsáveis pelo preenchimento do questionário, deve-se encaminhar um e-mail para marcia.silva@antaq.gov.br e alessandro.ramalho@antaq.gov.br, informando nome completo, CPF, telefone, e-mail e nome da instalação para associação no sistema.
A Agência ressalta que a instalação portuária se compromete com a veracidade das informações prestadas no questionário e que o painel dinâmico de resultados continuará apresentando informações sobre o ranking, análise por atributos, por instalações portuárias, entre outras análises.
O acesso ao questionário estará disponível até 4 de fevereiro no sistema IDA em http://web.antaq.gov.br/IDAV2.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 13/01/2021
PORTOS AGRÍCOLAS DA ARGENTINA OPERAM NORMALMENTE, APESAR DE GREVE DE PRODUTORES
Publicado em 01/13/2021 as
09:24 PM
Os portos agrícolas e unidades de processamento de grãos da Argentina operavam sem maiores dificuldades nesta terça-feira, apesar de uma greve comercial realizada pelos produtores rurais, já que as empresas contam com estoques de grãos, disse a câmara de exportadores e processadores CIARA-CEC.
Três das principais associações rurais da Argentina, grande exportadora global de alimentos, iniciaram na segunda-feira uma greve comercial de 72 horas em protesto contra a suspensão do registro de exportações de milho, anunciada pelo governo argentino no final de dezembro.
Apesar de, na véspera, a Argentina ter modificado a suspensão por um limite diário de 30 mil toneladas no registro de vendas de milho ao exterior, os produtores rurais decidiram seguir com o protesto, dado que pedem que o Estado não intervenha na comercialização do cereal.
“O impacto para a atividade portuária é pouco ou nenhum”, disse à Reuters o porta-voz da CIARA-CEC, Andrés Alcaraz, explicando que os terminais portuários e unidades de processamento possuem reservas suficientes de grãos para seguir operando mesmo com a interrupção da comercialização agrícola.
A CIARA-CEC tem como membros empresas agroexportadoras internacionais, como Cargill, Bunge e Louis Dreyfus.
Embora muitos produtores não realizarão vendas de produtos até quarta-feira, o protesto não inclui a interrupção das entregas de grãos já negociados.
Segundo a empresa de logística local Agroentregas, nesta terça-feira 1.534 caminhões ingressaram com grãos em portos da zona de Rosario e do norte da província de Buenos Aires.
Em mesmo momento do ano passado, o número foi de 4.245 veículos.
A Argentina é a maior exportadora de óleo e farelo de soja do mundo, a terceira maior de milho e importante fornecedora global de trigo.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 13/01/2021
EXPORTAÇÃO DE SOJA DO BRASIL DEVE CAIR 37% EM JANEIRO, DIZ ANEC; VENDA DE MILHO SOBE
Publicado em 01/13/2021 as
09:23 PM
Os embarques de soja do Brasil devem alcançar 1,052 milhão de toneladas em janeiro, queda em torno de 37% ante o mesmo período do ano passado, estimou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) em sua primeira projeção sobre a oleaginosa para o mês.
Em janeiro de 2020, o país comercializou 1,669 milhão de toneladas de soja, segundo dados da associação. O atraso no plantio da safra 2020/21 por falta de chuvas reduziu o volume de grãos disponíveis para embarque neste mês, quando a colheita se inicia.
Até a semana passada, levantamento com base na programação de navios (line-up) da agência marítima Cargonave publicado pela Reuters indicava um recuo ainda mais intenso nas exportações da oleaginosa, de 75%.
Já para o milho, a Anec prevê embarques de 2,121 milhões de toneladas em janeiro, ante 1,174 milhão de toneladas enviadas ao exterior um ano antes.
Na mesma linha, a expectativa da associação é positiva para as vendas externas de farelo de soja, que podem passar de 847,4 mil toneladas em janeiro de 2020 para 1,175 milhão de toneladas neste mês.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 13/01/2021
ENGENHARIA CLAMA: É URGENTE RECUPERAR A INDÚSTRIA NACIONAL
Publicado em 01/13/2021 as
09:23 PM
Editor Portogente
Fechamento de plantas da Ford no Brasil agrava situação do País, afeta diretamente a engenharia e elimina milhares empregos qualificados.
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados manifestam sua preocupação e perplexidade diante do anúncio da Ford – primeira montadora instalada no Brasil, há 102 anos – de encerramento da produção de veículos no País. O comunicado feito na segunda-feira (11/1) informa o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), onde mantém a marca Troller.

Industria Nacional MaringoniI magem: Maringoni | FNE.
Serão 6 mil empregos diretos eliminados e mais dezenas de milhares na cadeia produtiva, sem contar o impacto em toda a economia e receitas públicas desses locais. A situação exige medidas urgentes para mitigar os efeitos negativos da decisão da empresa que, após um século de ganhos no Brasil, abandona o País em momento de crise econômica severa e emergência sanitária.
Contudo, fator gravíssimo ainda a ser computado entre os prejuízos trazidos pela medida é o maior encolhimento no setor automotivo e na indústria brasileira como um todo, processo que se observa há décadas, mas que teve acelerada piora nos últimos anos. Esse quadro, obviamente, afeta diretamente a engenharia e a tecnologia nacionais e os seus profissionais, cujas oportunidades minguam a olhos vistos.
Superar a crise de proporções gigantescas que atravessamos neste momento exige a recuperação desse segmento estratégico da economia, o que demanda política industrial efetiva e eficaz, para além de subsídios fiscais. É, portanto, fundamental que o Estado cumpra sua função de indutor do desenvolvimento com firmeza e competência. A FNE, com largo acúmulo no debate sobre essa questão por meio do seu projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, está a postos para contribuir.
Em defesa do emprego e da engenharia nacional!
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 13/01/2021
GIOVANA MACHADO: OS IMPACTOS DO ICMS NO SETOR DO AGRONEGÓCIO
Publicado em 01/13/2021 as
09:23 PM
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é responsável por enorme parte da arrecadação do sistema tributário
Por Giovana Machado
Apesar de nenhum sistema de impostos ser perfeito, o Brasil possui uma das piores legislações tributárias do mundo. Embora a reforma tributária feita na Constituição de 1988 tenha estabelecido uma descentralização na arrecadação dos impostos e uma autonomia fiscal maior para os estados e municípios, não existiu a preocupação em transferir ou reduzir os gastos da União, agravando o déficit público. Sendo o imposto a principal forma de financiamento estatal, a Carta Magna de 1988 acabou abrindo caminhos para o aumento inconsistente da carga tributária.
O Imposto sobre Importação era a principal fonte de arrecadação do governo na década de 1930, dada a importância do comércio externo desde a era imperial. Por outro lado, o Imposto sobre Importação ficava a cargo da União, e era a principal fonte de receita dos estados, sendo cobrado até mesmo nas operações interestaduais.
A partir da Constituição de 1934, a estrutura tributária foi alterada para priorizar a cobrança do imposto interno sobre os produtos, além da proibição de cobrança de impostos de exportação nas transações interestaduais. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é responsável por enorme parte da arrecadação do sistema tributário. O grande problema é que esse tributo é uma competência do Estado, que foi conferida a partir da Constituição de 1988. E esta autonomia de fixar as alíquotas do ICMS, concedida aos estados, acabou dando espaço para brechas para que esse imposto seja instrumento de outras políticas estaduais.
Um dos objetivos da cadeia do agronegócio é atingir, de forma plena, o seu potencial desenvolvimento nacional. O Estado tem a difícil tarefa de avaliar como é possível fomentar o desenvolvimento nacional por meio do incentivo a esse setor, por meio da percepção do potencial do agronegócio, para promover esse objetivo fundamental. No entanto, a tributação é um obstáculo para a expansão do setor.
Em 2013, o Produto Interno Bruto do Brasil alcançou o valor de R$ 5,158 trilhões, com um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. A economia brasileira vivia um bom momento e o setor do agronegócio contribuiu para isso. No ano seguinte, a economia brasileira sofreu uma grande queda no rendimento. O PIB, que vinha apresentando bons níveis de crescimento, mostrou sinais de recessão técnica e viu a economia crescer muito pouco. Na contramão da economia brasileira, o agronegócio seguiu crescendo.
Ao analisar os números expressivos do setor, é possível apurar, junto aos agentes do agronegócio, diversas críticas ao sistema tributário brasileiro. É necessária uma ampla reforma tributária, visando neutralizar todas as distorções que afetam a competitividade do agronegócio brasileiro, sendo imprescindível a simplificação do sistema tributário, até mesmo para maior transparência a respeito das reais normas a serem cumpridas pelos contribuintes.
Por se tratar de um tributo estadual, as alíquotas do ICMS alteram de acordo com o estado de origem e o estado de destino do produto, cooperando para a chamada “guerra fiscal” entre os estados, com efeitos diretos sobre agronegócio. Com a existência de 27 legislações diferentes de ICMS, o setor enfrenta dificuldades e insegurança, afetando todos os setores ligados a ele.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 13/01/2021
S. SEBASTIÃO FIRMA CONTRATO DE GRANÉIS LÍQUIDOS
Publicado em 01/13/2021 as
09:23 PM
Parceria foi firmada entre a Companhia Docas de São Sebastião e o Grupo Olfar

Porto de São Sebastião é administrado pelo Governo do Estado (Porto de São Sebastião/Divulgação)
O Grupo Olfar firmou um contrato com o Porto de São Sebastião (Litoral Norte do Estado), para utilizá-lo em suas operações de granéis líquidos. A parceria foi firmada no mês passado.
O termo foi assinado pelo presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Paulo Tsutomu Oda, e José Carlos Weschenfelder, presidente do Grupo Olfar
Com a movimentação de granéis líquidos, a empresa tem foco na prestação de serviços para entrada de produtos em mercados diversos, bem como o abastecimento da sua usina de Biodiesel em Porto Real, no Rio de Janeiro.
Proporcionando exclusividade de tancagens apropriadas para diferentes finalidades, o objetivo é atender a necessidade específica de cada mercado, permitindo um melhor desempenho nas operações portuárias. Tal conectividade é um diferencial competitivo que agregará valor às movimentações.
O projeto contempla uma área de operação de 13.355 metros quadrados, adquirida e permutada com o município de São Sebastião, onde serão construídos 29 tanques, com capacidade total para armazenagem de 33 mil toneladas. O investimento previsto é de R$ 150 milhões.
Além das atividades exclusivas do grupo, o terminal poderá atender às demandas de outros segmentos, permitindo o abastecimento e a movimentação tanto de produtos do território nacional, inclusive cabotagem (transporte marítimo de cargas pela costa); quanto do exterior, contemplando também a exportação de produtos finais.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 13/01/2021
PANDEMIA AFETA SETOR DE CONTÊINERES
Publicado em 01/13/2021 as
09:07 PM
Oferta de contentores está baixa, mas redução não chega a prejudicar clientes, explicam executivos do segmento

O estoque de contêineres continua em baixa no Porto de Santos (Carlos Nogueira/ AT)
O estoque de conteineres continua em baixa no Porto de Santos e uma recuperação deve ocorrer depois de fevereiro, segundo entidades que atuam no setor. Apesar de a situação servir de alerta, a Reportagem apurou que os clientes têm sido atendidos e não há registro de problemas com a falta dos contentores. Apesar de essa baixa não ser apresentada em números, há uma percepção do segmento para essa situação – causada principalmente pela crise gerada com a pandemia, que levou a uma queda da importação, seja pela alta do dólar ou pelo aumento no valor dos fretes. ‘A quantidade (de contêineres) procedentes do exterior ainda é limitada e o estoque é apertado, porem ninguém está deixando de atender os clientes e embarques. O mercado encontra-se em linha com essa situação’, disse José Roque, diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), que acredita em uma recuperação ao final de fevereiro.
De acordo com Wagner Souza, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC), ‘esse problema (de falta) de contêineres é mais acentuado nos períodos das safras, onde o fluxo de exportação aumenta significativamente sem um aumento no fluxo de importação’. No final do ano passado, porém, mesmo fora do período de safra (entre fevereiro e maio), a exportação esteve aquecida pelo setor de granéis, o que agravou esse cenário. Roque aponta que grande parte dos contêineres está represada na China e em portos europeus. ‘Há um desbalanceamento entre a movimentação de contêineres de importação e exportação’. A situação apresentada pelo executivo é a seguinte, o Brasil mandou mais contêineres para o exterior do que importou e, portanto, temos menos contentores no País.
PRINCIPAIS BAIXAS
José Roque destaca que os contêineres refrigerados High Cube de 40 pés (12 metros), considerados equipamentos especiais, são os mais afetados. ‘Os armadores estão fazendo um esforço hercúleo para o retorno desses equipamentos vazios, mas a demanda é muito elevada’. Os contentores de carga seca de 20 pés (6 metros), segundo ele, têm sido muito usados para exportar commodities (especialmente vegetais), assim como os de carga seca de 40 pés, para embarques de algodão e madeira no Sul do País. O diretor do Sindamar aponta que os terminais de contêineres vazios têm realizado um trabalho significativo nos reparos e na disponibilidade de contentores, para que a área comercial não seja afetada e os clientes, atendidos.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 13/01/2021
APESAR DE RESULTADOS POSITIVOS, MINFRA DIZ QUE DESESTATIZAÇÃO DA CODEBA VAI TORNAR GESTÃO EFICIENTE
Publicado em 01/12/2021 as
07:01 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 12 Janeiro 2021

Arquivo
Nos últimos cinco anos, a Codeba apresentou resultados financeiros positivos.
O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovou, na 14ª reunião, em dois de dezembro de 2020, a qualificação do projeto de desestatizar a Companhia Docas da Bahia (Codeba). A companhia administra os portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus. A previsão é a desestatização ocorra final de 2022. Os estudos de modelagem devem se realizados pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL). Ainda durante a reunião foi decidido que a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) também está qualificada para a desestatização.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a Codeba alcançou resultados financeiros positivos entre 2015 e 2019, o que, ao contrário de outras companhias também na lista de desestatização, não deve precisar fazer “saneamento” financeiro da administração. Em 2020, do ponto de vista operacional a movimentação de cargas nos três portos da Codeba superou 11 milhões de toneladas, entre granéis sólidos e líquidos, além de carga geral, de projetos, gasosos e contêineres.
Com a desestatização da companhia, o objetivo é modernizar a gestão portuária, atrair mais investimentos e melhorar a operação do setor. O ministério destacou que a iniciativa se alinha com a política setorial e com as diretrizes do governo federal, de buscar por investimentos em infraestrutura, através de parceria com o setor privado.
Portanto, segundo a pasta, o projeto se justifica, pois, as premissas de contratação de serviços e aquisição de produtos, às quais é submetido o setor público, são entraves à gestão eficiente de um ativo portuário. “A agilidade na tomada de decisões é fundamental para que os gestores possam reagir prontamente aos constantes processos de modernização e avanços tecnológicos específicos do setor”, disse o ministério.
Além disso, conforme destacou a pasta, a participação da iniciativa privada nesse processo revela-se como uma alternativa viável para a desoneração do Estado, no que se refere às obrigações financeiras, bem como às questões administrativas.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 12/01/2021
ESTALEIRO OCEANA AGORA É ESTALEIRO BRASIL SUL
Publicado em 01/12/2021 as
07:00 PM
Da Redação INDÚSTRIA NAVAL 12 Janeiro 2021

Thyssenkrupp Marine Systems rebatiza o estaleiro responsável por construir as fragatas Classe Tamandaré
Com a conclusão da aquisição do estaleiro Oceana pela thyssenkrupp Marine Systems do Brasil, a empresa rebatizou a instalação, que passa a se chamar thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul.
O negócio é parte da estratégia internacional da thyssenkrupp para o fortalecimento da área de defesa naval no Brasil e América do Sul. O Estaleiro Brasil Sul, localizado em Itajaí (SC), será destinado à construção das quatro fragatas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil, que contarão com a tecnologia naval comprovada de construção de navios de defesa da Classe MEKO, que já opera em 15 países.
Rolf Wirtz, CEO da thyssenkrupp Marine Systems, diz: "Com o Estaleiro Brasil Sul, nós temos uma infraestrutura excelente para construir a mais moderna fragata para a Marinha do Brasil. O estaleiro também nos oferece a perspectiva de novos pedidos, não só localmente, mas também em outros países da América do Sul."
Com mais de 20 anos de experiência, o estaleiro é um dos mais modernos do Brasil. Localizado em região com forte vocação naval, em uma área de 310.000 m², tem alta capacidade de construção e aplica os mais inovadores processos de produção com alto nível de automação e tecnologia de ponta. Nos últimos anos, já entregou grandes embarcações, como por exemplo, navios para operações offshore de, aproximadamente, 90 metros de comprimento e 19 metros de largura.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 12/01/2021
LOG-IN VENCE EDITAL PARA EXPLORAR ÁREA NO PORTO DE VITÓRIA POR 6 MESES
Publicado em 01/12/2021 as
07:00 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 12 Janeiro 2021
O espaço, situado em uma retroárea de Capuaba, em Vila Velha, deve receber em média 1.200 veículos por mês
A Log-In Logística Intermodal venceu um processo seletivo feito pela Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e poderá explorar, provisoriamente, uma área de mais de 54 mil metros quadrados no Porto de Vitória.
O espaço, situado em uma retroárea de Capuaba, em Vila Velha, será utilizado para a movimentação de carga geral, e deve receber, em média, 1.200 veículos por mês. O contrato terá duração de 180 dias, e tem valor estimado em R$ 2,02 milhões.
Em comunicado ao mercado, a empresa afirmou que a nova operação irá reforçar sua participação no Porto Organizado de Vitória e a ampliação dos serviços ofertados aos atuais e potenciais clientes.
A empresa já é arrendatária do Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), do qual detém a concessão até 2048. A renovação do contrato foi assinada em outubro do ano passado, e prevê a injeção de mais de R$ 500 milhões em investimentos no Espírito Santo até 2048. Deste total, mais de R$ 120 milhões devem ser investidos já nos próximos dois anos.
Hoje, o terminal é o único a movimentar contêineres no Espírito Santo e a empresa pretende investir em obras e equipamentos para ampliar sua capacidade operacional.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 12/01/2021
TERMINAL MARÍTIMO PONTA DA MADEIRA COMPLETA 35 ANOS COM NOVO PATAMAR DE EMBARQUE
Publicado em 01/12/2021 as
07:00 PM
Da Redação PORTOS E LOGÍSTICA 12 Janeiro 2021

De janeiro a dezembro foram mais de 191 milhões de toneladas embarcadas pelo TMPM em São São Luís
Líder em movimentação de cargas desde 2014, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) completa 35 anos de existência em janeiro, celebrando também um novo patamar no embarque de minério de ferro, manganês e pelotas. Foram 191.2 milhões de toneladas embarcadas em 2020.
O gerente-executivo de operações do TMPM, Luís Allevato, lembra que esse papel de destaque só é possível graças às milhares de pessoas que fazem o porto no dia a dia. "Hoje somos referência em desempenho, eficiência, segurança e sustentabilidade. Seja com a posição de destaque no cenário portuário nacional e mundial, com a geração de impostos ou de empregos, nos mais de 2 mil postos de trabalho mantidos, entre próprios e terceiros, esperamos seguir sendo motivo de orgulho para os maranhenses e brasileiros", disse.
Para que resultados expressivos como estes sejam possíveis, uma grande estrutura e investimentos constantes em tecnologia, segurança, capacitação de mão de obra, dentre outras, são necessários. Mas você sabe como se dá o funcionamento de um porto? Para facilitar essa compreensão trouxemos informações e curiosidades por trás do maior porto em movimentação de cargas do país
Saiba mais como funciona o TMPM:
Centro de Controle Operacional
A eficiência e a segurança das operações têm origem no Centro de Controle Operacional (CCO) de Ponta da Madeira. Através do CCO são monitoradas simultaneamente, e em tempo real, a programação dos navios, as operações de descarga, empilhamento e recuperação do minério de ferro para os carregadores de navio
Viradores de Vagões
É na área de descarga que se iniciam as operações do TMPM. Atualmente oito viradores de vagões recebem os volumes de minério de ferro e manganês transportados pela Estrada de Ferro Carajás. Cada virador possui capacidade para descarregar 8 mil toneladas por hora. Os vagões são descarregados nos viradores em um ângulo de 180°. A carga, então, passa para o sistema de correias transportadoras, que leva o minério para os pátios de estocagem.
Pátios de Minério
A área de estocagem é formada por 13 pátios de minério que totalizam uma área de 837.000 m² com capacidade para armazenar até 9 milhões de toneladas. Nos pátios são estocados minério de ferro e manganês que são transportados por meio de correias transportadoras até os carregadores de navios. Atualmente os pátios contam com 16 máquinas: 4 empilhadeiras, 5 empilhadeiras-recuperadoras e 7 recuperadoras.
Empilhadeiras e Recuperadoras
O pátio de estocagem de minério de ferro do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira é equipado com as maiores e mais modernas máquinas de empilhamento e recuperação de minério da América Latina. Ao todo são 16 equipamentos, com destaque para a maior empilhadeira do mundo, chamada EP-313K-06, e duas recuperadoras dotadas de um sistema automático que gera imagens em 3D do pátio. Na operação do porto, as empilhadeiras e as recuperadoras tem a função, respectivamente, de organizar a carga na área do pátio e direcionar o produto que será embarcado no navio.
O terminal opera com três píeres e cinco berços de atracação
Píer I: um dos mais profundos do mundo, com 23 metros de extensão e 500 metros de largura mínima. Tem um carregador de navio com capacidade de despejar 16 mil toneladas de minério por hora. Neste píer, que opera com um berço, atracam os navios Valemax, os maiores graneleiros do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas
Píer III: tem profundidade de 21 metros e dois berços de atracação, por isso pode carregar mais de um navio ao mesmo tempo. Tem três carregadores de navio, cada um com capacidade de despejar 8 mil ton/hora
Píer IV: tem uma das maiores profundidades do mundo, com 25 metros (fora a variação da maré). Tem dois berços de atracação e seu sistema de amarração é único no mundo. Por sofrer grande incidência das correntes de marés, o píer conta com cabos de terra que auxiliam na amarração dos navios nos berços. O sistema permite às gigantescas embarcações operarem sem restrição
Curiosidades sobre o TMPM:
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira encontra-se localizado no Complexo Portuário de Itaqui, à margem leste da Baia de São Marcos, na Ilha de São Luis (MA). Por ele são embarcados produtos como minério de ferro, manganês e pelotas.
Em 1985 iniciaram-se os testes de carregamento com o navio Docepolo, envolvendo 127 mil toneladas de minério. O TMPM entrou em operação regular em janeiro de 1986. Nesse ano foram embarcados 11,6 milhões de toneladas de minério de ferro.
A Vale desenvolveu um sistema que permite operar, de forma remota, as máquinas empilhadeiras e recuperadoras usadas para transferir o minério do pátio até o navio. O sistema possibilita o comando à distância das máquinas a partir do Centro de Controle e Operações do Porto.
O TMPM utiliza modelos matemáticos avançados para simular o comportamento de atracação dos navios nos píeres, prevendo a velocidade dos ventos, as correntes, a profundidade, entre outras situações. A Vale mantém um modelo reduzido do terminal portuário na sede da Universidade de São Paulo (USP), onde acontecem as simulações de correntes marítimas e marés e seus efeitos sobre os navios em manobras e atracados nos píeres, além de permitir simular as manobras de atracação e desatracação dos navio.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 12/01/2021
ATRASO NA VACINAÇÃO IMPACTA NAS NEGOCIAÇÕES EXTERNAS DO AGRO
Publicado em 01/12/2021 as
07:00 PM
Preços ficarão acima da média de 2020, tornando mais fraco o poder de compra
Sem Carnaval e com férias menos intensas neste ano, a movimentação econômica do país começa mais cedo. O varejo já refaz estoques, principalmente os de produtos essenciais.
O consumidor, no entanto, não terá muito alívio neste ano. Os preços não estarão nos patamares recordes de 2020, mas certamente ficarão acima dos da média praticada no ano passado.
A avaliação é de Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, de Curitiba (PR). O cenário para o consumidor não será fácil, segundo ele.
A inflação vai indicar uma acomodação da taxa, mas em patamar elevado de preços, o que torna o poder de compra do consumidor mais fraco.
Sem o auxílio emergencial e diante de um mercado de trabalho deteriorado, a perda de renda do consumidor será certa, segundo o analista.
Mais uma vez, o dólar poderá determinar o quadro interno de abastecimento. Os preços dos alimentos tiveram uma correção tanto no mercado interno como no externo, o que dificulta uma retração intensa dos preços internamente, mesmo com oferta melhor de mercadorias. Um dólar aquecido, e a situação política indica que ele vai continuar elevado, favorece exportações.
As variáveis que influenciam o mercado agropecuário são muitas, mas uma nova se acrescenta neste ano: a vacina contra o coronavírus.
Brandalizze diz que o atraso no programa de vacinação, ao contrário do que já ocorre em outros países, dificultará as negociações brasileiras no exterior.
Os novos contratos acrescentam mais essa exigência que, se não cumprida, afeta volumes e até preços das mercadorias.
A agropecuária brasileira, que está livre de sérias doenças animais, como gripe aviária, peste suína africana e vaca louca, poderá sofrer sanções devido a uma crise sanitária humana.
O cenário deste ano continuará sendo um bom sinal para o produtor, mas não para o consumidor. Alguns produtos merecem uma atenção especial, principalmente após a alta que vêm registrando em Chicago.
O milho é um deles. O preço médio da ração deste ano ficará mais caro do que foi em 2020. As indústrias, favorecidas pelo dólar elevado e exportações, têm condições de assumir esse custo, mas a conta final fica com o consumidor.
Brandalizze acredita que a situação de oferta interna do produto só será aliviada se as estimativas recordes de plantio do cereal se confirmarem na safrinha . Além disso, é necessário que os EUA confirmem o potencial de safra de 400 milhões de toneladas que têm para aliviar a demanda internacional.
Os motivos que levam por uma disputa maior pelo milho são tanto internos como externos. O Brasil consome mais, China e o Leste Europeu tiveram quebra de safra, as importações chinesas aumentaram e o consumo cresce nos Estados Unidos.
O novo patamar dos preços do petróleo favorece a produção de etanol de milho nos EUA, que estão sem estoques do cereal. Além disso, a Argentina impôs entraves nas exportações do país.
“Não se espera milho barato, e a área e o clima vão ser fundamentais na safrinha brasileira neste ano”, diz ele.
Não se espera também alívio nos preços dos derivados de trigo. A alta do cereal em Chicago e a pressão interna do dólar vão fazer com que o produto chegue mais caro à mesa do brasileiro.
Resta ao consumidor de menor renda a opção pelo arroz, pelo feijão e pelo ovo, segundo o analista. Quanto ao arroz, os estoques que ficaram nas mãos de produtores com maior poder aquisitivo estão chegando ao mercado nesta entressafra. A colheita, no entanto, só vem após a primeira semana de fevereiro.
O preço da saca, que já chegou a R$ 110 no Rio Grande do Sul no ano passado, não tem muito espaço para cair. Está em R$ 90, um limite na paridade de exportação.
O feijão carioquinha teve quebra na primeira safra no Paraná. A segunda só chega ao mercado em abril, mas com oferta maior. No caso do feijão preto, a Argentina auxilia no abastecimento interno da leguminosa, e o dólar vai determinar preços.
A soja não terá os preços recordes de 2020, mas a queda está limitada pelo grande volume de vendas antecipadas. Brasil e Estados Unidos, maiores produtores mundiais, estão sem estoques.
Os preços do farelo de soja subiram de patamar para a indústria de ração. O mesmo ocorreu com o óleo de soja para o consumidor.
As carnes, devido à demanda externa e à elevação de custos internos, vão continuar com impacto nos preços.
Este ano será mais um período de liquidez para o produtor e de aperto para o consumidor, principalmente para os de menor renda.
Fonte: Folha de São Paulo - SP
Data : 12/01/2021
ANP VÊ APORTE DE R$ 5 BILHÕES EM NOVOS POÇOS DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO BRASIL EM 2021
Publicado em 01/12/2021 as
06:59 PM
Montante representa mais que o dobro do número de perfurações iniciadas no ano passado.
Por Reuters
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/d/Z/Dnvx9pT96654KdmQxoNg/pre-sal.jpg)
Plataforma de exploração de petróleo — Foto: Reprodução/ TV Globo
Petroleiras deverão investir R$ 5,24 bilhões no Brasil em 2021 para perfuração de 38 novos poços exploratórios de óleo e gás, mais que o dobro do número de perfurações iniciadas no ano passado, apontou a agência reguladora ANP nesta terça-feira (12), em um sinal de aquecimento das atividades exploratórias.
Do montante previsto, R$ 5,08 bilhões deverão ser aportados em 18 perfurações em ativos marítimos, enquanto o restante será destinado a atividades em terra, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com base em informações declaradas por operadores em contratos.
Em 2020, foram feitas perfurações de 16 novos poços exploratórios no Brasil, segundo a ANP.
A autarquia não deu detalhes sobre as empresas responsáveis pelos poços previstos para este ano e nem sobre os locais onde eles serão perfurados.
Nos últimos anos, grandes petroleiras como Exxon, Shell, BP, Equinor e Chevron participaram de leilões de áreas exploratórias com grande potencial no Brasil. Os ativos arrematados pelas empresas demandam investimentos em atividades de prospecção e podem demorar anos até a entrada em produção.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 12/01/2021
UNIÃO ARRECADA R$ 704 MILHÕES EM 2020 COM CONTRATOS DE PARTILHA DO PRÉ-SAL
Publicado em 01/12/2021 as
06:59 PM
Segundo a PPSA, R$ 627,8 milhões, o equivalente a 89%, são referentes à comercialização da parcela de petróleo e gás natural da União nos contratos
Por André Ramalho, Valor — Rio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/N/l/Dd5eo1SQakpLCmWoX83A/plataforma-p75-no-campo-de-buzios-pre-sal-bacia-santos.png)
— Foto: Divulgação/Petrobras
A Pré-Sal Petróleo (PPSA) informou que a arrecadação da União com os contratos de partilha do pré-sal totalizou, em 2020, R$ 704,2 milhões.
Desse total, R$ 627,8 milhões, o equivalente a 89%, são referentes à comercialização da parcela de petróleo e gás natural da União nos contratos, uma alta de 33,5% em relação a 2019.
Os R$ 76,4 milhões restantes foram arrecadados por meio de um Acordo de Equalização de Gastos e Volumes assinado entre a PPSA e a Petrobras em junho de 2020, referente à parcela da União na produção de óleo e gás no campo de Tartaruga Verde Sudoeste - objeto de contrato de partilha de produção assinado em 17 de dezembro de 2018
Segundo a PPSA, em 2020 foram comercializados 2,8 milhões de barris de petróleo, relativos à área de desenvolvimento de Mero e ao campo Entorno de Sapinhoá; e 37,7 milhões de metros cúbicos de gás referentes aos campos de Entorno de Sapinhoá, Tartaruga Verde Sudoeste e Tupi (ex-Lula).
Desde 2018, a PPSA já arrecadou R$ 2,68 bilhões para a União, sendo R$ 1,38 bilhão com a atividade de comercialização do petróleo e gás e R$ 1,3 bilhão com equalizações de gastos e volumes realizadas em áreas onde a União tem participação nos acordos de individualização da produção – em campos cujas jazidas se estendem para áreas da União.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/01/2021
INDÚSTRIA RECLAMA DA REDUÇÃO DE MEDIDAS ANTIDUMPING PELO BRASIL
Publicado em 01/12/2021 as
06:59 PM
Ações contra práticas de preços desleais cresceram 25% no mundo, mas pedidos brasileiros caíram 54%
Por Assis Moreira — De Genebra
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/L/D/merpTlSoqd52LWitbOaA/foto12bra-201-assis-a8.jpg)
Carlos Eduardo Abijaodi, da CNI: “Brasil deixa sua indústria à mercê de práticas desleais do mercado” — Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo
Enquanto no mundo as medidas antidumping contra importações consideradas com preços desleais aumentaram em 25% na média na última década, no Brasil elas caíram 54%, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em recente relatório, a Organização Mundial do Comércio (OMC) mostra que entre janeiro e junho de 2020 houve aumento de 69% no número de investigações antidumping iniciadas por países do G-20 (que reúne grandes economias industrializadas e emergentes) comparado a julho-dezembro de 2019. O Brasil abriu quatro investigações, a Índia, 98, a Austrália, 15, o Canadá, 12, e a Argentina,11.
A Índia, integrante do Brics, continua sendo o principal utilizador dessas medidas para frear importações. O Brasil, na outra direção, tornou-se menos fechado, mas a representação da indústria mostra o descontentamento com o que considera remédio comercial fragilizado.
“Na prática, quando reduz o número dessas medidas [antidumping] justamente em um momento em que o mundo a amplia, o Brasil deixa sua indústria à mercê de práticas desleais de mercado’’, reclama o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.
Nesse cenário, a CNI defende a criação de um sistema que permita o acompanhamento em tempo real das importações brasileiras de bens dos principais setores alvos de práticas consideradas desleais de mercado.
Para Abijaodi, o que acontece atualmente é que o governo brasileiro, nas investigações antidumping, “favorece a empresa do outro país em detrimento da indústria nacional, dificultando o uso de medidas antidumping por quem está defendendo emprego e renda no Brasil”.
O governo brasileiro atualizou regras antidumping, incluindo o instrumento de interesse público. Isso ajuda a modificar ou suspender medidas antidumping que forem mais prejudiciais para o conjunto da economia do que benéficas para um determinado setor que sofre com a importação considerada desleal.
Com essa legislação, o país ficou em linha com o que fazem parceiros como União Europeia, Canadá e Nova Zelândia. Mas a indústria reclama que o instrumento de interesse público deveria ser exceção, mas está sendo adotado como regra e, com isso, afetando o setor.
A indústria reclama também que, na revisão de medidas antidumping, o Brasil reduziu em cerca de 40% na média as taxas aplicadas aos produtos para sua entrada no país.
Alega também que, em 16% dos casos, o Brasil concedeu um tratamento mais favorável para a China na aplicação de sobretaxas antidumping, ao considerar o país asiático como economia de mercado. Segundo a entidade, nos casos contra a China, o Brasil exige mais detalhes da indústria nacional do que EUA e União Europeia.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/01/2021
BAHIA PREPARA CONCESSÕES DE SANEAMENTO E RODOVIAS
Publicado em 01/12/2021 as
06:58 PM
Estado começa a estruturar concessões regionais de água e esgoto, começando por Feira de Santana
Por Taís Hirata — De São Paulo
O governo baiano deverá começar a estruturar seus primeiros projetos regionais de saneamento em parceria com o BNDES. O Estado firmou uma carta de intenções com o banco, para a estruturação de concessões. A primeira delas deverá ser na região de Feira de Santana, segundo o vice-governador, João Leão (PP).
A princípio, a ideia é que a estatal Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) se mantenha na produção de água, diz ele. O modelo foi adotado nos projetos de Alagoas (leiloado em setembro de 2020 à BRK Ambiental) e do Rio de Janeiro (com leilão marcado para abril). Porém, ainda será preciso fazer os estudos para definir o formato.
O Estado também deverá iniciar, com os prefeitos recém-empossados, conversas para uma nova concessão da região metropolitana de Salvador. O contrato da Embasa com a capital é considerado precário. Desde ao menos 2012 o Estado vinha buscando um contrato de programa (firmado sem necessidade de licitação), para formalizar a prestação de serviços, mas sem sucesso. Com a aprovação do novo marco legal, em 2020, essa possibilidade deixa de existir. Assim, terá que ser estruturado um leilão para o bloco de municípios.
Além dos projetos em saneamento, a Bahia também faz planos de lançar ao menos duas concessões de rodovias ambiciosas, conta Leão. A primeira seria uma duplicação de mais de 900 quilômetros entre a Ponte Salvador-Itaparica e a cidade de Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano. A segunda seria a construção uma nova rodovia, com 550 km de duplicações, partindo de Itaparica até Porto Seguro, no litoral sul.
A princípio, os projetos seriam Parcerias Público-Privadas, afirma o vice-governador. As concessões, porém, ainda estão em um estágio bastante inicial. O governo planeja lançar uma licitação para contratar as empresas que farão os estudos de viabilidade.
No caso do trajeto entre Salvador e Luis Eduardo Magalhães, que corta todo o Estado, o governo ainda precisará negociar uma parceria com a União, já que a rodovia é federal (a BR-242).
Já o segundo projeto, entre Itaparica e Porto Seguro, seria “greenfield”, ou seja, construído do zero. Hoje já existe uma estrada que percorre, pela costa, grande parte do caminho. Porém, a via está muito próxima a povoados, o que inviabilizar uma duplicação. “A nova BA-001 passaria por trás das cidades e teria um trajeto 250 km mais curto”, diz ele.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/01/2021
LEILÃO DA FIOL GANHA FORÇA COM NOVOS PROJETOS FERROVIÁRIOS
Publicado em 01/12/2021 as
06:58 PM
Antes visto como projeto de apenas um interessado, ferrovia poderá atrair concorrência
Por Taís Hirata e Ana Paula Machado — De São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/x/W/HdmivESnSNpAvy1J2fgA/arte12emp-101-fiol-b2.jpg)
O leilão do primeiro lote da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), marcado para abril deste ano, tem atraído mais interesse do que se esperava.
Inicialmente, a avaliação era que o trecho interessaria apenas a uma companhia: a Bahia Mineração (Bamin), que opera na região a Mina Pedra de Ferro. Porém, o avanço de outros projetos ferroviários passaram a dar uma nova perspectiva de cargas para a ferrovia e, com isso, chamar a atenção de outros grupos.
O primeiro trecho da Fiol, de Ilhéus a Caetité (BA), é bastante dependente da mina da Bamin, empresa controlada pelo Eurasian Resources Group, do Casaquistão. A companhia, que também depende da Fiol para viabilizar sua produção de minério de ferro, já declarou o plano de participar do leilão, em consórcio.
No passado, o grupo chegou a firmar um memorando de entendimentos com a China Communication Construction Company (CCCC) e a China Railway Group (Crec). Porém, o acordo não andou, e a empresa estuda alternativas de consórcio, já que há novos interessados, afirma o presidente da Bamin, Eduardo Ledsham.
Ainda é cedo para a definição dos concorrentes, mas a avaliação do mercado é que outros grupos podem participar do leilão, como a VLI (empresa da Vale, Mitsui, FI-FGTS, Brookfield e BNDES), operadora da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que cruza a Bahia. Um possível interesse da Rumo (da Cosan) tampouco é descartado.
Além disso, fundos de investimentos voltados a infraestrutura têm olhado o ativo, para possivelmente compor parcerias, diz Bruno Aurélio, sócio do Demarest.
O interesse do mercado cresceu diante da perspectiva de que o governo irá levar adiante os demais trechos da Fiol. A ferrovia está dividida em três lotes. Além do primeiro, que irá a leilão em abril, há um segundo trecho, de Caetité até Barreiras (no oeste baiano), com mais de 45% de execução física. A ampliação traria novas cargas do agronegócio à via.
Já com o terceiro lote, de Barreiras até Figueirópolis (TO), a atratividade passaria a outro patamar, devido à conexão com a ferrovia Norte-Sul (no tramo operado pela Rumo). A Valec já fez o projeto básico para o trecho, mas a construção não começou.
Embora seja difícil imaginar que os próximos trechos serão licitados ainda neste governo, há uma confiança de que sairão do papel, avalia Alberto Sogayar, sócio do L. O. Baptista. “O edital foi estruturando pensando nos próximos lotes. Haverá demanda.”
Outro fator recente também elevou o interesse pela Fiol: a viabilização da Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico), que fará a conexão entre o Mato Grosso e a ferrovia Norte-Sul. Com isso, pode se formar um novo corredor de escoamento agrícola, do Centro-Oeste até o porto em Ilhéus.
Há, inclusive, uma possibilidade de conexão direta entre Fico e Fiol, segundo o Ministério de Infraestrutura. Porém, a viabilidade ainda está em estudo. A ligação exigiria uma mudança nos traçados: hoje, a previsão é que a Fico se conecte à Norte-Sul por Mara Rosa (GO), e a Fiol, por Figueirópolis (TO). Uma fonte avalia que a alteração não seria simples, e que o corredor pode se configurar mesmo sem uma ligação direta.
A construção da Fico, com 383 km, será realizada pela Vale. O investimento será uma contrapartida à renovação antecipada de outra concessão do grupo, a Estrada de Ferro Vitória a Minas. Dessa forma, os recursos para a obra estão garantidos e, como a construção será tocada por uma empresa privada, tende a ser mais célere.
“A Fiol passa a ser uma via importante para o agronegócio”, afirma Fernando Paes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Para ele, outro fator positivo é a recente experiência da concessão da Norte-Sul, arrematada pela Rumo no início de 2019, sem que a via tivesse sido totalmente construída. “Foi consolidado o modelo de leiloar a ferrovia inacabada. No caso da Norte-Sul, deu certo, o que dá mais segurança para que se repita”, diz. O trecho da Fiol entre Ilhéus e Caetité está com cerca de 75% de sua obra concluída.
Questionada sobre o leilão, a chinesa CCCC afirmou que está estudando sua participação. A VLI disse que “todas as oportunidades são avaliadas”, sem confirmar o interesse. A Rumo também diz que sempre avalia oportunidades, mas não tem posição definida.
A viabilidade da Fiol também depende da construção do Porto Sul, em Ilhéus, por onde será escoada a carga. As obras, conduzidas pela Bamin em parceria com o governo baiano, começaram em 2020 e devem ficar prontas em dois anos, diz o vice-governador, João Leão (PP).
O Ministério de Infraestrutura destaca que o edital da Fiol garante que o novo operador possa construir um terminal portuário privado no porto, em uma área já delimitada. O vencedor do contrato também poderá optar por firmar um contrato com a Bamin, para usar seu terminal.
Para a mineradora, é essencial garantir a operação da ferrovia e do porto, já que seu projeto é voltado à exportação do minério de ferro, explica o presidente. A Bamin começou a operar neste mês sua planta piloto em Caetité, em escala reduzida: a produção vai começar em 1 milhão de tonelada por ano e deve chegar até 3 milhões de toneladas. A ideia é ampliar para 18 milhões de toneladas de minério por ano, mas essa expansão ainda depende da infraestrutura de escoamento.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/01/2021
AGU MONTA FORÇA-TAREFA PARA MONITORAR PROJETOS DE INFRAESTRUTURA PREVISTOS PARA 2021
Publicado em 01/12/2021 as
06:58 PM
Expectativa é de que ocorram 129 leilões ao longo do ano, cujo impacto é de cerca de R$ 370 bilhões
Por Luísa Martins, Valor — Brasília
A Advocacia-Geral da União (AGU) constituiu uma força-tarefa para atuar especificamente em grandes projetos de infraestrutura previstos para 2021. A expectativa é de que ocorram 129 leilões ao longo do ano, cujo impacto é de cerca de R$ 370 bilhões.
Os investimentos contemplam concessões, privatizações e renovações em áreas como transportes, portos, energia, petróleo e gás. Já para abril está agendado o leilão de 22 aeroportos, divididos em três blocos, e o da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), entre as cidades de Ilhéus e Caetité, na Bahia.
Outros exemplos são a privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG); o projeto da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte; a capitalização da Eletrobras; e os leilões da Nova Dutra e do 5G.
De acordo com o procurador federal Marcos Felipe Aragão Moraes, coordenador-geral do Núcleo de Inteligência e Estratégia do Departamento de Contencioso, o grupo utilizará “técnicas de monitoramento especial, plantões de acompanhamento e atuação prioritária estratégica em ações relevantes”.
Na prática, isso significa uma equipe específica, composta por 27 membros, que vai monitorar os tribunais para evitar a concessão de liminares que possam paralisar os certames.
Em 2020, por exemplo, a força-tarefa evitou decisões desfavoráveis no âmbito de três ações judiciais contra a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a União, que buscavam suspender as licitações de áreas no Porto de Aratu, na Bahia.
O grupo conseguiu comprovar que “a decisão de suspender o procedimento de licitação significaria atraso na realização de investimentos substanciais na ordem de R$ 414 milhões.”
No ano passado, segundo balanço da AGU, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República concluiu 29 leilões, “que vão gerar mais de R$ 42 bilhões em investimentos nos próximos anos e outorgas de R$ 7,4 bilhões”.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 12/01/2021
ECONOMISTAS ESTIMAM QUE INFLAÇÃO TENHA FECHADO 2020 EM 4,37%
Publicado em 01/12/2021 as
06:58 PM
Projeção dos analistas no relatório de mercado Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda, está acima do centro da meta oficial, de 4%; resultado do IPCA do ano passada será divulgado pelo IBGE na terça-feira
Por Fabrício de Castro, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do País – em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central, mostra que a estimativa para o IPCA no ano passado foi de alta de 4,38% para 4,37%.
A projeção para o índice em 2021 foi de 3,32% para 3,34%. O resultado do IPCA de 2020 será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 12.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%, e de 2023, que permaneceu em 3,25%.
A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 4,34% para 4,31%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,41% para 3,74%.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 foi de 3,52% para 3,63%, ante 3,52% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, igual a quatro semanas antes.
PIB
Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a atividade econômica no ano passado passou de retração de 4,36% para queda de 4,37%.
Para 2021, o mercado financeiro também alterou levemente a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,40% para 3,41%.
A projeção para a produção industrial de 2020 passou de baixa de 5,00% para queda de 4,94%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da indústria seguiu em 4,78%.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 64,60% para 63,75%. Para 2021, a expectativa foi de 66,30% para 64,95%.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 12/01/2021
PARA MOURÃO, ARGUMENTOS DA FORD PARA DEIXAR DE PRODUZIR FORAM ‘MEIO FRACOS’
Publicado em 01/12/2021 as
06:58 PM
Por Emilly Behnk - Em Brasília

Mourão repetiu que a Ford ganhou "bastante dinheiro" no Brasil e destacou que ela recebeu incentivos ao longo dos 100 anos de atuação no País
Imagem: Isac Nóbrega/PR
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, avaliou nesta terça-feira, 12, que os argumentos da Ford para deixar de produzir carros no País foram “meio fracos”. A empresa comunicou na segunda-feira, 11, o fechamento de três fábricas no País. O vice-presidente reforçou que a empresa poderia ter esperado mais até que o mercado brasileiro se recuperasse.
Em conversa com jornalistas na manhã desta terça, ele reconheceu as dificuldades enfrentadas pela Ford e pelo setor automobilístico, mas avaliou que o mercado brasileiro teria condições de se recuperar. Na segunda-feira, o vice-presidente já havia comentado o assunto e avaliado que o anúncio da empresa não era uma “notícia boa”.
No período da manhã, Mourão repetiu que a Ford ganhou “bastante dinheiro” no Brasil e destacou que ela recebeu incentivos ao longo dos 100 anos de atuação no País.
“A gente entende que no mundo inteiro a empresa está passando por problemas. A indústria automobilística está passando por problemas. Está havendo uma mudança”, disse na chegada à Vice-Presidência.
Argentina
Mourão também comentou a decisão da empresa de manter a fabricação da Ranger na Argentina. Na sua visão, o País vizinho tem problemas, apesar de ser uma economia dolarizada. “Acho que nosso mercado tem plenas condições de assimilar, vamos dizer assim, a partir do momento que se retomar a economia de uma forma normal. Vai fabricar na Argentina? Eu acho que os argumentos que ela colocou são meio fracos”, declarou.
Reforma tributária
O vice-presidente citou ainda que a reforma tributária teria impacto na retomada econômica do País. “A reforma tributária é um aspecto disso, tem essa questão do Custo Brasil. Mas ela (Ford) está fabricando em um País que tem problemas, que é a Argentina. Apesar de ser uma economia dolarizada, e de acordo com quem entende mais do assunto, isso favorece a atividade de uma empresa dessa natureza”, ponderou.
‘Anos de perdas significativas’
No comunicado divulgado na segunda-feira, a Ford destacou “anos de perdas significativas no Brasil”, intensificadas pela pandemia da covid-19, como um dos motivos para o fim da produção no Brasil.
A empresa fechará suas fábricas em Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka, em Taubaté (SP), que produz motores, e em Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 12/01/2021
FORD JÁ TEM INTERESSADO EM FÁBRICA NA BAHIA, AFIRMA GOVERNADOR
Publicado em 01/12/2021 as
06:57 PM
Rui Costa afirma que conversas são preliminares e sigilosas e que seu governo já procurou representantes de China, Índia, Japão e Coreia do Sul por planta em Camaçari
Por Henrique Gomes Batista e
SÃO PAULO. Rui Costa (PT), governador da Bahia, afirmou que seu governo já entrou em contato com representantes da China, Índia, Japão e Coreia do Sul para oferecer a fábrica da Ford em Camaçari, que será fechada. De acordo com ele, a montadora americana também mostrará as instalações a outra montadora global. Apesar disso, ele mostrou ceticismo e não acredita em uma solução de curto prazo para as instalações que, fechadas, deixarão de injetar R$ 500 milhões por mês em salários diretos e indiretos na economia baiana.

Reunião de Ruui Costa sobre Ford Foto: Elói Corrêa/Govba
— A Ford já chegou a verbalizar que já tem negociação, diálogos abertos com outras montadoras globais, mas que eles teriam asinado protocolo de sigilo e que não podiam divulgar nenhuma informalção, mas há diálogo aberto para que outros investidores conheçam a planta — afirmou Costa, em entrevista coletiva. — Mas repito:não acredito vem nenhuma tomada de decisão rápida, não imagino em nenhuma decisão no curto prazo dado a crise global que estamos atravessando.
Procurada, a Ford preferiu não se pronunciar sobre a fala do governador.
Após participar de uma reunião de representantes da empresa e de trabalhadores, ele afirmou que seu governo já entrou em contato com as embaixadas de diversos países oferecendo as instalações da Ford, lembrando que, caso algum acordo suja, ele precisará ser firmado entre a montadora americana e o novo investidor. Ele afirmou, contudo, que não espera nenhuma solução nos próximos meses. Assim, ele está esperando um forte impacto na economia baiana:
— Podemos falar facilmente no fechamento de 10 mil empregos diretos e indiretos e em uma redução mensal de R$ 500 milhões em salários que deixarão de ser pagos — disse Costa, afirmando que este é o impacto mais importante para a economia, pois a arrecadação direta da fábrica já estava em queda, de R$ 200 milhões em 2018 para R$ 100 milhões no ano passado.
O governador anunciou a criação de um grupo de trabalho, que contará com representantes do empresariado baiano e dos trabalhadores, para tentar encontrar soluções para a fábrica. Ele afirmou que criará um cadastro de todos os trabalhadores da Ford para ajudá-los na busca de novos empregos.
Costa disse que não recebeu o pedido de nenhum novo subsídio da montadora americana, negando o poscionamento do presidente Jair Bolsanro (sem partido), que disse mais cedo nesta terça-feira que a Ford saiu porque não conseguiu mais benefícios tributários do governo. Ele afirmou que um técnico do Ministério da Economia ligou para ele no meio da tarde mas que, como ele estava na reunião, vai retornar para a pessoa após seu encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e de seu candidato a sua sucessão, Baleia Rossi (MDB-SP).
— Mas repito aqui que estamos, há seis anos vivendo um processo de desindustrialização do nosso país. Este governo que nega os fatos na ciência na pandemia, agora está negando os fatos na economia — disse o governador. — Se não tivermos uma política industrial e de incentivo de ciência e tecnologia vamos perder o bonde da Histíria e ver mais indústrias fechando as portas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 12/01/2021
COM R$ 335 MILHÕES EM EMPRÉSTIMOS, BNDES PEDE EXPLICAÇÕES DA FORD SOBRE FIM DA PRODUÇÃO NO BRASIL
Publicado em 01/12/2021 as
06:57 PM
Montadora recebeu financiamentos do banco de fomento com cláusulas relacionadas à manutenção de empregos no Brasil
Por Bruno Rosa
RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou nesta terça-feira que já pediu esclarecimentos à Ford sobre sua decisão de fechar suas fábricas e encerrar a produção de veículos no Brasil, o que deve levar à demissão de cerca de 5 mil trabalhadores.
O BNDES tem dois contratos de financiamento direto de investimentos da Ford ativos, no valor de R$ 335 milhões, firmados em 2014 e em 2017. Há ainda outros R$ 54,2 milhões contratados em operações indiretas, intermediadas por outros bancos.
Ainda na segunda-feira, quando foi anunciado o fim da produção da Ford no país, a instituição de fomento informou que pediria explicações à montadora relacionadas às contrapartidas dos investimentos da montadora financiados.
O BNDES diz que aguarda respostas da montadora para "avaliar os impactos da decisão da companhia sobre os financiamentos diretos ainda em curso".
Segundo o banco, as operações visavam ao desenvolvimento de novos produtos da companha no Brasil, para fortalecimento da engenharia nacional.
"Esses contratos dispõem de cláusulas-padrão que visam à manutenção do emprego durante a implementação do projeto, que já ocorreu. Os financiamentos já passaram da metade do prazo total, estando com pagamentos em dia", informou o banco estatal.
De acordo com levantamento feito pelo GLOBO, somente as 20 maiores operações do BNDES com a Ford somaram cerca de R$ 3,5 bilhões em linhas de financiamento desde 2002.
Os projetos tinham foco em exportação, desenvolvimento de veículo e apoio a projetos sociais na comunidade.
Segundo o BNDES, entre as operações diretas feitas com a Ford, ainda há duas operações ativas. Por isso, o banco já procurou a empresa para pedir esclarecimentos.
Estão em situação ativa empréstimos cujo valor contratado chega a R$ 335 milhões e se referem ao desenvolvimento de novos veículos e de projetos sociais. O banco não foi informado pela montadora sobre o fim da produção nacional.
"O BNDES soube pela mídia do fechamento das fábricas, procurou a empresa para pedir esclarecimentos. O Banco aguarda informação oficial para avaliar os impactos da eventual decisão nos projetos financiados".
"Os projetos financiados junto à Ford, bem como outros financiados pelo BNDES no antigo Programa BNDES Proengenharia, trouxeram como externalidade a capacitação local da engenharia para atuação da indústria em nível internacional. Todos os contratos diretos do BNDES dispõem de cláusulas-padrão relacionadas à manutenção do emprego em razão da implantação do projeto", explicou o banco em nota.
Em 2014, a montadora recebeu, por exemplo, R$ 195,4 milhões para criar, desenvolver e produzir o novo Ka na fábrica da empresa em Camaçari. Nesse caso, os recursos foram contratados pelo programa voltado para inovação de máquinas.
Desde os anos 2000, a montadora vem recebendo financiamento para permitir embarques, prática comum no setor. Em 2005, a montadora recebeu crédito de US$ 250 milhões, com compromisso de exportação de, no mínimo, US$ 834 milhões na ocasião.
Em 2008, quando recebeu empréstimo de R$ 78 milhões para desenvolver seu Programa de Apoio à Engenharia Automotiva em Camaçari, a empresa precisou garantir que iria manter a mão-de-obra qualificada em seus quadros na Bahia, como os 1.050 engenheiros envolvidos no desenvolvimento e engenharia de produtos.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 12/01/2021
EQUIPE DE GUEDES AGUARDA ELEIÇÃO NA CÂMARA E NO SENADO PARA RETOMAR NEGOCIAÇÃO DAS REFORMAS
Publicado em 01/12/2021 as
06:57 PM
Governo aposta em projetos em tramitação no Congresso para recuperação da economia
Por Manuel Ventura
BRASÍLIA — A equipe econômica acompanha com atenção e espera o resultado das eleições para as presidências da Câmara e do Senado para seguir com as negociações de um conjunto de propostas consideradas importantes pelo governo para a recuperação da economia e do ajuste nas contas públicas.
A escolha das novas Mesas Diretoras é vista como fundamental, dentro da equipe do ministro Paulo Guedes, para o andamento das propostas.
As reformas, por outro lado, já vinham a passos lentos desde o início do ano passado, por causa de dificuldades na articulação política entre o governo e o Congresso. São pelo menos 14 projetos listados em apresentações da equipe econômica. Essas medidas já tramitam no Congresso, algumas delas desde 2019.
Na lista, estão medidas como a reforma tributária e administrativa, o Pacto Federativo, e outras ações voltadas para o crescimento econômico. Quando cobrado sobre um plano de recuperação econômica pós-coronavírus, Guedes costuma dizer que essas medidas são sua aposta para controlar as contas e pavimentar um crescimento econômico sustentável no Brasil.
Uma das principais medidas é o chamado Pacto Federativo, que prevê a redução de gastos e estabelece medidas fiscais de longo prazo. A medida foi encaminhada pelo governo ao Senado no fim de 2019, mas pouco avançou até agora.
Também está na lista a PEC Emergencial, que autoriza corte de despesas para facilitar cumprir o teto de gastos, regra que limita as despesas da União. No fim de 2020, o relator da proposta, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), chegou a apresentar a líderes do Senado um projeto considerado enxuto e com pouco impacto fiscal.
O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, não espera a aprovação de grandes reformas constitucionais nos próximos dois anos. Ele considera que as propostas de menor envergadura e com mais consenso vão continuar passando no Congresso, como os marcos regulatórios, entre eles, a lei do gás.
A proposta sobre o gás já foi aprovada na Câmara e no Senado, mas voltou para análise dos deputados porque foi alterada pelos senadores.
— A grande dificuldade agora é que não depende só da Câmara e do Senado. A gente precisa ter um papel consolidado do Executivo. Uma reforma administrativa mais profunda, esse tipo de reforma que toca na estrutura de gastos, isso vai ficar para a partir de 2023. Nós estamos num ano de micro e pequenas reformas, mas que são positivas e importantes para a estrutura microeconômica — disse.
A equipe econômica já vinha fazendo a aposta em marcos regulatórios desde meados do ano passado, quando ficou claro que o avanço de grandes reformas seria difícil. Além da nova lei do gás, também estão na lista propostas como a independência do Banco Central — já aprovado no Senado —, novo marco do setor elétrico, cabotagem e concessões. É mais fácil aprovar projetos como esses porque eles exigem o apoio de um número menor de deputados senadores.
A reforma administrativa, por exemplo, está parada na Câmara desde quando foi enviada, em setembro. Outra reforma que pouco avançou em 2020 foi a tributária. Guedes é contra a proposta defendida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em tramitação no Congresso.
Esse foi um dos motivos dos desentendimentos entre os dois no ano passado.
A reforma de Maia foi apresentada oficialmente pelo deputado Baleia Rossi (DEM-SP), um dos candidatos à presidência da Câmara. Outro candidato é Arthur Lira (PP-AL), que conta com o apoio do governo.
O vice-presidente da Arko Advice, Cristiano Noronha, diz que o histórico mostra que Lira e Baleia votaram alinhados com o governo nas pautas econômicas nos últimos meses:
— Baleia e Lira votaram de uma forma muito parecida, apoiando matérias cruciais, como a reforma da Previdência, o teto de gastos, a MP da Liberdade Econômica, a reforma trabalhista. Aparentemente, há um certo alinhamento dos dois com a agenda econômica que é defendida pelo governo.
Veja as principais propostas defendidas:
Pacto Federativo e PEC Emergencial
Cortam despesas e preveem medidas para controlar o Orçamento.
Reforma tributária
Unifica e simplifica impostos
Reforma administrativa
Reduz gastos com funcionalismo
Fundos públicos
Transfere recursos parados para ajudar nas despesas da pandemia
Gás natural
Altera regras para reduzir o preço.
Independência do Banco Central
Dá autonomia e cria mandato fixo.
Licenciamento ambiental
Muda normas de licenciamento federal e nos estados
Pré-sal
Flexibiliza o regime de partilha
Setor elétrico
Cria um novo marco para o setor
Concessões
Muda regras para atrair investimentos.
Ferrovais
Facilita a entrada do setor privado.
Cabotagem
Abre a navegação entre portos nacionais.
Privatização da Eletrobras
Estabelece as regras para a venda da estatal
Fonte : O Globo - RJ
Data : 12/01/2021
EXXONMOBIL E BP REVISAM DOAÇÕES ELEITORAIS APÓS ATENTADO CONTRA CONGRESSO DOS EUA
Publicado em 01/12/2021 as
06:57 PM
Por Larissa Fafá - 11 de janeiro de 2021 - Em Internacional
O braço americano da BP anunciou nesta segunda (11) que irá suspender para reavaliação por seis meses as contribuições do PAC (political action committee, em inglês) de seus funcionários, uma espécie de organização que articula doações para financiamento de campanhas políticas.
Em anúncio nas redes sociais, a petroleira deixou claro que irá reavaliar o critério de escolha atual sobre quais candidaturas pretendem apoiar futuramente.
A ExxonMobil afirmou à Popular Information que está revisando sua política de financiamento de políticos. A publicação buscou 144 empresas e diversas responderam que vão mudar ou revisar regras para doações.
As decisões são tomadas na esteira de ações semelhantes de outras grandes empresas nos Estados Unidos, após o atentado no Capitólio americano, em Washington, na última quarta (6).
A Blackrock, gestora de fundos com participação em empresas no setor elétrico como Copel, Energisa e EDP, também aderiu a cautela após os protestos, com a suspensão de doações financeiras de seu PAC e revisão da estratégia para atividades política a partir de 2021.
Na semana passada, o CEO da empresa, Larry Fink, reprovou os atos violentos na capital americana e disse que “a transferência pacífica de poder é a base de nossa democracia”.
Empresas se afastam de republicanos
Assim como ele, uma série de executivos condenaram o que consideraram esforços ilegais para derrubar uma eleição democrática, inclusive .
Companhias como a AT&T, American Express, Blue Cross Blue Shield Association, Airbnb, Dow Chemical e Marriot International suspenderam suas contribuições para membros do Congresso dos EUA, que votaram na semana passada contra a confirmação da eleição de Joe Biden e Kamala Harris, pelo partido Democrata.
O banco Citigroup disse que pausará todas as contribuições no primeiro trimestre deste ano e, após isso, “não irá apoiar candidatos que não respeitem a lei”.
Gigantes de tecnologia, como Facebook, Microsoft e Google, também congelaram suas doações à políticos.
As ações fazem parte de uma tentativa do setor privado em se distanciar dos protestos violentos de apoiadores de Donald Trump, que resultaram na invasão do Capitólio e na morte de cinco pessoas, incluindo um policial legislativo.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 12/01/2021
CEO DA GALP RENUNCIA E EX-SHELL ASSUME
Publicado em 01/12/2021 as
06:56 PM
Por epbr - 12 de janeiro de 2021 - Em Mercado
O engenheiro Carlos Gomes da Silva apresentou nesta terça (12) sua renúncia aos cargos de vice-presidente do Conselho de Administração, presidente executivo e aos demais cargos de administração na Galp, empresa de petróleo e combustíveis com sede em Portugal.
O executivo Andy Brown foi escolhido para assumir as posições deixadas por Carlos da Silva, a partir de 19 de fevereiro. A nomeação precisa passar pelo aval dos conselheiros.
Andy Brown atua há 35 anos no mercado de energia, com passagem em várias funções de gestão na Royal Dutch Shell, onde foi diretor de Internacional Upstream (2012) e diretor de Upstream (2016).
Em 2019, Andy Brown assumiu como vice-presidente na SBM, depois foi consultor sênior na McKinsey, consultor na JMJ e consultor na ZeroAvia, uma start-up de hidrogénio e células de combustível para aviação, informou a Galp.
Carlos Gomes da Silva atua na Galp há 14 anos. É vice-residente do Conselho de Administração CEO desde abril de 2015. Atuaou nas áreas de distribuição, trading, comercialização e marketing de produtos petrolíferos, gás natural e eletricidade, além de diversas áreas corporativas.
“O senhor engenheiro Carlos Gomes da Silva desempenhou, assim, um papel transversal na história mais recente da sociedade, tendo, nessa qualidade, contribuído relevantemente para os resultados que, aos mais diversos níveis, foram sendo sucessivamente alcançados pela mesma na última década”, disse a empresa em nota.
Galp no Brasil
A empresa atua no Brasil majoritariamente por meio da Petrogal, uma sociedade com a Sinopec (China). Tem participação em ativos no pré-sal e pós-sal, inclusive grandes projetos como Tupi (ex-Lula), que hoje é o maior campo de produção do país. Também tem participações nos contratos de partilha e concessão de Berbigão, Sururu e Atapu. São projetos operadores pela Petrobras.
A Galp também está no projeto de Bacalhau, operado pela Equinor, também no pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, tem participação em ativos de exploração e produção em diversas outras bacias do país.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 12/01/2021
SECRETÁRIO COBRA COMPROMISSO DE CANDIDATOS NO CONGRESSO NACIONAL COM PRIVATIZAÇÕES
Publicado em 01/12/2021 as
06:56 PM
Por Larissa Fafá - 12 de janeiro de 2021 - Em Política energética, Setor elétrico
BRASÍLIA – O secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercado, Diogo Mac Cord, defendeu que os candidatos à presidência da Câmara e do Senado façam compromissos públicos sobre as pautas de desestatização do governo. Acredita, inclusive, que a privatização da Eletrobras pode sair em 2021.
“Posso responder como brasileiro, como cidadão, que adoraria saber se o candidato A ou B é a favor ou contra a agenda de privatizações”, disse nesta terça (12), em transmissão do Jota.
Embora tenha ressaltado que sua área não é política, pontuou que a inércia na tramitação do projeto de capitalização da Eletrobras, que segue sem definição de relatoria e sem convocação de comissão especial há mais de ano, é evidência da falta de prioridade com a agenda por parte do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ).
“Quando você olha as alianças feitas pelo atual presidente para o seu candidato, são partidos que não apoiam as privatizações. Isso dá uma dica”, disse em relação ao apoio de partidos de oposição, como o PT e PCdoB, à Baleia Rossi (MDB/SP), endossado por Maia.
Ele minimizou a resistência de integrantes do governo a algumas privatizações e defendeu o uso de informações por parte do Executivo como forma de sensibilizar a população e parlamentares sobre a importância dos desinvestimentos.
Recentemente, o próprio presidente Jair Bolsonaro vetou a privatização da Ceagesp, em São Paulo, que estava sendo estudada pela equipe econômica. Tema é uma das muitas disputas com João Dória (PSDB), virtual candidato em 2022.
Privatização da Eletrobras em 2021
A lista de prioridades para o governo neste ano no Congresso, segundo o secretário, é a aprovação dos projetos de privatização da Eletrobras, enviado no final de 2019, e do projeto que deve autorizar a privatização dos Correios – a expectativa é que o Executivo Federal mande aos congressistas um projeto já no início do ano.
“A partir de fevereiro, um presidente da Câmara, efetivamente comprometido com o Brasil, já escolhe o relator e o presidente da comissão para avaliar o PL da Eletrobras”, afirmou Mac Cord, que foi secretário de Infraestrutura do Ministério da Economia e consultor no setor elétrico antes de entrar no governo.
Também estão na lista de prioridade para a Secretaria de Desestatização os projetos de novos marcos regulatórios, como o do setor elétrico (PLS 232/16), o de ferrovias (PLS 261/18), o de cabotagem (BR do Mar, PL 4199/2020) e a revisão de concessão e PPPs (PL 7063/17).
Para os Correios, a aprovação do PL terá que anteceder a definição de um modelo de privatização para a companhia postal.
“São várias possibilidades de desenho, não conseguimos bater o martelo antes de ter o projeto aprovado”, defendeu o secretário. O governo trabalha com a possibilidade de fatiar a oferta da empresa por produto, por região ou ainda a privatização da empresa inteira.
O BNDES trabalha para definir a melhor modelagem para a desestatização da estatal desde o segundo semestre de 2020, quando selecionou o consórcio Postar para a realização dos estudos.
Em entrevista à imprensa, o diretor de privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, diz que espera que a documentação fique pronta em setembro ou outubro deste ano.
Governo desiste de fast-tracking para privatizações
O fast-tracking para as privatizações, mecanismo que poderia agilizar as desestatizações e que foi defendido pelo ex-secretário de Desestatização Salim Mattar, não é mais necessário.
De acordo com Mac Cord, o papel do BNDES através de estudos e auxílio para a privatização de empresas estatais e estaduais já é o suficiente para acelerar os processos.
Em relação à privatização do setor elétrico, por exemplo, ele avalia que há mais celeridade no processo do que na década de 90.
“As empresas eram estaduais e foram federalizadas para depois serem privatizadas. Hoje o que o BNDES está fazendo é ajudando os estados a não precisar passar pela federalização. A CEB, por exemplo, foi privatizada com ajuda do Banco”, disse.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 12/01/2021
COMO O BRASIL PODE SE BENEFICIAR COM A PRECIFICAÇÃO DE CARBONO
Publicado em 01/12/2021 as
06:56 PM
Por Nayara Machado - 12 de janeiro de 2021 - Em Newsletter Diálogos da Transição
newsletter
Editada por Nayara Machado
nayara.machado@epbr.com.br
Até o final de 2020, 96 das 181 partes que submeteram suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs, sigla em inglês) ao Acordo de Paris haviam declarado que estão planejando ou considerando o uso da precificação de carbono como uma ferramenta de redução de emissões globais de gases de efeito estufa.
A sinalização abre perspectiva para a ampliação da implementação de políticas deste tipo em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Embora o país não coopere com nenhuma outra parte, e vice-versa, para atingimento da ambição expressa em sua NDC, no Legislativo e em diversos setores do próprio governo, as propostas de mecanismos de precificação de carbono se multiplicam.
A principal iniciativa é o projeto PMR Brasil (Partnership for Market Readiness), capitaneado pelo Ministério da Economia.
O estudo encomendado ao Banco Mundial analisa a criação de um mercado nacional de emissões de carbono e está no radar da equipe que trabalha na criação do Patrimônio Verde (PL 7578/2017).
A proposta é uma tentativa de dar escala ao mercado brasileiro de carbono transformando a preservação das florestas em ativos financeiros, por meio de um programa federal. Foi selecionado por Rodrigo Maia (DEM/RJ) entre as prioridades da “agenda verde” da Câmara dos Deputados.
Leia também: Crise multiplica propostas para mercados e taxação de carbono no Brasil
O setor empresarial é um grande interessado nessa agenda.
Em meados do ano passado, por exemplo, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) publicou um documento se posicionando a favor da aplicação do Artigo 6º do Acordo de Paris, o que, na prática, significa a participação do Brasil em mercados regulados de redução de emissões de carbono.
“Um mercado de carbono para a indústria nacional é estratégico na aceleração de transição rumo a uma economia de baixo carbono e na promoção da competitividade no setor, atraindo capitais externos e consolidando suas aspirações em acordos de organismos multilaterais”, argumenta o CEBDS em nota técnica publicada em dezembro sobre marco regulatório do mercado de carbono no Brasil (.pdf).
Quem também pode se beneficiar com o estabelecimento deste mercado é o setor de energia, mas para isso serão necessárias reformas regulatórias de modernização do setor.
É o que aponta uma nota técnica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgada na semana passada (.pdf).
O documento foi encomendado para subsidiar um posicionamento técnico do governo, e indica riscos e oportunidades para o Brasil com a precificação de carbono no setor de energia.
A expectativa é que setores produtivos – em especial o setor de energia e o industrial, que usa energia elétrica como insumo –, possam se beneficiar dos instrumentos de precificação, já que a matriz elétrica brasileira é majoritariamente renovável, indica o relatório da EPE.
“Nesse caso, a vantagem competitiva, estabelecida pelo diferencial de intensidade de carbono na matriz em relação a outros países, pode funcionar como um atrativo de investimentos de acordo com os desenhos de mercado de carbono implementados pelo Artigo 6º do Acordo de Paris”, diz o documento.
A EPE cita como exemplo o período de vigência do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Protocolo de Quioto, com geração expressiva de créditos de carbono por iniciativas brasileiras, entre 2005 e 2012.
“Boa parte dos projetos brasileiros certificados no âmbito do MDL eram provenientes do setor de energia com destaque para hidrelétricas, usinas eólicas, projetos de biomassa energética e de substituição de combustíveis fósseis”, relata.
Atualmente, a única iniciativa de precificação de carbono em nível nacional em plena aplicação é a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que valoriza a eficiência energética e ambiental na produção de biocombustíveis e estabelece uma meta setorial de intensidade de emissões na matriz de combustíveis.
Para atingir as metas, as distribuidoras devem comprar volumes especificados de biocombustíveis e/ou certificados de redução de emissões (CBios).
Os CBios são emitidos pelos produtores de biocombustíveis e comercializados na B3. Quanto maior o grau de eficiência do processo produtivo maior a capacidade do produtor de biocombustível de gerar CBios.
Em seu primeiro ano de pleno funcionamento, o RenovaBio encerrou 2020 com cerca de 56% dos produtores certificados, 18,5 milhões de CBIOs depositados na B3 e 14,61 milhões de créditos aposentados até 30 de dezembro – volume ligeiramente abaixo da meta de aquisição pelas distribuidoras, de 14,9 milhões.
Com preço médio na casa dos 40 reais por título, os CBios movimentaram R$ 650 milhões na B3 em 2020, segundo informações do Ministério de Minas e Energia.
No caso do setor elétrico, a implementação de um mecanismo do tipo tende a ser mais desafiadora e depende de mudanças na legislação e regulação.
Mudanças que já estão em discussão em diversas propostas de marcos legais.
Uma delas é a Medida Provisória 998, de 1º de setembro de 2020, cujo texto propõe a definição, no prazo de até doze meses, de diretrizes para a implementação de mecanismos que considerem os benefícios ambientais da baixa emissão de CO2 no setor elétrico.
Segundo a análise da EPE, embora o setor elétrico brasileiro seja um potencial gerador de créditos de carbono, uma política intrasetorial “dificilmente seria viável” no modelo de mercado atual.
“No mercado regulado de energia elétrica a geração não está sob o comando dos agentes, mas sim do Operador Nacional do Sistema (ONS), o que impede os agentes termelétricos de gerenciarem suas emissões”.
Neste contexto, o documento sugere que, definido o interesse por estruturar a precificação de carbono por mecanismos de mercado no Brasil além do RenovaBio, será necessário definir um arranjo institucional, legal e regulatório, bem como normativos de governança. Ou seja, um redesenho do mercado.
Curtas
A Agência Internacional de Energia (IEA) reforçou nesta segunda (11) que as emissões globais de carbono associadas ao setor energético devem subir em 2021, com a expectativa de uma retomada econômica pós-pandemia. À Reuters, o chefe da IEA, Fatih Birol, afirmou que os primeiros dados sugerem uma recuperação do nível de emissões pré-pandemia ainda em 2021. ClimaInfo
O presidente francês, Emmanuel Macron, comandou nesta segunda-feira (11) a quarta edição do evento “One Planet Summit”, neste ano dedicado à preservação da biodiversidade. Cerca de 30 chefes de Estado, empresários e representantes de ONGs participaram das discussões, com exceção do Brasil, que não foi convidado para o evento devido às posições negacionistas do presidente Jair Bolsonaro na área do clima…
…O encontro anunciou a ampliação da “coalizão de alta ambição pela natureza”, que passa a se chamar “Um Planeta pela Biodiversidade” e integra cerca de 50 países com o compromisso de transformar 30% de seus territórios em áreas protegidas. UOL
No Brasil, embora o desmatamento tenha aumentado, as multas ambientais diminuíram 20% em 2020. O Ibama aplicou 9.516 multas em 2020 em comparação com 11.914 em 2019, de acordo com uma análise de dados públicos da plataforma Fakebook.eco, administrada pelo grupo Observatório do Clima. Reuters/Globo Rural
Entidades questionam o Ministério de Minas e Energia (MME) sobre as datas do Leilão para suprimento dos Sistemas Isolados de cinco Estados da Região Norte, dentre eles Roraima. O leilão (Edital nº 3/2021), anteriormente previsto para março, já foi adiado uma vez, atendendo a um pedido do Fórum de Energias Renováveis de Roraima. A solicitação de postergação do certame por 180 dias foi atendida em parte pelo MME, que adiou os procedimentos por 40 dias…
…Entretanto, o Fórum alega que o período é insuficiente para que propostas baseadas em energias renováveis – como solar fotovoltaica e eólica – sejam realizadas, podendo favorecer propostas estruturadas em combustíveis fósseis – como as usinas a diesel. Correio do Lavrado
O Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT13), na Paraíba, encerrou 2020 com a instalação e o funcionamento de quatro usinas de energia solar fotovoltaica. A energia produzida pelas plantas é fornecida à rede da Energisa e o valor de venda é amortizado na fatura das unidades da Justiça do Trabalho na Paraíba. A previsão da economia mensal no valor da conta é de R$ 24 mil.
A Neoenergia, por meio da sua distribuidora Elektro, concluiu a construção da nova subestação Guarujá 04, com tecnologia GIS, sigla em inglês de Equipamento Isolado a Gás. O empreendimento ampliará a disponibilidade de energia para mais de 100 mil clientes do Guarujá, com capacidade de 33 MVA, distribuídos em 05 alimentadores de 13,8 kV…
…O sistema automatizado dispensa a presença de eletricistas e operadores na subestação para efetuar manobras, sendo realizadas diretamente pelo Centro de Operação da Distribuição (COD) da Elektro, em Campinas, por comunicação via satélite.
Hidrogênio 1. A Schlumberger New Energy, o CEA e parceiros anunciaram nesta segunda (11) a aprovação da Comissão Europeia para a formação da Genvia, uma empresa de tecnologia de produção de hidrogênio limpo…
…O empreendimento pretende acelerar o desenvolvimento e a primeira implantação industrial da tecnologia de eletrolisador de óxido sólido reversível de alta temperatura da CEA, como a tecnologia mais eficiente e econômica para produção limpa de hidrogênio.
Hidrogênio 2. Ørsted, Siemens Gamesa, ITM Power e Element Energy receberam 5 milhões de euros em financiamento para desenvolver um sistema combinado de turbina eólica e eletrolisador para operação em ambientes marinhos…
…O consórcio vai desenvolver e testar um sistema eletrolisador projetado para ser compacto e permitir a integração com uma única turbina eólica offshore, acompanhando o perfil de produção da turbina. Offshore Wind
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 12/01/2021
PETROLEIRAS PREVEEM 38 NOVOS POÇOS, COM INVESTIMENTO DE R$ 5,2 BI, DIZ ANP
Publicado em 01/12/2021 as
06:55 PM
Em 2021, mesmo com a pandemia, 38 novos poços deverão ser abertos em campos de petróleo e gás no Brasil, investimento que pode chegar a R$ 5,2 bilhões, segundo informações declaradas pelos operadores à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As petroleiras preveem ainda a realização de 450 quilômetros de sísmicas 2D e 2.475 quilômetros quadrados de sísmica 3D, que vão demandar mais R$ 164 milhões.
A exploração em terra será responsável pela perfuração de 20 poços, investindo R$ 163 milhões, e pela realização das sísmicas 2D, ou R$ 120 milhões; enquanto a exploração no mar programa 18 poços, ao custo de R$ 5,1 bilhões, e sísmicas 3D ao valor de R$ 44 milhões.
Os dados foram divulgados nesta manhã pela ANP, que atualizou as previsões anuais sobre atividades de exploração de petróleo e gás natural com dados relativos a 2021.
Para este ano, as operadoras declaram a entrada de mais três plataformas de produção, uma a mais do que em 2020. Está prevista também a desativação de 133 campos de petróleo (arrasamento e abandono de poços) e 338 novas perfurações, quase o dobro do verificado no ano passado.
A produção de petróleo em 2021 deverá atingir 463,9 milhões de metros cúbicos por dia, subindo para 571,5 milhões de m3 em 2025. Já o gás natural deve registrar este ano 121,9 milhões de m3, atingindo 173,2 milhões de metros cúbicos em 2025.
"Em função das incertezas inerentes às variáveis consideradas, bem como à possibilidade de apresentação de atualizações e revisões destas estimativas pelos operadores, não há garantia de efetivação das estimativas ao longo do período simulado", informou a ANP.
Todas as projeções da ANP podem ser acessadas no seguinte endereço na internet: https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/imprensa/noticias-comunicados/anp-divulga-dados-de-exploracao-de-petroleo-e-gas-natural-relativos-a-2021
Fonte : Estado de Minas - MG
Data : 12/01/2021
PREFEITURA DO RIO: SERVIDORES PEDEM TRANSPARÊNCIA E DIÁLOGO NO TERCEIRO MANDATO DE PAES
Publicado em 01/12/2021 as
06:55 PM
Por Stephanie Tondo
Protesto de professores em frente à Prefeitura do Rio em 2013Protesto de professores em frente à Prefeitura do Rio em 2013 Foto: Fabiano Rocha
Depois de quatro anos de um relacionamento turbulento dos servidores da cidade do Rio com o então prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), o funcionalismo ajudou a eleger novamente Eduardo Paes (DEM) para ocupar a cadeira de chefe do Executivo municipal. No entanto, o resultado nas urnas não será garantia de que a relação dos servidores com Paes em seu terceiro mandato será tranquila. Em meio à possibilidade de atraso nos salários ao longo de 2021, e um 13º salário que ainda não foi quitado para os funcionários que ganham acima de R$ 4 mil, sindicatos e entidades já começam a elaborar a lista de reivindicações para este ano.
Extra oferta Casa Própria
Entre os pontos criticados pelo funcionalismo em relação aos mandatos anteriores de Paes está a “falta de diálogo”, que os servidores esperam que seja superada para que haja mais transparência, principalmente em relação à situação das contas municipais e aos salários.
— Durante a última gestão de Paes foram identificadas pendências pontuais, entretanto os pagamentos das remunerações e proventos foram realizados em dia, bem como o 13º salário de todas as categorias, questão que agora se torna o grande fantasma dessa administração — aponta Carlos Jund, advogado da Federação das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Rio (Fasp).
Na semana passada, a prefeitura voltou a informar que tem como objetivo retomar o pagamento dos salários dos servidores no segundo dia útil de cada mês.
‘Falta de diálogo’ é criticada por sindicatos
Entre os problemas dos últimos mandatos de Paes — que os servidores esperam não ter que enfrentar novamente — está a “falta de diálogo” com o prefeito. Presidente do Sindicato Carioca dos Fiscais de Renda (Sincaf), Luiz Antonio Barreto afirmou que a categoria já tentou estabelecer uma comunicação com a prefeitura na semana passada, mas não foi recebida:
— A gente quer transparência, quer participar da gestão, somos funcionários do município, não do governo Paes ou Crivella, e queremos o melhor para a cidade. Diálogo é a condição básica para mudar as coisas, e não foi o que conhecemos nesta sexta-feira, quando fomos entregar um documento ao prefeito assinado por várias entidades municipais, e ele não nos recebeu.
Coordenador Geral do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe), Alex Trentino lembrou dos problemas entre a categoria e o prefeito nos mandatos anteriores, que culminaram em greves e manifestações de professores:
— A gente avalia a última gestão do Eduardo Paes como uma completa falta de diálogo. Haja vista a greve de 2013, que terminou com bombas na Cinelândia.
Concursos, reajustes e planos de cargos e salários
Entre as reivindicações para a nova gestão de Paes estão ainda a realização de concursos públicos para repor servidores aposentados e afastados do trabalho presencial por serem grupo de risco para Covid-19.
Luiz Antonio Barreto, presidente do Sincaf, afirma que há um percentual significativo do quadro de fiscais de rendas da prefeitura que estão impossibilitados de comparecer a atividades presenciais. Segundo ele, é necessário haver uma renovação do quadro, com realização de concursos.
— Nossa atividade exige concursos para efetivos, já que é uma carreira típica de estado. O ideal seria repor no mínimo o contingente de servidores que estão em abono permanência — afirma.
Já Carlos Jund, advogado da Fasp, acredita ser fundamental que os planos de cargos e salários sejam revisitados para considerara a modernização do sistema de dados e o incremento das atividades com maior amplitude tecnológica:
— Esses fatores geram novos modelos de gestão administrativa no que toca aos recursos humanos, trazendo alterações efetivas de gestão administrativa e valorização das categorias com ampla redução das distorções existentes. E essas mudanças acarretarão a necessidade de adaptação dos servidores a essa nova realidade.
O advogado acrescenta ainda à lista de reivindicações a realização de concursos públicos e a proteção aos servidores que atuam em áreas expostas ao contato com o novo coronavírus. Segundo ele, é importante que a prefeitura garanta a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), além de fornecer treinamento para a sua correta utilização.
— Podemos dizer, ainda, que o município do Rio de Janeiro também não vem reconhecendo o efetivo tempo de serviço de determinadas categorias, o que gera impacto no cálculo dos triênios; vem se recursando a realizar a progressão funcional de acordo com determinados planos de cargos e salários; vem realizando, de forma reiterada, ante a falta de pessoal, desvios de função e não remunerando os respectivos servidores adequadamente, ou seja, irregularidades que por simples recomposição da gestão de pessoal podem ser solucionadas — acrescenta.
O Sepe, por sua vez, enviou à Secretaria de Educação pedidos de reajuste salarial anual, como está previsto na Lei Orgânica do Município, além de implementação de um terço da jornada extra classe.
— Os servidores da Educação estão há dois anos sem reajuste — aponta Alex Trentino.
Fonte : Extra Online
Data : 12/01/2021
REFORMA ADMINISTRATIVA VOLTA À PAUTA DO CONGRESSO ESTE ANO; VEJA O QUE MUDA PARA OS SERVIDORES
Publicado em 01/12/2021 as
06:54 PM

A proposta do governo prevê o fim do chamado Regime Jurídico ÚnicoA proposta do governo prevê o fim do chamado Regime Jurídico Único Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Apresentada pelo governo em setembro, a reforma administrativa teve sua votação adiada e deve voltar a tramitar no Congresso Nacional neste ano. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/2020 traz uma série de mudanças para o funcionalismo público, com a criação de cinco vínculos e o fim da estabilidade para a maior parte das carreiras.
As medidas encontraram resistência por parte de servidores e sindicatos, que começam a traçar a partir deste mês as estratégias de mobilização contra a aprovação da PEC.
De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), a reforma é um erro e está sendo conduzida com base em premissas falsas. Ele afirma que a frente está levantando dados para comprovar as incoerências da proposta e ressalta os riscos das mudanças sugeridas.
"Ao questionar a estabilidade do servidor público, a proposta pode abrir espaço para a corrupção e o compadrio, com indicações políticas em espaços que deveriam ser técnicos. A reforma tende a piorar as condições de trabalho dos servidores, com sobrecarga para os que ficarem. Com isso, a gente vai ter a redução na qualidade do serviço público", aponta.
Já o vice-líder do governo na Câmara, o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) afirma que a reforma administrativa não vai trazer prejuízos para o serviço público. O parlamentar acrescenta ainda que os novos prefeitos poderão ter um papel importante nesse processo.
"Vão ver a dificuldade que é a sua folha de pagamento, às vezes as suas prefeituras inchadas e sem sobrar recursos para investimentos tão necessários para a população. Então, talvez com uma pressão popular, com uma pressão da base dos municípios, nós possamos fazer uma pressão democrática ao Congresso Nacional, para que a Câmara vote o mais rápido possível essa reforma administrativa que torne mais ágil, mais competente e privilegie o serviço público de qualidade.
O que muda com a reforma administrativa
Criação de cinco novos vínculos e o fim da estabilidade
A proposta do governo prevê o fim do chamado Regime Jurídico Único, que seria substituído por novos vínculos, com diferentes regras de estabilidade. O primeiro grupo seria formado pelas carreiras típicas de Estado, com estabilidade. O segundo, seria formado por servidores com contratos de duração indeterminada, que poderiam ser demitidos a qualquer momento, por necessidade de cortes de gastos, por exemplo. Nesses dois casos, o ingresso no funcionalismo ocorreria por concurso público.
A PEC também permite a contratação temporária a qualquer momento, sem necessidade de cumprir uma demanda excepcional. Esse seria o terceiro grupo composto por servidores com contrato temporário, sem estabilidade, e que ingressariam por meio de seleção simplificada. Essas regras valem também para o quarto grupo, de cargos de liderança e assessoramento, similar ao atual cargo comissionado ou de confiança.
Por fim, o quinto grupo é o vínculo de experiência, dos quais farão parte candidatos que ingressem por concurso público durante os primeiros anos de contrato.
Férias
É vedada a concessão de férias em período superior a 30 dias pelo período aquisitivo de um ano.
Acumulação de cargos públicos
É autorizada a acumulação remunerada de cargos públicos para servidores não ocupantes de cargos típicos de Estado, quando houver compatibilidade de horários e não houver conflito de interesse.
Adicionais por tempo de serviço e licença-prêmio
O texto também veda o pagamento de adicionais referentes a tempo de serviço, independentemente da denominação adotada, além da concessão de licença-prêmio, licença-assiduidade ou outra licença decorrente de tempo de serviço, independentemente da denominação adotada, ressalvada, dentro dos limites da lei, licença para fins de capacitação.
Aposentadoria compulsória
A PEC proíbe a aposentadoria compulsória como modalidade de punição.
Progressão de carreira
O texto veda a concessão de progressão ou promoção baseada exclusivamente em tempo de serviço.
Governança
Haverá estímulo à cooperação entre os entes federativos (União, estados e municípios) e aos contratos de maior desempenho, e maior autonomia do presidente da República na reforma da administração federal.
Fonte : Extra Online
Data : 12/01/2021
STF PROÍBE UNIÃO DE COBRAR ESTADO DO RIO POR CALOTE DE R$ 4,5 BILHÕES EM DÍVIDA
Publicado em 01/12/2021 as
06:53 PM
O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a União de executar contragarantias para ressarcir uma dívida de R$ 4,5 bilhões do Estado do Rio com o banco francês BNP Paribas. A dívida venceu em 20 de dezembro. O Tesouro Nacional já informou que cobrirá o calote, pois a dívida é garantida pela União. A decisão, em liminar do presidente da corte constitucional, ministro Luiz Fux, foi tomada no mesmo processo em que foi decidida a permanência do Rio no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
A manutenção do Rio no RRF também foi garantida por liminar, concedida por Fux na véspera do Natal. Mesmo após essa decisão, o Tesouro Nacional informou publicamente que, após cobrir o calote no BNP Paribas, buscaria ressarcimento por meio de bloqueios de receitas do governo fluminense com o ICMS e o Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Diante das manifestações públicas do Tesouro, a Procuradoria-Geral do Estado do Rio (PGE-RJ) entrou com embargos de declaração, um recurso no mesmo processo em que Fux decidiu pela permanência do governo fluminense no RRF.
O recurso pediu que se esclarecesse se a decisão da véspera do Natal, de manter o Rio no RRF, valia para a dívida com o BNP Paribas. Para a PGE-RJ, a permanência no programa de socorro exime o governo fluminense de qualquer dívida com a União, fossem financiamentos diretos ou garantidos pelo Tesouro.
Na decisão tomada na noite desta segunda-feira, 11, Fux esclareceu que a “tutela provisória deferida”, ou seja, a decisão liminar da véspera do Natal, “alcança, até decisão posterior, a proibição de execução de garantias e contragarantias, inclusive as previstas” na dívida com o BNP Paribas. A decisão esclarece ainda que a liminar anterior impede a inscrição do Estado do Rio no CAUC, um cadastro de governos locais devedores da União, ou “nos cadastros de inadimplentes relativamente a esses mesmos fatos e objetos”.
A dívida se refere a um empréstimo de R$ 2,9 bilhões tomado junto ao BNP Paribas em dezembro de 2017, medida prevista no Plano de Recuperação Fiscal firmado entre o Rio e a União em setembro de 2017, no âmbito do RRF – o Rio foi o único a recorrer ao regime, criado em maio de 2017 para socorrer Estados em dificuldades financeiras. O valor original foi determinado pelo Plano de Recuperação. O banco francês foi selecionado em licitação pública. A dívida aumentou por causa de juros e encargos.
A lógica do RRF é suspender o pagamento das dívidas dos Estados com a União, em troca de medidas, dos governos locais, para equilibrar suas contas, cortando despesas e aumentando impostos. O mecanismo também procura incentivar os Estados socorridos a recorrerem à privatização de serviços públicos, como forma de aliviar as dificuldades financeiras.
No caso do Plano de Recuperação do Rio, a privatização dos serviços de saneamento básico foi colocada como contrapartida. A forma de fazer isso foi colocar as ações da Cedae, a estatal de saneamento, como uma das contragarantias do empréstimo tomado junto ao BNP Paribas, com aval da União. Os valores levantados com a desestatização poderiam ser usados para quitar a dívida. Por outro lado, a inadimplência daria à União o direito de federalizar a Cedae.
O calote no BNP Paribas chegou a atrasar a publicação do edital de concessão dos serviços de saneamento do Rio em uma semana – o documento foi publicado finalmente em 29 e dezembro. O leilão está previsto para 30 de abril de 2021 e renderá, no mínimo, R$ 8,5 bilhões para o Estado, em três parcelas, que, no entanto, chegarão tarde demais para quitar a dívida com o banco francês.
Quando informou que buscaria o ressarcimento após cobrir a dívida em nome do Estado do Rio, o Tesouro não mencionou as ações da Cedae entre as contragarantias, separando as divergências em torno da manutenção do RRF do processo de concessão dos serviços de água e esgoto.
O Plano de Recuperação Fiscal tem sido objeto de atritos entre o governo fluminense e o governo federal desde que chegou perto de completar três anos, no início de setembro. Uma das polêmicas gira em torno de sua vigência. Para o governo fluminense, o RRF permitiria que os planos de recuperação poderiam ter seis anos de duração, sem necessidade de renovação. Para o governo federal, os planos são firmados com prazo de três anos, renováveis por mais três, desde que o Estado socorrido cumpra todas as contrapartidas exigidas.
Com seu entendimento, o Tesouro Nacional enviou um ofício ao governo do Rio, em 21 de dezembro, cobrando dívidas vencidas desde setembro. Foi então que o governo fluminense recorreu ao STF, conseguindo a decisão favorável de Fux.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/01/2021
PPSA ARRECADA PARA A UNIÃO R$ 627,8 MILHÕES EM 2020
Publicado em 01/12/2021 as
06:53 PM
A Pré-Sal Petróleo (PPSA) arrecadou para a União no ano passado R$ 627,8 milhões, 33,5% a mais do que em 2019, e 119% ante 2018. Também foram arrecadados R$ 76,4 milhões por meio de um Acordo de Equalização de Gastos e Volumes, assinado entre a PPSA e a Petrobras, em junho de 2020.
No total, a arrecadação para o governo somou R$ 704,2 milhões, segundo informou a PPSA.
Em 2020, foram comercializados 2,8 milhões de barris de petróleo da área de desenvolvimento de Mero e do campo de Entorno de Sapinhoá, que operam em regime de partilha de produção, e 37,7 milhões de metros cúbicos de gás dos campos de Entorno de Sapinhoá, Tartaruga Verde Sudoeste e Tupi.
Desde 2018, a PPSA já arrecadou R$ 2,68 bilhões para a União, sendo R$ 1,38 bilhão com a atividade de comercialização do petróleo e gás e R$ 1,3 bilhão com equalizações de gastos e volumes realizadas pela companhia em áreas onde a União tem participação nos Acordos de Individualização da Produção.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/01/2021
PARA DIRETOR DO BC, 2ª ONDA NÃO TEM MESMAS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS DA 1ª
Publicado em 01/12/2021 as
06:53 PM
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta terça-feira, 12, que uma segunda onda de contaminação pela covid-19 não tem, necessariamente, as mesmas consequências econômicas da primeira onda, verificada em 2020. “Não é nada simples reprisar o choque que vivemos em março e dizer que o impacto agora vai ser o mesmo”, avaliou, durante evento virtual.
Segundo Bruno Serra, em março e abril de 2020 o avanço da pandemia gerou “lockdowns fortes” e as pessoas passaram a ficar em casa.
Agora, a avaliação é de que há um recrudescimento da doença, mas como consequência da volta da mobilidade.
Para o diretor do BC, é difícil estimar que o impacto da segunda onda na economia será o mesmo que o da primeira onda, vista no ano passado.
Grau de estímulo
Bruno Serra afirmou também que a instituição precisou adotar um grau de estímulo monetário “forte” no Brasil, em meio à pandemia do novo coronavírus, mas que isso é “temporário”. “A taxa de juros que precisamos colocar foi em ambiente de choque atípico”, afirmou o diretor, durante evento virtual.
Atualmente, a Selic (a taxa básica de juros) está em 2,00% ao ano, no menor patamar da história. Em suas comunicações, o BC vem pontuando que o atual nível “extraordinariamente elevado de estímulo monetário” é adequado.
Bruno Serra afirmou, no entanto, que “é natural esperar que o estímulo extraordinário vá sair de cena em algum momento”.
Segundo ele, isso já vem sendo projetado pelo mercado. “O debate vai ocorrer”, afirmou, para depois acrescentar que “ainda é o momento de estímulo bastante extraordinário”.
Commodities
O diretor de Política Monetária do Banco Central avaliou ainda a alta mais recente das commodities no mercado internacional, que gerou efeitos para o mercado global de câmbio. Segundo ele, o movimento pode ser separado em duas partes.
Em primeiro lugar, conforme Serra, a pandemia do novo coronavírus levou um grande número de países a utilizar o espaço fiscal para “colocar dinheiro” na economia. “Os países desenvolvidos usaram o fiscal mais do que nós”, pontuou o diretor. Segundo ele, com mais dinheiro nas mãos das pessoas, o consumo de produtos reagiu e os preços das commodities se recuperaram.
A segunda explicação para o avanço das commoditites está ligada ao clima. “A questão climática também pesou nos grãos e foi para os preços”, afirmou. “A Arábia Saudita restringiu produção”, acrescentou, em referência aos cortes mais recentes na produção de petróleo, que impulsionaram os preços da commodity e o dólar ante outras moedas no mercado internacional.
Câmbio
Ao avaliar de forma geral o movimento do câmbio nos últimos meses, Bruno Serra lembrou que o Brasil passou pelo que outros países passaram durante a pandemia, com a saída de investimentos estrangeiros. Além disso, ele lembrou que em 2020 o Brasil enfrentou um “ajuste grande” de estoques cambiais ligados ao overhedge – o hedge (proteção) em excesso que bancos com operações no exterior carregavam e que precisou ser reduzido até o fim do ano.
O ajuste do overhedge, conforme Bruno Serra, somou cerca de US$ 35 bilhões. Para evitar pressão adicional no câmbio, o BC promoveu operações cambiais no fim de 2020, permitindo a redução do overhedge. “Era um problema que vivíamos no mercado de câmbio brasileiro. Reduzir o estoque de overhedge é doloroso, mas vai trazer frutos no futuro”, defendeu.
Bruno Serra participou nesta terça de evento virtual sobre “Conjuntura Econômica Brasileira”, organizado pela XP Investimentos.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/01/2021
DADOS DA FGV INDICAM OCIOSIDADE SUPERIOR A 30% NO SETOR AUTOMOBILÍSTICO DO PAÍS
Publicado em 01/12/2021 as
06:53 PM
A despeito de a indústria brasileira já ter superado as perdas decorrentes da crise provocada pela covid-19 no País, os fabricantes de veículos automotores e produtos de metal registraram uma ociosidade média do parque fabril superior a 30% nos últimos quatro meses, segundo dados desagregados da Sondagem da Indústria do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), obtidos com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.
A recuperação tem sido impulsionada pelo auxílio emergencial, exportações e mudança no padrão de consumo das famílias durante a pandemia, mas ainda é heterogênea. Alguns setores operam consideravelmente aquém da sua capacidade de produção. Dos 16 principais subsetores pesquisados na sondagem, apenas sete já superaram a média histórica de uso da capacidade instalada.
“A retomada não vem de forma ordeira e homogênea, ela vem de forma heterogênea, errática, tanto sob a ótica da produção quanto da utilização da capacidade instalada. A disseminação da recuperação vai depender da robustez do crescimento. Tudo está apontando para dias melhores, embora tenhamos desafios, como o fim do auxílio emergencial, o desemprego elevado e a curva da pandemia piorando”, avaliou Rafael Cagnin, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Nuci
A indústria de transformação operava com 79,25% da capacidade instalada, em média, de setembro a dezembro de 2020, patamar que se aproxima da média histórica de 81,96% registrada no período que se estendeu de 2010 a 2015, antes das duas últimas crises econômicas. A melhora atual é puxada por setores como o de vestuário e celulose, nos quais o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) superou os 90%.
“Apesar de não ser um nível absurdo, começamos a ter um superaquecimento em alguns setores. Temos relatos de falta de insumos, mas o comércio online bombou a indústria de papelão ondulado, por exemplo. Quando você vende online, você reempacota o produto. Alguns setores são beneficiados por questões idiossincráticas da pandemia. Outras atividades mostram reação porque tinham perdido muito durante a crise, como vestuário”, apontou o superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV, Aloisio Campelo Júnior.
Por outro lado, a ociosidade permanece elevada em veículos automotores, que usaram em média 69,33% da capacidade instalada nos quatro últimos meses de 2020, ante uma média histórica pré-crise de 83,54%. A indústria de produtos de metal operava até mês passado com 67,48% da capacidade, consideravelmente abaixo da média de 77,88%.
Outros setores com ociosidade elevada em relação às suas próprias médias históricas foram informática, eletrônicos e ópticos, com um nível de utilização da capacidade instalada de 73,3% de setembro a dezembro de 2020, ante uma média histórica de 83,17%; máquinas e equipamentos, operando com uma média de 70,9% da sua capacidade, ante uma média histórica de 79,64%; e metalurgia, com Nuci de 78,78%, ante uma média histórica de 83,93%
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 12/01/2021
COM MAIS DE 5.3 MILHÕES DE TONELADAS, EMBARQUE DE CARGAS CRESCE NO PORTO DO PECÉM
Publicado em 01/12/2021 as
06:52 PM
Fonte: Agência Porto (12 de janeiro de 2021 )
Ferro fundido, sal, produtos da indústria de moagem, frutas, minérios, cereais e alumínio lideram as cargas que mais foram embarcadas através do Porto do Pecém em 2020. Ao todo foram embarcadas 5.324.440 toneladas no ano passado, um aumento de 2% nessa movimentação em comparação a 2019 (5.212.141 toneladas).
Somente no último mês do ano passado os embarques totalizaram 535.775 toneladas, resultado 14% superior ao embarcado em dezembro de 2019 (469.290 toneladas). Ao todo, entre embarques e desembarques, foram movimentadas 1.472.355 toneladas. em dezembro de 2020.
“Esse aumento pode parecer pouco, mas representa muito diante desse dificílimo 2020. Foi um ano que, desde o início, exigiu muito da equipe, muito de todos nós profissionais do Complexo do Pecém. Nos reinventamos para seguir com todas as nossas operações. E mesmo com a pandemia, não paralisamos nossas atividades um único dia”, enfatiza Danilo Serpa – Presidente do Complexo do Pecém (CIPP S/A).
E foi também a pandemia que afetou diretamente a movimentação acumulada do ano passado. 2020 fechou com o total de 15.930.483 toneladas movimentadas no Terminal Portuário do Pecém, resultado 12% abaixo em relação ao mesmo período de 2019 (18.096.308 toneladas).
“Já no primeiro semestre de 2020 estimávamos uma possível retração. O Pecém é um porto-indústria, somos um complexo industrial e portuário com clientes que sofreram e, de certa forma, ainda sofrem com a pandemia. Alguns fecharam fábricas, suspenderam atividades. Mas é fato que já no fim do ano passado começamos a sentir uma melhora na nossa movimentação”, conclui Danilo.
Natureza da Carga
49% – Granel sólido com 7.761.958 toneladas movimentadas
30% – Contêineres com 4.818.581 toneladas movimentadas
20% – Carga solta com 3.122.245 toneladas movimentadas
1% – 227.700 toneladas movimentadas
Tipos de Navegação
– Cabotagem (Pecém para outros portos do Brasil): a navegação de cabotagem totalizou 9.015.621 toneladas. Nos desembarques os principais produtos movimentados foram minérios (3.090.416 t); cereais (402.270 t); ferro fundido (242.762 t); alumínio e suas obras (95.899 t) etc. Já os embarques de cabotagem ficaram por conta das movimentações de sal (374.487 t); ferro fundido (169.004 t); produtos da indústria de moagem (139.561 t); cereais (98.306 t); alumínio e suas obras (96.160 t); plásticos e suas obras (43.206 t); etc.
– Longo Curso (Pecém para outros portos do Mundo): A navegação de longo curso totalizou 6.914.862 toneladas. Nos desembarques de longo curso os principais produtos movimentados foram combustíveis minerais (2.759.759 t); ferro fundido (60.567 t); adubos (43.084 t); cereais (8.452 t); etc. Em relação aos embarques de longo curso, os destaques foram verificados nas movimentações de ferro fundido (1.815.880 t); frutas (107.613 t); minérios (104.744 t); máquinas (39.541 t); preparações de produtos hortícolas (34.130 t); etc.
O Pecém é um terminal multicargas por movimentar granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e cargas em geral nos 10 berços que possui. Não à toa esse elo, na cadeia logística do transporte marítimo global, é considerado um Hub Portuário – hoje conectado por sete linhas de cabotagem e três de longo curso.
Além disso, o Governador Camilo Santana deverá fazer em breve a inauguração da segunda expansão do terminal portuário cearense. Serão inaugurados um novo berço de atracação (berço 10), uma segunda ponte de acesso aos píeres (Ponte 2) e um segundo portão de acesso (Gate 2) ao terminal. Todas essas obras serão oficialmente entregues no ano que marca os 19 anos de operação do Porto do Pecém.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/01/2021
COM DOIS PORTOS ATIVOS, VOLUME DAS EXPORTAÇÕES DE MS VIA PORTO MURTINHO CRESCE 57,83% EM 2020
Publicado em 01/12/2021 as
06:52 PM
Fonte: Agência Porto (12 de janeiro de 2021 )
O volume das exportações sul-mato-grossenses pela zona portuária de Porto Murtinho cresceu 57,83% no acumulado de janeiro a dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, em função da entrada em atividade do terminal FV Cereais e do incremento nas estruturas da APPM (Agência Portuária de Porto Murtinho).
Pelos portos do município, foram escoadas 384 mil toneladas ao longo de 2020, basicamente da safra de grãos do Estado. Em 2019, foram 233 mil toneladas. A participação dos terminais portuários da cidade no escoamento das exportações de Mato Grosso do Sul passou de 1,49% no ano passado para 2,12% em 2020. A movimentação total de exportações na zona portuária também aumentou: de 268 mil toneladas em 2019 para 396 mil toneladas em 2020.
Além dos embarques de soja, também foram escoados pelos terminais portuários de Porto Murtinho produtos como sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens; ferro fundido, ferro e aço; sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento. O destino principal dessas mercadorias foi a Argentina, em seguida a Bolívia e, por fim, o Paraguai. Além de produtos sul-mato-grossenses, também foram escoadas mercadorias de Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo.
Na avaliação do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) esse resultado foi obtido graças à estratégia de potencialização da logística do Estado em relação ao transporte hidroviário. “Em 2015, o Governo do Estado lançou o PROEXP (Programa de Estímulo à Exportação ou à Importação pelos Portos do Rio Paraguai) e os resultados vêm sendo colhidos ao longo desses anos, com a intensificação dos embarques e a entrada em funcionamento do terminal da FV em março do ano passado”, afirmou.
Contorno rodoviário prepara região para expansão portuária e logística
Construído em 2020 pelo Governo do Estado, o contorno rodoviário de Porto Murtinho, está sendo fundamental para dar suporte aos empreendimentos de transporte rodoviário e hidroviário que estão se instalando na região. A pavimentação de 7,19 km paralelamente ao dique de prevenção às cheias interliga a BR-267 aos portos, tirando o tráfego pesado da área central. A obra contou com R$ 25,2 milhões em recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de MS) e foi concluída em dez meses.
O investimento do Estado consolida o projeto de expansão da capacidade portuária e de incremento da hidrovia, que se transforma em importante rota para escoamento da produção, via portos da Argentina e do Uruguai, ao resto do mundo. O acesso conta com faixas de rolamento de 3,5 metros de largura e acostamentos de 2,5 metros. A estrutura atende aos portos FV Cereais e da APPM (Agência Portuária de Porto Murtinho), em operação, e às futuras instalações alfandegárias e de descarga.
“Essa obra melhora o acesso à região portuária, facilita o dia a dia na cidade e dá qualidade de vida à população”, lembra o secretário Jaime Verruck. “Faz parte de um plano para reforçar a estrutura logística de Murtinho, eixo da Rota Bioceânica que abrirá caminho para os produtos brasileiros ao Pacífico com destino ao mercado asiático”, finalizou.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/01/2021
CÂMARA DÁ INÍCIO ÀS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DE 2021
Publicado em 01/12/2021 as
06:52 PM
Fonte: Câmara Municipal de Santos (12 de janeiro de 2021 )
No dia 13 de janeiro, a Câmara de Santos irá realizar as primeiras audiências públicas do ano pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO). Pela manhã, às 10h30 irá tratar da prestação de contas do Fundo Municipal da Saúde e às 14h30, apresentará o Relatório de Gestão Fiscal. Ambas serão relativas aos (1º e 2º quadrimestres de 2020).
As audiências serão conduzidas pelo vereador Ademir Pestana (PSDB) que passa a presidir a CFO do legislativo.
No dia das audiências, será disponibilizado, também, o link para que os vereadores e vereadoras possam acessar a transmissão via aplicativo “zoom”. As audiências irão ocorrer no Plenário Oswaldo De Rosis e seguindo os protocolos contra a Covid-19.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/01/2021
OGMO/SANTOS IMPLEMENTA PLANO DE ACORDOS PARA QUITAÇÃO DE PROCESSOS JUDICIAIS
Publicado em 01/12/2021 as
06:52 PM
Fonte: OGMO/Santos (12 de janeiro de 2021 )
O OGMO/Santos informa que implementou plano de acordos para quitação dos processos trabalhistas que encontram-se aguardando recebimento de créditos na ordem cronológica de pagamentos, em trâmite no Juízo Auxiliar em Execução do TRT2.
Sendo assim, a entidade está realizando acordos com os reclamantes que manifestaram interesse em receber seus créditos de forma imediata, mediante a aplicação de desconto negociado com os reclamantes.
Caso possua processo na ordem cronológica, e tenha a intenção de realizar acordo, solicite ao seu advogado constituído nos autos que entre em contato diretamente com o patrono do OGMO/Santos, Dr. Marcel Cavalcanti Marquesi, pelo telefone (11) 3218-7288.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 12/01/2021
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA APROVA BENEFÍCIO FISCAL PARA OBRA DE R$ 6,8 BI DA TRANSNORDESTINA
Publicado em 01/12/2021 as
06:51 PM
O Ministério da Infraestrutura aprovou um benefício fiscal de R$ 191 milhões para a continuidade das obras da Ferrovia Transnordestina, cujo valor é estimado em R$ 6,8 bilhões.
As informações constam da Portaria 13 da Secretaria de Fomento, Planejamento e Parcerias do MINFRA publicada no DOU desta terça-feira (12).
De acordo com o ato, foi aprovado o enquadramento no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura) do investimento proposta pela Transnordestina Logística S/A, empresa responsável pelo projeto e controlada pela CSN.
O projeto trata da implantação da Ferrovia Nova Transnordestina, nos trechos Missão Velha (CE) e Salgueiro (PE); Salgueiro e Trindade (PE); Trindade e Eliseu Martins (PI); Salgueiro e Porto de Suape (PE); e Missão Velha (CE) e Porto de Pecém (CE), com extensão de 1.753 km
O projeto da Nova Transnordestina teve obras iniciadas no final da década de 2000, mas foi paralisado várias vezes. Com cerca de 50% de obras até o momento e em trechos que impedem uma operação, a construção da ferrovia foi parcialmente retomada pela empresa no ano passado, conforme noticiou a Agência iNFRA.
Confira a matéria na íntegra: https://www.agenciainfra.com/blog/ministerio-da-infraestrutura-aprova-beneficio-fiscal-para-obra-de-r-68-bi-da-transnordestina/
Fonte: Agência iNFRA
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 12/01/2021
COM DOIS PORTOS ATIVOS, VOLUME DAS EXPORTAÇÕES DE MS VIA PORTO MURTINHO CRESCE 57,83% EM 2020
Publicado em 01/12/2021 as
06:51 PM
O volume das exportações sul-mato-grossenses pela zona portuária de Porto Murtinho cresceu 57,83% no acumulado de janeiro a dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, em função da entrada em atividade do terminal FV Cereais e do incremento nas estruturas da APPM (Agência Portuária de Porto Murtinho).
Pelos portos do município, foram escoadas 384 mil toneladas ao longo de 2020, basicamente da safra de grãos do Estado. Em 2019, foram 233 mil toneladas. A participação dos terminais portuários da cidade no escoamento das exportações de Mato Grosso do Sul passou de 1,49% no ano passado para 2,12% em 2020. A movimentação total de exportações na zona portuária também aumentou: de 268 mil toneladas em 2019 para 396 mil toneladas em 2020.
Além dos embarques de soja, também foram escoados pelos terminais portuários de Porto Murtinho produtos como sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens; ferro fundido, ferro e aço; sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento. O destino principal dessas mercadorias foi a Argentina, em seguida a Bolívia e, por fim, o Paraguai. Além de produtos sul-mato-grossenses, também foram escoadas mercadorias de Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo.
Na avaliação do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) esse resultado foi obtido graças à estratégia de potencialização da logística do Estado em relação ao transporte hidroviário. “Em 2015, o Governo do Estado lançou o PROEXP (Programa de Estímulo à Exportação ou à Importação pelos Portos do Rio Paraguai) e os resultados vêm sendo colhidos ao longo desses anos, com a intensificação dos embarques e a entrada em funcionamento do terminal da FV em março do ano passado”, afirmou.
Contorno rodoviário prepara região para expansão portuária e logística
Construído em 2020 pelo Governo do Estado, o contorno rodoviário de Porto Murtinho, está sendo fundamental para dar suporte aos empreendimentos de transporte rodoviário e hidroviário que estão se instalando na região. A pavimentação de 7,19 km paralelamente ao dique de prevenção às cheias interliga a BR-267 aos portos, tirando o tráfego pesado da área central. A obra contou com R$ 25,2 milhões em recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de MS) e foi concluída em dez meses.
O investimento do Estado consolida o projeto de expansão da capacidade portuária e de incremento da hidrovia, que se transforma em importante rota para escoamento da produção, via portos da Argentina e do Uruguai, ao resto do mundo. O acesso conta com faixas de rolamento de 3,5 metros de largura e acostamentos de 2,5 metros. A estrutura atende aos portos FV Cereais e da APPM (Agência Portuária de Porto Murtinho), em operação, e às futuras instalações alfandegárias e de descarga.
“Essa obra melhora o acesso à região portuária, facilita o dia a dia na cidade e dá qualidade de vida à população”, lembra o secretário Jaime Verruck. “Faz parte de um plano para reforçar a estrutura logística de Murtinho, eixo da Rota Bioceânica que abrirá caminho para os produtos brasileiros ao Pacífico com destino ao mercado asiático”, finalizou
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 12/01/2021
PORTO DO RECIFE: PRIMEIRA SEMANA DO ANO TEVE CAIS CHEIO
Publicado em 01/12/2021 as
06:51 PM
A primeira semana de 2021 começou movimentada no Porto do Recife, em Pernambuco. Foram 4 operações simultâneas no dia 4 de janeiro, com destaque para o açúcar.
Três embarcações realizam o embarque do adoçante pernambucano. O Federal Sutton, Charbel e Maria Theo 1 movimentaram 62.848 toneladas do produto. Enquanto no Federal Suton o embarque de açúcar a granel é inteiramente automatizado, do armazém para o porão do navio, nas outras duas embarcações a operação foram um pouco mais demorada, já que o embarque depende da chegada dos caminhões carregados de sacas de açúcar, vindos das usinas do Estado.
No cais 4, o Ocean Crown, de bandeira panamenha, descarregou 7 mil toneladas de malte belga. O navio chegou no dia 3 ao Recife e iniciou o desembarque da cevada no mesmo dia, em uma operação totalmente automatizada.
O produto é transportado da embarcação para nossos silos portuários através de uma esteira, são descarregados em caminhões e seguem rumo ao Polo Cervejeiro de Pernambuco.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 12/01/2021
DTA: PRIMEIRA EMPRESA BRASILEIRA A CONSEGUIR CONTRATO DE DRAGAGEM
Publicado em 01/12/2021 as
06:51 PM
Por Vera Gasparetto
Portogente conversou com o empresário João Acácio Gomes de Oliveira Neto, engenheiro civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e especializado em portos pela Universidade de Delft (Holanda). Atualmente é presidente da DTA – Engenharia Portuária & Ambiental, empresa que lidera o setor de dragagem no Brasil e que tem contratos milionários com o setor portuário, devido ao seu investimento em tecnologia de ponta, associada e uma experiência de quase 50 anos na área.

Oliveira Neto defende os empreendimentos e tecnologia nacional, explica as diferenças dos modelos de dragagem e seus custos e fala sobre os contratos em andamento. Confira sua entrevista completa ao Portogente.
A DTA venceu duas disputas: está dragando o Porto de Santos por um contrato e em outro desenvolve um novo modelo de gestão para desestatização daquele Porto, além do de São Sebastião, ambos no estado de São Paulo. Qual o significado desses êxitos para o empresário e engenheiro João Acácio?
A DTA criou um modelo de negócio singular para fazer dragagem portuária. Tratando-se de uma atividade intensiva em capital, com equipamentos importados e caríssimos, principalmente as dragas hoppers, dentre outras, nunca houve no Brasil uma empresa que investisse nesse segmento, por uma razão muito simples: nunca houve um planejamento de longo prazo que assegurasse a contratação desses serviços pelo Governo. Essa deformidade fez com que as poucas empresas holandesas e belgas, líderes mundiais do setor, ocupassem esses espaços, e com muita competência.
200 Acácio DTA 2O Brasil, que demanda continuadamente esses serviços estratégicos para a economia do País, pois deles dependem a eficiência portuária, dado que 96% da corrente de comércio (importações + exportações) do Brasil passam pelos portos! Ficariam os portos reféns dessas empresas que atuam no mundo todo e que não possuem qualquer vínculo com o Brasil? Nos Estados Unidos, por exemplo, esse serviço é de segurança nacional e realizado pelo corpo de engenheiros das forças armadas americanas United States Army Corps of Engineers (Usace).
Como a DTA se diferencia nessa área?
Possuímos um dos melhores corpos de engenheiros especialistas em portos e dragagem do mundo, conhecemos toda a nossa geologia e hidrografia, e todas as demandas desse setor. Conhecemos o Brasil e seus entraves, bastava ter dragas pesadas para atuar forte e liderar o setor!
A DTA criou esse modelo afretando dragas no exterior, e em menos de 10 anos tornou-se líder isolada desse mercado no Brasil. Como empresário e engenheiro civil da Escola Politécnica da USP eu fico muito orgulhoso e satisfeito por estar ajudando o meu país, gerando emprego, e desenvolvendo tecnologia num setor muito pouco desenvolvido no Brasil, tendo aprendido muito, desde pequeno, com o meu pai, engenheiro Procópio Gomes de Oliveira, um dos técnicos mais criativos que já conheci.
Ser a escolhida para dragar a maior instalação portuária do hemisfério sul do planeta, concorrendo com empresas estrangeiras, é motivo de muita satisfação. Quanto a liderar um consórcio para estudar a privatização de Santos e de São Sebastião, e ser escolhido para essa missão, só demonstra que estamos no caminho certo, e pela primeira vez o Ministério da Infraestrutura (MInfra), através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prestigiou o conhecimento autóctone de uma empresa de engenharia para esse affair.
O País vai se surpreender com o nível e com a criatividade do modelo que estamos concebendo para esse desafio, visando atender o interesse público do nosso país. Porto é um valioso instrumento de política pública, e importante indutor de desenvolvimento. Queremos deixar legado nessa missão nobre e espinhosa que estamos envolvidos, e que nos preparamos a vida toda, em quase 50 anos de experiência no setor portuário.
O fato do Brasil não ter draga com bandeira nacional, por questões marítimas e que deveria assegurar autonomia para manutenção dos seus portos, pode comprometer a nossa soberania?
Pode, claro, porque as empresas de fora não possuem qualquer vínculo ou investimento aqui, seus equipamentos são itinerantes, sua mão de obra é de fora, e não investem nada aqui do que ganham. Nada contra tudo isso pois são empresas privadas que, como a DTA, visam lucro. A DTA não possui nenhum apoio do Governo e luta sozinha, e essas empresas, ao contrário, contam com total apoio de seus países, com linhas subsidiadas de crédito e até recursos a fundo perdido para buscar mercado em outros países! Sou a favor das leis de mercado, mas essas empresas de fora compõem um mercado imperfeito, comprometendo a nossa soberania sem dúvida.
A forma de contratar dragagem no Brasil, por medição do material dragado e não pela manutenção das profundidades de projeto, é considerada cara. Por que a forma mais cara ainda prevalece nos contratos de dragagem dos nossos portos?
A dragagem no Brasil é cara por que a produtividade das nossas dragas é muito baixa, dado os entraves ambientais e a burocracia da gestão pública. O jovem gestor público atual de obras de dragagem, em geral, desconhece essa especialidade da engenharia, criando normas e critérios de controle e medição dos serviços que elevam os custos das nossas obras, sempre sob o pretexto e o medo da fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU). É patético, mas isso virou refrão popular! Há empresas de fora que não virão mais para o Brasil por que está insuportável lidar com o setor público atual, neófito, legalista e medroso. Esse modelo está exaurido, vide recente relatório da Controladoria Geral da União (CGU). O caminho será a concessão de longo prazo para esses serviços, com o compromisso de manutenção da profundidade, pois é isso o que importa para a rápida entrada e saída dos navios. Custará menos e as empresas ganharam mais!
Quais os grandes contratos executados pela DTA Engenharia, atualmente?
Os maiores contratos da DTA do Brasil, dentre outros, são:
- Derrocagem do Pedral do Lourenço no Rio Tocantins-PA, gerando uma nova hidrovia de 500 km (R$ 650 milhões);
- Dragagem de aprofundamento do Porto de Paranaguá (R$ 400 milhões);
- Dragagem de manutenção dos portos de Paranaguá e Antonina por 5 anos (R$ 500 milhões);
- Recuperação da Praia de Balneário Camboriú-SC (R$ 69 milhões);
- Dragagem de Terminal de Gás no Porto de Santos (R$ 90 milhões);
- Dragagem de manutenção do Porto de Santos por 2 anos (R$ 274 milhões);
- Dragagem de 2 terminais de petróleo da Petrobras-RJ (R$ 35 milhões);
- Dragagem de manutenção do Porto de São Sebastião –SP;
- Modelagem para a privatização dos portos de Santos e São Sebastião para o MINFRA/ BNDES;
- Dezenas de Projetos de engenharia; EVTEA’s e estudos ambientais portuários no Brasil e no exterior.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 12/01/2021
FINANÇAS PÚBLICAS ESTADUAIS NO 5º BIMESTRE – DEZEMBRO DE 2020
Publicado em 01/12/2021 as
06:50 PM
Por Mônica Mora - Técnica de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea
monica.mora@ipea.gov.br
Divulgado em 30 de dezembro de 2020.
Acesso a integra do documento no link abaixo.
https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/201230_cc_50_nota_1_financas_publicas.pdf
Fonte : IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Data : 12/01/2021
EPL: TRANSPORTE FERROVIÁRIO REGISTRA EM NOVEMBRO CRESCIMENTO DE 20% NO VOLUME DE CARGAS EM CONTÊINERES
Publicado em 01/12/2021 as
06:50 PM

O volume de carga movimentada em contêineres nas estradas de ferro brasileiras cresceu mais de 20% em novembro de 2020, chegando a 0,5 MM TU, aponta levantamento feito pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) divulgado na última semana.
A carga conteinerizada possui maior valor agregado e o aumento das operações demonstra a confiança da iniciativa privada no crescimento econômico do País. Como forma de comparação, o volume movimentado em novembro de combustíveis, derivados de petróleo e álcool (granéis líquidos) foi de 0,8 MMTU e de granéis sólidos, extrativos vegetais e celulose somou 6,7 MM TU.
Na cabotagem, o transporte de petróleo e derivados também teve alta superior a 20%. O aumento da demanda de tais produtos está diretamente relacionado à retomada das atividades econômicas após a retração causada pelo impacto do início da pandemia de Covid-19, em março do último ano.
Emprego
Seguindo a tendência já observada nos meses anteriores, o setor de transportes registrou em novembro a abertura de 11.903 vagas de empregos no subsetor de transporte rodoviário de cargas, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia. O saldo, entretanto, foi negativo nos subsetores rodoviário de passageiros, cabotagem, ferroviário de cargas e aéreo de passageiros.
Fonte : Brasil Export
Data : 12/01/2021
INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS TÊM ATÉ 4 DE FEVEREIRO PARA RESPONDER QUESTIONÁRIO SOBRE O IDA
Publicado em 01/12/2021 as
06:50 PM
Prazo se iniciou em 4 de janeiro. As instalações portuárias devem responder e manter atualizado seu questionário do Índice de Desempenho Ambiental da ANTAQ
AGerência de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ANTAQ informa que a janela de avaliação do Índice de Desempenho Ambiental da ANTAQ referente ao período avaliativo de 2020 está aberta e, de acordo com a Resolução ANTAQ nº 2.650, de 26 de setembro de 2012, as instalações portuárias devem responder e manter atualizado seu questionário IDA.
O acesso ao questionário estará disponível até 4 de fevereiro no sistema IDA em http://web.antaq.gov.br/IDAV2.
A ANTAQ informa, ainda, que o painel dinâmico de resultados das avaliações anteriores encontra-se em manutenção para fins de migração para uma nova plataforma e que os dados de ranking das avaliações de 2019 encontram-se disponibilizados para consulta em formato PDF no portal da ANTAQ.
A Agência lembra que qualquer alteração referente aos dois responsáveis pré-cadastrados (titular e suplente) das instalações para responder o questionário deve ser comunicada para confecção de login de acesso.
No caso de alteração dos responsáveis pelo preenchimento do questionário, deve-se encaminhar um e-mail para marcia.silva@antaq.gov.br e alessandro.ramalho@antaq.gov.br, informando nome completo, CPF, telefone, e-mail e nome da instalação para associação no sistema.
A Agência ressalta que a instalação portuária se compromete com a veracidade das informações prestadas no questionário e que o painel dinâmico de resultados continuará apresentando informações sobre o ranking, análise por atributos, por instalações portuárias, entre outras análises.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 12/01/2021
BALANÇO 2020 - MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA FECHA 2020 COM 92 OBRAS ENTREGUES
Publicado em 01/12/2021 as
06:50 PM
Foram mais de 170 quilômetros de pavimentação, reconstrução e restauração de rodovias federais nas duas últimas semanas do ano
O Ministério da Infraestrutura (MInfra) terminou o ano de 2020 com 92 obras e 1.430,55 km de novas estradas entregues ao país. Até o dia 14 de dezembro, quando foi realizada a coletiva virtual de Balanço 2020, 86 empreendimentos já haviam sido inaugurados. Depois disso, seis obras prioritárias no setor rodoviário, nos estados de Goiás, Maranhão, Piauí e Alagoas, foram entregues.
“Mesmo depois do balanço que realizamos, ainda continuamos entregando importantes obras para a sociedade. O ano de 2020 foi marcado por dificuldades, mas conseguimos nos manter firmes e levar mais segurança para todos. Em 2021, nosso foco é avançar ainda mais. Será um ano de muitas realizações em investimentos privados”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Confira a lista de entregas em 2020:
1. Reforma da pista e revitalização do pátio de aeronaves do Aeroporto de Uberaba/MG
2. Reforma e ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu-Cataratas/PR
3. Nova sala de embarque do Aeroporto de Navegantes/SC
4. Reforma e Ampliação do Aeroporto de Fortaleza/CE
5. Reformas de ampliação e melhoria do Aeroporto de Campo Grande/MS
6. Reforma do pavimento flexível – pátio 3 e taxiways do Aeroporto de Santa Genoveva/GO
7. Recuperação do pavimento e revitalização da sinalização horizontal da pista do Aeroporto de Joinville/SC
8. BR-101/AL –18 km de duplicação (6+12) + viaduto na interseção com a AL-220 + viaduto no entroncamento com a BR-316 + Ponte Sobre o Rio Jequiá
9. BR-101/RJ – Alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha
10. BR-367/MG – adequação de ponte sobre o Rio Araçui/MG
11. BR-158/MS – alargamento de 2 pontes sobre os Córegos Palmito e Moeda
12. BR-304/RN – alargamento e recuperação de Ponte Felipe Guerra, em Açu/RN
13. BR-101/262 – Construção de 2 viadutos em Viana/ES
14. BR 381/MG – 42,9 km de duplicação entre Belo Horizonte e Governador Valadares
15. BR-426/PB – 7,7 km de implantação entre Nova Olinda e Santana dos Garrotes
16. BR-349/BA – 88,6 km de restauração em Bom Jesus da Lapa
17. BR-101/SE – 17 km de duplicação entre São José do Cedro e a Divisa SE/AL
18. BR-101/BA – 15km de duplicação entre Esplanada e Entre Rios
19. BR-116/RS – 75,8 km de duplicação entre Guaíba e Pelotas
20. BR-080/GO – 45,1 km de adequação entre a Divisa DF/GO e Padre Bernardo
21. BR-163/PR – 22,3 km (8,3 + 9 + 5) de duplicação
22. BR-392/RS – 6,5 km de duplicação no Contorno de Pelotas
23. BR-432/RR – 48,8 km de pavimentação entre Cantá e Novo Paraíso)
24. BR-470/SC – 7 km de restauração em Campos Novos
25. BR-470/SC – Duplicação de 21,4 km entre Navegantes e Indaial
26. BR-364/MT – Adequação da Travessia urbana de Rondonópolis/MT (3 km)
27. BR-262/MS – 40 km de restauração entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo
28. BR-230/PA – 32 km de pavimentação entre Itupiranga e Novo Repartimento e 3 pontes de concreto
29. BR-267/MS - Recuperação de 4,7 km em Rio Brilhante/MS
30. Construção de IP4 de Parintins/AM
31. Restabelecimento do sistema de transposição do Tucuruí/PA
32. Ampliação do TECON Salvador/BA
33. Ampliação do canal do Porto do Rio Grande/RS
34. Reconstrução e retomada das operações da IP4 em Turiaçu/MA
35. Retomada das operações da IP4 de Coari/AM
36. BR-158/BR-392/RS – Viaduto da Uglione e duplicação de 4 km em Santa Maria/RS
37. BR-135/BA – Recuperação de 59 km entre Barreiras e a Divisa BA/PI
38. BR-242/MT – Construção de 8 Pontes entre Nova Ubiratã e Santiago do Norte
39. Reconstrução do pátio de aeronaves do aeroporto de Congonhas/SP
40. BR-364/RO – 9 km de recuperação em Pimenta Bueno/RO
41. BR-262/MS – 16 km de terceira faixa entre Três Lagoas
42. Construção da IP4 em Viseu/PA
43. Conclusão de melhorias na pista/taxiway do Aeroporto Internacional de Belém/PA
44. BR-163/364/MT – Construção do contorno de Juscimeira/MT (7 km)
45. BR-364/RO – Construção do Trevo de Ariquemes/RO
46. BR-364/RO - 30 km de Restauração entre Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste
47. BR-030/BA - 84 km de Recuperação entre Guanambi e Brumado
48. BR-470/SC - Complexo de Viadutos da Mafisa (BR-470/SC-108)
49. BR-235/PI - 26 km de pavimentação entre Guaribas e Caracol
50. Construção da IP4 de Maués/AM
51. Retomada das operações da IP4 de Itacoatiara/AM
52. BR-282/SC - 9 km de recuperação entre Campos Novos e Erval Velho
53. BR-020/CE - Viaduto sobre a CE-040/CE-010 entre Fortaleza e Eusébio
54. Reforma da Pista do Aeroporto de Congonhas/SP
55. BR-101/ES - 9,0 km de duplicação entre Viana e Guarapari
56. BR-146/MG - 10,0 km de restauração entre Patos de Minas e Araxá
57. BR-050/GO - 15 km de duplicação em Catalão/GO
58. BR-282/SC -Ligação da rodovia à Av. Almirante Tamandaré
59. BR-153/060/GO - Anel Viário entre Goiânia e Aparecida de Goiânia – 16,9 km de restauração
60. BR-364/RO – Construção de 2,0 km de marginais - Concluindo a Obra de Travessia de Porto Velho
61. BR-285 /SC- Pavimentação de 8,8 km entre Timbé do Sul e div. RS/SC
62. Construção do Cais de Atalaia no Porto de Vitória/ES
63. BR-419/MS - 36 km de pavimentação de Rio Verde - Rio Negro - Lote 1
64. BR-116/BA - 9,2 km de duplicação do Acesso Santanápolis – Feira de Santana - Lote 6
65. BR-116/RS - Viaduto do Arroio do Padre, em Pelotas/RS
66. BR-282/SC - 12,47 km de restauração entre Chapecó e São Miguel do Oeste
67. Ampliação do Pátio de Aeronaves e Novo Balizamento do Aeroporto de Santa Maria/RS
68. BR-163/PA Restauração (Altamira/Novo Progresso, Três Bueira/Aruri e Castelo dos Sonhos/Cachoeira da Serra)
69. BR-135/MA Restauração de 3,7 km ente Estiva e Bacabeira
70. BR-020/CE - Viaduto sobre a CE-060/CE em Maracanaú
71. BR-317/AC - Restauração de segmentos em Capixaba, Epitaciolândia e de Brasileia
72. BR-154/MG - Pavimentação Ituiutaba - Crucilândia
73. Aeroporto de Oriximiná/PA - Reforma e modernização
74. Aeroporto de Santarém/PA - Recuperação da cabeceira da pista de pouso e decolagem
75. Construção de 2 Viadutos sobre a EF-050 em Mogi-Guaçu
76. Terminal Ferroviário em Porto Nacional/TO (Petronac)
77. BR-364/RO - Restauração de 79,8 km na (Pimenta Bueno, Presidente Médici, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Jarú e Ariquemes)
78. Construção do Contorno Rodoviário de São Pedro da Cipa/MT na BR-163/364/MT
79. Porto de Paranaguá/PR – ampliação do cais de atracação
80. Recuperação do pavimento da pista do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes (Manaus/AM)
81. Novo Terminal do Aeroporto de Cascavel/PR
82. Dragagem do Rio Madeira
83. 13,6 km de extensão na Ponte do Guaíba/RS
84. 45 km na BR-135/PI
85. Passagem inferior de acesso a Bosano na BR-285/RS
86. 10 km de restauração na BR-472/RS
87. 17 km de restauração na BR-414/GO
88. 47 km de pavimentação na BR-222/PI
89. 11 km de restauração na BR-135/MA
90. 46,55 km de pavimentação na BR-235/PI
91. Travessia Superior do Viaduto da PRF, no entroncamento das rodovias federais da BR-104/AL com a BR-316/AL
92. 50 km de pista recuperada na BR-135/MA
Fonte : Gov.br - Ministério da Infraestrutura
Data : 12/01/2021
PORTO DE SANTOS RECEBE 11 LANCES PARA OPERAÇÃO DE ÁREAS
Publicado em 01/12/2021 as
06:49 PM
Disputa envolve terrenos no Cais do Saboó e no Paquetá
Da Redação

Operadores estão na disputa por três áreas ociosas no Porto de Santos (Carlos Nogueira/AT)
Operadores de granel sólidos, contêineres, celulose, veículos e carga geral estão na disputa por três áreas ociosas no Porto de Santos – duas na região do Saboó e uma no Paquetá. Um total de 11 ofertas foi feito pelos lotes, que poderão ser explorados em caráter transitório, a partir de contratos com validade de 180 dias ou até a conclusão das licitações dessas glebas para concessão de longo prazo, o que ocorrer primeiro.
Esses processos seletivos simplificados, como são denominados, são organizados pela Autoridade Portuária de Santos (APS). Segundo a companhia, essas três áreas receberam as primeiras quatro ofertas no dia 21. A partir dessa data, houve um prazo de 10 dias úteis, até sexta-feira passada, para que outros interessados enviassem suas propostas.
Nesta segunda-feira (11), os 11 lances recebidos pela APS foram divulgados. Eles incluem os valores a serem pagos por mês e por tonelada movimentada, a remuneração mensal mínima, a carga a ser operada e a movimentação mínima contratual (a quantidade mínima a ser operada por mês).
A área 1, de 20.896 m2 e localizada na parte central do Cais do Saboó, recebeu quatro lances: da Conport Afretamentos Marítimos Ok Ltda, da Grcmac Locações de Equipamentos Ltda, da Reliance Agenciamento e Serviços Portuários Ltda e da Set Port Logistics Ltda.
A área 2, de 64,4 mil m2 e situada no Cais do Saboó, nas proximidades do Rio Saboó, teve duas ofertas, da MSC Mediterranean Logística Ltda. e da Santos Brasil Participações S.A.
A área 3, de 16 mil m2, no Paquetá, foi alvo de cinco propostas: da Set Port Logistics Ltda., da Conport Afretamentos Marítimos Ok Ltda. (essas duas também disputam a área 1), da Eudmarco S/A Serviços E Comércio Internacional., da Master Operador Portuario Ltda. e da Bracell Sp Celulose Ltda.
As participantes poderão fazer uma oferta final pelos lotes que disputam. Essa proposta deve ser enviada por e-mail para a APS nesta quarta (13), das 10 às 16 horas. Só depois, a partir da análise dos lances encaminhados, os vencedores serão conhecidos.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 12/01/2021
AUTORIDADE PORTUÁRIA CREDENCIA MAIS UM PÁTIO REGULADOR
Publicado em 01/12/2021 as
06:49 PM
Caminhões com destino ao Porto de Santos contam com mais um local para que caminhoneiros possam aguardar o horário de entrega das cargas no cais santista
Da Redação

Novo pátio tem área de 55 mil metros quadrados e capacidade de 350 vagas (Reprodução)
Os caminhões com destino ao Porto de Santos contam com mais um pátio regulador, localizado na zona industrial de Cubatão. O credenciamento da instalação foi anunciado ontem pela Autoridade Portuária de Santos (APS)
O novo pátio é o Ceparking, que tem uma área de 55 mil metros quadrados e 350 vagas. Ele é a sétima instalação regularizada e credenciada pela APS – o terceiro de Cubatão, administrado pelo Terminal Logístico Cesari (Terloc), que atua nos setores de armazenamento, transporte de produtos químicos e manutenção e limpeza de contêineres.
Os outros pátios reguladores estão em Santos, na Capital, em Sumaré e Cordeirópolis (essas duas cidades, no Interior do Estado).
Desde 2014, a entrada de caminhões no Porto de Santos é agendada, como forma de evitar congestionamentos nos acessos rodoviários ao complexo marítimo. Como resultado, o credenciamento de um novo pátio regulador é mais uma opção de instalação para que caminhoneiros possam aguardar o horário de entrega das cargas no cais santista.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 12/01/2021
LARRY CARVALHO: FALTA DE CONTAINERS E FRETE MARÍTIMO SUBINDO
Publicado em 01/12/2021 as
06:48 PM
Redução de atividades econômicas globais no início da pandemia também reduziu a mão de obra para movimentação de contêineres
Por Larry Carvalho

Mão de obra para movimentação de contêineres foi reduzida no ano passado devido à pandemia (Ilustração: Padron)
Quem trabalha com comex ou shipping tem reparado que, nos últimos meses, o mercado tem sofrido com impactos da falta de containers, aumento drástico dos fretes marítimos, aliado a uma grande redução do período de free time.
Para se ter noção, o frete marítimo de um container de 40ft da Ásia para os Estados Unidos da
América bateu máxima histórica recentemente.
Mas qual o motivo disso tudo estar acontecendo?
Nas últimas semanas, tenho visto muitos absurdos sendo divulgados. Diariamente, vejo pessoas culpando transportadores marítimos e os acusando de serem exploradores. A premissa basicamente é sempre mesma: armadores subiram frete para compensar o que deixaram de faturar no primeiro semestre.
Calma! Muita calma nessa hora! Venho aqui compartilhar que a realidade é outra e bem mais complexa. O shipping enfrenta uma verdadeira “tempestade perfeita”, como os especialistas têm chamado. Uma tempestade gerada pela pandemia!
Durante o lockdown (março-junho), as atividades econômicas globais foram drasticamente reduzidas. Consequentemente, os portos se viram com a mão de obra reduzida para movimentação de contêineres.
Como se isso não bastasse, muitas empresas simplesmente deixaram contêineres parados nos portos, seja porque estavam fechadas e não tinham como receber, ou então, porque simplesmente não possuíam recursos financeiros para pagar impostos e nacionalizar.
Doutro lado, tivemos uma grande redução na quantidade de contêineres sendo transportados. Portanto, assim como foi feito no setor aéreo, os transportadores marítimos suspenderam linhas deficitárias e aproveitaram para antecipar docagens obrigatórias das embarcações. Consequentemente, reduzindo a quantidade de navios de contêineres em atividade.
Entretanto, desde julho, as atividades econômicas vêm aumentando progressivamente. Principalmente na China, que, como foi a primeira afetada, conseguiu controlar e retomar a recuperação econômica antes dos outros países. O resultado foi uma retomada assimétrica das atividades econômicas globais e um rápido crescimento das exportações de produtos fabricados na China. Principalmente após setembro, quando historicamente a China começa a enviar aos Estados Unidos e à Europa produtos para as vendas de Natal.
Ocorre que, com uma mão de obra reduzida no setor portuário e no setor de transporte rodoviário, os contêineres têm demorado para sair do porto, bem como para retornar ao porto vazio. Em alguns países, o tempo para devolução dos containers aumentou entre quatro e seis dias. Diversos portos têm sofrido com o congestionamento devido à lentidão na movimentação de containers. Várias nações estão com suas logísticas afetadas e com capacidade reduzida.
Doutro lado, com o número restringido de navios em navegação, os armadores não conseguiram coletar contêineres vazios para fazerem reposicionamento de forma a acompanhar a crescente demanda.
A situação tem piorado dia após dia!
Portanto, como forma de tentar resolver o problema de shortage de container, alguns transportadores marítimos vêm reduzindo o período free time de containers. Enquanto que o mercado, por si só, tem se regulado, com o consequente aumento de fretes em virtude da falta de contêineres disponíveis, principalmente no mercado asiático.
Especialistas preveem que a situação deve melhorar em fevereiro ou março de 2021. A verdade é que só o tempo dirá. Estamos diante de uma nova onda e novos lockdowns, o que podem postergar a normalidade no setor de Transporte Marítimo, exercendo maior pressão nos fretes marítimos.
Diversas empresas estão tendo seu supply chain interrompido por faltas de navio e de contêineres no mercado, desestabilizando o comércio global. Afinal de contas, o transporte marítimo representa mais de 90% do comércio internacional.
Infelizmente, enquanto os impactos da pandemia persistirem, a “tempestade perfeita” não deve passar!
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 12/01/2021
17ª RODADA DE LICITAÇÕES OFERECE 92 BLOCOS EM BACIAS MARÍTIMAS
Publicado em 01/07/2021 as
08:08 PM
Redação OFFSHORE 07 Janeiro 2021

Arquivo
Apresentação de ofertas está prevista para o dia 7 de outubro.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) atualizou a lista de blocos exploratórios da 17ª Rodada de Licitações, cuja sessão pública de apresentação de ofertas está prevista para o dia 7 de outubro. A informação foi divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que promove os leilões de petróleo e gás no país.
Serão ofertados 92 blocos nas bacias sedimentares marítimas de Potiguar, Campos, Santos e Pelotas, totalizando área de 53,9 mil quilômetros quadrados.
O pré-edital e a minuta do contrato de concessão da 17ª Rodada se encontram em consulta pública até o dia 28 deste mês. A audiência pública será realizada no dia 3 de fevereiro, por videoconferência.
O pré-edital, a minuta do contrato e demais informações sobre a 17ª Rodada estão disponíveis no portal da ANP.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 07/01/2021
SAMARCO REALIZA EM DIAS SEU 1º EMBARQUE DE PELOTAS DESDE QUE VOLTOU A OPERAR
Publicado em 01/07/2021 as
08:07 PM
Redação ECONOMIA 07 Janeiro 2021

Arquivo
O destino de 75 mil toneladas de pelotas de minério de ferro será a Europa.
A Samarco, joint venture da Vale com o grupo BHP, realizará nos próximos dias seu primeiro embarque desde que retomou as atividades após cinco anos de paralisação em função do rompimento de uma barragem em Mariana (MG).
O embarque, de 75 mil toneladas de pelotas de minério de ferro, terá como destino à Europa, informou a mineradora em nota à Reuters após ser consultada.
As atividades da Samarco foram retomadas ao final de dezembro após ficarem suspensas desde o fim de 2015, com o rompimento de uma de suas barragens de rejeitos de mineração em Mariana (MG), que deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar capixaba.
A empresa retomou suas operações com 26% de sua capacidade produtiva total, que representa a produção de cerca de 7-8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 07/01/2021
AGRONEGÓCIO IMPULSIONA RECORDE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA EM 2020
Publicado em 01/07/2021 as
08:07 PM
Volume de 57,34 milhões de toneladas representou um crescimento de 8%, em relação à máxima anterior, de 2019.
Por Reuters
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/s/I/fzO7THRCaANRIC5HCx1A/normal-acucar-a-granel-2.jpg)
Porto de Paranaguá — Foto: Cláudio Neves/Portos do Paraná
Os portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, movimentaram um recorde de 57,34 milhões de toneladas em 2020, volume que foi impulsionado pelo agronegócio e supera em 8% a máxima anterior, de 2019, disse nesta quarta-feira (6) a empresa que administra ambas as instalações.
Segundo a Portos do Paraná, mais da metade da movimentação vista no ano passado foi de granéis sólidos, cujas importações e exportações se aproximaram de 37,4 milhões de toneladas, alta de 7% na comparação anual.
A maior parte do volume é representada pela atividade do porto de Paranaguá, o segundo maior do país em embarques de grãos como a soja, atrás somente do porto de Santos.
A empresa pública estadual destacou a exportação de 14,3 milhões de toneladas de soja no ano, avanço de 26% frente ao ano anterior, e projetou um cenário promissor para 2021.
"O cenário foi muito bom e se mantém promissor para 2021. Apesar do plantio tardio da soja, nossa programação mostra que teremos movimento intenso já no primeiro trimestre", disse em nota o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Na véspera, a companhia estimou um crescimento de 11% na movimentação de granéis sólidos --cuja cadeia é composta por soja, farelo, milho e açúcar-- para exportação em Paranaguá no primeiro trimestre de 2021.
"O preço deve continuar atrativo e a demanda mundial por alimentos segue alta. Os portos se preparam para a retomada dos embarques de soja, que ficam mais fortes a partir de fevereiro", afirmou Garcia, acrescentando que produtos como açúcar, farelo de soja, frango congelado e outras carnes devem manter o ritmo de exportações.
Em termos de importação em 2020, a Portos do Paraná chamou atenção para a chegada de 10 milhões de toneladas de fertilizantes, alta de 6% na comparação anual.
Os maiores percentuais de aumento no balanço anual, disse a empresa, foram verificados nos segmentos de carga geral e granéis líquidos, com alta de 10% cada, "nos dois sentidos do comércio exterior".
Na carga geral, que inclui produtos como a celulose e o açúcar em saca, houve movimentação de 12,4 milhões de toneladas, enquanto o volume de granéis líquidos --óleos vegetais, derivados de petróleo e metanol-- atingiu 7,6 milhões de toneladas.
Fonte: G1 – O Portal de Notícias da Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
INVESTIMENTO EM ENERGIA SOLAR CRESCE 52% EM 2020 E CHEGA A R$ 13 BILHÕES
Publicado em 01/07/2021 as
08:06 PM
Segundo a associação do setor, durante a pandemia foram criados 86 mil empregos na área
Por Denise Luna, O Estado de S.Paulo
RIO - A energia solar atraiu no ano passado investimentos de R$ 13 bilhões, 52% a mais do que em 2019, incluindo grandes usinas e a geração distribuída. Foram criados em plena pandemia mais 86 mil empregos na área, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), elevando para 224 mil o número de pessoas empregadas no setor desde 2012.
No total, a fonte registrou 7,5 gigawatts (GW) de capacidade instalada no fim de 2020, 64% a mais do que em 2019, sendo 4,4 GW referentes à geração distribuída, o dobro do ano anterior, e 3,1 GW em geração centralizada. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica soma investimentos de R$ 38 bilhões e teve um crescimento de 62% na geração de empregos.

A energia solar atraiu investimentos de R$ 13 bilhões no passado, 52% a mais do que em 2019. Foto: Felipe Rau/Estadão
As usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove Estados, nas Regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).
O Brasil tem mais de 350 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, para 450 mil unidades consumidoras em todos os Estados, sendo os cinco maiores em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.
De acordo com o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, a energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, inclusive ajudando na retomada sustentável da economia, por ser a fonte renovável que mais gera emprego e renda no mundo.
"A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País", afirmou Sauaia em nota, afirmando que atualmente a energia solar é a fonte de energia mais barata do Brasil.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
ANP TEM DECISÃO FAVORÁVEL NO TRF-5 EM DISPUTA COM MUNICÍPIO DO RN SOBRE ROYALTIES
Publicado em 01/07/2021 as
08:06 PM
Município potiguar havia entrado com uma ação solicitando o recebimento de royalties por supostas instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural localizadas em seu território
Por André Ramalho, Valor — Rio
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que obteve decisão favorável, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em disputa judicial com o município de Porto do Mangue (RN), sobre a distribuição de royalties.
Segundo o órgão regulador, o município potiguar havia entrado com uma ação solicitando o recebimento de royalties por supostas instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural localizadas em seu território. No acórdão, o TRF-5 entendeu, em linha com a ANP, que Porto do Mangue não faz jus a esse pagamento
O município já recebe parcela da distribuição de royalties por ser integrante da zona de produção principal e por ser confrontante com campos de óleo e/ou gás, mas alegava que deveria receber ainda outra parcela, pelas instalações de embarque e desembarque.
A tese defendida era de que as instalações de embarque e desembarque existentes nos campos marítimos de Arabaiana, Aratum, Cioba, Pescada, Serra e Ubarana deveriam gerar, para o município confrontante com essas concessões, o direito aos royalties pelo critério de possuir instalação de embarque e desembarque.
A ANP defendeu que, para o pagamento de royalties pelo critério de possuir instalação de embarque e desembarque, é necessário que o equipamento esteja localizado no território do município. Neste caso, ficou comprovado que os equipamentos se encontravam em mar territorial (bem da União), sem qualquer ligação física ao município de Porto do Mangue
Por isso, o entendimento da ANP, confirmado pelo Tribunal, é de que as instalações existentes em mar territorial não integram os limites territoriais do ente municipal, não sendo devido o pagamento de royalties pelo critério de possuir instalações de embarque e desembarque”, citou a ANP em nota.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
ÍNDICE DE PREÇOS DE ALIMENTOS DA FAO SUBIU EM DEZEMBRO PELO 7º MÊS SEGUIDO
Publicado em 01/07/2021 as
08:06 PM
Valor médio de 2020 foi o maior em três anos
Por Fernanda Pressinott, Valor — São Paulo
O índice de preços de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, subiu 2,2% em dezembro ante novembro e alcançou 107,5 pontos. Foi o sétimo aumento consecutivo. Com exceção do açúcar, todos os grupos de produtos pesquisados (óleos vegetais, laticínios, carnes e cereais) registraram avanços.
Com a alta de dezembro, o índice da FAO atingiu a média de 97,9 pontos em 2020, 3,1% acima de 2019 e maior patamar em três anos. Em relação ao pico histórico de 2011, no entanto, ainda houve queda de 25%.
O indicador para os óleos vegetais subiu 4,7% em dezembro, após alta de mais de 14% em novembro. Em 2020, houve alta de 19,1% ante 2019. O avanço do mês passado foi impulsionado sobretudo pelo óleo de palma, mas os óleos de soja, canola e óleo de girassol também aumentaram.
Os preços internacionais do óleo de palma subiram pelo sétimo mês consecutivo. No caso do óleo de soja, os preços internacionais atingiram máximas em sete anos, principalmente por causa de problemas na Argentina, onde paralisações prolongadas de trabalhadores afetaram o esmagamento do grão e a logística portuária, explica a FAO em relatório
O subíndice dos cereais registrou alta de 1,1%, para 115,7 pontos em dezembro, o sexto aumento mensal consecutivo. Em 2020, a média chegou a 102,7 pontos, alta de 6,6% ante 2019.
De acordo com a organização, entre os cereais os preços de exportação do trigo subiram ainda mais em dezembro, refletindo o estreitamento da oferta nos principais exportadores, com destaque para a Rússia.
Os preços de exportação do milho também avançaram, sustentados por preocupações contínuas com a safra na América do Sul. Os preços internacionais do arroz receberam suporte das ofertas restritas da Tailândia e do Vietnã.
O índice de lácteos teve média de 108,8 pontos em dezembro, com elevação mensal de 3,2%. Segundo a FAO, os preços internacionais de todos os produtos lácteos subiram, sustentados pela demanda. No entanto, para 2020 como um todo, o indicador de lácteos caiu 1% na comparação com 2019, para a média de 101,8 pontos.
Os preços das proteínas subiram pelo terceiro mês consecutivo e atingiram 94,3 pontos em dezembro, alta de 1,7% em relação a novembro. “As cotações de carne de frango se recuperaram em dezembro, impulsionadas por uma combinação de aumento na demanda de importação, especialmente do Oriente Médio, altas vendas internas nos principais países produtores e o impacto adverso na produção dos surtos de gripe aviária na Europa. As cotações da carne bovina e ovina também aumentaram, principalmente devido à oferta restrita da Oceania”, diz a FAO no relatório. Para o ano como um todo, o o subíndice da carne teve média de 95,5 pontos, queda de 4,5% em relação a 2019.
Por fim, o indicador de preços de açúcar caiu 0,5 ponto percentual em dezembro, para 87 pontos. “A firmeza relativa dos preços do açúcar foi influenciada pelos dados comerciais mais recentes, mostrando as importações de açúcar para a China, o segundo maior importador de açúcar do mundo, crescendo 37% cento com relação ao ano anterior entre janeiro e novembro de 2020”, diz a FAO. A Indonésia também relatou aumento da demanda.
Por outro lado, as melhores perspectivas de produção no Brasil e na Índia evitaram quaisquer movimentos de alta nas cotações do açúcar. Para o ano como um todo, o índice teve média de 79,5 pontos, 1,1% acima de 2019.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
PERSPECTIVAS SÃO BOAS PARA O BRASIL NESTE ANO, APONTA FAO
Publicado em 01/07/2021 as
08:06 PM
Segundo economista da agência, commodities devem ter leve alta
Por Assis Moreira — De Genebra
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/F/x/2PAgSXQXi4eQWRuCqn5g/07agr-100-fao-b8-img01.jpg)
Abdolreza Abbassian, economista sênior da FAO: “O Brasil está com vantagens” — Foto: Divulgação
O Brasil continuará a ser um dos grandes ganhadores no comércio agrícola global em 2021, que deverá ser marcado por maior volatilidade e ligeira elevação de preços, avalia Abdolreza Abbassian, economista sênior da FAO, a agência da ONU para agricultura e alimentação.
Em entrevista ao Valor, Abbassian observou que o Brasil teve duas vantagens no ano passado para obter os bons resultados registrados por cadeias exportadoras de grãos, carnes, algodão, açúcar e café, por exemplo: em primeiro lugar, o real desvalorizado, com queda de cerca de 30% ante o dólar. Mas também ajudaram as boas colheitas e a demanda firme, sobretudo da China.
Para 2021, as perspectivas continuam positivas, mesmo comparadas com um ano excepcional como 2020. “Não se pode ser excelente todos os anos, mas o Brasil está com vantagens’’, afirmou o economista.
Segundo ele, o país poderá se beneficiar tanto dos preços elevados dos grãos como da demanda por carnes, a depender da evolução da economia internacional. Mesmo com as EUA recuperando participação no mercado de soja, como está acontecendo, Abbassian acredita que o Brasil não terá problemas para exportar, inclusive a outros mercados além da China. Também haverá mais espaço para o milho brasileiro no exterior, em sua avaliação.
“A questão para o Brasil será mais doméstica, pela pressão nos preços internos e para atender os mais vulneráveis nessa crise’’, acrescentou. “Mas o Brasil não tem tradição de restringir exportações e não tem nenhum problema maior para servir às necessidades internas e internacionais”.
O representante da FAO nota que, no começo da crise provocada pela pandemia da covid-19, houve preocupação sobre um eventual lockdown em portos no Brasil. Mas que, após algumas suspensões de embarques, a situação voltou rapidamente ao controle e o país não experimentou interrupções logísticas.
Globalmente, Abbassian considera que o cenário para o comércio agrícola em 2021 também continua positivo, em boa medida porque a oferta está firme – ou seja, não faltam alimentos. Mas recomenda cautela, já que os desafios para o comércio agrícola internacional vêm de fora, e não de dentro do setor.
Um deles é a volatilidade de preços, em meio a persistentes incertezas sobre a evolução da pandemia e, consequentemente, sobre a recuperação económica internacional – a venda de produtos de maior valor agregado, reforçou, depende da melhora da economia. Se o consumidor está desempregado, sem dinheiro, não compra carne, por exemplo.
“Estamos vendo uma maior volatilidade de preços. Os preços vão certamente aumentar ligeiramente, mas não para níveis alarmantes de uma década atrás’’, afirmou.
Outro desafio, disse, é que a maioria dos analistas prevê um duradouro enfraquecimento do dólar. E a moeda americana em baixa normalmente provoca altas das cotações das commodities. Assim, lembrou, a pressão sobre preços internos, com riscos inflacionários, já começou a provocar restrições a exportações.
A Argentina é um exemplo. O país suspendeu até o início de março seus embarques de milho e se juntou a países como a Rússia, que limitou as exportações de trigo em 2021, e a Indonésia, que freou as vendas de óleo de palma e causou forte aumento da commodity no mercado.
Mas Abbassian notou que, pelo menos até agora, as medidas da Argentina e da Rússia não têm tido impacto relevante nos mercados domésticos ou global. No caso do milho, ele considera que EUA e Ucrânia podem facilmente cobrir o espaço deixado pela Argentina – inclusive no Vietnã, um dos países que mais sofrem com a restrição argentina.
“Essa política de restrição na Argentina não tem impacto no mercado interno. Os produtores têm milho, mas não vendem por causa do preço depreciado. E seguram o produto como hedge contra o peso”, disse. Quanto à Rússia, o impacto da restrição atinge um volume 3 milhões de toneladas de trigo, que poderá ser compensado por fornecedores como a Austrália, que terá uma enorme colheita este ano.
Abbassian também realçou que, embora a China tenha voltado a crescer rapidamente, esse não é o caso da maioria das nações em desenvolvimento. Assim, há muitos alimentos à venda no mercado internacional, mas falta dinheiro em vários países para comprá-los.
“Normalmente, isso não termina bem’’, afirmou Abbassian, lembrando dos protestos no passado no Norte da Africa. “Não devemos ser surpreendidos por uma reação dos mais vulneráveis. O povo quer alimentos e também quer ver uma luz no fim do túnel’’.
O banco suíço UBS, em nota enviada a clientes, calcula que condições meteorológicas adversas e preocupações com a segurança alimentar elevaram os preços entre 14% e 19% no ano passado. Em novembro, o índice de preços de alimentos da FAO atingiu alta de 6,5%, a maior desde julho de 2012.
Para o UBS, o mercado continuará pressionado neste primeiro semestre. O La Nina poderá causar um certo impacto negativos sobre as ofertas. E os preços elevados dos grãos na China e na América do Sul poderão resultar em alta das carnes. Segundo o banco, as importações de grãos da China continuarão em alta, para complementar estoques de rações, bem como as compras de carne suína do país.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
CONTROLADORA DA LOUIS DREYFUS RENEGOCIA DÍVIDA DE US$ 450 MILHÕES
Publicado em 01/07/2021 as
08:06 PM
Valor é referente a empréstimo feito para a aquisição de participações de acionistas minoritários na empresa
Por Valor, Valor — São Paulo
A principal acionista da Louis Dreyfus Company (LDC), Margarita Louis-Dreyfus, renegociou prazos para o pagamento de um empréstimo de cerca de US$ 450 milhões que obteve junto ao Credit Suisse, que deveria ter ocorrido ao final de 2020, relatou a agência Reuters.
Margarita, que controla a companhia de 170 anos de história por meio do fundo Akira, emprestou US$ 1 bilhão do Credit Suisse no início de 2019, com o objetivo de comprar fatias minoritárias de familiares da família Louis-Dreyfus na empresa.
O fardo representado pela dívida levou a executiva a buscar novos investidores para a empresa, em um movimento que culminou com um acordo anunciado em novembro para a venda de uma fatia de 45% da LDC para o fundo de investimentos ADQ, de Abu Dhabi.
Posteriormente, Margarita disse à revista suíça “Bilanz” que usaria parte do valor obtido com o negócio para quitar sua dívida com o Credit Suisse.
Em 21 de dezembro, uma parcela de US$ 300 milhões da dívida, que venceria em 2020, teve prazo de vencimento alterado para 30 de novembro de 2021, segundo a múlti.
Em 10 de novembro, um dia antes do anúncio do acordo com o ADQ, uma linha de US$ 145,6 milhões com vencimento em 2020 também foi prorrogada – agora, US$ 45,6 milhões terão de ser pagos até 30 de novembro de 2021, e os US$ 100 milhões restantes até 10 de novembro de 2025.
Com a renegociação, o Akira terá de pagar ao Credit Suisse cerca de US$ 350 milhões até o final de novembro deste ano, além de parcelas de uma linha de US$ 200 milhões que venceriam de 2021 a 2024, afirmou a Reuters.
Em maio de 2020, o Akira pagou US$ 200 milhões ao Credit Suisse, acrescentou a Reuters.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
FRETE CHINA-BRASIL DISPARA E DEVE ENCARECER PRODUTOS IMPORTADOS
Publicado em 01/07/2021 as
08:05 PM
“Tempestade perfeita’” na cadeia logística faz preços chegarem a nível histórico
Por Taís Hirata — De São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/0/S/MdzmOESM2E4UAoCsVJXQ/07emp-100-frete-b1-img0e.jpg)
Para Luigi Ferrini, que comanda a Hapag Lloyd no Brasil, os fretes devem continuar altos por mais dois ou três meses — Foto: Silvia Zamboni/Valor
O frete marítimo na rota China-Brasil disparou. O custo das importações já vinha em alta no último trimestre e, nesta semana, atingiu um patamar considerado inédito de US$ 10 mil por TEU (medida padrão usada para contêineres), segundo importadores e empresas de navegação.
“É um nível histórico, nunca tinha visto o frete alcançar esse valor”, afirmou Luigi Ferrini, vice-presidente sênior da Hapag-Lloyd no Brasil. Há um ano, o custo dessa mesma rota estava na faixa dos US$ 2 mil por TEU.
O encarecimento dos fretes vem se acentuando desde outubro, com a retomada global da economia e a maior procura pelos produtos chineses, afirma Rafael Dantas, diretor da importadora Asia Shipping.
A disparada ocorre também em outras rotas partindo da China. As viagens da Ásia para Europa e Estados Unidos atingiram valores acima da média, com mais de US$ 4 mil por TEU.
A escalada de preços é fruto, principalmente, dos problemas logísticos e do grande descompasso entre oferta e demanda ocorrido ao longo do último ano – uma “tempestade perfeita para os fluxos globais de contêineres”, segundo a Centronave, que representa os grupos globais de navegação de longo curso no Brasil.
“Quando eclodiu a pandemia, muitas empresas deixaram de fazer pedidos, houve dezenas de cancelamentos de viagens [de navios de carga]. Mas a demanda por produtos não caiu como esperado. O gasto que iria para viagens foi para itens de casa, home office. O consumo local aumentou no mundo todo, e aí faltaram produtos”, resume Ferrini.
No auge da pandemia brasileira, entre março e julho, foram canceladas 23 viagens de navios da China. O número equivale a ao menos cinco semanas sem importações de contêineres do país.
Em meados do ano, ficou claro para as empresas que seria necessário retomar os pedidos. O aumento, porém, coincidiu com a retomada na Europa e nos Estados Unidos, levando a uma disputa acirrada por contêineres e embarcações. Hoje, praticamente todos os navios disponíveis no mundo estão em uso, diz a Centronave. Resultado: os fretes dispararam e, mesmo passado o Natal, continuam em alta.
A situação se agrava porque a pandemia também reduziu a eficiência na liberação das cargas em portos, terminais e armazéns, que também sofreram com as medidas de isolamento social e o reforço nos protocolos de vigilância sanitária.
Para tentar amenizar o gargalo, entre outubro e dezembro, as empresas de navegação acrescentaram 14 “extra-loaders” (navios adicionais), que ampliaram em cerca de 14% a capacidade na rota Xangai-Santos. O incremento, porém, não tem sido suficiente para atender à demanda. Na semana do Natal, o frete registrava US$ 7.184 por TEU. Sete dias depois, já chegava a US$ 8.173. Agora, armadores e importadores afirmam que os preços alcançaram a marca dos US$ 10 mil.
A alta poderá afetar diversos setores que dependem de importações chinesas. É o caso, por exemplo, da indústria de produtos elétricos e eletrônicos (principalmente os portáteis e de linha marrom). As empresas de maior porte do setor, que trabalham com contratos anuais no transporte marítimo, relataram reajustes de 90%, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). As menores, que fazem importações esporádicas, apontaram uma alta de 200% no custo.
No caso das grandes varejistas de moda, que importam a maior parte de suas coleções de inverno, o frete mais caro terá impacto direto, já que os pedidos para a temporada fria começam agora. “É difícil segurar os embarques em virtude dos altos preços, porque é necessário que os itens cheguem a tempo do inverno. Como 2020 foi um ano duro, também não será possível segurar o repasse dos custos no preço final”, afirma Edmundo Lima, diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX).
Para Dantas, da Asia Shipping, outro agravante é a concentração no transporte marítimo, composto por grandes grupos globais. “Após anos de crise, as empresas passaram a dividir operações, trocar informações sobre o mercado. Essa consolidação sem dúvidas contribui para os preços mais altos”, avalia.
Outro especialista ressalta que, em outras regiões, como na Europa, a disparada dos fretes já é motivo de questionamentos em órgãos de defesa da concorrência.
Ferrini rebate as críticas e diz que a concentração do setor se deu apenas devido à quebra de algumas empresas, que ficaram em situação frágil após anos de crise e redução nas tarifas aplicadas.
A Centronave diz que a disparada dos preços é fruto de uma combinação de fatores atípicos, decorrentes da pandemia e destacou que a capacidade das companhias de ampliar a oferta, para reduzir fretes, é nula: a ociosidade mundial da frota é de 1,5% (contra 10,6% há um ano). Além disso, a associação diz que a alta de preços afeta apenas o mercado spot (com negociação imediata) e estima que entre 40% e 50% das importações da China para o Brasil sejam regidas por contratos anuais, com fretes mais estáveis.
No mercado, ainda há muita incerteza sobre como os preços se comportarão no médio prazo. A Centronave acredita que o frete irá se normalizar ao longo de 2021. Para Ferrini, a perspectiva é que siga alto por mais dois ou três meses. A Asia Shipping projeta que os preços caiam em relação ao atual recorde, mas continuem acima dos US$ 4 mil por TEU.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 07/01/2021
CNI VÊ SUBSÍDIO E POLÍTICAS IRREGULARES EM PRODUÇÃO CHINESA DE ALUMÍNIO
Publicado em 01/07/2021 as
08:05 PM
País asiático aumentou sua participação na produção mundial de 24%, em 2005, para 54% em 2019; Canadá e EUA estão entre os países que já aplicaram sanções ao alumínio chinês
Por Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Alvo de medidas de defesa comercial de diversos países, a China multiplicou por sete sua produção de alumínio em 15 anos e passou a ser a maior produtora do metal em todo o mundo.
Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), obtido pelo Estadão/Broadcast, aponta que, apoiado em subsídios e políticas que contrariam normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o país asiático aumentou sua participação na produção mundial de alumínio de 24%, em 2005, para 54% em 2019. Em 15 anos, a China passou de 12.ª para a principal exportadora do produto para o Brasil.
O estudo lista incentivos à indústria de alumínio como fornecimento de energia elétrica abaixo do valor de mercado, concessão de crédito com taxas abaixo das praticadas no mercado internacional e controle do preço de insumos, inclusive com a estocagem de alumínio.

Nove em 10 mercados adotaram medidas de defesa comercial contra o alumínio chinês. Foto: String/Reuters
Por isso, nove dos dez principais mercados de alumínio adotaram medidas de defesa comercial contra o alumínio chinês. Apenas o Brasil ainda não adotou nenhuma medida, que já foi pedida pela indústria nacional. Ao todo, 14 países já aplicaram 34 medidas de defesa comercial contra importações chinesas no setor.
“As práticas da China para subsidiar a produção de alumínio causam danos ao comércio mundial e à concorrência saudável desse produto, inclusive no Brasil. O governo brasileiro precisa seguir o exemplo de outras economias, que aplicaram medidas para combater e desencorajar essas práticas”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.
No ano passado, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia abriu, a pedido da indústria brasileira, uma investigação contra a China para verificar se os laminados de alumínio estão sendo vendidos para o País por preço menor do que o cobrado no mercado interno chinês, prática denominada dumping, com o intuito de prejudicar a indústria brasileira.
Questionado sobre o andamento da investigação, o Ministério da Economia disse que uma decisão preliminar está prevista para meados de fevereiro e que o prazo para a decisão final vai até abril, podendo ser prorrogado por mais oito meses.
“O que acontece com o alumínio é um exemplo emblemático sobre a lógica produtiva da China. Ela opera com planejamento, incerteza é impensável. E cria políticas de apoio à indústria que os outros países não têm e que organizações internacionais entendem que não fazem parte de um comércio justo”, afirma o presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Milton Rêgo.
Guerra
O domínio chinês nos mercados de alumínio e de aço esteve no cerne da guerra comercial entre o governo do presidente americano Donald Trump e a China, que acabou respingando no Brasil.
No caso do alumínio, os Estados Unidos implementaram quatro medidas compensatórias contra os chineses e consideraram que os subsídios encontrados representavam entre 10% e 55% dos preços dos bens importados.
Em 2018, aplicaram salvaguardas, ou seja, sobretaxas à importação de todos os países, inclusive o Brasil, que tem de pagar 10% a mais para vender alumínio para os EUA. Com isso, os embarques para os EUA do alumínio brasileiro caíram mais de 50% em 2020.
Também o Canadá condenou 17 tipos de subsídios chineses, que representavam 47% do valor médio dos produtos derivados de alumínio.
Desde o início dos anos 2000, a China colocou em seu planejamento oficial a meta de ampliar a produção de alumínio para seus projetos de infraestrutura, produção de veículos, bicicletas e outros bens. O aumento foi tão grande que o país passou a ser um dos principais exportadores do produto.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 07/01/2021
COM ALTA DO MINÉRIO E COMPRAS DA CHINA, ARRECADAÇÃO DE ROYALTIES ATINGE MARCA RECORDE DE R$ 6 BI
Publicado em 01/07/2021 as
08:05 PM
Resultado é 35% que o de 2019, segundo cálculos da Associação de Municípios Mineradores; o Pará respondeu por R$ 3,1 bilhões gerados e Minas ficou com R$ 2,4 bilhões
Por Mariana Durão, O Estado de S.Paulo
RIO - No ano em que a pandemia da covid-19 paralisou a economia, a arrecadação de royalties da mineração no Brasil atingiu a marca histórica de R$ 6 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). O valor representou um salto de 35% em relação a 2019, quando o montante arrecadado já havia sido recorde. Mais uma vez o movimento foi impulsionado pelo câmbio e pela escalada do preço do minério de ferro, sustentada pela oferta reduzida e a forte recuperação econômica da China após a fase mais crítica da pandemia.
Pelo segundo ano seguido, o Pará foi o maior gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) - nome técnico dado ao royalty do setor -, com R$ 3,1 bilhões. O valor é pouco mais da metade da arrecadação nacional e significa um salto de 41,9% ante o ano anterior, segundo cálculos da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).
O Estado abriga o projeto S11D, maior investimento da história da Vale, de US$ 14 bilhões, e é também onde estarão concentradas as futuras expansões de capacidade na mineradora. Com um minério mais rico em ferro, o Sistema Norte respondeu por 64,5% da produção da Vale no período de janeiro a setembro de 2020, bem acima dos Sistemas Sul (15%) e Sudeste (18%), em Minas Gerais.
https://img.estadao.com.br/resources/jpg/5/5/1609945977955.jpg
Mina de minério de ferro da Vale em Itabirito (MG): a empresa respondeu por 60% do recolhimento de royalties em 2020. Foto: Fabio Motta/Estadão - 7/7/2015
Principal arrecadador de CFEM até 2019, o Estado de Minas perdeu a liderança na arrecadação após a tragédia de Brumadinho, em janeiro daquele ano. O rompimento da barragem paralisou várias operações da Vale na região e a produção ainda não foi 100% normalizada. Em 2020, Minas ficou novamente em segundo lugar no ranking, levantando R$ 2,4 bilhões em royalties, uma alta anual de 28,9%.
Coronavírus não parou a mineração
Classificada pelo governo brasileiro como atividade essencial, a mineração praticamente não parou desde o início da pandemia. Como a China, maior importador global de minério de ferro, foi o primeiro país atingido pela covid-19 e teve relativo sucesso no combate ao vírus, sua recuperação também começou antes do resto do mundo. A reboque disso e da oferta limitada, a cotação do minério cresceu e, com ela, a geração de CFEM.
Os dados da ANM analisados pela Amig mostram que a arrecadação mensal vinha na casa dos R$ 300 milhões até maio, mas a partir de junho não parou de subir. Em novembro, o valor bateu mais de R$ 1 bilhão, obrigando a ANM a solicitar uma suplementação de crédito orçamentário para manter o ritmo de distribuição.
Em 2020, o minério negociado no porto chinês de Qingdao subiu 75% e foi a US$ 160 por tonelada. Apesar da lista de substâncias minerais sujeitas a tributação chegar a quase uma centena, o minério de ferro representa cerca de 80% dos royalties arrecadados no Brasil, por isso a sua importância.
"O setor não foi diretamente afetado pela pandemia, apesar de algumas paralisações. Esse aumento de 35% (da arrecadação) decorre de três variáveis importantes: o elevado apetite chinês no pós-pandemia, a valorização do preço do minério de ferro e a desvalorização cambial", explica a economista da Amig, Luciana Mourão. A entidade espera que em 2021 o valor arrecadado não vá muito além do recorde de 2020, em virtude de uma potencial desaceleração do preço do minério a partir do segundo trimestre.
Os números retratam a forte concentração da atividade mineradora no Brasil: juntos, Pará e Minas Gerais respondem por 90% de toda a arrecadação mineral. O ranking do dez maiores municípios mineradores é formado apenas por paraenses - os líderes Parauapebas (R$ 1,5 bilhão) e Canaã dos Carajás (R$ 1,2 bilhão), além de Marabá (9.º lugar) - e mineiros, como Conceição do Mato Dentro, onde está a principal operação da Anglo American no Brasil, Congonhas, Itabirito, Itabira, Nova Lima, Mariana e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Mesmo após a tragédia, Brumadinho segue em 13.º lugar nesse ranking, porque, além da Vale, tem mais uma dezena mineradoras de diferentes substâncias atuando em seu território, como Vallourec, Comisa e Cia. de Mineração Serra da Farofa. Em 2020, o município gerou R$ 85 milhões em royalties e vai embolsar R$ 51 milhões. Pela legislação nacional, 60% dos royalties vão para os cofres do município produtor. O restante é distribuído entre Estados (15%), outros municípios afetados pela mineração (15%) e a União (10%).
Há ainda uma concentração por empresa. Apesar de haver mais de 7 mil mineradoras registradas como contribuintes na ANM, somente o grupo Vale respondeu por 60% do recolhimento de royalties em 2020. Em seguida, mas em escala menor, vêm outras grandes mineradoras, como Anglo American (6%), CSN (5,2%), Salobo Metais (2,6%), Usiminas (1,4%) e Kinross (1,2%).
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 07/01/2021
UNIÃO BANCOU R$ 13,3 BILHÕES EM DÍVIDAS DE ESTADOS E MUNICÍPIOS EM 2020
Publicado em 01/07/2021 as
08:04 PM
Segundo o Tesouro, quase a totalidade dos valores gastos pela União com o pagamento dessas dívidas no ano passado se referem a débitos de apenas cinco Estados
Por Eduardo Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Tesouro Nacional precisou desembolsar R$ 13,3 bilhões no ano passado para honrar dívidas bancárias que Estados e municípios deram calote. O valor foi bem superior aos R$ 8,35 bilhões gastos em 2019 para cobrir o não pagamento dos governos regionais. Desde 2016, essa conta para a União, e os contribuintes, já chega a quase R$ 33 bilhões.
De acordo com o Tesouro, 95% dos valores gastos pela União com o pagamento dessas dívidas no ano passado se referem a débitos de cinco Estados. O Rio de Janeiro liderou a lista com R$ 8,25 bilhões, seguido por Minas Gerais com R$ 3,175 bilhões. Na sequência aparecem Goiás (R$ 553 milhões), Pernambuco (R$ 355 milhões) e Maranhão (R$ 280 milhões).
Em meio à recessão causada pela pandemia de covid-19, 14 governos estaduais e oito prefeituras deixaram de quitar alguma dívida com garantia da União em 2020. Os calotes ocorreram mesmo depois de projeto aprovado pelo Congresso ter dado um fôlego de R$ 125 bilhões a governadores e prefeitos por causa da pandemia.
Somente em dezembro, o Tesouro precisou pagar R$ 5,5 bilhões em dívidas dos governos regionais. O Rio de Janeiro mais uma vez liderou a fatura, com R$ 4,9 bilhões, seguido por Minas Gerais com R$ 558 milhões, e Rio Grande do Norte com R$ 39 milhões.
Por que a conta fica com a União?
A depender da avaliação das contas dos governos regionais, a União concede garantia em empréstimos para que os contratos tenham juros mais baixos. Nos últimos anos, porém, a situação financeira dos Estados vem se deteriorando, comprometendo os pagamentos.
Como garantidora das operações de crédito, a União, representada pelo Tesouro Nacional, é comunicada pelos bancos e organismos internacionais de que parcelas de dívidas garantidas estão vencidas e não pagas. O governo federal, então, informa o governador ou prefeito que há atrasos no pagamento e, caso não haja quitação, a União paga os valores. Em seguida, inicia o processo de recuperação desses valores pela execução das chamadas contragarantias. Na prática, o governo federal bloqueia os valores que passaria em transferências para esse Estado ou município caloteiro.
Embora o custo para a União com essas garantias seja crescente, o Tesouro está impedido de bloquear os repasses para cinco Estados. No caso do Rio de Janeiro, porque o governo estadual aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) dos Estados ainda em 2017. Nos casos de Minas Gerais, Goiás, Amapá e Rio Grande do Norte, porque os governos estaduais conseguiram decisões judiciais que impedem a execução das contragarantias pela União nessas operações.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 07/01/2021
CONSULTORIA DA CÂMARA PROPÕE FLEXIBILIZAR REGRA DO TETO DE GASTOS PÚBLICOS
Publicado em 01/07/2021 as
08:04 PM
Proposta passaria a considerar apenas o rombo da Previdência no cálculo do limite do teto, em vez de todo o gasto com pagamento de benefícios; com isso, nível de despesas obrigatórias seria mantido
Por Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara publicou nota técnica com uma proposta de mudança no teto de gastos da União, a regra que limita o crescimento da despesa à inflação e que está no centro do debate econômico no Brasil depois da pandemia da covid-19.
A proposta passa a considerar apenas o rombo da Previdência no cálculo do limite do teto em vez de toda a despesa com o pagamento de benefícios, similar ao modelo fiscal alemão, que considera nos limites orçamentários apenas recursos retirados da sociedade para sua cobertura.

Projeção é de que nota técnica da consultoria possa ser discutida ao longo do ano. Foto: Dida Sampaio/Estadão
As projeções apresentadas pelos três autores da proposta apontam um novo espaço para as demais despesas do governo, que hoje estão cada vez mais comprimidas, especialmente pelo avanço dos gastos obrigatórios de Previdência e folha de pessoal. O espaço fiscal dessas despesas seria, em 2022, superior a R$ 40 bilhões em relação à regra atual, passando de R$ 407,5 bilhões (4,60% do Produto Interno Bruto em vez de R$ 447 bilhões (5,05% do PIB).
Por trás da proposta, está a avaliação de que o teto é uma regra fiscal fundamental para as contas públicas, mas precisa de ajustes para se tornar viável nos próximos anos. “Não está correto que uma despesa, que sabidamente cresce mais do que a inflação, seja colocada dentro do teto definitivamente”, diz Ricardo Volpe um dos autores da proposta ao lado dos consultores legislativos Túlio Cambraia e Eugênio Greggianin.
Ajuste
Segundo Volpe, não se trata de uma margem para gastar mais, mas uma saída para manter o nível de despesas não obrigatórias atual (como investimentos), que já é muito baixo e a cada ano fica menor. O consultor explica que é um mecanismo de ajuste para impedir que a compressão das despesas não obrigatórias chegue a um nível insustentável para o funcionamento da máquina administrativa (como manutenção de rodovias, bolsas de estudo e confecção de passaporte). Para ele, a proposta é simples, pontual e com boa comunicação tem todas as condições de ser recebida positivamente pelos agentes de mercado.
Os números apontam que, mantida a regra atual, as demais despesas chegariam em 2026 em 2,80% do PIB, patamar irreal para o funcionamento da máquina pública. Em 2016, quando a emenda do teto foi aprovada essas despesas estavam em 7,03% do PIB.
A expectativa é que a nota possa ser discutida ao longo de 2021. A proposta já vinha sendo estudada antes mesmo da pandemia. Muitos parlamentares têm defendido a mudança no teto, mas a equipe econômica vem se posicionando enfática em manter a regra sem mudanças.
Os autores destacam que, apesar da importância do teto, não significa que ele não tenha deficiências na forma que foi implementado no Brasil e que não possa ser aperfeiçoado com as devidas cautelas, o que aumentará sua credibilidade.
Para os consultores, a reforma da Previdência, aprovada no fim de 2019 com o propósito principal de reduzir o déficit previdenciário, pode apresentar ganhos que devem ser aproveitados pelo poder público. A possibilidade de elevar as despesas em virtude da redução do ritmo de crescimento do déficit dos regimes de Previdência permitirá ao governo maior liberdade de atuação para alavancar a economia.
Na época da tramitação da emenda do teto, em 2016, já se sabia que a regra se tornaria de difícil cumprimento. O atraso na aprovação da reforma da Previdência, que se esperava para aquele ano, só piorou o problema. Uma proposta chegou a ser discutida de garantir após os primeiros anos de vigência da regra uma correção do limite do teto com metade do crescimento do PIB. Ou seja, se o PIB crescesse 1%, o teto seria corrigido em 0,5%. Mas o então ministro da Fazenda Henrique Meirelles não aceitou com o temor de que o instrumento de correção se transformasse na regra geral durante a votação.
Volpe destaca que as despesas com o pagamento dos benefícios da Previdência, o maior gasto do governo, já passaram pela reforma. Para ele, o governo, com o modelo proposto, poderá atuar melhor na eficiência da arrecadação previdenciária para diminuir o déficit. O consultor avalia que as despesas com a Previdência vão sempre ter crescimento real porque a população vai envelhecer e mais gente se aposentará.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 07/01/2021
BOLSA SOBE A 121 MIL PONTOS, APÓS CONFIRMAÇÃO DE VITÓRIA DE BIDEN; DÓLAR FECHA EM ALTA A R$ 5,39
Publicado em 01/07/2021 as
08:04 PM
Nos EUA, ações registram alta. Perspectiva de ampliação de gastos públicos para reativar economia americana anima investidores
Por O Globo, com agências
RIO e SÃO PAULO — A confirmação da vitória do democrata Joe Biden pelo Congresso americano faz as bolsas globais operarem em alta. A Bolsa brasileira opera em patamar de pontos recorde, também impulsionada pela comprovação da eficácia CoronaVac, que será produzida no Instituto Butantã.
No mercado de câmbio, o dólar terminou a sessão em alta frente ao real, após o caos que se instalou em Washington na véspera, quando apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio. A situação fiscal do Brasil também preocupou os investidores.
Na Bolsa paulista, a B3, o Ibovespa registra alta de 2,10% aos 121.598 pontos, recorde histórico no intraday.
Na quarta-feira, dia de muita volatilidade, o índice voltou a bater nos 120 mil pontos. Mas perdeu fôlego na reta final da sessão diante da invasão do Congresso americano e por preocupações fiscais no Brasil.
O dólar comercial subiu 1,77% e terminou negociado a R$ 5,39. Na máxima, bateu em R$ 5,41 e na mínima desceu até R$ 5,30.
É maior valor de fechamento da divisa americana desde o dia 23 de novembro do ano passado, quando encerrou cotada a R$ 5,43.
A moeda americana também subiu no exterior com temores sobre o avanço da pandemia de Covid-19. O dollar spot, índice da Bloomberg que acompanha o desempemho da moeda americana frente a uma cesta de divisas, se valorizava 0,31% no fechamento dos negócios no Brasil.
Por aqui, a publicação de uma nota técnica pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados sugerindo mudanças no teto de gastos da União trouxe mais incerteza aos investidores, que se refugiaram no dólar.
O teto de gastos limita o crescimento da despesa à inflação. Mesmo sendo apenas uma sugestão, analistas dizem que não existe segurança sobre o que o governo pretende fazer no campo fiscal.
"Isso pode se transformar numa senha para que o governo viabilize a sequência do programa de transferência de renda, via auxlio emergencial, levando a uma busca por proteção", escreveu em relatório a clientes Ricardo Gomes da Silva, da corretora de câmbio Correparti.
Ontem, uma declaração do deputado federal e candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi, defendendo que o programa Bolsa Família seja ampliado, além da extensão do auxílio emergencial, também pressinou o dólar no campo doméstico. Esse cenário também continua o radar do mercado.
Bolsas americanas em alta
As Bolsas americanas avançam com a perspectiva de ampliação do pacote de estímulo à economia americana, após a confirmação da chamada 'onda azul'. Os democratas (partido cuja cor é o azul) venceram a presidência e têm o controle do Senado e da Câmara.
O S&P 500 sobe 1,45%; o Dow Jones avança 0,71% e o Nasdaq tem ganho de 2,36%.
— A leitura dos investidores sobre o evento de ontem é que, apesar de ter sido muito grave, não impede a posse de Joe Biden no final do mês e a perspectiva de mais estímulos econômicos trazidas pelo novo governo, que vai controlar também Câmara e Senado — disse Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos.
Neste cenário, segundo analistas, deve ocorrer a chamada "inversão de ações", movimento em que os investidores deixam de lado as ações de empresas de tecnologia e passam a comprar papéis de empresas ligadas à economia real, com a expectativa de mais investimentos em infraestrutura pelos democratas.
Por isso, ações de empresas exportadoras ligadas a commodities apresentam valorização. As ações da Petrobras sobem mais de 2%. As da Vale avançam 3%. Os bancos também são beneficiados, e os papéis de Bradesco e Itaú ganham mais de 2% no pregão de hoje.
A Bolsa brasileira ganha fôlego adicional com a confirmação de que a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, teve eficácia de 78% na prevenção nos testes no Brasil.
O Butantan deverá formalizar o pedido de uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até amanhã e a expectativa é de que a vacinação comece em São Paulo a partir de 25 de janeiro. Isso abre espaço para que a vacinação no Brasil comece em janeiro.
Atentado à democracia
A invasão do Capitólio foi uma tentativa de atrapalhar a sessão na Casa que confirmaria a vitória de Biden nas eleições de novembro.
Embora Donald Trump tenha se comprometido na manhã de hoje com uma transição "ordenada", o republicano não reconhece a derrota nas urnas, o que levou seus simpatizantes a invadir o Capitólio na quarta-feira.
Além da perspectiva de uma possível ampliação do pacote americano para reativar a economia do país, Biden prometeu investimentos em obras de infraestrutura e energia verde, com objetivo de criar empregos.
Com os democratas controlando a Casa Branca, o Senado e a Câmara, a chance de o plano do presidente eleito americano ir à fente é grande, segundo analistas.
"Há possibilidade de aumento de impostos também. Mas o mercado preferiu olhar para o melhor lado da história", escreveram os analistas da CNN Anneken Tappe e David Goldman.
Na Europa, Frankfurt e Paris fecharam com valorização de 0,55% e 0,70%, respectivamente. Londres subiu 0,22%.
O Reino Unido vive uma forte alta dos casos de Covid-19 e endurereceu as medidas de isolamento social para conter a disseminação de uma nova variante do vírus.
Na Ásia, as bolsas fecharam antes da confirmação de Biden para a presidência. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,77%, para seu maior patamar desde janeiro de 2018, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,71%. Os ganhos foram liderados pelos setores de consumo e financeiro.
A Bolsa de Tóquio também fechou no azul, com alta de 1,60%.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 07/01/2021
AEROPORTOS PRIVATIZADOS DEVEM DEIXAR DE PAGAR R$ 15 BI À UNIÃO POR CAUSA DA CRISE
Publicado em 01/07/2021 as
08:04 PM
Conta será apresentada à Agência Nacional de Aviação Civil em maio, na forma de pedido de reequilíbrio econômico de contratos
Por Geralda Doca

Aeroporto do Galeão, que teve queda no movimento de passageiros na pandemia Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
BRASÍLIA - O governo deve deixar de arrecadar nos próximos anos cerca de R$ 15 bilhões com os aeroportos privatizados. A cifra estimada por representantes do setor se refere aos descontos em outorgas pagas à União que devem ser pleiteados por concessionárias para compensar os efeitos da crise causada pela pandemia nas receitas, diante da queda no movimento de passageiros nos terminais.
O prazo para os abatimentos pode variar de acordo com os contratos de concessão, que chegam a 30 anos. Os primeiros foram assinados em 2012.
A conta será apresentada à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em maio, na forma de pedido de reequilíbrio econômico de contratos. Os números estão sendo consolidados. O valor previsto é baseado na expectativa de faturamento dos terminais em um cenário sem pandemia.
Só um concessionário estima perda de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões, disse uma fonte do setor.
Mesmo com valores diluídos ao longo do tempo, a expectativa é de queda de braço com o órgão regulador. Segundo um executivo do setor, há uma diferença de percepção na retomada do tráfego entre as empresas, mais pessimistas, e a agência.
Além disso, técnicos temem causar perdas ao governo e o risco de serem responsabilizados por órgãos de controle do uso do dinheiro público, como o Tribunal de Contas da União (TCU).
Para essa fonte, o ideal seria uma avaliação ano a ano do impacto até a retomada. O problema é que isso inviabiliza qualquer iniciativa que envolva um fluxo de caixa de médio ou longo prazo, como investimentos.
Uma autoridade do setor afirma que os pedidos de reequilíbrio prejudicam as contas públicas, pois as outorgas são direcionadas ao Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). A queda na arrecadação significaria menos investimentos ou comprometimento de recursos de outras fontes.
A negociação para compensar impactos no médio e no longo prazo no setor aéreo se somaria ao alívio concedido no ano passado. Em 2020, a Anac reconheceu perda de R$ 1,9 bilhão referente ao impacto da crise de curto prazo nos contratos.
Foram atendidos nove aeroportos. Mas a fatura deverá subir porque os concessionários de Guarulhos, Fortaleza e Porto Alegre entraram com recursos, contestando o valor arbitrado.
O valor foi abatido nas outorgas anuais que os operadores deveriam recolher para a União em dezembro. Em alguns casos, como Porto Alegre e Florianópolis, a Anac autorizou reajuste temporário de tarifas aeroportuárias porque o desconto superava a dívida.
Em Salvador, o órgão regulador ampliou o prazo de construção da ponte de embarque.
Em nota, a Anac afirmou que o reequilíbrio está previsto nos contratos de concessão e que a medida busca garantir a prestação do serviço à sociedade, além de mostrar para potenciais investidores nos futuros leilões que a “Agência preza pela segurança jurídica e estabilidade regulatória”.
Futuras concessões
O secretário de Aviação Civil (SAC), Ronei Glanzamnn, disse que o Brasil foi um dos poucos países a atender o pedido das concessionárias, admitindo que a pandemia é um fator não previsível:
— O Brasil foi um dos poucos países que conseguiu o reequilíbrio dos contratos. A gente reconheceu que o risco da pandemia é um risco do Poder Público.
Ele acrescentou que, passada a revisão no curto prazo, o reequilíbrio de médio e longo prazo terá impacto nos debates este ano:
— A grande discussão para 2021 é o chamado reequilíbrio de médio e longo prazos que a gente vai ter que fazer. Um ano ruim na concessão causado pelo coronavírus, a recuperação não acontece da noite para o dia, vai ter impacto em toda a concessão daqui para a frente.
O secretário afirmou, no entanto, que caberá à Anac definir a metodologia para calcular o impacto da pandemia nos contratos futuros. A Anac informou que aguardará os pedidos e o resultado das análises.
Segundo dados do setor, houve queda de 30% no movimento em aeroportos no ano passado, considerando o mercado doméstico. O internacional não se recuperou e será mais afetado pela pandemia, diante das restrições em vários países.
Entre março e outubro, a Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa) aponta queda de R$ 3 bilhões em receitas nos terminais.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 07/01/2021
SUPERVISÃO E TRANSPARÊNCIA: LIÇÕES DA EXPERIÊNCIA NORTE-AMERICANA PARA O SETOR DE GÁS NATURAL BRASILEIRO
Publicado em 01/07/2021 as
08:03 PM
Por Heloisa Borges Esteves (EPE) e Fernanda Delgado (FGV Energia)
Por epbr - 7 de janeiro de 2021 - Em Artigos e opinião, Sim, elas existem
Estamos diante de um processo de transição energética, e diante da necessidade de alinhamento desta busca por segurança energética aos esforços de combate às mudanças climáticas e à preservação do meio ambiente, desenvolver a indústria de gás natural se mostra cada vez mais essencial para o Brasil.
O setor energético tinha pautas importantes antes da crise sanitária do COVID-19 que permanecem absolutamente válidas e necessárias. São reformas que permitirão um salto de credibilidade no ambiente para investimentos, promovendo um melhor uso dos recursos energéticos nacionais sob desenhos de mercados competitivos. Entretanto, o processo de transição para um mercado plural e competitivo não acontece do dia para noite.
Ao longo dos anos 1990 a indústria de gás natural mundial passou por intenso processo de transformação, com diversos países promovendo mudanças em seus arcabouços legais e regulatórios em busca de mercados mais eficientes e dinâmicos. Entretanto, embora a experiência internacional indique que este processo pode durar de 10 a 15 anos, há urgência em destravar o nó da competitividade do gás natural no Brasil. A abertura do mercado de gás, a multiplicidade de agentes e o estabelecimento de novos polos consumidores, podem ajudar a revelar novas demandas de gás natural e, com isso, contribuir para a expansão da malha. Mas precisamos ir além.
E para qualquer nova implementação de processo, sistema ou modelo, cabe avaliar o que já existe de concreto no mundo. Experiências pregressas são sempre bem-vindas como uma revisão bibliográfica, uma pesquisa de benchmarking, uma análise de análogos para pautar o que já existe e apoiar o novo. E para o mercado de gás brasileiro não seria diferente.
Nesse momento pandêmico e transacional, há lições importantes que o Brasil pode tirar da experiência norte-americana sobre a abertura e inserção de competitividade a partir do Novo Mercado de Gás e da aprovação da Lei do Gás.
Em 29 de outubro de 2020, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), juntamente com o Ministério de Minas e Energia e o Department of Energy (DOE) realizaram o Webinar USBEF – UNITED STATES BRAZIL ENERGY FORUM, Supervisão e Transparência para um mercado aberto e competitivo. O evento tratou das lições da experiência norte-americana no setor de gás natural, que podem ser absorvidas para o ambiente brasileiro de phase out de um mercado monopolista para um mercado aberto e competitivo.
O óleo do pré-sal traz uma expressiva quantidade de gás associado. A previsão da EPE (2019) aponta que a produção líquida de gás no país praticamente dobrará em dez anos – saindo de 72,7 milhões de m3/dia em 2021 para 140,3 milhões de m3/dia em 2030. O principal driver deste aumento na próxima década será o ambiente pré-sal, que em 2030 responderá por cerca de 50% da produção total de gás natural no país.
De modo a aproveitar esse potencial, estão sendo estruturadas importantes reformas no setor por meio do programa Novo Mercado de Gás, que tem como pilares: a promoção da concorrência, a harmonização das regulações estaduais e federal, a integração do setor de gás com setores elétrico e industrial e a remoção de barreiras tributárias à comercialização do gás natural. Estes pilares visam incrementar os investimentos, adicionar novos players ao setor e ofertar uma molécula de gás natural a preço competitivo no mercado.
Um passo importante para o atingimento desses objetivos é a aprovação do novo marco legal para o setor atualmente em tramitação no Legislativo, de modo a promover as transformações necessárias para aumentar a competitividade, os investimentos e criar um ambiente favorável a redução dos preços. Entretanto, não bastam apenas soluções cartoriais e regulatórias para que o mercado deslanche, os preços do energético se reduzam e se faça a almejada reindustrialização do país, trazendo a reboque empregos e geração de renda.
A experiência norte-americana indica que além das necessárias reformas normativas, é fundamental que se dê transparência e disponibilidade de informações ao público, como preços e capacidade de gasodutos e outras infraestruturas essenciais. Nos EUA, a informação desempenha um papel chave na regulação da distribuição de gás natural, garantindo aos stakeholders publicidade e audiências públicas. O DOE disponibiliza dados de capacidade de gasodutos e preços do gás natural. Há muitos players trabalhando para que o mercado tenha acesso a dados em tempo real para tomar a melhor decisão.
Nesse contexto, a indústria de Gás Natural no Brasil transita em direção a um mercado aberto e competitivo, acelerado a partir da assinatura, entre Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de Termo de Cessação de Conduta (TCC) com o objetivo de reduzir a participação da empresa no mercado de gás natural, de forma a aumentar a competitividade e a dinâmica do segmento.
Os desinvestimentos da estatal são acompanhados pelo mercado não apenas porque sinalizam o fim de fato do monopólio, mas também porque trazem a oferta de possibilidades reais de investimentos e monetização de ativos que antes não estavam elencados como relevantes para desenvolvimento pela companhia. Fomentado pelo novo marco regulatório e pelo TCC, a oferta de gás do pré-sal deve crescer nos próximos anos, bem como a entrada de novos atores.
O mercado mais aberto potencialmente apresentará mais oportunidades e a participação de mais agentes conduzirá a uma maior liquidez e, por consequência, à possibilidade de preços mais competitivos (Arentz, 2018). Os novos agentes poderão adotar estratégias de precificação próprias, seguindo a atual estrutura (de “preço de paridade com o óleo”) ou buscando novas formas de precificação, propondo uma nova paridade, como o Henry Hub, por exemplo. No futuro, com um mercado cada vez mais competitivo, espera-se observar cada vez maior competição gás-gás e que os preços sejam vinculados à oferta e à demanda do energético no país.
A Figura 1 referencia o modelo de abertura do mercado de gás europeu, mas pode ilustrar as etapas a serem vencidas no Brasil, e corroboram com os movimentos percorridos também no mercado norte-americano. Importa mencionar que o mercado europeu levou mais de 10 anos para se consolidar como aberto e competitivo e para que o Brasil escale degraus similares, ainda há muita base a ser construída. São necessários investimento em transporte, serviços e demanda, e de novos atores efetivamente imbuídos em assumir os papéis ao longo da cadeia de suprimento. E como indica a estratégia do Plano Nacional de Energia 2050, é necessário avançar nesses passos ainda nesta década.
https://epbr.com.br/wp-content/uploads/2021/01/unnamed.png
Evolução para abertura do mercado de gás
Fonte: Oxford Institute for Energy studies in Artenz, 2019
A experiência norte-americana indica que Marketing e Trading só surgiram mais tarde na evolução da indústria de gás natural nos EUA, coincidindo com a liberalização dos preços e o livre acesso a gasodutos, que permitiu a entrada de novos atores. Atualmente, há pelo menos 120 Trading Hubs, 305 mil milhas de gasodutos de transmissão e três milhões de milhas – se incluir gasodutos de distribuição – nos Estados Unidos. Esta expansão foi proporcionada com a liberalização dos preços e a liberdade de acesso, o que indica que os mecanismos desenhados no âmbito do programa Novo Mercado de Gás estão no caminho certo.
Da mesma forma, na Europa o processo teve início com o acesso a terceiros aos gasodutos e terminais de regaseificação de GNL, mas passou também pela transparência de preços e pela existência de regras de balanceamento e contratos padrão disponíveis a todos.
A transparência de preços e tarifas constitui-se, em ambos os casos (mas notadamente no caso norte-americano), como um ponto central do sucesso da abertura de mercados. A Federal Energy Regulatory Comission (FERC) possui um escritório de enforcement (regulação) que faz a fiscalização do mercado, garante a conformidade com regras, tarifas, regulações e normativas, detecta e investiga violações, constrói medidas punitivas, além de conduzir pesquisas de mercado. O processo de fiscalização passa pela a engenharia de dados, triagem e desenvolvimento de painéis de controle, e, por fim, análise, relatório, inquérito e ocasionalmente referências para uma investigação. Mais da metade do processo é analítico. A fiscalização e o monitoramento efetivos do mercado podem ser desafiadores, exigindo abrangência de dados, expertise do setor público/privado e entrega de decisões e penalidades consistentes e justas.
Entretanto, é necessária a existência de uma estrutura consistente para que o mercado entenda o que é um comportamento aceitável. Assim, de forma paradoxal, o processo de construção de um mercado competitivo pode exigir mais regulação (e não menos), uma vez que o aparato regulatório necessário para a regulação de um único ente parece ser significativamente menor do que aquele necessário para garantia dos mecanismos necessários ao funcionamento de um mercado com múltiplos agentes.
Nota-se, assim, novamente, que quando comparado com os EUA, o Brasil se encontra no primeiro estágio da abertura do mercado de gás, que ainda exigem a garantia de acessos físicos e que assegurem a competição do mercado. Aguarda-se, de forma ansiosa, a provação da Lei do Gás e com ela o aumento de empresas com acesso ao mercado como aconteceu nos EUA.
Nos EUA, o acesso aberto aos gasodutos resultou em um setor de comercialização muito forte, com transações em vários pontos entre vários players. Este acesso, entretanto, depende de regras claras e mecanismos de transparência de preços para ser, de fato, efetivo na construção de um mercado competitivo.
O aprendizado obtido com a comparação com o mercado norte-americano fornece insights valiosos sobre as atividades de supervisão da comercialização, para que não haja excessos e abusos. Entretanto, assim como os demais pontos necessários da reforma, por si só não são suficientes para garantia de atingimento de um mercado pujante e competitivo de gás natural no Brasil. É necessário que se avance em todos os pontos para que de fato se aproveite a oportunidade de desenvolver o mercado de gás natural no país.
Os efeitos da penetração das energias renováveis, o debate em torno da descarbonização, a eventual imposição a limites na emissão de metano, dentre outras discussões que podem ocorrer em um horizonte dos próximos 10 anos, podem reduzir o espaço do gás natural. Estes fatores podem ameaçar o retorno dos investimentos no mercado e dificultar o interesse, ameaçando a ampliação da base da escada apresentada na Figura 1. Daí a necessidade de senso de urgência , na formação de consenso, e no avanço progressivo enquanto há espaço. Fica a dica.
Fernanda Delgado é professora e assessora estratégica na FGV Energia.
Heloísa Borges é diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Referencia bibliografica
1 – Evento completo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-x0TA8KXJwc
2 – O preço do gás natural nos contratos atualmente em vigor no mercado nacional, usualmente é indexado a algum energético substituto ou correlato, como petróleo tipo Brent ou uma cesta de óleos combustíveis. Estes instrumentos oferecem garantias quanto à disponibilidade e entrega da molécula em prazos longos, reduzindo riscos tanto para supridor quanto para consumidor. Assim, estes compromissos definem preços de referência, que o mercado entende como não concorrencial determinados pelo equilíbrio imediato de oferta e demanda em centros de negociação (hubs), como em mercados chamados perfeitos. Preços estabelecidos desta forma podem ser muito voláteis e dependendo da dinâmica do balanceamento oferta X demanda podem não oferecer garantia quanto a serem efetivamente menores que os preços de referência acordados nos contratos de longo prazo.
3 – As informações relevantes estão disponíveis ao público em https://www.energy.gov/natural-gas
4 – Uma redução dos preços, entretanto, depende do aumento de eficiência em outras etapas da cadeia. Embora ao aumento da produção líquida de gás possa reduzir o custo unitário de transporte, a necessidade de ampliação da rede de escoamento demanda investimentos que precisam ser de alguma forma amortizados, o que pode consumir parte da esperada redução da tarifa de transporte. Ainda, uma parcela importante do preço final aos consumidores refere-se à carga fiscal dos entes federativos, de modo que uma redução significativa dos preços precisaria também de um olhar atento para a carga fiscal do gás natural em algumas unidades federativas.
Um ponto positivo, que corrobora com a expectativa por uma mudança de paradigma nos preços é a existência do consumidor livre, que poderá importar gás natural ou GNL – gás natural liquefeito, sem o intermédio de uma distribuidora, bem como trocar de fornecedor quando lhe for conveniente, o que deve ajudar na competição e modificação da estrutura de preços a longo prazo.
5 – https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Plano-Nacional-de-Energia-2050
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 07/01/2021
EXXONMOBIL RECEBE LICENÇA PARA CAMPANHA DE PERFURAÇÃO NO PRÉ-SAL
Publicado em 01/07/2021 as
08:03 PM
Por epbr - 7 de janeiro de 2021 - Em Mercado offshore, Newsletter Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo.gaudarde@epbr.com.br
em jogo
A ExxonMobil recebeu a licença ambiental para iniciar a campanha de perfuração em blocos com potencial para descobertas no pré-sal nas bacias de Campos e Santos.
— Projeto prevê perfuração de dois poços firmes e quatro contingentes aos resultados da campanha. Ao todo, a empresa mapeou 15 possíveis locações nos blocos BM-C-753, BM-C-789 (ambos em Campos), BM-S-536, BM-S-647 e Titã (os três em Santos).
— A licença do Ibama é válida por quatro anos, mas o cronograma preliminar prevê uma campanha com dois a três anos de duração, considerando a realização de testes de formação nos poços.
— A ExxonMobil contratou a sonda West Saturn, da Seadrill, que já está no Brasil. A área total dos blocos é de aproximadamente 3,2 mil km², com lâmina d’água entre 2,6 mil e 3,1 mil metros. O ponto mais próximo fica a cerca de 200 km da costa.
As áreas foram contratadas em 2018. Em Campos, o consórcio liderado pela ExxonMobil (40%), em parceria com Petrobras (30%) e QPI (30%), pagou R$ 3,2 bilhões de bônus de assinatura pelos C-M-753 e C-M-789.
— Em Santos, a ExxonMobil detém 64% dos blocos S-M-536, S-M-647 e Titã, em parceria com a QPI (36%) – as concessões foram arrematadas por R$ 214 milhões e Titã, sob regime de partilha de produção, rendeu R$ 3,1 bilhões em bônus, com excedente em óleo para a União de 23,5%.
Caos nos EUA. Presidentes, conselheiros e importantes executivos – entre eles, grandes apoiadores de Donald Trump –, correram nesta quarta (6) para condenar o ataque ao Congresso dos EUA, em uma tentativa frustrada de golpe dos apoiadores do presidente republicano derrotado nas urnas em novembro.
— Em comunicado, a Business Roundtable afirmou que o caos foi provocado pelos “esforços ilegais para derrubar uma eleição democrática”.
— Por fim, as objeções foram derrubadas e a eleição de Joe Biden, ratificada. Os democratas e parte dos republicanos querem remover Trump do cargo, chocados com a incitação promovida pelo ainda presidente no comício que antecedeu a invasão do Congresso – terminou com quatro mortes, uma delas dentro do prédio legislativo.
— Os americanos estão votando desde setembro, passando pela noite das eleições em novembro e o segundo turno para a escolha dos senadores da Georgia nesta quarta (6), que garantiu ao Biden o controle virtual do Senado – com 50 senadores de cada partido, o empate favorece o governo.
Óleo sobe com estoques dos EUA. O petróleo fechou em alta nessa quarta (6/1). Investidores seguiram repercutindo o corte na produção pela Arábia Saudita, e os preços ainda ganharam impulso após o Departamento de Energia (DoE, sigla em inglês) dos EUA informar queda bem maior que o projetado por analistas dos estoques da commodity no país na semana passada.
— O Brent para março avançou 1,31%, cotado a US$ 54,30 o barril. E o contrato do WTI para fevereiro subiu 1,40%, a US$ 50,63 o barril, retomando o nível de US$ 50, que na última segunda-feira havia sido atingido pela primeira vez desde fevereiro de 2020. Investing.com, com Estadão
A XP investimentos elevou os preços-alvo das ações da Petrobras, com base nas novas projeções para a curva futura de preços do petróleo no mercado internacional.
— O preço-alvo para os papéis preferenciais e ordinários da companhia foi revisto de R$ 32 para R$ 35 para um horizonte de 12 meses – um potencial de ganho de 15,1% para a ON e de 16,5% para a PN, na comparação com a cotação da petroleira no fechamento do pregão de terça (5/1). Já o preço-alvo para as ADRs PBR/PBR-A foi revisto de US$ 12 para US$13 o papel.
— A XP também elevou as projeções de preços do barril do Brent para 2021, de US$ 48,19 para US$ 52,96. Para 2022, a previsão foi revista de US$ 48,28 para US$ 51,03 o barril. Valor Investe
Petrobras contrata AHTS A Petrobras lançou uma licitação para o afretamento de uma ou mais embarcações do tipo AHTS nessa quarta (6/1). A abertura das propostas está prevista para 27 de janeiro, com o início da disputa na manhã do dia seguinte (28/1).
– O edital está disponível no portal Petronect, que também receberá as propostas.
Sem direito a royalties. A ANP obteve acórdão favorável no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em ação movida pelo município de Porto do Mangue (RN), que solicitava receber royalties por supostas instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural em seu território. O entendimento do TRF5 foi o de que o município não faz jus a esse pagamento.
Alívio na escassez. CMSE manteve a necessidade de despachos termoelétricos para atender a demanda por energia neste momento de reservatórios hidroelétricos em baixa, mas o cenário de curto prazo permitiu limitar os despachos a 6.500 MWmédios, a partir da próxima semana operativa, em 9 de janeiro de 2021.
— “A medida privilegia o uso dos recursos termelétricos mais baratos, conforme necessidade, concomitantemente à esperada recuperação do armazenamento dos principais reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste e Sul ao longo da estação chuvosa em curso”, explicou o MME.
Térmicas lideram expansão elétrica. A Aneel liberou 4.932 MW para operação comercial em 2020, quase 20% a mais do que a meta inicial prevista pela agência para o ano, de 4.112,43 MW.
— A fonte termelétrica liderou a expansão: foram 63 usinas, somando 2.235,1 MW – 45,3% da potência instalada no ano. Em segundo lugar ficaram as eólicas, somando 1.725,8 MW em 53 usinas, seguidas das usinas solares, que totalizaram 793,2 MW de 21 plantas.
— A liderança termelétrica se deveu à liberação para operação, em março, da UTE Porto de Sergipe I, em Barra dos Coqueiros (SE), de 1.515,64 MW. Essa potência fez Sergipe liderar o ranking da capacidade elétrica a entrar em operação comercial, seguido de Piauí (1.180,21 MW), Rio Grande do Norte (641,83 MW), Bahia (539,76 MW) e Amazonas (230,49 MW).
— O Brasil terminou 2020 com a capacidade instalada de 174.412,6 MW, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração (Siga) da Aneel. As hidrelétricas representam 58,56% do total em operação, seguidas das térmicas (25,24%) e das eólicas (9,64%).
Caso tenha perdido, vale a leitura: Como 2020 se consagrou o ano dos extremos para a segurança de suprimento do SIN, artigo de Yasmina El-Heri e Mariana Rodrigues, da equipe de Regulação da GNA – Gás Natural Açu.
Biogás no DF. O governo do Distrito Federal criou um grupo de trabalho para criar um marco regulatório para produção, distribuição e comercialização de biogás/biometano no DF. A ideia é transformar usinas de compostagem em usinas de tratamento mecânico-biológico (UTMB), contratadas em parceria público-privada (PPP), com investimento estimado de R$ 600 milhões.
— As UTMBs são uma das etapas do Programa de Encerramento do Lixão da Estrutural, iniciado em 2016. De acordo com o GDF, os estudos técnicos para instalar esse tipo de usina estão em finalização, e a expectativa é lançar o edital de licitação para contratar a PPP até o fim do ano.
— A meta é ampliar o tratamento de resíduos sólidos urbanos de 30% para 94%, com geração de biogás, aumento da reciclagem e redução de material aterrado. Canal Energia
Venda da NBTE. A Eletronorte vai contratar uma assessoria para avaliar a venda de sua participação na Norte Brasil Transmissora de Energia (NBTE), proprietária do linhão que conecta as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, à região Sudeste. O edital de licitação para contratação foi publicado no Diário Oficial da União dessa quarta (6/1).
— A licitação também envolverá apoio a avaliações sobre eventual aquisição, pela Eletronorte, das ações detidas pela Eletrobras na Norte Energia, grupo que reúne os sócios da hidrelétrica de Belo Monte, de 11,2 mil MW de capacidade, no Pará.
— A Eletronorte possui 49% da NBTE, que tem como principal acionista a Evoltz Participações, criada pela norte-americana TPG Capital em 2018 para reunir ativos de transmissão comprados da espanhola Abengoa no Brasil.
— Na Norte Energia, a Eletronorte possui 19,98%, enquanto a Eletrobras detém 15%. A Chesf, que também é subsidiária do grupo estatal de energia, tem 15%. Reuters
LT antecipada. Com 13 meses de antecedência, a Equatorial Energia colocou em operação, no fim de dezembro, o último trecho da SPE 07, a linha de transmissão Marituba-Castanhal C1, em 230 kV, no Pará. A LT representa R$ 13,9 milhões em Receita Anual Permitida (RAP), equivalente a 13,69% do total da SPE 07.
— O contrato de concessão da SPE 07 foi assinado em 10 de fevereiro de 2017. O projeto compreende a linha de 500 kV Vila do Conde-Marituba, incluindo duas partes, em 230 kV, da linha Guamá-Utinga, além da LT Marituba-Castanhal e a subestação de Marituba, totalizando aproximadamente R$ 100 milhões de RAP.
— Atualmente a Equatorial possui sete empreendimentos, incluindo a Intesa, que totalizam R$ 793 milhões de RAP operacional.
Captação da Light. A Light se prepara para lançar uma oferta de ações de mais R$ 3 bilhões, na qual a Cemig deve vender o restante de sua participação na empresa, de 22,6%, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
— A oferta, parte primária e parte secundária, vem em meio a um plano de desinvestimentos da Cemig, que tem buscado vender ativos para reduzir dívidas. A Light também planeja usar os recursos obtidos com a parcela primária da oferta para reduzir dívidas.
— As ações da Light desabaram quase 70% depois da pandemia, mas já se recuperaram e são negociadas atualmente em níveis próximos aos vistos antes da crise do coronavírus.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 07/01/2021
DEPUTADO QUER LEI PARA GARANTIR ROYALTIES PELA PRODUÇÃO DE XISTO NO PARANÁ
Publicado em 01/07/2021 as
08:03 PM
Por Guilherme Serodio - 7 de janeiro de 2021 - Em Petróleo e gás, Royalties
O deputado Filipe Barros (PSL/PR) apresentou dois projetos de lei para garantir o pagamento de royalties referentes à produção de xisto betuminoso no Paraná, atividade atualmente regulada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O Paraná é o único estado produtor de xisto do Brasil – não confundir com o shale gas ou shale oil, incorretamente traduzido por aqui como “gás de xisto” ou “óleo de xisto”, quando o correto é gás e óleo de folhelho.
Filipe Barros quer alterar a Lei do Petróleo para definir que caberá exclusivamente à ANP o controle, regulação da exploração e fiscalização dos royalties do xisto betuminoso.
Em outro projeto, define o Tribunal de Contas da União (TCU) como o órgão responsável por definir, com auxílio do IBGE, as linhas de projeção dos limites territoriais dos estados e municípios produtores e que, portanto, serão beneficiados pelos pagamentos.
O conteúdo dos projetos de Filipe Barros já foi apresentado em 2014 pelo ex-deputado Alfredo Kaefer (PSC/PR).
O texto foi aprovado nas comissões da Câmara de Integração Nacional (CINDRA) e de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEIC). Mas ficou travado na Comissão de Minas e Energia por quatro anos. Em 2019, a matéria foi arquivada com a mudança de legislatura e a não reeleição de seu autor.
Petrobras tenta acordo com o governo
Nas duas propostas, o deputado lembra a pendência de mais de 27 anos que envolve a Petrobras e o pagamento de royalties de petróleo de xisto betuminoso ao estado do Paraná.
A empresa é a única a utilizar o material, na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul. Ao contrário da produção convencional de óleo, por meio da perfuração de poços, o xisto paranaense é minerado e processado na refinaria por um processo de pirólise criado pela Petrobras.
Além de óleos combustíveis, a SIX produz outros derivados para atendimento ao mercado local e também já foi usada para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos. Atualmente, a SIX está sendo vendida no pacote de oito refinarias que Petrobras pretende liquidar a partir deste ano.
Em dezembro, o político epbr noticiou que a Petrobras apresentou ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma proposta de acordo para resolução da controvérsia envolvendo o aproveitamento econômico do xisto betuminoso no projeto SIX.
https://epbr.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Modelo-de-negocio-da-SIX-no-Parana-refinaria-de-xisto-da-Petrobras-esta-a-venda-imagem-por-Petrobras.png
A SIX é uma operação verticalizada de mineração e processamento do minério de xisto betuminoso (fonte: Petrobras)
No documento, que ainda precisa ser aprovado pela diretoria da estatal e passar por consulta pública para aprovação pelo estado do Paraná e município de São Mateus do Sul, a Petrobras propõe:
A assinatura de um contrato de concessão no nome da empresa, que poderá ser cedido a compradores, com alíquota de royalty de 5%, tendo como escopo as atividades de lavra de xisto, em substituição à autorização hoje existente. Pela Lei do Petróleo, a alíquota sobre a produção de óleo varia de 5% a 10% no regime de concessão;
Manter o regime de autorização para a planta industrial;
A empresa pagará valor referente aos royalties de 5% de 2002 a 2012, em torno de R$ 175 milhões, sem juros, multas e mora, mas com atualização monetária;
Haverá o reconhecimento da alíquota de 5% de royalties a partir de 2013, quando a ANP passou a exigir a cobrança;
A Petrobras abrirá mão da demanda judicial sobre a natureza da atividade, mas será mantida a controvérsia sobre a alíquota entre 5% e 10%, entre 2002 e 2012, aplicando-se as mesmas condições do acordo quanto ao pagamento – sem juros, multas e mora, mantendo o montante de R$ 175 milhões em discussão judicial (adicional ao pagamento proposto sobre os royalties até 5%).
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 07/01/2021
APOSTA DE TRUMP, LEILÃO DE PETRÓLEO NO ÁRTICO FRACASSA
Publicado em 01/07/2021 as
08:02 PM
Por Guilherme Serodio - 7 de janeiro de 2021 - Em Internacional, Meio ambiente, Petróleo e gás
RIO – O leilão de petróleo promovido pelo governo republicano de Donald Trump com áreas no Círculo Polar Ártico, no estado americano do Alasca, arrecadou apenas US$ 14 milhões com lances promovidos por duas empresas privadas novatas e uma estatal sem experiência em liderar projetos de exploração.
Em meio a corte de gastos devido à crise mundial provocada pela pandemia de covid-19, protestos de moradores e ambientalistas no Alasca e incertezas regulatórias com a sucessão presidencial que ocorrerá dentro de menos de 20 dias, as grandes empresas do setor ficaram de fora da disputa promovida pelo governo federal.
Ao todo, o leilão conseguiu lances em 11 apenas arrendamentos – a metade das áreas oferecidas – para permitir a exploração em cerca de 223 mil hectares e envolveu áreas costeiras do refúgio de vida selvagem Arctic National Wildlife Refuge.
A área é considerada sagrada por populações nativas do Alasca, mas estima-se que possua reservas de até 11 bilhões de barris de óleo.
A disputa teve como ganhadoras as companhias Knik Arm Services LLC e Regenerate Alaska Inc., além da estatal Alaska Industrial Export and Development Authority, controlada pela administração estadual.
Coube à estatal fazer os lances mais altos ao desembolsar US$ 12 milhões pela maior parte das áreas. A empresa não tem qualquer experiência em capitanear projetos de exploração. As privadas Knik e Regenerate fizeram ofertas de US$ 1,6 milhão e US$ 771 mil, respectivamente.
A principal ameaça à exploração na região vem das promessas do presidente eleito, Joe Biden, de promover uma guinada sustentável na produção de energia no país e restringir ainda mais as emissões de gases do efeito estufa.
Biden pode não conseguir cassar as licenças de exploração – que a administração Trump tenta emitir antes da posse, marcada para 20 de janeiro -, mas seu governo pode evitar a concessão de outras licenças que venham a ser demandadas para viabilizar a exploração na região.
Fracasso anunciado
Analistas do setor previam, há meses, que haveria pouco interesse pelas áreas. Larry Persily, que foi diretor da agência federal Alaska Natural Gas Transportation Projects durante da presidência de Barack Obama, afirmou que o leilão foi uma falência e disse apostar que ninguém vai ver petróleo ser extraído na região.
Para ele, embora a exploração na região siga sendo um sonho para alguns políticos, ela já está fora do interesse do setor.
À Bloomberg, o analista Jenny Rowland-Shea, do Center for American Progress, classificou o leilão como um grande fracasso.
A permissão para exploração da área foi dada pelo Congresso em 2017 como uma forma de compensar cortes de impostos massivos promovidos pela administração Trump.
Então comandado por maioria do partido republicano, o parlamento havia autorizado dois leilões na região. O segundo está previsto para ocorrer em 2024.
Mas ativistas ambientais seguem lutando para impedir a exploração das áreas, inclusive na Justiça, mas também com campanhas e abaixo-assinados. Adam Kolton, diretor da organização ambientalista Alaska Wilderness League, afirmou que os políticos republicanos do estado que apoiaram o leilão com a promessa de criar milhares de empregos e reduzir a dependência de combustível estrangeiro promoveram um fracasso épico.
“Eles acabaram dando uma festa para eles, com o estado sendo um dos únicos licitantes”, disse em comunicado, citando a atuação da Alaska Industrial Export and Development Authority no leilão.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 07/01/2021
MINAS GERAIS TERÁ ISENÇÃO DE ICMS PARA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOLAR
Publicado em 01/07/2021 as
08:02 PM
Estímulo sancionado nesta quinta (6) cobre outras fontes de energia e GNV
Por Guilherme Serodio - 7 de janeiro de 2021 - Em Setor elétrico, Solar
RIO – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou nesta quinta (7) a lei que isenta da cobrança de ICMS os equipamentos, peças, partes e componentes utilizados na instalação de micro e mini sistemas de geração distribuída de energia elétrica no estado. Na prática, é um estímulo principalmente para a instalação de painéis de energia solar fotovoltaica, já é o estado é o principal mercado do país.
A lei 23762/2021, sancionada sem vetos, define que o estado poderá dar essa isenção de ICMS para geração distribuída solar, reduzindo a alíquota até 0%, após acordo aprovado pelo Confaz.
Define como microgeração distribuída a central geradora com potência instalada menor ou igual a 75kW, que realize cogeração qualificada ou use fontes renováveis de energia, conectada na rede de distribuição. A minigeração distribuída é definida para sistemas com 75kW e 5 mil kW de potência, sob as mesmas condições.
Poderá eventualmente beneficiar usinas termoelétricas a biogás, sistema típico de áreas rurais, a cogeração de energia a partir de biomassa ou até mesmo pequenas usinas hidroelétricas, se enquadradas nos critérios de mini ou microgeração distribuidora.
O texto sancionado ainda garante isenção de IPVA para veículos movidos a gás natural veicular (GNV), fabricados no estado, no ano seguinte à sua aquisição.
Minas Gerais é o segundo polo automobilístico do país e foi responsável por 13% da produção nacional de veículos em 2018.
“Dentre as principais âncoras do setor, destacam-se a Fiat, que opera em Betim desde 1976, a Mercedes-Benz, que se instalou em Juiz de Fora em 1999, e a Iveco, que está em Sete Lagoas desde 2000”, informa o Indi (Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais), a agência de promoção de investimento do estado.
Originalmente, a proposta debatida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no PL 4054/2017 previa isenção de ICMS apenas para equipamentos e peças usados para geração de energia solar fotovoltaica.
Mas um substitutivo proposto pelo deputado Bruno Engler (PRTB) estendeu a vantagem tributária a todas as fontes renováveis. O deputado também garantiu a isenção de IPVA a veículos movidos a gás natural, o que não era tema do PL original.
A nova lei entra em vigor com a publicação no Diário Oficial desta quinta (7)
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 07/01/2021
GOVERNO DE SP ATENDE PARTE DAS REIVINDICAÇÕES DO AGRO, MAS TRATORAÇO ESTÁ MANTIDO
Publicado em 01/07/2021 as
08:02 PM
São Paulo, 7 – A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) informou na noite desta quarta-feira, 6, que o governo do Estado de São Paulo atendeu parte das reivindicações do agronegócio e voltou atrás com relação à decisão de aumentar a cobrança de ICMS para insumos agrícolas.
“O governo do Estado atendeu parte das propostas do agronegócio, mas outros pleitos importantes ficaram de fora: energia elétrica, leite pasteurizado e hortifrutigranjeiros, esses dois últimos fundamentais nas cestas básicas”, afirmou a Faesp, em comunicado. Esses aumentos no ICMS ainda causam grandes impactos no agronegócio paulista, principalmente para os pequenos produtores rurais, que representam 78% do Estado, e para a sociedade como um todo, acrescentou.
Apesar do anúncio do fim do aumento no ICMS de insumos agrícolas, a Faesp disse que o “tratoraço”, organizado para esta quinta-feira, dia 7, a partir das 7h, está mantido. A manifestação, apoiada pela Faesp, será realizado em cerca de 300 cidades paulistas, e reunirá perto de 100 sindicatos rurais, associações e cooperativas.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 07/01/2021
PELOS ‘MAIS POBRES’, LIRA PEDE REORGANIZAÇÃO DOS PROGRAMAS DE RENDA MÍNIMA
Publicado em 01/07/2021 as
08:02 PM
Discurso do deputado vai de encontro com a desistência do governo de criar o Renda Cidadã, programa de renda básica em substituição ao Bolsa Família
O candidato do governo à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), publicou no Twitter que, diante da crise econômica, os programas de renda mínima devem ser reorganizados visando as populações carentes. Na publicação, Lira diz que “precisamos cuidar dos mais pobres reorganizando os programas de renda mínima, mas sem abrir mão da austeridade fiscal e do teto de gastos. A demagogia fiscal sempre custa caro para o País e em especial para os mais pobres”, escreveu.
O discurso do deputado, no entanto, vai de encontro com a desistência do governo de Jair Bolsonaro de criar o Renda Cidadã, programa de renda básica em substituição ao Bolsa Família. O projeto tinha como objetivo a proteção da parcela mais vulnerável da população, logo após o fim do auxílio emergencial, mas sem que a medida colocasse em risco o teto de gastos.
Sem acordo, governo e líderes do Congresso descartaram, em dezembro, a criação de um novo programa de distribuição de renda e o governo afirmou também que não haveria a prorrogação do auxílio emergencial. Em compensação, houve o anúncio de uma eventual ampliação do Bolsa Família.
Como o Estadão/Broadcast antecipou, o governo prepara uma medida provisória para reestruturar o Bolsa Família dentro do orçamento de R$ 34,8 bilhões já reservado para 2021. A ideia é unificar benefícios já existentes no programa, reajustar os valores e criar novas bolsas: por mérito escolar, esportivo e científico. Nesse desenho, 14,5 milhões de famílias seriam contempladas, pouco mais de 200 mil acima do número atual (14,3 milhões). O texto, porém, ainda está sendo trabalhado pelos ministérios e precisa ser validado pelo presidente Bolsonaro.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 07/01/2021
FAESP DIZ QUE AINDA PRECISA ANALISAR DECRETO DO GOVERNO DE SP SOBRE ICMS
Publicado em 01/07/2021 as
08:01 PM
São Paulo, 7 – Mesmo que o governo de São Paulo tenha voltado atrás com relação à decisão de aumentar a cobrança de ICMS para insumos agrícolas, ainda é preciso analisar o decreto que será publicado, diz o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele afirma que é por isso que o tratoraço – manifestação de produtores rurais contra o aumento – aconteceu nesta quinta-feira, mesmo depois de o governo dizer que voltou atrás. “Uma coisa é falar, outra é o que está escrito. Temos que aguardar e fazer as avaliações.”
O executivo diz que, caso a publicação do Diário Oficial mostre o que foi acertado em reunião na quarta à noite – que sejam zeradas as cobranças sobre leite pasteurizado e cru, hortifrutigranjeiro (incluindo ovos), energia elétrica e insumos -, será uma boa notícia. “Se trouxer o que o governador nos falou, é positivo”, disse Meirelles, ressaltando que esta semana o governador João Doria (PSDB) assumiu a negociação, que antes estava designada aos secretários. “Ele tirou os burocratas do processo e verificou a gravidade que seria esse aumento, especialmente em época de pandemia.”
Meirelles estima que o tratoraço tenha acontecido em 135 locais, mas que tenha movimentado em torno de 500 municípios. “Em Barretos, por exemplo, compareceram pessoas de outras sete cidades.” Ele diz que a manifestação foi feita em coordenação com a Polícia Militar em cada município, e que até o momento não há registro de problemas. “Foi pacífico, nós não interrompemos o fluxo. Só explicávamos que um eventual aumento de preços dos produtos seria por causa do imposto, e não do produtor rural.”
O movimento também mostrou a união do setor, diz ele. “Nós recebemos apoio de praticamente todas as federações e Estados.” As próximas reivindicações, segundo Meirelles, serão medidas para garantir a saúde do produtor em meio à pandemia da covid-19. “Vamos fazer trabalho de testagem, como já fizemos as máscaras.” Em seguida, ele espera trabalhar para implantar o Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas (Prada), em que o produtor demonstra as medidas que tomará para adequar sua propriedade ao Código Florestal. “Ao fazer isso, trabalhamos, por exemplo, para não ter queimada na entressafra, como tivemos recentemente.”
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 07/01/2021
PORTO DE ILHÉUS FECHA 2020 COM DESINFECÇÃO CONTRA CORONAVÍRUS
Publicado em 01/07/2021 as
08:01 PM
O Comando Conjunto das Forças Armadas realizou a última operação de 2020 para a desinfecção do Porto Organizado de Ilhéus. A ação faz parte das medidas adotadas pela CODEBA para prevenção e combate da COVID-19, como previsto no Protocolo de Enfrentamento da pandemia.
Protegidos com EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) específicos para este tipo de trabalho, os militares priorizaram as áreas de maior circulação. Para a desinfecção foram utilizados hipoclorito de sódio e álcool 70%.
Esta foi a segunda ação de 2020. Em agosto, durante a primeira desinfecção do Porto, o Comando Conjunto capacitou funcionários da limpeza para que estejam qualificados e possam repetir a desinfecção sempre que necessário.
Formado pela Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, o Comando Conjunto Bahia atua apoiando órgãos de saúde e segurança em todo o Estado, com o objetivo de mitigar os efeitos da pandemia.
Ao longo do ano passado, a mesma operação foi realizada também nos Portos de Salvador e Aratu-Candeias.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 07/01/2021
PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL TEM AUMENTO DE 41,92% NO FATURAMENTO EM 2020
Publicado em 01/07/2021 as
08:01 PM
Fonte de informação Governo de Santa Catarina (7 de janeiro de 2021 )

Foto: Divulgação / SCPar PSFS
A SCPar Porto de São Francisco do Sul obteve um crescimento de 5,87% na movimentação geral em 2020, comparando ao mesmo período de 2019. Foram movimentadas 11.924.787 toneladas contra 11.263.902 no ano anterior.
Entre as principais mercadorias o destaque é a soja, com crescimento de 33,13%, bem acima do acréscimo nacional, que foi de 12,10%.
Esse resultado repercutiu expressivamente no faturamento do Porto, fechando o ano de 2020 com uma receita total de R$ 100.627.473,93, o que representa um aumento de 41,92% sobre o faturamento de 2019, que foi de R$ 70.901.781,80.
“Os resultados obtidos em 2020 espelham o comprometimento da SCPar Porto de São Francisco do Sul S/A com a melhora operacional, com evidentes ganhos de eficiência e produtividade”, comenta o diretor-presidente da SCPar PSFS, Fabiano Ramalho.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 07/01/2021
SUPERINTENDENTE DA PORTOS RS, FERNANDO ESTIMA, RECEBEU A VISITA DO CAPITÃO DE MAR E GUERRA, REINALDO LUÍS LOPES DOS SANTO
Publicado em 01/07/2021 as
08:00 PM
Fonte de informação: Portos do Rio Grande do Sul (7 de janeiro de 2021 )

Foto: Portos RS
Nesta quarta-feira, 06, o superintendente da Portos RS, Fernando Estima, recebeu a visita do Capitão de Mar e Guerra Reinaldo Luís Lopes dos Santos. O propósito da visita foi apresentar o novo Capitão dos Portos Cláudio Vieira da Silva, que assumirá no dia 11 de janeiro.
Durante a visita houve a troca de informações com o Capitão que está chegando, e também o superintendente aproveitou para agradecer todo trabalho realizado sob o comando do capitão Reinaldo. Entre os desafios enfrentados sob sua gestão destacaram-se os problemas com o vazamento de óleo que ocorreu em novembro de 2019 na embarcação Dimitris L. Um dos pontos positivos do ano de 2020 foi a homologação do calado do Porto do Rio Grande.
Acompanharam também a visita os diretores da Portos RS Jeferson Dutra, Diretor de Infraestrutura e Operações, e Henrique Ilha, Diretor de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 07/01/2021
DEPUTADOS LIBERARAM NAVIOS ESTRANGEIROS NO TRANSPORTE ENTRE PORTOS BRASILEIROS
Publicado em 01/07/2021 as
07:59 PM
Reportagem - Eduardo Piovesan - Edição - Cláudia Lemos
Projeto permite aumento progressivo do uso de embarcações de outros países e prevê regras para contratação de trabalhadores

Ivan Bueno/Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina
Proposta elimina obrigação de contratar construção em estaleiros brasileiros
Em plena pandemia, a Câmara dos Deputados adaptou seu sistema de votação em Plenário para viabilizar a tramitação das propostas. Com as mudanças, os deputados aprovaram 180 projetos em 2020, o maior número da década.
Ao aprovar o Projeto de Lei 4199/20, do Poder Executivo, a Câmara dos Deputados liberou progressivamente o uso de navios estrangeiros na navegação de cabotagem (entre portos do mesmo país, ao longo da costa) sem a obrigação de contratar a construção de embarcações em estaleiros brasileiros. O texto foi enviado ao Senado.
A partir da publicação da futura lei, as empresas poderão afretar uma embarcação a casco nu, ou seja, alugar um navio vazio para uso na navegação de cabotagem.
Depois de um ano da vigência da lei, poderão ser dois navios; no segundo ano de vigência, três navios; e no terceiro ano da mudança, quatro navios. Daí em diante, a quantidade será livre, observadas condições de segurança definidas em regulamento.
Trabalhadores
Em qualquer situação de afretamento prevista no projeto, os contratos de trabalho dos tripulantes de embarcação estrangeira afretada seguirão as normas do país à qual pertence a bandeira usada pelo navio.
As empresas operadoras deverão seguir ainda regras internacionais, como as estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e também a Constituição Federal, que garante direitos como 13º salário, adicional de 1/3 de férias, FGTS e licença-maternidade.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Data : 07/01/2021
INICIADA CONSULTA PÚBLICA DE CONCESSÃO DA FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA
Publicado em 01/07/2021 as
07:59 PM
A consulta pública para a prorrogação antecipada do contrato da Concessionária Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA) começa nesta quarta-feira (6/1) e vai até as 18h do dia 19 de fevereiro, segundo nota publicada pelo Ministério da Economia. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizará a Audiência Pública nº 12/2020 no dia 3 de fevereiro deste ano, por meio digital.
“Entre os principais benefícios esperados com a prorrogação, por mais 30 anos, do contrato de concessão atual — que terminará em 31 de agosto de 2026 — estão a obrigatoriedade de investimentos em segurança e aumento de capacidade, bem como a própria antecipação desses investimentos, que somente ocorreriam a partir de 2027, com uma nova concessão”, afirmou a pasta de Economia, por meio de nota.
Ainda segundo o Ministério, no processo de prorrogação antecipada da concessão poderão ser adicionados, como obrigação por parte da concessionária, novos investimentos na própria malha ou em outras intervenções na malha ferroviária nacional como alternativa à parte do valor de outorga a ser paga à União.
Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
A Ferrovia Centro-Atlântica S.A. conseguiu a concessão da Malha Centro-Leste por meio de um leilão realizado em junho de 1996. A concessão foi efetivada pelo Decreto Presidencial de 26 de agosto do mesmo ano e, um mês depois, a empresa iniciou a operação dos serviços públicos de transporte ferroviário de cargas.
Em 2019, as principais mercadorias movimentadas pela Ferrovia Centro-Atlântica S.A. foram soja em grão, minério de ferro, açúcar, milho, calcário siderúrgico, bauxita, enxofre, entre outras. A malha ferroviária possui 7.215 quilômetros de extensão e cruza os estados de Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal.
Fonte: Correio Braziliense On-line
Data : 07/01/2021
FERROVIA DO PORTO DE SANTOS PODE SER MODELO PARA O BRASIL
Publicado em 01/07/2021 as
07:59 PM
Editorial Portogente
O trem é o meio de transporte ideal para transpor a íngreme Serra do Mar, entre o Porto de Santos e o planalto, no percurso da sua ampla hinterlândia.
A vitória do presidente Joe Biden muda a relação de poder no mundo e afeta o aquecido clima político brasileiro. Por isso, serão necessários desenvolvimento e habilidade para mediar uma sociedade atormentada por uma pandemia e pelo desemprego. A reforma dos portos é um projeto essencial no processo de reversão dessa aflição social.

Porto de Hamburgo - Alemanha.
O Conselho Editorial do Portogente, do qual fazem parte mais de cem diletantes da logística portuária, é o lugar de maior competência mundial para debater o Porto de Santos. Títulos acadêmicos, currículos, experiências e paixão constituem um think tank que tem refletido intensamente a Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), uma proposta do Ministério da Infraestrutura (MInfra) que põe o carro na frente dos bois.
Do que se sabe, o processo de desestatização do Porto de Santos segue de vento-em-popa. Portanto, o debate da FIPS necessita resultar uma proposta inovadora, que agregue valor ao trabalho da DTA Engenharia, vencedora do leilão do projeto da reforma da administração do porto. Nesse sentido, como já anunciado, Portogente vai ampliar esse debate através do Webinar Modelo da Ferrovia Interna do Porto de Santos.
Por outro lado, o presidente do Porto de Santos visitou pela primeira vez um porto, para ocupar o seu atual cargo. E mais, há uma enorme diferença entre as atividades de desvios ferroviários de um porto e a malha externa. Além de ser parco o linguajar da Faria Lima - a avenida paulistana dos negócios aos quais é afeto esse presidente - para retratar a ferroviária do porto do rodoviário, das programações de navios e da capacidade de recepção e expedição de terminais.
Com independência e posicionamento estruturado, Portogente irá apresentar oficialmente uma proposta para a Fips, respondendo à consulta pública da Autoridade Portuária. O Webinar da Fips, no dia 19 de janeiro próximo, é o primeiro passo dessa caminhada.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 07/01/2021
PRIMEIRO POLO AEROPORTUÁRIO DO CENTRO-OESTE ATRAI EMPRESAS DA AVIAÇÃO BRASILEIRA
Publicado em 01/07/2021 as
07:58 PM
Assessoria de Comunicação
Empresa especializada em manutenção de aeronaves com motores convencionais, turboélices e jatos já assinou contrato de aquisição de área de mais de 10.000m² no novo empreendimento
A Quick Aviação acaba de assinar o contrato para instalar sua sede própria no Antares, primeiro polo aeroportuário do Centro-Oeste, que será construído a partir do início de 2021 no município de Aparecida de Goiânia-GO. A Quick Aviação, oficina autorizada Textron Aviation no Brasil para aeronaves da linha Beechcraft e Cessna, com sede em Goiânia e mais de 34 anos de atuação, será proprietária de uma área de 10.220m² no novo empreendimento, que é voltado para aviação executiva, manutenção de aeronaves e operações logísticas fracionadas.

Perspectivas Antares Polo Aeronáutico. Crédito: Divulgação.
O diretor técnico da empresa, Haig Artur Berberian, revela que, além da localização centralizada e acessível para todo o país, outros fatores influenciaram na decisão de se instalar no Antares. “Estar localizado em um aeroporto onde seremos proprietários da área, hangares e oficinas de manutenção e teremos condições de executar tudo aquilo que é inerente à nossa atividade, é algo que almejamos há muitos anos. Atualmente, não temos área disponível para expansão. A grande vantagem de poder investir no Antares será a otimização de nossas oficinas. Lá, teremos condições de fazer uma construção em área própria, com adequação para o que precisamos, agregando na qualidade do serviço que entregamos para nossos clientes”, conta.
Especializada em manutenção de aeronaves e sistemas, a Quick Aviação é a principal distribuidora e oficina autorizada no Brasil das mais renomadas empresas da aviação mundial. Em sua nova unidade no Antares, a Quick Aviação, irá oferecer suporte técnico autorizado para as aeronaves equipadas com produtos da Blackhawk Aerospace, Raisbeck Engineering, BLR Aerospace, MT Propellers, Garmin, Collins Aerospace e diversos outros fabricantes, além da Textron Aviation. Especializada também na venda e importação de aeronaves, peças e acessórios para pilotos, a companhia é a única oficina brasileira em que os donos e diretores são especialistas em aviação, acompanhando e coordenando cada etapa da venda, manutenção e entrega da aeronave. “A Quick Aviação é uma empresa de manutenção aeronáutica referência no Brasil. Para nós, é uma grande satisfação ter uma companhia deste quilate no Antares”, reitera Rodrigo Neiva, diretor comercial do novo polo aeroportuário.
“A dor do segmento aeronáutico no Brasil, é essa: ter um local com segurança jurídica para se instalar e trabalhar tranquilamente a vida toda. E o Antares foi feito para atender a essa necessidade. Somente na fase de pré-lançamento, cerca de 22 mil m² já foram comercializados. Superou nossas expectativas”, complementa Rodrigo.
Fênix Aviação, Grupo Tecnoseg, Grupo H. Egídio e Sementes Santa Fé, entre outros investidores, também estão entre os nomes que já garantiram espaço no empreendimento, que tem entre os diferenciais justamente a possibilidade de aquisição dos lotes, o que não acontece hoje nos demais aeroportos do país. O Antares ainda tem atraído diversas empresas em virtude da sua proposta inédita de criar uma rede de serviços para aviação, ancorado por um aeroporto da aviação geral, e pelos incentivos fiscais já garantidos.
Graças a uma lei de incentivo aprovada junto à prefeitura de Aparecida de Goiânia, município onde está sendo construído o polo aeronáutico, as empresas instaladas no Antares pagarão 2% de ISS (Imposto sobre Serviços) por 20 anos, enquanto o valor chega a 5% em outras cidades. Além disso, terão três anos de isenção no ITU (Imposto Territorial Urbano) e alíquota reduzida do IPTU (Imposto sobre propriedade Predial e Territorial Urbano), variando de 70% a 92% de redução neste período.
Capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo e Incorporação, Innovar Urbanismo, RC Bastos Participações, CMC Industrial e Energia e BCI Empreendimentos e Participações, o Antares Polo Aeronáutico promete inserir de vez o estado de Goiás no mercado de aviação executiva do País. Com investimento total de R$ 100 milhões, o aeroporto abrangerá uma área de 209 hectares, ou 2.096 milhões de m², e pista de 1.800 metros, que será capaz de receber até um Embraer 195 para manutenção.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 07/01/2021
ECOPORTO REORGANIZA MOVIMENTAÇÃO DE PALETES NO ARMAZÉM EM SANTOS
Publicado em 01/07/2021 as
07:58 PM
Fonte de Informação: Tecnologística
O operador logístico multipropósito e portuário Ecoporto reformulou um de seus armazéns localizado em Santos (SP). A medida foi adotada após a empresa registrar no local ocupação próxima a 90% e ter que ir ao mercado para obter mais área de armazenagem. Em projeto elaborado pela Combilift, a empresa adquiriu três empilhadeiras articuladas Combi AM e promoveu uma reorganização das estruturas porta-paletes do armazém, o que resultou em um incremento de 40% na capacidade de armazenagem.
Segundo o gerente de Operações do Ecoporto, Robson Bissani, o índice de ocupação de 90%, olhando do ponto de vista da movimentação de paletes, não é saudável devido aos desdobramentos que gera como a falta de produtividade e não poder assimilar novas operações por falta de espaço.
Após um período de avaliação das tecnologias existentes no mercado que permitiriam a solução do impasse, a equipe de operações do Ecoporto realizou visitas técnicas a empresas que utilizam a empilhadeira articulada Combi AM em suas operações com objetivo de avaliar seu desempenho. De acordo com a companhia, observou-se, então, que o equipamento proporcionava um novo conceito de movimentação com ganho de espaço de armazenagem, mobilidade e, consequentemente, redução de custos da operação.
“O mercado de operadores logísticos apresenta uma forte concorrência, os clientes precisam reduzir seus custos logísticos e buscamos soluções inovadoras, de excelência e cada vez mais customizadas para sua operação. O que levou à nossa decisão pela empilhadeira articulada foi a solução tecnológica aliada ao custo-benefício”, explica Bissani.
De acordo com o executivo, a inovação é encarada como essencial e estratégica pelo Ecoporto em todos os níveis de processos da empresa como meio de manter a competitividade no mercado e poder lançar produtos e serviços. E a movimentação de materiais é um ponto crítico, em que é necessária uma solução que permite flexibilidade na operação, garanta a segurança e otimize o espaço no armazém.
“A Combilift apresenta soluções que atendem demandas não vislumbradas por outras empresas do segmento e entendemos que as empilhadeiras articuladas trouxeram ganhos em todas as esferas de nossa operação. Para conseguir inovar é preciso correr riscos, principalmente quando se trata de inovações disruptivas, e o importante é saber avaliar quais ganhos pode-se trazer aos negócios”, pontua Bissani, gerente de Operações do Ecoporto.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 07/01/2021
300 TONELADAS DE ROUPAS IMPORTADAS SÃO APREENDIDAS NO PORTO DE SANTOS
Publicado em 01/07/2021 as
07:57 PM
Mercadorias avaliadas em R$ 23 milhões foram apreendidas devido a fraude
Por ATribuna.com.br
Em uma ação da Receita Federal no Estado de São Paulo, 300 toneladas de roupas importadas foram apreendidas na Alfândega do Porto de Santos nesta quinta-feira (7). De acordo com a Receita, a mercadoria foi avaliada no valor de R$ 23 milhões. Os itens foram apreendidos devido ao crime de fraude e simulação.

300 toneladas de roupas importadas são apreendidas no Porto de Santos (Foto: Divulgação/Receita Federal)
Trata-se da importação, feita por uma mesma empresa, de dez contêineres de 40 pés carregados com, aproximadamente, 1,2 milhão de peças de vestuário, das quais 888 mil não foram declaradas nas faturas comerciais. A mesma fraude foi constatada em dez cargas.
‘Modus operandi’
A fraude realizada pelo importador foi que ele declarou que a carga se tratava de grande quantidade de capas de chuva, sacos plásticos e pares de meias - todos de valores irrisórios - e de algumas poucas peças de roupa - de valores comparativamente maiores.
No entanto, durante a conferência física das cargas retidas pela fiscalização, a Receita Federal encontrou grande quantidade de peças de roupas de maior valor e pouca quantidade de outros artigos de valores menores.
Desta forma, com a inversão das quantidades, as faturas comerciais apresentaram valores totais três a quatro vezes inferiores aos totais reais das cargas efetivamente trazidas do exterior pela empresa autuada.
Além disso, a declaração de importação teria ocultado os reais compradores das mercadorias. A quase totalidade das roupas trazidas do exterior continha marcas pertencentes a dezenas de empresas atacadistas do bairro do Brás, na capital paulista, que seriam as reais adquirentes dos produtos.
Fiscalização
A ação teve início na Alfândega da Receita Federal em Santos. Apesar de a carga estar sob ação fiscal, o importador conseguiu, pela justiça, levá-la em trânsito aduaneiro para outros locais. O trânsito aduaneiro é o regime especial que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 73, caput).
Após a conclusão dos trânsitos aduaneiros em cumprimento à determinação judicial, a Alfândega do Porto de Santos conduziu o procedimento especial de fiscalização em relação às dez cargas. A Alfândega trabalhou em conjunto com as Delegacias da Receita Federal em São José dos Campos (nove cargas) e Sorocaba (uma carga). Após esse trabalho, a Receita Federal finalizou as apreensões para informá-las ao Poder Judiciário.
As cargas apreendidas devem ir para leilão eletrônico, que é acessível a qualquer interessado pelo site da Receita Federal (rfb.gov.br). O valor obtido no leilão é destinado ao Tesouro Nacional.
A Receita Federal alerta que a sonegação de impostos resulta em concorrência desleal, prejudicando comerciantes, importadores e produtores brasileiros que atuam na legalidade, subtrai postos formais de trabalho e diminui a capacidade de o Estado prover serviços públicos à população, devido à perda dos recursos que deixam de ser recolhidos aos cofres públicos.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 07/01/2021
NAVIOS ESTRANGEIROS SÃO LIBERADOS NO TRANSPORTE ENTRE PORTOS BRASILEIROS, APROVA CÂMARA
Publicado em 01/07/2021 as
07:57 PM
Projeto permite aumento progressivo do uso de embarcações de outros países e prevê regras para contratação de trabalhadores
Por ATribuna.com.br
A Câmara dos Deputados aprovou o uso de navios estrangeiros na navegação de cabotagem (entre portos do mesmo país, ao longo da costa) sem a obrigação de contratar a construção de embarcações em estaleiros brasileiros. De autoria do Governo Federal, o texto foi enviado ao Senado.

Proposta elimina obrigação de contratar construção em estaleiros brasileiros (Carlos Nogueira/ AT)
Caso a proposta avance nba Casa e seja sancionada pela presidência da República, as empresas poderão afretar uma embarcação a casco nu (alugar um navio vazio para uso na navegação de cabotagem).
Depois de um ano da vigência da lei, poderão ser dois navios; no segundo ano de vigência, três navios; e no terceiro ano da mudança, quatro navios. Daí em diante, a quantidade será livre, observadas condições de segurança definidas em regulamento.
Trabalhadores
Em qualquer situação de afretamento prevista no projeto, os contratos de trabalho dos tripulantes de embarcação estrangeira afretada seguirão as nboormas do país à qual pertence a bandeira usada pelo navio.
As empresas operadoras deverão seguir ainda regras internacionais, como as estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e também a Constituição Federal, que garante direitos como 13º salário, adicional de 1/3 de férias, FGTS e licença-maternidade.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 07/01/2021
DIRETORA DA ATP: “MESMO RESPONSÁVEL PELO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL, SETOR PORTUÁRIO NÃO TEVE ISENÇÃO”
Publicado em 01/06/2021 as
09:24 PM
Por Dérika Virgulino PORTOS E LOGÍSTICA 06 Janeiro 2021

Arquivo
Mesmo com a perda da vigência, Reporto ainda aguarda aprovação do BR do Mar no Senado Federal.
O setor portuário ainda luta para conseguir a prorrogação do Reporto. Embora tenha sido aprovada a renovação por um ano junto ao Projeto de Lei (PL 4199/2020), BR do Mar, o regime perdeu vigência antes mesmo de o PL ter sido apreciado pelo Senado Federal, que está em recesso parlamentar. O Reporto venceu em 31 de dezembro de 2020.
De acordo com a diretora-executiva da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Luciana Guerise, é importante que o governo tenha vontade política para aprovar a renovação do regime. Ela lembrou que enquanto o setor automobilístico conquistou a isenção tributária, o setor de portos, que foi um dos principais responsáveis pelo saldo positivo da balança comercial ainda enfrenta uma disputa para conseguir que o Reporto seja prorrogado.
“Não entendemos essa falta de vontade do governo, pois, a renúncia fiscal com o Reporto é insignificante. Sem o regime não gera o equilíbrio fiscal esperado e ainda provoca prejuízo em toda uma cadeia, incluindo à indústria nacional. Todo mundo sai perdendo”, criticou Luciana.
O Reporto é um regime tributário especial que desonera a importação de máquinas e equipamentos para os setores portuário e ferroviário. A isenção tributária não acontece apenas para equipamentos importados, mas também para aqueles produzidos pela indústria nacional.
Com a indefinição sobre o tema, as empresas estão tendo que reavaliar os investimentos necessários ao setor. Luciana destacou que a incerteza sobre a prorrogação do benefício vem sendo uma resposta negativa do governo aos setores portuário e ferroviário, pois ambos saem prejudicados. Segundo ela, embora seja importante o novo marco regulatório das ferrovias, que deve ser votado em breve no senado, não terá o resultado esperado sem que o investimento também seja feitos nos portos.
A ATP junto com outras entidades do setor de logística está defendendo como alternativa que seja inserida uma emenda ao texto do PL no senado. O objetivo é que a aprovação do Reporto tenha efeito retroativo e os investimentos feitos no período em que o regime está sem vigência não sejam prejudicados.
Luciana também criticou a proposta do governo em prorrogar o Reporto por apenas um ano. Segundo ela, esse tempo é muito curto, especialmente para projetos da área de infraestrutura. “Um ano só dá para começar a pensar sobre os projetos que são de longo prazo. Então é pouquíssimo tempo. Atende apenas a uma pequena parcela que já está com contratos em andamento”, disse.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 06/01/2021
EXPORTAÇÕES DE CAFÉ AVANÇAM 6,5% NO INÍCIO DA TEMPORADA 2020/21, DIZ OIC
Publicado em 01/06/2021 as
09:24 PM
Redação ECONOMIA 06 Janeiro 2021
O principal fator por trás do aumento foi um salto nas exportações do Brasil, que colheu uma safra recorde em 2020.
As exportações de café tiveram alta de 6,5% nos dois primeiros meses da temporada 2020/21 quando comparadas a igual período do ano anterior, disse a Organização Internacional do Café (OIC) em relatório nesta quarta-feira.
Os países exportadores embarcaram 20,2 milhões de sacas de 60 kg, considerando volumes combinados em outubro e novembro, versus 18,9 milhões de sacas na mesma etapa do ano anterior, afirmou a OIC.
O principal fator por trás do aumento foi um salto nas exportações do Brasil, que colheu uma safra recorde em 2020. Os embarques dos grãos brasileiros saltaram 23% no período, para 8,3 milhões de sacas.
As exportações dos “Colombian Milds”, da Colômbia, registraram queda de 4,5% nos primeiros dois meses da temporada 2020/21, enquanto os embarques de outros arábicas suaves recuaram 5%. As exportações de café robusta caíram 1% no período.
Há visões contrastantes no mercado em relação à demanda global por café em meio à pandemia de coronavírus. Alguns analistas acreditam que o consumo diminuiu, apesar do aumento no consumo doméstico.
Parte das maiores exportações reportadas pela OIC pode estar em armazéns nos países consumidores, já que alguns operadores aproveitaram a enorme produção do Brasil para formar estoques.
Em seu último relatório, a OIC manteve inalterada sua previsão para o balanço de oferta e demanda global, estimando um excedente de 961 mil sacas em 2019/20, abaixo do superávit de 2,26 milhões de sacas visto no ano anterior. A organização ainda não divulgou uma estimativa para a temporada 2020/21.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 06/01/2021
PREÇOS DO PETRÓLEO SOBEM COM CORTE DE PRODUÇÃO SAUDITA E QUEDA DE ESTOQUES NOS EUA
Publicado em 01/06/2021 as
09:24 PM
Redação OFFSHORE 06 Janeiro 2021
O petróleo Brent fechou em alta de 0,70 dólar, ou 1,3%, a 54,30 dólares por barril.
Os preços do petróleo avançaram nesta quarta-feira para os maiores níveis desde fevereiro, após a Arábia Saudita anunciar um enorme corte voluntário de produção e os Estados Unidos reportarem uma firme queda nos estoques locais da commodity.
Os contratos futuros, porém, devolveram ganhos em negócios pós-fechamento, após manifestantes invadirem o edifício do Capitólio norte-americano em uma tentativa de barrar a certificação da derrota de Donald Trump na eleição presidencial de novembro.
O petróleo Brent fechou em alta de 0,70 dólar, ou 1,3%, a 54,30 dólares por barril. Mais cedo na sessão, a referência internacional atingiu uma máxima de 54,73 dólares, patamar que não era visto desde 26 de fevereiro de 2020.
O petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,70 dólar, ou 1,4%, para 50,63 dólares o barril. O contrato chegou a bater 50,94 dólares, maior nível desde o final de fevereiro.
Durante a sessão, o mercado respondeu à queda nos estoques de petróleo norte-americanos e aos cortes de produção planejados pelos sauditas.
Mas o grande consumo pelas refinarias pode ter vida curta, segundo o diretor de futuros de energia do Mizuho, Bob Yawger.
“Queimamos um monte de petróleo para fazer muitos produtos refinados, mas não há demanda para esses produtos... Você não consegue operar em uma taxa tão alta para sempre, com os números que estamos vendo”, disse.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 06/01/2021
EIG SE DESFAZ DA TBG, MAS MIRA NOVOS NEGÓCIOS EM GÁS NO BRASIL
Publicado em 01/06/2021 as
09:23 PM
Belga Fluxys, especializada em infraestruutra de gás natural, compra fatia de 27,5% e desponta como candidata a controlar gasoduto após privatização
Por André Ramalho — Do Rio
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/k/3/BPAviMTNybkKiLHLQEwQ/foto06emp-101-eig-b2.jpg)
Presidente da EIG Global Energy Partners, Blair Thomas diz que empresa tomará neste ano decisão sobre novos gasodutos — Foto: Divulgação
A americana EIG Global Energy Partners fechou um acordo para venda de sua fatia de 27,5% na Transportadora Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) para a Fluxys, grupo belga de infraestrutura de gás natural. Com o negócio, cujo valor não foi divulgado, a empresa europeia estreia no Brasil e desponta como candidata a comprar o controle da TBG, num momento em que a Petrobras prepara a privatização da companhia. Já a EIG, até então a maior acionista privada da transportadora, se desfaz do ativo, mas promete investir em novas oportunidades no setor de gás.
O presidente global da EIG, Blair Thomas, conta que a empresa quer se posicionar ativamente na abertura do mercado, no desenvolvimento da infraestrutura de gás no país. A empresa controla a Prumo Logística, dona do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), e tem em carteira, hoje, projetos da ordem de US$ 300 milhões a US$ 400 milhões, para construção de dois gasodutos - e um oleoduto - para conectar o complexo portuário à malha nacional.
A Prumo possui diferentes braços, associados aos diferentes negócios no Açu. No gás, a empresa atua por meio da Gás Natural Açu (GNA), joint venture com a BP e Siemens que opera um terminal de gás natural liquefeito (GNL) e estuda também projetos de unidades de processamento e de um gasoduto marítimo para trazer o gás do pré-sal para a costa. “O Brasil tem gás e demanda e olhamos para conectar os dois”, disse Thomas ao Valor.
A saída da EIG da TBG se dá oito anos após a entrada da americana no capital da transportadora, que opera uma rede de 2,6 mil quilômetros de gasodutos no Centro-Sul, em 2012. “Foi um investimento de sucesso para nós”, afirma o executivo. Ele explica que o fundo de investimento estruturado, na ocasião da aquisição do ativo, foi concebido para ter uma vida de dez anos. “[O fundo] Estava chegando ao fim de sua vida e precisávamos avançar com a monetização desse investimento. Mas temos outros grandes investimentos em gasodutos que esperamos fazer no Brasil. Isso [venda da TBG] nos libera a fazer mais. Não é uma saída [do mercado de gás]”, comentou.
A expectativa é que o negócio seja concluído em dois meses. O acordo também prevê a cooperação estratégica entre a EIG e Fluxys em infraestrutura de gás no Brasil. Para Thomas, a entrada da belga no capital da TBG é mais um “voto de confiança” de investidores internacionais na abertura do mercado brasileiro de gás. O executivo cita os passos dados, nos últimos anos, por empresas como a Engie e o fundo canadense CDPQ - que compraram a Transportadora Associada de Gás (TAG) - e a Brookfield, que adquiriu a Nova Transportadora do Sudeste (NTS).
“A nova Lei do Gás é muito positiva, os desinvestimentos da Petrobras também são positivos. Tudo isso aumenta a oportunidade de investidores privados de participarem do setor”, avalia.
A Fluxys atua na Europa, no transporte e armazenamento de gás e em terminais de GNL. Controlada pela belga Publigas, a companhia opera 9 mil quilômetros de gasodutos e registrou em 2019 receitas de € 1,1 bilhão. A empresa assume 27,5% da TBG por meio da compra da fatia detida, direta e indiretamente, pela EIG no ativo. A transportadora é controlada pela Petrobras (51%). A participação da EIG está diluída nas três empresas que compõem o quadro de acionistas minoritários da TBG: a BBPP Holdings (29%), a YPFB Transporte do Brasil Holding (12%) e a GTB-TBG Holdings (8%).
A TBG opera com receitas de R$ 1,7 bilhão/ano. Em nota, a Fluxys destacou que a entrada no capital da TBG faz parte da estratégia de expansão para fora da Europa, rumo a mercados “estáveis com oportunidades de crescimento”. “O Brasil, nesse sentido, tem grandes perspectivas de crescimento da demanda de energia e o gás permite atender a essa necessidade em conjunto com fontes renováveis”, citou a empresa, que abrirá uma filial no Brasil em breve, de olho no desenvolvimento de negócios no país e na América Latina.
Thomas destaca que a EIG, por sua vez, quer se manter ativa no mercado brasileiro de gás. Segundo ele, a expectativa é tomar ainda este ano, com potenciais parceiros, uma decisão final sobre o investimento nos dois projetos de novos gasodutos que visam a ligar o Açu à malha nacional: o Gasog (de 46 quilômetros, que vai do Açu até Campos dos Goytacazes/RJ); e o Gasinf (de 105 quilômetros, até Macaé/RJ). A ideia é construir os dois empreendimentos.
O executivo destacou também a intenção da EIG de investir em gasodutos offshore e disse que, além do projeto próprio da Prumo, para trazer o gás do pré-sal até o Açu, a empresa monitora os desdobramentos dos desinvestimentos da Petrobras no setor. A ideia da estatal, a princípio, é reunir todas as suas rotas de escoamento numa só companhia e fazer a abertura do capital da nova empresa, mas o modelo do negócio ainda não está fechado. “São ativos estratégicos que achamos interessantes.”
Thomas afirma que, além do mercado de gás, a EIG olha com atenção para oportunidades de investimentos no setor de energia como um todo. Ele destaca que a empresa monitora o programa de venda de campos da Petrobras, especialmente na Bacia de Campos, e que também tem planos de investir em energias renováveis e em projetos de baixo carbono no Açu. “Nós investimos globalmente e vamos alocar capital nos lugares onde acreditamos que estejam as melhores oportunidades. E o Brasil tem se mostrado atrativo”, disse.
Ele cita que a americana tem mantido negociações com potenciais parceiros internacionais interessados em desenvolver projetos na área de renováveis. “O primeiro passo é conseguir um parceiro e acho que acontecerá neste ano”.
A EIG assumiu o controle da Prumo em 2013, no ague da crise do grupo EBX, de Eike Batista, idealizador do porto. A americana detém 76% da Prumo (os outros 24% são do Mubadala) e já fez investimentos de US$ 1,5 bilhão no Porto do Açu. O executivo, porém, afirma que ainda vê uma agenda intensa de investimentos no complexo portuário pela frente.
Para financiar o crescimento de seus negócios, a Prumo tem buscado sócios estratégicos com quem dividir os aportes. Outro caminho seguido pela empresa, mais recentemente, foi o mercado de capitais. A Açu Petróleo (parceria com a Oiltanking, para transbordo de óleo) tem planos de abrir seu capital e aguarda uma janela de oportunidades para concretizar a operação.
Thomas cita que, junto com a Ferroport (parceria com a Anglo American no minério de ferro), a Açu Petróleo é hoje um dos negócios mais maduros do Açu e ajuda a financiar também o crescimento das demais áreas. “Temos reciclado o capital do Açu”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 06/01/2021
ANP TEM DECISÃO FAVORÁVEL NO TRF-5 EM DISPUTA COM MUNICÍPIO DO RN SOBRE ROYALTIES
Publicado em 01/06/2021 as
09:23 PM
Município potiguar havia entrado com uma ação solicitando o recebimento de royalties por supostas instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural localizadas em seu território
Por André Ramalho, Valor — Rio
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que obteve decisão favorável, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em disputa judicial com o município de Porto do Mangue (RN), sobre a distribuição de royalties.
Segundo o órgão regulador, o município potiguar havia entrado com uma ação solicitando o recebimento de royalties por supostas instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural localizadas em seu território. No acórdão, o TRF-5 entendeu, em linha com a ANP, que Porto do Mangue não faz jus a esse pagamento.
O município já recebe parcela da distribuição de royalties por ser integrante da zona de produção principal e por ser confrontante com campos de óleo e/ou gás, mas alegava que deveria receber ainda outra parcela, pelas instalações de embarque e desembarque.
A tese defendida era de que as instalações de embarque e desembarque existentes nos campos marítimos de Arabaiana, Aratum, Cioba, Pescada, Serra e Ubarana deveriam gerar, para o município confrontante com essas concessões, o direito aos royalties pelo critério de possuir instalação de embarque e desembarque.
A ANP defendeu que, para o pagamento de royalties pelo critério de possuir instalação de embarque e desembarque, é necessário que o equipamento esteja localizado no território do município. Neste caso, ficou comprovado que os equipamentos se encontravam em mar territorial (bem da União), sem qualquer ligação física ao município de Porto do Mangue.
“Por isso, o entendimento da ANP, confirmado pelo Tribunal, é de que as instalações existentes em mar territorial não integram os limites territoriais do ente municipal, não sendo devido o pagamento de royalties pelo critério de possuir instalações de embarque e desembarque”, citou a ANP em nota.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 06/01/2021
EMBARQUES BRASILEIROS DE SOJA E MILHO DEVERÃO SE MANTER ESTÁVEIS EM 2021, DIZ ANEC
Publicado em 01/06/2021 as
09:23 PM
Em 2020, foram 82,2 milhões de toneladas da oleaginosa e 33,6 milhões do cereal, segundo a entidade
Por Marcela Caetano, Valor — São Paulo
Os embarques de soja e milho do país deverão repetir em 2021 os volumes de 2020, projetou hoje a Associação Brasileira de Exportadores de Cereais (Anec). As vendas da oleaginosa ao exterior encerraram o ano passado em 82,2 milhões de toneladas, 13,7% mais que em 2019, enquanto as de milho atingiram 33,6 milhões, 200 mil a menos que no ano anterior.
“Não temos motivos para esperar nada diferente neste ano”, disse o diretor geral da Anec, Sérgio Mendes.
“Assim como em 2020, os embarques de milho deverão começar atrasados neste ano, e os estoques de passagem tendem a ficar bastante apertados”, disse Mendes. Segundo ele, em fevereiro a soja já deverá tomar conta dos portos.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 06/01/2021
SUZANO CONCLUI VENDA DE FLORESTAS À BRACELL POR MAIS DE R$ 1 BILHÃO
Publicado em 01/06/2021 as
09:22 PM
De acordo com o presidente da companhia, Walter Schalka, a venda reforça a disciplina financeira da Suzano
Por Ana Luiza de Carvalho, Valor — São Paulo
A Suzano comunicou ao mercado que concluiu hoje a transação de venda de florestas à Bracell e à Truvinho Participações, pelo preço de R$ 1,05 bilhão.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/R/P/oMEb0CTBSDyXOntNEBjA/suzanopapel.jpg)
— Foto: Divulgação
A transação foi anunciada em novembro. De acordo com o presidente da companhia, Walter Schalka, a venda reforça a disciplina financeira da Suzano.
A empresa havia estabelecido, após a fusão com a Fibria, a meta de desinvestimento de R$ 1 bilhão em ativos não-estratégicos em cinco anos.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 06/01/2021
SOJA EM ALTA MOVE EXPORTAÇÃO BRASILEIRA
Publicado em 01/06/2021 as
09:22 PM
Mas embarques devem ter fluxo mais equilibrado que o de 2020, muito forte no 1º semestre
Por Fernando Lopes, Marcela Caetano e Marina Salles — De São Paulo
Embora todas as projeções indiquem que as exportações brasileiras de soja voltarão a crescer em 2021, e que muitas delas considerem que um novo recorde será alcançado, o avanço só deverá ficar evidente no segundo semestre do ano, segundo tradings e analistas.
E isso por dois motivos: em primeiro lugar porque a base de comparação é elevada, uma vez que o ritmo de embarques foi particularmente intenso no primeiro semestre de 2020, graças a vendas antecipadas volumosas e à grande procura da China num momento em que a oferta dos Estados Unidos era escassa. E, sobretudo neste primeiro bimestre, porque a colheita desta temporada 2020/21 vai demorar mais a ganhar força por causa da falta de chuvas no início do plantio.
“De fato a base de comparação é muito alta. Em março, abril e maio do ano passado as exportações estiveram muito aquecidas, mas depois, em outubro, novembro e dezembro, houve quedas também expressivas. Em 2021 teremos um equilíbrio maior”, afirmou André Nassar, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Nos cálculos da entidade, os embarques vão somar 83,5 milhões de toneladas ao longo do ano, 1,2 milhão a mais que em 2020. A Agroconsult estima 83,2 milhões. O recorde até agora é de 2018, quando, segundo a Abiove, o volume chegou a 83,6 milhões de toneladas e, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), alcançou 82,9 milhões de toneladas.
“Há mesmo um atraso neste começo de ano, mas que deverá ser compensado nos meses seguintes. Para fevereiro, já temos indicativo de demanda forte”, afirma Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá e Antonina.
Com os sinais de demanda firme em fevereiro e a entrada de um novo terminal em operação, contudo, a expectativa é que o volume dos embarques em Paranaguá, principal saída da soja para exportação na região Sul, aumente já no primeiro trimestre. O volume poderá alcançar 3,9 milhões de toneladas no período, cerca de 400 mil a mais que entre janeiro e março de 2020. Há dúvidas no mercado, contudo, se também haverá incremento nos embarques por Santos e pelo Arco Norte no intervalo.
O fato é que, com ou sem atraso, do ponto de vista de rentabilidade as vendas de soja em grão ao exterior tendem a ser mais um ano positivo. Segundo a Abiove, o valor médio da tonelada exportadas deverá atingir US$ 410 em 2021, 17,1% mais que no ano passado (US$ 350), de forma que a receita total dos embarques poderá chegar a US$ 34,2 bilhões, alta de 18,3%.
Esse valor médio foi calculado com base em vendas antecipadas fechadas até dezembro e na tendência para o comportamento das cotações este ano. E essa tendência está até superando as expectativas.
Com mais uma alta ontem, os contratos futuros de segunda posição de entrega da oleaginosa acumularam valorização de 2,8% nesta primeira semana de 2021 e permaneceram acima da barreira de US$ 13 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). Nos últimos 12 meses, a alta chega a 43,1%, segundo cálculos do Valor Data.
Durante o pregão de ontem, a consultoria AgResource observou que o ambiente geral é altista para as commodities e que as apostas de fundos especulativos em novas valorizações continua a crescer. Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado, observou, contudo, que há espaço para correções após a euforia que levou os preços a máximas em seis anos, mas sinalizou que o clima ainda seco na América do Sul, sobretudo no Brasil e na Argentina, continua a oferecer um certo suporte. Mas “correção” não significa queda livre, até porque a demanda da China tende a seguir aquecida.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 06/01/2021
COM ALTA DO MINÉRIO E COMPRAS DA CHINA, ARRECADAÇÃO DE ROYALTIES ATINGE MARCA RECORDE DE R$ 6 BI
Publicado em 01/06/2021 as
09:22 PM
Resultado é 35% que o de 2019, segundo cálculos da Associação de Municípios Mineradores; o Pará respondeu por R$ 3,1 bilhões gerados e Minas ficou com R$ 2,4 bilhões
Por Mariana Durão, O Estado de S.Paulo
RIO - No ano em que a pandemia da covid-19 paralisou a economia, a arrecadação de royalties da mineração no Brasil atingiu a marca histórica de R$ 6 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). O valor representou um salto de 35% em relação a 2019, quando o montante arrecadado já havia sido recorde. Mais uma vez o movimento foi impulsionado pelo câmbio e pela escalada do preço do minério de ferro, sustentada pela oferta reduzida e a forte recuperação econômica da China após a fase mais crítica da pandemia.
Pelo segundo ano seguido, o Pará foi o maior gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) - nome técnico dado ao royalty do setor -, com R$ 3,1 bilhões. O valor é pouco mais da metade da arrecadação nacional e significa um salto de 41,9% ante o ano anterior, segundo cálculos da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).
O Estado abriga o projeto S11D, maior investimento da história da Vale, de US$ 14 bilhões, e é também onde estarão concentradas as futuras expansões de capacidade na mineradora. Com um minério mais rico em ferro, o Sistema Norte respondeu por 64,5% da produção da Vale no período de janeiro a setembro de 2020, bem acima dos Sistemas Sul (15%) e Sudeste (18%), em Minas Gerais.

Mina de minério de ferro da Vale em Itabirito (MG): a empresa respondeu por 60% do recolhimento de royalties em 2020. Foto: Fabio Motta/Estadão - 7/7/2015
Principal arrecadador de CFEM até 2019, o Estado de Minas perdeu a liderança na arrecadação após a tragédia de Brumadinho, em janeiro daquele ano. O rompimento da barragem paralisou várias operações da Vale na região e a produção ainda não foi 100% normalizada. Em 2020, Minas ficou novamente em segundo lugar no ranking, levantando R$ 2,4 bilhões em royalties, uma alta anual de 28,9%.
Coronavírus não parou a mineração
Classificada pelo governo brasileiro como atividade essencial, a mineração praticamente não parou desde o início da pandemia. Como a China, maior importador global de minério de ferro, foi o primeiro país atingido pela covid-19 e teve relativo sucesso no combate ao vírus, sua recuperação também começou antes do resto do mundo. A reboque disso e da oferta limitada, a cotação do minério cresceu e, com ela, a geração de CFEM.
Os dados da ANM analisados pela Amig mostram que a arrecadação mensal vinha na casa dos R$ 300 milhões até maio, mas a partir de junho não parou de subir. Em novembro, o valor bateu mais de R$ 1 bilhão, obrigando a ANM a solicitar uma suplementação de crédito orçamentário para manter o ritmo de distribuição.
Em 2020, o minério negociado no porto chinês de Qingdao subiu 75% e foi a US$ 160 por tonelada. Apesar da lista de substâncias minerais sujeitas a tributação chegar a quase uma centena, o minério de ferro representa cerca de 80% dos royalties arrecadados no Brasil, por isso a sua importância.
"O setor não foi diretamente afetado pela pandemia, apesar de algumas paralisações. Esse aumento de 35% (da arrecadação) decorre de três variáveis importantes: o elevado apetite chinês no pós-pandemia, a valorização do preço do minério de ferro e a desvalorização cambial", explica a economista da Amig, Luciana Mourão. A entidade espera que em 2021 o valor arrecadado não vá muito além do recorde de 2020, em virtude de uma potencial desaceleração do preço do minério a partir do segundo trimestre.
Os números retratam a forte concentração da atividade mineradora no Brasil: juntos, Pará e Minas Gerais respondem por 90% de toda a arrecadação mineral. O ranking do dez maiores municípios mineradores é formado apenas por paraenses - os líderes Parauapebas (R$ 1,5 bilhão) e Canaã dos Carajás (R$ 1,2 bilhão), além de Marabá (9.º lugar) - e mineiros, como Conceição do Mato Dentro, onde está a principal operação da Anglo American no Brasil, Congonhas, Itabirito, Itabira, Nova Lima, Mariana e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Mesmo após a tragédia, Brumadinho segue em 13.º lugar nesse ranking, porque, além da Vale, tem mais uma dezena mineradoras de diferentes substâncias atuando em seu território, como Vallourec, Comisa e Cia. de Mineração Serra da Farofa. Em 2020, o município gerou R$ 85 milhões em royalties e vai embolsar R$ 51 milhões. Pela legislação nacional, 60% dos royalties vão para os cofres do município produtor. O restante é distribuído entre Estados (15%), outros municípios afetados pela mineração (15%) e a União (10%).
Há ainda uma concentração por empresa. Apesar de haver mais de 7 mil mineradoras registradas como contribuintes na ANM, somente o grupo Vale respondeu por 60% do recolhimento de royalties em 2020. Em seguida, mas em escala menor, vêm outras grandes mineradoras, como Anglo American (6%), CSN (5,2%), Salobo Metais (2,6%), Usiminas (1,4%) e Kinross (1,2%).
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 06/01/2021
ENERGIA RENOVÁVEL EM PRÉDIOS PÚBLICOS NO VALE DO RIBEIRA DEVE TRAZER ECONOMIA DE R$ 4,3 MI POR ANO
Publicado em 01/06/2021 as
09:22 PM
Parceria entre o governo de São Paulo e o Green Building Council pretende transformar 566 imóveis do Estado na região em autossuficientes em energia
Por Marina Aragão, O Estado de S.Paulo
Um total de 566 prédios públicos espalhados pelos 22 municípios do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, deve passar a ser autossuficiente em energia, o que vai garantir uma economia de R$ 4,3 milhões por ano ao Governo. A parceria entre a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (Sima) e o Green Building Council Brasil (GBC) está baseada no projeto Energia Zero da organização e faz parte do plano da secretaria de tornar a região um novo polo de desenvolvimento no Estado, dentro do programa Vale do Futuro.
O acordo foi assinado no último dia 23 e, agora, “busca recursos junto a outros parceiros para financiar estas ações de eficiência energética e a implantação de geração solar fotovoltaica”, informou a secretaria em nota. As ações serão priorizadas nas unidades com maior consumo e, consequentemente, maior custo - mas ainda não há previsão para o início das obras. Unidades de saúde, delegacias, diretorias de ensino, tribunal de justiça, dentre outros órgãos, contarão com o projeto de eficiência energética elaborado pelo GBC, organização especializada em construção civil sustentável, que atua em todas as fases de elaboração de uma edificação.
Dentro da estruturação do plano de ação, fase atual da parceria, será essencial montar uma rede colaborativa para viabilizar os recursos financeiros e técnicos, disse o diretor-geral do GBC Brasil, Felipe Faria. Segundo ele, a Eletrobrás, por exemplo, já demonstrou interesse e pode ajudar “com as soluções técnicas para o projeto e a inteligência para encontrar recursos”. Sobre o retorno financeiro, Faria afirmou que isso depende não apenas do projeto que será aplicado nas edificações, mas também da modalidade de investimento e de quais instituições farão parte do programa. No entanto, a organização acredita que, em um prazo máximo de cinco anos, os retornos apareçam.

Edificações que buscam autossuficiência precisam igualar a quantidade de energia que consomem com a que produzem, por meio de fontes renováveis, como os painéis fotovoltaicos. Foto: Divulgação/Green Building Council Brasil
Autossuficiência em energia
As edificações que buscam essa autossuficiência precisam igualar a quantidade de energia que consomem com a que produzem, por meio de fontes renováveis, durante 12 meses corridos. Em geral, essas fontes são painéis fotovoltaicos nas coberturas das edificações, produzindo energia solar, explica Faria. “Nós conseguimos a alta eficiência energética, combinada com a otimização da gestão da energia”, diz.
Segundo o diretor-geral da instituição, o projeto dos prédios deve focar na modernização dos sistemas de iluminação e ar-condicionado, com a substituição de equipamentos por outros com tecnologias mais avançadas e eficientes. Faria estima um custo em torno de R$ 25 milhões e um prazo de cerca de 12 meses para a execução da obra.
De acordo com a secretaria, o Estado de São Paulo gasta mais de R$ 600 milhões com o pagamento de faturas de energia elétrica, nos mais de 16 mil prédios próprios, de administração direta e indireta. “A parceria com a GBC Brasil contribuirá substancialmente” para o Estado alcançar a meta de reduzir em 30% as despesas com energia elétrica até 2022, o que equivale a uma economia de R$ 200 milhões por ano.
A secretaria tem a atribuição legal de desenvolver ações e projetos voltados à eficiência energética, conservação e uso racional de energia. Para isso, se comprometeu com metas de redução de emissões estabelecidas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21) e no Acordo de Paris. Durante a COP 21, um levantamento concluiu que acelerar o conceito de edificações autossuficientes em energia nas novas edificações até 2030 e em todas as edificações até 2050 seria suficiente para reduzir a emissão de CO2 necessária para evitar o aquecimento global.
Ponto de partida no Vale do Ribeira
O Vale do Ribeira foi escolhido para iniciar o projeto de Eficiência Energética de edificações públicas por ser uma das regiões com maior índice de vulnerabilidade social e econômica do Estado de São Paulo. O dinheiro economizado com a redução no gasto com energia será direcionado para “áreas essenciais voltadas à população”, segundo a Secretaria de Meio Ambiente.
“É uma das vertentes do programa Vale do Futuro, criado em 2019 pelo governo, para implementar projetos de desenvolvimento sustentável e transformar a realidade da região a partir de parcerias, com foco nas ações sustentáveis, geração de emprego e renda, qualidade de vida e infraestrutura, envolvendo uma população de 340 mil habitantes”, explicou a Sima.
A expectativa é ampliar essa ação para todo o Estado, priorizando aquelas regiões com menores índices de desenvolvimento, “tão logo haja os primeiros resultados no Vale do Ribeira”, disse ainda a secretaria.
https://img.estadao.com.br/resources/jpg/0/3/1609874862530.jpg
A Creche Hassis, em Florianópolis, atingiu o nível Zero Energia e foi certificada pelo GBC. Foto: Divulgação/Green Building Council Brasil
Bons resultados no Paraná
Em setembro de 2019, o GBC Brasil assinou no Paraná, com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, o Paranacidade, e a Agência Fomento Paraná, um memorando criando um programa de eficiência energética em sete municípios. No total, 245 edificações públicas foram modernizadas, sendo que 208 atingiram a autossuficiência e a certificação Energia Zero.
A elaboração dos projetos de diagnóstico, eficiência e geração renovável levaram 4 meses e envolveram mais de 20 engenheiros. Foram auditados mais de 111 mil equipamentos, entre luminárias, aparelhos de ar condicionado, eletrodomésticos e outros. Os projetos compreenderam a troca de equipamentos, sistema de gestão de energia e a geração de energia por sistema fotovoltaico. Mais de R$ 45 milhões foram investidos para uma redução de 52% no consumo de iluminação e 35% no de ar-condicionado.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 06/01/2021
O ESTABLISHMENT NÃO TEM INTERESSE NA REDUÇÃO DO TAMANHO DO ESTADO”, DIZ SALIM MATTAR
Publicado em 01/06/2021 as
09:21 PM
Em entrevista, o empresário falou sobre as privatizações, a atuação de Paulo Guedes no governo e o desempenho da Localiza durante a crise
Por LUIZ FELIPE SIMÕES - luiz.correa.lipecah@estadao.com

Salim Mattar, ex-secretário de Desestatização e Privatização do governo Bolsonaro. /Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Salim Mattar, ex-secretário especial de desestatizações do governo Bolsonaro, participou do programa Direto ao Ponto da Rádio Jovem Pan
Mattar conta que abandonou o governo pois houve uma mudança de posicionamento sobre a agenda de privatizações;
Ele disse ainda que se dependesse do Ministro Paulo Guedes, todas as empresas estatais seriam privatizadas
Salim Mattar, o empresário e ex-presidente do grupo Localiza Hertz (RENT3-5,45%), participou do programa Direto ao Ponto, do grupo Jovem Pan, nesta segunda-feira (4). Em uma hora e meia de conversa comandada pelo jornalista Augusto Nunes, Mattar falou sobre privatizações, política, o governo de Jair Bolsonaro e de sua própria empresa.
O programa também contou com a participação da colunista e editora do E-Investidor, Valéria Bretas, além de Denise Campos, do jornal da Jovem Pan, Branca Nunes, editora da revista Oeste e Silvio Navarro, comentarista da Rede Tv.
Descendente de libaneses, Mattar saiu do comando da Localiza para assumir a Secretaria Especial de Desestatização do governo Bolsonaro. Contudo, insatisfeito com os resultados na agenda de privatizações, o empresário deixou o cargo em agosto de 2020, depois de um ano e oito meses de governo.
O E-Investidor reuniu e compilou os assuntos tratados por Mattar. Veja a seguir:
Governo Bolsonaro e as privatizações
O principal assunto tratado por Mattar foi a sua participação como secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados. Questionado pelos jornalistas sobre o motivo de ter abandonado o governo, o empresário respondeu que seus objetivos não foram atendidos.
“Quando eu fui convidado pelo ministro Paulo Guedes para ser secretário, o objetivo era vender estatais”, disse. Ao entrar no governo, ele diz que percebeu que o número de empresas controladas pelo estado era muito maior do que pensava. “O ministro havia dito que existiam 134 estatais. Ao fazer meu próprio levantamento descobri que tínhamos 698, entre estatais de controle direto, subsidiárias, coligadas e investidas”, completa.
No mês de abril, Mattar percebeu que dificilmente a pauta das privatizações avançaria, por conta da pandemia de coronavírus. “O establishment não tem interesse na redução do tamanho do Estado e, consequentemente, nas privatizações das estatais”, diz Mattar. Segundo o empresário, o principal culpado é o Congresso brasileiro, que não tem apetite por privatizar companhias como Correios, Eletrobras, Banco do Brasil, Petrobras e Caixa Econômica Federal.
Para ilustrar, Mattar citou o exemplo do projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras, que está parada há um ano e dois meses no Congresso. “Poucas pessoas do executivo defendem as privatizações. Por esse clima não favorável eu resolvi abandonar o governo”, diz.
Na visão do empresário, a gestão de Bolsonaro não é liberal, apenas o ministro Paulo Guedes: “se dependesse dele, todas as empresas estatais seriam privatizadas”. O principal ponto é que o ministro não pode fazer nada sem a autorização do presidente e do Congresso.
Ele disse ainda que logo nos três primeiros meses na secretaria, o empresário recebeu a orientação de que as principais estatais não seriam privatizadas, entre elas: Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, e os bancos do nordeste. “Houve uma mudança de posicionamento sobre as privatizações. Na medida em que fui vendo essas mudanças, resolvi sair do governo”, contou o empresário.
Localiza
Outro ponto discutido durante a conversa foi a Localiza, empresa que Mattar fundou, presidiu e trabalhou por mais de 40 anos. Atualmente comandada por Eugênio Mattar, a companhia de aluguel de veículos é uma das maiores do Brasil. As ações da empresa fecharam o ano de 2020 com alta acumulada de 37,78%.
O ex-secretário detalhou as diferenças entre uma empresa estatal e uma privada. Em sua avaliação, o governo não deveria ser empresário. “A média de tempo de permanência dos presidentes das estatais é de dois anos no cargo. Como pode dar certo uma empresa que troca de presidente a cada dois anos?”, questionou.
Ele reforçou que isso torna difícil para os presidentes terem a continuidade de estratégia, além de impossibilitar a eficácia das empresas justamente por conta da burocracia. “As estatais possuem legislação própria. Para você comprar um alfinete há uma licitação que gasta 180 dias”, diz.
Sobre os efeito da crise na companhia, Mattar diz que houve uma queda significativa de negócios no primeiro momento, mas a situação foi resolvida com uma transformação comandada pelo atual CEO, Eugênio Mattar. ”O maior lucro da história da companhia foi atingido durante a pandemia”, informa.
A empresa anunciou em 2020 a fusão com a Unidas, negócio que pode dar origem à maior companhia de aluguel de carros do mundo, embora ainda precise da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Questionado sobre a possibilidade de eventuais problemas para aprovação do negócio, o empresário diz tem boas expectativas e considera o órgão um dos melhores do mundo.
“Nós temos uma instituição muito boa, inclusive o nosso Cade foi premiado como o melhor da categoria. Desta forma, acredito na razoabilidade que os membros do órgão farão o que é o melhor para o Brasil”, diz.
Sobre a possibilidade de voltar à vida pública ou para a iniciativa privada, Mattar diz que vai dedicar seu tempo e esforço para propagar as ideias liberais. “Meu papel é de cidadania”, disse.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 06/01/2021
BOLSONARO SE REFERIU AO SETOR PÚBLICO AO FALAR QUE O 'BRASIL ESTÁ QUEBRADO', DIZ GUEDES
Publicado em 01/06/2021 as
09:21 PM
Ministro afirma ao GLOBO que presidente demostra respeito ao teto de gastos e que governo está disposto a enfrentar a grave situação fiscal, agravada pela pandemia
Por Manoel Ventura

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista com balanço de fim de ano Foto: Edu Andrade / ME
BRASÍLIA — O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ao GLOBO que o presidente Jair Bolsonaro se referia ao setor público ao afirmar que o Brasil está "quebrado", em conversa com apoiadores nesta terça-feira. Guedes afirmou ainda que o presidente demonstrou, durante sua fala, a necessidade de respeito ao teto de gastos para controlar as despesas da União.
— Ele está se referindo, evidentemente, à situação do setor público, que está numa situação financeira difícil. Porque, depois dos excessos de gastos cometidos por governos anteriores, quando chegou o primeiro governo falando que vai cortar forte, foi fulminado pela pandemia. Nós estamos reconhecendo a dificuldade da situação, mas decididos a enfrentar. Nós vamos seguir com as reformas estruturais. Foi só isso — disse Guedes, afirmando que compartilha do mesmo diagnóstico do presidente de que a situação do setor público ficou difícil.
Guedes disse que o governo fez um forte sacrifício com corte de gastos no primeiro ano do governo, mas o plano foi inviabilizado pela pandemia, sendo necessário aumentar os gastos públicos. As despesas para conter os efeitos do vírus vão levar o governo a registrar um rombo de quase R$ 900 bilhões em 2020.
— É um governo que fez sacrifícios e de repente é fulminado por um raio, que foi essa doença, e gasta 10% do PIB. É tarefa de Sísifo, o cara que empurrava as pedras até lá em cima e os deuses derrubavam a pedra para o cara empurrar tudo outra vez. É evidente que o presidente está se referindo à situação do setor público — disse Guedes.
O ministro destacou que a economia está se recuperando dos impactos da Covid-19. Disse que os gastos voltarão a ser controlados em 2021 e que o plano do governo para economia segue o mesmo: as reformas estruturais como o Pacto Federativo e a reforma administrativa.
— A economia voltou em V, o setor privado está decolando de novo. Nós somos talvez a única economia que não perdeu emprego no setor formal. Na recessão de 2015 nós perdemos 1,5 milhão de empregos, na recessão de 2016 nós perdemos 1,3 milhão. E na recessão de 2020 nós perdemos zero empregos no mercado formal — afirmou o ministro.
Guedes disse que o governo encontrou as finanças públicas “muito fragilizadas” e adotou medidas para controlar os gastos, citando como exemplo a reforma da Previdência.
— Os gastos com a Previdência iam subir R$ 100 bilhões por ano. Nós cortamos esse aumento — afirmou.
De acordo com o Guedes, o governo também conseguiu reduzir em R$ 100 bilhões por ano os gastos com juros da dívida. E ainda reduziu a relação dívida/PIB no primeiro ano de governo, em 2019.
— No primeiro ano nós derrubamos a dívida/PIB. Nós desalavancamos os bancos públicos e desinvestimos R$ 250 bilhões de subsidiárias (de estatais). A gente caiu de 76,4% para 75,4% (da dívida/PIB). Foi uma queda expressiva — disse.
Em 2020, a dívida deve subir para próximo de 90% do PIB por conta dos gastos com a pandemia. Os dados oficiais serão divulgados no fim do mês.
Guedes também citou menos gastos com servidores públicos:
— Controlamos também o salário do funcionalismo. O primeiro governo que ficou três anos seguidos sem dar aumento de salário. Não demos em 2019, não demos em 2020 e garantimos que até dezembro de 2021 não vai ter aumento.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 06/01/2021
BELO MONTE ENFRENTA NOVA POLÊMICA, AGORA EM TORNO DO PACU
Publicado em 01/06/2021 as
09:21 PM
Ibama determina vazão menor de água à usina para reduzir danos ambientais, como a redução de tamanho do peixe; ONS vê risco de hidrelétrica parar de janeiro a abril
Por Manoel Ventura

Casa de força principal de Belo Monte, no Pará. Usina vive novo impasse entre geração de energia e proteção ao meio ambiente Foto: Norte Energia
BRASÍLIA - A definição sobre a quantidade de água que será liberada para o Rio Xingu pela hidrelétrica de Belo Monte, instalada no Pará, gera uma polêmica dentro do governo.
De um lado, técnicos do setor elétrico avaliam que a manutenção de regras mais restritivas adotadas pelo Ibama no fim do ano passado vai reduzir a geração de eletricidade pela usina e prejudicar o sistema nacional de energia, em um momento de expectativa de aumento da demanda com a retomada da economia.
Em outra frente, o Ibama vê na medida uma forma de reduzir impactos ambientais identificados na qualidade da água, pesca, navegação e modos de vida da população ribeirinha causados pela baixa vazão do rio.
Segundo o Ibama, já houve até redução no tamanho e peso de espécies de pacu, peixe que é um dos principais recursos para alimentação na região.
A quantidade de água que é liberada para banhar o curso natural do Rio Xingu é determinada pelo Ibama por meio de um documento chamado hidrograma.
O restante dessa água, que não segue para o rio, é desviada para mover as turbinas da usina de Belo Monte, a maior hidrelétrica instalada totalmente em território nacional. Quanto mais água o Ibama determinar que seja liberado para o rio, menos sobra para gerar energia.
No fim do ano passado, o Ibama determinou que a Norte Energia, concessionária responsável pela administração da usina, aumente a quantidade de água liberada para o rio, intensificando a polêmica em torno do assunto.
Impacto para ribeirinhos
O órgão federal tomou a medida ao identificar impactos ambientais e sobre populações ribeirinhas maiores que os previstos depois do início das operações da hidrelétrica, em 2019.
Na prática, a nova regra do Ibama determina que a usina direcione mais água para um trecho do rio, chamado Volta Grande do Xingu, onde vivem diversas comunidades, e menos para suas turbinas.
Embora a decisão do Ibama se limite a alguns meses, há um temor dos técnicos da área de energia de que essa regra seja mantida.

Uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), obtida pelo GLOBO, ilustra a preocupação. O documento afirma que a redução da vazão para a hidrelétrica irá gerar “reduções significativas na geração total do Complexo Belo Monte, com possibilidade de severas consequências para a garantia do atendimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN, a rede federal de eletricidade)".
O ONS diz que a usina pode chegar a parar entre janeiro e abril, porque a água que o Ibama determinou que seja direcionada para o rio é maior que a vazão natural.
Segundo os técnicos, seria preciso gerar mais energia por meio de termelétricas. E mesmo essa geração pode não ser suficiente, “sendo necessário complementação hidrelétrica, comprometendo a recuperação dos níveis de armazenamento até o final desse período úmido”, de acordo com o ONS.
Durante a construção da barragem, a própria Norte Energia havia definido a quantidade de água a ser liberada para o rio.
Uma nota técnica do Ibama, também obtida pelo GLOBO, afirma que essa regra fez com que, no trecho com pouca água, fosse percebida uma “alteração significativa na abundância, riqueza, composição, tamanho corporal, atividades reprodutivas” e outras mudanças que afetaram as espécies de peixe na região.
O estudo também cita impactos em setores mais afastados da barragem, a diminuição de tamanho e peso de espécies de pacu, um dos recursos alimentares mais importantes na região, além dos impactos na atividade pesqueira na fase inicial de operação da usina.
Disputa começou em 2006
A discussão sobre a partilha das águas entre as necessidades dos moradores e ecossistemas do Xingu e os interesses da usina não é de hoje. Ela começou já no licenciamento ambiental da usina, a partir de 2006.
Desde aquela época, movimentos sociais, o Ministério Público e técnicos do Ibama alertaram ser necessário mais água para a Volta Grande do Xingu. Para manter a geração da usina, porém, foi mantida uma vazão menor.
Procurado pelo GLOBO, o Ibama disse que, durante as análises ocorridas ao longo de 2019, verificou um aumento na intensidade de alguns impactos ambientais já previstos, especialmente referentes às inundações periódicas das planícies, alteração nas populações de peixes, navegação, dentre outros.
“Com esse cenário, o Ibama requereu estudos complementares referentes ao trecho de vazão reduzida na Volta Grande do Xingu, onde incidem os impactos decorrentes do hidrograma. Somente agora, em dezembro de 2020, tais estudos foram entregues pelo empreendedor. Após a análise de tais dados o Ibama deve se pronunciar acerca da manutenção ou não do atual hidrograma, o que deve acontecer no primeiro bimestre de 2021”, diz o Ibama.
A Norte Energia informou que monitora impactos desde antes da entrada em plena operação da usina. Também considerou que a estrutura operacional e financeira da hidrelétrica foi elaborada levando em conta as regras anteriores sobre o uso da água.
https://ogimg.infoglobo.com.br/in/24029466-c21-d6d/FT1086A/652/xBelo-Monte.jpg.pagespeed.ic.TtCKojB6kc.jpg
Vista aérea da usina de Belo Monte, no Pará 29/01/2016 Foto: Divulgação
“Qualquer alteração provocará não somente a redução da capacidade de geração da usina como também impactos na segurança do sistema interligado nacional, com o compartilhamento do custo com todos os agentes do setor elétrico”, afirma a nota.
O Ministério de Minas e Energia informou que acompanha o processo em andamento no Ibama e aguarda o término da análise.
O ONS informou em nota que já enviou as informações sobre o tema solicitadas pelo Ministério de Minas e Energia, que está "alinhando a questão" com o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente: "Assim que houver uma definição entre todas as partes, as diretrizes de operação serão apresentadas".
Eletronorte avalia comprar fatia da Eletrobras em Belo Monte
A Eletronorte, subsidiária da estatal Eletrobras, tem avaliado a possibilidade de vender sua participação na Norte Brasil Transmissora de Energia (NBTE), proprietária do enorme linhão de transmissão que leva ao Sudeste a energia das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia.
A companhia abriu licitação para a contratação de uma assessoria que deverá apoiá-la na decisão sobre a eventual venda do ativo, de acordo com informações no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
A licitação também envolverá apoio a avaliações sobre eventual aquisição, pela Eletronorte, das ações detidas pela Eletrobras na Norte Energia, grupo que reúne os sócios da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Os serviços de assessoria a serem contratados pela empresa deverão envolver due diligence e avaliação do valor dos ativos (valuation), segundo edital.
Usina de problemas
Garimpo ilegal afeta linhas de transmissão, segundo empresa
O garimpo ilegal no Pará ameaça derrubar uma linha de transmissão, alertou a empresa que a administra o “Iinhão”. A Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE) informou em julho que o problema ainda não acabou. Segundo a companhia, a atividade clandestina tem ameaçado a sustentação das torres.
Corrupção: construção da usina é investigada pelo Ministério Público
O processo de construção da usina está sob investigação do Ministério Público Federal, em processo iniciado com a operação Lava-Jato. A suspeita é de pagamentos a partidos políticos e parlamentares.
Geração de energia abaixo do esperado
A capacidade de produção de Belo Monte é de 11.233 MW, mas a média por mês que realmente está sendo entregue é de 4.571 MW em razão da vazão do rio Xingu. A seca se concentra nos meses de julho a novembro..
Disputa pela água e risco de redução na capacidade de geração
A usina pode ter a capacidade de geração reduzida, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, por conta de mudanças determinas pelo Ibama na vazão do Rio Xingu. O Ibama vê impactos ambientais maiores que o previsto com a vazão adotada anteriormente.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 06/01/2021
EIG SAI DA TBG, MAS BUSCA NOVOS NEGÓCIOS NO MERCADO DE GÁS
Publicado em 01/06/2021 as
09:20 PM
Por epbr - 6 de janeiro de 2021 - Em Mercado de gás, Newsletter Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo.gaudarde@epbr.com.br
em jogo
A EIG Global Energy Partners fechou acordo para a venda de sua participação de 27,5% na TBG para a companhia belga Fluxys, informou a empresa nessa terça (5), sem revelar o valor do negócio.
— A venda deve ser concluída em dois meses após o cumprimento das condições precedentes entre as partes, disse a EIG, destacando que as duas empresas também irão atuar em cooperação estratégica no mercado de infraestrutura de gás do Brasil. Reuters
— As cotas a EIG estão estão diluídas nas participações dos sócios da Petrobras na transportadora – BBPP Holdings (29%); YPFB Transporte do Brasil (12%) e GTB-TBG Holdings (8%). Em dezembro, a Petrobras iniciou a venda da sua participação de 51%.
Em entrevista ao Valor, o presidente da EIG, Blair Thomas, apontou que o investimento feito em 2012 atingiu a maturidade esperada e o movimento não representa uma saída do mercado de gás: “a nova Lei do Gás é muito positiva, os desinvestimentos da Petrobras também são positivos. Tudo isso aumenta a oportunidade de investidores privados de participarem do setor”, diz.
— Em nota, o CEO da Fluxys, Pascal De Buck, afirmou que será importante continuar o desenvolvimento da infraestrutura-chave da TBG. “Nosso objetivo é trazer para o Conselho da TBG nossa experiência industrial com infraestrutura de gás em ambientes regulados e apoiar o progresso da empresa por meio do conhecimento compartilhado”, afirmou.
— A EIG controla a Prumo Logística, dona do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), onde é desenvolvido o complexo de gás e energia da Gás Natural Açu (GNA). Os planos atuais são conectar o terminal de GNL do hub com a malha de transporte em Macaé.
Petróleo sobe com Arábia e Irã. Os preços do petróleo dispararam quase 5% nessa terça (5/1), após notícias de que a Arábia Saudita fará cortes de produção voluntários e diante do aumento na tensão política internacional pela apreensão de um navio sul-coreano pelo Irã.
— Os futuros do Brent fecharam em alta de US$ 2,51, ou 4,9%, a US$ 53,60 o barril. Já o WTI avançou US$ 2,31 (4,9%), para US$ 49,93 o barril.
— A Arábia Saudita fará cortes adicionais voluntários de 1 milhão de barris por dia (bpd) em fevereiro e março. A medida faz parte de um acordo para convencer os produtores da Opep+ a manter o bombeamento estável em meio a preocupações de que novos lockdowns relacionados ao coronavírus afetem a demanda.
— As tensões sobre a apreensão de um navio sul-coreano pelo Irã, que é membro da Opep, continuaram. O país negou que estaria mantendo o navio e seus tripulantes como reféns, um dia após apreendê-lo no Golfo Pérsico, em meio a pressões para que a Coreia do Sul libere US$ 7 bilhões em fundos congelados por sanções impostas pelos EUA. Investing.com, com Reuters
E&P no Ártico | O governo dos EUA anunciou na segunda (4/1) que concluiu seu plano para abrir vastas áreas no território do Alasca Ártico, antes protegidas, para a exploração de petróleo. O plano, assinado em 21 de dezembro pelo secretário do Interior, David Bernhardt, permite a concessão sob padrões mais flexíveis.
— A decisão vai liberar mais terras no oeste de North Slope e faz parte de uma série de medidas favoráveis à produção de óleo tomadas pelo governo Donald Trump em seus últimos dias. Ela ocorre pouco antes de um leilão de direitos de exploração da Reserva Nacional de Vida Selvagem do Ártico (ANWR, na sigla em inglês), no leste de North Slope, marcado para esta quarta (6/1).
— O plano permite a exploração de petróleo em cerca de 80% da reserva. Sob leis do governo de Barack Obama, cerca de metade da reserva estava liberada para concessão, com a outra metade sendo protegida por razões ambientais e indígenas.
— A Agência de Gestão de Terras dos EUA divulgou seus planos para a Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A), uma faixa de terra de 9,3 milhões de hectares no oeste de North Slope. A NPR-A é o principal local de produção de petróleo do Alasca, com média de 466 mil barris por dia (bpd) em 2019, segundo dados do Departamento de Energia dos EUA. Reuters
Etanol mais caro. O aumento da alíquota de ICMS sobre o etanol hidratado promovido pelo governo do estado de São Paulo, de 12% para 13,3%, a partir da segunda quinzena de janeiro, poderá reduzir a competitividade do combustível nas bombas ou diminuir o preço recebido pelas usinas, segundo executivos e analistas.
— Mas o impacto poderá ser compensado se a Petrobras repassar a recente elevação do petróleo para os preços domésticos da gasolina.
— Nas contas da trading Czarnikow, o preço do etanol na usina teria de cair por volta de 3,2% para que o preço do biocombustível não tenha que subir nas bombas — o que, aos preços da última semana segundo indicador Cepea/Esalq, representaria uma redução de R$ 0,65 por litro. Em simulação feita pela trading SCA, a redução seria mais próxima de R$ 0,25 por litro.
— Entretanto, aponta Martinho Ono, diretor da SCA, se a Petrobras repassar integralmente a recente alta do petróleo para a gasolina A, vendida nas refinarias, o preço da gasolina C nas bombas poderia subir R$ 0,12 por litro, abrindo espaço para que o etanol subisse nas bombas sem perder competitividade. Valor
Blecaute no Piauí. A Aneel cobrou da distribuidora Equatorial Energia Piauí explicações sobre o blecaute que atingiu cerca de 71 mil unidades consumidoras na região de Teresina, capital do Piauí, na virada do ano. Segundo informações disponibilizadas pela concessionária, o restabelecimento completo dos bairros atingidos ocorreu no último domingo (3/1).
– A agência reguladora deu até 11 de janeiro para que a distribuidora informe a quantidade de consumidores afetados, os equipamentos impactados da rede, a quantidade de equipes emergenciais para atender às ocorrências e a adequada comunicação com os consumidores.
Sem impacto da covid. As distribuidoras de energia elétrica não sofreram novos efeitos negativos no faturamento e na inadimplência nos últimos dois meses que possam ser atribuídos às consequências da pandemia de coronavírus, apontou o Ministério de Minas e Energia (MME) em boletim divulgado nessa terça (5/1).
— A inadimplência de curto prazo, que leva em conta os 60 dias mais recentes, está atualmente em 0,8%, ante média mensal de 1,93% em 2019, antes que a Covid-19 chegasse ao Brasil, aponta o documento que monitora impactos da crise sanitária sobre a indústria de energia.
— Entre março e abril, essa inadimplência foi de 8,19%, e o índice chegou a ultrapassar 10% em meados de maio. Por outro lado, se considerado apenas o acumulado do mês de novembro, a inadimplência junto às distribuidoras ficou em 5,22%, ante média de 3,75% de janeiro a outubro e média mensal de 1,93% para o ano de 2019, ainda de acordo com o boletim.
— A crise provocada pela Covid fez o MME e o Ministério da Economia costurarem um empréstimo emergencial para o segmento junto a um grupo de bancos incluindo o BNDES. A operação, de cerca de R$ 16 bilhões, será quitada em cinco anos, com repasse às tarifas.
— Apesar do empréstimo, as distribuidoras de energia ainda pleiteiam à Aneel uma avaliação sobre os impactos de longo prazo da pandemia sobre o equilíbrio econômico e financeiro de suas operações. Reuters
Licenças para eólicas A Neoenergia recebeu da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) do Piauí as licenças de instalação (LI) para iniciar as obras de mais sete parques do Complexo Eólico Oitis. A companhia realiza ainda nesta semana a mobilização para abrir novas frentes de trabalho no estado, acelerando a implantação dos parques.
— Oitis será o maior ativo de geração eólica da Neoenergia no Brasil, com capacidade instalada de 566,5 MW – serão 103 aerogeradores com potência unitária de 5,5 MW. Ao todo, o complexo terá 12 parques, sendo dois na Bahia, cujas obras foram iniciadas em novembro, com três meses de antecipação em relação ao previsto, e os demais no Piauí. A previsão da Neoenergia é iniciar a operação comercial do Complexo Oitis em 2022.
— Além da LI dos parques, a companhia obteve a licença prévia que atesta a viabilidade do projeto da linha de transmissão de 70 quilômetros, com tensão em 500 kV, para conectar o projeto de geração ao sistema elétrico, através da subestação Queimada Nova II, no Piauí.
Solar. O Grupo Fleury, de medicina e saúde, fechou acordo com a francesa GreenYellow para a contratação de 4,5 MWp em energia solar, por dez anos. O volume irá abastecer 47% da energia consumida pelo grupo no Rio de Janeiro por meio das marcas presentes no estado, o que representa 45 unidades, entre Labs a+, Felippe Mattoso e LAFE, todas em baixa tensão.
— O consumo energético do Fleury em território fluminense por suas unidades localizadas em shopping centers, centros de atendimento ao público ou áreas técnicas onde são processados os exames representam, atualmente, 27% do total utilizado pela companhia em todo o país.
— Para suprir o grupo, a GreenYellow irá construir uma usina fotovoltaica na cidade de Paty dos Aferes, no interior do Rio, um investimento de mais de R$ 19 milhões. A planta contará com a produção anual de 7,4 GWh, por meio de 7.055 painéis solares. A usina, que deve operar ainda este ano, tem estimativa de quase 4 mil toneladas de CO2 evitadas no período de um ano.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 06/01/2021
GREENYELLOW VAI CONSTRUIR USINA FOTOVOLTAICA DE 4,5 MW NO INTERIOR DO RIO
Publicado em 01/06/2021 as
09:20 PM
Por epbr - 6 de janeiro de 2021 - Em Setor elétrico, Solar
O Grupo Fleury, de medicina e saúde, e a francesa GreenYellow fecharam um acordo para contratação de 4,5 MWp (megawatt-pico) em energia solar, por dez anos, com objetivo de abastecer 47% da energia consumida pelo grupo no Rio de Janeiro. Para atender à demanda, a GreenYellow vai construir uma usina fotovoltaica na cidade de Paty dos Alferes, no interior do Rio, com um investimento de mais de R$ 19 milhões. O estado é o oitavo em potência instalada no Brasil.
MWp é a potência máxima em condições normais de irradiação dos painéis solares.
Ao todo, 45 unidades do grupo serão atendidas pelo projeto, todas em baixa tensão, a partir deste ano. A usina da GreenYellow deve gerar 7,4 GWh por ano, por meio de 7.055 painéis solares, o que equivale a mais de 3.800 casas com consumo médio de 160 KWh cada, e deve evitar a emissão de quase 4 mil toneladas de CO2 por ano, estima empresa.
Clóvis Porto, diretor de Expansão e Facilities do Grupo Fleury, explica que o acordo é um passo importante da companhia em direção à migração do consumo de energia de suas operações para alternativas mais sustentáveis.
“A adoção de uma fonte 100% renovável, como é o caso da fotovoltaica, nos coloca ainda mais em um caminho que desejamos seguir em termos de sustentabilidade”, afirma.
O consumo energético do Fleury em território fluminense representa atualmente 27% do total utilizado pelo grupo em todo o país, com unidades distribuídas por shopping centers, centros de atendimento ao público e áreas técnicas onde são processados exames.
Já Pierre-Yves Mourgue, diretor-presidente da GreenYellow, afirma que, com o modelo de negócio proposto pela empresa, o parceiro tem ainda o benefício de adquirir energia a um custo mais baixo que o comprado junto à distribuidora.
“De acordo com o modelo de negócio proposto pela GreenYellow aos clientes, a empresa é responsável pela injeção do capital e a completa implantação, operação e manutenção da usina”, explica.
Solar em expansão
A geração solar ficou em terceiro lugar dentre as fontes de geração com entrada em operação no Brasil em 2020, com 793,2 MW instalados (16% do total) em 21 empreendimentos.
As térmicas foram as que apresentaram o maior percentual, com 63 usinas e 2.235,1 MW acrescidos, representando 45,3% da potência instalada no ano. Em seguida vem a eólica, com 1.725,8 MW em 53 usinas, o equivalente a 34,9% do total do ano. Dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 06/01/2021
ÍNDICE DE COMMODITIES DO BANCO CENTRAL CAI 1,36% EM DEZEMBRO ANTE NOVEMBRO
Publicado em 01/06/2021 as
09:20 PM
O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) caiu 1,36% em dezembro ante novembro, informou nesta quarta-feira, 6, a instituição. O indicador passou de 267,00 pontos para 263,38 pontos.
Para efeito de comparação, o BC também divulga em seu documento o indicador internacional de commodities, o CRB, que recuou 4,12% na mesma relação mensal.
A baixa do IC-Br na margem em dezembro foi resultado direto do recuo de um dos três segmentos que compõem o indicador: Agropecuária (-2,81%). Metal (+0,31%) e Energia (+2,45%) registraram altas.
Em Agropecuária estão incluídos itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco.
Já o segmento de Metal reúne alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Por sua vez, em Energia estão inclusos os preços de gás natural, carvão e petróleo.
No acumulado do ano de 2020, o IC-Br exibiu avanço de 28,14%, com Agropecuária em alta de 28,06%, Metal com elevação de 54,03% e Energia com ganho de 4,51%. O CRB no período subiu 27,37%.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 06/01/2021
NOVO PRESIDENTE DE COMISSÃO DA CÂMARA DOS EUA PROMETE PRESSÃO SOBRE ‘BOLSONAROS DO MUNDO’
Publicado em 01/06/2021 as
09:19 PM
Da redação com AFP

Gregory Meeks pediu a revisão da política de Washington para a Venezuela e prometeu promover os direitos humanos no Brasil (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)
O governo do democrata Joe Biden deve ter impacto significativo também na política brasileira de direitos humanos. Nesta quarta-feira (6), Gregory Meeks, novo presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, pediu a revisão da política de Washington para a Venezuela, um enfoque mais multilateral do país sob o comando de Biden, e prometeu promover os direitos humanos no Brasil.
Em entrevista à AFP, o parlamentar norte-americano disse que quer discutir com o presidente Jair Bolsonaro a marginalização das comunidades afro-brasileiras, indígenas e LGBT. Além disso, afirmou que pretende se unir a legisladores e ONGs brasileiras para tratar do tema.
Meeks considera que “há um papel que todos devem desempenhar, e se podemos estar de acordo e começar a falar e exercer a mesma pressão sobre os Bolsonaros do mundo, acho que podemos ter um grande impacto”.
O democrata tem uma visão sobre direitos humanos bem diferente do presidente Donald Trump, ao qual Bolsonaro é bastante ligado ideologicamente.
Além do aviso ao Brasil, Meeks também destacou que buscaria ajuda humanitária aos palestinos, em mais uma posição oposta ao Trump, e prometeu retomara os contatos diplomáticos com o Irã.
Em relação à Venezuela, o democrata disse que o presidente republicano liderou uma campanha de dois anos para tirar Nicolás Maduro do poder. Vale lembrar que a reeleição de Maduro em 2018 não foi reconhecido por Washington nem por boa parte da comunidade internacional.
Meeks, no entanto, não disse que Biden deveria reverter o reconhecimento de Trump ao líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente interino. Admitiu que há irregularidades eleitorais do regime de Maduro e disse que qualquer solução para a crise deve se concentrar em reparar as instituições, inclusive com a incorporação de membros da oposição no órgão que rege as eleições.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 06/01/2021
PETROBRAS CONFIRMA REAJUSTE DE 6% PARA O GLP A PARTIR DO DIA 7 DE JANEIRO
Publicado em 01/06/2021 as
09:19 PM
A Petrobras confirmou nesta quarta-feira, 6, o primeiro aumento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) este ano, da ordem de 6%, depois de ter reajustado em 5% em 3 de dezembro. O aumento, válido a partir da quinta-feira, 7, segue a alta do preço do petróleo no mercado internacional, que nesta quarta-feira fechou cotado a US$ 54,30 o barril do tipo Brent. Em 2020, a alta do GLP foi de 21,9%.
A alta afeta tanto o GLP 13 Kg, o chamado gás de cozinha, que será vendido nas refinarias a R$ 35,98 o botijão, correspondente a 46% do preço total, quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios, academias, entre outros.
“Os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento, também sendo influenciado pela taxa de câmbio”, informou a Petrobras.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 06/01/2021
COLUNA RADAR - CGU VÊ DRAGAGEM DE PORTOS À DERIVA NO PAÍS
Publicado em 01/06/2021 as
09:19 PM

Navios no porto do Rio de Janeiro (Agência Brasil) Agência Brasil/Divulgação
Um balanço da Controladoria Geral da União divulgado no final de 2020 põe em xeque a política de dragagem dos portos implementada pelo governo federal. Segundo o órgão de controle, existe “clara indicação quanto ao esgotamento do modelo vigente”, além de “impropriedades e irregularidades”, especialmente na segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND).
O raio-x feito pelo órgão apresenta um conjunto de falhas na gestão, como lacunas institucionais, deficiências de controle e indefinição de responsabilidades. Na prática, há desde a insuficiência na fiscalização das obras de dragagem até a nomeação para cargos comissionados sem respeitar critérios técnicos. A CGU avaliou a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, ligados ao Ministério da Infraestrutura.
A fragilidade institucional do programa de dragagens que, em pouco mais de uma década já passou por quatro órgãos do governo federal e consumiu R$ 4 bilhões, é evidenciada pelos auditores: “o PND contou com sete secretários/ministros, ao longo de nove anos, entre maio de 2007 e setembro de 2016, sendo que, já no período do PND II, a rotatividade tornou-se mais acentuada, com cinco ministros em menos de três exercícios”.
O governo de Jair Bolsonaro herdou os mesmos vícios de Michel Temer e Dilma Rousseff, ao manter a dança das cadeiras e a consequente indefinição de regras sobre manutenção e investimento na infraestrutura aquaviária. Como exemplo, a CGU cita um banco de dados sobre o trabalho de dragagem no valor de R$ 7,2 milhões que até hoje não estaria em uso porque sua entrega não foi concluída. O caso não seria isolado. Ele se “estende aos sistemas e demais estudos produzidos em termos e convênios mais antigos, os quais não foram nem ao menos localizados”.
O órgão sustenta que, diante da situação econômica do país, não há mais espaço para o governo manter a política de dragagem por meio de recursos do Orçamento Geral da União sem a contribuição das autoridades portuárias. A recomendação, diz a CGU, seria o uso das receitas arrecadadas nas tarifas cobradas pelos portos, como é o caso da chamada Tabela 1, de infraestrutura de proteção e acesso aquaviário, garantindo assim o aumento da capacidade operacional e logística dos terminais brasileiros.
Fonte: Portal Veja On-line
Data : 06/01/2021
PORTO DE LEIXÕES REFORÇA LIGAÇÃO A INGLATERRA E IRLANDA, ESTREANDO LIGAÇÕES DIRETAS
Publicado em 01/06/2021 as
09:19 PM
Fonte: APP - Portos de Portugal (6 de janeiro de 2021 )
A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) acaba de anunciar a estreia de duas novas ligações Roll-on/Roll-Off diretas a Dublin (Irlanda) e a Liverpool (Inglaterra), a partir do Porto de Leixões. As novas rotas pretendem dar resposta à efetivação da saída do Reino Unido da União Europeia, permitindo diminuir o tempo de trânsito e simplificar a burocracia envolvida no transporte de mercadorias.
A anterior rota que cobria o Reino Unido, a partir do Porto de Leixões, permitia que o mesmo navio descarregasse em Dublin e, seguidamente, em Liverpool, numa só viagem. Com o Brexit, esta rota apresentava maiores desafios ao nível burocrático, que agora estão simplificados. Com estas novas ligações, Leixões passa a contar com um total de cinco serviços semanais de carga Roll-on/Roll-Off (carga que embarca e desembarca sobre rodas), da responsabilidade do armador CLdN.
“Mais uma vez, o Porto de Leixões está na vanguarda do setor portuário português, procurando dar uma resposta célere, eficiente e duradoura aos desafios desencadeados pela efetiva saída do Reino Unido da União Europeia. Este é um passo da maior importância para as empresas portuguesas que utilizam o porto, que possibilita que estas se mantenham competitivas e que não haja uma travagem abrupta do movimento de importação e exportação por via marítima”, esclarece Nuno Araújo, presidente da APDL.
No segmento de carga Roll-on/Roll-Off, o Porto de Leixões fechou o mês de novembro a registrar uma subida de 5% no número de unidades movimentadas, que correspondem a mais de 1,2 milhões de toneladas de mercadorias.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 06/01/2021
NAVIO DA MARINHA INVESTIGA E ESTUDA O MAR DA MADEIRA
Publicado em 01/06/2021 as
09:18 PM
Fonte: APP - Portos de Portugal (6 de janeiro de 2021 )
O navio hidrográfico Almirante Gago Coutinho efetuou levantamentos hidrográficos, realizou o lançamento de boias derivantes no âmbito de uma cooperação com o Global Drifter Program – NOAA e ainda a colheita de diversas amostras de água superficial para análise de microplásticos no âmbito do projeto Volta ao Mundo Sagres 2020, naquela região.
O navio hidro-oceanográfico aproveitou também a oportunidade de passagem na ilha de Porto Santo para a realização de levantamentos hidrográficos, que se enquadram no Programa de mapeamento hidrográfico dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional designado por SEAMAP 2030. Estes levantamentos proporcionam o conhecimento detalhado da orografia do fundo do mar Português.
Estas ações permitem mapear o fundo dos Oceanos e Mares com alta resolução e criar bases e identificar os locais mais indicados para se mapearem recursos, ecossistemas, fenómenos e sistemas submarinos relevantes para a preservação e exploração sustentada dos Oceanos, o que permite conhecer melhor o mar português.
O NRP Almirante Gago Coutinho, que largou da Base Naval de Lisboa no dia 31 de dezembro rumo a Cabo Verde, é comandado pelo capitão-de-fragata Francisco Calisto de Almeida e possui uma guarnição de 52 militares, onde se inclui uma equipa técnica do Instituto Hidrográfico (da Brigada Hidrográfica), dois aspirantes a oficial da Escola Naval em estágio, uma equipa médica, uma equipa do pelotão de abordagem do Corpo de Fuzileiros e uma equipa de Mergulhadores.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 06/01/2021
MULTINACIONAL ADM FECHA 2020 COM AUMENTO DE 7% NA ORIGINAÇÃO DE GRÃOS DO BRASIL
Publicado em 01/06/2021 as
09:18 PM
Fonte de Informação : Moneytimes (6 de janeiro de 2021 )
As projeções para 2021 da ADM também são otimistas, mantidas as previsões de nova safra recorde do Brasil (Imagem: Divulgação/ADM)
A multinacional ADM, empresa de commodities agrícolas e de nutrição humana e animal, informou nesta terça-feira que registrou o terceiro recorde anual consecutivo na originação de grãos do Brasil, com um aumento de 7% em 2020 na comparação com 2019.
O volume total de soja e milho originado pela empresa superou a alta registrada na movimentação em 2019, quando a ADM havia elevado a originação em 3% ante o ano anterior, segundo a trading.
“O bom desempenho se deu, principalmente, em decorrência do aumento do volume de soja que cresceu 14%…”, disse a companhia em nota.
Segundo Luciano Botelho, presidente de oleaginosas da ADM para América Latina, “um aspecto que beneficiou a comercialização da safra 2020 foi o fato de que ela já estava colhida quando a pandemia de Covid-19 começou, o que permitiu que seu impacto na oferta de grãos no país fosse menor”.
Além disso, afirmou ele, a “incorporação das atividades da Algar Agro, ocorrida em 2018, também contribuiu para o aumento do volume na originação, e nos permitiu alcançar mais um recorde”.
As projeções para 2021 da ADM também são otimistas, mantidas as previsões de nova safra recorde do Brasil, o maior produtor e exportador global de soja. “Os volumes de originação da ADM devem seguir crescendo também”, comentou a companhia, que não detalhou o volume originado em 2020.
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 06/01/2021
OGMO/SANTOS: BANCA EXAMINADORA DE SHIPLOADER (OSL) – CATEGORIA SINDOGEESP
Publicado em 01/06/2021 as
09:18 PM
Fonte de informação: OGMO/Santos (6 de janeiro de 2021 )
O OGMO Santos, em parceria com a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) por meio do Ensino Profissional Marítimo (EPM) em continuidade ao processo de atualização e capacitação da mão de obra dos trabalhadores portuários avulsos inscritos perante a entidade, bem como em atendimento à legislação vigente, com base no Programa de Atualização Técnica Profissional, implantado em 2013, convoca os trabalhadores portuários avulsos da categoria SINDOGEESP para Pré-Inscrição da Banca Examinadora de Operação de SHIPLOADER.
LISTA DE CLASSSIFICADOS
Os Trabalhadores classificados na lista anexa deverão comparecer no local abaixo informado, 30 minutos antes do inicio do treinamento devidamente uniformizados com EPI COMPLETO para realização de cadastro e autorização para acesso ao terminal:
Instituição Responsável pelo Curso: CENEP – SANTOS
Instrutor: Roberto Luiz Barreiros Junior
Local: COOPERSUCAR (Terminal Açucareiro Coopersucar – TAC) . Entrada Principal, Armazém VI
Data do Curso: de 7 a 18 de janeiro
Período: das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas
Vagas disponíveis: 92
Fonte : O SOPESP - Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo
Data : 06/01/2021
GESTÃO PORTUÁRIA: SAIBA TUDO SOBRE O CURSO
Publicado em 01/06/2021 as
09:17 PM
Redação Portogente
Pensando em ingressar na área de portos? Neste artigo, saiba tudo sobre o curso de Gestão Portuária e sua carreira!
O setor portuário é um dos que mais cresce no Brasil, principalmente após a descoberta das reservas de pré-sal e os investimentos de modernização na área. Só no último ano, esse setor subiu 13 posições no ranking de modais do Fórum Econômico Mundial no nível de eficiência dos serviços.
E nos próximos anos, o crescimento deve ser ainda maior. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o setor portuário deve movimentar mais de R$ 30 bilhões em investimentos até 2022.
Mas, o País ainda carece de mão de obra qualificada para atuar na área, como diretores de gestão portuária. Eles são os profissionais que planejam e gerenciam toda a movimentação portuária.
Para quem tem interesse em atuar no setor, a boa notícia é que é possível se formar na área com uma faculdade de dois anos: Gestão Portuária. A seguir, veja tudo sobre esse curso e essa carreira!
O que faz um gestor portuário?
Nos portos, o papel do diretor de gestão portuária ou, simplesmente, gestor portuário é o de planejar e coordenar a movimentação física e o fluxo de informações sobre as operações portuárias e suas necessidades intermodais de transporte.
Esse profissional também é quem atua na administração das organizações portuárias, desempenhando funções estratégicas, administrativas e operacionais.
Segundo o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), entre outras atividades desenvolvidas pelo diretor de gestão portuária, estão:
? Gerenciar o transporte aquaviário de carga e passageiros;
? Gerenciar pessoas para proporcionar fluxo otimizado do ciclo origem-destino;
? Planejar e gerenciar a utilização otimizada de equipamentos e as necessidades intermodais;
? Catalogar e gerenciar estratégias de armazenagem, cálculo de fretes, planejamento de transbordos, sistemas de tráfego de navios, rebocadores, taxa de ocupação de berços;
? Gerenciar projetos ambientais e recursos humanos;
? Vistoriar, realizar perícia, avaliar, emitir laudo e parecer técnico na área.
Como é o curso de Gestão Portuária?
O curso superior de Gestão Portuária é uma graduação de nível tecnólogo, ou seja, é um curso mais prático, focado na atuação do mercado de trabalho e com menor tempo de duração. O curso de Gestão Portuária dura, em média, 2 anos (1600 horas).
A graduação em gestão Portuária capacita profissionais a trabalhar no sistema portuário como um todo, nas operações terrestres, marítimas e de produtos, realizando o planejamento e gestão do transporte de pessoas, cargas e materiais.
Ao longo do curso, os estudantes aprendem sobre logística, gestão, segurança, comércio exterior, matemática e normas legais. Confira abaixo algumas disciplinas do curso de Gestão Portuária:
? Comunicação Empresarial;
? Contabilidade;
? Desenvolvimento Sustentável;
? Dinâmica das Relações Interpessoais;
? Direito da Navegação;
? Economia e Mercado;
? Equipamentos e Cargas;
? Estatística Aplicada;
? Estratégia e Marketing Portuário;
? Fundamentos de Administração;
? Gestão de Operações Portuárias;
? Legislação Aduaneira e Portuária;
? Logística e Transporte;
? Matemática Aplicada;
? Matemática Financeira;
? Negócios Internacionais;
? Planejamento Estratégico;
? Plano de Negócios;
? Recursos Materiais e Patrimoniais;
? Sistemática de Importação e Exportação;
? Tecnologia da Informação Portuária e Marítima;
? Técnicas de Informática;
? Tópicos Especiais em Gestão Portuária;
? Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial.
Para se formar, a maioria das instituições de ensino não exige que o estudante apresente o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) nem cumpra estágio curricular supervisionado obrigatório.
Quais as áreas de atuação de Gestão Portuária?
Após formado, a principal área de atuação dos gestores portuários são os portos. Mas, eles também podem atuar em empresas e organizações de transporte marítimo e hidroviário e de transporte multimodal.
Outras oportunidades para esses profissionais são as empresas de planejamento, desenvolvimento de projetos, assessoramento técnico e consultoria, além de instituições de ensino e centros de pesquisa.
Quanto ganha um gestor portuário?
O salário da área de gestão portuária é um dos pontos que mais atraem a atenção. Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), consultados pelo portal Salario.com.br, a média salarial de um diretor de gestão portuária no Brasil é de R$ 12.157,79.
Considerando os profissionais contratados em regime CLT, a faixa salarial dos gestores portuários fica entre R$ 5.000,00 (salário mediana da pesquisa), R$ 11.096,29 (média do piso salarial 2021) e R$ 35.799,43 (teto salarial).
Gostou do curso de Gestão Portuária e suas oportunidades de atuação? Compartilhe com a gente nos comentários!
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 06/01/2021
TECNOLOGIA DEVE IMPULSIONAR COMÉRCIO EXTERIOR EM 2021
Publicado em 01/06/2021 as
09:17 PM
Redação Portogente
Pandemia de Covid-19 está levando operadores da cadeia de importação e exportação a buscarem mais informação, dados e inteligência
Um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19 foi o de comércio exterior, já que o fechamento de fronteiras para evitar a transmissão do vírus também bloqueou o transporte de mercadorias entre países, levando os operadores a buscarem alternativas para realizarem as transações comerciais.

Imagem do Freepik.
Na esteira desse quadro, empresas que oferecem soluções tecnológicas de inteligência de mercado e análise de dados ganharam terreno e hoje são parceiros imprescindíveis dos players da área de importação e exportação. Como a LogComex, especializada no desenvolvimento de aplicações para toda a cadeia do segmento.
Carlos Souza, cofundador e COO da LogComex, ressalta que a pandemia atingiu de forma mais contundente as empresas de pequeno porte do segmento. “Elas já não tinham tanto caixa e por isso foi muito difícil para se manterem. Observamos que aumentou a desigualdade entre os operadores, principalmente os agentes de carga. Os maiores ficaram ainda mais fortes, enquanto os menores ficaram ainda mais fracos”, pondera.
Outro ponto destacado pelo especialista foi a retração nas importações e na produção industrial que acabou impactando várias cadeias de suprimentos. “Por isso, especialmente em 2020, o mercado de matérias-primas em geral está enfrentando um momento difícil, com a falta de insumos básicos. Nossa expectativa é que isso mude no ano que vem e as empresas se preparem para suprir essa falta que está prejudicando a indústria local”, argumenta Souza.
Ele acredita que em 2021, mais empresas devem se interessar, se envolver e aprender mais a trabalhar com dados de mercado para guiar suas estratégias comerciais. “Outra tendência forte é o trabalho remoto, que também acredito que vai continuar, seja totalmente, como algumas empresas estão fazendo, ou em um modelo mais híbrido, que a LogComex pretende implementar”, estima.
Para Helmuth Hoffstater, cofundador e CEO da LogComex, o foco principal do segmento no próximo ano será a automatização. “As empresas vão buscar muito a redução de custos com a tecnologia. Também vamos observar uma grande busca pela atualização das cadeias logísticas. E, claro, cada vez mais a substituição do papel, para reduzir a burocracia do setor”, aponta.
Hoffstater considera o principal motor para o crescimento da LogComex as pessoas que foram contratadas ao longo do ano. “Trazendo as pessoas certas e respostas para as incertezas de muitas empresas nesse período foi um fator primordial, que ajudou a empresa a atingir o patamar que conquistamos atualmente. Acredito que entramos no momento certo nesse cenário”, finaliza o executivo.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 06/01/2021
GOVERNO BOLSONARO ENTREGA QUASE 100 OBRAS E 12 CONCESSÕES, EM 2020, MINISTRO COMEMORA E QUER BATER NOVA META
Publicado em 01/06/2021 as
09:17 PM
Ministro da infraestrutura comemora resultado do Governo Bolsonaro em 2020.
Por Rômulo NC
O Governo Bolsonaro conseguiu atingir marca vitoriosa em 2020. Quando o assunto se trata de obras e concessões, o governo de Jair Bolsonaro teve um grande destaque para cumprir com os projetos que tinham.
O Ministério da Infraestrutura entregou 86 obras. Na área de rodovias foram mais de 1259 quilômetros de duplicação, pavimentação e construção das vias. Além disso, o ano terminou com 12 concessões de ativos de infraestrutura.
Coranavírus não impediu Governo de Bolsonaro de prosseguir com obras
Os números foram apresentados pelo ministro de infraestrutura, no último dia 14 de dezembro de 2020. Na ocasião, o ministro afirmou que o ano havia sido de muitos desafios, mas apesar de tudo muito vitorioso.
O desafio mencionado por Tarcísio foi o coronavírus, doença que vem matando milhares de pessoas no mundo todo, além de ter causado grandes empecilhos para a realização de trabalhos e tarefas corriqueiras.
O ministro também detalhou que conseguiram um resultado bem abrangente com mais de noventa por cento do orçamento liberado em outubro. Agora, pensando em 2021, os planos do ministro estão grandes e esperançosos.
Metas do ministro cresce para 2021, mas Governo Bolsonaro terá que liberar bilhões
Tarcísio quer realizar mais de cinquenta concessões, além de 23 aeroportos; a concessão de duas ferrovias e a renovação antecipada de mais uma; além de 11 lotes de rodovias e 17 terminais portuários. Ainda não está previsto a desestatização da Companhia Docas do Espirito Santo (Codesta).
De acordo com o ministério, todas essas metas devem render R$ 137,5 bilhões em investimentos contratados e quase R$ 3 bilhões em outorgas.
Fonte: Portal i7 News
Data : 06/01/2021
PRIVATIZAÇÃO DE PORTO AUSTRALIANO SERÁ BASE PARA DESESTATIZAÇÃO DE SANTOS, DIZ MINFRA
Publicado em 01/06/2021 as
09:16 PM
Fonte e Informação Agência iNFRA
O processo de privatização do porto de Melbourne, na Austrália, será a base para a metodologia da desestatização da SPA. Foi o que afirmou o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. Segundo ele, tanto as experiências trazidas pelo modelo quanto os valores envolvidos agradam ao governo.
“O nosso secretário, Diogo Piloni, esteve recentemente na Austrália para saber como aconteceu a privatização do porto. Ele tem dimensões mais próximas ao de Santos. Para esse processo de desestatização, estamos calçados na experiência australiana de privatização de portos. Acredito que os números serão parecidos com o que ocorreu lá. Estamos falando de algo em torno de US$ 8 bilhões”, disse.
Sampaio falou com exclusividade à Agência iNFRA sobre as perspectivas do órgãos em relação aos leilões programados, a aprovação do Marco das Ferrovias e o BR do Mar, além da perspectiva da criação da Infra S.A.
Confira a matéria na íntegra: https://www.agenciainfra.com/blog/privatizacao-de-porto-australiano-sera-base-para-desestatizacao-de-santos-diz-minfra/
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 06/01/2021
ESCALAS DE NAVIOS CONTÊINERES NOS PORTOS BRASILEIROS CAEM 3% EM 2020 EM COMPARAÇÃO A 2019
Publicado em 01/06/2021 as
09:16 PM
Fonte: Datamarnews
As escalas de navios contêineres nos portos brasileiros são um indicativo da atividade econômica do país. Por isso, a equipe da Datamar reuniu alguns dados que podem funcionar como um termômetro do atípico ano de 2020.
Em dezembro de 2020, o país registrou 664 escalas de navios contêineres em seus portos, uma queda de 2,5% em relação a igual mês de 2019. Em Santos, a queda foi ligeiramente maior, -2,85%. Já na comparação com novembro de 2020, as escalas caíram 5,8%.
Apesar dos efeitos da pandemia da covid-19 na atividade econômica, os portos brasileiros registraram uma queda de apenas 3% nas escalas de navios contêineres em 2020 em relação a 2019. Já o Porto de Santos registrou queda de 4% no período.
A tabela abaixo traz o número de escalas de navios contêineres em cada porto brasileiros em 2020 e seu comparativo com 2019. A maior parte dos portos registrou queda nas atracações. O ano foi muito bom para o agronegócio, e as exportações de grãos bateram recordes, mas a movimentação de contêineres foi menor que em 2019 na maior parte dos portos. O destaque positivo foi o Porto de Navegantes, que cresceu 8%.
Em relação ao crescimento das atracações no Porto de Itaqui deve-se ao fato de que em agosto de 2019 começou uma fase de teste para um serviço regular que se concretizou em fevereiro/2020
De acordo com a Portonave, o resultado do Porto de Navegantes é reflexo de uma somatória de fatores, puxados pela retomada do crescimento econômico – o PIB do Brasil no terceiro trimestre fechou em +7,7%. Mesmo com o cenário da pandemia mundial, o setor portuário não parou e se mostrou essencial, tanto para o abastecimento das indústrias e insumos para o consumo interno, quanto para o envio de produtos e matérias-primas para outros países. As importações, que no início da pandemia até a metade do ano tiveram queda, se recuperaram nos últimos meses. Só em novembro, o Porto de Navegantes teve seis escalas extras de navios.
A conclusão da primeira fase da Nova Bacia de Evolução, que possibilita aos portos de Itajaí e Navegantes receber navios com até 350 metros de comprimento, foi um dos fatores que colaborou com o crescimento da movimentação também. Desde maio, mais de 40 navios com mais de 306m giraram no novo espaço de manobras. Um trabalho que uniu esforços da Autoridade Portuária, Marinha, Praticagem e Governo do Estado para ser executado.
Outro porto que teve uma movimentação maior de contêineres foi Paranaguá, que registrou 3% mais atracações em 2020 em relação a 2019.De acordo com a Portos do Paraná, os portos do estado fecham o ano com quinze recordes batidos. A movimentação histórica de mais de 55 milhões de toneladas de carga movimentada, o maior número de caminhões recebidos no Pátio de Triagem, o maior navio de grãos já recebido, entre outros, fizeram com que os portos de Paranaguá e Antonina se destacassem no setor nacional.
“Apesar da crise sanitária, os portos paranaenses avançaram. O Estado teve uma safra de soja espetacular e o preço do produto no mercado internacional favoreceu as exportações. Além disso, o açúcar teve muito destaque, o frango congelado e o óleo vegetal”, comenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Além disso, em dezembro, a autoridade portuária divulgou que o Porto de Paranaguá pode agora carregar mais 120 contêineres cheios, por navio, nos dois últimos berços a leste do cais público: 217 e 218. Isso vale para as grandes embarcações do segmento, que medem mais de 300 metros no comprimento. O aumento significa 15% mais capacidade de movimentação.
“Isso foi possível porque a autoridade marítima acaba de aprovar mais 30 centímetros de calado operacional para esses dois berços. Passamos de 11,80 metros para 12,10 metros”, destaca Luiz Fernando Garcia. O calado operacional é a medida que vai da linha da superfície da água até o fundo do navio (quilha). “Essa medida reflete diretamente na capacidade que os navios têm de carregar. É até onde eles podem afundar, quando carregados”, simplifica Garcia.
Considerando a evolução do calado operacional, nos últimos cinco anos o terminal de contêineres do Porto de Paranaguá incrementou a capacidade de movimentação, por navio, em mais 1.280 TEUs O ganho de calado operacional obtido de 2015 até esta última revisão é de 1,60 metros.
Para 2021, a pergunta é como a segunda onda da covid-19 e a vacina contra a doença vão afetar a economia brasileira e mundial. Para o mês de janeiro não há previsão de blank sailing.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 06/01/2021
ANTAQ REALIZA AUDIÊNCIA VIRTUAL SOBRE RETIRADA DE RESÍDUOS DE EMBARCAÇÕES
Publicado em 01/06/2021 as
09:16 PM
Reunião aconteceu nesta terça-feira (5)
A ANTAQ realizou, nesta terça-feira (5), audiência virtual referente à Audiência Pública nº 16/2020, que trata da proposta de resolução que tem por objeto disciplinar a prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações em áreas e águas sob jurisdição brasileira.
Foi a primeira audiência de que o diretor-geral da Agência, Eduardo Nery (foto), participou. “Esse tema relativo à sustentabilidade é fundamental para o país. Com as contribuições da sociedade, entregaremos ao mercado uma norma justa e eficiente, que leva em consideração a questão ambiental”, ressaltou Nery.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 06/01/2021
CONFIRA O CALENDÁRIO DE AUDIÊNCIAS VIRTUAIS DA ANTAQ ATÉ O INÍCIO DE FEVEREIRO
Publicado em 01/06/2021 as
09:15 PM
Até o dia 8, serão realizadas quatro reuniões, entre elas a que discutirá sobre a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa)
Até 8 de fevereiro, a ANTAQ realizará quatro audiências virtuais para que a sociedade se manifeste sobre os assuntos que a Agência pôs em discussão por meio de consultas públicas. Abaixo, os números das audiências públicas, os temas, as datas e os horários. Caso haja alguma modificação, a sociedade será informada com antecedência.
Audiência Pública nº 17/2020 - Alteração das normas aprovadas pela Resolução nº 912-ANTAQ, de 23 de novembro de 2007, pela Resolução nº 1.274-ANTAQ, de 3 de fevereiro de 2009, pela Resolução nº 1.558-ANTAQ, de 11 de dezembro de 2009, e pela Resolução nº 3.274-ANTAQ, de 6 de fevereiro de 2014, estabelecendo os critérios e procedimentos para prestação de serviços de transporte de cargas perigosas na navegação interior.
Audiência virtual: 18/01 – 15h.
Audiência Pública nº 18/2020 - Obter contribuições, subsídios e sugestões para a proposta de norma que tem por objeto estabelecer critérios e procedimentos para a realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR) e de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR), pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
Audiência virtual: 21/01 – 15h.
Audiência Pública nº 19/2020 – Obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos tendentes à licitação do projeto de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), bem como da concessão dos Portos de Vitória e Barra do Riacho.
Audiência virtual: 04/02 – 15h. Haverá, ainda, uma audiência presencial. Em breve, mais informações.
Audiência Pública nº 20/2020 – Obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório referente ao arrendamento de terminal portuário destinado à movimentação e armazenagem de carga geral, especialmente cavaco de madeira, localizado no Porto Organizado de Maceió/AL, denominado área MAC14.
Audiência virtual: 08/02 – 15h.
Vale lembrar que os interessados em opinar sobre os temas podem enviar as contribuições por meio de formulário eletrônico disponível em gov.br/antaq, respeitando o prazo de cada consulta pública. Para mais informações, acesse o portal da Agência e localize o box Participação Social.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 06/01/2021
ALEXANDRE MACHADO: PETRÓLEO E GÁS ALÉM DAS 200 MILHAS
Publicado em 01/06/2021 as
09:15 PM
Área na Bacia de Santos será leiloada para exploração e produção na Plataforma Continental, em feito inédito na história mundial
Por Alexandre Machado
Iniciamos o ano acreditando na descoberta de uma vacina eficaz para amenizar os impactos da pandemia da covid-19, o que pode gerar reflexos significativos em todos os setores produtivos, inclusive no de energia. Vale dizer que o Brasil, em relação às rodadas de petróleo e gás, desacelerou. Porém, não parou, muito diante da necessidade de promover sua agenda positiva no setor, criando várias iniciativas para impulsioná-lo, em detrimento a um aproveitamento máximo, em relação à corrida para transição para um ambiente de baixo carbono.
Em rápida síntese, tais iniciativas estão previstas no Plano Nacional de Energia 2050 (EPE; ANP, 2020), além do plano de negócios da estatal Petrobras, e contam com o encerramento do monopólio de gás natural e do refino de petróleo pela estatal, devido à abertura do mercado de gás e à venda de suas refinarias e de diversos ativos em áreas maduras (onshore/offshore), visando revitalizar e atender a um novo mercado de pequenos e médios operadores, dinamizando o setor. Espera-se ainda mudanças regulatórias no contrato de partilha de produção, continuidade do ciclo de rodadas de oferta permanente, além de condições financeiras mais favoráveis nas futuras rodadas.
Nesse sentido, dentro de uma das iniciativas, destaca-se a 17ª rodada de licitações para exploração e produção de P&G, no regime de concessão – a qual chama atenção por ser a primeira vez na história mundial que uma área será leiloada para exploração e produção na Plataforma Continental – ou seja, para além das 200 milhas náuticas (cerca de 321km da costa) – parcial ou total, em águas ultra profundas (+1.500m de profundidade). Esta rodada foi inicialmente prevista para 2020, pela Resolução do Conselho Nacional de Política Energética CNPE nº10/2018, sendo alterada pela Resolução CNPE nº 07/2020, ficando para outubro de 2021
Para tanto, foram selecionados 96 blocos nas bacias sedimentares marítimas de Campos, Pelotas, Potiguar e Santos, totalizando aproximadamente 54 mil km². Aqui, destaco, na Bacia de Santos, apenas as áreas confrontantes da Baixada Santista: Peruíbe/SP (SS-AUP4 - S-M1607); Mongaguá/Itanhaém/SP (SS-AUP4 - S-M-1609); Guarujá/Santos/São Vicente/Praia Grande/Bertioga/SP (SS-AUP5 - S-M-1613) e São Sebastião/Ilhabela/Bertioga/Guarujá/SP (SS-AUP5 - S-M-1617), sendo as últimas duas localizadas em áreas além das 200 milhas.
Tal aposta vem sendo analisada pelo mercado com cautela – apesar da grande potencialidade da área, existe o risco exploratório, que se refere à probabilidade de perfurar um poço e não encontrar petróleo. Da mesma forma, conforme o Art. 35 da minuta do contrato de concessão da rodada, a produção em reservatórios situados total ou parcialmente em áreas da plataforma continental além das 200 milhas estará sujeito ao pagamento da contribuição à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, ou seja, um custo extra ao operador, apesar de ser compensado pela redução das alíquotas de royalties para os blocos do setor SS-AUP5 (além das 200 milhas). Um outro ponto importante, refere-se aos custos e à grande dificuldade logística para atendimento das unidades marítimas (plataformas), principalmente em caso de acidente, o que poderia comprometer não só as cidades confrontantes, mas também o porto estratégico de Santos.
Dessa forma, se, por um lado, o leilão favorável contribuiria para o desenvolvimento local, agora como realidade, por outro, temos o risco operacional que deve ser pensado para um melhor entendimento entre o melhor interesse público e privado. O Acidente da Deepwater Horizon (2010) no Golfo do México nos mostrou as dificuldades e a destruição deixada quando um poço não pode ser rapidamente fechado.
No dia 3 de fevereiro de 2021, por meio de videoconferência, teremos a audiência pública com a participação de todos os interessados. Participe! Inscrições no site rodadas.anp.gov.br/pt/17-rodada-licitacao/consulta-audiencia-publica
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 06/01/2021
JUST IN CASE CHEGAMOS EM 2021! MUDANÇAS JUST IN TIME!
Publicado em 01/06/2021 as
09:14 PM
Covid-19 também fez com que o mundo repensasse a maneira de se organizar
Por Maxwell Rodrigues

Covid-19 também fez com que o mundo repensassem a maneira de se organizar (Carlos Nogueira/AT)
É certo que o mundo, desde o conceito da globalização, atua com o mecanismo "just in time", ou seja, sistema de administração da produção que determina que tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora exata. Sendo aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e custos.
Contudo, a covid 19 fez com que o mundo e principalmente a Europa e os EUA repensassem a maneira de se atuar neste sentido.
Ao longo das ultimas décadas a China se transformou no estoque do mundo, a quem o mundo recorria diante de qualquer necessidade. Com a chegada da covid 19 a dependência ficou latente pelos produtos acabados ou não provenientes da China. Isso demonstrou a fragilidade do sistema “just in time” para potências mundiais como os EUA e a Europa. Evidente que aqueles que não sofriam de miopia ou se beneficiavam do sistema já tinham percebido isso de forma clara e objetiva.
A China alcançou essa condição com uma política definida como comunista, mas que na verdade muitos classificam como capitalismo selvagem “na veia”.
Vejamos, Capitalismo selvagem utilizado pela primeira vez por Karl Marx, em “O Capital”, demonstra o receio do que ele denominava de capitalismo econômico, ou o poder do dinheiro ficar na mão do que ele chamava de Leviatã (monstro marinho do caos primitivo, mencionado na Bíblia),onde o Estado com seu poder se torna juiz da situação e árbitro da economia.
Karl Marx denominou de pobreza da pobreza a miséria extrema causada pelo Leviatã: classes operárias com baixos salários no extremo da miséria (pobreza da pobreza), dia de trabalho com 14 horas ou mais e com transporte e alojamento inadequados. Levando o homem à loucura, demência e utilizando-se de drogas para se manter na forma dita "normal".
Hoje, emprega-se a locução "capitalismo selvagem" para indicar um capitalismo de grande concorrência entre as multinacionais. A ONU, portanto, é a grande responsável internacional para que se evite que os mercados se transformem em oligopólios ou comunidades de países de Capitalismo Selvagem.
Diante desta reflexão e com o termômetro mundial politico bastante quente, as grandes potências mundiais já estudam a utilização de outro modelo, o “just in case”, termo aplicado aos sistemas tradicionais de manufatura usados antes da influência das tecnologias modernas e das novas infraestruturas de transporte. É o contrário, de muitas maneiras, ao sistema de fabricação "just in time", recentemente desenvolvido. Ao traduzirmos esse termo, literalmente teríamos algo como “só no caso”. Logo, tem-se o raciocínio de “só pra garantir”, só para o caso de precisar de algo, só para o caso de algo dar errado, etc.
Se as grandes potências optarem pelo sistema "just in case", certamente a logística, o comercio mundial, o transporte marítimo e o aéreo sofrerão grandes mudanças, fazendo com que novas estratégias sejam estabelecidas e construídas.
As transformações no setor portuário poderão ser significativas a fim de atender este modelo que protegerá a indústria nacional dos países e as relações comerciais.
Nenhuma definição ainda foi tomada, mas existe uma clara tendência neste sentido.
Just in case talvez seja o novo normal!
Aguardaremos os movimentos em 2021, esperando que “just in case” ou “just in time” a vacina chegue o mais breve possível.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 06/01/2021
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NO PORTO DE SANTOS SUPERA EXPECTATIVAS EM 2020
Publicado em 01/06/2021 as
09:14 PM
Marca supera em 9,3% o volume operado no cais santista em 2019
Por Fernanda Balbino

Porto de Santos movimentou 146,5 milhões de toneladas de cargas em 2020 (Carlos Nogueira)
O Porto de Santos movimentou 146,5 milhões de toneladas de cargas durante todo o ano passado. A marca supera em 9,3% o volume operado no cais santista em 2019 e também ultrapassa as projeções de especialistas do setor.
O dado foi divulgado nesta quarta-feira (6) pela Autoridade Portuária de Santos (APS), novo nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo. Porém, a estatal que administra o Porto de Santos ainda não consolidou os números referentes à movimentação de cargas em dezembro.
Mesmo durante a pandemia de covid-19, a marca alcançada em 2020 é maior do que a projeção divulgada pelo diretor-presidente da APS, Fernando Biral, no mês passado. E o agronegócio foi o carro-chefe da movimentação no cais santista.
“Historicamente a produtividade dos portos aumenta em ocasiões de crises. Foi assim nas grandes guerras e, agora, diante a pandemia. Cresce a demanda de alimentos e respondemos com grãos, sendo necessário importar equipamentos e fertilizantes, por exemplo. Nunca vimos tanto adubo nesse Porto”, destacou o economista e professor universitário, Helio Hallite.
Segundo o especialista em comércio exterior, insumos médicos, fármacos e hospitalares também desembarcaram no cais santista durante todo o ano passado. “Países em lockdown, tomam mais do nosso café e nosso suco de laranja. Contêineres refrigerados levam todos os tipos de carnes para mais de 60 destinos. Esses são alguns dos exemplos mais exponenciais, a prova que o Porto é essencial, a UTI do comércio exterior”.
Já o engenheiro Marcos Vendramini aponta que o crescimento das operações é sustentado por três principais razões. A primeira tem a ver com a economia.
“Ainda que o consumo de itens agrícolas tenha continuado, a incerteza econômica por certo deixou uma demanda represada que será consumida em um cenário de mais certeza da economia - quando as pessoas estiverem mais seguras sobre o desenvolvimento econômico”, afirmou.
Vendramini também destaca que qualquer crescimento econômico adicional gerará uma demanda maior por bens duráveis, possivelmente incrementando também a movimentação de contêineres no cais santista. “O mesmo se aplica aos granéis líquidos como combustíveis que tendem a aumentar com uma maior circulação das pessoas e das cargas e dos químicos com o maior consumo de bens”.
Projeções
Para o economista Fabrizio Pierdomenico, neste ano, a previsão é de um crescimento em torno de 5%, em toneladas no Porto de Santos. A previsão de safra é levada em consideração nesta conta.
“Nossas projeções apontam uma movimentação entre soja, farelo de soja e milho de quase 47 milhões de toneladas em 2021, crescimento de cerca de 7%, comparado ao total previsto para 2020”.
A retomada da economia é outro importante fator a ser analisado. “Se efetivamente o Brasil e o mundo crescerem seus PIBs, granéis líquidos (combustível, químicos e suco de laranja) e contêineres devem crescer na proporção do próprio PIB brasileiro para 2021, estimado entre 3% a 4%, ressalvado algum problema que a pandemia poderá provocar ainda no primeiro semestre desse ano”, destacou Pierdomenico.
Nem tudo são flores
Segundo os especialistas, o crescimento de movimentação de cargas deve se sustentar neste ano. Porém, os reflexos da pandemia já são sentidos.
“Diante a satisfação das estatísticas, uma notícia nos entristeceu: os famosos portos especializados em corte de navios e produção de sucata anunciaram que estão congestionados, pelo surpreendente aumento de navios de passageiros, descomissionados e entregues aos maçaricos”, afirmou Hallite.
Pierdomenico lembra que também há impactos na movimentação de turistas no cais santista. “A pandemia, por sinal, ainda deve provocar alguns efeitos no Porto na movimentação de automóveis e no setor de navios de passageiros, que já teve a temporada 20/21 cancelada”.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 06/01/2021
SANTOS BRASIL DEMITE 120 MOTORISTAS E ANUNCIA QUE SERVIÇO SERÁ TERCEIRIZADO
Publicado em 01/06/2021 as
09:05 PM
Operadora que administra o Terminal de Contêineres do Porto de Santos demitiu funcionários na segunda-feira. Caso foi levado para o Ministério Público e pela sindicado da categoria
Por Fernanda Balbino

Motoristas foram surpreendidos ao saberem da notícia dos desligamentos (Foto: Reprodução/Guarujá Mil Grau)
A Santos Brasil, operadora logística que administra o Terminal de Contêineres do Porto de Santos (Tecon Santos) demitiu todos os seus 120 motoristas na última segunda-feira (4). Agora, a empresa pretende terceirizar o serviço. O caso foi levado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pelo sindicato que representa a categoria.
De acordo com a Santos Brasil, o processo de terceirização da atividade faz parte de uma estratégia da empresa. O terminal destaca, ainda, que o corte nada tem a ver com a falta de demanda citada como justificativa para a dilação do prazo para a realização de investimentos no Porto de Santos.
Conforme publicado por A Tribuna, a empresa adiou de 31 de dezembro de 2020 para 31 de dezembrode2031 a conclusão de seu cronograma de investimentos previstos no cais santista. Segundo a operadora do Tecon, a estimativa é investir, até o próximo ano, ao menos R$ 360 milhões – R$ 313 milhões já foram executados.
Os motoristas que atuavam na Santos Brasil foram surpreendidos pela notícia da demissão em massa na manhã do primeiro dia útil do ano. Logo às 8 horas, eles foram informados sobre a extinção do cargo.
“A Santos Brasil deu um golpe nos trabalhadores e em si própria”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região, Valdir de Souza Pestana. “Ao terceirizar a mão de obra, reconhece sua incapacidade de gerir transporte”.
Além do terminal localizado em Vicente de Carvalho, em Guarujá, a Santos Brasil tem uma unidade no bairro Alemoa, em Santos. Os motoristas demitidos atuavam entre as unidades, assim como em instalações portuárias e os depots, que são especializados em contêineres vazios.
Os profissionais desligados do Tecon também faziam a coleta e a entrega de carga para os clientes. Agora, todos esses procedimentos serão realizados por empresas terceirizadas.
Em nota, a Santos Brasil informou que “todos os profissionais desligados receberam um pacote de saída diferenciado. Além disso, a companhia contratou uma empresa de recolocação profissional que mapeou vagas no mercado para apoiar esses profissionais a serem recolocados o mais rapidamente possível”.
A Tribuna apurou que parte dos trabalhadores resolveu aderir ao processo de recolocação. E alguns estão em processo de indicação.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 06/01/2021
PORTO 360° ENTREVISTA ROGÉRIO SANTOS
Publicado em 01/06/2021 as
09:05 PM
O programa Porto 360° que vai ao ar hoje, às 19h45, nas redes sociais do Grupo Tribuna, terá como entrevistado o novo prefeito de Santos, Rogério Santos. O chefe do Executivo municipal vai tratar de seus planos para o setor. A apresentação é de Maxwell Rodrigues.
O Porto 360° é transmitido na página do Grupo Tribuna no Facebook (facebook/grupo.tribuna) e no canal do jornal A Tribuna no Youtube.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 06/01/2021
FGV: CONFIANÇA EMPRESARIAL TEM PESSIMISMO MODERADO PARA O 1º SEMESTRE
Publicado em 01/04/2021 as
05:52 PM
Índice de Confiança Empresarial recua 0,4 ponto e fecha o ano em 95,2.
Após uma sequência de altas a partir de julho de 2020, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,4 ponto em dezembro, fechando o ano em 95,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador caiu 0,7 ponto no mês. Os dados foram divulgados hoje (4), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Segundo o superintendente de Estatísticas do FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr., a evolução discreta do indicador em dezembro demonstra que o empresariado brasileiro está em compasso de espera, diante da “ainda grande incerteza” sobre os rumos da economia para os próximos meses.
“A queda do Índice da Situação Atual sinaliza desaceleração do nível de atividade corrente, enquanto a manutenção do Índice de Expectativas abaixo dos 95 pontos reflete um pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021”, explicou.
Ele destaca que esses dois componentes do índice foram influenciados pelo recrudescimento da pandemia de covid-19 no país e pelo fim do auxílio emergencial.
“Entre os fatores que pesam na balança para os dois lados estão a ameaça de uma perigosa nova onda de covid-19 no Brasil contrapondo ao início de campanhas de vacinação em outros países e a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020 como compensação parcial para o fim do período de concessão de auxílio emergencial. Será um primeiro semestre ainda muito difícil”, disse Campelo.
Componentes do índice
De acordo com o Ibre FGV, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida quatro índices de confiança setoriais cobertos pelas Sondagens Empresariais do instituto: ndústria, Serviços, Comércio e Construção.
Em dezembro, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 0,2 ponto, indo para 97,8 pontos, após sete meses consecutivos de alta. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,3 ponto, ficando em 94,3 pontos.
O indicador que mede o otimismo em relação à evolução da demanda nos próximos três meses avançou 0,9 pontos em dezembro e o da Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes subiu 0,7 pontos. Já o indicador de Emprego Previsto em três meses subiu pelo segundo mês seguido, para 1,7 ponto, sendo o único componente de expectativas empresariais a recuperar as perdas dos meses de março e abril de 2020.
Em dezembro, a confiança da indústria subiu 1,8 ponto, a do setor de serviços aumentou 0,8 ponto e a confiança na construção ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,1 ponto. Já o Índice de Confiança do Comércio teve a terceira queda consecutiva, de 1,8 ponto em dezembro.
Na difusão da confiança, o indicador aumentou em 55% dos 49 segmentos integrantes do ICE, depois de ficar em 43% no mês anterior, com evolução favorável em todos os setores.
Fonte: Portal Portos e Navios - RJ
Data: 04/01/2021
PORTO DO AÇU DIVERSIFICA SUAS OPERAÇÕES COM O AGRONEGÓCIO
Publicado em 01/04/2021 as
05:52 PM
Projeto idealizado por Eike, voltado a minério e petróleo, quer ser alternativa para grãos de Minas e do Centro-Oeste
Por Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO - Com o crescimento de curto prazo focado em projetos relacionados ao gás natural, o porto do Açu, no norte fluminense, mira o agronegócio para diversificar suas operações no futuro. A empresa iniciou em 2020 os primeiros desembarques de fertilizante importado e se apresenta como alternativa para o escoamento de grãos de Minas Gerais e do Centro-Oeste.
A consolidação de operações no agronegócio, porém, depende de uma ligação ferroviária, que hoje ainda não existe. Por enquanto, as operações são feitas por via rodoviária, o que limita o mercado à produção de grãos não transgênicos, que já usa esse modal, mas tem volumes menores.
O porto do Açu é um dos projetos idealizados pelo empresário Eike Batista, hoje condenado por pagamento de propina e manipulação do mercado financeiro.
O projeto polêmico foi planejado para se tornar uma grande área industrial, ancorada pela movimentação de minério de ferro, mas, após a derrocada do grupo de Batista, concentrou sua expansão na prestação de serviços para o setor de petróleo.
Hoje, além do terminal de minério, o porto tem como principais operações o apoio a plataformas marítimas de petróleo e um terminal de transferência de óleo para grandes embarcações de exportação da commodity, negócio que deve ter o capital aberto em Bolsa de Valores.
Tem ainda um terminal de cargas gerais e começa a atuar na cabotagem, para receber equipamentos petrolíferos importados pelo porto do Rio de Janeiro.
Estivadores despacham carregamento de açúcar em navio atracado no porto de Santos; - Paulo Whitaker - 24.nov.10 /Reuters

Em 2019, a GNA (Gás Natural Açu) iniciou as obras de uma usina termelétrica e de um terminal de recebimento de gás importado no porto, que devem começar a operar comercialmente no fim do primeiro semestre de 2021.
Uma segunda térmica já foi autorizada, mas o início das obras depende da evolução da pandemia, disse em dezembro Carlos Thadeu Fraga, que preside a Prumo, proprietária do porto.
A estratégia da empresa é tornar o Açu um polo de movimentação de gás natural, conectado à malha de transporte do combustível e a campos produtores em alto-mar.
O projeto contempla a construção de uma estação de tratamento de gás e a atração de indústrias usuárias do combustível, sob a promessa de um insumo mais barato, já que não teria o custo do transporte até as fábricas.
Segundo Fraga, o setor de fertilizantes produzidos com base em gás natural é um dos alvos. Em 2020, a empresa começou a operar a movimentação dos produtos, com o desembarque de duas cargas importadas, voltadas principalmente para a indústria do café no Espírito Santo.
Para 2021, espera crescer nesse segmento, ainda com foco em importações, ampliando o mercado consumidor.
No sentido oposto, quer atrair produtores agrícolas para que os caminhões de fertilizantes retornem carregados de grãos. A companhia investirá para quadruplicar sua capacidade de armazenagem de produtos agrícolas, que deve somar uma área de 25 mil metros quadrados.
O diretor de Logística do porto, João Braz, afirmou que o foco é a produção hoje exportada pelo porto de Imbituba, em Santa Catarina, que já é transportada por caminhão e é embarcada em navios menores do que a soja geneticamente modificada.
A ligação ferroviária, que ajudaria a expandir as operações, porém, ainda é um sonho distante, que depende do governo federal.
Neste momento, a Prumo aposta no processo de renovação da concessão da EFVM (Estrada de Ferro Vitória-Minas), da Vale, que prevê a construção de um ramal entre Vitória e Ubu, no sul do Espírito Santo, a 160 quilômetros do Açu. A expectativa da empresa é que o ramal fique pronto em 2027 ou 2028.
Atualmente sob controle da EIG, a Prumo tem participação em seis empresas que operam no porto. Em 2020, protocolou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pedido de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) de uma delas, a Açu Petróleo, subsidiária em parceria com a Oiltanking que opera o terminal de transferência de petróleo e será dona da tancagem.
No prospecto, vende o negócio com o único e maior terminal privado de petróleo do país, com pouca concorrência na disputa do crescimento da produção nacional.
A operação nesse segmento receberá ainda investimentos em um terminal de tancagem com capacidade para 11,4 milhões de barris de petróleo.
Ainda no setor de óleo e gás, o porto tem um projeto de refinaria e inaugurará um aeródromo para prestar serviços de transporte de petroleiros para plataformas em alto-mar. Receberá também um centro de combate integrado a emergências ambientais na bacia de Campos.
Fonte: Folha de São Paulo - SP
Data : 04/01/2021
FRETE MARÍTIMO BRASIL-CHINA QUADRIPLICA E INVIABILIZA NEGÓCIOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:51 PM
O frete de contêineres no trecho Brasil-China, que girava em torno de US$ 2.500 (R$ 12,9 mil) antes da pandemia, quadruplicou e superou US$ 10 mil (R$ 51,9 mil) em dezembro no Norte do país, segundo dados da empresa de transporte ES Logistics. No porto de Santos (SP), o valor gira em torno de US$ 7.300 (R$ 37,8 mil), com perspectiva de ultrapassar cinco dígitos em janeiro. A viagem encarecida já afeta exportação e importação e inviabiliza negócios no Brasil.
Esfriou “Tem exportador de ar-condicionado em Manaus (AM) que suspendeu todos os pedidos de janeiro. No Sul, importadores de cobertor pagam pelo produto importado US$ 19 mil. Não faz sentido gastar metade do preço desse bem em frete. Também suspenderam”, diz Fabiano Ardigó, diretor da ES Logistics.
Aqueceu Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, afirma que o cenário é reflexo do retorno do comércio exterior do país asiático. “Os mercados voltaram a comprar e vender para a China, mas agora faltam contêineres. É recente, mas já há quem não consiga exportar, e isso pesa no bolso.”
freio O presidente da Abidip (associação dos importadores de pneus), Ricardo da Costa, diz que as importadoras transferem o preço para as montadoras. “O jogo de pneus de um carro popular, que custava R$ 1.000, subiu 30%. Em janeiro, vai a R$ 2.000”, afirma.
Pé frio O setor têxtil também já sente os efeito. Segundo Edmundo Lima, presidente da Abvtex (associação do varejo têxtil), o frete deverá encarecer as roupas de inverno do ano que vem. Já fabricantes de eletrônicos relatam aumento de 90% a 200% no valor do frete, segundo a Eletros, que representa o setor.
No escuro Embora a falta de contêiner seja crítica no trecho Brasil-China, há entrave em outros países. “Tive que trazer produto da Alemanha por avião para entregar no prazo. Também fiquei com produto preso por um mês no Canadá”, diz Daniel Pansarella, sócio da Fusion Trade, companhia de importação de equipamentos para geração de energia solar.
Sobe A Camex (Câmara de Comércio Exterior) manteve o direito antidumping na compra de resina de polipropileno vinda da Índia, com sobretaxa de 6,4% a 9,9%. O composto é usado em embalagens, potes e seringas plásticas.

Desce A sobretaxa aplicada a uma empresa sul-africana foi reduzida de 16% para 4,6%, e o antidumping sobre a Coreia do Sul foi encerrado.
Fonte: Folha On-line – Coluna Painel S.A
Fonte: Folha de São Paulo - SP
Data : 04/01/2021
INSEGURANÇA JURÍDICA AINDA ASSUSTA ‘DONOS DO DINHEIRO’
Publicado em 01/04/2021 as
05:51 PM
Decisões judiciais e mudança de regras geram preocupação
Por Daniel Rittner — De Brasília
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/i/u/m0eBqAQYSuQ8nwr5kJgw/foto04esp-101-insegura-a14.jpg)
Venilton Tadini: “Vivemos em um trem fantasma; a cada esquina é um susto” — Foto: Leonardo Rodrigues/Valor
A insegurança jurídica entrou no radar dos investidores – principalmente estrangeiros – como ponto de atenção para iniciar ou ampliar negócios no Brasil. O país acumula 5,9 milhões de normas editadas nas três esferas de governo (União, Estados e municípios) desde a Constituição de 1988. No ranking do Fórum Econômico Mundial, ocupa somente o 120º lugar em eficiência do aparato legal para a resolução de disputas.
Para uma economia que deveria aplicar R$ 285 bilhões ao ano em infraestrutura para reduzir gargalos no desenvolvimento e hoje investe menos de metade disso, combater fatores de incerteza nos marcos regulatórios e na evolução dos contratos é fundamental, mas nem sempre o que realmente se verifica na prática.
“Vivemos diariamente em um trem-fantasma. A cada esquina é um susto, em que decisões absolutamente monocráticas são tomadas ao arrepio da boa norma e dos procedimentos jurídicos”, diz o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini.
Para ele, a insegurança jurídica no setor pode manifestar-se de duas formas: por marcos regulatórios inadequados ou quando a Justiça atua de modo contraditório. Na visão do executivo, havia um “alinhamento crescente e gradual” entre os principais atores do jogo – governos, agências reguladoras, tribunais superiores e órgãos de controle – para resolver pendências e dar mais previsibilidade aos investidores. “Com a pandemia, no entanto, houve um acúmulo de problemas que se somam às pendências anteriores e criam um novo tensionamento.”
Em pesquisa recente com 142 gestores de investimentos e especialistas em estruturação de projetos de infraestrutura, a Abdib e a Ernst Young constataram especial preocupação com o desequilíbrio econômico-financeiro de concessões por perdas decorrentes da pandemia de covid-19. Para 48,6% dos entrevistados, a questão será resolvida em “poucos contratos” em que o pedido de reequilíbrio foi solicitado. “Se uma pandemia não é caso fortuito ou motivo de força maior, não tenho ideia do que mais poderia ser”, diz Tadini.
Um dos casos mais polêmicos está no setor elétrico. As distribuidoras alegam perdas em torno de R$ 6 bilhões por causa da pandemia. Em uma proposta inicial, levada para consulta pública, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fixou um rígido teste de admissibilidade para os pleitos de reequilíbrio apresentados pelas empresas. Para elas, esse “corredor polonês” acabará por restringir ou impedir a recomposição integral do prejuízo.
Tido como um dos maiores especialistas em infraestrutura do país e presidente da consultoria Inter.B, o economista Claudio Frischtak avalia que a insegurança jurídica e a imprevisibilidade regulatória funcionam como uma “doença invisível”, que aumenta os custos de transação no setor. “Sem isso, teríamos mais investimentos e competição. No fim das contas, o investidor cobra um prêmio de risco para colocar dinheiro no nosso país. Quando se paga esse prêmio, um número menor de projetos se torna viável e atrai interessados.”
Frischtak afirma que, apesar dos avanços propiciados pela nova Lei Geral das Agências (13.848 de 2019), há uma percepção dos investidores de fragilidade institucional em órgãos reguladores estaduais e politização dos federais. A indicação de militares próximos ao presidente Jair Bolsonaro para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de um secretário parlamentar do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reforça essa percepção recente.
Outra fonte de desconforto, segundo o consultor, são mudanças súbitas de regras por interpretação do Judiciário. Ele diz que isso impacta não apenas o setor diretamente afetado por uma decisão judicial, mas eleva o sentimento de risco de forma mais geral, principalmente entre estrangeiros. “O que fazer? Duas coisas são fundamentais: despolitizar as agências para valer e sensibilizar o Poder Judiciário para a análise econômica do direito, começando pelos tribunais superiores, principalmente STF e STJ”, opina.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 04/01/2021
CENÁRIO POSITIVO PARA EXPORTAÇÕES FAVORECE CONTA CORRENTE EM 2021
Publicado em 01/04/2021 as
05:51 PM
Câmbio desvalorizado, commodities e recuperação global impulsionam vendas externas
Por Anaïs Fernandes — De São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/z/t/1YpX6lRcGMAUuZ7Q8MwQ/foto04bra-101-anais-a4.jpg)
Priscila Deliberalli: câmbio pode justificar superávit na conta corrente em 2021 — Foto: Divulgação
A recessão profunda e a forte desvalorização do real geradas pela pandemia devem ter levado a conta corrente brasileira a um déficit bastante baixo em 2020 e, para este ano, o avanço das exportações pode tornar o cenário ainda mais benigno, avaliam algumas instituições. Embora não seja consenso, há quem veja até chance de superávit nas transações correntes, que mostram o resultado das trocas comerciais, de serviços e de rendas entre residentes e não residentes no país. Desse modo, é um cenário de contas externas extremamente tranquilo.
É o caso do banco Safra, que projeta um saldo positivo de US$ 5,2 bilhões em 2021, equivalente a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O número está distante dos superávits de dois dígitos observados entre 2004 e 2006, mas também ficaria bem acima da última vez em que o país apresentou resultado positivo (US$ 408 milhões em 2007).
A projeção de superávit do Safra está bastante atrelada ao câmbio, explica a economista do banco Priscila Deliberalli. “Estamos com uma visão um pouco mais conservadora para o ano, esperando uma taxa de câmbio próxima de R$ 5, por causa do cenário fiscal e da dificuldade que temos observado de essa questão ser enfrentada.”
Priscila reconhece que existe espaço para um câmbio mais apreciado, o que, segundo ela, poderia levar a conta corrente para próximo da estabilidade neste ano. A estimativa é que 2020 tenha encerrado com déficit ao redor de US$ 10 bilhões (0,7% do PIB). “Após a eleição de [Joe] Biden [nos Estados Unidos] houve um ajuste importante, mas o real ainda está muito atrás de outros emergentes”, afirma a economista. O consenso de mercado aponta um déficit de US$ 4,5 bilhões em 2020.
No BTG Pactual, a projeção de um dólar a R$ 5,10 ao fim de 2021 indicava superávit de US$ 5 bilhões na conta corrente, mas, com a revisão para R$ 4,90, a previsão agora é de transações zeradas. Seja entre quem trabalha com a conta corrente no azul, seja para quem tem uma projeção zerada, a aposta é que haverá ganho expressivo na balança comercial de 2021, a partir das exportações. “Diferentemente do que ocorreu em 2020, em que a melhora no saldo comercial foi fruto da queda forte nas importações, em 2021 vai ser por causa do aumento das exportações”, diz Iana Ferrão, economista do BTG.
O déficit em conta corrente diminuiu de quase US$ 51 bilhões em 2019 (2,8% do PIB) para US$ 15 bilhões em 2020, estima Iana, mas US$ 10,2 bilhões seriam apenas efeito contábil da importação de plataformas de petróleo. No cenário do BTG, a balança comercial foi superavitária em US$ 43,2 bilhões no ano passado, indo a US$ 63 bilhões em 2021.
O avanço das vendas ao exterior tem três fundamentos. O primeiro é a recuperação da atividade global, após a forte contração em 2020. O segundo é o aumento nos preços das commodities no mercado internacional, especialmente de algumas importantes para a pauta brasileira, como o minério de ferro. O terceiro fator é, como mencionado, o câmbio, que deve continuar relativamente depreciado. “Embora a gente espere uma apreciação neste ano, ele ainda vai continuar pressionado”, diz Iana, destacando também o efeito defasado do câmbio nas exportações. “Os nossos modelos sugerem que o efeito máximo ocorre depois de seis a oito trimestres, então a depreciação que vimos ao longo de 2020 ainda vai bater em 2021.”
As importações brasileiras também devem se recuperar em 2021, após o tombo do ano passado, mas o movimento será limitado, dizem as economistas. “As importações tiveram forte queda logo no início da pandemia, no primeiro semestre de 2020, e, ao longo do segundo, foram se recuperando. Na margem, alcançaram o nível de 2019 para igual período de novembro e dezembro. Mas não esperamos um crescimento muito expressivo daqui para frente, porque a atividade deve continuar fraca”, afirma Iana.
A combinação de retomada gradual e câmbio ainda depreciado também pode segurar o aumento das despesas com serviços e rendas. “Devemos observar alguma recuperação na parte de serviços, modesta ainda, e nas rendas, com uma remessa um pouco maior de lucros e dividendos, mas a recuperação da balança comercial mais do que compensaria”, diz Priscila, do Safra.
Certa demora para a vacinação de massa em escala global, além de mudanças de hábito mais duradouras, como a realização de reuniões de negócios por videoconferência, também deve seguir contendo gastos com viagens e transportes, duas subcontas relevantes da balança de serviços, destaca Iana. “Outro fator importante é que a redução das taxas de juros externa e doméstica deve contribuir para menores despesas com pagamento de juros, importante subconta da renda primária”, acrescenta.
A leitura de uma conta corrente mais positiva não é hegemônica. O sistema de expectativas de mercado do Banco Central aponta uma mediana de déficit de US$ 15 bilhões em 2021. Em seu Relatório de Inflação de dezembro, o BC disse esperar rombo de US$ 19 bilhões. A 4E prevê déficit de US$ 55,5 bilhões (3,3% do PIB). “Ainda que a gente não veja uma resolução completa da pandemia, as coisas tendem a melhorar, e o principal efeito seria uma recuperação muito forte das importações”, diz Bruno Lavieri, sócio da consultoria. “Só na balança comercial, vemos retração de pelo menos US$ 15 bilhões entre o saldo de 2020 e o esperado para 2021.”
Para Livio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), é difícil projetar um superávit tão alto da balança comercial, porque a elasticidade-câmbio das exportações brasileiras – ou seja, como as vendas internacionais respondem a uma mudança no patamar de câmbio – diminuiu nos últimos tempos. Ele projeta déficit na conta corrente da ordem de US$ 18 bilhões em 2021. “Não é um cenário em que as coisas voltam para o lugar, mas no decorrer do ano, com o avanço da vacina, há potencial de normalização”, diz.
O ambiente de curto prazo, com o recrudescimento da covid-19 e a nova cepa identificada no Reino Unido, tende a “complicar um pouco as coisas no fechamento de 2020 e na largada de 2021”, pondera Ribeiro. “Mas, pelas informações que temos até o momento, não é algo que faça mudar o cenário projetado.”
Iana, do BTG, diz que uma segunda onda da pandemia, sobretudo na Europa, já está parcialmente incorporada ao cenário do banco. “Caso essa segunda onda dure mais ou as vacinas demorem mais para serem distribuídas, há risco de crescimento menor da economia global, o que coloca um risco para nossas exportações, até porque parte da recuperação é de produtos manufaturados, que têm a Europa como importante destino.”
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 04/01/2021
COMÉRCIO GLOBAL DEVE SE RECUPERAR, MAS HÁ RISCOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:50 PM
Início da vacinação em vários países está melhorando perspectiva para o comércio e a economia globais, mas recuperação será lenta e o mundo só voltará aos níveis pré-pandemia em 2022
Por Assis Moreira, Valor — De Genebra
O comércio internacional deve continuar a trajetória de recuperação em 2021, mas somente em 2022 as exportações e importações devem voltar ao nível de antes da pandemia, segundo diferentes organizações internacionais.
A vacinação contra a covid-19, já iniciada em vários países, ajuda a restaurar confiança de consumidores e executivos após a pior recessão global em décadas. No entanto, o ritmo da retomada do comércio global pode ser acidentado, com novos confinamentos devido a novas ondas da pandemia.
O sentimento entre analistas na cena comercial internacional coincide com a de Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, de que os próximos meses “serão o inferno em termos políticos, epidemiológicos e econômicos”’, mas em algum momento em 2021 as coisas começarão a melhorar nos EUA e, espera-se, no resto do mundo.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê crescimento de 7,2% em volume no comércio global de mercadorias em 2021, após o colapso de 9,2% em 2020. Já o Banco Mundial prevê crescimento de 8,3%, ante queda estimada de 10,4% no ano passado.
Pelas projeções mais recentes do FMI, o comércio internacional de bens e serviços deve ter fechado 2020 com contração gigantesca de US$ 3,2 trilhões em relação ao ano anterior. Neste ano, mesmo se alcançar os US$ 23,8 trilhões previstos, ainda estará abaixo do nível de 2019 em US$ 700 bilhões.
Para a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), no caso do comércio apenas de mercadorias, o colapso em valor pode sido de “apenas’’ 5,6% em 2020, bem mais suave que o colapso de 22% de 2009, na crise financeira global.
O grosso da contração tem sido no setor de serviços, com baixa estimada em 15,4% em 2020, em relação a 2019, segundo a Unctad. É o maior declínio no comércio global de serviços desde 1990.
Porém, a consultoria Capital Economics melhorou sua projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em razão do desenvolvimento das vacinas. A expectativa é que, com a imunização crescente, será possível reverter ao menos parcialmente a situação em serviços, com gradual retomada no turismo e em outros segmentos depois da metade do ano.
Em volume, o comércio global teve forte queda em 2020, especialmente no primeiro semestre. No terceiro trimestre, começou uma recuperação nas exportações de produtos como eletrônicos, têxteis e automotivos, mas ainda bem abaixo dos níveis de 2019.
Em outubro, o crescimento do comércio em volume foi menor do que em setembro. E os dados para novembro e dezembro, em meio a nova escalada da covid-19, apontam um impacto negativo sobre as trocas globais, segundo o Centro de Análise Econômica (CPB, na sigla em inglês), da Holanda.
“Mesmo se o comércio responder rapidamente à medida que a demanda se recupera, pode-se esperar até 2022 para o comércio global de mercadorias atingir os volumes de antes da pandemia’’, avalia Joanna Konings, do banco holandês ING, em nota a clientes.
Para ela, os custos da diversificação de fornecedores e da manutenção de estoques altos vão limitar grandes migrações de cadeias de fornecedores em 2021.
Para produtores de commodities, um alívio é a evolução dos preços, que em outubro já estavam acima dos níveis anteriores à pandemia: 5% acima do preço de dezembro de 2019 nos produtos agropecuários e 10% mais nos metais industriais. A cotação do petróleo, porém, estava 32% abaixo.
Para 2021, o Banco Mundial prevê alta de 5,7% nos preços de commodities não-energéticas. Já o FMI prevê aumento médio de 9% na cotação de produtos básicos: 4% nos alimentos, 3% nos metais básicos e 16% nos produtos energéticos.
Isso tem a ver também com a demanda, especialmente da China. A expectativa é que a economia chinesa, ao fim de 2021, seja quase 10% maior do que no fim de 2019.
A China segue dominando as exportações mundiais, apesar da guerra comercial deflagrada por Donald Trump. A pandemia prejudicou a logística global, sem, porém, reduzir a dependência de vários países por bens chineses. A fatia chinesa nas exportações totais na verdade aumentou, enquanto a dos EUA deve ter diminuindo, segundo avaliações preliminares.
As sobretaxas impostas pelos EUA a produtos chineses provavelmente serão mantidas no governo de Joe Biden. Apesar de se esperar uma atenuação no conflito entre as duas maiores economias do mundo, o Banco Mundial nota que tensões geopolíticas continuarão a pesar sobre o comércio global.
E dá como exemplo o risco de atrito na coalizão de países exportadores de petróleo, o que pode ameaçar a oferta da principal commodity internacional. Disputas comerciais envolvendo tecnologia também estão no radar. E a maioria das medidas que distorcem o comércio adotadas nos últimos dois anos continuam em vigor.
Conforme a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mesmo se a recuperação global se confirmar, a economia mundial ainda será 5% menor no fim de 2021 do que se projetava no ano passado antes da pandemia, ilustrando o crescimento perdido, menor padrão de vida das populações, persistente desemprego, mais desigualdades e menos comércio.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 04/01/2021
FERROVIAS E PORTOS RECEBEM CARNÊS MILIONÁRIOS DE IPTU
Publicado em 01/04/2021 as
05:50 PM
Associação estima conta em R$ 3,7 bilhões por ano, 10% mais do que o valor investido pelo setor ferroviário em 2019
Por Daniel Rittner — De Brasília
Vinte anos foi o tempo que levaram as discussões judiciais até uma decisão, em 2018, que ainda provoca calafrios nas concessionárias de infraestrutura. Na ocasião, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu colocar um fim à imunidade de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para empresas que ocupam áreas licitadas pela União.
Estavam em jogo dois casos específicos: o de um terminal da Petrobras no porto de Santos (SP) e o de uma revendedora de veículos no aeroporto de Jacarepaguá (RJ). A deliberação, porém gerou um efeito cascata. Desde então, surgiram dezenas de cobranças por prefeituras de todo o país.
O problema é que contratos de concessão ou de arrendamento firmados pelo governo federal não consideravam a incidência do tributo em sua equação. Com essa conta imprevista – às vezes feita de forma retroativa e consumindo uma parte significativa do faturamento das empresas -, o equilíbrio econômico-financeiro dos projetos ficou em evidência.
As ferrovias temem que seus carnês de IPTU venham especialmente salgados. Além de terminais e pátios de manobras, as concessionárias do setor têm milhares de quilômetros de trilhos cortando áreas urbanas e agora sujeitos à cobrança do imposto municipal por suas faixas de domínio (o espaço de utilidade pública, normalmente de 15 metros de largura, em cada lado da linha).
O impacto é estimado pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) em R$ 3,7 bilhões por ano – sem falar em retroatividade. É um valor que supera em 10%, por exemplo, tudo o que foi investido pelas operadoras de ferrovias em 2019.
“Havia um entendimento pacífico sobre o assunto, mas a discussão foi mudando. De um tempo para cá, algumas prefeituras começaram a nos cobrar. Hoje temos liminares judiciais nos protegendo temporariamente da cobrança, mas é insegurança jurídica na veia”, diz Fernando Paes, diretor-executivo da associação.
Em Santos, onde teve início o imbróglio, a prefeitura informou ao Valor que arrendatários de 65 áreas no porto devem pagar R$ 16,3 milhões de IPTU em 2021. Muitos operadores aderiram ao Refis local para acertar pendências do passado. “A decisão do STF foi amplamente acatada pela grande maioria dos arrendatários, que já regularizou seus débitos tributários com o município, o que pode ser feito mediante adesão às anistias tributárias.”
O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva, confirma que muitas empresas decidiram não contestar mais a cobrança judicialmente por temor de eventuais represálias, como problemas na obtenção ou renovação de alvarás de funcionamento. “Tivemos associados entrando em Refis com mais de R$ 20 milhões para pagar”, observa.
Em agosto, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) reconheceu que a incidência de IPTU tem potencial de causar desequilíbrio contratual, mas disse que fará avaliação caso a caso – o que não tem data para ocorrer.
O maior aeroporto brasileiro também foi atingido. A prefeitura de Guarulhos tenta cobrar R$ 48,3 milhões ao ano de IPTU da GRU Airport e ofereceu até um parcelamento para a quitação de débitos relativos a exercícios anteriores, com juros e correção monetária. A administradora aeroportuária rejeita a cobrança, diz entender que a legislação lhe protege e não pagou nada.
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 04/01/2021
MINÉRIO DE FERRO SURPREENDE E ENCERRA ANO COM ALTA DE 74%
Publicado em 01/04/2021 as
05:50 PM
Consumo chinês sustenta valorização das commodities metálicas; barril do Brent enerrou o ano com queda de 22%
Por Ana Paula Machado — De São Paulo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/j/c/cXBo9VQN2DUauRNR103g/arte04emp-101-commo-b4.jpg)
A China deu o tom na indústria de mineração em 2020, ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, que assolou a economia mundial. Minério de ferro, cobre e outros metais apresentaram ganhos que não entraram, no auge da crise, na conta dos especialistas. Além da forte demanda chinesa, as incertezas na oferta por parte de produtores ajudaram a elevar, e a manter no topo, os preços dessas commodities.
Já no mercado de petróleo, o barril do Brent -principal referência - viu seu preço cair com o impacto da pandemia na economia global, após a adoção de medidas de isolamento social para conter a disseminação da covid-19. Depois de ir quase ao fundo do poço, o contrato do barril conseguiu boa recuperação, pouco acima de US$ 50, mas ainda abaixo dos US$ 65 de antes da crise. Ganhos em 2021 vão depender muito do avanço da vacina, em especial nos EUA, Europa e Ásia.
A vedete foi o minério de ferro, insumo da indústria do aço. O produto de referência no mercado chinês, com 62% de teor de ferro, encerrou 2020 a US$ 160,47 a tonelada. A commodity alcançou expressiva alta de 74% no ano, de acordo com dados da publicação especializada “Fastmarkets MB”.
“O que sustentou o preço do minério foi a demanda chinesa, que representa de 70% a 75% do consumo da commodity. Em 2020, as siderúrgicas devem atingir 1,05 bilhão de toneladas”, disse o analista do Itaú BBA, Daniel Sasson.
Para 2021, ele não prevê que o atual ritmo de produção chinesa vai se manter, com uso de 90% da capacidade das usinas. Com isso, a média de preço do minério ficará em torno de US$ 110, sendo mais alta no primeiro trimestre. Incertezas na oferta, acentuadas com novas estimativas da Vale, levaram o preço próximo de US$ 180 a tonelada.
A mineradora informou que prevê produzir entre 300 milhões e 305 milhões de toneladas neste ano, abaixo das 310 milhões a 330 milhões de toneladas previstas antes. Para 2021, reduziu em 60 milhões a previsão, para 315 milhões a 335 milhões de toneladas. Além disso, ciclones nos portos australianos podem afetar os embarques até o final de março.
“O consenso no mercado é cotação média em torno de US$ 110 a tonelada. Nem mesmo o mais otimista dos analistas estima que os preços são sustentáveis no nível de US$ 160. A China deverá ter produção semelhante à deste ano, mas outros países devem aumentar o volume de aço em 10% com a volta da economia global.”
A expectativa do mercado é de arrefecimento no volume de aço chinês, após o governo pedir ao setor que reduzisse as operações a partir de 2021 visando reduzir as emissões de CO2. Esse movimento derrubou os contratos futuros do minério mais negociados na bolsa de Dalian.
Na esteira do minério, o cobre também apresentou alta nos preços. A cotação média do ano foi de US$ 6,2 mil a tonelada, mas o metal tem sido negociado próximo de US$ 8 mil a tonelada, com perspectivas de subir mais.
“Em 2020, o preço do cobre foi pressionado pela oferta. Com a pandemia, Peru e Chile, os principais produtores mundiais tiveram queda na produção. Do lado da demanda, a China sustentou o crescimento mundial. O que deu um equilíbrio entre oferta e demanda”, disse Paulo Castellari, presidente do fundo de investimento Appian Brasil.
Segundo ele, a demanda média ficou em 24,6 milhões de toneladas, próximo à oferta. Para 2021, Castellari prevê aceleração dos preços com o descolamento da oferta frente à demanda mundial. A estimativa do mercado, diz, é uma cotação média em torno de US$ 6,6 mil a tonelada.
Castellari ressaltou que as expectativas é de crescimento do PIB mundial com o início da vacinação nos países. A estimativa do Banco Mundial, segundo ele, é de uma alta de 5%; na China, crescimento de 8%. “A produção mundial deverá somar 25,5 milhões de toneladas e o consumo, 25,8 milhões. E não se espera aumento na oferta; não há muitos projetos para entrar em operação nos próximos anos”.
O Appian tem um projeto de cobre em Craíbas, em Alagoas. A Mineração Vale Verde (MVV) deve entrar em operação no segundo semestre de 2021 e a expectativa é que sejam produzidas 8 mil toneladas. “É uma produção pequena, mas é um produto com alto teor. Nossa capacidade plena é de 20 mil toneladas ao ano”, disse.
Na mão inversa das commodities metálicas, o petróleo registrou queda de mais de 20%. O barril do Brent fechou o ano cotado a US$ 51,82, recuo de 22% ante o fim de 2019. A queda é explicada, segundo o analista de petróleo e energia da XP Investimentos, Gabriel Francisco, pela recessão mundial fruto da pandemia.
Em dezembro, o Brent apresentou recuperação na faixa de 7%. “Para 2021, a expectativa é de leve alta, devendo oscilar entre US$ 55 e US$ 60 em decorrência de melhora da economia global com o início da vacinação nos principais países consumidores”, disse o analista. “A velocidade da vacinação no mundo deve ditar o ritmo em 2021.”
Fonte: Valor Econômico - SP
Data : 04/01/2021
CAMPOS NETO É ELEITO MELHOR BANQUEIRO CENTRAL DE 2020 PELA BANKER
Publicado em 01/04/2021 as
05:50 PM
Presidente do BC do Brasil foi premiado na categoria Global e Américas; uma das justificativas dos julgadores foi a forma como ele lidou com a economia na crise do coronavírus
Por Maria Regina Silva, O Estado de S.Paulo
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, foi eleito o presidente de Banco Central do ano pela revista britânica The Banker, especializada em finanças. O prêmio Central Banker of the Year, em sua sétima edição, homenageia os funcionários que mais conseguiram estimular o crescimento e estabilizar sua economia.
Campos Neto foi premiado na categoria Global e Américas. A publicação cita que poucos países foram afetados pela pandemia do novo coronavírus da mesma forma que o Brasil.

Presidente do Banco Central, Campos Neto recebe prêmio global de revista britânica Foto: Gabriela Bilo/Estadão
"Parabéns ao melhor presidente de Banco Central do mundo! Roberto Campos Neto é craque, está revolucionando o sistema financeiro. Não apenas nossa reação de política monetária foi exemplar, a agenda PIX, contas digitais, e Open Banking é estrutural", escreveu em redes sociais nesta manhã Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia.
Conforme Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, o reconhecimento internacional ao "trabalho de excelência" de Campos Neto é a ratificação do excepcional trabalho de um dos melhores economistas do mundo que brilha na equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "2021 ano da retomada", acrescento ele, também em redes sociais.
Categoria Global e Américas
A revista, do Financial Times, cita que poucos países foram afetados pela pandemia do novo coronavírus da mesma forma que o Brasil. Em meados de dezembro, cita, o número de mortes relacionadas à covid-19 no País ainda era o segundo maior do mundo, depois dos Estados Unidos.
A The Banker pondera que enquanto no início de 2020 as expectativas eram que a maior economia da América Latina teria contração de 9%, as projeções foram sendo revisadas "drasticamente" e chegou ao final do ano projetada em metade disso. Menciona que a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de recuo de 9,1% para 5,8% em 2020, enquanto alguns analistas acreditam que a contração será inferior a 4,5%.
Conforme a publicação, muito desse cenário "promissor" se deve ao trabalho do Banco Central do Brasil. Segundo a revista, a instituição monetária respondeu à crise tomando medidas sem precedentes e eficazes para garantir que a liquidez não secasse no sistema financeiro. Destaca ainda que o BC tomou outras medidas específicas para que as empresas, em particular as pequenas empresas, pudessem continuar a operar.
No geral, acrescenta a publicação, o programa de liquidez do BC brasileiro representou impressionantes 17,5% do PIB, e foi acoplado a outras medidas que liberaram capital das instituições financeiras que, segundo o banco, tinham potencial para aumentar o crédito pelo equivalente a até 20% do PIB.
Cita ainda que obteve autorização temporária do Congresso para comprar e vender ativos privados para aumentar ainda mais a liquidez do sistema financeiro, que acabou apoiando também o mercado de títulos em moeda local.
É a segunda vez que um presidente do Banco Central do País conquista o prêmio. Antes de Campos Neto, o agraciado foi Ilan Goldfajn, em 2018, por sua atuação no combate à inflação em 2017.
Perfil
Campos Neto é graduado em economia, com especialização em finanças pela Universidade da Califórnia, tem um perfil liberal e acredita em medidas que limitem o tamanho do Estado na Economia.
Executivo do mercado financeiro, atuou por 18 anos no Banco Santander. É neto de Roberto Campos, ministro do Planejamento do governo de Castelo Branco (1964-1967).
Além do Santander, Campos Neto atuou no Banco Bozano Simonsen. Em novembro de 2018 foi indicado pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro para o lugar de Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/01/2021
EXEMPLO DE ADMINISTRAÇÃO
Publicado em 01/04/2021 as
05:49 PM
Em dois anos, Ministério da Infraestrutura firmou reputação de ‘oásis’ no atual governo
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
O Ministério da Infraestrutura arrecadou R$ 87,5 milhões em outorgas com o leilão de quatro terminais portuários em Alagoas, Bahia e Paraná. “Fechamos o ano em grande estilo”, celebrou o ministro Tarcísio de Freitas. Mais do que isso, o leilão simboliza a boa trajetória de uma das poucas pastas que, em dois anos de governo, tiveram um balanço positivo e mesmo excepcional na comparação com o restante da máquina pública.
Só em 2019, foram 27 leilões de concessão: 13 terminais portuários, 1 trecho da Ferrovia Norte-Sul, 2 rodovias e 12 aeroportos. O saldo em 2020 só não foi melhor porque, em razão da pandemia, foi preciso prudentemente adiar as concessões de rodovias e sobretudo de aeroportos, um dos setores mais severamente afetados.
Transporte e logística são gargalos crônicos da produtividade e competitividade nacional, notadamente do agronegócio, cujo alto desempenho “da porteira para dentro” é desidratado pelas condições precárias de infraestrutura quanto maior seja a distância até o comprador.
No pós-guerra, o País fez altos investimentos em infraestrutura (em sentido amplo, incluindo eletricidade, saneamento e telecomunicações), chegando a uma média de 5,42% do PIB nos anos 70. Em anos recentes, a média está abaixo de 2%. Especialistas como Claudio Frischtak, da Inter B. Consultoria, estimam que nos próximos 20 anos seria preciso aumentar a média para algo entre 4% e 6%. Mas a má governança, insegurança jurídica e regulatória e legislação anacrônica são entraves a isso. Muito além da bem-sucedida agenda de concessões, cujos melhores frutos serão percebidos no médio prazo, o Ministério da Infraestrutura teve muito boa atuação nestas áreas.
Já ao ser indicado, o ministro Tarcísio de Freitas anunciou que adotaria um programa especificamente voltado para o combate à corrupção, fundamentalmente um setor marcado, até recentemente, pelo tráfico de influências e vantagens indevidas, bem como um protocolo para a seleção de servidores. Na sua posse, declarou que, além das concessões, seriam prioridades o equilíbrio da regulação; a modernização dos processos; e a diversificação da matriz de transportes, incluindo setores subutilizados, como ferrovias, cabotagem e hidrovias. Ao longo de dois anos, o Ministério firmou uma reputação de “oásis” ou “ilha de excelência” no governo.
Formado com as melhores notas na história do Instituto Militar de Engenharia, Freitas é servidor de carreira na Controladoria-Geral da União, atuou como consultor legislativo na Câmara dos Deputados e teve atuação marcada por rigor técnico e espírito público no Departamento Nacional de Infraestrutura (no governo Dilma Rousseff) e na Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (no governo Temer).
Em contraste com a maioria dos ministros de pastas estratégicas do governo Bolsonaro, a gestão de Freitas se destaca pela ausência de ruídos ideológicos e pelo pragmatismo. Enquanto o “superministro” da Economia, Paulo Guedes, por exemplo, alardeia planos bombásticos, mas jamais concretizados de desestatização, Freitas cumpriu o que prometeu, usando mesmo estatais outrora condenadas, como a EPL e a Valec, como ferramentas de planejamento e incubadoras de projetos. Enquanto o ministro do Meio Ambiente deixa em seu rastro um campo minado para os investidores, Freitas fechou uma parceria histórica com a Climate Bonds Initiative para a emissão de “selos verdes” no setor de infraestrutura.
Na pandemia, o ministro atuou rápido para aliviar as pressões sobre um dos setores mais devastados, a aviação, e costurou com o Congresso o aporte de recursos para obras via emendas parlamentares, garantindo a geração de empregos sem ameaça aos pilares fiscais. Também negociando com o Congresso, conseguiu aprovar duas minirreformas – da desburocratização dos portos públicos e do Novo Marco das Ferrovias – e o projeto BR do Mar, na Câmara, que impulsionará a navegação de cabotagem.
Por tudo isso, o Ministério da Infraestrutura é hoje um exemplo para a administração pública brasileira. Pena que seja uma gritante exceção no seu próprio governo.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 03/01/2021
BALANÇA COMERCIAL FECHA 2020 COM SUPERÁVIT DE US$ 51 BILHÕES
Publicado em 01/04/2021 as
05:49 PM
Importações registraram queda de 9,7%, ocasionada pela demanda interna menor devido à covid; já as exportações recuaram 6,1%, desempenho que não foi pior graças ao setor agropecuário, cujas vendas subiram 6%
Por Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
A venda de produtos agropecuários para o exterior evitou um tombo maior nas exportações brasileiras e fez com que o Brasil terminasse o ano de 2020 com um saldo comercial de US$ 51 bilhões. O valor representa uma alta de 6,2% em relação ao resultado da balança comercial de 2019.
No ano passado, a pandemia do coronavírus afetou mais as importações do que as exportações. De um lado, as compras de produtos do exterior caíram 9,7%, com a demanda interna reduzida e a economia em queda. Do outro, as exportações caíram 6,1%, principalmente por causa da retração nas compras por países como Estados Unidos, Argentina e da União Europeia, também reflexo do surto de covid-19 no mundo todo.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, as exportações somaram US$ 209,9bilhões no ano passado e, as importações, US$ 158,9 bilhões. No geral, a pandemia levou a um recuo de 7,7% na corrente de comércio do Brasil com os demais países, incluindo vendas e compras do exterior.

No somatório de 2020, as exportações atingiram US$ 209,921 bilhões e as importações, US$ 158,926 bilhões Foto: Werther Santana/ Estadão
Nas importações, houve recuo de 3,9% nas compras de produtos agropecuários, de 7,7% em produtos da indústria de transformação e 41,2% na indústria extrativa, este último impactado pela queda do preço de petróleo. Nas exportações, o desempenho não foi pior graças ao setor agropecuário, cujas vendas subiram 6% em 2020. Houve queda de 2,7% nas vendas da indústria extrativa e de 11,3% em produtos da indústria de transformação
Para este ano, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia espera uma alta de 3,9% no saldo da balança comercial em 2021, com aumento de exportações e importações. A expectativa é de que o saldo comercial encerre o ano no azul em US$ 53 bilhões, e que as exportações cresçam 5,3% em 2021 e as importações, 5,8%.
O secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, disse que a recuperação deve se dar em todos os setores, mas destacou a alta esperada na venda de produtos industrializados. “Entendemos que com o passar da pandemia o Brasil deve voltar a recuperar mercado em destinos de produtos manufaturados, como EUA e União Europeia”, afirmou.
Em 2020, os produtos agropecuários representaram 21,6% do total exportado pelo Brasil, ante 19,1% no ano anterior. Os produtos industrializados responderam pela maior fatia, 54,7%, mas perderam participação em relação ao ano anterior, quando foi de 58%.
Ele destacou que, em 2020, a “resiliência” das exportações brasileiras se deu por conta da recuperação da Ásia, principalmente da China, mercados consumidores dos produtos agropecuários brasileiros.
Apesar dos atritos do governo Jair Bolsonaro com a China ao longo do ano, o país asiático continuou sendo o principal parceiro comercial brasileiro em 2020 e ganhou ainda mais participação: do total vendido para o exterior, 33,4% foi para a China, ante 29,2% em 2019. A fatia dos Estados Unidos, o segundo maior parceiro do Brasil, foi reduzida: passou de 13,2% em 2019 para 10,8% no ano passado.
Para o economista da 4E Consultoria Bruno Lavieri, a tendência é de superávits em 2021 inferiores aos do ano passado, quando os fluxos de importação foram afetados em cheio por fechamento da economia e valorização pesada do dólar.
Dezembro
Em dezembro, a balança comercial brasileira registrou déficit comercial de US$ 42 milhões. As importações registraram aumento de 39,9%, influenciadas pela nacionalização de cinco plataformas de petróleo no valor de US$ 4,7 bilhões. “Sem plataformas, haveria superávit comercial no mês de dezembro, como é sazonalmente”, afirmou o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão. / COLABOROU EDUARDO LAGUNA
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 04/01/2021
OPEP FALA EM AUMENTAR PRODUÇÃO DE PETRÓLEO EM 2021
Publicado em 01/04/2021 as
05:49 PM

Hoje, representantes dos países produtores se reúnem para decidir as políticas de produção para o mês de fevereiro (Crédito: Pixabay)
Diante de uma perspectiva de melhora nas economias globais em 2021, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, liderados pela Rússia, pretendem aumentar gradualmente a produção de petróleo nos próximos meses, com o retorno de 2 milhões de barris por dia (b/d).
A informação foi dada neste domingo, 3, pelo secretário-geral da Opep, Mohammad Sanusi Barkindo, durante reunião de comitê técnico. Hoje, representantes dos países produtores se reúnem para decidir as políticas de produção para o mês de fevereiro.
Por meio de videoconferência, Barkindo afirmou que os países participantes da chamada Opep+ estão prontos para ajustar esses níveis em função das condições e desenvolvimento do mercado. “Estamos testemunhando os estágios iniciais da vacinação da covid-19, e o progresso até agora injetou otimismo na economia. Esses desenvolvimentos promissores, em paralelo com a liderança de mercado da declaração de cooperação durante a crise, contribuíram para uma perspectiva mais saudável do mercado de petróleo para 2021”, afirmou ele.
Os países cortaram sua produção ao longo de 2020 como reflexo da menor demanda por combustíveis. Agora, Barkindo disse que os analistas da Opep+ preveem que a demanda por petróleo bruto deverá chegar a 95,9 milhões de barris/dia este ano, o que representará uma elevação de 5,9 milhões de barris. Já a estimativa de crescimento econômico mundial para o ano é de 4,4%.
O secretário-geral da Opep também destacou que continua vendo um ímpeto ascendente por petróleo na Ásia, que continua em curso para um crescimento positivo, com uma previsão de recuperação ampla da China de 6,9%.
Fonte : O Estado de São Paulo - SP
Data : 04/01/2021
COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE DOCAS E UNIVERSIDADES BENEFICIA ATIVIDADES NO PORTO DE NITERÓI
Publicado em 01/04/2021 as
05:48 PM
Projeto permitirá acesso detalhado e imediato a dados meteorológicos e hidrológicos para navegação na Baía de Guanabara
Por Leonardo Sodré

Coleta de dados. Técnico do Sistema de Monitoramento reposiciona boia meteoceanográfica na Baía de Guanabara - Foto: Hermes de Paula
NITERÓI — A partir deste ano, as informações relacionadas às condições meteorológicas e de navegação chegarão com maior precisão e detalhamento ao Porto de Niterói. A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) fechou um acordo de cooperação técnica com as universidades federais do Rio Grande (Furg), do Sul do país, e do Rio de Janeiro (UFRJ) para o compartilhamento de equipamentos e dados meteoceanográficas. O projeto também vai promover o intercâmbio do monitoramento entre os portos do Rio e de Niterói.
A troca de dados ocorrerá entre o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta), coordenado pela Furg, com auxílio no Rio de uma equipe da UFRJ, e o subsistema de monitoramento ambiental da CDRJ. A companhia está desenvolvendo um sistema de gerenciamento e informação do tráfego de embarcações nos portos de Niterói e do Rio que prevê, ainda este ano, a instalação de uma boia meteoceanográfica nas proximidades da Ilha do Pai, no litoral da Região Oceânica.
Por meio desse acordo, a Autoridade Portuária terá acesso, de forma imediata e confiável, a dados meteorológicos e hidrológicos na Baía da Guanabara devidamente atualizados a cada 30 minutos. A curto prazo, a Companhia Docas também compartilhará com o SiMCosta as informações geradas na Ilha do Pai.
Baía de Guanabara
Segundo o gestor do projeto nos portos de Niterói e do Rio, Marcelo Villas-Bôas, o acordo foi vantajoso do ponto de vista econômico tanto para a companhia quanto para as universidades.
— O projeto tem por finalidade aprimorar a consciência situacional marítima, a segurança da navegação e a gestão do tráfego aquaviário, atendendo aos respectivos objetivos institucionais e às atribuições legais — explica o gestor.
O SiMCosta é uma rede integrada de plataformas flutuantes ou fixas, dotadas de instrumentos e sensores, com funcionamento autônomo e capacidade de coletar, regularmente, variáveis oceanográficas e meteorológicas, transmitindo-as para uma central de processamento da Furg. O sistema de monitoramento integra a coordenação geral, e as equipes locais realizam pesquisa em pontos do litoral.
As boias meteoceanográficas do sistema, localizadas no Rio, medem variáveis meteorológicas como radiação solar, velocidade e direção do vento, temperatura do ar, umidade relativa e pressão atmosférica. Em relação à hidrologia, consegue medir a condutividade e a temperatura da água, a velocidade e a direção das correntes, as ondas e a altura do nível do mar.
As informações produzidas pelas duas boias meteoceanográficas do SiMCosta fundeadas na Baía da Guanabara são empregadas como base de dados para o software de calado dinâmico ReDraft, da empresa Argonáutica Engenharia e Pesquisas, hoje utilizado pelas praticagens do Rio e de São Paulo, para realizar em tempo real o cálculo da folga sob a quilha dos navios. O processo de homologação desse software está sendo feito por um grupo de trabalho coordenado pela CDRJ, com representantes da Marinha, da Praticagem-RJ e das empresas que administram terminais arrendados no porto. O objetivo do grupo é estudar melhorias na acessibilidade aquaviária com o uso do software.
O prazo de vigência do acordo entre a Companhia Docas e as duas universidades federais é de 36 meses, com possibilidade de ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos de modo a alcançar e manter metas.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 03/01/2021
COM QUEDA NAS IMPORTAÇÕES, BALANÇA COMERCIAL FECHA ANO COM SUPERÁVIT DE US$ 51 BI, ALTA DE 7%
Publicado em 01/04/2021 as
05:48 PM
Agropecuária foi o único setor a registrar crescimento nas exportações em 2020 e ajudou no resultado positivo da balança
Por Gabriel Shinohara
BRASÍLIA — O impacto da pandemia no comércio global causou um superávit na balança comercial brasileira de US$ 51 bilhões em 2020, resultado 7% maior do que no ano anterior, quando o saldo positivo foi de US$ 48 bilhões.
Os números divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Economia mostram que as importações fecharam 2020 em US$ 158,9 bilhões, um valor 9,7% menor do que 2019, quando foi de US$ 177,3 bilhões.
Já as exportações tiveram uma queda menor, de 6,1%, e registraram saída de US$ 209,9 bilhões no ano contra US$ 225,4 bilhões em 2019.
A queda maior nas importações fez com que a redução das exportações não causasse um déficit na balança. Com isso, o saldo fechou em US$ 51 bilhões positivos.
Em outro ponto, a corrente de comércio, que é a soma de exportações e importações e mostra o nível de integração do país nas trocas globais, foi de US$ 368,9 bilhões. O resultado é 7,7% inferior aos US$ 402,7 bilhões registrados em 2019.
Desde o início da pandemia, as importações vêm registrando níveis historicamente baixos por conta da redução na atividade econômica global e nacional.
Já as exportações se mantiveram em níveis parecidos com anos anteriores por conta, entre outros fatores, da valorização do dólar, que torna os produtos brasileiros mais baratos no exterior.
Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior do ministério da Economia, avalia que o resultado do comércio brasileiro foi muito guiado pelo ritmo da recuperação das economias asiáticas, que têm mostrado uma retomada mais rápida. A China, por exemplo, registrou alta de 4,9% no PIB no terceiro trimestre.
— A forte resiliência das exportações brasileiras foi em muito influenciada pelo ritmo de recuperação da região asiática, sobretudo a China, disse.
Para 2021, o cenário desenhado pelo Ministério da Economia é de recuperação. A previsão é de alta de 5,3% nas exportações, atingindo US$ 221,1 bilhões e de 5,8% nas importações, que chegariam a US$ 168,1 bilhões.
Se a projeção for concretizada, o saldo subiria para US$ 53 bilhões, alta de 3,9% na comparação com 2020 e a corrente de comércio cresceria 5,5%, chegando a US$ 389,2 bilhões.
Na Austin Rating, agência classificadora de risco, a expectativa é que o saldo fique em US$ 56,1 bilhões em 2021. O economista-chefe da casa, Alex Agostini, explica que a projeção é que as exportações e as importações cresçam significativamente neste ano por conta da recuperação mais forte em parceiros do Brasil, como os Estados Unidos, a China e a Zona do Euro.
— A retomada econômica desses países deve estimular as exportações brasileiras, principalmente de commodities. Por isso que a gente está com número um pouco melhor e achamos também que o real vai seguir desvalorizado frente ao dólar.
Agronegócio
Outra razão importante foi o resultado do agronegócio, o único setor a registrar crescimento nas exportações em 2020. No cálculo da média diária, a alta foi de 6% em relação a 2019. No total, a exportação foi de US$ 45,3 bilhões em 2020 contra US$ 43 bi no ano anterior.
Entre os produtos que mais destacaram nas vendas para o exterior, o Ministério da Economia ressaltou o café não torrado, que teve crescimento de 9,6%, a soja, com alta de 10,5% e o algodão bruto, cujo as vendas cresceram 23,1%.
Para o próximo ano, a expectativa no mercado é de recorde no setor. Como mostrou O GLOBO, as projeções levam em conta prognósticos positivos para a colheita, que deve ser recorde, e a elevação do preço de commodities no mercado global.
Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, a atividade agropecuária pode auxiliar no resultado da balança comercial do país em 2021 porque deve apresentar índices ainda melhores. No entanto, a economista ressalta que é um setor que emprega pouca mão de obra e isso diminui seu efeito no crescimento doméstico.
— É uma característica dessa indústria que a produção agrária seja altamente mecanizada, então o potencial que esse setor tem de gerar empregos e ser um motor do crescimento doméstico é mais baixo.
Para comparação, a indústria extrativa teve queda de 2,7%, puxada pela baixa de 18,9% em óleos brutos de petróleo e de 33,8% de minério de alumínio. Na indústria de transformação, a queda de 11,3%, influenciada pela baixa na venda de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes, de 98,1%, e de celulose, que caiu 19,1% em 2020.
O resultado positivo da agropecuária fez com que a participação do setor no total das exportações aumentasse. Em 2019, era de 19,1% e subiu para 21,6% no ano passado.
A indústria extrativa, apesar do resultado ruim, assim como a agropecuária, também aumentou sua participação de 22,4% para 23,3% em 2020. Quem perdeu espaço foi a indústria de transformação, que tinha 58% das exportações em 2019 e caiu para 54,7% no ano passado.
Na avaliação do secretário de Comércio Exterior, esse aumento de participação da agropecuária não deve ser visto em 2021. Ferraz explica que devido a uma recuperação mais rápida das economias asiáticas, a demanda por produtos brasileiros continuou alta em 2020, mas esse cenário deve mudar porque o resto do mundo também está em recuperação.
Dessa forma, os países e blocos que compram produtos manufaturados, como a Europa e a Argentina, devem aumentar a demanda em 2021, equilibrando a participação entre os setores.
— Acreditamos que com a recuperação que já vem sinalizada no segundo semestre de 2020 e que deve perdurar também para o ano de 2021, esse ganho relativo tende a voltar a uma situação de equilíbrio onde a participação dos demais setores seja aumentada em detrimento da participação no setor agrícola, o que não significa que em termos absolutos o setor agrícola via perder exportações, estamos falando em termos relativos, disse o secretário.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 04/01/2021
BOLSONARO SANCIONA DIRETRIZES PARA ORÇAMENTO DE 2021, COM ROMBO DE R$ 247 BILHÕES
Publicado em 01/04/2021 as
05:48 PM
LDO foi aprovada pelo Congresso há duas semanas
Por Manoel Ventura
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quinta-feira, no último dia de 2020, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. A sanção do projeto era fundamental para que a máquina pública continue a funcionar a partir de 1º de janeiro de 2021. A lei estabelece como meta de resultado das contas públicas em 2021 um rombo de até R$ 247,1 bilhões.
O projeto do Executivo, aprovado pelo Congresso há duas semanas, estabelece as metas e prioridades para o ano seguinte e precisa. A equipe econômica temia virar o ano sem sua aprovação, dificultando a gestão do Orçamento de 2021.
A íntegra do texto ainda foi divulgado. O governo não infomou se houve vetos.
Normalmente, o Congresso aprova dois projetos para balizar os gastos do governo no ano seguinte: a LDO, com as regras gerais das finanças públicas, costuma ser sancionada ainda em agosto.
A Lei Orçamentária, com a descrição das fontes de receitas e destino das despesas, é apreciada até dezembro.
Neste ano, esse processo atrasou principalmente por causa da pandemia e da turbulência política causada pela disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. A Lei Orçamentária só será votada em fevereiro.
Como o Orçamento não foi aprovado, a LDO estabelece que a máquina pública seja custeada por meio de liberações mensais, baseadas na proposta de despesas definida pelo governo.
A primeira versão do projeto foi apresentada pelo governo em abril, com previsão de uma meta fiscal flexível, por causa das incertezas em relação à projeção para as receitas em 2021. O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou que essa manobra poderia desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Diante do alerta e da melhora no cenário para preparar estimativas, a equipe econômica voltou atrás da decisão. Inicialmente, projetou meta de R$ 232,1 bilhões na semana passada.
Dias depois, elevou essa previsão para R$ 247,1 bilhões por causa de mudanças nas projeções dos parâmetros econômicos.
A definição de um limite para o resultado das contas públicas é importante porque baliza a liberação de recursos ao longo do ano. A cada dois meses, o governo avalia se a meta corre risco de ser descumprida e, se necessário, faz um contingenciamento no Orçamento — ou seja, bloqueia temporariamente recursos dos ministérios.
Essa regra foi suspensa neste ano por causa do decreto de estado de calamidade pública, editado para permitir a autorização de gastos emergenciais para combater a pandemia de Covid-19. A medida se encerra em 31 de dezembro, mas já há pressões para prorrogar esse prazo.
A LDO estima um crescimento do PIB para o ano de 2021 de 3,2%, o IPCA em 3,2%, a taxa Selic em 2,1% e a taxa de câmbio média de R$ 5,30.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 04/01/2021
SANTOS DUMONT E CONGONHAS: TRÊS CONSÓRCIOS VÃO FAZER ESTUDOS PARA DEFINIR MODELO DO LEILÃO DOS AEROPORTOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:47 PM
Grupos terão prazo de 150 dias para concluir os trabalhos
Por Geralda Doca
BRASÍLIA – O governo autorizou a realização de estudos sobre a modelagem de concessão da sétima e última etapa de concessão dos aeroportos, que vai incluir Santos Dumont e Congonhas. Foram selecionados três consórcios - Grupo de Consultores em Aeroportos, Grupo VPP e um terceiro grupo - que terão prazo de 150 dias para concluir os trabalhos.
Os estudos serão encaminhados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) , que selecionará o que melhor atender o edital de chamamento público. O segundo passo é a abertura de consulta pública das minutas do edital.
O governo pretende realizar o leilão no primeiro trimestre de 2022, após aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Nessa etapa serão leiloados, em três blocos, 16 aeroportos, puxados por Santos Dumont, Congonhas e Belém. Os estudos vão definir lances mínimos e investimentos obrigatórios durante os contratos de concessão.
Os atuais operadores privados poderão participar do certame, sem restrições. Ou seja, o administrador do Galeão poderá arrematar Santos Dumont.
Em abril deste ano, está previsto o leilão da sexta rodada de concessão, também em blocos com 22 terminais ao todo, tendo como chamariz os aeroportos de Curitiba, Goiânia e Manaus.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 04/01/2021
EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO DEVEM BATER RECORDE E SUPERAR A BARREIRA DOS US$ 100 BI PELA 2ª VEZ NA HISTÓRIA
Publicado em 01/04/2021 as
05:47 PM
Preços em alta, aumento de safra e demanda aquecida devem garantir bons resultados do setor em 2021
Por Henrique Gomes Batista

Produção de milho em fazenda próxima ao Distrito Federal; agronegócio brasileiro deve viver novo recorde em 2021 Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
SÃO PAULO - Depois de um ano de preços e vendas em alta, o agronegócio brasileiro deve viver novo recorde em 2021. O setor, que ajudou a minimizar o impacto da crise na economia brasileira, deve exportar US$ 112,9 bilhões, segundo projeção da MB Agro. Caso a projeção se confirme, será a segunda vez na história que a atividade supera a marca dos US$ 100 bilhões em vendas ao exterior. A primeira foi em 2018, com um total exportado de US$ 101,7 bilhões.
Alguns sinais evidenciam o dinamismo do setor. Até o terceiro trimestre, a agropecuária foi a única atividade a registrar crescimento, com alta acumulada de 2,4% segundo o IBGE. Mesmo durante a pandemia, a atividade encerrou 2020 com criação de vagas formais.

Elevação do preço de commodities, como soja e milho, a principal responsável pela estimativa de exportações recordes Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
Dois fatores explicam os prognósticos positivos para este ano: quantidade e preço. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê colheira recorde de 265 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, o que significa alta de 3,5% sobre a anterior. Essa projeção representa um aumento de produtividade, pois a área plantada cresceu apenas 1,6%.
A alta da produção tem papel relevante, mas é a elevação do preço de commodities, como soja e milho, a principal responsável pela estimativa de exportações recordes.
Um dos fatores que contribuem para o aumento da demanda por grãos é a retomada da produção chinesa de suínos. Após a peste suína africana de 2018, que comprometeu cerca de 20% do seu plantel, a China está ampliando a criação de porcos. Os grãos são usados na alimentação dos animais.
A expectativa, porém, é que o recorde de exportações não se traduza em novo salto na inflação de alimentos como no ano passado, quando a escalada de preços foi de tal magnitude que alguns supermercados chegaram a restringir temporariamente a compra de unidades de alguns produtos.
Isso em razão do fim do auxílio emergencial, que aumentou a demanda entre as famílias de renda mais baixa, e da perspectiva de um ano com menos sustos no câmbio.
— O produtor começa o ano com uma perspectiva muito boa. Os preços internacionais estão em patamares elevados e muitos produtores já venderam a próxima safra por valores, em dólar, muito maiores que a realizada em 2019/2020 — afirmou José Carlos O’Farrill Vannini Hausknecht, sócio da MB Agro Consultoria. — Esse impacto tende a ser maior que o aumento da safra, que ainda pode sofrer com problemas de clima.

Secas maiores que o previsto no segundo semestre de 2020 causaram atraso no plantio de soja. Este atraso da produção pode afetar ainda a produção de milho Foto: Reprodução
De fato, a própria Conab já reduziu sua previsão de safra, que antes estava em 268 milhões de toneladas. Além de estarmos em período de “La Niña”, quando ocorre um resfriamento das águas do Pacífico, alterando todo o clima na América do Sul, as secas maiores que o previsto no segundo semestre causaram atraso no plantio de soja. Este atraso da produção pode afetar ainda a produção de milho.
O clima desta safra está pior e mais desafiador que a safra anterior e já compromete a produção de culturas perenes, como café e laranja, além da cana de açúcar. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, atualmente coordenador do Centro de Agronegócio na Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), avalia que ainda é cedo para cravar que a produção de grãos baterá recorde.

Foto: Criação O Globo
Porém, além do clima, outro fator determinante no agronegócio em 2021 — e em toda a economia — será a evolução da pandemia. Uma piora no quadro antes que a vacinação em massa surta efeito pode estressar o mercado, que em meados de 2020 correu para formar estoques, por medo de desabastecimento.
— A pandemia trouxe de volta o fantasma do desabastecimento. Isso gerou debates protecionistas, mas, do lado brasileiro, foi uma surpresa positiva, pois estávamos com uma grande safra. Se a pandemia não for debelada no primeiro semestre, é muito provável que a demanda global por alimentos continue muito aquecida. Por outro lado, é possível que não tenhamos planos de auxílio tão grandes, que elevam a demanda por alimentos. Essa é a variável fundamental em 2021 — afirmou Rodrigues.
Tarso Veloso, gerente da AgResource, em Chicago, nos EUA, afirma que a perspectiva de preços de commodities em alta segue por mais um ano, em razão da maior demanda global por causa da pandemia.
— O que acontece agora no mercado é uma demanda ainda crescente da China e de outros mercados e uma frustração de safra grande. Tivemos quebra de safra de trigo na Rússia, no ano passado em Iowa, Estados Unidos, e agora tivemos o pior início de safra de soja, na plantação, no Mato Grosso em 40 anos — disse.
Ele afirma ainda que o agronegócio brasileiro tende a viver em 2021 um novo risco: a questão ecológica. A má imagem do país no setor pode afetar negócios:
— Empresas e governos vão usar o desmatamento da Amazônia para criar barreiras comerciais, fitossanitárias e tentar baixar os preços de produtos brasileiros — disse Veloso, lembrando que pode ser o argumento de governos protecionistas. — A postura do governo prejudica o agronegócio.
Fonte : O Globo - RJ
Data : 04/01/2021
PREÇOS DO PETRÓLEO ATINGEM MAIOR VALOR EM NOVE MESES COM PRÉVIA DE REUNIÃO DA OPEP
Publicado em 01/04/2021 as
05:47 PM
Por Gustavo Gaudarde - 4 de janeiro de 2021 - Em Newsletter Comece seu Dia
Quem fazEditada por Gustavo Gaudarde
gustavo@epbr.com.br
em jogo
Os membros da OPEP+ se reúnem nesta segunda (4/1) para definir os volumes de produção para fevereiro. É o primeiro encontro após a decisão de elevar em 500 mil barris/dia os limites de produção do acordo firmado ano passado e peça-chave da recuperação dos preços da commodity no segundo semestre de 2020.
— O encontro vai definir se mantém a produção atual para fevereiro. A Arábia Saudita resiste a um novo aumento, enquanto a Rússia defende a ampliação da cota, informa a Bloomberg.
— Para o comitê técnico da OPEP, que se reuniu no domingo, a incerteza permanece para a primeira metade do ano, mesmo com a recuperação econômica estimulada pelos governos e o avanço da vacinação.
— A maior parte dos analistas do grupo é contra o aumento da oferta do óleo a partir de fevereiro segundo fontes da Reuters.
A expectativa do mercado por uma decisão conservadora fez os preços do Brent abriram em alta nesta segunda (4), atingindo a máxima de US$ 53,33, maior valor desde março do ano passado. Nos EUA, o WTI era negociado próximo de US$ 49.
— No Oriente Médio, o Irã comunicou autoridades internacionais que deu início à nova fase do plano de enriquecimento de urânio que havia sido paralisado pelo acordo nuclear firmado com os EUA e aliados europeus e posteriormente abandonado por Donald Trump. BBC
— Pode resultar em maior oferta de óleo no mercado. O anúncio iraniano é uma pressão sobre o novo governo dos EUA, para Joe Biden retomar as condições que foram firmadas por Barack Obama e retirar sanções aos negócios com o Irã.
Petrobras perde arbitragem para Iesa Óleo e Gás. Tribunal de NY decidiu que a petroleira deve pagar US$ 70 milhões, mais juros, em uma disputa envolvendo a construção de módulos para FPSOs.
— “A arbitragem, que corre sob confidencialidade, tinha como objeto um contrato de Engineering Procurement and Construction (EPC) para a construção de módulos para plataformas (FPSOs)”, informou a Petrobras nesta segunda (8).
— A Iesa, em recuperação judicial, foi alvo da Operação Lava Jato em 2014 e, segundo a acusação, foi uma das empreiteiras que pagaram propinas ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o primeiro grande delator do escândalo de corrupção.
— A Iesa também foi uma das empreiteiras que perderam contratos em decorrência das denúncias. Em 2014, a Petrobras rescindiu o pacote 3 dos módulos dos replicantes que havia sido contratado US$ 720 milhões e previa a entrega de 24 módulos para FPSOs.
Adeus, Sete Brasil. Recebendo um valor simbólico de 7 euros, a Petrobras formalizou a venda dos 15% de participação que detinha em empresas da Sete Brasil. Criada em 2010 pela petroleira para construir os navios-sonda que perfurariam no pré-sal, a Sete Brasil pediu recuperação judicial em abril de 2016 sem ter entregado nenhuma das 28 sondas encomendadas.
— Na época, as dívidas da Sete Brasil somavam cerca de R$ 20 bilhões junto a bancos públicos e privados, fundos de pensão e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
— Entre sua fundação e a recuperação judicial, grandes bancos nacionais e estrangeiros, bem como fundos de pensão e o BNDES, aportaram quase US$ 15 bilhões em sucessivas injeções de capital na Sete Brasil. Somente a Petrobras colocou US$ 353 milhões na sua criação.
— Além dos problemas técnicos, como a exigência de um percentual mínimo de conteúdo nacional na construção das sondas, que atrasou bastante o cronograma, a Sete Brasil também foi atingida pela Operação Lava Jato. Money Times
Mais dinheiro da Lava Jato. A Vitol pagou R$ 232,6 milhões à Petrobras em 29 de dezembro, em decorrência de acordo de leniência celebrado entre o Ministério Público Federal (MPF), a Vitol Inc. e a Vitol do Brasil, no início do mês passado. O acordo foi homologado em 18 de dezembro pela Câmara de Combate à Corrupção do MPF.
— A Vitol é uma das maiores tradings de petróleo e derivados do mundo e foi um dos alvos da 57ª fase da Operação Lava Jato, em 2018.
— De acordo com a Petrobras, o total de recursos devolvidos para a companhia em decorrência de acordos de colaboração, leniência e repatriações, no âmbito da Operação Lava Jato, ultrapassa R$ 4,8 bilhões.
Carreiras em extinção. O New York Times mostra como a pandemia afetou o futuro profissional de recém-formados para atuar no setor de óleo e gás dos EUA. De acordo com o jornal, foram fechados mais de 100 mil postos de trabalho na indústria, e alguns deles de forma definitiva.
— Apesar das perdas, a indústria de óleo e gás ainda emprega cerca de 2 milhões de pessoas em posições de liderança. O número ainda é bem maior do que os empregos gerados pela crescente indústria de energia eólica e solar, que totaliza 370 mil empregos, segundo grupos de trading.
Braskem: contratos e arbitragem, A Petrobras e a Braskem assinaram contratos avaliados em R$ 7,6 bilhões e com duração de cinco anos. A maior parcela do acordo, avaliada em R$ 7,4 bilhões, refere-se à venda, pela Petrobras à Braskem, de etano e propano. Os contratos entraram em vigor em 1º de janeiro de 2021.
— Em contrapartida, a Petrobras comprará um total de R$ 200 milhões em hidrogênio da Braskem, o equivalente a 5,2 mil toneladas por ano. Money Times
— Em 28 de dezembro, a Petrobras apresentou requerimento de arbitragem com demanda indenizatória estimada em cerca de R$ 800 milhões contra a Odebrecht, com fundamento no acordo de acionistas referente à Braskem, por violações aos seus termos.
Compass na Gaspetro A Petrobras decidiu manter a Compass, do Grupo Cosan, no processo de venda de 51% da Gaspetro. A decisão foi motivada, segundo a empresa, por ofício do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informando que a permanência da companhia na concorrência não caracteriza descumprimento do Termo de Compromisso de Cessação (TCC).
— O projeto está atualmente em fase vinculante. A Compass cotou o negócio em cerca de US$ 1 bilhão. A Petrobras recebeu mais duas propostas, da Sobek Energia e do grupo GP Investimentos.
— A Gaspetro detém participações em 19 concessionárias que exploram com exclusividade os serviços locais de distribuição de gás canalizado em diversos estados do Brasil. A Mitsui é sócia da Petrobras na empresa, com 49%. Em novembro passado, o Valor Econômico noticiou que a empresa japonesa também estuda vender sua fatia na subsidiária.
— Além da Compass, a Cosan controla a Comgás, a maior distribuidora de gás canalizado do país, que têm uma das concessões estaduais em São Paulo. epbr
Solar em alta Apesar do dólar valorizado e da crise desencadeada pela pandemia, a demanda por painéis solares no Brasil se mantém alta. Dados do governo sobre a importação de módulos ou painéis mostram que de janeiro a novembro de 2020, o país importou 22,5 milhões de placas, 7,1 milhões a mais do que no mesmo período do ano anterior. Folha de SP
Importação de energia recorde. O volume de energia importada da Argentina em novembro passado, por meio da transmissora Enel Cien, cresceu 2,4 vezes sobre igual período de 2019, chegando a 1.161 gigawatts-hora. Segundo a empresa, são os maiores níveis de importação desde o ano 2000, quando a transmissora iniciou suas operações.
— Em 2020, até 17 de dezembro, foram importados 2.300 GWh, o equivalente a 15% da carga da Região Sul. No acumulado do ano, a empresa registrou o terceiro maior volume.
— Apesar do aumento das chuvas na região Sudeste e Centro-Oeste no período úmido, o volume de energia importada no ano cresceu 8%. Estadão/Broadcast
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 04/01/2021
REDE DE ACADEMIAS PREVÊ REDUÇÃO DE 24% NA CONTA COM ENERGIA SOLAR
Publicado em 01/04/2021 as
05:46 PM
Por epbr -* 4 de janeiro de 2021 - Em Setor elétrico, Solar
Sete academias da rede Smart Fit serão abastecidas 100% com energia solar fotovoltaica gerada em Minas Gerais, com economia esperada de 24,3% em relação ao custo atual com energia das unidades, segundo informações da EDP, empresa do setor elétrico responsável pelo projeto.
A EDP informou nesta segunda (4) que conclui a construção da usina capaz de gerar 1.699 MWh por ano, equivalente a demanda de cerca de 700 residências. O investimento foi de R$ 2,2 milhões e a economia de 24,3% desconsidera o recolhimento de impostos.
Do ponto de vista ambiental, o suprimento de energia 100% renovável para as sete unidades evitará a emissão de 127 toneladas anuais de CO2, o que corresponderia ao plantio de 705 árvores, diz a EDP.
O projeto foi contratado por dez anos com a divisão EDP Smart, que também ficará responsável pela operação da usina. Desde 2017, a EDP já negociou 58,9 MWp (potência instalada) em projetos de energia solar, sendo 28,1 MWp instalados e 30,8 MWp em desenvolvimento.
“O mercado da energia solar vem avançando rapidamente no País e seguirá nessa tendência nos próximos anos. Empresas como a Smart Fit estão atentas a esse fato, buscando não só maior previsibilidade e economia em seus gastos com energia elétrica, mas também benefícios ao meio ambiente. Acreditamos nesse modelo de negócio, que seguirá recebendo nossa atenção”, afirma André Pereira, diretor da EDP Smart.
Energia solar em Minas Gerais
A usina que atenderá à Smart Fit está localizada em Sacramento, município que faz fronteira com Uberaba, no Sudoestes de Minas Gerais.
Minas Gerais é o estado que mais produz energia elétrica por meio de usinas fotovoltaicas de micro e minigeração. Na geração centralizada, são 529,1 megawatts (MW) já em operação e mais de 5,2 GW contratados, enquanto na geração distribuída, o estado tem 790,7 MW instalados.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2020 o Brasil ultrapassou a marca de 7 gigawatts (GW) de potência instalada na fonte solar fotovoltaica, sendo quase 3 GW em geração centralizada e pouco mais de 4 GW na geração distribuída.
Desde 2012, já foram investidos mais de R$ 35,4 bilhões no setor, que gerou 210 mil novos empregos e arrecadação de R$ 10,4 bilhões em tributos. A utilização da fonte energética evitou a emissão de mais de 1,1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera.
De segunda a sexta, pela manhã, assinantes da newsletter Comece seu dia recebem por e-mail um briefing produzido pela agência epbr com os principais fatos políticos, notícias e análises sobre o setores de petróleo e energia.
Fonte : Agência EPBR de Notícias
Data : 04/01/2021
BALANÇA COMERCIAL TEM DÉFICIT DE US$42 MI EM DEZEMBRO, MAS 2020 FECHA COM SUPERÁVIT DE QUASE $51 BI
Publicado em 01/04/2021 as
05:46 PM
Por Gabriel Ponte
BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira fechou 2020 com superávit de 50,995 bilhões de dólares, avanço de 6,2% em termos de valor sobre 2019, em um ano atípico marcado pela interrupção de atividades econômicas em decorrência da propagação da pandemia da Covid-19 ao redor do globo, impactando cadeias produtivas.
A última previsão feita pelo Ministério da Economia para a balança era de que ela ficaria positiva em 55 bilhões de dólares em 2020.
Em dezembro, o déficit foi de 42 milhões de dólares, informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira, abaixo do saldo positivo de 200 milhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.
No último mês do ano, as exportações alcançaram 18,365 bilhões de dólares, enquanto as importações somaram 18,407 bilhões de dólares.
Pela média por dia útil, as exportações em dezembro caíram 5,3% sobre o mesmo período do ano anterior, enquanto as importações saltaram 39,9%.
Fonte : Extra Online
Data : 04/01/2021
GNA RECEBE 1ª CARGA DE GNL EM TERMINAL NO PORTO DO AÇU PARA COMISSIONAMENTO DE ATIVOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:46 PM
(Por Gabriel Araujo)
SÃO PAULO (Reuters) - A Gás Natural Açu (GNA), joint venture formada por BP, Siemens e Prumo Logística, recebeu a primeira carga de gás natural liquefeito (GNL) em seu terminal de regaseificação no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, informou a companhia nesta segunda-feira.
A carga, que envolveu cerca de 140 mil metros cúbicos de GNL, será utilizada no comissionamento do terminal e da usina termelétrica a gás natural UTE GNA I.
A GNA espera que a usina, que possui capacidade instalada de 1,34 gigawatts (GW), entre em operação no primeiro semestre deste ano. O ativo, parte de um parque elétrico que contará com duas térmicas e do projeto que envolve o terminal de regaseificação, recebeu no final de 2020 licença do governo do Rio de Janeiro para operação.
A primeira carga do terminal foi fornecida pelo navio gaseiro Kmarin Emerald, da BP, em operação que durou cerca de cinco dias.
O volume foi transferido para a FSRU BW Magna, parte integrante do ativo, que tem capacidade para regaseificar e movimentar até 21 milhões de metros cúbicos de gás e dia, disse a GNA.
A FSRU ("floating storage and regasification unit", em inglês) recebe, armazena e transforma o GNL para o estado gasoso, visando a produção de energia na usina térmica.
"Concluímos mais uma etapa importante do projeto da GNA com muita eficiência... Estamos cada vez mais próximos da operação comercial de nossa primeira usina", disse em nota o diretor-presidente da GNA, Bernardo Perseke.
Segundo a BP, a operação com gás natural é "um marco" para a transição energética do Brasil. O presidente da petroleira no Brasil, Mario Lindenhayn, acredita ainda que o gás desempenha papel nas metas ambientais da companhia.
"Temos a ambição de ser uma empresa neutra em carbono até 2050, e o gás faz parte deste processo. A chegada do primeiro carregamento de GNL é um marco para o andamento do projeto que trará ainda mais investimentos e diversidade ao portfólio energético brasileiro", afirmou.
Fonte : Extra Online
Data : 04/01/2021
MIRANDO INCENTIVOS EM BIOECONOMIA, GOVERNO ESTUDA ZONA FRANCA NO PARÁ
Publicado em 01/04/2021 as
05:46 PM
Da redação

Os ministros Paulos Guedes (centro) e Ricardo Salles (direita) estão conduzindo as discussões que podem levar à criação da zona franca no Pará
O governo federal estuda a concessão de incentivos fiscais para o setor da bioeconomia, modelo de negócio que transforma recursos naturais em produtos de valor agregado seguindo regras ambientais. Um desses incentivos seria a criação de uma zona franca no Pará, oferecendo isenções fiscais para a instalação de empresas de bioeconomia.
Segundo o jornal Folha de SP, a ideia foi debatida entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Eles pretendem criar um grupo de estudo até o fim do mês para discutir medidas que projetem o segmento no País e criem uma “Zona Franca Verde”.
No bojo dessa movimentação, o Brasil pode virar um polo de atração mundial de empresas de biotecnologia, principalmente dos ramos de cosméticos, farmacêutico e alimentício, além de captar pesquisadores de universidades estrangeiras que trabalhem com um desses segmentos.
Além disso, a zona franca pode virar uma espécie de vitrine do modo como o Brasil investe na preservação ambiental, ponto que está em baixa no governo Jair Bolsonaro em razão das queimadas na floresta amazônica.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 04/01/2021
BALANÇA TEM SUPERÁVIT DE US$ 50,995 BI EM 2020, ABAIXO DA MEDIANA DE US$ 51,2 BI
Publicado em 01/04/2021 as
05:45 PM

As importações registraram queda de 9,7% em 2020, ocasionada pela demanda interna menor (Crédito: Arquivo/Istoé Dinheiro)
Com a pandemia do coronavírus afetando as importações em maior escala do que as exportações, o Brasil registrou um saldo positivo de US$ 50,995 bilhões no comércio exterior em 2020. O valor representa uma alta de 6,2% em relação ao saldo da balança comercial de 2019. O resultado de 2020, contudo, ficou abaixo da mediana de US$ 51,2 bilhões nas projeções (US$ 47,2 bi a US$ 58,9 bi).
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia nesta segunda, 4, o valor foi alcançado com exportações de US$ 209,921 bilhões, que superaram as importações, de US$ 158,926 bilhões. No geral, a pandemia levou a um recuo de 7,7% na corrente de comércio do Brasil com os demais países, incluindo vendas e compras do exterior.
As importações registraram queda de 9,7% em 2020, ocasionada pela demanda interna menor em um momento de economia em retração. Houve recuo de 3,9% nas compras de produtos agropecuários e de 7,7% em produtos da indústria de transformação.
Já as exportações recuaram 6,1%, desempenho que não foi pior graças ao setor agropecuário, cujas vendas subiram 6,0% em 2020. Houve quedas de 2,7% nas vendas da indústria extrativa e de 11,3% em produtos da indústria de transformação.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 04/01/2021
GOVERNO PROJETA SUPERÁVIT COMERCIAL DE US$ 53 BI EM 2021
Publicado em 01/04/2021 as
05:45 PM
Redação ECONOMIA 04 Janeiro 2021
O Brasil deve encerrar 2021 exportando US$ 53 bilhões a mais do que importando. A projeção foi divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Segundo o órgão, as exportações devem atingir US$ 221,1 bilhões em 2021, com crescimento de 5,3% em relação a 2020. As importações devem encerrar o ano em US$ 168,1 bilhões, com alta de 5,8%.
Atualizada a cada três meses pela Secex, a estimativa oficial veio abaixo do esperado pelas instituições financeiras. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado divulgada pelo Banco Central (BC), a projeção de superávit comercial para 2021 estava em US$ 55,1 bilhões.
Em 2020, o Brasil exportou R$ 50,99 bilhões a mais do que importou. Esse foi o terceiro melhor ano para a balança comercial, perdendo apenas para o superávit recorde de US$ 66,99 bilhões registrado em 2017 e de US$ 58,03 bilhões em 2018.
O resultado de 2020 representa crescimento de 6,2% em relação ao superávit de 2019, quando o país exportou US$ 48,03 bilhões a mais do que importou. Apesar da alta, o resultado veio abaixo do esperado pelas instituições financeiras. Os analistas pesquisados pelo boletim Focus estimavam que a balança comercial encerraria 2020 com saldo positivo de US$ 55,05 bilhões.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 04/01/2021
TBG FECHA PRIMEIROS CONTRATOS DE CURTO PRAZO COM PETROBRAS, PARA MS E SC
Publicado em 01/04/2021 as
05:45 PM
A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) fechou os primeiros contratos de Produtos de Curto Prazo com a Petrobras, visando a prestação de serviço de transporte em janeiro de 2021 para as saídas do duto em Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Ambas contratações, que somadas preveem o transporte diário de 495 mil metros cúbicos de gás natural, são na modalidade Extraordinária, informou a companhia.
A contratação desse tipo não exige chamada pública, ao contrário dos contratos firmes, e pode ser extinta ou reduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os Produtos de Curto Prazo representam um modelo de negócio inédito no Brasil, que tem como objetivo atender as expectativas do mercado ao possibilitar que o transporte de gás natural possa ser realizado por meio de contratos diários, mensais ou trimestrais.
Segundo a TBG, outras cinco empresas estão avaliando a contratação dos Produtos de Curto Prazo da transportadora de gás natural, mas não revelou quais seriam.
Fonte : IstoÉ- Dinheiro
Data : 04/01/2021
PORTO DO ITAQUI FECHA 2020 ACIMA DA MARCA HISTÓRICA
Publicado em 01/04/2021 as
05:45 PM

O Porto do Itaqui chega ao final de 2020 com movimentação acima da marca histórica alcançada em 2019 e fecha o ano com 25,3 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Os grãos (soja, milho e farelo de soja) chegaram aos 12,1 milhões de toneladas – incluindo as operações do Tegram e da VLI –, um crescimento de 8,5% sobre o mesmo período do ano passado. E o volume de fertilizante atingiu os 2,6 milhões de toneladas movimentadas, registrando alta de 21%.
Destaque também para a celulose, com 1,4 milhão de toneladas exportadas e 35% acima do que foi exportado em 2019; além das cargas em contêineres, com a consolidação da escala semanal neste ano. Esses resultados foram alcançados junto ao intenso trabalho de prevenção e combate à covid 19, definido em um plano de enfrentamento à pandemia, deflagrado nos primeiros meses do ano, com foco em manter a saúde dos trabalhadores e a segurança das operações.
“Tivemos um ano difícil, de muitas incertezas, iniciado com as primeiras notícias da covid-19, quando começamos a entender os possíveis impactos da pandemia nos mercados em que atuamos e a tomar medidas para manter nossas equipes em segurança e a regularidade das operações. Mas com determinação e resiliência chegamos a esse recorde que confirma a sequência positiva que estamos alcançando desde 2015”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
“Um resultado que não seria possível sem a parceria e o empenho das equipes da EMAP, dos operadoras, arrendatários, armadores, agências marítimas, órgãos anuentes, praticagem, OGMO, trabalhadores portuários e todos os que fazem do Porto do Itaqui uma referência para o Maranhão e para o Brasil”, completa.
Expansão
Marco do projeto de expansão que vem sendo empreendido no Porto do Itaqui desde o ano passado, o Novo Tegram iniciou suas atividades no final do primeiro semestre e inaugurou um novo estágio de crescimento que fortalece ainda mais a importância do porto público do Maranhão como líder no escoamento da produção de grãos do Arco Norte do país.
Os investimentos do Consórcio Tegram no Itaqui possibilitam realizar embarques simultâneos de grãos pelos berços 100 e 103, elevando a capacidade do porto para movimentar 20 milhões de toneladas de grãos por ano, considerando também as operações da VLI no Berço 105.O Consórcio investiu R$ 260 milhões nesta segunda fase do empreendimento. Somados ao aporte de recursos da primeira fase (R$ 600 milhões), o total investido é de R$ 860 milhões. A obra gerou cerca de 500 empregos e no pós-obra o terminal deve absorver mais de 100 novos trabalhadores.
Destaque logístico para o agronegócio brasileiro, o Tegram é uma das maiores obras de infraestrutura para a exportação da safra brasileira de grãos e tem beneficiado diretamente os produtores da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia) e do Nordeste de Mato Grosso. A proximidade do Itaqui com a nova fronteira agrícola do Brasil gera maior agilidade no escoamento da safra para mercados estratégicos, como o europeu e o asiático.
Reconhecimento e certificações
Para além das ações de enfrentamento da pandemia provocada pelo novo coronavírus, 2020 fica marcado na EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), gestora do Porto do Itaqui, como o ano da conquista da tripla certificação ISO. A obtenção do selo da Norma ISO 27.001, da Segurança da Informação, reuniu-se às certificações nas ISO 9001:2015 e 14001:2015, que atestam, respectivamente, excelência na gestão da qualidade e do meio ambiente, conquistadas anteriormente.
Destaque também para o duplo reconhecimento no Prêmio Portos + Brasil, instituído pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra) neste ano, que coloca o Itaqui no top 3 dos portos brasileiros em duas categorias: IGAP (Índice de Gestão das Autoridades Portuárias) e Execução dos Investimentos Planejados. O porto público do Maranhão também integra o top 3 no ranking de desempenho ambiental da ANTAQ.
Preparado para 2021
A gestão do Porto do Itaqui tem em curso um Plano de Investimentos – entre recursos públicos e privados – no valor total de R$ 1,4 bilhão para infraestrutura portuária, que abrange obras entregues, em andamento e projetos para 2021.
Com recursos próprios da EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária, gestora do Porto do Itaqui, estão em fase de conclusão as obras de recuperação dos berços, pavimentação das vias internas e de acesso ao porto, novo sistema elétrico com modernização da subestação receptora e a construção de uma base de resposta a emergência no Terminal da Ponta da Espera.
Entre os investimentos privados mais importantes, além do Novo Tegram, destacam-se as obras em andamento da expansão do terminal de fertilizante, de dois terminais de granéis líquidos e um de celulose, que devem ser concluídas em 2021. Ainda para o próximo ano está previsto o leilão de quatro novos terminais de combustíveis, a construção de um novo berço (99) e uma pera ferroviária.
Fonte : O Maranhense - MA
Data : 04/01/2021
PORTOS DO PARANÁ ABRE CONSULTA PARA NOVOS LEILÕES
Publicado em 01/04/2021 as
05:44 PM
A empresa pública Portos do Paraná abriu consulta para os leilões de arrendamento das áreas PAR32 e PAR50, no Porto de Paranaguá. Os certames devem acontecer no primeiro semestre de 2021, com investimentos totais de R$ 367, 6 milhões.
Os leilões serão realizados pela autoridade portuária paranaense e os procedimentos prévios são realizados com apoio da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), vinculada ao Ministério da Infraestrutura.
A PAR32 é uma área de aproximadamente 6.6 mil m2, destinada a movimentação de carga geral, em especial açúcar ensacado. O espaço já conta com estrutura, no berço de atracação 205. O prazo de arrendamento é de 10 anos, prorrogáveis a critério do poder concedente.
Já a PAR50 é para operação de granéis líquidos, com área total de 85.392 m2, junto ao píer de inflamáveis. O arrendamento prevê instalações de armazenagem de uso misto, com 18 tanques verticais já instalados e capacidade total de aproximadamente 70.181 m3, além de sistemas de tubulações, bombeamento, áreas administrativas e de utilidades. O prazo de arrendamento é de 25 anos, também possível de prorrogação.
Fonte : ABTRA - Associacao Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados
Data : 04/01/2021
PORTO DO RIO SERÁ MODERNIZADO
Publicado em 01/04/2021 as
05:44 PM
Da REDAÇÃO
Docas do Rio vai modernizar o cais mais antigo do Porto do Rio. As obras estruturais no Cais da Gamboa, inaugurado em 1910, serão realizadas para permitir o aprofundamento de berços de atracação e viabilizar operação com navios de maior porte. Estimadas em R$ 195 milhões, serão iniciadas em breve, com prazo de conclusão previsto para um ano após contratação da empresa vencedora da licitação, lançada no final de ano.
O diretor de Gestão Portuária da CDRJ, Mário Povia, ressaltou que, após as obras pretende realizar a dragagem: “Para o desenvolvimento de novos negócios e melhoria das condições de atratividade do porto, é imperativo o aumento do calado operacional dessa área, que passará a receber navios de maior porte, permitindo a otimização do uso de uma infraestrutura que é fundamental para o Porto do Rio de Janeiro, que a partir de então estará apto a captar novas cargas e novas linhas de navegação”.
Com a modernização do cais e o aprofundamento do acesso aquaviário, o mix de cargas será mais variado e rentável, podendo até duplicar a demanda.
Fonte : O Fluminense - RJ
Data : 02/01/2021
PORTOS COMEMORAM DESEMPENHO
Publicado em 01/04/2021 as
05:44 PM
Da REDAÇÃO

Além do porto do Rio de Janeiro, Docas administra também os portos de Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis - Foto: Divulgação
A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), autoridade portuária que administra os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, encerrou o ano de 2020 com um crescimento de 21% na receita. O faturamento de, aproximadamente, R$ 630 milhões significa o recorde absoluto e é o maior crescimento dos últimos 10 anos, numa sucessão de elevações consecutivas de 19,4% em 2017 (segunda maior alta do período), 16,8% em 2018 (terceira maior alta do período) e de 13,6% em 2019 (quarta maior alta do período).
Segundo os números divulgados pela diretoria de Relações com o Mercado e Planejamento, o faturamento foi superior ao de 2019 em R$ 108 milhões. Os dados incluem projeções para o mês de dezembro, pois ainda não foram computados.
O número histórico deve-se a uma conjugação de fatores: a sustentação das operações durante a pandemia, a resiliência dos operadores de contêineres durante a crise, a recuperação da movimentação do minério de ferro após uma queda em 2019, as negociações bem-sucedidas com parceiros comerciais e à grande elevação do preço do minério de ferro em reais.
Como na quase totalidade dos negócios que não puderam parar no auge das medidas de isolamento social, a empresa teve que adaptar rapidamente seus processos de trabalho em parceria com os operadores portuários para garantir a continuidade das operações. Assim, com a sustentação da demanda por minério de ferro (principal produto exportado pelos portos da CDRJ), o volume total movimentado pela companhia cresceu 7% em relação ao ano passado.
O crescimento aproximado de R$108 milhões em relação ao faturamento de 2019 está, na sua maioria, concentrado nos terminais de minério cuja alta foi de 66% em relação ao ano
passado.
Fonte : O Fluminense - RJ
Data : 04/01/2021
BOLSONARO ENXOTA RATOS DA CEAGESP
Publicado em 01/04/2021 as
05:43 PM
Editorial Portogente
Os líderes estão obrigados a ajudar toda a organização a olhar para si mesma, a refletir e aprender sobre suas decisões.
Adepto do versículo bíblico João 8:32, “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, o presidente Jair Bolsonaro resolveu abandonar a linha do seu ministro da Economia e do governador de São Paulo, acertada em 2019, e bradou “que nenhum rato vai sucatear para privatizar (a Cia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo – Ceagesp) pros seus amigos”, na visita que fez àquele centro de distribuição no dia 15 de dezembro último.

Ao conhecer pessoalmente a pujante central localizada na cidade de São Paulo, o presidente da República deparou-se com muito mais de uma verdade, além da ameaça de ratos humanos ávidos para roê-la. Pode conferir que o lugar da Ceagesp é onde ela está e que são necessários investimentos de forma a incrementar a sua produtividade, em relação ao aumento da demanda. Distinto de transformar tão importante infraestrutura em ativo imobiliário.
A partir de hoje, a campanha política de 2022 está oficiosamente no ar. Debater temas fundamentais sobre a infraestrutura, a logística, os transportes e a distribuição da produção, vai possibilitar uma articulação com os problemas da população, na busca das melhores soluções. Como se assiste nos EUA, será a fé no povo que vai dar a vitória nas próximas eleições. Alimento é necessidade primeira.
Essa população hoje passa por dificuldades intoleráveis, que não se resolvem mudando uma central de abastecimento consagrada e com excelente logística, para dar espaço a empreendimento imobiliário de luxo. Convenhamos, isto não seria uma solução séria, tanto quanto foi infeliz a ideia da rainha francesa Maria Antonieta sugerir aos pobres famintos que comessem brioche, pão luxuoso.
Dentro da sua missão de informar e gerar opinião na Internet com independência, sobre a movimentação de mercadorias, Portogente vai debater a Ceagesp. Em especial, o abastecimento, mobilidade e logística. E demonstrar que a sua localização atual é a que atende melhor às necessidades da população e do Brasil.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 04/01/2021
EMPREENDIMENTOS LOGÍSTICOS SE CONSOLIDAM NA REGIÃO METROPOLITANA
Publicado em 01/04/2021 as
05:43 PM
Assessoria de Comunicação
Aparecida de Goiânia ganha projetos privados que a elevam a um hub logístico multimodal. Cidade receberá aeroporto e também empreendimento especializado em operações logísticas. Pandemia acabou fortalecendo o desenvolvimento desse segmento econômico
O Brasil é um país de dimensões continentais e o setor de logística, que já vinha crescendo em grande escala reduzindo os custos de transporte e armazenamento, foi alavancado com o advento do Covid-19. Com a pandemia, o setor ganhou um novo impulso com o avanço do e-commerce, que atingiu um aumento de 80% em volume de transações entre abril e setembro, segundo a Associação Brasileira de Comercio Eletrônico (ABComm).

Perspectivas Antares Polo Aeronáutico. Crédito: Divulgação.
Essa demanda nacional está repercutindo em Aparecida de Goiânia e no mercado imobiliário da cidade, que está a 2 mil quilômetros de capitais como Belém do Pará (ao Norte) Porto Alegre (ao Sul), Porto Velho (Oeste). E mais próximo ainda a cidades litorâneas como Salvador, distante cerca de 1,5 mil quilômetro; ou Rio de Janeiro, a pouco mais de 1,2 mil; e está a menos de mil quilômetros de distância de São Paulo.
“A cidade está ganhando o papel de interligar as regiões norte/sudeste/sul e está se consolidando como um hub logístico. Além de sua posição geográfica, ela também dispõe de áreas para receber empreendimentos voltados ao segmento”, diz Adalberto Bregolin, economista e especialista no setor imobiliário. “São projetos desenhados para atender as necessidades específicas da atividade”, diz.
Com a pandemia, a movimentação pelo e-commerce acabou aumentando o interesse e as vendas nesses lançamentos. O Global Park, loteamento de áreas específicas para industrias e operadoras logísticas, registrou venda de 80 mil metros quadrados durante a pandemia, o que corresponde a um terço do total. “Os compradores são, em sua maioria, empresas que precisaram ampliar sua estrutura para receber, armazenar e distribuir mercadorias”, diz Adalberto Bregolin, economista e especialista no setor imobiliário, e responsável pela comercialização do empreendimento.
Para receber as operações logísticas, o empreendimento possui atributos específicos e importantes para a atividade, como amplas ruas (18 metros de largura, o equivalente a três faixas de rolamento), o que facilita a manobrabilidade de grandes equipamentos rodoviários, asfalto reforçado e fibra ótica instalada para receber internet de alta velocidade.
Em sua avaliação, o crescimento do segmento continuará em 2021 por vários motivos: além do aumento das atividades de e-commerce, já estão previstos grandes investimentos públicos e privados em ferrovias, rodovias e aeroportos, que facilitarão a distribuição da produção agrícola e mineral, e reduzirão os custos de transporte. Soma-se a isso, a baixa histórica da taxa Selic, hoje em 2,0%aa, que tende a carrear recursos hoje em renda passiva, para o setor produtivo. “Para ter retorno, o investidor privado terá de investir no setor produtivo, quer seja expandindo seus negócios ou construindo para locação”, diz.
Polo aeronáutico
A localização centralizada de Aparecida de Goiânia e a disponibilidade de áreas também foram um fator determinante para que ela recebesse um pólo aeronáutico privado. Com 209 hectares de área, o polo aeronáutico será voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas. A pista do Antares terá 1.800 metros de extensão, podendo receber todos os modelos de aviação geral, jatos executivos, monomotores, bimotores, até o Embraer 195.
As áreas do entorno serão comercializadas para operadores do setor, que antes dependiam unicamente de concessões para conseguir espaço para atuarem nos aeroportos públicos. Já a pista acabará com o desafio diário que os pilotos das aeronaves executivas enfrentam: disputar espaço com as aeronaves comerciais nas pistas dos grandes aeroportos.
O projeto nasceu após 10 anos de estudos e aprovação para oferecer segurança jurídica e, mesmo com a pandemia, o pré-lançamento não foi prejudicado. “É um projeto que traz solução para aviação geral brasileira”, diz um dos sócios do projeto, Rodrigo Neiva.
De acordo com a Associação Brasileira da Aviação Geral (Abag), há 25 anos não se construía um aeroporto no País e Goiás é considerado o coração da aviação geral brasileira. O Centro-Oeste concentra 20% das aeronaves do País e tem 63 mil pousos e decolagens realizados na região todos os anos, segundo a organização.
“A aviação geral é importante para conectar as cidades brasileiras, é um transporte estratégico para os negócios e também para as cargas fracionadas”, salienta Rodrigo Neiva. Além disso, ele lembra, com a recente regulamentação do Programa Vôo Simples da Associação Nacional da Aviação Civil (Anac), que traz permissão da venda de assentos individuais na aviação geral, o segmento ganhará ainda mais impulso.
O empreendimento irá repercutir também em uma nova vocação econômica para a região metropolitana com a instalação de empresas de táxi aéreo, serviço aeromédico, manutenção, hangaragem, escolas para formação de pilotos e estrutura de apoio, com comércio, restaurantes e hotel. A expectativa é atrair também indústrias, em especial fábrica de peças aeronáuticas, turbinas e motores para aviação, entre vários outros. Além de empresas voltadas para o segmento de logística.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 04/01/2021
STARTUP COLOMBIANA VAI INVESTIR US$ 2 MILHÕES NO BRASIL
Publicado em 01/04/2021 as
05:43 PM
Assessoria de Comunicação
Depois de um ano de mudanças profundas em seus negócios, a startup Picap prevê investir, em 2021, US$ 2 milhões no setor de entregas no Brasil. A empresa, que nasceu na Colômbia e atua ainda em países como Argentina, México e Guatemala, aposta na criação de um centro de distribuição, dentro do modelo HUB, localizado na Zona Leste de São Paulo, e no software de logística Pibox Enterprise como alavancas de crescimento para 2021.

Startup pg 2
"Chegamos ao Brasil, em 2019, trazendo um modal novo como solução aos engarrafamentos, principalmente nas grandes cidades. O transporte de passageiros por motos vinha numa curva crescente, alcançando 11 cidades no Brasil. Quando veio a pandemia, alteramos a nossa estratégia e passamos a focar nos setores de logística e entregas", explica o CEO da Picap, Diogo Travassos.
Atuando na modalidade last mile, onde obteve crescimento de 400% nos últimos meses, a Picap passou a fechar parcerias com grandes players do mercado, oferecendo um serviço mais ágil, rápido e barato. "O crescimento do delivery, com a pandemia, cresceu em poucos meses o que levaria alguns anos. Passamos a enfrentar problemas de logística graves, pois o consumidor passou a utilizar esse serviço de forma permanente. A Picap oferece uma solução no sentido que ajuda a tornar toda operação mais confiável e segura", salienta Travassos.
Adquirir uma central de distribuição (HUB), segundo o CEO da Picap, é um passo importante na consolidação da empresa no segmento. Dessa forma, a startup passa a contar com um sistema de distribuição próprio, visando otimizar todo o processo, em todas as etapas. "A isso somamos o Pibox Enterprise, software que, na prática, faz a ponte entre o fornecedor e o consumidor final. O usuário passa a contar com uma ferramenta que acompanha, em tempo real, o deslocamento da carga, a rota escolhida e a estimativa de entrega. Ela permite que o fornecedor encontre uma solução mais adequada para cada cliente", detalha Travassos.
Fonte : Portal Porto Gente
Data : 04/01/2021
EDUARDO NERY FAZ BALANÇO DAS AÇÕES DA ANTAQ EM 2020
Publicado em 01/04/2021 as
05:43 PM
De acordo com o diretor-geral da ANTAQ, apesar de todas as adversidades, a Agência teve muito sucesso na condução de suas atividades na medida em que conseguiu se adaptar rapidamente às condições impostas pela pandemia
Antecedendo os trabalhos da 492ª Reunião Ordinária da Diretoria, a última do ano (realizada em 17/12/2020), o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Eduardo Nery, fez um balanço das ações da Autarquia em 2020, “um ano que dispensa dizer o quanto foi atípico”. De acordo com Nery, apesar de todas as adversidades, a Agência teve muito sucesso na condução de suas atividades na medida em que conseguiu se adaptar rapidamente às condições impostas pela pandemia.
“Nós conseguimos não apenas assegurar a perenidade na prestação de serviços, mas também aumentamos os índices de eficiência e produtividade, mérito que certamente atribuo à qualidade e ao comprometimento de todos os servidores desta Casa”, afirmou.
E prosseguiu: “Nesse ponto, quero exaltar especialmente o trabalho da equipe da nossa Secretaria de Tecnologia da Informação, da Superintendência de Administração e Finanças e da Secretaria de Planejamento, que agiram com notável presteza para que a Agência pudesse dotar todos os servidores das condições necessárias para manter todas as suas atividades de forma remota, sem qualquer prejuízo ao desempenho organizacional. Pelo contrário, nós tivemos um aumento de produtividade”.
Após parabenizar seus pares de Diretoria - Adalberto Tokarski e Francisval Mendes -, pelo trabalho realizado à frente de Agência ao longo do ano, e saudar as participações dos servidores Gabriela Costa e Joelson Miranda, “que, na qualidade de diretores substitutos, também prestaram um enorme serviço à Agência”, o diretor-geral apresentou números obtidos pelas diversas áreas da Agência ao longo deste ano.
“Faço questão de mencionar aqui todas as áreas da ANTAQ, cada uma com a sua cota de participação e que geraram números tão significativos, e agradecer a todos os servidores e colaboradores sem os quais nada teria sido concretizado. Passemos aos números:
DIRETORIA - AUDIÊNCIAS PÚBLICAS - Em 2020, foram realizadas 21 reuniões de Diretoria com apreciação de 823 atos, entre resoluções, acórdãos, portarias e termos de autorização. Também queria destacar outros números importantes, como 12 audiências públicas que foram abertas pela Agência, com destaque especial para a primeira audiência de concessão de portos organizados, dez editais de licitação de arrendamentos portuários e cinco leilões. Com tudo isso, essa parceria que a ANTAQ estabelece, por força de lei, com o Ministério da Infraestrutura, vai viabilizar investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões no setor portuário nacional, alcançando números muito relevantes.
FISCALIZAÇÃO – Quero destacar uma grande conquista da nossa Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais. Ela executou o primeiro ano do Plano Plurianual, com a metodologia da Fiscalização Responsiva, que agregará muito valor aos resultados decorrentes das nossas ações de fiscalização. Com isso, a SFC conseguiu um decréscimo de 20% no tempo de tramitação dos processos sancionadores, o que é muito louvável.
REGULAÇÃO – No âmbito da Superintendência de Regulação, quero destacar entre os normativos aprovados a edição da norma de estudo simplificado para arrendamentos, que promete destravar investimentos. Quero parabenizar a atuação do doutor Adalberto Tokarski, que foi um incentivador dessa medida, que com certeza aumentará muito a eficiência na ocupação das áreas dos nossos portos organizados. No quesito desburocratização, destaco a edição de duas resoluções importantes na área de navegação: uma para flexibilizar regras de manutenção de patrimônio líquido negativo de Empresa Brasileira de Navegação, e a outra para regrar a substituição de embarcações brasileiras docadas.
OUTORGAS – Na Superintendência de Outorgas, tivemos registros de mais de 30 instalações de apoio ao transporte aquaviário; deliberação de mais de 12 pedidos de reequilíbrio de contratos de arrendamento portuário; um número superior a 80 autorizações de Empresas Brasileiras de Navegação; e mais de 6.700 circularizações de afretamento de embarcações processadas no Sistema SAMA.
ESTUDOS - Na área da Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade, destaque para a elaboração dos Boletins Informativos Aquaviários Trimestrais, um produto riquíssimo da Agência, na medida em que serve para subsidiar políticas públicas e decisão de investimentos privados no setor portuário. A expansão do Índice de Desempenho Ambiental – IDA para mais de cem terminais privados, em 2020, também foi uma grande conquista. O IDA tem sido amplamente reconhecido pelo setor.
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS – No âmbito da Superintendência de Administração e Finanças, destaco a economia de cerca de R$ 4 milhões, que foi conseguida no orçamento de custeio com medidas de combate à pandemia, o que representa quase dez por cento do orçamento da Agência. Entre diversas medidas importantes, principalmente nesse contexto do isolamento social dentro da Agência, merecem aquela destinadas a assegurar o bem-estar e a saúde dos nossos servidores, que podemos comprovar nesse período de pandemia.
SECRETARIA-GERAL – A SGE elaborou a Resolução nº 7.701, aprovada pela Diretoria, medida que irá aperfeiçoar o processo decisório da Agência, melhorando os aspectos regimentais. A SGE também cuidou de medidas de transparência por meio de iniciativas como o Plano de Dados Abertos e o Sistema de Transparência Ativa do Governo Federal. Destaco também o Peticionamento Eletrônico para todos os tipos de processos, medida que vai desburocratizar o relacionamento da Agência com o setor regulado.
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO – A Secretaria de Planejamento e Coordenação Interna, mesmo com um número restrito de servidores, vem fazendo um grande trabalho, a exemplo do nosso Plano de Gestão Anual. Também tivemos a oportunidade recentemente de aprovar o Plano Estratégico da Agência 2021-2024. A Secretaria está trabalhando em uma metodologia de Gestão de Riscos e Integridade e regulamentou o Teletrabalho.
AUDITORIA INTERNA – Nossa Auditoria Interna está buscando, cada vez mais, a estrutura adequada à sua importância. Entre essas iniciativas, destaco o Relatório de Auditoria Interna.
OUVIDORIA – A Ouvidoria está implantando o Conselho de Usuários, por meio de plataforma virtual, o que é uma grande conquista, dado o papel importantíssimo para a Agência no sentido de estabelecer um canal de comunicação, especialmente com aquele usuário que se encontra muitas vezes em áreas isoladas e de difícil acesso.
CORREGEDORIA – No âmbito da Corregedoria, todos os processos administrativos disciplinares, instaurados até 2020 foram concluídos. A Corregedoria também vem trabalhando na avaliação do modelo de Maturidade Correcional, que é outra medida que merece aplauso, e na elaboração do Plano de Ação, que tem por finalidade consolidar e aperfeiçoar a atuação correcional.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – Na área da Secretaria de Tecnologia da Informação, quero destacar o apoio que a STI vem dando em todas as áreas, o que foi essencial para que a Agência tivesse um grau de maturidade em estrutura de tecnologia de informação que permitisse à Agência, nesse período de pandemia, se adaptar rapidamente às atividades de teletrabalho. Além disso, ela vem trabalhando em outros produtos importantíssimos, como o TransfomaGov e também o NavegueSeguro, que vai ser um aplicativo disponibilizado aos usuários do transporte aquaviário.
PROCURADORIA FEDERAL - Concluindo, quero destacar a importantíssima participação da Procuradoria Federal junto à ANTAQ. A doutora Natália Moysés merece os parabéns pelo trabalho realizado, que tanto contribui para as decisões desta Agência. Em 2020, foram 2.668 manifestações jurídicas, com destaque para os casos de licitações de arrendamentos portuários. Em contenciosos, foram prestadas 221 informações para defesa judicial desta Autarquia.”
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 30/12/2020
ANTAQ APROVA ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À LICITAÇÃO DE ÁREA EM VILA DO CONDE (PA)
Publicado em 01/04/2021 as
05:42 PM
Área é destinada à movimentação e armazenagem de granéis minerais
AANTAQ aprovou a análise das contribuições da Audiência Pública nº 14/2020, relativa à licitação da área portuária destinada à movimentação e armazenagem de granéis minerais, localizada no Porto Organizado de Vila do Conde/PA, denominada VDC10.
Agora, os autos serão encaminhados ao Ministério da Infraestrutura para realização dos ajustes necessários nos estudos e nas minutas de Edital e de Contrato de Arrendamento, mediante os resultados obtidos das análises das contribuições recebidas, com posterior remessa ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Os autos irão também para a Comissão Permanente de Licitação de Arrendamentos Portuários (CPLA) para consolidação dos documentos pertinentes e adoção das providências subsequentes.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 30/12/2020
UNIDADES DE PORTO ALEGRE, FORTALEZA E VITÓRIA TÊM NOVOS ENDEREÇOS AS MUDANÇAS DAS TRÊS UNIDADES ACONTECERAM EM DEZEMBRO
Publicado em 01/04/2021 as
05:42 PM
As unidades regionais de Fortaleza, Porto Alegre e Vitória da ANTAQ mudaram de endereço. A Unidade Regional de Porto Alegre (UREPL) localiza-se agora na Rua 7 de setembro, 586, sala 1201, Centro Histórico. A Unidade Regional de Fortaleza (UREFT) está na Praça Amigos da Marinha, Prédio Administrativo do Porto de Fortaleza, Mucuripe (CE). Já a Unidade Regional de Vitória (UREFT) encontra-se na Av. João Baptista Parra, 633, 16º andar, no edifício Enseada Office, Praia do Suá (ES).
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 30/12/2020
ANTAQ REALIZARÁ AUDIÊNCIA VIRTUAL SOBRE NORMA REFERENTE À RETIRADA DE RESÍDUOS DE EMBARCAÇÕES
Publicado em 01/04/2021 as
05:42 PM
Reunião acontecerá em 5 de janeiro a partir das 15h
AANTAQ realizará, nesta terça-feira (5), a audiência pública presencial, no modelo virtual, referente à proposta de resolução que tem por objeto disciplinar a prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações em áreas e águas sob jurisdição brasileira.
A audiência pública virtual terá início às 15h e término quando da manifestação do último credenciado, sendo 18h o horário limite para encerramento.
A dinâmica da audiência pública virtual será a seguinte:
a) Toda a sessão virtual será transmitida via streaming a toda a Internet, gravada e disponibilizada no canal da ANTAQ no “Youtube”;
b) Não é necessária inscrição para assistir à audiência pública;
c) Os interessados em manifestar-se na audiência deverão se inscrever pelo aplicativo de mensagens “Whatsapp” no número (61) 2029-6940. O período de inscrição será das 10h às 14h do dia 5 de janeiro de 2021;
d) Os interessados poderão enviar sua contribuição por vídeo, áudio ou até mesmo por escrito no “Whatsapp”;
e) Os interessados também poderão se manifestar entrando na sala de reunião criada no aplicativo “ZOOM”. Para isso, no ato de inscrição, o interessado deverá se manifestar nesse sentido e encaminhar seu endereço eletrônico de login no “ZOOM” para ser convidado a entrar na sala na sua vez; e
f) Em caso de problemas computacionais para utilização da ferramenta “ZOOM" será realizada uma segunda tentativa de conexão ao final de todas as contribuições ou o interessado poderá encaminhar sua contribuição pelo “Whatsapp”.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 04/01/2021
MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA CRESCE 3,64% DE JANEIRO A OUTUBRO, DIZ ANTAQ
Publicado em 01/04/2021 as
05:41 PM
Portos públicos e privados movimentaram 954 milhões de toneladas no período
O setor portuário brasileiro (portos públicos e portos privados) movimentou nos dez primeiros meses deste ano 953,9 milhões de toneladas, o que representou um crescimento de 3,64% em comparação com igual período do ano passado, quando foram movimentados 920,3 milhões de toneladas. Os números estão no Estatístico Aquaviário, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ.
Os terminais privados movimentaram 627 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 3,18%. Os portos públicos operaram 326,6 milhões de toneladas, perfazendo um incremento de movimentação de 4,54% em relação a igual período de 2019.
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) foi a instalação privada que mais movimentou no período, em razão do perfil de carga que é movimentada no terminal (minério de ferro): 156 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 0,29% em comparação com igual período do ano anterior. Em relação aos portos públicos, Santos (SP) foi o destaque, com 96 milhões de toneladas, um incremento de 7,08%.
Embora o minério de ferro tenha sido a mercadoria mais movimentada nas instalações portuárias brasileiras, com 290,2 milhões de toneladas, neste ano essa mercadoria apresentou queda de -5,37%em relação a igual período de 2019. A mercadoria milho também registrou queda de -21,38% no período janeiro-outubro/2020. Entre as mercadorias que tiveram crescimento em relação aos dez primeiros meses do ano anterior, destaque para óleo bruto de petróleo (+21,78%); soja (+21,42%); e açúcar (+68,06%).
Em relação ao perfil de carga, o destaque no período foram os granéis líquidos e gasosos com 235,5 milhões de toneladas – um crescimento de 14,11%. Granéis sólidos também registraram crescimento, embora bem menor (0,91%), ao movimentar 577,8 milhões de toneladas. Já a carga conteinerizada e a carga geral registraram decréscimo na movimentação em comparação a igual período de 2019 de, respectivamente, -0,15% e -1,52%.
Navegação
Por tipo de navegação, o transporte nos dez primeiros meses deste ano cresceu no longo curso (1,04%), totalizando 670 milhões de toneladas transportadas; e na cabotagem (14,49%) ao operar 161 milhões de toneladas. Na navegação interior, foram transportados no período 32,3 milhões de toneladas. Esse resultado representou queda de -8,42% na comparação com igual período de 2019.
Fonte : ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios
Assessoria de Comunicação Social/ANTAQ
Fone: (61) 2029-6520
FAX: (61) 2029-6517
E-mail: asc@antaq.gov.br
Data : 04/01/2021
FERROVIÁRIAS PARTICIPARÃO DE CONSULTA PÚBLICA DA AUTORIDADE PORTUÁRIA DE SANTOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:40 PM
Operadoras que atendem o complexo portuário esperam pela definição do modelo de trabalho da Ferrovia Interna do Porto de Santos
Por Fernanda Balbino

Operadoras que atendem o complexo portuário esperam pela definição do modelo de trabalho da ferrovia (Foto: Carlos Nogueira/AT)
As operadoras ferroviárias que atendem ao cais santista planejam participar da consulta pública aberta pela Autoridade Portuária de Santos (APS), que pretende debater com a comunidade a gestão, a operação, a manutenção e a expansão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips). Para cuidar do serviço ferroviário na área do principal complexo marítimo do País, a APS pretende criar uma sociedade de propósito específico (SPE).
Na semana passada, a APS abriu uma consulta pública com duração de 45 dias. Neste período, a comunidade poderá se manifestar sobre as condições para a criação do consórcio, que deverá reunir várias empresas para a gestão compartilhada das linhas férreas do Porto de Santos.
A medida é necessária para garantir o atendimento da demanda, a partir da ampliação das linhas férreas em direção ao cais santista. O temor da Autoridade Portuária é que o acesso ferroviário se torne um gargalo.
Isto porque a atual malha interna do complexo marítimo permite a movimentação de 50 milhões de toneladas por ano (já opera 45 milhões), mas a demanda deve bater a casa dos 75 milhões de toneladas anuais nos próximos anos.
Hoje, o serviço de transporte ferroviário e a sua infraestrutura no Porto estão sob responsabilidade da Rumo Logística (Grupo Cosan). Mas a concessão terminará em 27 de junho de 2025 e não será renovada.
Procurada, a empresa considerou positivos os esforços da Autoridade Portuária em compatibilizar os investimentos dentro do Porto com aqueles que estão sendo feitos nas principais malhas ferroviárias do País — o que ampliará a vinda de cargas ferroviárias ao cais santista. Nesse sentido, a companhia destacou que vem analisando os documentos publicados, a fim de apresentar, no decorrer da consulta pública, suas contribuições quanto ao novo modelo de administração da Fips.
“Uma vez definida a futura modelagem, a Rumo, assim como as demais concessionárias ferroviárias, avaliará com toda a atenção a possibilidade de participar da SPE que assumirá a gestão das linhas férreas no cais santista”, destacou a Rumo, em nota.
A operadora MRS destacou que vai participar da consulta pública para as contribuições que se fizerem necessárias, mas ainda não confirma participação na nova empresa. “Uma vez definido o modelo de trabalho da Ferrovia Interna do Porto de Santos, a MRS poderá avaliar mais concretamente a sua participação na SPE”, informou.
Operadores
Procurado, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) informou, por nota, que vai acompanhar a consulta pública e discutir com seus associados. “(O Sopesp) Entende que os investimentos necessários para a boa performance ferroviária nos portos da Baixada serão fundamentais para a continuidade do seu desenvolvimento e competitividade”, destacou.
O presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, destacou que, “no aspecto regulatório, a entidade tem defendido que, em todos os temas estratégicos para cada porto, a administração portuária local consulte formalmente o CAP (Conselho de Autoridade Portuária)”
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 01/01/2021
ILHA BARNABÉ DEVE TER MELHORIAS ATÉ 2022 COM NOVAS INTERVENÇÕES NO PORTO DE SANTOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:40 PM
As intervenções anunciadas pela estatal que administra o porto incluem a recuperação estrutural do cais e dolfins existentes e construção de um dolfim de amarração
Da Redação

As obras começaram e devem ser concluídas em maio do próximo ano (Carlos Nogueira)
Nos próximos 18 meses, a Ilha Barnabé passará por diversas intervenções com o objetivo de garantir melhorias e mais segurança aos processos de embarque e desembarque. O anúncio do início dos trabalhos, que pegou os usuários de surpresa há dois meses, forçou a criação de um comitê formado por técnicos da Autoridade Portuária de Santos e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O temor da entidade era de que os trabalhos inviabilizassem as operações.
As intervenções anunciadas pela estatal que administra o Porto de Santos incluem a recuperação estrutural do cais e dolfins existentes e construção de um dolfim de amarração. Trata-se de uma coluna de concreto fincada no fundo do mar que aflora à superfície. Também estão previstas a contenção de talude e a instalação de passarelas metálicas.
Os trabalhos serão acompanhados de perto pelo comitê técnico. O grupo colabora no desenvolvimento de novas propostas para procedimentos de carga e descarga nas pranchas de operação e aplicabilidade dos procedimentos de atracação previstos com apoio da Autoridade Portuária.
As obras foram iniciadas no dia 16 de dezembro e devem ser concluídas em maio deste ano. Segundo a Abiquim, estão em finalização as obras de recuperação do dolfim 10 do berço 1 da Alemoa, considerado fundamental para absorver o grande volume de movimentação de combustíveis.
A entidade destaca que foi estabelecida a comunicação prévia das interdições para dragagem e demais manutenções nos berços, além desses trabalhos serem realizados concomitantemente com outras obras, aumentando disponibilidade dos berços e segurança.
Segundo a Abiquim e a Autoridade Portuária, hoje, o tempo de espera para atracação nos terminais líquidos da Alemoa é de sete dias, em média, o que possibilita uma maior utilização dos berços da região e a diminuição dos custos.
Segundo o diretor de Operações da Autoridade Portuária, Marcelo Ribeiro, enquanto as obras ocorrerem, sempre haverá dois berços operando na Ilha. “Estas obras na Ilha Barnabé são urgentes para garantir o bom funcionamento dos píeres de atracação e evitar danos futuros. Estamos programando os trabalhos de modo a afetar o mínimo possível às operações, e construindo o cronograma sempre a partir da escuta junto aos usuários”.
“O diálogo aberto e franco entre os usuários do Porto de Santos e demais intervenientes com a Autoridade Portuária, gera resultados expressivos e avanços inimagináveis no tocante a eficiência, competitividade, segurança, regramento e isonomia, consequentemente beneficiando todo o País com a redução do custo brasil”, explica o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 03/01/2021
O FUTURO FERROVIÁRIO DO PORTO DE SANTOS
Publicado em 01/04/2021 as
05:40 PM
O cais santista deve se preparar para uma nova demanda de cargas
Da Redação
O Porto de Santos corre contra o tempo para ampliar sua infraestrutura ferroviária e, assim, ter condições de receber as novas cargas que vão chegar em vagões a seus terminais nos próximos anos. Para isso, recentemente, a SPA anunciou um audacioso plano para viabilizar os investimentos necessários e evitar o surgimento de um gargalo crítico na logística do principal complexo portuário do Brasil. Em jogo, como tradicionalmente ocorre quando se trata do cais santista, está o desenvolvimento de setores importantes da economia do País.
Hoje, a malha ferroviária interna do Porto de Santos pode movimentar 50 milhões de toneladas anuais, uma capacidade que já se mostra 90% utilizada. Mas, nos próximos anos, devem passar a chegar à região, ao menos, 75 milhões de toneladas por ano. No médio prazo, apenas a Rumo, operadora logística do Grupo Cosan e que, no ano passado, renovou a concessão da Malha Paulista, projeta transportar até o complexo marítimo 100 milhões de toneladas anuais. Esse cenário levou o presidente da SPA, Fernando Biral, a dizer que a ferrovia interna do Porto pode se tornar “um grande gargalo” em “pouquíssimo tempo”.
Para atender a essa nova demanda e evitar o surgimento de um novo gargalo, a SPA prevê a necessidade de investimentos da ordem de R$ 2 bilhões no sistema ferroviário do cais santista. Eles envolvem a construção de novos ramais, de uma pera ferroviária na região de Outeirinhos, de um retropátio ferroviário e, ainda, a eliminação de cruzamentos rodoferroviários, entre outras ações – obras elencadas a partir de negociações entre a Autoridade Portuária e a Rumo, que hoje, controla a Portofer, empresa que administra a malha ferroviária interna do Porto.
A fim de viabilizar esses investimentos, a SPA planeja rescindir antecipadamente o contrato da Portofer – que vence em 2025 e não será renovado, como afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas – e fazer uma nova concessão da malha ferroviária, repassando-a para uma sociedade de propósito específico, a ser formada pelas operadoras ferroviárias que atendem o cais santista, entre elas a Rumo e a MRS Logística. Uma consulta pública foi aberta pela administradora portuária para debater essa estratégia com a comunidade.
Independentemente da linha de ação adotada, o Porto de Santos tem de garantir a realização desses investimentos em sua malha ferroviária e conseguir atender à demanda das novas cargas que chegarão a seus terminais nos próximos anos.
Considerando a velocidade de implantação de investimento em infraestrutura no Brasil, não há muito tempo para se perder nesse processo. Por isso, 2021 se mostra estratégico para esse projeto. É o momento de se definir o caminho a ser trilhado, assegurar suas viabilidades técnica e jurídica e colocar o plano em execução.
As operadoras ferroviárias já perceberam a necessidade de preparar o Porto de Santos para esse cenário futuro. A própria SPA também. Não se pode perder tempo. Atrasos nesse processo terão um custo para a própria economia brasileira.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 04/01/2021
ATIVIDADE NÁUTICA CRESCE COM A PANDEMIA NA BAIXADA SANTISTA
Publicado em 01/04/2021 as
05:39 PM
Marinha contabiliza aumento de mais de 10% e fiscalização também é intensificada para acompanhar a demanda pelo lazer na água
Por Fernanda Balbino

Aumento da procura por atividades náuticas foi constatado antes mesmo da Operação Verão (Matheus Tagé/AT)
A pandemia da Covid-19 mudou a rotina da população. Lazer, viagens e até a prática de esportes em grupo ficaram comprometidos. Por outro lado, houve um aumento na atividade náutica na região, verificado pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Segundo a Autoridade Marítima, o crescimento, que ultrapassa a casa dos 10%, também forçou um aumento da fiscalização.
“Recebemos informações da comunidade náutica, em reuniões realizadas com representantes, que citaram esse aumento, provavelmente pela impossibilidade das pessoas realizarem viagens, o que as faziam buscar o mar e águas interiores como lazer. Além disso, o número de abordagens realizadas esse ano (2020) já superou as do ano passado (2019), o que demonstra que, mesmo com a pandemia, as pessoas continuaram saindo com suas embarcações”, destacou o comandante da CPSP, o capitão-de-mar-e-guerra Marcelo de Oliveira Sá.
Segundo o oficial, o aumento da procura por atividades náuticas foi constatado antes mesmo da Operação Verão da CPSP, que teve início no dia 14 de dezembro e vai até 16 de março. Neste período, a fiscalização é intensificada para evitar abusos e garantir a segurança da navegação.
“Em 2020, houve um aumento de 12,9% no número de abordagens. Em 2019, foram 3.126 abordagens e, no ano seguinte, antes da Operação Verão, já havíamos atingido 3.530 abordagens”, explicou o comandante sobre o aumento da atividade náutica.
Falta de documentação de condutores e registros de embarcações e falta de equipamentos de segurança e salvatagem (coletes, boias, extintores de incêndio, entre outros) estão entre os principais problemas constatados nesta época do ano.
“Ainda há infrações relativas à navegação em áreas seletivas de navegação (menos de 200 metros da linha de base das praias)”, explicou o comandante.
Parcial da Operação Verão
Do início da Operação Verão até a última segunda-feira (28), foram realizadas 196 abordagens, 16 notificações e quatro apreensões de embarcações. Segundo o comandante da CPSP, os números indicam um aumento, nestas duas últimas semanas, de, aproximadamente, 40% em relação à média de abordagens.
De acordo com a Marinha do Brasil, ações de conscientização também são realizadas em entidades náuticas, clubes, marinas e colônias de pescadores, com palestras educativas e dicas sobre normas de segurança da navegação, além da preservação ambiental.
A CPSP alerta que todos podem contribuir para a segurança no mar com denúncias pelos telefones (13) 3221-3456 e (13) 3221-3459. Há ainda a opção do 185 (emergências náuticas).
Dicas de segurança
Esteja atento e vigilante durante a navegação. Você é o responsável por tudo que acontece a bordo.
Navegue a mais de 200 metros de distância da praia, respeite os banhistas. Tenha em mãos a sua habilitação e os documentos obrigatórios.
Conduza sua embarcação com velocidade segura. Isso permite a realização de manobras em caso de situação imprevista e evita acidentes.
Faça manutenção preventiva na sua embarcação.
Não consuma bebidas alcoólicas quando for conduzir sua embarcação. Conheça bem todos os lugares por onde a embarcação irá navegar. Não navegue no “escuro”.
Conheça a previsão do tempo antes de sair e fique atento às possíveis mudanças.
Previna incêndios em sua embarcação. Pequenas medidas, como verificar o quadro elétrico e a validade dos extintores evitam grandes tragédias.
Respeite o limite de pessoas a bordo e garanta a estabilidade da embarcação.
Informe seu plano de navegação e a lista das pessoas a bordo ao seu iate clube. Leve sempre um equipamento de comunicação.
Calcule o consumo de combustível para ir e voltar. Faça o cálculo em três partes: um terço para ir, outro para voltar e um de reserva.
Quando ancorado, não acione motores ou movimente a embarcação se tiver alguém por perto na água.
Tenha coletes salva-vidas homologados pela Marinha para todos a bordo.
Não polua mares, rios e lagoas. Lugar de lixo é no lixo.
Fonte : A Tribuna Digital - SP
Data : 04/01/2021
|